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Diário de Bordo I Damos conta, neste número, dos excelentes resulta- dos que os nossos alunos obtiveram em atividades de âmbito regional ou nacional: No Torneio Mega, na inicia- tiva Jovens Repórteres para o Ambiente e no Concurso de Leitura do 2º Ciclo. A participação nestas (e noutras) atividades é muito importante, pois motiva os alunos para a intervenção cívica, promove a integração e con- tribui de forma significativa para a sua formação integral. Contudo, devemos analisar de uma forma mais pro- funda a participação dos alunos nas atividades que im- plicam a saída da sala de aula: no final do ano, quantas aulas deixaram de ser dadas exclusivamente devido à participação em atividades? E qual é a relação custo [número de aulas perdidas] / benefício [que a participa- ção nas atividades traz aos alunos]? Está aberto o debate. II Multiplica-se a publicação de estudos internacionais que provam, sem deixar espaço a qualquer dúvida, que “o tamanho das escolas importa”: as escolas peque- nas, para além de conseguirem obter melhores resulta- dos académicos: Desenvolvem a personalidade individual de cada aluno; Criam estabilidade emocional nos alunos; Têm menores índices de absentismo; Têm menores índices de abandono; São mais seguras; Têm melhores índices de satisfação profissional (dos professores); Obtêm mais reconhecimento do trabalho realiza- do por parte dos pais. Em Portugal caminhamos em sentido oposto: mega agrupamentos, giga agrupamentos… Esperamos que a concentração de milhares de alu- nos em estruturas ingovernáveis não represente uma ou mais gerações perdidas. Não duvidamos que esta estratégia irá ser abandonada. Mas quando o for, não será tarde demais? A Direção Troféu Mega MEGA RESULTADOS! Pág. 15 Dia da Família O CNL é nosso! Pág. 20 Pág. 12 59 | Março 2012 Distribuição gratuita

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Jornal do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão - nº59 - Março 2012

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Diário de BordoI

Damos conta, neste número, dos excelentes resulta-dos que os nossos alunos obtiveram em atividades de âmbito regional ou nacional: No Torneio Mega, na inicia-tiva Jovens Repórteres para o Ambiente e no Concurso de Leitura do 2º Ciclo. A participação nestas (e noutras) atividades é muito importante, pois motiva os alunos para a intervenção cívica, promove a integração e con-tribui de forma significativa para a sua formação integral.

Contudo, devemos analisar de uma forma mais pro-funda a participação dos alunos nas atividades que im-plicam a saída da sala de aula: no final do ano, quantas aulas deixaram de ser dadas exclusivamente devido à participação em atividades? E qual é a relação custo [número de aulas perdidas] / benefício [que a participa-ção nas atividades traz aos alunos]?

Está aberto o debate.

II

Multiplica-se a publicação de estudos internacionais que provam, sem deixar espaço a qualquer dúvida, que “o tamanho das escolas importa”: as escolas peque-nas, para além de conseguirem obter melhores resulta-dos académicos:

• Desenvolvem a personalidade individual de cada aluno;

• Criam estabilidade emocional nos alunos;• Têm menores índices de absentismo;• Têm menores índices de abandono;• São mais seguras;• Têm melhores índices de satisfação profissional

(dos professores);• Obtêm mais reconhecimento do trabalho realiza-

do por parte dos pais.Em Portugal caminhamos em sentido oposto: mega

agrupamentos, giga agrupamentos…Esperamos que a concentração de milhares de alu-

nos em estruturas ingovernáveis não represente uma ou mais gerações perdidas. Não duvidamos que esta estratégia irá ser abandonada. Mas quando o for, não será tarde demais?

A Direção

APO

IOS:

Troféu MegaMEGA RESULTADOS!

Pág. 15

Dia da Família O CNL é nosso!Pág. 20 Pág. 12

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O jornal Gente em Ação publica, em cada um dos seus números, uma entrevista com antigos alunos que concluíram a sua formação académica e estão inseridos no mundo do trabalho. Fomos entrevistar Luísa Matos.

Quando é que frequen-tou a nossa escola?

Não me lembro. Já foi há tantos anos! Mas pen-so que acabei o 9º ano em 1989/1990.

Era boa aluna?Podia ter sido muito me-

lhor … Era miúda, o grupo também não ajudava muito, mas acho que aprendi real-mente aquilo que me inte-ressava.

O que é que achava des-ta escola quando a fre-quentou?

Era muito boa, tinha bons professores, tinha bons au-xiliares, tinha um ambien-te muito saudável, éramos todos muito amigos uns dos outros, ajudávamo-nos mutuamente nas nossas dificuldades. Gostei, gostei muito da escola.

Qual é que era a sua dis-ciplina preferida?

Português. Ainda hoje é Português. Ainda hoje, é uma coisa que me faz muita confusão, ver jovens e ver pessoas que têm dificulda-des. Nós, quando andamos na escola, dizemos assim: “Mas porque é que eu estou a estudar isto, porque é que estou a estudar aquilo?”. Eu acho que tudo faz sentido e, se nós não soubermos falar, se não soubermos escrever… Acho que nós, para interagirmos uns com

os outros, precisamos de ter vocabulário, porque senão a conversa “morre logo ali na praia”, quer dizer, não há tema.

Lembra-se de algum professor que a tenha marcado especialmente?

Lembro, de dois profes-sores. O professor Batista, que era um excelente pro-fessor e professor de Por-tuguês, ensinava as formas verbais muito bem e gosta-va que nós aprendêssemos … era muito rigoroso. E o professor Jerónimo, que so-freu um bocadinho connos-co, porque nós éramos terrí-veis! Ele era uma excelente pessoa e que nos ensinou muitas coisas.

Acha que esta escola contribuiu para o seu su-cesso pessoal?

Eu acho que esta escola é muito boa, é tudo muito positivo. A comparação que eu faço é com a outra es-cola onde andei até ao 12º ano – a Escola Secundária Amato Lusitano. Eu tenho um filho no infantário e faço questão que ele vá todos os dias, porque acho que a es-cola é importante na nossa vida. Mas não é só a escola. A escola da vida também é muito importante, porque só todos juntos é que sabemos tudo, ninguém individual-mente sabe tudo, ninguém! Isso não se aprende só na

escola, aprende-se também ao longo da vida: o saber estar, o saber ter paciência, o saber esperar, todas es-tas coisas aprendem-se ao longo da vida. Consoante as nossas idades, também aquilo que nós achamos que é uma frustração, que nós não conseguimos ul-trapassar, aquele objetivo naquela altura, passado um ano já… Aquilo faz-se bem, mas “porque é que naquela altura era tão difícil e agora é tudo tão fácil?!”

Recorda-se de algum episódio que tenha vivido na escola e do qual guar-da uma recordação espe-cial?

Tive muitos. A nossa tur-ma foi quem fez a estreia do baile de finalistas, que não existia até então, fomos a primeira turma a fazer a via-gem de finalistas também. Fazíamos as nossas “ rifi-nhas” e essas coisas todas, andávamos a fazer o pedi-tório de porta em porta, para que nos ajudassem, com esse objetivo de fazer a tal viagem e foi muito giro. Por-que, até aí, a escola nunca tinha passado por essa si-tuação. A minha turma era muito rebelde mas, ao mes-mo tempo, tínhamos muitas ideias. Foi um bocado difícil gerir aquilo tudo! Mas cor-reu muito bem e, inclusive, conseguimos fazer um bai-le giríssimo e também fazer uma viagem que durou três dias e ainda sobrou dinhei-ro para gastarmos depois. Aquilo, naquela altura, foi “brutal”!

Quais as diferenças que sentiu ao mudar desta es-cola para o ensino secun-

Ivo Patrício (8ºA); Liliana Vilela (8ºA)

Luísa Matos

dário?Na altura, nós íamos para

uma determinada área in-fluenciados pelos nossos familiares que nos diziam: “Olha, vai para esta área, porque tens mais saída” e, se calhar, não fui para a área que devia ter ido. Aca-bei por ir para contabilidade e gestão e este curso não era propriamente aquilo que eu estava à espera, mas acabei por concluir o curso, porque não sou pessoa de desistir.

Fale-nos um pouco do seu percurso escolar e profissional.

O meu percurso escolar correu muito bem. Depois de ter saído desta escola, fui estudar para Castelo Branco, para fazer o secun-dário. Entretanto, fui traba-lhar, arranjei colocação num consultório médico e gostei muito de trabalhar lá. Estes foram os anos em que con-segui ter melhores notas, pois sabia que tinha de me esforçar mais, tinha de ha-ver um sacrifício maior da minha parte. No meu tempo, eu tinha que fazer as via-gens entre Vila Velha e Cas-telo Branco todos os dias e isso era muito cansativo. E então, talvez por isso, por ter começado a trabalhar, senti-me mais motivada também para estudar. Estu-dei muito e tive boas avalia-ções nessa altura.

A nível profissional, come-cei a trabalhar no comércio há 19 anos. Para mim, é uma atividade sem segre-dos, pois segui as pisadas do meu pai. Para mim é fá-cil, pois tudo se resume a comunicar com os outros.

O que a levou a investir e a querer ficar em Vila Ve-lha De Ródão?

Porque sou de cá, gos-to das pessoas de cá, sou feliz naquilo que faço, sou feliz em comunicar com as pessoas. Acima de tudo, criam-se laços de amizade que acabam por nos ajudar a querer fazer mais porque estamos felizes naquilo que estamos a fazer. Porque é que eu vou mudar se es-tou aqui bem, se me sinto aqui bem? Vou mudar para onde? Vou fazer o quê? Eu gosto do que faço, eu amo aquilo que faço, faço-o com paixão. Eu gosto de traba-lhar, toda a vida fui assim e acho que isso é meio cami-nho andado. Eu faço aquilo de que gosto e ponho nisso um bocadinho de amor. As pessoas às vezes dizem: “ Mas Vila Velha é um meio pequenino!” Ainda bem que é, porque nos conhecemos todos uns aos outros e isso não é tão bom? Ainda bem. Eu passo por vocês na rua e digo: “Olá Ivo, estás bom? Olá Liliana, tudo bem?” Isso é muito bom, faz parte tam-bém da vida. Eu acho que já não me consigo encaixar num sítio onde não conheço ninguém.

O mais importante é fa-zermos a nossa carreira, termos uma profissão de que gostamos, não interes-sa qual, pois não podemos ser todos médicos, ter cur-sos superiores, é preciso é fazer bem feito aquilo que estamos a fazer e sermos felizes. O mais importante é sermos felizes naquilo que estamos a fazer. O trabalho deixa de ser trabalho para

SÉRIE: ANTIGOS ALUNOS (5)Entrevista (1)

Bilhete de IdentidadeNome: Maria Luísa Pinto de MatosData de nascimento: 21 de Setembro de 1973Frequentou a escola de VVR: De 1984 a 1990Média de conclusão do 9º Ano: 3,3Profissão: Comerciante

(Continua na página seguinte)

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Notícias | Talentos

ser um divertimento, acaba por ser uma diversão.

Que opinião tem da nos-sa escola hoje em dia?

Não conheço, não sei, não tenho opinião. Só conheço o infantário, tenho um menino com 5 anos. Mas conheço alguns funcionários, profes-sores e alunos. Acho que a vossa geração é uma gera-ção muito boa e, com certe-

Proteção Civil da Escola

No dia 7 de março, o técnico da Proteção Civil, Carlos Lopes, veio à nossa escola escalarecer-nos sobre as ca-tástrofes naturais.

Como somos do 9ºano, foi este o nosso tema. Falou sobre a seca que, infelizmente, agora está a acontecer e pode ser a pior das últimas décadas; dos incêndios flo-restais, que também afetam a nossa região; das trovoa-das, ciclones e temporais, que podem ser devastadores. Explicou-nos em que consistia cada um destes fenóme-nos, como devemos agir quando estamos perante eles e as medidas que já foram tomadas ou que devem ser tomadas para atenuar os danos por eles causados.

Foi bastante interessante e educativo, pois assim já sabemos como lidar com estas situações.

za, isso é um bocado fruto da escola de onde vêm.

Costuma ler o nosso jor-nal e conhece a nossa pá-gina no Facebook?

Conheço a vossa página no Facebook e leio sempre o vosso jornal, porque o re-cebo na escolinha do meu filho. Acho que fazem um trabalho muito bom. Aliás, já no meu tempo, tínhamos

o jornal na escola. Fiquem sabendo mais esta: ain-da tem o mesmo nome!

Que mensagens ou sugestões gostaria de dei-xar à escola e aos nossos leitores?

Que leiam, que trabalhem, que lu-tem pelos vossos objetivos, que nun-ca desistam daquilo

que vocês tiverem na vossa mente, porque tudo se con-segue. Eu vim do nada, não é que eu tenha alguma coi-sa ou que seja alguém, mas acho que tudo se consegue desde que se trabalhe. En-tão, tudo se torna fácil!

Obrigado pela sua cola-boração.

Ana Nunes (9ºA)(Continuação da página anterior)

No dia 18 de janeiro, os alunos do 7ºA fizeram uma visita ao Planetário do Cen-tro de Ciência Viva de Cons-tância. Saímos da escola por volta das 13:30h, acom-panhados pelas professoras Carla Nunes e Manuela Car-doso.

Quando chegámos, um senhor apresentou-se e ini-ciámos a nossa visita a um parque que tinha um esque-ma do sistema solar, onde aprendemos as caracterís-ticas do Sol e dos plane-tas. Uma curiosidade que aprendemos foi que o pla-neta Neptuno é considerado como o “planeta preguiço-so”. Sabem porquê? A res-posta é simples: ele gira em torno do seu eixo completa-

A Família FelizFernando Mendes (3ºAno - Turma C)

Centro Ciência Viva - PlanetárioAlunos do 7ºA

mente deitado. De seguida, fomos ver alguns aparelhos que simulavam a velocidade com que os planetas giram à volta do Sol (e pudemos experimentar!) e um relógio de sol… Mas, a parte mais engraçada, foi a sessão do planetário, onde vimos as

várias estrelas, as constela-ções e planetas.

No final, fomos à loja, onde pudemos comprar al-gumas recordações.

Gostámos muito desta vi-sita e esperamos que a pró-xima seja tão divertida como esta.

Todos os dias, logo pela manhã, a “família feliz” faz exer-cício físico. Todos correm, saltam e cantam muito.

Num desses dias, apareceu uma raposa que, ao ouvir tantas gargalhadas, ficou à espreita para ver o que se es-tava a passar. A raposa, quando viu que era a “família fe-liz”, ficou com muito apetite… Então, preparou um plano para encher a pança! Distribuiu cenouras fresquinhas por diversos lados. Mas, um dos coelhos viu a raposa e disse para os outros coelhos:

- Vamos fugir, que a raposa está a espreitar-nos! Eles desataram a correr. A raposa viu logo que eles estavam a fugir mas, como

não os conseguiu apanhar, os coelhos ficaram muito fe-lizes.

Na FaceAndré Rodrigues (7ºA)

Na face escondem-se os lábios

Nos lábios esconde-se um segredo

Um segredo bem guardado

Por mim e só por mim

E pelo meu poema

VISITA DE ESTUDO A CONSTÂNCIA

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O que é a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Velha de Ródão?

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco do concelho de Vila Velha de Ródão (CPCJ) é uma instituição oficial, não judicial com autonomia fun-cional, que visa promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr ter-mo a situações que podem afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento inte-gral.

A quem é que compete proteger as crianças e os jovens em risco?

A promoção dos direitos e a proteção da criança ou do jovem em risco compete su-cessivamente às entidades com competência em ma-téria de infância e juventu-de, também designadas por entidades de primeira linha (as autarquias locais, a se-gurança social, as escolas, os serviços de saúde, as forças de segurança, as associações desportivas, culturais e recreativas, en-tre outras), à CPCJ e, final-mente, aos tribunais.

Isto significa que, quan-do surge alguma situação de risco, não se deve logo sinalizar para a CPCJ?

Só quando os pais ou os responsáveis pelas crian-ças ou jovens e as entida-des de primeira linha não conseguem remover estas situações de risco é que se deve efetuar a sinalização para a CPCJ.

Onde é feita a primeira intervenção?

Sempre que possível, ao nível da família.

Quando tem lugar a in-tervenção?

Quando os pais, o re-presentante legal ou quem tenha a guarda de facto ponham em perigo a se-gurança, saúde, formação, educação ou desenvolvi-mento da criança ou do jo-vem, quando o perigo resul-te da ação ou omissão de terceiros, ou ainda quando o perigo resulte da própria criança ou do jovem e os seus responsáveis não o consigam remover.

Já se falou em risco e perigo. O que é que os distingue?

Risco é uma situação de vulnerabilidade tal que, se não for superada, pode vir a determinar futuro perigo ou dano para a segurança, saúde, formação, educa-ção ou desenvolvimento da criança ou jovem. Perigo é probabilidade séria de dano para a criança ou jovem.

Quando é que se consi-dera que a criança (ou jo-vem) está em perigo?

Quando está abandona-da ou entregue a si própria, quando sofre maus tratos físicos ou é vítima de abu-sos sexuais, quando não recebe os cuidados ou a afeição adequados à sua idade, quando é obrigada a atividades ou trabalhos excessivos inadequados à sua idade, dignidade e situação pessoal ou que prejudiquem a sua forma-ção ou desenvolvimento, quando está sujeita a com-portamentos que afectam a sua segurança ou equilíbrio emocional, ou quando as-sume comportamentos, ati-vidades ou consumos que afectam a sua saúde, for-mação ou segurança, sem quem de direito se lhe opo-nha de modo adequado a remover essa situação.

Como funciona a CPCJ?A CPCJ funciona em mo-

dalidade alargada e em modalidade restrita. A mo-dalidade alargada é com-posta por doze pessoas de vários setores, nomea-damente: município, segu-rança social, ministério da educação, serviços de saú-de, forças de segurança, instituições particulares de solidariedade social, asso-ciação de pais, assembleia municipal e associações juvenis do concelho. Esta modalidade reúne bimen-salmente, em plenário, para tratar de assuntos específi-cos e tem competências de carácter geral dirigidas à

Fernanda Pires

comunidade local.A Comissão Restrita reú-

ne com maior frequência e é composta por cinco mem-bros eleitos pela Comissão Alargada (representantes do município, da assem-bleia municipal, da segu-rança social e do ministério da educação). Esta comis-são é quem lida diretamen-te com os processos das crianças ou jovens.

Que medidas de pro-moção e proteção toma a CPCJ e o que pretendem?

Estas medidas visam afastar o perigo e podem consistir em: apoio junto dos pais, apoio junto de outro familiar, confiança a pessoa idónea, apoio para a autonomia de vida, acolhi-mento familiar, acolhimento em instituição ou confiança a pessoa selecionada para adoção ou a instituição com vista a futura adoção.

A CPCJ pode intervir em todas as situações?

A intervenção da CPCJ depende do consentimento dos pais, representante le-gal ou da pessoa que tenha a guarda de facto e da não oposição da criança com idade igual ou superior a doze anos.

E quando não é dado consentimento, o que é que acontece?

O processo é enviado para o ministério público.

Quem é que deve comu-nicar as situações de pe-rigo?

A Lei de Protecção de Crianças e Jovens (Lei Nº 147/99 de 1 de Setembro, com as alterações introdu-zidas pela Lei Nº 31/2003, de 22 de Agosto), estabe-lece que qualquer pessoa que tenha conhecimento de situações que ponham em risco a vida, a integridade física ou psíquica ou a li-

berdade da criança ou do jovem, deve comunicá-los obrigatoriamente à CPCJ.

Como é que podemos comunicar as situações de perigo?

Essa comunicação pode ser feita às entidades de primeira linha ou direta-mente à CPCJ. Nós temos um regime de permanência assegurado pela GNR, atra-vés do telefone 272 340 900 ou através do telemóvel da CPCJ 96 2026296.

Já tiveram muitas sina-lizações?

Já tivemos um número significativo de sinaliza-ções, tendo em conta a população jovem do nosso concelho. No entanto, gran-de parte delas já foram ar-quivadas, por se considerar que já não existe perigo.

Têm tido sucesso nas intervenções?

Sim, sobretudo com as crianças mais novas, em que a intervenção tem sido feita logo ao nível da famí-lia.

Gosta de estar na CPCJ?Sim, gosto bastante. Tem

sido uma experiência muito gratificante e bem diferente do que tenho feito, que é le-cionar.

O que mais lhe agrada no trabalho que desenvol-ve na CPCJ?

O que mais me agrada é a possibilidade de poder aju-dar, não só as crianças ou jovens em risco, mas tam-bém as próprias famílias.

Obrigado. Desejamos a continuação de um bom trabalho a ajudar as crian-ças do nosso concelho.

Entrevista (2)

O nosso jornal foi entrevistar Fernanda Pires, professora de Matemática da nossa esco-la e que é também a representante do Ministério da Educação na CPCJ.

REPRESENTANTE DO MEC NA CPCJ

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Atividades | Projetos

Parlamento dos JovensEleição da mesa da Sessão Distrital

No passado dia 29 de fevereiro, par-ticipei numa reunião, que teve lugar no Instituto Português da Juventude de Castelo Branco, destinada à eleição da mesa da sessão distrital do Parlamento dos Jovens – Ensino Básico (círculo de Castelo Branco).

A sessão tinha como finalidade eleger o presidente, o vice-presidente e o se-cretário que vão dirigir os trabalhos no dia 19 de março, na Covilhã. Este é o primeiro ano em que tal acontece no ensino básico e o objetivo é conseguir uma maior participação dos alunos que podem assim aprender como funciona uma sessão parlamentar.

Aos alunos, que foram eleitos nas res-petivas sessões escolares para repre-sentar as suas escolas nesta reunião, foram colocadas várias questões sobre o regulamento da sessão distrital, mas também questões sobre a região onde

habitam, a escola que frequentam, o curso que querem seguir e os passatem-pos preferidos. Eu respondi bem a todas as perguntas e falei sobre Vila Velha de Ródão, sobre as “Portas de Ródão”, uma das sete maravilhas naturais de Portugal, dei a conhecer a minha escola e, ao contrário de todas as minhas co-legas candidatas que tocavam piano ou flauta e gostavam de ler ou de estudar História, eu contei que adoro carros, mo-tas, corridas e que quero ser engenheira mecânica.

No final, tivemos que votar em três no-mes e, infelizmente, acabei por não ser eleita. Apesar disso, foi bom participar e também adorei passar a tarde com a professora que me acompanhou, Cristi-na Raimundo.

A reunião terminou às 17 horas e re-gressámos, então, a Vila Velha de Ró-dão.

Incluir pelas Redes Sociais levapropostas ao Parlamento

Os nossos jovens deputados tiveram uma boa prestação graças ao empenho e disciplina que evidenciaram, não só na sessão, como também na prepa-ração do tema. Embora a escola não fosse eleita, os jovens deputados apre-sentaram moções muito interessantes, reflexo das suas preocupações com a realidade da sua escola e do seu con-celho, revelando grande empenho e participação nos trabalhos da sessão distrital.

Todos os intervenientes consideram que o balanço desta participação é mui-to positivo, pois a escola deu a oportu-nidade aos alunos de conviverem com os seus pares, de exercitar as regras da democracia e de se enriquecerem atra-vés da experiência e do debate, desen-volvendo assim as suas capacidades de comunicação e de oratória.

A proposta vencedora será apresen-tada a nível nacional e levada à Assem-bleia da República. Os elementos da nossa equipa esperam que ganhe, a ní-vel nacional, um bom projeto que possa vir, de facto, a ser implementado.

O Parlamento dos Jovens é uma ini-ciativa que se repete anualmente, pro-movida pela Assembleia da República, em colaboração com outras entidades, que pretende criar nos jovens em idade escolar o gosto pela discussão política, ao mesmo tempo que ensina as regras do jogo democrático e do funcionamen-to das instituições da República.

Liliana Vilela (8ºA)

A Escola EB 2/3 de Vila Velha de Ró-dão esteve, mais uma vez, representada na Sessão Distrital do Parlamento dos Jovens do Ensino Básico, que decorreu no dia 19 de março na Covilhã, no salão nobre da Câmara Municipal.

A delegação era composta por 3 alu-nos do 9ºA, Pedro Belo, Ana Nunes e Adriana Correia. A mesa da sessão dis-trital foi, pela primeira vez, presidida por alunos eleitos pelos seus pares, e con-tou também com a presença do deputa-do da Assembleia da República Carlos Costa Neves.

O debate, subordinado ao tema “Re-des Sociais – combate à discriminação”, decorreu de forma viva e entusiástica e promoveu valores de cidadania, respon-sabilidade e espírito crítico, valores es-tes que estão enraizados numa socieda-de plural e democrática que requer, na sua essência, cidadãos responsáveis, atuantes e atores cívicos nos contextos em que se inserem.

A apresentação das várias moções teve lugar da parte manhã, seguida de um período para pedidos de esclareci-mento. Após o almoço, os deputados pu-deram conversar e negociar com outras escolas, por forma a angariar votos para a sua proposta. Seguiu-se a votação, da qual saíram vencedores os projetos da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos de João Franco, Escola Básica Integrada de Afonso de Paiva e Escola Básica Inte-grada Professor Dr. António Sena Faria de Vasconcelos.

Professora Cristina Raimundo

No dia 12 de janeiro, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Velha de Ródão promo-veu, no âmbito do projeto “Educação para a Saú-de”, várias ações de sensibilização/ informação sobre “Sexualidade” dinamizadas pelo psicólogo Alfredo Leite do “Projeto Escola Brilhante”.

Estas ações realizaram-se na biblioteca do Agru-pamento e decorreram em três sessões distintas, cada uma com uma duração de cerca de quarenta e cinco minutos. Na parte da manhã, realizou-se uma sessão com os alunos do 2º ciclo, subordina-da ao tema “Afetividade e emoções”. Na parte da tarde, realizaram-se duas sessões com os alunos do 3º ciclo, e o tema abordado foi “Sexualidade, um mundo de questões”.

Este projeto visa promover a aquisição de com-

Projeto Escola BrilhanteProfessora Fernanda Pires

petências pessoais e sociais, a proteção da saúde e do bem-estar, a proteção face ao risco, nomea-damente nas áreas da sexualidade, comportamento alimentar e provocação/violência, a participação na vida social/ comunitária e a construção de expecta-tivas positivas face ao futuro. As estratégias utiliza-das pelo dinamizador das ações foram variadas e adaptadas a cada faixa etária e as atividades pro-postas tiveram um carácter interativo e dinâmico.

Apesar de estas ações serem dirigidas aos jovens, alguns docentes da escola e alguns dos membros da Comissão Restrita da CPCJ também assistiram e, no final, manifestaram o seu agrado.

Esta atividade decorreu de forma muito satisfató-ria e os objetivos propostos foram totalmente alcan-çados.

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Atividades | Projetos

Visita de Estudo a Coimbra

No dia 2 de março, os alunos do 3º ciclo fizeram uma visita de estudo a Coimbra e os professores acompa-nhantes eram a professora Anabela Estrela, de Língua Portuguesa, a pro-fessora Carla Mata, de Física-Quími-ca, o professor Jorge Gouveia, de His-tória e as professoras Elsa Lourenço e Fernanda Pires, ambas de Matemá-tica.

Partimos de Vila Velha de Ródão por volta das 8h00. A viagem até Coimbra decorreu bem, sem problemas. Lá, fo-mos depois no autocarro até ao pé da Universidade. Ficámos naquele local algum tempo, e “toca a comer”! Bem, como é normal, estávamos cheios de fome depois da longa viagem.

Entrámos num arco enorme e ficá-mos à espera de indicações no pátio da Universidade. Os guias da visita já estavam à nossa espera. Dividiram o nosso grupo em dois, o primeiro grupo foi ver primeiro a Biblioteca Joanina, enquanto o segundo grupo foi ver ou-tra parte da Universidade.

Eu fui no grupo que foi primeiro à biblioteca. Bem, aquela biblioteca é enorme! “Tantos livros!” Realmente, são imensos, só mesmo a ver assim ao pé é que acreditamos. Entretanto,

Liliana Vilela (8ºA)

saímos da biblioteca e fomos para o ou-tro lado, ou seja, trocámos com o outro grupo. Entrámos numa sala enorme, cheia de quadros dos reis passados, e com imensos bancos, e é naquela sala que decorrem todas as cerimónias importantes. Fomos também à capela da Universidade onde havia um órgão enorme na parede.

Já tínhamos visitado tudo, saímos da Universidade. Descemos a rua e fomos em direção ao Jardim Botânico e foi aí que almoçámos. Quando acabámos de almoçar, andámos a tirar fotos (que se podem ver algumas no site da nossa escola no facebook - http://www.face-book.com/Agrevvr) e também a ver as lindas plantas que lá há. Só mesmo por curiosidade, está lá o maior eucalipto de Portugal.

A seguir, fomos ao Museu da Ciência. Havia lá coisas mesmo incríveis! Para terminar, fomos levados para uma sala de aula muito antiga – um anfiteatro – para resolvermos alguns problemas de Matemática.

Quando saímos de lá, lanchámos. Entrámos no autocarro e “siga viagem até VVR”.

Foi mesmo muito divertido. Adorei!

No dia 2 de março, as turmas do 3º ciclo foram a uma visita de estudo a Coimbra, organizada pelos professores de Matemática, Ciências Físico-Quí-micas, História e Língua Portuguesa.

Chegados a Coimbra, fomos visitar a Universidade, nomeadamente o salão onde se realizavam, e ainda se reali-zam, as cerimónias de grande importân-cia. Visitámos ainda uma sala em que estavam expostos quadros de todos os antigos reitores. Ficámos a saber mais sobre os cursos e, como curiosidade, que cada curso tem sua cor. A Univer-sidade funciona como um campus, que é uma espécie de aldeia de estudan-tes, com várias faculdades. Após esta visita, todos ficámos com vontade de,

um dia mais tarde, irmos para lá estu-dar. Depois, estivemos na Biblioteca Joanina que tinha livros muito antigos e que é habitada por morcegos, que têm a importante função de comer os bichos que podem estragar os livros.

Após a visita à biblioteca, fomos todos almoçar ao Jardim Botâni-co, onde ficámos maravilhados com a paisagem soberba, com enor-mes árvores e extensa vegetação.

À tarde, dirigimo-nos ao Museu da Ci-ência, onde pudemos observar muitos objetos antigos em ótimo estado de con-servação. Por fim, ainda no museu, visi-támos uma exposição interativa em que, entre alguns temas, se estacava a Luz.

A visita foi muito interessante e divertida.

Ivo Patrício (8ºA)

Ana Nunes (9ºA) e Daniela Pires (9ºB)

No dia 2 de março, o 3º ciclo da nos-sa escola foi até Coimbra para visitar o Museu da Ciência, o núcleo histórico da Universidade de Coimbra e o Jardim Botânico.

Partimos às 8:00 horas em direção ao Perdigão, onde nos esperavam os nossos colegas que vivem em Fratel e Peroledo. Prosseguimos a nossa alegre viagem até ao destino. Quando chegá-mos, fomos comer (porque a fome já apertava) e, de seguida, dirigimo-nos para a Universidade e dividimo-nos: 7º e 8º ano para um lado e 9º ano para outro.

Dentro da Universidade, vimos a sala onde se realizavam e ainda reali-

zam as cerimónias mais importantes, uma outra onde estavam quadros com os retratos dos reitores, subimos até à varanda onde vimos a bela Coimbra e deram-nos a conhecer umas salas que estavam pintadas de acordo com a cor dos cursos. Ainda na Universidade, vi-sitámos a Biblioteca Joanina e a igreja de S. Miguel. De seguida, fomos para o Jardim Botânico onde almoçámos e usufruímos de uma vista magnífica! Demos um belo passeio e tirámos fo-tografias espantosas. Depois de tudo isto, dirigimo-nos para o Museu da Ciência onde aplicámos e adquirimos conhecimentos e pudemos também observar inúmeras experiências.

No final, lanchámos, aguardámos pelo autocarro e voltámos para a nossa

terra. Foi um dia em cheio e muito di-vertido!

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A Poluição Constança Dias (Turma C - 3º Ano)

A poluição é má para o mundo.Para se evitarem os fumos das fá-

bricas, podiam pôr tubos mais altos nas chaminés, mas com uns filtros bem potentes, para não poluírem tanto o planeta, uma vez que as in-dústrias também são importantes para a nossa vida e precisam de produzir.

Todos nós devíamos evitar deitar os papéis para o chão, não poluir as águas, arranjando maneira de não deitar os esgotos para os rios

“Calhondra, olha o Xisto!”

ou oceanos. Muitas das pessoas podiam andar de bicicleta para não haver tantos carros a libertar dióxido de carbono, o que também só lhes fazia bem à saúde. Os construtores, quando acabam as obras, podiam deitar o lixo nas lixeiras e não nas florestas.

Conclusão: todas as pessoas

que poluem deviam ser castigadas e obrigadas a limpar o planeta!

No dia 2 de março, nós, os meninos do 3º ano, fomos à Biblioteca Municipal para desen-volvermos atividades de acordo com o tema: “Calhondra, olha o xis-to”.

Quando lá chegamos, estava lá a D. São, o senhor Inácio, a D. Elisa e a Drª Graça, que nos receberam com muita simpatia.

A D. Elisa era a senhora que nos ia explicar as coisas sobre pinturas ru-pestres. O que a D. Elisa nos explicou foi que as pinturas rupestres foram pintadas há milhões de anos atrás, pelo homem primitivo. Este pintava-as sobre xisto e os temas eram sobre as suas vivências.

Depois desta explicação e de vermos algumas imagens em enciclopé-dias, fomos fazer atividades sobre as pinturas rupestres. Mas, antes disso, tivemos de inventar uma história e depois sim, pudemos começar. É que só depois de a história estar escrita e dividida em partes é que a ilustrámos numas pedras de xisto, como o homem da pré-história fazia.

Quando acabámos, fomos brincar para a sala de roupas de teatro.Fomo-nos embora e assim foi a nossa tarde na Biblioteca Municipal,

onde aprendemos um bocadinho mais sobre a vida do Homem.

Leonor Araújo (Turma C - 3º Ano)

Atividades | Notícias

Como a poesia entrou na vida dosAlunos da Educação Especial

Alunos da Educação EspecialOs alunos do 3º ciclo da Educação

Especial do Agrupamento de Esco-las de V.V.R, acompanhados pelas professoras Mafalda Figueiredo e Emília Lobo, deslocam-se quinze-

Campeonato de Jogos Matemáticos

Ana Pereira (5ºA); Jéssica Moreira (6ºA); Ana Cardoso (6ºA)

Campeonato de Jogos Matemáticos

Ivo Patrício (8ºA)

No dia 29 de fevereiro realizou-se, na nossa escola, um Campeonato de Jogos Matemáticos, organizado pelas professoras Elsa Lourenço e Carla Nunes com o objetivo de apurar os vencedores dos 1º, 2º e 3º ciclos para representarem o nosso agrupamento no Campeonato Nacional De Jogos Matemáticos.

Foi uma tarde diferente em que to-dos nos divertimos, quer ganhásse-mos, quer perdêssemos. O espírito de camaradagem prevaleceu e reinou nesta tarde.

Não nos podemos esquecer de agradecer ao professor João Vilela por ter feito mais tabuleiros de Ouri (um jogo), pois sem isso a tarde teria sido mais aborrecida, porque só podiam jo-

gar duas pessoas de cada vez. Como estava a decorrer, ao mesmo tempo, o torneio inter-turmas de basquetebol, as professoras responsáveis tiveram que ter muita paciência, porque quase todos os alunos que jogavam no in-ter-turmas estavam também inscritos nos jogos matemáticos. Mas, tirando esses percalços, correu tudo muito bem, foram encontrados os vencedo-res, não houve “bulhas” por injustiças e saímos todos contentes, mesmo os que não ganharam.

Resumindo: foi uma tarde engraça-da e divertida!

No dia 9 de março, realizou-se o 8º Campeonato de Jogos de Matemática. Os alunos apurados para o nacional, em Coimbra, foram: para o Hex – Ana Cardoso e Filipe Caetano; Ouri - Jéssica Moreira e João Oliveira; Gatos e Cães - João Gil e Ana Pereira; e para o Semáforo - Patrí-cia Afonso.

Quando saí-mos da escola, encontrámos no autocarro vá-rios alunos das escolas Afonso de Paiva e João Roiz, de Castelo Branco. Quan-do chegámos a Coimbra, andámos às voltas até que chegámos ao local onde se iam realizar os jogos matemáticos. Dentro do local onde iriamos jogar havia mais de 100 pessoas, em barafunda e aos gritos. Ha-via alunos que já estavam a jogar, porque eram de mais perto e tinham sido logo chamados. Quando entrámos, a profes-sora Elsa Lourenço teve de ir buscar as t-shirts para nos identificarmos. A t-shirt

do Hex era azul, a do Ouri era verme-lha, a do Gatos e Cães era azul claro e a do Semáforo era amarela. Depois, fomos para os bancos onde nos sepa-raram por cores e por ciclos, tínhamos de esperar que pedissem a nossa cor

para irmos jogar. Alguns de nós esti-veram mais de uma hora à espera que nos chamas-sem. Apenas dois alunos se apuraram para a segun-da fase, mas nenhum se apurou para

as finais. Após o almoço, estivemos à espera

dos alunos de Castelo Branco. Depois, viemos embora e voltámos para as res-petivas escolas.

Gostámos muito de ir ao Campeona-to de Jogos Matemáticos e, para o ano, vamos tentar ser apuradas para poder-mos voltar a participar.

nalmente à Biblioteca Municipal José Baptista Martins para participar na elaboração do jornal “É ABSOLU-TAMENTE CERTO”.

Com esta iniciativa, aprendemos a gostar de ler e fazer poesias, de fazer recortes e pin-turas… mas, aquilo de que gostamos mais é de ver os nossos trabalhos no jornal.

Leiam o próximo número. Aprovei-tem para conhecer os nossos traba-lhos.

NA NOSSA ESCOLA

EM COIMBRA

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Atividades | Projetos

“O CORPO” - WORKSHOPA complexidade, a simultaneidade e os limites

Professora Graça Passos

No dia 6 de fevereiro reali-zou-se o workshop “O Corpo na Escola” pela quarta vez consecutiva. Trata-se de uma iniciativa da disciplina de Ciên-cias Naturais do 3º ciclo, orga-nizada em colaboração com o c.e.m (centro em movimento).

Através desta atividade abre-se, sempre de forma di-ferente, um espaço livre do confinamento a que a lógica institucional e quotidiana da produtividade e da massifica-ção tende a reduzir a aventura e a riqueza do processo ensi-no-aprendizagem. O encontro entre a ciência e a arte atra-vés do corpo dos participantes desmultiplica-se em encontros surpreendentes e estimulan-tes à mercê da singularidade de cada um. A imaginação, a disponibilidade, a atenção afinada, o conhecimento, o bem-estar, a responsabilidade enquanto parte de um todo, a capacidade de fazer liga-ções improváveis sentem-se naturalmente convocados e é através deste ajuntamento improvável que se vai tecen-do o que de verdadeiramente interessante acontece. A exe-cução de acções concretas

– trocar objetos, desenhar em simultâneo, correr, andar len-tamente, cantar em uníssono, rodar sobre si próprio dentro de um grupo que se desloca, an-dar sincronizadamente ombro a ombro - é o veículo da viagem que abre a possibilidade a cada um de descobrir, experienciar e integrar os diferentes saberes (conteúdos curriculares das Ci-ências Naturais, das Ciências Físico-químicas …) e, sobre-tudo, de tocar a complexidade do mundo a que pertencemos, ativando a teia dos afetos que nos liga a todos os seres do universo. A vibração dos fios tecidos neste encontro perdura para além dele e continua a ati-var múltiplos encontros dentro e fora de nós e a aprofundar a consciência da importância dos limites, quer como referências a interiorizarmos, quer como urgência de nos constituirmos limite ao “outro”.

O workshop foi orientado pe-los artistas formadores - Sofia Neuparth e Lyncoln Diniz - do c.e.m, que trabalham em inves-tigação artística e desenvolvem um trabalho pioneiro, em esco-las do ensino básico na zona histórica de Lisboa, que promo-

ve a ligação entre a escola, o corpo e as diferentes áreas do conhecimento, desde a ciência à filosofia. Como sempre, esta atividade realizou-se graças à generosidade das entidades envolvidas: o c.e.m ofereceu o trabalho dos formadores, a Tapada da Tojeira ofereceu o alojamento e a alimentação, a Câmara Municipal ofereceu o espaço da CACTejo e a nossa escola ofereceu o transporte dos formadores e criou as con-dições para que tudo corresse bem.

OPINIÃO DOS ALUNOS SOBRE O WORKSHOP

“Aprendemos como é que acontece a distribuição do calor no planeta. Eu percebi tudo, porque fizemos expe-riências com os nossos cor-pos.”

Ruben Lourenço 7º A

“Fizemos uma roda bem apertada e descobrimos que os que estavam no meio ti-nham muito calor e os que estavam mais de fora tinham menos calor. “

Beatriz Cardoso 7º A

“Vimos que para as pedras serem redondas, ‘’isto’’ antes era tudo água.”

Carolina Cruz 7º A

“A última actividade foi muito engraçada. Tínhamos de nos pôr de modo a que o nosso corpo coubesse no pa-pel e um colega contornava-o

a lápis de cera e, depois de estarem os dois corpos de-senhados, transformámo-los em elementos da natureza.”

Marília Dias 7º A

“ Ficámos a saber muitas coisas e pudemos tirar as nossas dúvidas de uma ma-neira divertida.“

Iolanda Tavares 7º A

“ Adorei o workshop, por-que eu descobri como o meu corpo funciona com a rapidez e a lentidão”.

Rodrigo Pires 7º A

“Deitámo-nos para ouvir a nossa digestão, também fize-mos um jogo chamado “filas atravessadas”: eram duas filas, uma era o Bosque da Achada e a outra era o rio Tejo e depois atravessáva-mo-nos sem chocarmos. Este workshop foi muito divertido, com muita interacção por parte de todos os intervenien-tes.”

Ivo Patrício 8ªA

“Fizemos desenhos, con-támos e lemos histórias, fize-mos jogos… foi uma experi-ência muito interessante.”

Francisco Fonseca 8ºA

“Aprendemos como funcio-na o nosso corpo e o sistema nervoso.”

Mariana Morgado 9ºB

”Jogámos aos movimen-tos lentos e rápidos, vimos o movimento que fazíamos em

simultâneo, o que está rela-cionado com a velocidade a que os sistemas funcionam (…) a troca de coisas faz-me lembrar a sinapse e a troca de informação.”

André Pequito 9ºB

“Estivemos a trocar objec-tos e acho que faz lembrar o sistema nerv oso – o recetor sensorial, os neurotransmis-sores…”

Ana Rita Afonso 9ºB

“O que fizemos relaciona-se com a matéria do cor-po humano, porque explica como o nosso corpo reage em certas situações e se dá a entrada de oxigénio e a saída e dióxido de carbono.”

Beatriz Simões 9ºB

“ Fizemos a construção de um corpo que nos ajudou a perceber o sistema digesti-vo.”

Ricardo Farinha 9ºA

” Foi muito divertido e deu para perceber melhor algu-mas coisas que não sabía-mos bem.”

Daniela Pires 9ºB

“Um aspeto positivo do workshop foi o facto de ser prático, para nos “livrar” um bocado da teoria.”

Vasco Veríssimo 9ºA

”Deixou-nos relaxar um bo-cado do stress das aulas”. Ana Bexiga 9ºB

O dia em que a enfermeira veio à escola

Alunos do 1º CicloNo âmbito do Projeto “Educação para a Saúde”, os alunos do 1º ciclo puderam assistir na nossa

escola, no dia 10 de janeiro, a uma ação de formação sobre higiene corporal. Esta ação foi orien-tada por uma enfermeira do Centro de Saúde de Vila Velha de Ródão.

Na verdade, é sempre bom quando alguém, vindo de fora do nosso contexto escolar, nos vem falar de temas tão importantes para o nosso dia a dia. Eis, pois, registos de alguns alunos sobre a temática apresentada:

Com saúde, a vida é mais alegre.Para termos saúde é preciso ter

cuidados de higiene, por exemplo:• deitar cedo;• alimentação saudável com muita

água;• lavar as mãos antes de comer;• lavar os dentes depois de comer e

usar fio dental;• cortar e limpar as unhas;• tomar banho com frequência para

evitar doenças provocadas por micróbios;• ter muita atenção com a cabeça, não

podemos esquecer que os piolhos andam por aí…;

• brincar ao ar livre e fazer exercício físico;• usar roupa e calçado confortáveis;• cuidados muito especiais com a limpeza quando vamos à casa de banho satisfazer as necessidades fisiológicas

(não esquecer que os meninos são diferentes das meninas).

Educação AlimentarJoana Oliveira (Nutricionista)

Os estilos de vida adotados pela sociedade atual provo-caram a alteração dos hábitos alimentares antigos e pre-dominantemente mediterrânicos, afetando diretamente a saúde da população. Está comprovado que o aumento da incidência de doenças e perturbações alimentares está as-sociado à nossa escolha alimentar. Assim, a intervenção do Nutricionista é essencial, permitindo a consciencialização e a promoção do bem estar individual e social.

O Nutricionista é o profissional de saúde com formação universitária, na área das Ciências da Nutrição e da Alimen-tação, que faz o estudo, orientação e vigilância da nutrição, com o objectivo da promoção da saúde, prevenção e trata-mento da doença.

O papel do Nutricionista na escola O meu papel no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de

Ródão passa pelo estudo e avaliação do estado nutricional e dos hábitos alimentares dos alunos. No início e no final do ano letivo vou medir e pesar todos os alunos, e os que tiverem excesso de peso/obesidade ou baixo peso, terão acompanhamento nutricional – consultas de nutrição. Farei ainda a avaliação das ementas do refeitório e terei um papel na educação alimentar, através de exposições, apresenta-ções e atividades práticas.

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Atividades | Projetos

A poluição na nossa vila está a começar a tornar-se preocu-pante.

O pó preto tem vindo a acumular-se diariamente nos nossos quintais e nas nossas casas, mas o pior é que está a prejudicar o bem estar das pessoas e dos restantes se-res vivos que aqui vivem. As empresas poluidoras devem achar que libertar esse pó pre-to para o ar, prejudicando todas as pessoas é preferível do que abdicar de alguns lucros usan-do um filtro e depois despe-jar esse lixo num sítio próprio onde não prejudique ninguém. As pessoas têm sido afetadas por doenças respiratórias, en-

tre outras.Por mais campanhas que fa-

çamos, nunca conseguimos os resultados desejados, pois as palavras não passam à ação e mantém-se tudo igual: montes de lixo tóxico a poluir e, a longo prazo, “matar” os seres vivos da nossa terra.

Na minha opinião, só com uma revolução é que acabá-vamos com esta ameaça am-biental, mas, mesmo assim, os poluidores não iriam parar: só quando eles tiverem a justiça e o povo à porta é que param com isto mas, até lá, muitas pessoas pensam sair de Vila Velha para outro sítio.

Francisco Fonseca (8ºA)

A poluição é um problema que nos afeta a todos e os pro-fessores e os alunos sofrem com isso todos os dias.

Em Vila Velha de Rodão, este problema está à vista de todos, porque as fábricas não param de lançar fumo para a atmosfera e, por vezes, apa-recem umas partículas pretas que podem provocar proble-mas respiratórios graves. Foi feito um estudo recentemente

que mostra que, em Vila Velha de Rodão, há mais indícios de pessoas com problemas res-piratórios do que numa terra onde não existem fábricas.

Os habitantes muito tenta-ram fazer até agora para o encerramento das fábricas, mas veem o problema longe de acabar e a poluição a não parar! Todos os dias, os alunos que vêm no autocarro con-frontam-se com esse proble-

ma que, nas outras terras, não existe. Mas se todo o mal fosse só o fumo! O cheiro intenso a podre deixa-nos enjoados logo de manhã.

No meu entender, a ministra do ambiente deveria arranjar uma solução para o raio da po-luição acabar nesta vila, porque é este o ar que respiramos to-dos os dias!

Poluição: uma ameaça em larga escala

A Valnor esteve na nossa escola

O dia 25 de janeiro fica mar-cado pela presença de um representante da empresa VALNOR na nossa escola. A atividade decorreu na sala de audiovisuais e foi promovida pelo Clube da Floresta (Pro-sepe) e pelo Clube de Jardi-nagem.

Inicialmente, foi-nos apre-sentado um PowerPoint sobre a compostagem. Ficámos a saber que a compostagem é um processo que consiste na decomposição controlada, por

via aeróbia, ou seja, com oxi-génio, dos resíduos orgânicos, e também nos explicaram para que é que serve. A composta-gem serve para reaproveitar a matéria orgânica, os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), de for-ma a obter um produto deno-minado composto, que é assi-milável pelas plantas. Foi-nos dada ainda uma breve noção acerca do que é o composto: é um produto higienizado e estabilizado, resultante da de-composição natural de matéria

orgânica por acção de micror-ganismos, cujas característi-cas promovem uma redução de necessidade de herbicidas e pesticidas e aumentam a re-sistência das plantas a doenças e pragas, reduzindo o potencial poluidor da agricultura inten-siva, além de contribuir para a manutenção ou recuperação da fertilidade de solos, através da valorização daquilo que, de ou-tro modo, seria lixo.

No fim da palestra, recebe-mos uma porção de composto,

Ivo Patrício (8ºA)

folhetos informativos e dois ímanes para a promoção da reciclagem. Eu gostei e espero

Adriana Correia (9ºA), Ana Nunes (9ºA), André Pequito(9ºB)

Ministério do Ambiente não reconhece validade a estudo ambiental

Os grupos parlamentares de “Os Verdes” e do “Bloco de Esquer-da” solicitaram, em janeiro último, esclarecimentos ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MA-MAOT) sobre a qualidade do ar em Vila Velha de Ródão. Os referidos parlamentares efetuaram a inqui-rição baseada nas exposições de alguns cidadãos munícipes de Vila Velha que manifestavam as preocu-pações com a degradação da quali-dade do ar que vinham observando nos últimos tempos.

O Gente em Ação teve acesso à resposta que o MAMAOT dirigiu à Secretária de Estado dos Assun-tos Parlamentares e da Igualdade, onde pode ler-se que a Comissão de Coordenação e Desenvolvi-mento Regional (CCDR) do Centro apreciou os resultados do estudo “Avaliação da Qualidade do Ar no Município de Vila Velha de Ródão”,

elaborado a pedido da Câmara Municipal, pelo Departamen-to de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Uni-versidade Nova de Lisboa, em novembro de 2011. A mesma fonte refere que os resultados apresentados “são insuficien-tes para retirar conclusões so-bre a qualidade do ar na zona”, uma vez que não cumprem a legislação em vigor. A afirma-ção da CCDR baseia-se no facto de o estudo ter conside-rado um período muito curto de observação, já que a legislação aponta para uma amostragem, no mesmo local, que “não pode ser inferior a 52 dias (14% do ano), devendo as medições ser repartidas uniformemente ao longo do ano”.

O MAMAOT considera ainda, no mesmo documento, que o

estudo não se trata re-almente de uma única monitorização contínua, mas sim de “três campa-nhas de monitorização, em três locais distintos, sitos nas proximidades de duas unidades in-dustriais”. Segundo a legislação em vigor des-de 2010, “não é suposto ocorrerem alterações dos locais de amostra-gem”, o que aconteceu no estudo elaborado para Vila Velha de Ró-dão. Assim, a amostra-gem recolhida em cada um dos três locais foi “muito inferior aos 52% necessários para qual-quer avaliação com ca-ráter legal à qualidade do ar ambiente.”

Estudo de qualidade do ar em Vila Velha não tem caráter legal por não cumprir a legislação.

Apesar de não mostrar resulta-dos conclusivos, por não observar a legislação aplicável, o estudo elaborado pela Universidade Nova de Lisboa aponta excedentes do poluente “partículas”. No entanto, observa-se a ultrapassagem das médias diárias legais deste poluen-te apenas em duas ocasiões distin-tas, quando a legislação o permite em 35 vezes por ano. A estação de monitorização do Fundão, que per-tence à rede de monitorização da CCRD Centro, “revela que a zona em questão não apresenta proble-mas de poluição atmosférica”, ha-vendo a registar apenas “situações pontuais de excedências aos valo-res limiares dos poluentes ozono e partículas” e refere ainda que estão identificadas todas as fontes de emissões industriais, para as quais estão “inclusivamente a decorrer processos de contraordenação”.

Sessão de esclarecimento à população com o coordenador do estudo Francisco Ferreira, da Universidade Nova de Lisboa, a apre-

sentar os resultados da monitorização.

O raio da poluição!

João Gouveia (8ºA)

que haja mais iniciativas deste tipo.

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Dora - JI Sala 2“Um pequeno crocodilo ternurento que só visto” (Lourenço - JI Sala 2)

“O meu corpo“ (Eduarda - JI Sala 1)“História da Carochinha” (Isaura - JI Sala 1)

“No Carnaval disfacei-me de... Bob, o construtor” (Tiago - JI Sala 2)“Os sete cabritinhos aprendem a reciclar” (Tomás - JI

Sala 1)

A Página dos Mais Pequenos

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A Página dos Mais Pequenos

Visita ao Centro Ciência Viva

No dia 15 de fevereiro, fomos ao Centro de Ciência Viva para ver uma exposição sobre a floresta: fonte de vida, de riqueza e de prazer.

A floresta como fonte de prazer significa os tipos de cheiro, sombra, chá, beleza,…; fonte de vida, porque nos dá oxigénio, fornece-nos alimentos … fonte de riqueza, porque ela nos dá a madeira, a resina, a cortiça, … enfim, a floresta é indispensável na nossa vida!

Estivemos a fazer sabonetes com alguns cheiros da natureza: peras, maçãs, cerejas, uvas e mangas. Depois disso, fomos lanchar para junto da nossa professora.

Fomos para o autocarro e eu e a minha colega chamada Leonor viemos a cantar. Foi uma tarde muito agradável e trouxemos os sabonetes que aprendemos a fazer na “sala experimenteca”.

Margarida Pina (3º ano)

O Inglês no 1º CicloAlunos do 1º Ciclo

“Nas aulas de Inglês trabalhamos com um livro que se chama Tree-tops. É muito “fixe” aprender Inglês. Eu só aprendi até à página nove, mas já sei os números até 10, as cores, as palavras “Hello”, “Goo-dbye”, “Autumn” e outras. No nosso livro aparecem uns amigos que são o Bud, a Holly, o Mouse, o Squirrel e o Hedgehog. Eu já li uma histó-ria, no nosso livro de Inglês, era em banda desenhada. Nas aulas nós pintamos, fazemos jogos, ouvimos músicas e também aprendemos a canção de parabéns em Inglês.”

Ana Cristina Mendonça (2ºano)

“As aulas de Inglês são muito di-vertidas, porque escrevemos, fa-zemos jogos e cantamos. Nós já aprendemos os números, as cores, a dizer “Goodbye”, Hello”, o nosso nome e a perguntar a idade. O nome do nosso livro é Treetops. No livro há uns bonecos que são a Holly, o Bud, o Mouse, o Squirrel e o Hedgehog. Eles vivem num bosque e contam-nos as coisas que fazem lá. Também têm uma escola e uma “tea-cher”. A nossa “teacher” é a professora Elsa Flor.”

Carolina Santos (2º ano)

“Eu gosto das minhas aulas de Inglês, porque fazemos coisas mui-to giras e jogos muito divertidos. Eu gosto muito da minha professora. Mas, se nos portamos mal, ela cas-tiga-nos e fazemos cópias.”

Inês Príncipe (3º Ano)

“As minhas aulas de Inglês são fantásticas e a professora também. Ela chama-se Ana Sofia e, se nos portamos mal, ela mete-nos de castigo. Eu e as minhas colegas portamo-nos bem, mas os rapazes portam-se mal. Fazemos muitos jogos e já aprendemos muitas coi-sas.” - Leonor Araújo (3º Ano)

“As minhas aulas de Inglês são muito “fixes”. Fazemos cópias, de-senhos, jogos, fichas … Já lemos várias histórias. Uma delas falava sobre um esquilo chamado Squirrel e sobre dois meninos: a Holly e o Bud.” - João Pires (4º Ano)

“As minhas aulas de Inglês são muito divertidas, porque cantamos músicas, pintamos desenhos e le-mos histórias. Fazemos jogos e já aprendemos o alfabeto a cantar uma canção que se chama “The al-phabet”.” - Sara Rei (4º Ano)

Desenho de Henrique Barreto (4ºAno)

(à esquerda)Trabalho realizado

pelos alunos da turma do

2º ano

(acima)“A Localidade da minha escola” - Beatriz Ribeiro (1º ano)

(acima)“O meu Carnaval“ - Tomás Vicente (2º ano)

PROENÇA-A-NOVA

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Extensão de Lengalengas

- Ó Ricardo come o pãozinho!- Como, como que está quentinho.- Ó Clarinha, come a sardinha!- Não a como, porque tem muita espinha.- Ó Carolina, come o bacalhau!- Não o como, porque sabe a sal.- Ó Francisco, come o petisco!- Como, como que sabe a marisco.- Ó João, come o feijão! - Não, não o como, que sabe a sabão.- Ó Rita, come a batata frita!- Como, como que ela é catita.- Ó Jessica, come a sopa!- Não a como, porque suja a roupa.- Ó André, come o melão!- Não o como, porque sabe a algodão.- Ó Maria, come o peixinho!- Como, como, que ele é fresquinho.

Arre burrinhoVai para o Tostão CarregadinhoDe grão.

Arre burrinho Vai para a Foz do Cobrão CarregadinhoDe sacos de algodão.

Arre burrinho Vai para o Vermum CarregadinhoDe atum.

Arre burrinho Vai para SarnadinhaCarregadinho De sardinha.

Arre burrinhoVai para EspinhoCarregadinhoDe leitinho.

Arre burrinho Vai para o FratelCarregadinhoDe frascos de mel.

Arre burrinho Vai para os Perais Carregadinho De pardais.

Arre burrinho,Vai para Azeitão CarregadinhoDe feijão.

Arre burrinho,Vai para Estremoz Carregadinho De sacos de arroz.

Arre burrinho,Vai para Idanha CarregadinhoDe lenha.

Arre burrinho Vai para Guarda Carregadinho De mostarda.

Oficina de escrita criativaTiago Mateus (8ºA), Patricia Pereira (9ºA)

Quem trabalha em bibliote-cas escolares e tem a opor-tunidade de lidar com alunos leitores de várias idades tem a perceção de que algo está a modificar-se nos hábitos de leitura dos alunos mais novos. E desta vez, a bem de todos, para muito melhor. Seja por-que os esforços institucionais da Rede de Bibliotecas Esco-lares e do Plano Nacional de Leitura (PNL), endossáveis a todos os seus agentes, den-tro e fora da escola, já estão a frutificar, seja porque há um interesse renovado pelo li-vro – infantil, sobretudo – por parte dos educadores, das famílias, dos livreiros, dos autores e ilustradores, a ver-dade é que se observa nos nossos alunos mais peque-nos um gosto declarado pelos livros e pela leitura que cabe à escola, às bibliotecas e a todos os que as rodeiam aca-rinhar e, se possível, alargar.

Tendo por base esta feliz constatação, o grupo de traba-lho composto pelos professo-res bibliotecários dos conce-lhos de Castelo Branco e Vila

Velha de Ródão, em colabora-ção com a Biblioteca Municipal de Castelo Branco, propôs-se, a nível local, realizar, como ex-tensão do Concurso Nacional de Leitura, dirigido anualmen-te pelo PNL aos alunos do 3º CEB e do Ensino Secundário, uma iniciativa de promoção da leitura dirigida aos alunos do 2º ciclo do Ensino Básico. A atividade replica, no que toca a finalidades, logística e modalidades de participação, o concurso nacional, procu-rando responder à vontade de participação dos leitores mais novos, que tanta apetência e interesse manifestam pelo livro e por ações lúdicas e pedagógicas desta natureza.

Concluído que foi o apura-mento dos finalistas locais, que se submeteram, em cada uma das suas escolas, a pro-vas de seleção que englo-baram, no conjunto dos sete agrupamentos envolvidos, um total de 400 alunos, passou-se à prova final, que teve lugar no passado dia 7 de março nas instalações da Biblioteca Mu-nicipal de Castelo Branco. A

Um pequeno grande desafiopara grandes leitores!

Professora Luísa Filipeprova partiu da leitura obriga-tória de duas obras seleciona-das em função do nível etário dos alunos e incluiu, de acordo com o regulamento, uma eta-pa escrita e uma eliminatória oral para seleção dos vence-dores. A organização apostou em fazer desta iniciativa um momento de festa e de cele-bração do livro, sublinhando e dando primazia ao lado diverti-do e formativo da leitura, para que se aprofunde e prolongue, entre os mais novos, o gosto por esta coisa dos livros, que neles se mostra já tão forte e genuína. Foi uma tarde muito bem passada e, dos 21 finalis-tas, foram selecionados seis, que realizaram a prova oral. Uma destas seis finalistas foi a nossa aluna Margarida Dio-go, do 5º A, que acabou por se tornar a feliz vencedora deste Concurso de Leitura.

Deixamos aqui os nossos parabéns e esperamos que este se torne um bom exem-plo para motivar a participação dos nossos alunos em futu-ras iniciativas deste género.

como nós, também iam parti-cipar neste concurso. Recebe-mos um saco com um crachá, uma caneta, um panfleto, um livro e um emblema.

Iniciou-se a prova com a par-te escrita sobre as duas obras que lemos: «A Floresta», da es-critora Sophia de Mello Breyner Andresen e ainda «O Rapaz que tinha Zero a matemática», de Luísa Ducla Soares.

No final da prova escrita, pu-demos assistir a uma peça de teatro que foi realizada por alu-nos das nossas idades, que se chamava «As Cozinheiras de Livros». Era sobre uma biblio-teca onde começavam a faltar os livros. Havia que arranjar uma solução para esta situa-ção! Aparecem umas cozinhei-ras que trabalham numa fábrica de livros. O problema era que nas árvores já não cresciam as letras que eram precisas para fazer os livros. Arranjaram se-mentes novas e começaram a nascer novas letras nas árvo-

Concurso de Leitura - Final

Margarida Diogo (5ºA), Bruna Martins (6ºA), Mariana Santos (6ºA)

No passado dia 7 de março, realizou-se a final do Concurso de Leitura do 2ºciclo, na Biblio-teca Municipal de Castelo Bran-co.

Na nossa escola foram apu-radas três alunas: Margarida Diogo, do 5ºano, Bruna Martins e Mariana Santos, do 6ºano.

A MARGARIDA VENCEU!

A professora Luísa Filipe acompanhou-nos a Castelo Branco. Quando lá chegámos, por volta das 14h, fomos logo para a Biblioteca Municipal. Ao entrarmos, vimos alunos de muitas outras escolas que,

Biblioteca | Centro de Recursos

res. Foi uma peça muito diverti-da de que gostámos muito.

Quando a peça acabou, fo-ram divulgados os nomes dos alunos que tinham sido apu-rados para a fase final e que consistia numa prova oral. Da nossa escola, ficou apurada a Margarida Diogo, do 5º ano, com 95 pontos na prova escrita. Os seis apurados leram, cada um, um excerto das obras, sor-teado aleatoriamente. No final das leituras, os três jurados fizeram perguntas a cada con-corrente.

A nossa colega Margarida Diogo ficou em primeiro lugar e recebeu vários prémios: uma capa de micas, uma capa, dois livros, um porta-chaves e um cheque da Worten no valor de 50 euros.

Foi uma tarde bem passa-da. Achamos que valeu a pena concorrer, pois gostámos muito e, para o próximo ano, volta-mos a repetir!

A Oficina de Escrita Criativa funciona na Biblioteca Escolar desde o início deste ano letivo, todas as terças-feiras, das 13.25 às 14.50h e destina-se aos alunos do Ensino Especial. O objetivo principal desta atividade é motivar estes alunos, de uma forma lúdica, para a leitu-ra e a escrita de pequenos textos. Eis alguns exemplos do trabalho realizado pela Patrícia Pereira, do 9ºA e pelo Tiago Mateus, do 8ºA.

CONCURSO DE LEITURA

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Notícias | Projetos | Atividades

Juntos somos família!André Pequito (9ºB) e Daniela Pires (9ºB)

No dia 20 de março, alguns alunos do 9º ano, no âmbito da disciplina de E.M.R.C., dirigiram-se a Abran-tes, juntamente com alguns alunos da escola João Roiz, para um con-vívio amigável entre escolas dos concelhos de Portalegre e Castelo Bran-co.

Quando che-gámos a Abran-tes, fomos para uma praça onde havia um palco e, à volta desse palco, encon-travam-se cerca de 1200 alunos. Aí assistimos às várias atuações preparadas pelas várias escolas e pudemos participar também. Em se-guida, executámos uma caminhada até ao parque de S. Lourenço, onde

almoçámos e passeámos à volta de um lago com patos. Depois do almoço, reiniciaram-se as atuações com uma demonstração de talentos (Beat box, tocar e cantar), em que

fomos desafia-dos a dançar um Flash Mob, assistimos a um espetáculo de magia exe-cutado por um professor de moral que nos ensinou a ver “a magia da vida”. Por fim, ouvimos as pa-

lavras encorajadoras e amigas do bispo do distrito.

Este convívio foi absolutamente único, porque aprendemos muitas coisas, fizemos muitos amigos e sa-bemos que “JUNTOS SOMOS FA-MÍLIA ”.

Ivo Patrício (8ºA)

Bosque da Achada

A Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva - criou o projeto “Um bosque perto de si” para envolver as escolas na construção de um mapa nacional dos ecossistemas florestais. Ao mesmo tempo que cria uma dinâmica local, a partir da escola, centra-da na temática da biodiversidade – fator vital para a sobrevivência da nossa espécie – introduz uma componente prática nas aulas, enrique-cendo o processo de aprendizagem.

O projeto “Bosque da Achada: Um bosque perto de si” teve início em 2009, na nossa escola. No ano letivo 2009/2010, o projeto foi a con-curso e destacou-se, ganhando o primeiro lugar. É dirigido pela profes-sora Graça Passos, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, com a ajuda dos alunos do 8º ano. Os objetivos deste projeto são valorizar e estudar os bosques enquanto reservatórios de biodiversidade, fon-tes de recursos e abrigo para seres vivos, depuradores de poluentes e como fator de prevenção da erosão dos solos e também identificar fatores de desequilíbrio e propor medidas de preservação do bosque.

No “Cantinho do Bosque” fazemos sensibilização ambiental, pois esta é muito importante para, principalmente os nossos colegas mais novos, crescerem com o dever cívico de proteger e preservar a na-tureza. Nesse espaço destinado a todos os alunos e docentes, que funciona no polivalente às segundas e quintas-feiras na nossa escola, tratamos de biodiversidade, que designa a variedade de espécies e os ecossistemas em que ocorrem. Esta diversidade é um verdadeiro tesouro para o equilíbrio ecológico e para obtermos grande variedade de alimentos, remédios e muitas outras substâncias essenciais à so-brevivência da espécie humana.

Na minha opinião, o projeto é muito interessante, porque nos dá a possibilidade de interagir e conhecer os seres vivos da nossa região, já que esta é muito rica a nível ambiental e, ao mesmo tempo, ajuda-nos a melhorar o espírito de grupo e a aumentar o nosso sentido de responsabilidade, essenciais à nossa formação, pois a nossa geração é o futuro da natureza, e cabe-nos protegê-la e cuidá-la.

CURIOSIDADEO “Bosque da Achada” tem uma grande diversidade de espécies de

flora e de fauna, tais como Rosmaninho (Rosmarinus officinalis), Ro-selha (Cistus crispus), Fumaria sp. , Cilene sp., Linaria difusa, e Gene-ta (Genetta genetta), Fuinha (Martes foina), Grifo (Gyps fulvus), Perdiz (Alectoris rufa), Melro-preto (Turdus merula), respetivamente.

“UM BOSQUE PERTO DE SI”

A Associação de Pais, tal como em anos anteriores, animou o Des-file de Carnaval do Município de Vila Velha de Ródão.

O desafio foi lançado às crianças de todos os ciclos de ensino e suas famílias e assim aconteceu…

Verificámos que houve uma maior adesão de crianças e de pais a parti-ciparem neste evento, se comparar-mos com anos anteriores. Ficámos muito contentes por este renovado interesse. Esperamos, para o próxi-mo ano, uma ainda maior participa-ção!

Associação de Pais

Desfile de Carnaval

Crianças e adultos compareceram à hora marcada, os disfarces fica-ram ao critério de cada um… Assim, a variedade de cores e ideias fez-se sentir. Surgiram palhaços divertidos, índios coloridos, freiras, monstros bizarros, uma carochinha bem dis-posta, o João Ratão de orelhas re-beldes, um galo alvoraçado, o gato vaidoso, princesas encantadoras, o cowboy sem cavalo, figuras do Walt Disney… E que mais?

Música…alegria…dança e diverti-mento! Foi um belo e “gordo domin-go”!

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O cantar das JaneirasTurma C (3ºAno)

A Página dos Mais Pequenos

“Cantar as Janeiras” ou “Cantar os Reis” durante o mês de janeiro é uma tradição portuguesa que se quer manter viva. Por isso, os alunos do 1º ciclo e os do Jardim de Infância, os seus profes-sores e alguns funcionários, cantaram as janeiras pelas ruas da vila desejando um feliz ano novo a todos.

Nesses dias de janeiro, para além das atividades de leitura e escrita sobre os Reis Magos e as tradições alusivas a esta data, fizemos lindas coroas para que todos tivessem a oportunidade de se sentirem reis e rainhas por um dia.

Para animar as quadras cantadas por nós, durante a manhã, tivemos a cola-boração do acordeonista Jorge Rei, pai de um aluno da nossa escola.

Em primeiro lugar, dirigimo-nos ao polivalente da escola onde estavam al-guns alunos, funcionários, professores e elementos da direção, que nos ouvi-ram cantar e até nos tiraram fotografias para o jornal escolar. A seguir, dirigimo-nos à Câmara Municipal, onde fomos recebidos por funcionários e pela presi-dente. Estes ficaram bastante contentes

e adoça-ram-nos a boca com rebu-çados e um balão. Continu-ámos a caminha-da e che-gámos à G.N.R. e ao Centro de Saú-de onde t a m b é m f o m o s bem re-cebidos. Cantámos e deram-nos algum dinheiro. Por fim, dirigimo-nos aos lares da terceira idade da Santa Casa da Mi-sericórdia, onde fomos recebidos por muitos idosos. Estes ficaram bastante alegres com as quadras cantadas e ado-çaram-nos a boca com sorrisos e com um beijinho.

Regressámos à escola felizes por tudo

Em janeiro e, de acordo com a tradição, no dia 24 fomos cantar as Janeiras em V. V. de Ródão.

Os alunos do 1º ciclo juntaram-se aos meninos do jardim de Infância e, com os professores e alguns encar-regados de educação, iniciámos o percurso. Um encarregado de edu-cação acompanhou-nos a tocar o seu acordeão.

Juntámo-nos todos no polivalente, junto ao bar, para cantarmos as Ja-neiras para todos os elementos da nossa escola e seguimos pelas ruas da localidade em direção à Câmara Municipal. Aí, tal como noutros lo-cais onde parámos para mostramos o nosso talento vocal, fomos muito bem recebidos! Houve até quem nos agradecesse com gulodices, o que muito nos adoçou a boquinha!

Apesar do cansaço e de umas bolhitas nos pés, regressámos à es-cola felizes, por termos cumprido a tradição.

Turma D (4ºAno)

ter corrido bem, mas cansados depois da caminhada sempre a subir até à nos-sa escola .

Como seria bom que nunca se per-

desse a tradição de cantar as Janei-ras!

No dia 3 de fevereiro, da parte da tarde, realizámos uma visita de estudo, ao património local de Vila Velha de Ró-dão.

Visitámos os sítios de maior interesse turístico, que são mais visitados e que merecem a nossa melhor atenção. Fo-mos ao castelo do Rei Wamba, que foi recentemente reconstruído por iniciati-va da Câmara Municipal. Estivemos no cais, junto ao rio Tejo, onde pudemos desfrutar de uma bonita vista panorâ-mica e onde pudemos ver o Parque de Campismo. Seguimos em direção

à capela da Nossa Senhora da Alaga-da que, por acaso, naquele momento, estava aberta. Continuámos a nossa visita, e seguimos para a zona do Aça-fal, onde pudemos observar a ponte romana que é um dos vestígios deixa-dos pelos romanos por estas terras da Beira Baixa. Já dentro do autocarro, ain-da pudemos ver a barragem do Açafal , obra feita para armazenar as águas das nascentes e das chuvas que servem de regadio aos terrenos situados no vale. Lanchámos no pequeno jardim que fica no Largo das Laranjeiras e aí pudemos

O património local4ºAno (Turma D)

ver o busto do pintor Manuel Cargaleiro, o Pelourinho, que foi o símbolo da Justi-ça e a Igreja Matriz, construída em hon-ra da Nossa Senho-ra da Conceição.

Foi uma visita muito interessante, porque fomos aler-tados para a impor-tância da conserva-ção e preservação do património local, que é bastante rico

Fazer turismo em V.V.R.Gonçalo Correia - 4ºAno (Turma D)

No dia 3 de fevereiro, a turma do 4º ano foi visitar os locais turísticos da vila .

Começámos por visitar o castelo do Rei Wamba. Depois, seguimos para o cais onde

vimos as portas de Ródão que estiveram nomeadas para as 7 Maravilhas de Portugal. No

cais, ainda vimos uma exposição de fotografias. Seguidamente, fomos para a Sra. da Ala-

gada, onde visitamos a capela. Ainda fomos à barragem do Açafal. Para terminar, dirigimo-

nos até ao Pelourinho onde lanchámos e ainda vimos a Igreja Matriz.

Foi uma tarde muito interessante e aprendi muitas coisas.

por estas redondezas. Agradecemos à nossa professora e à professora Ma-

falda por nos terem acom-panhado e proporcionado uma tarde ines-quecível, cheia de alegria e en-tusiasmo.

O Espantalho Enamorado

Comentários dos alunos à representa-ção do livro “Espantalho Enamorado”

“Eu fiz de espantalho na história do es-pantalho enamorado e gostei muito.” - Tânia Pinguelo

“Eu gostei muito do teatro que a professora fez connosco e espero bem que volte a fazer mais alguns.” - Daniel Ferreira

“A minha opinião do livro é que é uma his-tória muito engraçada onde um espantalho e uma espantalha gostam um do outro e que-riam ficar juntos. Fizemos um teatro que gos-

tei muito de ver e quem escreveu esta história deve escrever mais.” - Sara Rei

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No dia treze de fevereiro decorreu, no campo de desportos motorizados de Cas-telo Branco, o corta-mato distrital que envolveu cerca de 1200 atletas, em repre-sentação das escolas públicas e privadas do distrito de Castelo Branco. Os alunos competem tendo em conta o seu sexo e o escalão etário.

Os trinta e seis alunos que representaram o nosso Agrupamento, apurados na prova escolar, obtiveram resultados bastante positivos e estiveram à altura das suas responsabilidades.

Professor Carlos Silva

Infantis A Femininos Infantis A Masculinos8º - Ana Pereira31º - Maria Faustino52º - Tânia Pinguelo 88º - Beatriz Ribeiro92º - Margarida Diogo93º - Érica Bernardo

28º - Fernando Mendes33º - Dennis Pop36º - Rodrigo Tomé84º - Gonçalo Santos100º - Gonçalo Correia

Infantis B Femininos Infantis B Masculinos13º - Bruna Martins69º - Ana Cardoso 76º - Iolanda Tavares120º - Patrícia Mateus121º - Mariana Tavares 129º - Rosária Pires

43º - Edgar Belo69º - Rodrigo Barradas82º - André Pina116º - João Diogo131º - Duarte Rodrigues

Iniciados Femininos Iniciados Masculinos33º - Daniela Pires 34º - Sofia Ribeiro56º - Liliana Vilela67º - Mariana Semedo101º - Ana Rita Afonso104º - Carolina Gonçalves

20º - Filipe Caetano 73º - Bruno Antunes90º - José Araújo99º - João Gouveia117º - Sérgio Silvestre

Juvenis Masculinos36º - João Matos89º - Rodrigo Martins

Desporto

Reportagem fotográfica completa do Corta-Mato Distritale todos os resultados dos nossos alunos no Mega.

Corta-Mato Distrital Torneio Inter-Turmasde Basquetebol

Lilana Vilela , Mariana Semedo e Rodrigo Carmona (8ºA)Nos dias 29 de fevereiro e 3 de março, realizou-se um torneio inter-turmas de

basquetebol. Os árbitros foram o Filipe Caetano e os professores Edgar Saraiva e Car-

los Silva. O José Araújo, do 8ºA, foi considerado como melhor jogador em campo. Resultados do torneio por ano e ciclo de escolaridade:

• 1ª ciclo - 4ª ano • 2ª ciclo - 6ª ano • 3ª ciclo - 8ª ano

ATLETISMO

Torneio MegaProfessor Carlos Silva

No dia 12 de março decorreu, no Complexo Desportivo da Co-vilhã, a final distrital do Torneio Mega, organizada pela equipa do Desporto Escolar Distrital, tendo o apoio e a colaboração da Associação Distrital de Atletismo de Castelo Branco.

Neste Torneio Mega foram abordadas algumas das espe-cialidades da modalidade des-portiva do atletismo, tais como: Megasprinter – Corrida de ve-locidade, Megasalto – Salto em comprimento, Megavoo – Salto em altura, Megakilómetro – Cor-rida de longa duração, Megalan-çamento – Lançamento do Peso.

Participaram neste torneio 23 alunos dos 2º e 3º ciclos. Todos tiveram uma participação muito positiva e revelaram um grande empenho em cada prova, ha-vendo alguns alunos que alcan-

çaram a final do seu escalão, tendo assim ficado dentro dos primeiros oito lugares a nível distrital. Há a salientar quatro primeiros lugares. Os quatro campeões distritais foram os seguintes: a Bruna Martins, do 6ºA, no escalão Infantis B no Megavoo, a Carolina Gonçal-ves, do 9ºA, no escalão Iniciado no Megalançamento, o Vasco Veríssimo, do 9ºA, no escalão Iniciado no Megavoo e o Pedro Belo, do 9ºA, no escalão Inicia-do no Megakilómetro.

A entrega dos prémios aos alunos vencedores foi efetuada na sessão de encerramento.

Houve um convívio salutar entre os participantes, com ale-gria, camaradagem e competi-ção sã.

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Os Primos e o Mago EnvergonhadoCarolina Santos (2ºAno)

Resumo

Esta história fala de dois primos, a Matilde e o Gonçalo, que foram passar o Natal com a fa-mília à casa da serra, onde viveram aventuras cheias de surpresas. Eles conheceram o Mago Envergonhado que era bastante disparatado e muito simpático. Conheceram também a Bruxa Cartuxa e sua águia Leocádia. O mago ofere-ceu-lhes um óculo mágico através do qual eles poderiam ver o Natal dos feiticeiros e das bruxas na floresta mágica, mas só a partir da meia-noite é que funcionava. Já em casa, depois da ceia e

de abrir os presentes, a seguir à meia-noite, es-preitaram pelo óculo e viram o castelo iluminado cheio de bruxas e magos a trocarem pre-sentes, também observaram o baile dos bo-necos de neve que estava muito animado.

Continuação da história

Num belo dia de sol, o Gonçalo e a Ma-tilde estavam a brincar na neve, na Serra da Estrela quando, de repente, sentiram um vento muito forte. Era das asas da águia Leocádia que os vinha buscar para os levar ao castelo do mago Envergo-nhado. Quando lá chegaram, o mago veio cumprimentá-los e, como esta-vam na época do Carnaval, ele fez um grande baile de máscaras e chamou a bruxa Cartuxa e o feiticeiro Lampeiro.

Histórias da Terra e do MarIvo Patrício (8ºA)

Titulo: Histórias da Terra e do MarAutora: Sophia de Mello Breyner AndresenEdição: 2006Editora: Texto Editora

ResumoHans é um rapaz de 14 anos que tinha o sonho de

ser marinheiro, mas o pai não aceitava, por isso ele fugiu de casa.

Viajou, viajou e foi parar a uma cidade desconheci-da, o Porto. Quando chegou ao Porto, conheceu um homem chamado Hoyle que o adotou. Enquanto é ado-lescente estuda, aprende tudo sobre barcos e negó-cios, tem saudades de casa e manda uma carta aos pais, a mãe responde-lhe que o pai não o perdoa. Já em adulto, torna-se capitão dos navios de Hoyle e tam-bém o seu homem de confiança dos negócios, manda outra carta aos pais a contar as novidades, a mãe res-ponde-lhe dizendo que o pai não o perdoa. Mais tarde, Hoyle adoece e morre, deixando a Hans todos os seus bens, ele expande o negócio que Hoyle lhe deixou e enriquece. Hans casa, tem o primeiro filho e põe-lhe o nome do seu pai, Sören, mas o filho acaba por morrer. Hans lança ao mar o primeiro navio com o nome de seu filho. Passado um ano, nasce o segundo filho. Hans manda uma carta aos pais e a mãe responde-lhe, de novo, que o pai não o perdoa. Os anos foram passando e Hans torna-se cada vez mais rico, nascem-lhe mais filhos, anda em constantes viagens de negócios e co-meça a tomar consciência de que não vai conseguir concretizar o seu sonho.

Os anos continuam a passar. Compra uma quinta de onde se avista o mar, os filhos crescem e casam, nascem-lhe netos. Quando fica velho, manda construir uma torre na quinta para ver a entrada e a saída dos seus barcos. Quando adoece, Hans faz um último pe-dido que é construírem-lhe um navio naufragado em cima da sua sepultura. Quando morre, o seu desejo é cumprido.

CríticaGostei de ler este conto, porque me ensinou que

devemos lutar para conseguirmos realizar os nossos sonhos, mas devemos pensar muito bem nas decisões que tomamos para não nos arrependermos depois.

Sugestões de Leitura

Histórias da Terra e do Mar é um livro da escrito-ra Sophia de Mello Breyner Andresen publicado em 1984. É composto por cinco contos - “História da Gata Borralheira”, “O Silêncio”, “A Casa do Mar”, “Saga” e “Vila d’Arcos” - que nos transportam para o universo da infância. Cada um deles tem uma harmonia pró-pria que vive de alargadas descrições, de persona-gens encantadas e de metáforas expressivas.

Os alunos do 8º ano leram este livro e estudaram, de forma mais aprofundada, o conto “Saga”.

Título: Os Primos e o Mago EnvergonhadoAutoras: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada Edição: 2005Editora: Caminho

Eles divertiram-se muito!

Os Primos e o Mago Envergonhado (Rita Nascimento - 2º Ano)

O Naruto é uma personagem de mangá criada por Masashi Kishimoto, bastante conhecida em todo o mundo que mais tarde foi transformada em anime.

Trata-se de um ninja que, quando era bebé, foi usado para aprisionar um monstro que devastou a vila e matou os seus pais e muitas outras pesso-as que o tentaram destruir. Por isso, quando cres-ceu, sempre foi olhado de lado, mas o seu sonho é tornar-se o líder da vila. Com a ajuda dos amigos que foi fazendo ao longo da série e com os treinos rigorosos, acabou por salvar muitos habitantes de

vários países, conseguindo tornar-se um herói.Nós achamos que a série devia ser vista por mais

gente porque, apesar de ser um anime de ação, também ensina muitas lições de vida e, por vezes, é muito engraçada. Acreditem em nós, porque pas-samos a vida a ver os episódios e a jogar os jogos!

Glossário:

Mangá- Banda desenhada japonesa a preto e branco lida da esquerda para a direita.

Anime- O mangá animado em computador com mais pormenores e a cores. D

esen

ho d

e C

arol

ina

Gon

çalv

es (9

ºA)

Naruto André Pequito (9ºB) e Carolina Gonçalves (9ºA)

“Saga”

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1759 | Março | 2012

Os alunos dos 1º e 2º Ciclos entrevistaram o es-critor David Machado quando ele visitou a nossa escola, em dezembro de 2011.

Onde nasceu e onde vive atualmente?Nasci e ainda vivo em Lisboa.

Há quantos anos escreve? Tem outra profis-são?

Profissionalmente, escrevo há cerca de 6 ou 7 anos. Vou sempre fazendo outros trabalhos, to-dos eles ligados à literatura. Também faço tradu-ção e dou aulas de escrita criativa.

Como nasceu o seu gosto pela escrita?É a soma do fascínio pelas histórias e da ob-

sessão pela leitura.

Ainda só escreveu histórias para crianças ou também escreve para adultos?

Já escrevi vários livros para adultos. O romance mais recente que publiquei (em 2011) chama-se Deixem Falar as Pedras.

Já recebeu prémios pelas suas obras?Já. Recebi o Prémio Branquinho da Fonseca

pelo livro A Noite dos Animais Inventados. E o Prémio Autores pelo livro O Tubarão na Banheira.

As suas histórias têm muita imaginação. Em que é que se inspira para escrever?

Em tudo. As ideias aparecem de qualquer par-te, daquilo que vemos ou ouvimos, de filmes, de livros, de conversas, às vezes do escuro, dos sonhos, de uma parede branca. O mais difícil é reconhecer as boas ideias e depois trabalhá-las.

Das quatro obras que conhecemos – Um ho-mem verde num buraco muito fundo, A noite dos animais inventados, Os 4 comandantes da cama voadora e O tubarão na banheira, qual gostou mais de escrever? Qual a sua pre-ferida?

Gostei de todas. Só que cada uma foi importan-te à sua maneira. Aprendi coisas diferentes com cada uma.

Está a pensar escrever brevemente mais al-gum livro?

Estou a terminar um romance de fantasia. Será publicado ainda este ano.

É casado? Tem filhos? Como se chamam e que idades têm?

Não sou casado, mas é como se fosse. E tenho dois filhos: a Maria, que tem 2 anos, e o Martim, que tem 8 meses.

O que é que mais gosta de fazer nos seus tempos livres?

Ler, estar com os meus amigos, ouvir música, brincar com os meus filhos. Namorar.

Gosta de desporto? Pratica ou praticou al-gum desporto?

Gosto, mas há muito tempo que não pratico. De vez em quando vou correr. Quando era mais novo jogava muito voleibol.

Gosta de animais? Tem algum animal de es-timação?

Gosto. Quando era miúdo tive gatos, cães, pei-xes, coelhos, até patos. Hoje não tenho animais, sobretudo porque sei que não teria tempo e dis-

ponibilidade para lhes dedicar.

Gostava de andar na escola? Qual era a sua disciplina preferida?

Gostava. Por tudo. Por aprender, pelos ami-gos, por sentir desde muito novo que o meu fu-turo passava por ali. E a minha disciplina prefe-rida sempre foi a Matemática.

Na sua infância, qual era a profissão que gostaria de ter? Já nessa altura sonhava em ser escritor?

Não me lembro. Não era escritor, disso tenho a certeza.

Quando era criança, tinha alguém que lhe lia ou contava histórias?

O meu pai contava-me muitas histórias. Lia-me algumas, outras eram inventadas.

Gosta de ler? Quais os seus autores e/ou livros preferidos?

Gosto muito de ler. Tenho muitos livros e auto-res preferidos. Alguns deles são Gabriel García Marquez, Mário Benedetti, José Saramago, Neil Gaiman, Jonathan Safran Foer, Dave Eggers.

Qual a sua comida preferida?Gosto cada vez mais de comer e de cozinhar.

E gosto tanto de um bacalhau cozido com bata-tas como de uma pizza.

Gostou de visitar Vila Velha de Ródão?Gostei muito. Foi a primeira vez. Espero voltar. Muito obrigado pela sua colaboração.

Alunos do 1º e 2º Ciclo

David Machado (Escritor)

Entrevista (3)

David Machado nasceu a 14 de Junho de 1978, em Lisboa. Licen-ciou-se em Economia, mas acabou por trocar os números pelas letras.

Ganhou o Prémio Branquinho da Fonseca em 2005, da Fundação Calouste Gulbenkian/ Semanário Expresso, com o livro infantil “A Noite dos Animais Inventados” e o Prémio Autor SPA/RTP na ca-tegoria de Melhor Livro Infanto-Juvenil com o conto “O Tubarão na Banheira”. Seguiu-se a publicação dos seguintes títulos: “Os Quatro Comandantes da Cama Voadora” e “Um Homem Verde Num Buraco Muito Fundo”. Além destes títulos infantis, David Macha-do publicou ainda os romances “O Fabuloso Teatro do Gigante” e “Deixem Falar As Pedras” e o livro de contos “Histórias Possíveis”.

Participa, com regularidade, em encontros sobre literatura em escolas e bibliotecas e os seus livros estão no Plano Nacional de Leitura.

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Castelo do Rei WambaAlunos do 5º A

No dia 8 de fevereiro fizemos uma visita ao castelo do Rei Wamba com as professoras de História, de Língua Portuguesa e de Inglês. O dia estava muito bonito, com o sol radioso e, lá do cimo do castelo, avistávamos uma paisagem muito linda.

Aprendemos que os castelos eram construídos em sítios muito elevados para melhor avistarem os inimigos e também para se defenderem. Eram feitos em pedra, porque a pedra é um material muito resistente. Este castelo pertencia aos monges-guerreiros Templários e foi importante durante a Reconquista Cristã, assim como outros construídos ao longo do rio Tejo e que defendiam as terras dos ataques dos mouros. Aprendemos também a lenda do rei Wamba que termina com a maldição da rainha. Antes de regressarmos à escola, fomos ver o sítio por onde a rainha rebo-lou até ao rio.

Eu gostei muito desta visita e fiquei a conhecer me-lhor o nosso castelo.

Ana Rita Pereira, 5º A

No dia 8 de fevereiro, às 14 horas, fomos visitar a torre de vigia do Rei Wamba. Virada para o Tejo, no

alto da serra ficava ela!Aquela torre já tinha tido algumas derrocadas,

mas nada que não se arranjasse e agora está perfei-ta. Quando lá chegámos quisemos logo ir observar o castelo, mas primeiro fomos ao miradouro e ver a paisagem que se estende até ao rio. Ao entrarmos no castelo, a professora explicou-nos que, antigamente, toda a torre era fechada. Não havia porta e o acesso

fazia-se através de uma escada para se chegar à parte de cima. Essa escada era depois retirada, o que tornava difícil o acesso dos inimigos. Conta a lenda que uma bela princesa cristã fugiu com um rei mouro que vinha namorá-la à beira do rio Tejo. Quando o marido (o rei Wamba) a apanhou, o castigo foi que rebolou pela serra e por onde ela passou o mato nunca mais vigorou.

Maria Faustino, 5º A

Passámos por casas, casinhas, casarões e, por duas vezes, pela linha do comboio… No cimo do castelo estava uma ventania maluca! Depois, a professora Luísa levou-nos ao cimo da torre, na companhia da professora Anabela e da professo-ra Elsa. Entrámos na torre de menagem, subimos até lá acima e avistámos uma paisagem maravi-lhosa.

Ouvimos contar a lenda do castelo do Rei Wamba e, a seguir, vimos o cadeirão onde se sentava a rainha.

Regressámos, cantámos canções durante a viagem e, em menos de nada, já estávamos na nossa escola.

Foi uma viagem maravilhosa ao castelo do Rei Wam-ba ou castelo de Ródão. Nós gostámos muito da visita.

João Barateiro, 5º A

Alunos do 6ºA

No dia 27 de janeiro, os alunos do 6º A, acompanhados pela pro-fessora de História e Geografia de Portugal, foram visitar a Bateria da Achada, uma estrutura militar do século XVIII, que faz parte de um conjunto de outras que existem na Serra das Talhadas e que serviam para defender esta zona de possí-veis entradas de povos invasores.

Estas baterias são várias e en-contram-se espalhadas pela serra nos concelhos de Vila Velha de Ródão, Nisa e Proença-a-Nova e fazem parte de uma estrutura de-fensiva que teve um papel muito importante nos séculos XVIII e XIX. Durante a 1ª Invasão france-sa, o exército de Napoleão passou

Bateria da Achada

Visitas de Estudo | Talentos | Notícias

pela Serra das Talhadas em direção às cidades de Abrantes e Lisboa. Por decisão do rei (que entretan-to fugiu para o Brasil), esta bateria não foi acionada e os franceses atra-vessaram a

região sem dificuldades. Durante o século XIX, houve várias movimen-tações do exército anglo-português junto às Portas de Ródão e existem várias pinturas de militares ingleses sobre as mesmas.

A bateria que visitámos (que se pode incluir no legado do Conde de Lippe), foi entretanto escavada por arqueólogos, mas agora encontra-se cheia de erva e mato a tapá-la e é difícil de localizar, embora fique muito perto da nossa escola. Tam-bém, nos arredores, descobrimos muito lixo que alguém ali deixou, o que prova o pouco civismo das pes-soas para sujarem assim o nosso património.

Edgar Belo, Marília Dias, Sandro Sousa e Rúben Lourenço (7ºA)

Conversa com a escritora Ilda Pires

No passado dia 26 de janeiro, os alu-

nos das turmas do 6ºA e do 7ºA foram à

Biblioteca Municipal José Baptista Martins

conhecer a escritora Ilda Pires, natural de

Vilas Ruivas e o seu livro Crónicas da mi-

nha infância: os sentidos da memória.

Alguns alunos fizeram perguntas à escri-

tora sobre a sua vida e a sua obra. O Rú-

ben Lourenço e a Rute Carmona, do 7ºA e

o João Pedro Diogo, o Rodrigo Barradas e

a Carolina Moreira, do 6ºA, leram histórias

em verso, com os

seguintes títulos:

“ Um amigo“, “A

Sacola da esco-

la” e “Boneca de

trapos“. Foram

muito aplaudidos.

Outros alunos

perguntaram o

que significavam

algumas palavras

e expressões

contidas no livro.

A conversa demorou aproximadamente

uma hora e a autora também declamou

poemas, conversou connosco e foi muito

divertida.

Para além de nós, participaram também

idosos da Santa Casa da Misericórdia de

Vila Velha de Ródão, que falaram das lem-

branças do seu tempo de criança.

Fomos acompanhados pelos nossos

professores da Língua Portuguesa e todos

gostámos muito da visita.

VISITA DE ESTUDO

VISITA DE ESTUDO

Page 19: "Gente em Ação" nº59 - Março 2012

Gente em

AçãoE

-Mail: gente.vvr@

gmail.com

1959 | Março | 2012

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DEVILA VELHA DE RÓDÃO

Avenida da Achada6030-221 Vila Velha de Ródão

Telefone: +351 272 541 041Fax: +351 272 541 050

E-Mail: [email protected]

COORDENAçÃOProfessora Anabela Afonso

Professor Jorge Gouveia

GRAFISMO E PAGINAçÃOProfessor Luis Costa

Professor Helder Rodrigues

COLABORADORESProfessores, Alunos, Pessoal Não Docente, Associa-

ção de Pais e Encarregados de Educação

IMPRESSÃOJornal Reconquista

Castelo Branco

[email protected]

NA INTERNET

Webpage do Agrupamentohttp://www.anossaescola.com/rodao

Plataforma Moodle(Inclui a hemeroteca GA)

http://vvr.ccbi.com.pt

Facebookwww.facebook.com/Agrevvr

IKARIAMJoão Gouveia (8ºA)

Ikariam é um jogo MMOG (mas-sively multiplayer online game), de estratégia. O jogo é inspirado na Grécia Antiga. O objetivo é construir e desenvolver as suas cidades nas ilhas, fazendo alianças com pesso-as do jogo, sendo permitido também o ataque a adversários e o saque aos recursos essenciais (mármore, madeira, cristal, enxofre e vinho).

O jogo consiste em fazer evo-luir os impérios e ser o melhor do servidor, mas, para isso, o jo-gador deve reunir os seguintes elementos: infra-estrutura, pro-dução de bens, uma boa alian-

ça e bons amigos, produção de ouro e ter um exército equilibrado (tanto terrestre como marítimo).

O jogo, no início, pode ser muito confuso, pois existem muitos por-menores que precisam de tempo e prática para serem utilizados mas, a partir de um certo ponto, nós entra-mos no ritmo e evoluímos sem pa-rar até à eventualidade de sermos destruídos pelos adversários que vamos fazendo no decorrer do jogo.

Eu recomendo este jogo a todas as pessoas que gostem de desafios do tipo criação de impérios e que, obviamente, tenham tempo livre.

Sugestões - Jogos e Multimédia

Guitar Hero– Metallica

Lançado em 2009, Guitar Hero conti-nua um jogo com imenso sucesso. Nes-te jogo, não há apenas o típico comando da ps2, como há a possibilidade de con-cretizar o sonho de muitos adolescentes de tocar numa guitarra elétrica wireless (sem fios) e fazer parte de uma banda. O jogo está destinado a qualquer pessoa a partir de 12 anos de idade.

Esta versão específica do jogo, Me-tállica, é muito requisitada pelos jogado-res de Guitar Hero, pois é onde há maior possibilidade de fazer solos em concer-tos. O objetivo principal é fazer carreira no rock e chegar ao topo tornando-se o(a) rei/rainha do rock, criando o seu jogador virtual, com a possibilidade de ser qualquer estrela de rock mundial, ou criar um semelhante a si mesmo. Algu-mas das músicas mais conhecidas que podem ser tocadas, com vários níveis de dificuldade, são: “Nothing Else Matters” – Metallica, “The Unforgiven” – Metallica, “Stacked Actors” – Foo Fighters, “Ace of Spades” – Motörhead, “Stone Cold Cra-zy” – Queen, “Tuesday’s Gone” – Lynyrd Skynyrd, entre outros, num total de 20.

Há também a possibilidade de jogar em grupo, num máximo de 4 jogadores, pois existe no mercado não só a guitar-ra, mas também microfones e bateria, para se formar uma banda completa. A vantagem deste jogo é poder tocar música, independentemente de se ter ou não conhecimentos na área. Basta muita vontade para fazer um verdadeiro espetáculo.

No meu ponto de vista, acho que é um jogo muito acessível, que nos dá a ambição de querermos ser sempre melhores e ainda podemos partilhar a experiência, levando a serões em famí-lia muito divertidos, pois ninguém quer ficar parado.

Ivo Patricio (8ºA)

João Barateiro (5ºA)

O Social Empires é um jogo em que o obje-tivo é passar os níveis, como em quase todos os jogos.

É um jogo de lutas, principalmente, mas também é preciso coletar ouro, madeira, carne e veios de pedra. Tem guerreiros, arqueiros, monstros e dragões. Tem animais, cavalos,

vacas e ovelhas. Há quartéis e arquearias para treinar os respetivos lutadores. Há tor-res para proteger o império. Normalmente, os inimigos são os «trolls».

Eu vou no nível 32.

Social Empires

PLAYSTATION 2PC | ONLINE

PC | ONLINE

Page 20: "Gente em Ação" nº59 - Março 2012

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Última Página

A reportagem “Qualidade do Ar em Vila Velha de Ródão”, originalmente publicada no suplemento especial do jornal Gente em Ação de Junho de 2011 intitulado “Ambiente: Presente e Futuro”, acaba de ser distinguida com o prémio “Reportagem do mês” (Fevereiro 2012) da iniciativa “Jovens repórte-res para o Ambiente” promovida pela ABAE. A reportagem pode ser lida em: http://jra.abae.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=424&lang=pt

A Direção dá os parabéns a todos os alunos e professores que participam neste projeto.

Mais notícias e opiniões sobre ambiente nas páginas 7 e 9.

A Direção do AEVVR

“Jovens repórteres” de V. V. R. distinguidos

Semana da leitura 2012A equipa da Biblioteca Escolar e do PNL

Pelo quinto ano consecutivo e fazendo parte do Plano Nacional de Leitura, a equi-pa da Biblioteca Escolar e do PNL realizou, em colaboração com os vários depar-tamentos do Agrupamento de Escolas, com a Santa Casa da Misericórdia, com a Associação de Estudos do Alto Tejo, com o Município e com a Biblioteca Municipal, um conjunto de atividades para comemorar a Semana da Leitura/2012, entre os dias 19 e 23 de Março. Este ano, o lema era “Cooperação/Solidariedade/Encontro de Ge-rações”, daí o cuidado em interagir com os mais velhos e partilhar a sua sabedoria.

Algumas destas iniciativas contaram, como vem sendo cada vez mais um hábito, com a participação dos pais e encarregados de educação, bem como de outros membros da comunidade educativa que gentilmente acederam ao convite e parti-lharam com as nossas crianças e jovens os seus testemunhos de vida e de leituras, contribuindo para incentivar o prazer de ler e para enriquecer uma atividade de parti-lha das histórias e dos livros. Estiveram envolvidos nesta ação muitos leitores/conta-dores, entre pais, avós, funcionários, professores e outros membros da comunidade.

Iniciou-se a Semana da Leitura com a decoração do polivalente da escola, tendo contado com os trabalhos realizados pelos alunos com a preciosa ajuda dada pe-los professores de Educação Visual e Tecnológica, de EMRC, das professoras do 1º ciclo e de educação especial, que fizeram da escola um espaço mais animado, enfeitado e colorido, a lembrar que os livros são uma porta para o sonho e para a fantasia…

Sob o lema: “Uma história por dia…todos os dias!”, todos os alunos desde os Jardins de Infância ao 3º ciclo, tiveram a oportunidade de ouvir contar uma história diferente e adaptada ao seu nível etário. Esta atividade, cujo tema era “Histórias Tradicionais” destinou-se a promover o livro e a leitura e a lembrar que as histórias mais antigas, as que nos eram contadas pelos nossos avós, continuam sempre atuais e, como tal, devem continuar presentes na vida das nossas crianças e jovens como algo que os vai enriquecer, pois transmitem-lhes conhecimentos e valores, enriquecem o seu vocabulário, expandem a sua imaginação.

Destacamos, do conjunto de todas estas atividades, o lançamento de mais uma obra, Os três Príncipes, em colaboração com a AEAT, um conto tradicional escrito por um aluno da nossa escola e igualmente ilustrado pelos alunos dos 2º e 3º ciclos. Este livro foi depois distribuído a cada aluno com o apoio do Município de Ródão, bem como de outras entidades.

No dia 20 de março, a Biblioteca Municipal veio apresentar aos alunos da Educa-ção Especial uma atividade de Oficina de Escrita Criativa em que os alunos criaram belos trabalhos de poesia.

No dia 21 de março, comemorámos o “Dia da Árvore e da Família”, em colabo-ração com o PROSEPE e o Clube de Jardinagem da escola e com a presença dos pais e encarregados de educação que, como é hábito nesse dia, costumam fazer companhia aos seus filhos e puderam ajudar à plantação simbólica de uma árvore.

Os alunos participaram ainda, com empenho, nos vários concursos que a bibliote-ca organizou – “Queres ouvir? Eu Conto!”; “Poesia a brincar, todos sabem rimar…”; “Autores e Obras” e “Toca a Adivinhar” – e viram alguns dos seus trabalhos expostos no polivalente da escola.

Com todas estas atividades, procurámos fazer do livro e da leitura uma festa, in-centivando ao prazer de ler, desde os mais pequeninos aos mais velhos e envolver nesta tarefa elementos de toda a comunidade educativa. E porque desejamos que a Semana da Leitura seja uma realidade todas as semanas do ano e se expanda cada vez mais para a comunidade, as ações de promoção da leitura não se ficam por este evento e continuarão, de forma regular, ao longo do ano, em estreita colaboração com todos os intervenientes.

Terminamos com um agradecimento a todos os colaboradores que connosco con-tribuíram para o sucesso desta iniciativa.