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    GUIADEESTUDO

    UNIDADE II

    Fundamentos da Educao

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    FUNDAMENTOS DA EDUCAO

    UNIDADE II

    A educao em seu tempo histrico.

    PRA INCIO DE CONVERSA

    Ol Caro aluno.

    Vamos dar incio a nossa unidade nos remetendo ao tempo Histrico da Educao. Na unidade I, voc es-tudou sobre a Educao e a Pedagogia enquanto conceitos dinmicos que vo ganhando sentido atravsdo panorama social e se modificando com as mudanas sociais.

    Nesta unidade II, iremos ampliar nossos horizontes sobre esses conceitos e, com isso, conhecer as dife-rentes cincias que contribuem para a Educao, lembrando que voc vai encontrar momentos histricos,

    com figuras histricas, como; Rousseau, Froebel, Kant, Comte, Marx e dentre outros que fizeram parte dodesenvolvimento das novas ideias aplicadas na educao nos tempos atuais.

    Fique atento em tambm buscar informaes em outras fontes, como: revistas, livros, sites, para que vocpossa obter outras definies e assim enriquecer sua bagagem.

    ORIENTAES DA DISCIPLINA

    Caro aluno, diante de tantas informaes, nesta unidade pretendo desta forma aprofundar o conhecimen-to sobre os seguintes temas:

    A educao em seu tempo histrico;

    Os legados da Idade Moderna e Contempornea;

    Rousseau e a escola nova;

    Kant e a noo do liberalismo na educao e na sociedade;

    O pensamento positivista;

    O pensamento socialista de educao;

    As cincias que compem o campo da educao;

    A antropologia e a sociologia;

    Psicologia da e na educao;

    A filosofia e a filosofia da educao.

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    Leia as informaes no quadro 1, para entender quais sero os focos de estudos de cada um destes temas:

    Quadro 1 Foco dos estudos Unidade 2

    Os legados das Idades Moderna eContempornea

    As cincias que compem o cam-po da educao

    Compreender os passos dados deRousseau at a escola nova e a

    escola socialista, como caminhou a

    compreenso da escola e os con-

    ceitos pedaggicos. Dessa forma,

    possvel entender as novas vises

    da educao e construir a prpria

    viso pedaggica.

    Compreender a educao comocincia, com metodologia. A partir

    desse conceito, conhecer as di-

    ferentes cincias que compem

    esse campo: antropologia, sociolo-

    gia, psicologia e flosofa. Entender

    quais so suas contribuies para

    o campo da educao e suas me-

    todologias.

    PALAVRA DO PROFESSOR

    Vamos l, para introduzir alguns aspectos importantes, acerca do desenvolvimento da Educao ao longodo tempo, importante reavivar o pensamento dos sculos XVIII, XIX e XX, pois apenas dessa forma,poderemos compreender as tendncias pedaggicas atuais.

    Neste sentido, vamos ao longo desse guia, conhecer autores fundamentais para a compreenso das mu-

    danas que se seguiram ao longo do tempo, como por exemplo, para que voc possa se familiarizar como primeiro autor que fez parte de algumas mudanas.

    VISITE A PGINA:Saiba quem foi Jean Jacques Rousseaue em seguida retorne a leitura deste guia.

    Continuando nosso raciocnio, quando conhecemos algum autor, compreendemos o panorama histricoem que ele estava inserido, permitindo assim analisar e refletir sobre a corrente terica desenvolvida porcada um. Conhecer esses autores e compreender o panorama histrico em que eles estavam inseridos.Permite analisar e refletir sobre as correntes tericas desenvolvida por cada um deles.

    A seguir, voc ver os legados da Idade Moderna e Contempornea. importante destacar, que a transi-o entre as idades mdia e moderna so marcadas pela Revoluo Francesa (e por isso, optamos pelosresgates histricos dessa Revoluo no primeiro guia de estudo). Com esse divisor de guas, surge umnovo modelo de pensamento Ocidental, denominado Iluminismo.

    VISITE A PGINA:Se voc visitar a pgina, far uma breve leitura sobre o pensamento iluminista, vamosadiante.

    Entre os iluministas podemos destacar Jean Jacques Rousseau, como aquele que deu inicio a uma novaera na histria da educao.

    http://revistaescola.abril.com.br/formacao/filosofo-liberdade-como-valor-supremo-423134.shtmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/iluminismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/iluminismohttp://revistaescola.abril.com.br/formacao/filosofo-liberdade-como-valor-supremo-423134.shtml
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    VEJA OS VDEOS! Por que no assistir este vdeo? Ele tem aproximadamente 8 minutos e 56 segun-

    dos. Relata sobre Rousseau e lhe ajudar a entender tambm o referido pensa-mento.

    Posso tambm lhe fazer outra sugesto, o vdeode aproximadamente 7 minutos e

    12 segundos A origem da Escola Pblica far com que voc absorva melhor infor-maes sobre o iluminismo. Importante que voc v delineando o caminho que foitraado para a Escola na sua origem e, com isso, haja organizao nas suas ideias.

    ROUSSEAU E A ESCOLA NOVA

    Rousseau, prenunciador da escola nova, criou uma doutrina de muita repercusso entre os educadoresda poca, como: Pestalozzi, Herbart e Froebel. Para ele, a educao tem momentos distintos (infncia,adolescncia e maturidade). Na adolescncia, o educando deve ter um desenvolvimento cientfico maisamplo e o estabelecimento da vida social.

    Para Rousseau:

    At os 12 anos, temos a fase de idade da natureza;

    Dos 12 aos 20 anos, ele considera como a segunda fase de idade; a da fora, da razo e das paixes;

    Entre 20 e 25 anos, a terceira fase de idade; da sabedoria e do casamento.

    VISITE A PGINA Para que voc saiba mais sobre o que foi a escola nova ou a escola ativa fundada

    por Rousseau, visite o link.

    O autor do livro O Emlio (resenha no link) e o Contrato Social (resenha no link)apresentam o quadro terico que o permitiu adotar algumas posturas e posiciona-mento sobre a Educao.

    No Contrato Social, Rousseau afirmava que a mais antiga de todas as sociedades e a nica natural eraa da famlia (pg. 24), mas que a famlia, enquanto a sociedade poltica guia todo o processo por amor,enquanto o Estado substitui esse amor pelo prazer de comandar.

    J a partir do sculo XVIII, esse controle vai para o Estado. Nesse momento, a burguesia se interessapelo controle civil da Educao, por meio do Ensino pblico nacional. Assim, o controle da Igreja sobre aeducao e os governos civis vai diminuindo, aumentando o controle pelo poder econmico (que passapara as mos da burguesia).

    Um dos seguidores de Rousseau foi Froebel, idealizador do termo Jardim da Infncia e do conceito deescolas de educao infantil. Para ele, o nome reflete um princpio de que a criana como uma plantaem sua fase de formao, exigindo cuidados peridicos para que cresa de maneira saudvel.

    VISITE A PGINAVoc precisa conhecer um pouco mais sobre Froebel, fique a vontade e vamos adiante.

    https://www.youtube.com/watch?v=70jFf1DqciAhttps://www.youtube.com/watch?v=Z1afuFwvKQ0http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Novahttp://parquedaciencia.blogspot.com.br/2013/08/resenha-da-obra-emilio-ou-da-educacao.htmlhttp://pedagogiaaopedaletra.com/resumo-do-contrato-social-de-jean-jacques-rousseau/http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formador-criancas-pequenas-422947.shtmlhttp://revistaescola.abril.com.br/formacao/formador-criancas-pequenas-422947.shtmlhttp://pedagogiaaopedaletra.com/resumo-do-contrato-social-de-jean-jacques-rousseau/http://parquedaciencia.blogspot.com.br/2013/08/resenha-da-obra-emilio-ou-da-educacao.htmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Novahttps://www.youtube.com/watch?v=Z1afuFwvKQ0https://www.youtube.com/watch?v=70jFf1DqciA
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    Depois que voc visitar a pgina, no podemos deixar de refletir no fato de que as ideias iluministasacerca da educao representaram as bases da pedagogia burguesa, que ainda hoje, so predominantesna difuso de contedos e na formao social individualista. O propsito da burguesia estava pautado nanecessidade de oferecer instruo para a massa trabalhadora.

    Outro admirador de Rousseau, foi Immanuel Kant, conhea um pouco mais sobre ele.

    KANT E A NOO DO LIBERALISMO NA EDUCAO E NA SOCIEDADE

    Kant discutia a noo do liberalismo na educao e na sociedade. Ele afirmou que o conhecimento domundo exterior vem da experincia sensvel das coisas. Ele foi um grande admirador de Rousseau e acre-ditava que o homem o que a educao faz dele por meio da disciplina, da didtica, da formao morale da cultura.

    VEJA O VDEO

    Que tal ver um vdeo? Voc poder unir as informaes sobre Kant junto a esse vdeo.Ele tem aproximadamente 17minutos e 23 segundos e pode lhe ajudar a compreendersua filosofia.

    Para ele, relaes como espao, tempo e causalidade no eram realidades exteriores. O prprio Kant noPrefcio da sua principal Obra intitulada Crtica da razo pura define a sua poca como de crtica. Segundoo autor essa poca conhecida pela excelncia da crtica. Razo essa que a Religio queria subtrair, masque no conseguia visto que j no mais explicava tudo.

    PALAVRAS DO PROFESSOR

    Fique atento, pois para ele confere-se ao homem dois mundos; o mundo da causalida-de, no qual no possvel prever grau de liberdade para um fenmeno fsico e, o mundoda liberdade, que o mbito da razo prtica no qual possvel autonomia.

    O homem considerado como fenmeno, sujeito necessidade natural, e como coisa em si, ou livre. Aliberdade s possvel porque a coisa em si no est determinada e, portanto, no perceptvel.

    Kant tem na sua viso a liberdade como sendo aquela de demandar propriedade privada, caracterizando-acomo um direito inalienvel e que possuindo esta propriedade, ter o seu direito liberdade adquirida.

    GUARDE ESSA IDEIARelembrando o contedo do seu livro texto, para este filsofo, o verdadeiro objetivo dohomem se desenvolver inteiramente, por si prprio, com tudo o que est acima daordem mecnica de sua existncia como animal. No pode ser permitido a si mesmooutra felicidade ou perfeio que no seja criada por ele prprio e por sua razo, livrede instinto. Por isso, ele destacava que, contrrio a Rousseau, o homem no pode serconsiderado bom por si, mas capaz de se tornar bom a partir de esforo intelectualcontnuo e respeito s leis morais.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kanthttps://www.youtube.com/watch?v=0Joeu2TEycghttps://www.youtube.com/watch?v=0Joeu2TEycghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant
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    (Fonte da imagem: http://sereduc.com/fiCH2t)

    Depois de nos informarmos, temos que lembrar, que o liberalismo foi a base da ascenso da doutrina

    burguesa no perodo de transio entre feudalismo e capitalismo. O movimento racionalista impulsio-nado nesse momento pela Reforma Protestante, pregando que o indivduo fixe suas prprias normas deconduta, em vez de seguir aquelas impostas pela Igreja Catlica.

    O PENSAMENTO POSITIVISTA

    O que podemos absorver do pensamento positivista?

    No podemos esquecer, como to bem aborda seu livro texto, que o positivismo uma corrente filosficaque surgiu na Frana no comeo do sculo XIX, que defende a ideia de que o conhecimento cientfico a

    nica forma de conhecimento verdadeiro. O positivismo usa de mtodos que possam comprovar as teoriasvigentes, desconsiderando crenas e mitos que no possam ser comprovados cientificamente.

    A autoria da ideia do positivismo geralmente atribuda ao filsofo Augusto Comte. Como abordado noseu livro texto para Comte, a busca pelo conhecimento positivo constituiria a principal forma de constru-o de conhecimento do homem.

    PALAVRAS DO PROFESSOR

    O pensamento de Augusto Comte se construa em paralelo aos acontecimentos histricos de sua poca.Por isso, se fez importante o resgate histrico da unidade I sobre a Revoluo Francesa e a RevoluoIndustrial. Assim, voc pode compreender que as mudanas sociais provocadas por estas revolues trou-

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    xe tona novos problemas e novas formas observveis de processos de mudanas profundas na vida dasociedade tradicional da poca. Comte buscava a criao de uma cincia da sociedade capaz de explicare compreender todos esses fenmenos da mesma forma que as cincias naturais buscavam interpelarseus objetos de estudo.

    Para aborda sobre o positivismo, seu livro texto faz referncia a Gadotti, trazendo a sua obra Histria das

    ideias pedaggicas, obra muito difundida que traz ideias completas sobre diversos momentos do desen-volvimento do pensamento Pedaggico.

    Gadotti afirma que a nova classe ao apagar das luzes (palavras do autor), que no estava por completoem seu projeto a igualdade dos homens na sociedade e na educao, assim uns acabaram recebendomais educao do que os outros. Ento, ainda tnhamos um modelo educacional em que os pobres acei-tassem a pobreza, como afirmava o prprio Pestalozzi.

    Ainda nesta obra, Gadotti nos faz refletir sobre o fato de que o positivismo consolidou a concepo bur-guesa de educao. De um lado, tnhamos o movimento popular e socialista, e do outro, o movimentoelitista burgus. Essas duas correntes chegaram ao sculo XIX sob o nome de positivismo e marxismo,

    representados pelos seus expoentes mximos; AUGUSTO COMTE e KARL MARX.

    Caro aluno, no esquea de se aprofundar no que seu livro texto aborda sobre esses dois autores. Qual-quer dvida, procure seu tutor.

    PALAVRAS DO PROFESSORVamos para seu livro texto. Voc deve lembrar, que ele traz tambm informaes im-portantes sobre o positivismo no Brasil, destacando que essa corrente inspirou a VelhaRepblica e o Golpe Militar de 1964, no qual, o pas no seria mais governado pelas

    paixes polticas, mas pela racionalidade de cientistas desinteressados e eficientes:os chamados tecnocratas. Vamos dar uma importncia ao seu livro texto pois ele quevai organizar suas ideias sobre as implicaes do positivismo no Brasil.

    O PENSAMENTO SOCIALISTA DA EDUCAO

    Outro expoente da sociologia na educao positivista foi mile Durkheim (1858-1917). Para ele, a educa-o era a imagem e o reflexo da sociedade. A educao um fato fundamentalmente social, ou seja, apedagogia uma teoria da prtica social.

    Ele Viveu numa poca de mudanas, em que a nascente sociedade capitalista acabava de destruir as ve-lhas instituies feudais e impunha novos valores burgueses. Sua produo reflete a tenso entre valorese instituies que estavam sendo corrodos e formas emergentes.

    mile Durkheim estudava os Fatos Sociais, em sua obra, o suicdio. Estudou esse fenmeno, enquantofato social. Ele considera os fatos sociais como coisas, cuja natureza no modificvel vontade, ou seja,toda maneira de atuar, fixada ou no, exerce sobre o indivduo uma coero exterior.

    Os fatos sociais funcionam independente do uso que deles fao. Por isso, so maneiras de atuar, pensar eexistir fora das conscincias individuais em que se manifestam. So dotados de uma potncia imperativae coercitiva, uma vez que h uma vigilncia pblica, coletiva sobre o indivduo.

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    Fonte: Prprio autor

    Para este socilogo, a educao uma socializao da jovem gerao pela gerao adulta. A crianadeve exercitar-se a reconhecer [a autoridade] na palavra do educador e a submeter-se ao seu ascendente.

    Para reafirmar esse pensamento, vale retomar a autora Cristina Costa no seu livro de Sociologia Intro-duo cincia da Sociedade, quando ela afirma que A educao tem por objetivo suscitar e desen-volver na criana estados fsicos e morais que so requeridos pela sociedade poltica no seu conjunto.(COSTA, Cristina. Sociologia, introduo cincia da sociedade.3 ed. rev. e amp. So Paulo. Moder-na.2000).

    PALAVRA DO PROFESSOR

    Se voc prestou ateno no seu material didtico, ir recordar que a teoria educacional de Durkheimse ope completamente com a de Rousseau. Enquanto Rousseau afirmava que o homem nasce bom e asociedade o perverte, Durkheim diz que o homem nasce egosta e s a sociedade, por meio da educao,pode torn-lo solidrio. Por isso para ele, a educao se define como ao exercida pelos mais velhossobre aqueles que ainda no se encontram preparados para a vida social.

    Voc organizou as ideias sobre o positivismo e a concepo de educao nessa corrente terica. Agora o momento de se aprofundar no pensamento socialista de educao.

    Os princpios de uma educao pblica socialista foram enunciados por Karl Marx (1818-1895) e Frie-derich Engels (1820-1895). Voc deve lembrar como discutido no seu livro texto, que esses autores no

    chegaram a fazer uma anlise sistemtica da escola e da educao. Por isso, suas ideias sobre o temase encontram espalhadas em diversas obras. A questo da educao foi colocada de maneira ocasional,sempre no contexto da crtica das relaes sociais e como essencial para a transformao da sociedade.

    Vamos adiante?

    VEJA O VDEO!Neste link, voc pode assistir o vdeocom durao de 8 minutos e 17 segundos, nelevoc ir recordar sobre o manifesto do partido comunista.

    Continuando nosso raciocnio, Marx e Engel, defenderam a educao pblica e gratuita para todas ascrianas. Voc deve recordar que seu livro texto, traz sobre os princpios desses dois autores explicadospor Gadotti (2005, p. 121):

    https://www.youtube.com/watch?v=EaVbYyky-Bwhttps://www.youtube.com/watch?v=EaVbYyky-Bw
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    1. Da eliminao do trabalho delas na fbrica;

    2. Da associao entre educao e produo material;

    3. Da educao politcnica que leva formao do homem omnilateral, abrangendo trs aspectos: men-tal, fsico e tcnico, adequados idade de crianas, jovens e adultos;

    4. Da inseparabilidade da educao e da poltica, portanto, da totalidade do social e da articulao entreo tempo livre e o tempo de trabalho, isto , o trabalho, o estudo e o lazer.

    Marx acreditava que a educao era parte da superestrutura de controle usada pelas classes dominantes.Por isso, ao aceitar as ideias passadas pela escola classe dos trabalhadores (que Marx denominavaclasse proletria) cria uma falsa conscincia, que a impede de perceber os interesses de sua classe.

    VEJA O VDEOVoc pode assistir o vdeoque fala de outro grande defensor da escola socialista,que foi Antonio Gramsci (1891-1937). O vdeo de Marilena Chaui tem aproximadamen-

    te 11 min, e ir ampliar sua viso critica sobre as ideias desse autor.Se voc retomar ao seu livro texto, vai recordar que Gramci chamava a escola nica de Escola Unitria,evocando a ideia de unidade e centralizao democrtica. Sua crtica escola tradicional se baseava nadiviso do ensino em clssico e profissional. Um servia s classes dominantes e aos intelectuais,enquanto a outra era destinada s classes instrumentais.

    ACESSE SUA BIBLIOTECA VIRTUALCaro aluno, voc far agora uma leitura em seu livro texto nas pginas 34 a 37, paraque o contedo seja bem absorvido, em seguida, faa uma pesquisa sobre o professor

    Anton Makarenko.

    DICAConfira comigo, se voc pesquisar sobre esse autor, ir verificar que Makarenko queriaformar crianas capazes de dirigir a prpria vida no presente e a vida do pas no futuro.Ele valorizava muito aos exerccios fsicos, trabalhos manuais, recreao, excurses,aulas de msica e idas ao teatro faziam parte da rotina. Assim, a escola tinha que per-mitir o contato com a sociedade e com a natureza, ou seja, ser um lugar para o jovemviver a realidade concreta e participar das decises sociais. O estudo do meio j era

    comum na escola de Makarenko, ainda que sem esse nome. Se voc revisitar seu livrotexto na pgina 38, ir encontrar outros pontos importantes sobre esse autor.

    ACESSE SUA BIBLIOTECA VIRTUALPara auxiliar os seus estudos, pesquise sobre a concepo de educao de Makarenkoe destaque sobre seus posicionamentos educacionais.

    Vamos agora ver um pouco de Lev Semenovich Vygotsky (nascido em 17 de nov. de 1896 em Orsha Bielo--Rssia e faleceu em 11 de junho de 1934 Moscou).

    Seus trabalhos pertencem ao campo da psicologia gentica estudo da gnese, formao e evoluodos processos psquicos superiores do ser humano. A psicologia gentica estuda a infncia para tentarcompreender a formao dos processos psquicos complexos.

    https://www.youtube.com/watch?v=ZkD78MGuRXwhttp://revistaescola.abril.com.br/formacao/educar-coletivo-423223.shtmlhttp://revistaescola.abril.com.br/formacao/educar-coletivo-423223.shtmlhttps://www.youtube.com/watch?v=ZkD78MGuRXw
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    Diferente dos processos psicolgicos elementares que so reaes automticas, reflexas e possuem as-sociaes simples de origem biolgica. Ele se fundamentou nos princpios do materialismo histrico dia-ltico - Marx.

    atravs do trabalho que o homem, ao mesmo tempo que transforma a natureza (com o objetivo desatisfazer suas necessidades) se transforma.

    Isto quer dizer que as relaes dos homens entre si so mediadas pelo trabalho.

    Para esse autor, a criana incorpora ativamente as formas de comportamento j consolidadas na experi-ncia humana, a partir de sua insero num dado contexto cultural, sua interao com membros de seugrupo e sua participao em prticas historicamente construdas.

    Os membros da sociedade esto num constante movimento de recriao e reinterpretao

    de informaes, conceitos e significados. (REGO, Teresa C. Vygotsky: uma perspectiva his-

    trico-cultural da educao.Petrpolis, RJ: Vozes,1995 e VIGOTSKI, L. S. A formao social

    da mente. So Paulo: Martins Fontes, 2000).

    Bom... j que conhecemos um pouco sobre alguns dos principais autores, vamos agora, buscar compreen-der sobre cincias importantes que compem o campo da Educao.

    AS CINCIAS QUE COMPEM O CAMPO DA EDUCAO

    A Antropologia

    Qual o conceito de Antropologia?

    isso que vamos saber agora...

    Para alguns estudiosos a antropologia definida como a cincia do homem e da cultura, nasceu do desejodemonstrado pelos indivduos de conhecerem a si mesmo, e ao outro com o qual convivem.

    Esta Cincia trabalha com a lgica do distanciamento (pesquisador e pesquisado, civilizaes e culturas,tempo e espao entre o europeu e o no europeu). Ocorre que a histria e a crescente internacionalizaodo capitalismo promoveram um constante encurtamento dessas distncias. A indstria se universalizouassim como o estado nao, a democracia, a tecnologia e os meios de comunicao em massa.

    A Antropologia passa por uma mudana de paradigma por causa do processo de universalizao, poistambm, as disciplinas parecem dialogar de forma extremamente prxima, intercambiando conceitos eprincpios metodolgicos.

    Como a definio de antropologia nos diz, que a cincia que tem como principal objetivo conhecer oantropos, ou seja, o humano. claro que para conhecermos a ns mesmos e ao outro, precisamos tomarcomo ponto de partida o que entendemos por humano, e por humanidade.

    Nossa condio de humanidade marcada por caractersticas descritas pela filosofia como finitude, ima-nncia, transcendncia, relacionalidade, singularidade e pluralidade.

    nesse cenrio que cientistas sociais como Roberto Cardoso de Oliveira veememergir junto aos modelos tradicionais de pesquisa antropolgica, que ele denominacomo racionalista/funcionalista; estrutural/funcionalista e culturalista, um novo para-

    digma denominado HERMENUTICO. Visite o link e saiba mais sobre o terico.

    A antropologia se interessa pelo homem e por isso, por sua linguagem. Segundo Michel Foucault, o

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Cardoso_de_Oliveirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Cardoso_de_Oliveira
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    homem um ser de linguagem. O estudo tem que decifrar suas formas. Por isso o modelo hermenuticotorna-se importante, afinal agora iremos levar em considerao a interpretao do homem e do contextoem que est inserido.

    DICA

    importante destacar que a hermenutica a cincia da interpretao do dito, do nodito e das entrelinhas. Modelo decifrativo que se apoia em sinais, em vestgios paradescobrir na expresso simblica contedos profundamente significativos.

    Portanto, conhecer a cultura do ser humano, estava vinculado ao objetivo de precisar interpretar todoo contexto em que essa cultura se constituiu. O sujeito deixa de ser visto como uma objetividade, paraganhar toda riqueza de sua capacidade simblica.

    Clifford Geertz, autor do livro O conceito de cultura, aborda a cultura na perspectiva antropolgica, des-creve que o conceito de cultura que ele defendo, e cuja utilidade os ensaios abaixo tentam demonstrar, essencialmente ligado aos smbolos e que a cultura uma teia que depende da anlise desse contexto

    semitico.

    GUARDE ESSA IDEIA

    Lembre-se para a Educao, o estudo dessa cultura torna-se fundamental, afinal, todasas naes contemporneas veem na educao um dos alicerces fundamentais do seucorpo social.

    Em seu Livro Sociologia Educacional, Moema Toscano aborda sobre o fato de que ao nascer, a crianatraz apenas potencialidades que podero ou no ser desenvolvidas e atualizadas.

    (IMPORTANTE DESTACAR)Ou seja, a educao um processo social em que o homem no naturalmente social, a sociabilidade inculcada no ser pelo meio cultural; Toscano afirma que socializao o processo sociopsicolgico, queobjetiva a formao da PERSONALIDADE do indivduo.

    Assim, o meio social em que vive o homem, influencia a organizao da personalidade do indivduo, edesta forma, o educador consciente deve mostrar-se particularmente cauteloso toda vez que, lhe couberemitir opinio acerca de problemas relacionados com a personalidade de seus educandos, afinal, seucontexto cultural contribui diretamente para a formao de sua personalidade e inseriu neles hbitos,crenas e concepes.

    VEJA O VDEO

    Para que voc reflita sobre o que foi dito anteriormente, conhea a histria das me-nias Amala e Kamala(tempo de durao: 2:46).

    A Sociologia

    Segundo algumas definies a sociologia tem como objeto de estudo o convvio entre as pessoas emgrupos, associaes, comunidades dentre outros. Em vrios tamanhos, desde uma pequena famlia, atgrandes grupos tnicos e religiosos . a criao de teorias baseadas no cotidiano, em coisas que acon-tecem muitas vezes, s vezes de forma padronizada, mesmo em sociedades completamente diferentes.

    https://www.youtube.com/watch?v=MwFVjdh5pjQhttps://www.youtube.com/watch?v=MwFVjdh5pjQ
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    Portanto, essa cincia se preocupa com o estudo de todas as formas de interao entre o ser e a socie-dade.

    Com essa definio, podem ser formas de estudo:

    As interaes sociais que ocorre quando dois ou mais indivduos esto interagindo entresi, porm, para que isso ocorra, ter que haver mudana de comportamento entre os

    mesmos. Podendo ter algum veculo de comunicao entre eles: como a televiso e ocomputador (Internet).

    Os grupos sociais que a interao de um grupo de indivduos onde todos trabalham ecompartilham ideias e atitudes em comum. Grupos sociais existem quando em determi-nado conjunto de pessoas h relaes estveis, em razo de objetivos e interesses co-muns, assim como sentimentos de identidade grupais desenvolvidos atravs do contatocontnuo.

    As relaes sociais so as diferentes formas de interao social, tais como: professor e

    aluno, pais e filhos, patres e empregados, etc. Refere-se ao relacionamento entre indi-vduos ou no interior de um grupo social. As relaes sociais formam a base da estruturasocial. Nesse sentido, as relaes sociais so o objeto bsico da anlise das cinciassociais.

    PRATICANDODepois de tantas informaes, que tal sistematizar suas ideias sobre a importncia dasociologia para a educao? Lhe sugiro este link, para que voc possa complementarseu contedo visto em seu livro texto e no seu guia de estudos.

    PSICOLOGIA DA E NA EDUCAO

    Caro aluno, a psicologia da educao comeou a ser delineada em fins do sculo XIX e incio do sculoXX, a partir de trs perspectivas:

    a) o indivduo no aprende

    b) o indivduo indisciplinado

    c) o indivduo classificvel

    Nesse sentido, importante compreender como os estudos de Alfred Binet (1857-1911) deram inicio arelao entre a psicologia e a educao. Voc encontrar na pgina 46 do seu livro texto informaesimportantes sobre esse autor. Fique atento!

    Para que voc tenha conhecimento as informaes sobre Binet, ser bem interessante.

    Fique por dentro, pois esse autor elaborou os testes de inteligncia, que como voc viu no seu livro texto,eram classificatrios e de isolamento entre os que eram e os que no eram capazes de aprender.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia_da_educa%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Binethttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Binethttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia_da_educa%C3%A7%C3%A3o
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    DICA importante enfatizar que as maiores contribuies da Psicologia para a Educaoem contrapartida, estavam mais relacionadas s prticas que ajudavam educadores aidentificar as sries e os nveis de conhecimento dos indivduos. Afinal, de acordo comseu material, o sistema educacional formal se expandia e precisava de normalizaes,

    de mecanismos reguladores e formadores de conscincias.Um dos objetivos do sistema educacional era identificar os indivduos que no se ajustava aos padresescolares e encaminhar ao psiclogo, sob um olhar de desconfiana e preocupao dos demais atores daescola.

    Assim, a psicologia da educao no perde de vista os fenmenos educacionais localizados na sala deaula. Alis, nesse espao que podemos verificar uma das grandes contribuies da psicologia da edu-cao, pois, esta oferece subsdios ao professor para investigar a aprendizagem, o desenvolvimento eampliar o conhecimento do professor acerca dos problemas na aprendizagem escolar.

    PALAVRA DO PROFESSOR

    Se voc procurar se aprofundar nas contribuies dessa cincia para a Educao, ir verificar que houvediversas contribuies, pois essa cincia se ramificou buscando oferecer outras contribuies para aeducao, desenvolvendo:

    - Pesquisas sobre aprendizagem - aprendizagem

    - Avaliao do comportamento - desenvolvimento

    Lembre-se, a Psicologia no pode responder a todas as demandas formuladas no campo da Educao, ouseja, definir sobre a forma de atuao do sujeito, atravs de suas caractersticas psicolgicas, pois notemos uma fonte para previso e determinao do comportamento futuro do ser.

    A impossibilidade de um conceito de psicologia da educao para aplicao universal, haja vista que, odilogo possvel entre professor e aluno, estabelecido na relao pedaggica e ancorado na atividade deensinar e no processo de aprender, o caminho para que o aprendente se encontre na vida escolar.

    Com isso, as contribuies da Psicologia so diversas, pois hoje temos reas como que procuram respon-der as questes da aprendizagem, aos relacionamentos subjetivos da escola, s questes vinculadas aodesenvolvimento humano.

    Afinal, o processo de ensinar e aprender, so o encontro de diferentes subjetividades entre os seres en-volvidos.

    Assim, as possibilidades de organizao do trabalho pedaggico visando um melhor relacionamento emsala de aula (professor-aluno), uma das maiores contribuies da Psicologia para a Educao.

    O esquema abaixo foi criado para ajudar a voc a caracterizar as psicologias envolvidas na e com a edu-cao.

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    Fonte: Prprio autor

    A FILOSOFIA E A FILOSOFIA DA EDUCAO

    A filosofia surgiu, pois o homem, diante do mistrio da realidade, comeou a buscar por uma razo, de quejustifique a sua existncia e a do mundo.

    Assim, ao assumir o pensamento filosfico podemos verificar algumas assertivas:

    Pensar prprio do homem;

    Filosofar pensar com lgica e coerncia;

    Formular, testar, criar afirmaes e explicaes; Conduzir a reflexes sobre o real.

    Na filosofia, a interrogao sobre o humano se torna tema dominante na sofstica antiga (sc. V a.C.),na filosofia de Scrates, Plato e Aristteles acompanha todo o desenvolvimento histrico da filosofiaocidental.

    Para compreender a relao da Filosofia como a Educao, temos que refletir que, enquanto h prticahumana, a EDUCAO , e est no mundo.

    No seu livro a Filosofia da Educao, Luckesi, afirma que A prtica pedaggica est articulada com uma

    pedagogia, que nada mais que uma concepo filosfica. (p. 21).Assim, essa relao pode ser considerada muito importante e por isso o esquema abaixo procura ajudarvoc a organizar suas ideias.

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    Desta forma, a Filosofia indica possveis caminhos para esclarecer, para suscitar o esprito de responsa-bilidade, pois, permite o caminho da anlise crtica sobre os problemas educacionais do nosso tempo.

    A Filosofia da Educaoexplora as razes, os fundamentos, a razo de ser, o que est subjacente ao pro-cesso educacional.

    PALAVRAS DO PROFESSOR

    importante expor que: o que est por trs da educao, o refletir sobre a educao, para que possamosavaliar que alm da aparncia de uma educao necessria pode ocultar-se a dominao e principalmen-te a reproduo.

    Assim, podemos concluir que a Filosofia da Educao procura Desbanalizar questes educacionais, noqual o Filsofo da Educao dever se tornar um especialista em criar um discurso sobre a boa pedagogia.

    As reflexes sobre os modelos educacionais postos, devem ser questionadas:

    A pedagogia vigente est correta? Ser que est Pedagogia no poderia ser mudada para melhor?

    A Filosofia da Educao pode abalar as convices de alguns que iro tentar modificar a escola e a edu-cao.

    http://sereduc.com/fZQyLY

    VEJA O VDEOUma boa dica para compreender as contribuies da Filosofia para a Educao poderser analisados atravs de filmes como, por exemplo; Sociedade dos Poetas Mortos

    (Tempo de Durao:1:51).

    https://www.youtube.com/watch?v=Fak3xydNvYMhttps://www.youtube.com/watch?v=Fak3xydNvYM
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    GUARDE ESSA IDEIAE para que voc compreenda bem as temticas abordadas, no esquea: sempre im-portante fazer o registro por escrito das suas ideias iniciais, como tambm das palavraschaves do contedo que estamos estudando. Mas por que estou lhe sugerindo isso?Para que voc possa organizar melhor as suas ideias e sistematizar o contedo que ir

    aprender.

    PALAVRAS DO PROFESSOR

    Caro aluno, agora voc conhece alguns Fundamentos importantes da Educao, bem como algumas dascincias que contribui para que a mesma se desenvolva com o passar do tempo.

    Na unidade III, voc ir refletir sobre a Escola Atual, no pode esquecer-se de desenvolver o pensamentofilosfico e analisar como est o panorama da educao atual.

    Agradeo pela sua participao.

    Forte abrao e bons estudos!