Genealogia das telas, meios mediações e remidiações.
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imagem digital Prof. Me. André Conti Silva
códigos
modelo de comunicação
mediações
o que aconteceu para estarmostratando disso tudo?
GENEALOGIA DA TELA.
a moldura separa dois espaços absolutamente diferentes que, de
alguma forma, coexistem.
HERANÇAS DA PINTURA
A tela é agressiva. Ela filtra o entorno.
Esta relação de visualização é desafiada com a chegada do computador:
a tela requer nossa atenção total.
A tela do computador tem origem no radar.
radar
Ao contrário da fotografia e do cinema, vemos pela 1ª vezuma tela cuja imagem pode mudar em tempo real,mostrando mudanças no referente.
a concentração da visualização deixa de ser em
apenas uma imagem.
Tela interativa
A informação processada passa a ser representada na tela de tempo real: lugar de inserir e retirar informação de um computador.
Nós também passamos de um mundo estável e estático para a aventura com a
imagem em movimento.
MAIS TELA, MENOS CAVERNA. (SERÁ?)
Continuamos grudados à máquina, mas agora precisamos nos mexer.
“Sua radiografia mostrou uma fratura na costela, mas já arrumamos no Photoshop”
Mudamos o jeito que olhamos para as imagens.
A LÓGICA DUPLA DA REMIDIAÇÃO
CO
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O!
Ou seja, nossa cultura deseja simultaneamente multiplicar seus mídias e apagar todos os traços de mídia. O próprio ato de multiplicar busca o apagamento.
Imediação:o meio desapareceria para nos deixar na presença da “coisa representada”.
Mas a imediação depende da hipermediação (além de coexistir).
A hipermediação tem ligação histórica com a fascinação pela “presença do meio”.
http://www.ted.com/talks/aparna_rao_high_tech_art_with_a_sense_of_humor.html
http://www.ted.com/talks/john_maeda_how_art_technology_and_design_inform_creative_leaders.html
As mídias visuais digitais podem ser melhor compreendidas pelas formas pelas quais
homenageiam, rivalizam e revisam a
pintura em perspectiva, fotografia, filme, televisão e impresso. O que é novo sobre as “novas mídias” seria a forma particular com que estes aspectos são tratados entre as mídias novas e antigas.
Opacidade e transparência
As novas mídias sempre andariam entre a opacidade e a transparência na remidiação que fazem das mídias anteriores.
Ao ver as formas de representação do passado, destaca-se as preocupações de transparecer-se para chegar ao real e o encantamento com a opacidade do próprio meio.
Discutindo mídia>
As tecnologias da mídia envolvem relações que podem ser expressas em termos físicos, sociais, estéticos e econômicos.
Software + Usos + remodelagem = mídia
Imediação>
O valor estético da “transparência” visando a imediação foi trabalhado pelas mídias antigas
nas técnicas de perspectiva, apagamento e automaticidade.
Imediação>
Perspectiva: ver através, matematizar o espaço.
Imediação>
Apagamento: trabalhar a superfície para apagar as pinceladas.
Tromp L´oeil: exemplo de buscar “enganar” o olho que acaba reforçando a qualidade do artista que aparece pelo apuro técnico.
Jardim no Castelo de Schwetzingen
Imediação>
Automaticidade: tecnologias fotográficas, cinema e depois televisão. A fotografia se tornou o aperfeiçoamento da perspectiva linear. A remoção do artista que ficava entre o espectador e a realidade da imagem.
Mediação da mediação
Não se media a experiência externa ,mas sim outros mídias. Toda nova tecnologia se define em relação com formas anteriores de representação.
(isso eles aprenderam com McLuhan)
Horizonte da imediação>
Imediação: o autor se retira mais e o leitor seria mais envolvido.
Porém...
A imediação proposta pelos meios seduz as percepções, mas de fato está amparada em atos de mediação contínuos (hipermediação).
Hipermediação
Hipermediação: fascinação pelos mídias (meios).
Processo e performance são maiores que o resultado. Espaço heterogêno, janelizado, múltiplos atos de representação.
Hipermediação
Hipermídia: múltiplas mídias + acesso randômico.
A interface do desktop não se apaga. Mídia (conteúdo) e software inclusive conversam.
Hipermediação
A hipermediação já se apresentava em portas e cabines dos séculos XVI e XVII.
Hipermediação
Tecnologias mecânicas de reprodução que também traziam a hipermediação:
Diorama, phenakistoscope, stereoscope: internalizavam a transparência da “imagem em movimento” dentro da estrutura hipermediada. Mas a vitória foi da maior transparência (ou ilusão de) dada pela fotografia.
Diorama
phenakistoscope
Stereoscope
Hipermediação>
A fotomontagem teria rompido com esse entendimento.
Colagem, mash-up, DJ.
Hipermediação
Quando a tecnologia se torna uma segunda natureza, a experiência hipermediada torna-se igualmente autêntica.
Hipermediação>
A lógica da hipermediação expressa a tensão entre o espaço visual como mediado e como um espaço “real” que fica “além” da mediação.
Olhar para uma coisa, olhar através da coisa.
Imediaçao/Hipermediação
A arte explora o sentido da interface, faz com que ela surja aos olhos do usuário, enquanto a “engenharia” aperfeiçoa a tecnologia para que ela desapareça.
Imediação / Hipermediação >>>> Remidiação
a representação de um meio em outro. Característica definidora das novas mídias.
Remidiação>
Atos de remidiação:
empréstimo, arquivamento, remodelagem, absorção.
Hipermídia e interfaces
Web e softwares que usam a internet para “trabalhar”
Processos de projeto
Tendências
Computadores calculam e armazenam.
Computadores contém dados.
Internet conecta redes de computadores.
Computadores são organizáveis em redes.
Digitalização
Dos meios de produção (“criamos conteúdo através de”): word, powerpoint, excel, photoshop, web)
Dos suportes (“lugares onde guardamos o conteúdo produzido”): pendrives, DVDs, HDs, CDs, discos virtuais, disquetes...
Dos processos: (“executamos tarefas com o auxílio de”): cartões eletrônicos, home-banking, celular, microondas, etc.
Comunicação Mediada por Computadores (CMC)
Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs)
E como se pensa um “TELA” com tudo isso?
Negroponte: http://www.ted.com/talks/nicholas_negroponte_in_1984_makes_5_predictions.html
2001
2008
Professor at the Visual Arts Department, University of California - San Diego (UCSD).
Examinando a interface, começando pela idéia de “tela”.
Já sabemos que a tela é uma tecnologia muito
anterior às possibilidades recentes
que tomamos contato hoje, da Renascença ao cinema do século XX.
Mas mesmo para pensar algo novo, nos referenciamos no que já passou…
As soluções de Virtual Reality eram muito comentadas à época.
Como o computador apresenta
continuidades e desafios em
relação à tradição da tela?
É possível quebrar esta lógica e buscar um design mais humano? Mais interessante? Mais intuitivo?