Gêneros literários

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Gêneros literários Prof.ª Renata Silva Nunes Ribeiro

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Gneros literrios

Gneros literrios

Prof. Renata Silva Nunes Ribeiro

A Literatura uma forma de arte realizada por meio da linguagem verbal. Trata-se da forma de expressar sentimentos e experincias atravs dos tempos, identificando, assim, diferentes vises de mundo;Quanto forma as obras literrias podem se expressar em: verso ou prosa; Quanto ao contedo as obras literrias podem ser classificadas em trs gneros: pico, lrico e dramtico.

Gnero lricoGnero no qual predomina a subjetividade, ou seja, o autor tenta falar consigo mesmo, ou com um interlocutor em particular (amigo, amante, fantasia, elemento da natureza, Deus...), tendo a presena do eu lrico;Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos;Predominam as formas que indicam 1 pessoa;O eu-lrico pode ser masculino ou feminino, independente do autor;

H vrias estruturas formais do gnero lrico. As mais conhecidas e abordadas so: a)ELEGIA trata de acontecimentos tristes, muitas vezes a morte de uma figura pblica. b)COGLA poema pastoril que retrata a vida buclica / campestre dos pastores. c)ODE forma de exaltao aos valores nobres, tom de louvor.d)SONETO estrutura fixa de 14 versos (2 quadras, 2 tercetos), considerada a mais conhecida das formas lricas.

A seguir, o ator Paulo Jos recita "Amar", de Carlos Drummond de Andrade:

A seguir, o artista Tom Z recita Cidadezinha qualquer de Carlos Drummond de Andrade:

Gnero dramtico A caracterstica do gnero dramtico a ao. So textos para serem representados, cuja encenao realizada por atores, em cenrios.Segundo a diviso aristotlica, o gnero dramtico divide-se em tragdias e comdias.Nas tragdias, a inteno provocar o pblico com textos que refletem sobre paixes e vcios humanos.Nas comdias, retratam-se os fatos cotidianos, corriqueiros, com o objetivo de criticar os costumes por meio do riso.

H tambm:Tragicomdia: a mistura do trgico com o cmico. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginrio.Farsa: pequena pea teatral, de carter ridculo e caricatural, criticando a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino Ridendo castigat mores (Rindo, corrigem-se os costumes.).

Cena de Gota D'gua Bem Querer com Izabella Bicalho

Gnero pico Na origem, os textos picos eram escritos em verso. Ex: Idade Mdia: As aventuras heroicas de personagens famosos , como o rei Artur e os Cavaleiros da Tvola Redonda. Nesse tipo de texto um narrador conta as faanhas de um heri. O gnero narrativo tambm chamado de pico. Sua marca o sentimento dos valores coletivos, ou seja, a histria contada exalta as qualidades e feitos de um povo. So conhecidos tambm comoepopeias. Histrias como "A Ilada", "Odisseia", "Os Lusadas" e o mais recente "O Senhor dos Anis" e "300" so exemplos de gneros picos.

Veja o discurso final no filme "300"

A palavra "epopeia" vem do grego pos, verso+ poie, fao e se refere narrativa em forma de versos, de um fato grandioso e maravilhoso que interessa a um povo. O gnero pico: narraes de fatos grandiosos, centrados na figura de um heri. provavelmente a mais antiga das manifestaes literrias. Ele surgiu quando os homens primitivos sentiram necessidade de relatar suas experincias, centradas na dura batalha de sobrevida num mundo catico, hostil e ameaador.

Na estrutura pica temos: o narrador, o qual conta a histria praticada por outros no passado; a histria, a sucesso de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espao, local onde se d a ao das personagens. Neste gnero, geralmente, h presena de figuras fantasiosas que ajudam ou atrapalham no curso dos acontecimentos. Presena de mitologia greco-latina - contracenando heris mitolgicos e heris humanos.

Dentre as principais Epopeias, temos: Ilada e Odissia. As obras Ilada e Odissia so obras atribudas ao poeta greco-romano Homero, o qual teria vivido por volta do sculo VIII a. C.

Narrativas em prosaO GNERO NARRATIVO visto como uma variante do Gnero pico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa.

Elementos essenciaisFOCO NARRATIVO: O narrador relata os acontecimentos como participante (narrao em primeira pessoa ) ou observador (narrao em terceira pessoa ).PERSONAGENS: Seres reais ou fictcios criados pelo autor com caractersticas fsico-psicolgicas determinadas.ESPAO e TEMPO: Local e momento em que ocorrem as aes.

ENREDO: o desenrolar dos fatos, seguindo uma ordem cronolgica (sucesso temporal) ou psicolgica (sucesso segundo lembranas ou evocaes).1. APRESENTAO, INTRODUO OU EXPOSIO o comeo da histria, no qual apresenta(am)-se a(as) personagem(ns) e suas caractersticas, o espao em que se movimenta(am), as relaes que mantm entre sie,s vezes, o tempo e o espao (um homem caminha noite por uma estrada escura). Enfim, situa o leitordiante dahistriaque irler.2. COMPLICAO OU DESENVOLVIMENTO-Rompe-se o equilbrio do estado inicial; surge(m) o(s) conflito(s) e comeam a ocorrer os acontecimentos, as aes nos episdios, que, encadeados, conduzem a narrativa a um ponto mximo de tenso:3.CONFLITO: Toda situao conflituosa entre os personagens da narrativa.4.CLMAX: O ponto mximo da histria.5. DESFECHO: Os personagens finalmente encontram seu destino, finalizando a narrao.

Tipos de narrativaRomanceNovelaContoFbulaCrnica

Romance: narrao de um fato imaginrio mas verossmil, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem. Podemos dividi-lo em: romance de cavalaria, romance de costumes, romance policial, romance psicolgico, romance histrico etc.Novela: breve, mas viva narrao de um fato humano notvel, mais verossmil que imaginrio. como um pequeno quadro da vida, com um nico conflito. Em geral, apresenta-se dividida em alguns poucos captulos.

Conto: narrao densa e breve de um episdio da vida; mais condensada do que a novela e o romance. Em geral, no apresenta diviso em captulos.Fbula: narrativa inverossmil, com fundo didtico; tem como objetivo transmitir uma lio de moral.Crnica: o seu nome j nos d uma dica: crnica deriva do radical latino crono, que significa tempo. Da o seu carter: relato de acontecimentos do tempo de hoje, de fatos do cotidiano. Desde a consolidao da imprensa, a crnica se caracterizou como uma seo de jornal ou revista em que se comentam acontecimentos do dia-a-dia.

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