Gemba

Post 17 of 54

24/03/2013Cristiano Bertulucci Silveira Lean Manufacturing , Produção Industrial 2 comments

O termo Gemba pode ser traduzido do japonês como sendo o “local onde as coisas

acontecem”. Os detetives japoneses chamam a cena do crime de “Gemba” e o repórteres

por sua vez dizem que eles próprios falam do “Gemba”. Já nos negócios o Gemba é onde

cria-se valor e no caso da fábrica, o “chão de fábrica” é o Gemba.

Gemba = Local onde é realizado o

trabalho.

Gemba – Local onde as coisas acontecem.

No Lean Manufecturing, o Gemba é o local onde os problemas são visíveis. É neste local

que as melhores idéias surgirão e onde os engenheiros deverão ir para entender o impacto

real do problema. O Gemba está diretamente ligado com o Kaizen, pois para resolver e

superar dificuldades é necessário analisar o problema no ponto onde se originam as

ocorrências, ou seja, no Gemba.

O Gemba lembra aos gestores das fábricas como é importante ir ao local das ocorrências

para resolver os problemas e seu objetivo é entender como está a situação atual de um

local analisado de uma forma mais clara, pois é mais fácil procurar pela solução dos

problemas no lugar onde eles realmente acontecem com relatórios e dados em mãos. É

bom lembrar que nem todos os problemas são bem expressos em relatórios e que a

solução do problema acontecerá vias de fato, no Gemba.

Em algumas empresas, após o funcionário ser admitido, o primeiro local a ser apresentado

é o Gemba (local onde o trabalho é realizado), para que ele possa aprender como a

empresa funciona e também poder conhecer as pessoas que trabalham no processo.

Como ser bem sucedido no Gemba1. Vá ao Gemba com um propósito claro. Ir ao Gemba sem propósito é passear sem rumo;

2. O Gemba nem sempre está no chão de fábrica, algumas vezes é preciso ir mesmo no

escritório analisar relatórios, ir no cliente, etc. O ponto é, o Gemba é onde a ocorrência

pode ser observada, realizada e onde você poderá aprender e entender sobre o problema.

3. Valide o que você observou. Geralmente o que pode ser observado é uma

representação da realidade. No entanto, há coisas que não podem ser observadas na

superfície, isso pode incluir decisões que foram tomadas a partir de decisões pessoais e

variações de uma pessoa para outra que não podem ser observadas em um primeiro

momento. Por isso, após anotar suas observações, o melhor é testar e validar suas

conclusões com aqueles que fazem o trabalho.

4 – Ir ao Gemba é importante, mas esta ação é somente o primeiro passo na solução de

problemas. Uma análise mais detalhada deve ser levada em consideração e dados são

extremamente importantes. Por exemplo, imagine uma fábrica com 10 máquinas de

usinagem idênticas. As máquinas produzem os mesmos tipos e quantidade de produtos e

todas foram adquiridas na mesma época. Agora imagine que ocarra um problema em

determinado produto e este problema esteja relacionado à alguma máquina de usinagem,

será muito difícil detectar onde ocorre o problema e de que forma está impactando

somente indo ao Gemba (“chão-de-fábrica). De enteder o problema, é muito importante

neste caso ter em mãos dados estratificados das máquinas de usinagem (diagrama de

Pareto, levantamento de ocorrências, performance, produtividade). Enfim, com a maior

quantidade de informações possíveis e com os dados em mãos, basta  ir ao Gemba para

observar, validar e solucionar os problemas.

 

Fonte: http://www.citisystems.com.br/gemba/