Gazeta Rural nº 259

40

Click here to load reader

description

A realização, em Viseu, do Fórum Nacional de Apicultura em 2017 está em destaque na capa da Gazeta Rural de 15 de Novembro. Nesta edição referência especial para a Feira Nacional do Mel, em Vila Nova de Cerveira, a XVII Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais, em Alcobaça; o Encontro Micológico da Escola Superior Agrária de Viseu, bem como outros eventos gastronómicos que decorrem pelo país. No mundo dos vinhos, destaque para a Vinidikas, uma aplicação grátis para telemóveis e tablets lançada pela Lusovini, a Festa do Espumante, em Melgaço, e o Festival ‘Tinto no branco” que junta vinho e literatura em Viseu. Nesta edição pode ler também outras noticias que marcam a actualidade do mundo rural.

Transcript of Gazeta Rural nº 259

Page 1: Gazeta Rural nº 259

"Plantar e cuidar para colher"

www.fnapf.pt | www.facebook.com/FNAPF

Director : José Luís Araújo | N.º 259 | 15 de Novembro de 2015 | Preço 2,00 Euros | www.gazetarural .com

Viseu será “Capital do mel”

em 2017

Page 2: Gazeta Rural nº 259

2 www.gazetarural.com

MoradaRua Cidade da Covilhã, 6230-346 FundãoCoordenadas

Lat. 40.150203 | Long. -7.498547

[email protected] | [email protected] | www.adegafundao.com Tel. (+351) 275 752 275 | Fax (+351) 275 753 770

Sumário04 Odemira recebe Semana Gastronómica do Mel e Medronho05 Alcobaça recebe XVII Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais06 Escola Superior Agrária de Viseu promove Encontro Micológico 07 Viseu será “Capital do Mel” em 2017 09 Fórum Nacional discute problemas da apicultura nacional 10 “No último ano a produção de mel foi preterida pela reposição do efectivo”, diz Manuel Gonçalves14 Lusovini lança aplicação grátis para telemóveis e tablets15 Melgaço estreia Festa do Espumante com cartaz muito apetecível16 Ervidel recebe a grande festa do vinho e da cultura17 Nelas deu a conhecer e a apreciar o vinho do Dão18 AMPV promove conferência “VINHO – Uma moda que veio para ficar”

19 Festival ‘Tinto no branco” junta vinho e literatura em Viseu21 Concurso Queijos de Portugal elegeu os melhores de 2015 em 20 categorias22 Concurso Nacional de Bolo Rei é a 3 de Dezembro24 Aguiar da Beira quer afirmar-se pela gastronomia 26 COAPE prepara novos projectos e “alterações profundas” na sua estrutura física28 Plano prevê melhoria da cortiça e montados mais produtivos em 27 anos29 Projecto de promoção de carne de porco alentejano recebe co-financiamento europeu32 Courgette é cultura da moda na região do Oeste34 Feira do Mel e da Castanha da Lousã reúne apicultores e outros produtores35 Festival ‘Beira Interior – Vinhos e Sabores’ é “para repetir”36 Seminário propõe visão para o futuro do Parque Natural Vouga-Caramulo38 Evento mostra a melhor gastronomia de caça do concelho de Mora

Page 3: Gazeta Rural nº 259

3 www.gazetarural.com

Page 4: Gazeta Rural nº 259

4 www.gazetarural.com

O concelho de Odemira recebe de 16 a 22 de Novembro a Semana Gastronómica do Mel e Medronho, evento que com ta com a participação de diversos restaurantes do concelho, com o objectivo de promover dois dos produtos locais com maior qualidade e tradição.

Nas ementas dos restaurantes aderentes estarão diversos pratos ou petiscos à base de borrego, porco, peru ou salmão, confeccionados das mais variadas formas com mel ou me-dronho e aromatizados com hortelã, alecrim, laranja, limão e gengibre.

Também as sobremesas terão por base mel e medronho do concelho de Odemira, com propostas como medronhos com chocolate, laranja com canela, mel e azeite, pudim e torta de mel, pudim de mel aromatizado com medronho, semifrio de medronhos e medronhosca.

O concelho de Odemira tem bastante tradição na produção de mel, sendo apontado como um produto de elevada qualida-de. Também o medronho e a produção de aguardente à base deste fruto conhecem em Odemira grande produção e quali-dade. Ambos os produtos são considerados como estratégicos para o desenvolvimento e dinamismo económico do interior do concelho.

Decorre até 29 de Novembro em Marvão, em dezasseis res-taurantes do concelho, uma Quinzena Gastronómica em que os visitantes se podem deliciar com as melhores receitas feitas à base de castanha. Se é um fã deste fruto seco, não perca a oportunidade de prová-lo na sopa, a acompanhar o bacalhau, o porco, o coelho, ou o veado.

Durante quinze dias, as ementas dos restaurantes são valo-rizadas com pratos tão diversos como a sopa de castanha com shitake, alhada de cação com castanha, bacalhau frito com sopas de tomate e castanha frita, choquinhos com castanhas, trutas com castanhas, guache de vitela com castanha, veado estufado com setas e castanhas, perna de borrego leital assa-da com castanhas e cebolinhas, ou rabo de boi com castanhas.

Um dos objectivos desta iniciativa é incentivar a utilização da castanha de Marvão, classificada como produto de Deno-minação de Origem Protegida (DOP), na gastronomia, mo-tivando a sua inclusão nas ementas e pratos típicos dos res-taurantes do concelho. Esta Quinzena Gastronómica pretende ainda promover a marca “Marvão Bom Gosto” e o concelho como “destino gastronómico de eleição”.

Entre os dias 16 e 22 de Novembro

Odemira recebe Semana Gastronómica do Mel e Medronho

Em Marvão, até 29 de Novembro

Quinzena Gastronómica mostra as melhores iguarias feitas com castanha

Page 5: Gazeta Rural nº 259

5 www.gazetarural.com

O Mosteiro de Alcobaça acolhe uma vez mais a Mostra In-ternacional de Doces & Licores Conventuais, de 19 a 22 de Novembro. A celebrar a décima sétima edição, o evento conta este ano com a maior projecção de vídeo mapping a nível na-cional, percorrendo os 200 metros da fachada do Mosteiro de Alcobaça.

Os visitantes podem degustar o melhor do receituário con-ventual, num evento que este ano conta com a presença de doçaria conventual de Alcobaça, mas também de outros mos-teiros, conventos e pastelarias, tanto nacionais como inter-nacionais. A Ilha da Madeira também se faz representar pela primeira vez nesta mostra.

Este ano, a grande novidade do certame será o espectáculo de video mapping - Alcobaça – A luz do amor - criado pelo atelier Ocubo.com, que vai preencher todos os 200 metros da fachada do Mosteiro de Alcobaça. Será a maior projecção do género numa única fachada feita em Portugal. Este espectá-culo consiste numa viagem pelo tempo, com base na funda-ção deste edifício, património histórico e cultural, desde a sua construção até aos dias de hoje, evidenciando o extraordiná-rio papel dos monges da Ordem de Cister e a importância das suas actividades no desenvolvimento social, cultural e eco-nómico da região.

A integração do vídeo mapping na é, pois, o corolário lógi-co da celebração do legado cisterciense, no ano em que se assinalam os 900 anos da Casa Mãe da Ordem de Cister – a

De 19 a 22 de Novembro

Alcobaça recebe XVII Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais

Abadia de Claraval, em França, e os 25 anos da classificação do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça como Património Mundial da UNESCO.

Promovido pelo Município de Alcobaça, em parceria com o Turismo do Centro e com o apoio da DGPC e do Mosteiro de Alcobaça, o video mapping será um acontecimento ines-quecível, uma oportunidade única de assistir a um grandioso espectáculo de luz, som e imagem.

A Doçaria Conventual em Alcobaça é riquíssima e herdeira das tradições gastronómicas dos Monges e Monjas de Cister, senhores dos antigos Coutos de Alcobaça que, em mais de oito séculos de permanência na região, deixaram como mar-ca de excelência a sua dedicação aos Doces Conventuais. São famosas as cornucópias, o Pão-de-Ló de Alfeizerão, as trouxas-de-ovos, a ginja de Alcobaça, entre muitas outras iguarias.

Em pleno Mosteiro de Alcobaça, eleito pela UNESCO patri-mónio da Humanidade e uma das Sete Maravilhas de Portu-gal, poderá degustar o melhor do receituário conventual não só de Alcobaça mas, também, de outros mosteiros, conventos e pastelarias, tanto nacionais como internacionais. Desta-que ainda para a estreia da doçaria da ilha da Madeira neste evento, fazendo-se representar pela Casa do Povo de Curral das Freiras, que vem apresentar as suas especialidades: Bolo de Mel, Bolo de Castanha, Broas, Bonecos de Massa, Doces de Castanha e Ginja e Pataniscas de Castanha.

Page 6: Gazeta Rural nº 259

6 www.gazetarural.com

Vai decorrer no dia 20 de Novembro a décima terceira edi-ção do Encontro Micológico da Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), evento que possibilitará aos participantes a re-alização de um percurso pela floresta para “apanha” e reco-nhecimento de cogumelos, bem como a contemplação da bela paisagem de outono.

Do programa fazem parte saídas de campo, - no Parque Botânico Arbutus do Demo, em Vila Nova de Paiva, - para re-colha e identificação de cogumelos silvestres, sensibilização ambiental relacionada com a micologia e a floresta, exposição de cogumelos silvestres com as espécies identificadas, de-monstração de cozinha molecular, palestras sobre micologia e jantar micológico.

A temática dos cogumelos que por alturas do Outono é tão debatida, quer por boas, quer por más razões, tem sido matéria de sensibilização nos Encontros Micológicos que se têm vindo a promover anualmente, no Parque Botânico Arbutus do Demo, desde 2003. É reconhecendo o perigo que determinadas es-pécies representam para a saúde, quando não são conhecidas as maneiras tradicionais de se fazer a triagem dos cogumelos comestíveis, tóxicos ou mortais, que a ESAV, em parceria com a Câmara de Vila Nova de Paiva, têm vindo a realizar este encon-tros micológicos em forma de acções de sensibilização.

A 20 de Novembro, a partir das 10 horas

Escola Superior Agrária de Viseu promove Encontro Micológico

Venham daí!Duendes da floresta que brotam da terra sem raízes, sem

folhas e sem caule, em anéis de fadas ou bruxas, conforme os gostos ou desgostos. E tal como outras alternâncias da vida, eles cá estão de novo. Impudicus phalloides ou deli-ciosus edulis, todos numa orquestra de silêncios coloridos e aromas perdidos na floresta, que é tão nossa.

Passo lento, pulmão aberto e olhar atento… Lá está um!... E afinal outro! Já consigo ouvir o estalar da cama de cebolinhas que os vai aconchegar logo à noite com um naco de pão saloio.

As coisas bonitas do monte, as que só tocam quem se deixa tocar pelas raízes, mesmo daqueles que não as têm, mas que nos micorrizam a alma.

Venham daí esses sorrisos, venham mais um ano juntar--se a nós e partilhar o dia dos tortulhos, sanchas, frades e míscaros, conhecer um pouco mais deste mundo à parte, ou então, venham só reconhecer caras e corações de ou-tros tempos e pôr as memórias em dia. E faz-nos tão bem saborear estes momentos devagar!

Bem-vindos ao XIII Encontro Micológico da ESAV!

José Manuel Costa(Docente da ESAV)

Page 7: Gazeta Rural nº 259

7 www.gazetarural.com

Viseu vai receber, em 2017, o Fórum Nacional de Apicultura e a Feira Nacional do Mel. A confirmação foi dada pela Associa-ção de Apicultores da Beira Alta (AABA), que trabalha no sen-tido de criar parcerias para levar a cabo este evento que reputa de “muito importante” para o sector apícola da região.

O presidente da Assembleia Geral da AABA destacou “as várias dimensões que um encontro desta natureza terá para a região e para o sector”. Segundo Henrique Machado, a orga-nização de um Congresso Ibérico Apícola, integrado no Fórum Nacional de Apicultura, em 2017, conta já com o apoio da Câ-mara de Viseu, Instituto Politécnico de Viseu e Federação Na-cional de Apicultores Portugueses. “Estamos numa fase de or-ganização, de definição dos temas a debater e de encontrar os parceiros certos, que tenham uma dupla função que vá de en-contro àquilo que nos interessa e o conhecimento que importa divulgar”, refere Henrique Machado, defendendo que importa “reflectir sobre o papel da apicultura na sociedade” e também “ter uma dimensão científica e criar conhecimento nesta área”.

Segundo o dirigente, “neste novo ciclo da AABA, há várias intervenções de acção, nomeadamente reforçar o apoio aos apicultores, ampliar a rede de relações e tentar desenvolver um conjunto de procedimentos, tendo em vista a afirmação do

_ António Ferreira, presidente da AABA

Em data ainda a marcar

Viseu será “Capital do Mel”

em 2017sector apícola na região da Beira Alta.

Henrique Machado destaca a urgência de se perceber o pa-pel da apicultura e a sua importância para o equilíbrio da natu-reza. O dirigente associativo defende, deste modo, a realização do Fórum em Viseu, afirmando que será “o ponto de encontro dos apicultores”, onde se “pretende mostrar o que melhor se faz na apicultura mundial”, mas que será também “um espaço de reflecção sobre a importância do sector, numa região que se afirma como ecologicamente sustentável e onde a apicul-tura tem um papel determinante”.

Henrique Machado destaca a “grande dinâmica apícola na região”, cujo reflexo é a própria associação, que tem cerca de 400 associados e representa cerca de 12 mil colmeias. Tudo isto, sublinha, “tem um grande impacto económico comple-mentar”, havendo já apicultores que dedicam a tempo inteiro a esta actividade. Henrique Machado destaca ainda as “ca-racterísticas únicas da região no contexto nacional, pelo tipo de flora que lhe está associado, que se reflecte na qualidade excepcional do mel”.

Novos projectos aguardam o período de “abertura das candidaturas”

O sector apícola tem vindo a atrair cada vez mais interes-sados na região. Contudo, os novos projectos estão sujeitos a análise em função dos períodos de candidaturas às diversas medidas, nomeadamente para pequenos investimentos e para jovens agricultores. Porém, “têm-se verificado atrasos na aná-lise das candidaturas já apresentadas”, refere António Ferreira, presidente da AABA.

Na região, segundo o dirigente, a quebra de produção, tal como noutras regiões, “foi significativa”, pois “rondou as 100 toneladas”. Ora, se “temos uma capacidade produtiva superior a 200 toneladas, significa uma quebra de 50%”, sublinha.

Para o presidente da AABA a realização em 2017 do Fórum Nacional de Apicultura “é importantíssima para a região”, im-pulsionando o sector, mas também “atrair” gente para a api-cultura.

Tel. 232 430 450 | Avenida da Bélgica - ViseuVendas & Peças & O�cina & Assistência Técnica

www

Page 8: Gazeta Rural nº 259

8 www.gazetarural.com

Organização:

XVI FÓRUM NACIONAL DE APICULTURA

PROGRAMA DOMINGO – 22 DE NOVEMBRO DE 2015

10:00 -11:00: PROGRAMA APÍCOLA NACIONAL MODERADOR: INIAV 10:00 – 10:15 – COLOCAÇÃO RÁPIDA DE ARAMES EM QUADROS JOSÉ CHUMBINHO

10:15 – 10:30 – COLHEITA DE APITOXINA DANIEL CARDOZO (BEE’O)

10:30 – 10:45 – APRESENTAÇÃO DE LINHA DE EXTRAÇÃO MÓVEL JOSÉ CONDE E PAULO CONDE

10:45 – 11:00 – SOFTWARE MELLARIUS: APRESENTAÇÃO DO PROTOCOLO FNAP JOAQUIM BESSA (NORDESTENET)

11:00 – 11:30 – DEBATE

INTERVALO

11:45 – 13:00: DESAFIOS FUTUROS DA APICULTURA MODERADOR: ALBERTO DIAS – APIMIL 11:45 – 12:00 – APRESENTAÇÃO DO PROJETO EXOTIC BIOLOGICALS MARIO OLIVEIRA

12:15 – 12:30 – DESTRUIÇÃO DE NINHOS DE VESPA VELUTINA MARCO PORTOCARRERO

12:30 – 12:45 – NUTRIBEE E HIVE ALIVE VÉTO-PHARMA

12:45 – 13:00 – PREVALÊNCIA DA LOQUE AMERICANA NA CERA E NO MEL MARIANA HOLZ E PAULO RUSSO (UTAD)

13:00 – 13:30 – DEBATE

Page 9: Gazeta Rural nº 259

9 www.gazetarural.com

Os principais problemas que afectam o sector apícola vão estar em discussão, durante os três dias, na XIV Feira Nacional do Mel e XVI Fórum Nacional de Apicultura, que vão decorrer em Vila Nova de Cerveira de 20 e 22 Novembro.

O Fórum Nacional de Apicultura vai contar com a presença de especialistas e de instituições de ensino superior, portu-gueses e espanholas, bem como de mais de 400 apicultores de todo o país e de Espanha. A ocasião será aproveitada para analisar as causas da redução, em cerca de 50%, da produção de mel afectada pela expansão da vespa asiática. O presidente da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL) explicou que a expansão daquela espécie veio “sobrecarregar as preo-cupações” dos apicultores a braços com outros problemas que ameaçam a produção de mel. “Além da vespa asiática, temos as condições climatéricas, com uma seca intensa, os fogos flo-restais que destruíram muitas colmeias e conduziram à dimi-nuição da alimentação das abelhas, bem como a proliferação de espécies invasoras na floresta”, referiu Alberto Dias.

Organizado pela Federação Portuguesa de Apicultores de Portugal, em parceria com a APIMIL, e com o apoio da Câmara de Vila Nova de Cerveira, o programa do Fórum Nacional de Apicultura vai ainda incluir ‘workshops’, palestras, e uma mos-tra/venda de produtos ligados à apicultura, que vai contar com a presença de mais de 60 expositores. Para o presidente da

De 20 e 22 Novembro, em Vila Nova de Cerveira

Fórum Nacional discute problemas da apicultura nacional

APIMIL a sua realização é de “grande relevância para a apicul-tura nacional, colocando Portugal na rota dos principais even-tos apícolas internacionais”. Alberto Dias diz que “as condições naturais existentes e a relevância histórica e económica da apicultura na região do Minho, foram factores preponderantes na atracção deste evento para Vila Nova de Cerveira”.

A organização prevê uma grande afluência de público à Feira Nacional de Mel e espera que o Fórum Nacional de Apicultura tenha a maior participação de apicultores, técnicos e investi-gadores na área apícola, e onde serão abordados os principais temas com relevância na actualidade do sector, com destaque para as questões técnicas (alimentação, sanidade), as ques-tões políticas (ambiente, ajudas e ordenamento) e as questões comerciais (qualidade e certificação). “Todos estes aspectos, que tão bem conhecemos como motores do desenvolvimen-to da actividade apícola no país e na europa, são de vital im-portância para a sustentabilidade do sector num contexto de globalização dos mercados e de forte concorrência nas produ-ções agrícolas”, referiu Alberto Dias.

Pela primeira vez o Fórum Nacional de Apicultura vai incluir a vertente gastronómica, com a demonstração de confecção de pratos com este produto, numa parceria com o curso de ho-telaria da Escola Tecnológica Artística e Profissional (ETAP) de Vila Praia de Âncora, em Caminha.

Page 10: Gazeta Rural nº 259

10 www.gazetarural.com

Na região do Parque Natural de Montesinho a pro-dução de mel conseguiu acompanhar integralmente a produção de 30 toneladas, valor próximo do nor-mal, com uma quebra ligeira. Segundo o presidente da Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho (AAPNM), no último ano “a produ-ção de mel foi preterida pela reposição do efectivo”, pois, como referiu Manuel Gonçalves, muitos apicul-tores “necessitaram de repor o efectivo e viram na oportunidade de venda de abelhas uma injecção de capital essencial a compensar as eventuais perdas de produção”.

Ainda segundo Manuel Gonçalves, também pre-sidente da Federação Nacional de Apicultores Por-tugueses, a “procura crescente e desenfreada de novos apicultores” tem “gerado algum conflito de interesses no ordenamento e encabeçamento da zona”.

Gazeta Rural (GR): Como decorreu a cresta deste ano e qual a quantidade de mel?

Manuel Gonçalves (MG): A produção de mel foi no últi-mo ano preterida à produção de abelhas. Muitos apicultores necessitaram de repor o efectivo e viram na oportunidade de venda de abelhas uma injecção de capital essencial a compen-sar as eventuais perdas de produção.

Com este cenário de reposição do efectivo produtivo, a As-sociação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho conseguiu acompanhar integralmente a produção de 30 to-neladas “Mel do Parque” DOP, das quais 12 acumulam a certi-ficação MPB. Apesar de ser um valor mais baixo que o normal, não surpreende, tendo em conta quer o comportamento do apicultor, quer das condições ambientais, mas também pelo crescente escoamento pelas marcas próprias criadas pelos produtores e que não são qualificados com a certificação da Denominação de Origem Protegida.

GR: Que tipo ou tipos de mel se produz nessa região e qual a diferença?

MG: O “Mel do Parque” é um mel de zona de montanha, multifloral, produzido na área dos concelhos de Bragança e Vinhais, onde se encontram predominantemente manchas de

Diz o presidente da Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho

“No último ano a produção de mel foi preterida pela reposição do efectivo”

Page 11: Gazeta Rural nº 259

11 www.gazetarural.com

carvalho-negral e castanheiro, para além da existência de muitas lamas com frei-xo-de-folha-estreita e, junto às linhas de água, salgueiros e amieiros, mas também múltiplas plantas silvestres de importância apícola. Nas áreas de matos, a vegeta-ção é representada pelas urzes, carquejas, arçã, sal puro, giestas e esteva.

O Caderno de Especificações da Denominação de Origem Protegida (DOP) prevê que produção de mel multifloral com uma única cresta após as florações de Verão, e que as colónias estejam permanentemente na zona geográfica de produção. Este simples maneio confere ao “Mel do Parque” de Montesinho um perfil sensorial mui-to equilibrado com sabor e aromas muito ricos e persistentes.

GR: Quais os problemas que mais afectam os apicultores?MG: Os apicultores da Terra Fria sempre estiveram adaptados às condições de

produção particulares da região, com invernos rigorosos e uma época estival muito longa. Desde 2004 as questões sanitárias foram encaradas com um rigor cres-cente desde a homologação da Zona Sanitária Controlada e com a execução do maneio sanitário integrado e consolidado permite a redução para níveis perfeita-mente aceitáveis a presença de algumas patologias endémicas no efectivo.

A procura crescente e desenfreada de novos apicultores se instalarem com gran-des projectos de investimento com vista à criação do próprio emprego e, desta forma, afastando-se do perfil tradicional do apicultor que tinha nas colónias de abelhas um suplemento ao rendimento, tem gerado algum conflito de interesses no ordenamento e encabeçamento da zona.

O potencial apícola da terra fria ultrapassa o que a lei lhe impõe, considerando as distâncias entre apiários e densidade de colónias e essa capacidade produtiva pode ser afectada negativamente.

Acresce ainda a esta questão de ordenamento algumas ameaças que adquiri-ram maior agressividade por evolução natural do equilíbrio entre espécies, como é o caso da vespa crabro, que se assume como predadora da abelha doméstica, assim como a pilhagem entre colónias de abelhas com a instalação temporária de apiários transumantes oriundos de zonas mais quentes e por isso com níveis de actividade colectora muito superior ao das colónias que permanecem na Terra Fria.

GR: Há novos projectos apícolas na região?MG: A procura de apoios previstos no PRODER por jovens para criação de em-

presas apícolas foi muito evidente. Também a aparente simplicidade, e até ingenui-dade, na viabilização financeira de projectos nesta vertente atraiu muitos jovens para a inclusão de colónias em projectos agrícolas, florestais ou pecuários, tendo os projectos de plantação de castanheiro e outros frutos liderado na integração de colónias de abelhas.

A Associação dos Apicultores do Parque Natural de Montesinho conta no ano 2014 com a instalação de 45 novos apicultores e em 2015 mais 48. A estes dados acrescem os apicultores cujo registo de actividade não é feito através dos nossos serviços. Para o universo de apicultores que permanentemente recorrem à AAP-NM, estes 93 novos correspondem a um aumento de 17, 78%, compensando desde logo os 24 apicultores fecharam a actividade (0.05%)

GR: Quantos associados representam e que tipo de serviços presta?MG: A AAPNM tem os seus associados instalados nos concelhos de Bragança e

Vinhais. Contudo, dada a gestão da Zona Controlada da Terra Fria todos os apicul-tores dos concelhos Miranda do Douro e Vimioso tem o apoio técnico da Associa-ção. Por uma questão de antiguidade, embora agora haja uma outra associação de apicultores a apoiar também esses concelhos, durante anos os apicultores raianos tinham apenas o contacto com a AAPNM e os congéneres espanhóis.

Actualmente contam-se nos registos de 815 Apicultores com ligação à AAPNM, sendo que destes 523 mantêm um contacto permanente e dos quais 328 são as-sociados.

Há a diferenciação positiva nos serviços prestados ao associado e ao apicultor--cliente, principalmente no valor cobrado por serviços, que ao associado são na maioria gratuitos.

Também nas actividades promovidas pela associação, a preferência é dada ao associado. Todavia, o melhor apoio que podemos prestar a qualquer um associado é garantir que o seu vizinho não tem comportamentos nocivos para com as suas colónias e que possam ser transmissíveis às dos nossos associados. Qualquer api-cultor pode obter na AAPNM todos os serviços necessários ao exercício da apicul-tura.

Page 12: Gazeta Rural nº 259

12 www.gazetarural.com

A comercialização do mel está no topo das preocupações da Associação Pinus Verde, sede-ada em Bogas de Cima, no concelho do Fundão. É que devido às condições meteorológicas adversas, nesta campanha houve quebras de produção de 40 a 50%, assim como a perda de efectivo, por falta de alimento.

Numa região onde predomina o mel de urze, caracterizado por ser ter uma cor âmbar escuro, bastante rico em substâncias aromáticas, sais minerais e polifenóis, existem nesta altura vários projectos apícolas que, segundo a Pinus Verde, “aguardam aprovação na medida de jovens agricultores”. Esta associação representa mais de duas centenas de apicultores, a quem presta serviços de apoio técnico ano âmbito do programa apícola.

A Apilegre é uma associação de apicultores no nordeste do Alentejo e a sua área de actuação inclui os concelhos de Gavião, Nisa, Castelo de Vide, Crato, Marvão, Monforte, Arron-ches, Elvas e Campo Maior, contando actualmente com cerca de 350 sócios distribuídos por todo o país.

As nossas actividades incluem a assistência técnica às ex-plorações, formação, colaboração em projectos de investi-gação e criação de rainhas, entre outras, que consideremos interessantes para o desenvolvimento da Apicultura regional e nacional. As produções apícolas da região são maioritaria-mente o mel, mas também se produz pólen, própolis, cera, en-xames e rainhas.

O mel monofloral de rosmaninho é produzido principalmente no concelho de Nisa, Gavião e Crato; o monofloral de soagem,

Apilegre - Associação de Apicultores no Nordeste do Alentejo

nos concelhos de Portalegre, Arronches, Monforte e Campo Maior. Os Multiflorais são uma junção de todas estas flores, na Planície estes méis têm a presença de néctares de plantas como rosmaninho, soagem, cardo, azinheira, sobreiro. Nos Multiflorais de Montanha há néctares de urzes, castanheiro, alecrim e algum rosmaninho. Esta diversidade deve-se à rique-za de paisagem de transição entre Alentejo e Beira.

A Apilegre está inserida numa região bastante pobre e de di-fícil apicultura, com anos muito maus e apenas, de tempos a tempos, se consegue um ano excepcional, que não foi o caso deste. Inicialmente a produção foi regular e tudo fazia prever que fosse um ano com proveito maior que o custo, mas as constantes chuvas e o frio exagerado na época da Páscoa fez com que as flores deixassem de produzir o néctar essencial à produção de mel. Para além, deste facto as abelhas perante o frio da páscoa, começaram a comer as reservas que tinham conseguido armazenar até então, deixando as colmeias sem grandes reservas de mel, para o apicultor poder coletar.

As produções de mel deste ano foram cerca de 25 a 30% de uma produção regular. Uma exploração que em médias de 10 anos tem 1000 Kg de mel, este ano teve cerca de 300 Kg.

O investimento na apicultura nesta região é de difícil gestão. As produções são cada vez mais irregulares de ano para ano. Existem muitos anos com ausência de produção de mel.

Num período de uma década, é frequente existirem três ou quatro anos com produções abaixo do custo de manutenção da exploração, e apenas dois com produções rentáveis. Qual-quer exploração profissional tem de apostar em mais do que um produto, para contrabalançar os custos com proveitos.

Há que desenvolver muito trabalho, no sentido das políticas de apoio à apicultura. A baixa oferta formativa em apicultura, o baixo nível de ordenamento do território para a distribuição de colmeias, a deficiente organização da fileira do mel, são ape-nas algumas das questões em que a Apilegre tenta encontrar soluções.

Dulce Alves

Região teve quebra de produção de cerca de 50%

Dificuldade na comercialização do mel preocupa Associação Pinus Verde

conhecer

Page 13: Gazeta Rural nº 259

13 www.gazetarural.com

Com cerca de 150 associados, a Associação Apí-cola Entre Minho e Lima (APIMIL”, sedeada em Vila Nova de Cerveira tem procurado desenvolver uma sector em expansão na região, mas que este ano ‘sofreu’ uma quebra significativa na produção, como em que quase toda a região centro e norte do país.

A APIMIL promove formações para associados e não-associados, acções de sensibilização de vários assuntos apícolas, envolvendo entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, estabelece protocolos com entidades de ensino para estudo de casos na apicultura na região, bem como prestando assistência técnica.

O presidente da APIMIL diz que o “objectivo prin-cipal é formar e informar o associado para melhor compreender o mundo global que o rodeia”. Alberto Dias diz que a “baixa produtividade por colmeia por razões climáticas e a vespa velutina são, nesta altu-ra, algumas das preocupações que mais afectam os apicultores da região.

Gazeta Rural (GR): Como foi a produção de mel na região?

Alberto Dias (AD): De uma maneira geral, na região do Alto Minho, a quantidade do mel crestado na época de 2015 decresceu significativamente em cerca de 50%, que se deveu às condições climatéricas de pouca precipitação ao longo do ano.

Na zona litoral, a produção de mel de eucalipto foi escassa devido a floração desta espécie surgir em épocas de seca e, portanto, a produção de néctar foi escassa. Em zonas de maior altitude, a urze falhou a produção de néctar devido à seca e também, em alguns períodos do ano, houve alguma precipita-ção o que fomentou a enxameação durante o fluxo de néctar de urze. Este fenómeno natural das abelhas agravou a peque-na produção deste tipo de mel em zonas mais interiores do Alto Minho.

GR: Que tipo, ou tipos de mel, se produz nessa re-gião?

AD: Os principais méis monoflorais são o de eucalipto e de urze. O mel de eucalipto é produzido na zona litoral (Viana do Castelo, Caminha, VN Cerveira, Ponte de Lima), sendo a cresta feita em Março e Abril. Os méis de urze são mais característicos das zonas de montanha (Melgaço, Monção, Ponte da Barca) sendo a sua cresta feita partir de Junho e Julho. Outros méis são possíveis, como é o caso da melada, em zonas onde predomine o carvalho, embora a sua produção esteja dependente de tem-peraturas médias-altas e elevada humidade relativa durante os meses de verão.

GR: O que afecta os apicultores nesta altura? AD: Existem vários tipos de preocupação, desde a baixa pro-

dutividade por colmeia por razões climáticas, incêndios, até

à situação da vespa velutina e falta de comparticipação do medicamento pelo plano apícola, apesar de ser zona con-trolada.

As alterações do clima têm vindo a acentuar-se no Alto Minho, o que faz com que haja consequências na quali-dade alimentar das abelhas. Por exem-plo, a diversidade em pólen diminui o que promove a falta de imunidade nas abelhas. A vespa velutina é um outro factor de desmotivação por parte de uns, e preocupação eco-nómica para outros, sendo de salientar que nestes últimos api-cultores é “normal” um aumento na factura de alimentação ar-tificial para a manter as colónias atacadas pela vespa velutina.

GR: Há novos projectos apícolas na região? AD: Existem alguns projectos apícolas para jovens agricul-

tores. A dimensão da exploração apícola pode variar de 100 colónias, onde geralmente existem associadas outro tipo de produções vegetais (mirtilos, cogumelos, etc) a 2000 coló-nias, sendo a média dos projectos na ordem das 500 colónias. Em particular, alguns projectos de jovens agricultores estão a ser concluídos.

Em Melgaço, um apicultor associado dedica-se ao melho-ramento da raça Buckfast, tendo já obtido um pedigree desta mesma raça. Em Ponte de Lima, um apicultor está a avançar para instalações de melaria, de maneira a obter o número de controlo veterinário (NCV) o que permite que qualquer apicul-tor possa extrair o seu mel nesta melaria e comercializar para todo o país, inclusive para o estrangeiro.

Segundo o presidente da Associação Apícola Entre Minho e Lima

“Condições climatéricas” estão na origem da quebra de produção de mel

Page 14: Gazeta Rural nº 259

14 www.gazetarural.com

Chama-se “ViniDikas, by Lusovini”, pode ser instalada no telemóvel ou no tablet, e dá cerca de 200 conselhos simples, úteis e práticos para valorizar o vinho das garrafas que se pe-dem no restaurante, no bar ou que se compram para beber em casa. Dirigida aos mercados da Lusofonia, onde há cada mais consumidores exigentes e curiosos, a ViniDikas interessa tanto a quem se inicia como a consumidores sofisticados.

A distribuidora e produtora de vinhos portugueses Lusovini lança este mês de Novembro uma aplicação para smartpho-nes e tablets com quase duas centenas de dicas e de conselhos simples para quem gosta de vinho e quer tirar o melhor partido das garrafas que compra para casa ou que pede no restauran-te. A aplicação chama-se “ViniDikas”, estará disponível gratui-tamente nas lojas da Apple (AppStore), Android (Googleplay) e Windows (Microsoft Store) e será muito dinâmica, com actua-lizações constantes.

O consumidor alvo desta aplicação são as pessoas que gos-tam de vinhos e que, de vez em quando, precisam de pequenas ajudas para os escolher, ou para avaliar em que ocasião os de-vem beber, ou para saber como os devem preparar antes de os servir. No total, é muita informação, mas cada dica é, em si própria, não só muito curta, mas clara, directa e esclarecedora.

Os mercados a que se dirige a ViniDikas são os da Lusofonia, principalmente aqueles onde o grupo Lusovini tem as suas em-presas próprias, como Portugal, Angola, Brasil e Moçambique. “São mercados onde os consumidores se tornaram rapida-mente muito exigentes e onde têm acesso a tanta informação sobre vinhos que, muitas vezes, lhes será útil existir um acesso

rápido a pequenas sínteses que respondam, num determinado momento, a uma dúvida”, explica Casimiro Gomes, presidente da Lusovini e o principal mentor deste instrumento ao serviço dos enófilos. “A nossa ideia foi ter uma aplicação que seja útil, tanto para consumidores que por exemplo não têm presente que o álcool vem do açúcar natural das uvas (através da fer-mentação alcoólica), como para entendidos que precisam de reflectir sobre a temperatura a que querem servir um vinho es-pecial, o tipo de copo que vão utilizar ou a antecedência com que devem abrir a garrafa”.

São quase de duas centenas de dicas apresentadas de for-ma simples e intuitiva, de fácil compreensão, abordando temas muito diferentes como a vinha (o ciclo da videira, a vindima, as castas internacionais e as portuguesas); da uva ao vinho (a vinificação e suas variantes)

. O vinho (os vários tipos e estilos existentes); as regiões do vinho (de mundo e, com algum pormenor, de Portugal); a pro-va (a apreciação de um vinho e a linguagem adequada para o descrever); a conservação (a garrafeira em casa); o serviço (abertura da garrafa, copos, decantação, temperaturas) e o vi-nho à mesa (as harmonias entre o vinho e a comida).

Depois desta primeira versão da aplicação, a Lusovini pro-mete mantê-la sempre actualizada e com capacidade de inte-ragir com os seus utilizadores. “Nós já estamos a dar o nosso contributo com o lançamento da ViniDikas”, afirma Casimiro Gomes. “A partir de agora, terão de ser todos os amantes de vinho que a vão utilizar a ajudar a torná-la cada vez mais inte-ressante e mais útil”.

Para ajudar o consumidor a tirar o melhor partido do vinho

Lusovini lança aplicação grátis para telemóveis e tablets

Page 15: Gazeta Rural nº 259

15 www.gazetarural.com

Se o clique que lhe faltava para visitar Melgaço era o de um pretexto absolutamente irresistível, pois bem, desta vez terá mesmo de ir. De 20 a 22 de Novembro, aquele município minhoto promove a primeira edição da Festa do Espumante, evento que propõe um programa bem tentador, que incluiu de-gustações de espumantes, de gastronomia e produtos regio-nais, sessões de show cooking e provas comentadas, música ao vivo e novos lançamentos.

Em prova estarão duas dezenas de espumantes elaborados no concelho pelos produtores Soalheiro, Dona paterna, Quin-tas de Melgaço, Quinta do Regueiro, Reguengo de Melgaço,

Alvaianas, Terras da Aldeia, Adega do Sossego, Casa de Ca-nhotos, Encostas da Cabana, Terras de Real e Memória a S. Marcos. A diversidade de espumantes ronda as duas dezenas de diferentes opções, desde rosados a brancos, boa parte dos quais elaborados a partir da casta rainha da sub-região, o Al-varinho.

O sommelier Manuel Moreira, wine educator, ministra pro-vas comentadas de espumantes de Melgaço, em cada um dos dias do evento. Serão autênticos workshops educativos, que ajudarão os participantes a captar as especificidades dos es-pumantes de Melgaço, aquilo que os diferencia dos demais, as harmonizações gastronómicas que permitem.

A Festa do Espumante terá também uma forte componen-te gastronómica, desde logo com a presença no evento, em permanência, dos restaurantes O Brandeiro e Paris, que no to-tal confeccionarão mais de 30 propostas distintas – petiscos como bifes de presunto, alheira de bísaro, salpicão, chouriça de sangue assada, salada de polvo e de bacalhau, pataniscas, iscas de fígado, moelas, picadinho e hambúrguer de carne Ca-chena, a pratos mais substanciais, como cabrito assado, naco de cachena, dobrada, feijoada, entre outros.

No dia 21, pelas 14,30 horas, o mediático chefe Hernâni Ermi-da protagoniza a primeira sessão de cozinha ao vivo. O chefe, dos mais populares e mediáticos cozinheiros do país, devido às constantes aparições televisivas, na imprensa escrita e atra-vés de livros de receitas, vai apresentar criações com produtos identificados com Melgaço.

À mesma hora, mas no dia 22, será a vez do chefe Vítor Ma-tos. Detentor de uma cozinha apurada que traduz muita inves-tigação, técnica imaculada e criatividade apoiada no conheci-mento das raízes dos produtos e dos “terroirs” gastronómicos, após alguns anos com estrela Michelin na Casa da Calçada, em Amarante, enfrenta agora um desafio pessoal, o restaurante Antiqvvm, na cidade do Porto. Em Melgaço promete uma rein-terpretação surpreendente da cozinha local.

Ainda do cartaz da Festa do Espumante consta a participa-ção de produtores regionais – Melgaço em Sabores, Prados de Melgaço e Quinta de Folga. Queijos, enchidos e doçaria não faltarão, sendo ainda de realçar os momentos das apresen-tações e lançamentos de novos produtos como o “sushi doce de Alvarinho” e a “trufa de Alvarinho Casta Boa” e queijos de cabra “Prados de Melgaço”.

A Festa do Espumante é uma organização da Câmara de Melgaço, com produção da EV-Essência do Vinho.

Evento decorrerá de 20 a 22 de Novembro, no centro do Município

Melgaço estreia Festa do Espumante com cartaz muito apetecível

Page 16: Gazeta Rural nº 259

16 www.gazetarural.com

A freguesia de Ervidel, no concelho de Aljustrel, promove mais uma edição da Vin&Cultura. A grande festa do vinho e da cultura vai decorrer, este ano, nos dias 21 e 22 de Novembro, com animação garantida durante os dois dias.

As adegas vão dar a provar o vinho dos produtores locais e as barraquinhas com os produtos locais e o artesanato vão marcar presença na praça da aldeia e oferecer alguns os pro-dutos que mais caracterizam a actividade económica da aldeia e da região.

O evento é promovido pela Câmara de Aljustrel e Junta de Freguesia de Ervidel, com os produtores de vinho locais e o movimento associativo, que vão assim, uma vez mais, envidar esforços para divulgar e contribuir para o desenvolvimento lo-cal e revitalização do mundo rural.

Promover, valorizar e comercializar o vinho e outros pro-dutos agrícolas do concelho são alguns dos objectivos que a Vin&Cultura quer atingir, evento que, de ano para ano, tem vido a atrair cada vez mais visitantes.

Mais do que uma mostra e venda de produtos agrícolas, a Vin&Cultura é igualmente uma festa, onde a música, a gastro-nomia local e principalmente o convívio entre amigos e familia-res à volta de uma mesa constituem outros grandes atractivos.

Os valores acumulados até ao fim do terceiro trimestre deste ano permitem à Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) assinalar uma tendência positiva, já consolidada, com um crescimento de 5% face ao período homólogo do ano anterior.

Exportação e vendas no mercado interno confirmam tendência positiva

Vinhos da Região do Tejo consolidam crescimento

Vin&Cultura 2015 decorre nos dias 21 e 22 de Novembro

Ervidel recebe a grande festado vinho e da cultura

Este aumento reflecte a retoma desta região e permite pers-pectivar a consolidação do crescimento das vendas quer no mercado interno como no mercado de exportação.

A certificação dos Vinhos do Tejo compreendeu um primeiro período de forte crescimento entre 2007 e 2011, de cerca de 9 milhões de garrafas em 2007 para cerca de 15,5 milhões em 2011 (em garrafas de 0,75 ltr.). Depois verificou-se uma estabi-lização do volume certificado entre 2012 e 2014.

Com os resultados agora apurados é possível constatar que a Região do Tejo retomou de forma sustentada um novo rit-mo de crescimento, resultante quer da forte aposta feita no mercado de exportação, nomeadamente nos países definidos como estratégicos pelo Estudo entretanto elaborado e apro-vado pela Região, quer da consolidação das vendas dos Vinhos do Tejo no mercado interno.

O objectivo continua centrado em atingir um crescimento a dois dígitos e para isso os agentes económicos da Região con-tinuam fortemente empenhados em acções de promoção em mercados estratégicos internacionais, sendo que o último tri-mestre do ano é aquele que geralmente apresenta um melhor comportamento de vendas.

Recentemente, nos eventos onde tem participado, a CVR Tejo adoptou a expressão “Team Tejo”, um branding criado pela consultora Wine Intelligence e que corporiza o espírito de equipa dos produtores desta importante região vitivinícola de Portugal.

Page 17: Gazeta Rural nº 259

17 www.gazetarural.com

A antiga Federação dos Viticultores do Dão, em Nelas, foi p palco de um conjunto de actividades que tiveram como pro-tagonista o Vinho do Dão, num “casamento perfeito” com o chocolate e produtos regionais, num evento promovido epla Câmara de Nelas e que serviu para assinalar o Dia Europeu do Enoturismo.

Cerca de meia centena de pessoas participou na Prova Co-mentada pela enóloga Patrícia Santos, em harmonização com o chocolate da Chocolateria Delícia e com outros produtos regionais, como queijo Serra da Estrela, da Quinta da Lagoa, requeijão da Quinta da Lapa, enchidos do Fumeiro Flor do Sal, miniaturas de pão da Arte em Massa de Pão e doces e compotas da Casa do Miradouro de Santar.

A ocasião foi aproveitada para a entrega de prémios do XIV Concurso Internacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco”, que trouxe para os produtores do concelho de Nelas cinco Me-dalhas de Ouro, duas atribuídas à Quinta da Fata, com o Touriga Nacional 2009 e o Reserva 2010, e as restantes à Quinta do So-bral, com o Reserva 2012; Quinta do Carvalhão Torto 2008 e à Casa de Santar, com o Reserva Branco 2014.

Estes resultados atestam a qualidade e prestígio dos vinhos do Dão, enaltecendo o empenho, o esforço e a dedicação dos produtores e do Município, que contribuem cada vez mais para o desenvolvimento do sector vitivinícola na Região.

Na ocasião, o presidente da Câmara de Nelas agradeceu a presença e participação de todos, afirmando a importância destas acções na promoção do Vinho do Dão enquanto ex-líbris da região. Borges da Silva reafirmou a posição privilegiada que o concelho de Nelas ocupa na Rota dos Vinhos do Dão, que se

repercute na economia local com a fixação de novos investi-mentos privados e públicos, potenciais geradores de emprego qualificado para a região, promovendo também o empreende-dorismo dos agentes locais.

Durante todo o dia, doze protutores de vinho do concelho (Caminhos Cruzados, Casa de Santar/Paço dos Cunhas, CEVD- Quinta da Cale, Fidalgas de Santar, Lusovini, Quinta da Boiça, Quinta da Fata, Quinta de São Simão, Quinta do Carvalhão Tor-to, Quinta do Mondego, Quinta do Sobral, Quinta do Tralcume e Vinícola de Nelas), estiveram de portas abertas, tendo recebido a visita de mais de uma centena de pessoas, que tiveram a opor-tunidade de conhecer a cultura e as paisagens vínicas do Dão, degustar sabores, vinhos, que estimularam os cinco sentidos numa experiência única.

Ainda neste âmbito, a autarquia promoveu uma visita às insta-lações da Verallia Portugal, na Figueira da Foz, para trinta e sete produtores que participaram na XXIV Feira do Vinho do Dão, com passagem pelo Museu do Vinho da Bairrada, Anadia, onde a partilha de experiências foi evidente.

O Dia Europeu do Enoturismo, evento promovido pela Rede Europeia de Cidades de Vinho (RECEVIN) em Associação de Mu-nicípios Portugueses de Vinho (AMPV), contou este ano, com a adesão de cerca de 30 municípios portugueses, numa come-moração que tem como objectivo global tornar o enoturismo numa realidade única e múltipla em todos os estados-membros da rede (RECEVIN), através do incentivo ao consumo dos pro-dutos locais, como argumentos de qualidade intrínseca da vida na Europa, promovendo uma homogeneização dos padrões de qualidade das diferentes vias de vinho europeu.

No Dia Europeu do Enoturismo

Nelas deu a conhecer e a apreciar o vinho do Dão

Page 18: Gazeta Rural nº 259

18 www.gazetarural.com

A Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) promove no próximo dia 3 de Dezembro, em Setúbal, uma conferência intitulada “VI-NHO – Uma moda que veio para ficar?” e que pretende abordar os desa-fios e oportunidades que se colocam actualmente aos municípios e seus territórios.

A iniciativa dirige-se a técnicos de comunicação das autarquias e tem como objectivo debater a importância do trabalho em rede para uma pro-moção conjunta e mais integrada do território e das iniciativas associadas ao vinho, ao mundo rural e ao enoturismo.

O ponto de encontro está marcado às 10 horas, para uma visita ao Mu-seu do Trabalho Michel Giacometti. O restante programa decorre na Es-cola de Hotelaria e Turismo, onde pelas 11 horas tem lugar uma palestra com Vasco d’Avillez.

À tarde, a partir das 14 horas, os participantes reúnem-se para uma reu-nião de trabalho, que contempla a apresentação dos resultados de um inquérito que a AMPV desenvolveu junto dos gabinetes de comunicação dos municípios; a apresentação dos casos práticos Reguengos de Monsa-raz – Cidade Europeia do Vinho 2015 e Rota dos Vinhos da Península de Setúbal; e a intervenção de José Arruda, secretário-geral da AMPV, sobre a importância do trabalho em rede entre territórios com o mesmo deno-minador comum, o vinho.

A 3 de Dezembro, em Setúbal

AMPV promove conferência “VINHO – Uma moda que veio para ficar?”

Page 19: Gazeta Rural nº 259

19 www.gazetarural.com

O Solar do Vinho do Dão, em Viseu, recebe de 4 a 6 de Dezembro um festival que combina os prazeres dos vinhos do Dão com os da literatura. Intitulado “Tinto no branco”, este será o primeiro festival literário de Viseu, a novidade deste ano do evento “Vinhos de inverno”.

O presidente da Câmara de Viseu lembrou que o inverno de Viseu é muito convidativo a acender a lareira e desfrutar dos vinhos e dos livros. É isso que, durante os três dias, vai acontecer no Solar do Vinho do Dão, podendo os participantes “usar as pantufas à lareira, mas fora de casa”, referiu Almeida Henriques.

Segundo o autarca, “o festival literário dá con-tinuidade à aposta de Viseu como cidade vinha-teira, mas é também um factor de dinamização cultural e de atractividade turística diferencia-dora, no pico do inverno da Beira Alta”.

No festival literário vão participar mais de 20 escritores, com “uma oferta literária para todos os gostos e públicos”, e tendo Aquilino Ribeiro como nome de referência. Almeida Henriques avançou que no grupo de escritores estão duas referências da cidade de Viseu, nomeadamente António Gil e João Luís Oliva, e também nomes de dimensão nacional e internacional, como Afon-so Cruz, Rui Cardoso Martins, Fernando Dacosta, Francisco José Viegas e Joel Cleto.

Algumas das palavras de Aquilino Ribeiro ser-virão de mote às conversas e encontros de “Tin-to no branco”. Por exemplo, na noite de dia 4, haverá uma conversa baseada na frase “o pior dos crimes é produzir vinho mau, engarrafá-lo e servi-lo aos amigos”, que tem como convidado Francisco José Viegas. “Estou convicto de que, com naturalidade, as pessoas vão aderir a este festival literário”, considerou Almeida Henriques.

Além dos encontros com os escritores, no So-lar do Vinho do Dão haverá espaços de prova e compra de vinhos, contactos com produtores e enólogos da região, espaços para provar a gas-tronomia tradicional e animação musical.

“Poesia no quarto escuro”, uma conversa so-bre “Contos, lendas e facécias do vinho”, um “’Blind date’ literário”, uma visita guiada pela ci-dade com historiadores e escritores que assumi-rão o papel de guias e ateliês infantis são outras propostas feitas para os três dias.

No total, serão 50 horas de programação, divi-didas por 30 eventos culturais e vínicos.

De 4 a 6 de Dezembro no Solar do Vinho do Dão

Festival ‘Tinto no branco” junta vinho e literatura em Viseu

Page 20: Gazeta Rural nº 259

20 www.gazetarural.com

O Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, em Lisboa, recebe nos dias 5 e 6 de Dezembro a “Terra Sã Lisboa 2015 - Feira Nacio-nal de Agricultura Biológica” dedicada ao tema ‘Cultive o Verde - Os Novos Agricultores’, numa iniciativa da Agrobio - Associa-ção Portuguesa de Agricultura Biológica. A oferta ao público passará por produtos biológicos que vão desde a alimentação, à cosmética e à roupa.

A edição deste ano será natalícia, ocorrerá mesmo ao lado da árvore de Natal gigante do Terreiro do Paço e estará ro-deada das luzes da cidade. Além disso, os visitantes, se quise-

Em Lisboa a 5 e 6 de Dezembro

“Terra Sã 2015” sob o lema “Cultive o Verde - Os Novos Agricultores”

rem oferecer uma prenda a alguém especial, a Feira Nacional de Agricultura Biológica é o local ideal para comprar prendas amigas do ambiente, originais e, em grande parte dos casos, saborosas pois, na sua maioria comestíveis.

O tema da feira “Cultive o Verde – Os Novos Agricultores” vai permitir a organização de palestras e oficinas em torno da terra para os mais graúdos e para os mais pequenos. A alimentação saudável e biológica terá também destaque na programação. Todos aqueles que querem iniciar-se na agricultura biológica vão ter espaço para saber o que fazer nesse novo caminho.

Page 21: Gazeta Rural nº 259

21 www.gazetarural.com

O ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2015’, no Centro de Con-gressos de Lisboa, foi o palco da revelação e entrega de pré-mios do ‘Concurso Queijos de Portugal 2015’, uma iniciativa da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL).

Um em cada categoria, foram vinte os eleitos como Melhores Queijos de Portugal, aos quais se juntam 40 referências distin-guidas com menções honrosas, num universo de quase duas centenas de queijos que este ano foram postos à prova.

A organização de um concurso com esta dimensão é uma tarefa árdua, que requer bastante esforço e disciplina, por par-te da ANIL e seus parceiros, mas também do painel de prova-dores. Um esforço que tem vindo a ser reconhecido desde há sete anos a esta parte, como o comprova a crescente adesão das marcas: este ano estiveram a concurso 184 referências, mais sete que em 2014 e 127 que na primeira edição, na qual participaram 57 queijos.

Criado em 2009 com o objectivo de estimular o desenvol-vimento da indústria queijeira nacional, promover e divulgar o queijo português de qualidade (e a sua diversidade), reforçar a notoriedade e aumentar o reconhecimento do mesmo junto do consumidor, o ‘Concurso Queijos de Portugal’ é já uma re-ferência nacional, premiando ano após ano o que de melhor se faz em Portugal.

“É aliciante continuar com este desafio à indústria, cons-cientes que a resposta é cada vez maior e, mais importante do que tudo, cada vez com mais qualidade, o que cumpre o objec-

tivo a que a ANIL se propôs ao lançar este desafio: a sua (e da indústria) evolução quantitativa e qualitativa, permitindo-lhe ter confiança na sua continuidade, procurando sempre alar-gar a sua abrangência, no sentido de acompanhar a dinâmica das empresas produtoras”, afirma Maria Cândida Marramaque, técnica da ANIL.

O queijo, bem como o leite e todos os produtos lácteos, é um alimento nobre que tem acompanhado a evolução da humani-dade há milhares de anos. Está presente em cerca de 90% dos lares portugueses e é reconhecido como um excelente com-plemento alimentar pelas suas propriedades nutricionais. Os hábitos alimentares estão a alterar-se e a indústria tem vindo a acompanhar as novas tendências de consumo, com o desen-volvimento de novos produtos e formatos, embalagens ade-quadas e demais adaptações às especificidades dos consumi-dores. O ‘Concurso Queijos de Portugal’ procura a cada edição dar resposta ao dinamismo do sector; este ano adicionou a sua vigésima categoria: Queijos para Barrar.

O ‘Concurso Queijos de Portugal 2015’ teve o apoio da Con-trolvet/Fullsense em Tondela – onde foi realizado –, da Revista de Vinhos, da JP Sá Couto, da Escola Profissional de Tondela e a Dão Catering. O painel de jurados foi composto por represen-tantes dos sectores queijeiro e gastronómico, dos organismos de controlo e certificação, de instituições de ensino, da res-tauração e distribuição, dos meios de comunicação social e, também, consumidores.

Uma iniciativa da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios

Concurso Queijos de Portugal elegeu os melhores de 2015 em 20 categorias

Page 22: Gazeta Rural nº 259

22 www.gazetarural.com

A qualidade e organização da competição, a promoção do Bolo Rei Tradicional Português, a valorização dos produtos apresentados e o impacto positivo nas vendas são destacados pelos vencedores de 2014 do Concurso Nacional do Bolo-Rei, cuja quarta edição decorre uma vez mais no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, a 3 de Dezembro, evento que o CNEMA realiza em conjunto com a Qualifica - Associação Nacional de Municípios e de Produtores para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses.

Helena Fidalgo da “Padaria e Pastelaria Flor de Aveiro”, de Aveiro, galardoada com a Medalha de Ouro nas últimas duas edições na categoria “Bolo Rei”, lembra que “depois de termos concorrido e sermos galardoados, com Medalha de Ouro, no concurso de “Melhor Bolo Rei tradicional”, em 2013, fomos alvo de notícia nas estações televisivas, bem como noutros órgãos de comunicação social. Quando demos conta, todos falavam da Flor de Aveiro, e do nosso “Bolo Rei”. Recebemos encomendas de todo o País, inclusive além-fronteiras. Nessa altura chegamos a atingir durante alguns dias a nossa capaci-dade produtiva máxima.”

Em 2014 “repetimos a bem feitoria sendo premiados pela segunda vez, com a Medalha de Ouro. Para nós foi uma honra!

Não estou a falar só a nível comercial e vendas, mas sim dado as especificidades do concurso, que se tem tornado cada vez mais rigorosas e exigentes. O nosso “Bolo rei” ser considerado um dos melhores é gratificante para toda a equipa, dando-nos força para continuar a trabalhar.”

Por sua vez Rosário Guerra, da Briosa do Mondego”, de Coimbra, - Medalha de Ouro na categoria “Bolo Rainha” – as-sume que “este tipo de concursos tem sido de grande impor-tância para a pastelaria Briosa, uma vez que vêm comprovar a qualidade dos nossos produtos. As boas classificações que temos obtido têm sido um reforço positivo que mostra que es-tamos no caminho certo ao tudo fazer para preservar a auten-ticidade e tradicionalidade da nossa doçaria.”

A participação neste tipo de competição acontece porque “acredita que se trata de um evento sério e idóneo levado a cabo por duas instituições altamente conceituadas a nível na-cional. De salientar ainda que nos revemos no objectivo e âm-bito destes concursos por se destinarem a promover não qual-quer tipo de bolo rei mas o tradicional português.” “O impacto foi muito significativo, pois as vendas do bolo rainha medalha de ouro equipararam-se às do bolo rei o que constitui um facto extraordinário no nosso histórico”, acrescenta.

Concurso Nacional de Bolo Rei é a 3 de Dezembro

Premiados de 2014 realçam valorização dos produtos e impacto positivo nas vendas

Page 23: Gazeta Rural nº 259

23 www.gazetarural.com

Recorde-se que a quarta edição do Concurso Nacional do Bolo Rei Tradicional Português, pre-tende ser uma forma de motivar os produtores para continuarem a respeitar os modos de produ-ção, as receitas e o uso dos ingredientes genuí-nos, que permitem manter a qualidade, a tipicida-de e a diferença dos doces de Natal tradicionais; divulgar os genuínos Bolos Rei Tradicionais Por-tugueses bem como outros doces tradicionais e típicos da época do Natal e possibilitar ainda a valorização de outros bolos ou doces, tradicio-nais ou de base tradicional resultante da utiliza-ção de matérias-primas locais ou nacionais e que possam ser associados à época de Natal.

O Concurso está aberto a todos os produtores de “Bolo Rei”, que beneficiem do uso da marca colectiva de associação Équalificado; “Bolo Rei”, cujos produtores demonstrem que o seu produto continua a seguir o modo de produção tradicio-nal, cumprindo os requisitos constantes do Docu-mento 029 CQ 01 – critérios para qualificação de produtos tradicionais, aprovado pela QUALIFICA e outros bolos ou doces de Natal, de base tradi-cional.

Concursos de Doces de Fruta e Frutos Secos

O Centro Nacional de Exposições vai ser palco de outras competições como o quarto Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portu-gueses, a 26 de Novembro, e o quarto Concurso Nacional de Frutos Secos Tradicionais Portugue-ses, a 27 de Novembro.

Estas iniciativas, que o CNEMA realiza em con-junto com a Qualifica, têm como objectivo esti-mular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo, promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciado-res.

Com a promoção destas actividades o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas pretende premiar, promover, valorizar e divulgar a qualidade, especificidade e a diversidade dos produtos portugueses.

As competições decorrem no âmbito da 53ª Feira Nacional de Agricultura / 63ª Feira do Riba-tejo e de outras acções como os Concursos Na-cionais de Queijos, de Enchidos, Ensacados e Pre-suntos, de Carnes Qualificadas, de Mel, de Azeite Virgem Extra, de Doçaria Conventual e Popular, de Conservas de Pescado, de Pães, Broas, Folares e Bôlas, de Licores, de Azeitonas de Conserva, de Ervas Aromáticas e de Sal, de Vinagres e de Cho-colates e do Salão Prazer de Provar.

Page 24: Gazeta Rural nº 259

24 www.gazetarural.com

Gazeta Rural (GR): Quer afirmar Aguiar da Beira com uma marca distintiva. Num concelho eminentemente ru-ral, a gastronomia é um bom meio para afirmar o con-celho?

Joaquim Bonifácio (JB): Não tenho dúvidas. A prova evi-dente é que as pessoas sabem que em Aguiar da Beira podem apreciar pratos variados e de qualidade ímpar. Sem desprimor para os concelhos limítrofes, nenhum tem a qualidade da res-tauração como Aguiar da Beira, que entre muitas outras ra-zões, tem nos nossos produtos endógenos uma marca de di-ferenciação.

Quem nos visita, pode contar com o saber receber das nos-sas gentes e, nos nossos restaurantes, degustar pratos confec-cionados com a arte tradicional e os sabores de antigamente.

GR: Aguiar da Beira pertence a Região Demarcada de Queijo Serra da Estrela. Como está o sector da produ-ção de leite e queijo?

JB: Pode considerar-se uma boa produção. Neste momen-to temos seis queijarias licenciadas e qualidade no queijo aqui produzido, para além da grande expressão da indústria dos lacticínios no concelho, que, com as atuais três unidades de transformação de leite, permitem a criação de postos de tra-balho e o escoamento do leite aos produtores locais, reflec-tindo assim a mais-valia deste sector. Da parte da autarquia

Diz o autarca Joaquim Bonifácio

Aguiar da Beira “quer afirmar-se” pela gastronomia

No interior do país a aposta no sector primário é crucial para manter as pessoas e evitar a sua fuga para a cidade, criando condições para que tenham melhor qualidade de vida. É o que acontece em Aguiar da Beira, um concelho do distrito da Guar-da, que procura tirar o maior proveito daquilo que a terra dá.

A autarquia local, liderada por Joaquim Bonifácio, tem procurado dar respostas ao sector primário do concelho, com um Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor bastante activo, que procura responder às solicitações que lhe são colocadas, mas também uma restauração que aproveita o que de melhor vem da terra para as suas ementas, mantendo-se assim a genuinidade de uma gastronomia que cada vez mais procura os sabores de outros tempos. É neste quadro que o autarca de Aguiar da Beira pro-cura afirmar o seu concelho com uma marca distin-tiva. Joaquim Bonifácio diz que a gastronomia é um bom meio para atingir tal desiderato e atrair gente ao concelho.

Page 25: Gazeta Rural nº 259

25 www.gazetarural.com

continuamos a apoiar todos aqueles que se dedicam à sua produção.

Temos alguma dificuldade em sensibilizar os mais jovens para esta actividade, que muita riqueza traz para o concelho. O Queijo Serra da Estrela aqui produzido é um produto con-feccionado de maneira artesanal e muito procurado, não só no país, como nalgumas partes do mundo, nomeadamente no chamado ‘mercado da saudade’.

GR: O sector primário do concelho é marcado pela pecuária

e pela fruticultura?JB: O sector primário é a actividade económica com maior

expressão no concelho. Na fruticultura temos uma produção anual na ordem das quatro mil toneladas de maçã, bem como cerca de 150 toneladas de castanha. Aliás, a câmara municipal tem investido bastante no sector da castanha e, para o efeito, assinámos um protocolo institucional com a UTAD para a cria-ção de um Centro de Interpretação Vivo do Castanheiro e da Castanha.

Também o Gabinete de Apoio ao Agricultor tenta dar respos-tas aos problemas que os nossos agricultores lhe colocam, não

só esclarecendo, mas também prestando apoio na elaboração de candidaturas a fundos comunitários, tudo isto para que sin-tam que podem ter alguma valia económica. Aguiar da Beira, e a sua população, tem que viver com aquilo que tem e para isso temos que aproveitar ao máximo os nossos recursos e produzir bem.

GR: Tem aparecido gente jovem com novos projectos?JB: Têm aparecido jovens à procura de informações nas áre-

as da fruticultura, da avicultura e ciprinocultura e como avan-çar com processos de candidaturas a fundos comunitários. É bom lembrar que em Aguiar da Beira se produzem anualmente cerca de 10 milhões de frangos, o que para um concelho com a nossa dimensão é ótimo.

No sector da pecuária o efectivo é significativo e cifra-se em cerca de mil e duzentos bovinos, mil e quinhentos caprinos e quatro mil ovinos. Tudo isto gera pequenas indústrias e há al-gum investimento nesta área. É sempre bom ver gente jovem empreendedora e activa no nosso meio rural. É com este con-tributo que contamos para continuar a fixar gente nas nossas aldeias.

Page 26: Gazeta Rural nº 259

26 www.gazetarural.com

Gazeta Rural (GR): O que é hoje a Coape?Rui Costa (RC): A Coape é hoje uma cooperativa multis-

sectorial. Nos últimos quatro anos trabalhámos e organizá-mo-nos para dotar esta estrutura de um conjunto de valên-cias, por forma a podermos encarar o futuro com a confiança e sustentabilidade que os nossos associados e Mangualde merecem.

Sedeada em Mangualde

COAPE prepara novos projectos e “alterações profundas” na sua estrutura física

Criada em 1978 e com 4.730 associados, a Coo-perativa Agro-Pecuária de Mangualde (COAPE) tem vindo a crescer, apresentando-se hoje como uma instituição multissectorial e de referência não só a nível regional, mas também nacional.

O presidente da direcção da COAPE destaca o pa-pel da cooperativa no desenvolvimento do sector primário no concelho. Rui Costa destaca a Mberries, a OPLáctea e o Cideca, os novos projectos da CO-APE, bem como a criação de Organização de Pro-dutores de Leite. O dirigente diz que em breve estão “previstas alterações profundas na estrutura física da Coape”.

A Coape é hoje uma instituição de referência na região e no país, que responde aos anseios e necessidades dos seus associados em toda a sua abrangência, apresentando-lhes ainda novas propostas e modernizações visando a amplifica-ção do sector primário, nas plurais vertentes que o compõem. Nomeadamente, no acompanhamento de projectos, aconse-lhamento, escoamento da produção, promoção dos produtos endógenos e formação profissional no seu âmbito sectorial.

GR: O que representa o multisectorial?RC: Quando assumimos a direcção da Coape, esta era

apenas uma cooperativa constituída por duas secções: a de compra e venda e a de olivicultores, estando esta última de-sactivada. Neste momento, temos implementadas três novas secções, que são a Mberries, a OPLáctea, ovinos e caprinos, e o Cideca. A primeira centra-se na produção e exportação dos frutos vermelhos, estando já na fase de uma laboração muito profícua e que, a curto prazo, representará para a região um “apport” de três milhões de euros e em ritmo crescente. A se-gunda está na fase de conclusão e tem como principal objec-tivo valorizar o produto ‘leite’ de ovinos através da sua con-centração e ganhos em escala, gerando maior riqueza para os produtores de leite e estimulando a atracção pelo sector da pecuária, nomeadamente de jovens empresários

Page 27: Gazeta Rural nº 259

27 www.gazetarural.com

agrícolas com novos enfoques sectoriais. A terceira, o Cideca, é um centro de investigação, desenvolvimento, certificação e formação profissional, complementando as outras secções e apresentando exequíveis propostas nos domínios, não só da aprendizagem/formação, como também na investigação e desenvolvimento de novos produtos de valor acrescentado, ademais detendo a capacidade de os certificar, para a me-lhoria constante da qualidade dos produtos.

GR: Quais são os objectivos a curto e médio pra-zo?

RC: A curto prazo pretendemos dotar a secção Cideca com laboratório e cozinha industrial, equipamentos fundamentais para o trabalho de investigação e prestação de serviços aos associados, em domínios como análises diversas e certifica-ções várias. Antevemos também a possibilidade do Centro de Formação certificado pela DGERT vir a ser detentor de uma operativa Escola Profissional, direccionada para o sector pri-mário e em muito estreita colaboração com a oferta forma-tiva educacional existente no concelho, estreitando relações

com o Agrupamento de Escolas de Mangualde, proporcio-nando aos jovens um mais alargado leque de opções e, assim, obviando à sua saída para outros territórios.

Também está previsto a muito curto prazo o arranque da OP de leite, concentrando os nossos produtos numa linha de exequibilidade que vai da produção à conservação e comer-cialização. Numa lógica natural de crescimento, não acha-mos despiciendo protocolar com outros municípios limítrofes e instituições ligada ao sector, por forma a termos uma maior dimensão e capacidade interventiva.

A médio prazo estão previstas alterações profundas na es-trutura física da Coape, por forma a dar-lhe maior visibilida-de e a rentabilizar todo o seu potencial patrimonial de modo mais urbanisticamente aprazível e sugestivo.

Page 28: Gazeta Rural nº 259

28 www.gazetarural.com

O Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça prepa-rou um plano de investigação e inovação que visa melhorar a cortiça e obter montados mais produtivos e resistentes ao lon-go de três ciclos de produção, ou seja 27 anos.

A Agenda Portuguesa de Investigação e Inovação no Sobrei-ro e na Cortiça (Agenda 3i9), apresentada em Lisboa, envolveu 81 investigadores e técnicos de 27 entidades e assenta em cin-co planos funcionais: melhoramento do sobreiro, melhoria da produtividade, defesa contra pragas e doenças, qualidade da cortiça e acção territorial.

O acrónimo Agenda 3i9 reflecte o horizonte temporal da in-tervenção: o curto prazo, correspondente a um ciclo produtivo de nove anos, e o médio prazo, correspondente a três ciclos produtivos de nove anos. O documento destaca que esta filei-ra tem “características únicas para Portugal”, mas apresenta também “algumas fragilidades decorrentes da sua concentra-ção geográfica na bacia mediterrânica e da sua reduzida di-mensão global”.

Com a aprovação da Agenda 3i9, que será reavaliada no final

Preparado pelo Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça

Plano prevê melhoria da cortiça e montados mais produtivos em 27 anos

de cada triénio “para redefinição do rumo e estratégia, ficam “definidas as bases para, de acordo com o protocolo de for-malização do Centro e o compromisso assumido pelo Estado português, priorizar o acesso aos fundos comunitários”.

O sector vinícola é o principal utilizador dos produtos de cortiça, mas a fileira “não se esgota neste segmento, existindo um conjunto de segmentos complementares que aproveitam os subprodutos da indústria da rolha natural e de champanhe, material reciclado e cortiça virgem”, realça a A3i9.

Os montados de sobro, que sustentam a fileira da cortiça ocupam uma área de 2,1 milhões de hectares na região medi-terrânica, principalmente no sul da Europa, cabendo a Portu-gal cerca de 737 mil hectares, segundo os dados do inventário florestal de 2006.

A Agenda 3i9 acrescenta que os montados “são ecossistemas estáveis, ricos e complexos” que constituem “uma barreira efec-tiva contra a desertificação” e “desempenham um papel chave em diversos processos ecológicos como a conservação do solo, a regulação do ciclo da água e o sequestro de carbono”.

Page 29: Gazeta Rural nº 259

29 www.gazetarural.com

Um projecto da Associação de Criadores do Porco Alenteja-no para promoção de carne da raça em Espanha, França e Por-tugal integra a lista de 33 programas que a Comissão Europeia vai financiar. O projecto da ACPA, que visa promover a carne de porco de raça alentejana naqueles três países europeus, tem um orçamento de 465.645 euros, para três anos, tendo sido aprovado um co-financiamento de 232.822 euros por Bruxe-las.

O presidente da ACPA, Nuno Faustino, congratulou-se com a aprovação do co-financiamento do projecto pela Comissão Europeia, o que “é muito importante” e reflecte “o reconheci-mento de Bruxelas do potencial que a raça tem e o acreditar no desenvolvimento económico que pode vir a trazer a Portugal e sobretudo à região Alentejo”.

A aprovação do co-financiamento do projecto pela Comis-são Europeia reflecte também “o reconhecimento de Bruxelas da importância do sector do porco alentejano e do muito que pode vir a dar a Portugal e à Europa”, frisou.

Segundo Nuno Faustino, o projecto, que terá a maior par-te das acções centradas em Portugal, “pode ser um ponto de viragem importantíssimo na promoção do porco alentejano e,

Em Portugal, Espanha e França

Projecto de promoção de carne de porco alentejano recebe co-financiamento europeu

por esta via, vir a desenvolver todo o sector ligado à raça, desde a produção à indústria”.

A ACPA prevê que o porco alentejano, após o desenvol-vimento do projecto, venha a ter “uma nova dinâmica” e que “haja, de facto, mais consumo e, por esta via, mais produção e mais transformação”, admitiu.

No total, os projectos apro-vados de promoção interna e externa de produtos agrícolas europeus ascendem a quase 108 milhões de euros e captam perto de 54 milhões de euros da Comissão Europeia.

Dos 33 programas seleccionados, 20 destinam-se a promo-ver produtos no mercado interno e 13 em regiões ou países ter-ceiros, como China, Médio Oriente, América do Norte, Sudeste Asiático, Coreia do Sul, África, Rússia, Bielorrússia, Cazaquis-tão, Austrália, Noruega e países balcânicos.

Page 30: Gazeta Rural nº 259

30 www.gazetarural.com

A luta contra a desertificação do interior do país foi um dos objectivos da criação da EV Basto – Desenvolvimento Ru-ral Lda. Esta empresa pretende dinamizar a Região de Basto,

A câmara de Famalicão quer criar um Centro Interpretati-vo Ambiental e do Mundo Rural na zona este do concelho, um “depositário de memória e tradição” que dê a conhecer “a ri-queza arquitectónica” do local, avançou fonte autárquica.

A ideia passa por candidatar este projecto, que surge da

Recentemente apresentada

EV Basto quer dinamizar actividade agrícola na região

abrangendo os concelhos de Mondim de Basto, Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto, Ribeira de Pena, Fafe e Vieira do Minho.

A ambição da EV Basto é contribuir para o desenvolvimento rural da região através de uma parceria efectiva e comprome-tida entre a Associação de Desenvolvimento Rural, Mútua de Seguros e Multi-serviços - Mútua de Basto/Norte e a Espaço Visual – Consultores de Engenharia Agronómica Lda, com sede em Gondomar, ambas com provas dadas nas áreas da agricul-tura e pecuária, bem como nas áreas florestal e turismo.

A união do conhecimento intrínseco e acumulado ao longo de muitos anos da Mútua de Basto/Norte com o conhecimento estratégico da Espaço Visual, fará da nova empresa o motor indispensável para a prossecução da sua visão: um futuro onde as terras de Basto e os concelhos envolventes sejam vitais, produtivos e multifuncionais.

Neste sentido, a EV Basto pretende desenvolver um conjunto de acções que se prendem com a identificação de actividades rentáveis para a região, viradas para o exterior e com o objec-tivo de trazer as melhores práticas, exercitando, assim, as suas potencialidades; a promoção de organização de produtores; e a promoção e incremento de actividades já desenvolvidas na região; através de serviços de assessoria ao investimento e assistência técnica; apoio à gestão, formação profissional e marketing e divulgação das empresas.

Um “depositário de memória e tradição”

Famalicão quer criar Centro Interpretativo Ambiental e do Mundo Rural

ambição quer da autarquia, quer de entidades locais, a fundos comunitários, conforme explicou o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha. “O centro seria depositário de uma memória, de uma história, de um estilo de vida muito marca-do pela ruralidade mas em que a questão do património esteja bem presente. Estamos a falar de uma zona muito rica do pon-to de vista de património arquitectónico e a confluência dos rios também valoriza e caracteriza muito toda aquela região”, descreveu o autarca.

Paulo Cunha explicou que existem na região edifícios que poderão albergar o futuro Centro Interpretativo Ambiental e do Mundo Rural, vincando que se trata de uma zona “forte” ao nível do património e paisagem.

A garantia de que “logo que surja oportunidade” a câmara irá avançar com a candidatura foi já dada a uma das associa-ções locais que dinamiza a zona este do concelho de Famali-cão, aquando de uma visita à Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este - Engenho.

Nessa visita o presidente da instituição, Manuel Augusto, sugeriu mesmo a utilização da antiga Escola Pré-Primária de Jesufrei, uma das freguesias do Vale do Este de Famalicão, dis-trito de Braga.

Page 31: Gazeta Rural nº 259

31 www.gazetarural.com

Page 32: Gazeta Rural nº 259

32 www.gazetarural.com

O aumento do consumo da courgette, hortícola quase desconhecida há 15 anos, leva os agricultores a apostarem naquela cultura, contribuindo para o aumento da oferta no mercado nacional e para a redução das importações.

“Nos últimos dez anos, temos assistido a um crescimento do consumo da courgette que anda entre os 10 e os 15 por cento ao ano. Isto é absolutamente brutal, quando compa-ramos com outros hortícolas. Nestes últimos anos, o cresci-mento, situa-se entre os 5 e os 8 por cento”, afirmou Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, associação para a pro-moção de frutas e legumes.

Para este dirigente, o aumento do consumo está associa-do às propriedades da courgette, um bom laxante, facilita-dor da digestão e associada à alimentação saudável, sendo recomendada pelos nutricionistas a quem quer perder peso, substituindo a batata, sobretudo nas sopas, “100 gramas de courgette têm cerca de 16 calorias”.

António Miguel Francisco começou a dedicar-se a esta cul-tura há dois anos “porque, entre todas as culturas, é a mais fácil de fazer e a menos dispendiosa” e hoje tem cerca de dois hectares em estufa, área que é superior no Verão ao fazer a cultura ao ar livre.

Carla Miranda é outro exemplo. Produz courgettes apenas no Inverno, período do ano em que “há défice de produção no mercado nacional e os preços compensam”, rondando os 0,80 a 1,20 euros o quilograma, quando no Verão baixam para 0,50 euros, por haver mais área de cultivo, ao ar livre, e mais oferta.

Os dados agrícolas anuais do Instituto Nacional de Estatís-tica (INE) revelam que a produção de courgettes começou a ter expressão em 2011, ano em que teve uma área de cultivo de 489 hectares e uma produção de cerca de 19 mil tonela-das. Em 2013 chegou a atingir as 20 mil toneladas, mas em

2014 baixou para cerca de 18 mil, apesar de ter chegado aos 615 hectares de cultivo.

Os agricultores responderam de tal modo às necessidades de consumo que inverteram a balança comercial. Em 2014 “exportámos 11.800 toneladas e apenas importámos 8.000”, sublinhou Manuel Évora. Por isso, é uma produção com “po-tencial de crescimento”. Por um lado, no Inverno ainda não chega para satisfazer as necessidades de consumo do país e é importada. Por outro, a exportação acontece apenas no Verão, quando há excesso de oferta em Portugal e pode au-mentar face às necessidades de consumo também nos mer-cados externos.

A região Oeste é a maior produtora a nível nacional, com um rendimento anual de cerca de cinco milhões de euros e cerca de 10 mil toneladas para venda em fresco, seguindo-se o Ribatejo, onde a produção se destina à indústria.

O Oeste “tem um microclima muito específico, com clima ameno praticamente todo o ano”, explicou Carla Miranda, que pertence também à direcção da Associação Interprofis-sional de Horticultura do Oeste, para justificar que a região consegue produzir courgette todo o ano.

O Inverno “sem muito frio e sem grande ocorrência de gea-das” favorece o desenvolvimento da cultura em estufas, sem terem de ser aquecidas. Já o Verão, ao não atingir elevadas temperaturas e ter “neblinas e manhãs amenas” permite aos agricultores produzir courgette ao ar livre.

Pelo clima favorável, os agricultores no Oeste têm vindo a apostar na courgette em detrimento de outras culturas, como a alface, cujos “preços têm vindo a baixar”.

Entre Agosto de 2014 e o mês homólogo de 2015, o sector das frutas e legumes aumentou em 14 por cento as exporta-ções, passando de um volume de negócios de 1.120 milhões para 1.250 milhões de euros.

Desconhecida dos consumidores há 15 anos

Courgette é cultura da moda na região do Oeste

Page 33: Gazeta Rural nº 259

33 www.gazetarural.com

A Bayer CropScience Portugal recebeu certificação oficial de entidade formadora. Esta certificação, concedida pela DGERT – Direcção Geral Emprego e relações trabalho, é o reconhecimento oficial da capacidade da Bayer em executar formação.

A Bayer CropScience, através da Academia Bayer, tem como finalidade a promoção de boas práticas agrícolas que contribuam para um desenvolvimento sustentado da agricul-tura em Portugal, de forma a produzir alimentos em quanti-dade e qualidade, no respeito pelo Homem e Ambiente.

“Aprender com os melhores” é o lema da Academia Bayer, que traduz a constante preocupação pela qualidade de todas as vertentes e componentes do projecto formativo. Através de uma rede de parcerias nacionais com universidades e ins-titutos de referência (ex. Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV); Instituto Superior de Agronomia (ISA), Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD), Instituto Politécnico de Beja (IPB), Escola Superior Agrária

A Verallia Portugal recebeu o prémio das Estrelas da Co-municação 2014 da Saint-Gobain, pela sua campanha pu-blicitária composta por sete anúncios que promovem as ca-racterísticas do vidro apresentando alguns dos segmentos de mercado onde atua, ou seja, vinhos de mesa, espumantes, vinhos do Porto, cervejas, azeites, frascos e boiões.

A cerimónia decorreu em Paris, na Torre Eiffel, e recom-pensou esta campanha baseada na diferenciação que apre-senta o vidro como material de embalagem puro e de con-

Cerimónia decorreu em Paris, na Torre Eiffel,

Verallia Portugal recebe o Prémio “Estrelas da Comunicação 2014”

fiança, apontando como a melhor escolha para proteger as bebidas e os alimentos, realçando a beleza, a segurança, a transparência e a confiança das embalagens em vidro. Esta inovadora campanha publicitária apela, igualmente, ao lado emocional e pretende associar o vidro a valores e memórias.

A ‘Estrela da Comunicação’ foi entregue por Pierre-André de Chalendar, CEO da Saint-Gobain, a Jean-Pierre Floris, pre-sidente da Verallia, e Cristina Nobre, responsável de Marke-ting da Verallia Portugal.

“Aprender com os melhores” é o lema

Bayer CropScience Portugal recebe certificação pela Formaçãode Coimbra (ESAC), entre outros, associada à sua presença mundial em mais de 120 países, a Bayer criou plataformas de troca de conhecimento e experiencias, com especialistas nacionais e internacionais de renome, fundamentais para a competitividade dos agentes locais.

Nos últimos 4 anos, a Academia Bayer realizou mais de 60 acções de formação, em áreas como viticultura, entomologia, sanidade vegetal, técnicas de aplicação entre outras, passa-ram pelos cursos 1200 formandos, traduzindo-se em cerca de 13000 horas de formação. Os cursos são direccionados aos agentes de mercado da fileira agrícola, em especial na área da protecção das plantas.

A Bayer CropScience considera ser determinante contri-buir para a competitividade dos agentes de mercado da fi-leira agrícola, através da formação profissional de qualidade, no actual contexto de uma agricultura moderna e dinâmica, caracterizada por constantes avanços nas áreas técnico--científica e político-legislativas

Page 34: Gazeta Rural nº 259

34 www.gazetarural.com

Centro e quarenta apicultores, produtores e comerciantes de castanha e de outros produtos locais, além de entidades públicas e privadas, vão participar na XXVI Feira do Mel e da Castanha da Lousã, que vai decorrer de 20 a 22 de Novem-bro.

Promovida pela Câmara da Lousã, em colaboração com a Cooperativa Lousamel, a feira regista este ano «um cresci-mento na ordem dos 45%» em termos de adesão, segundo adianta a autarquia liderada por Luís Antunes. «Além dos já habituais apicultores, produtores e comerciantes de casta-nha e de outros produtos endógenos», o programa conta com a presença de instituições, tasquinhas e «uma significa-tiva mostra de artesanato do concelho e do país» e uma área destinada a produtos gastronómi-cos diversos.

O autarca da Lousã destaca «o facto de a zona exterior, onde será instalada uma tenda, passar de 600 para 1600 metros quadrados de área coberta, onde estarão ins-taladas também cinco tasquinhas dinamizadas por associações» locais. Todas as «inúmeras activi-dades» que integram o programa «são promovidas ou dinamiza-das» por instituições ou artistas do concelho da Lousã, no distrito de Coimbra.

A Feira da Castanha e do Mel da Lousã «é uma das mais antigas» mostras do género em Portugal, tendo sido «a primeira a expor e comercializar unicamente mel cer-tificado», com Denominação de Origem Protegida (DOP), dando expressão ao trabalho da Lousa-mel junto dos apicultores.

Com quase 27 anos de existên-

De 20 a 22 de Novembro, no Parque Municipal de Exposições

Feira do Mel e da Castanha da Lousã reúne apicultores e outros produtores

cia, a cooperativa responsável pela gestão da DOP Serra da Lousã reúne algumas centenas de produtores da região e exporta mel para a Alemanha, além de fornecer a rede de distribuição da Sonae, exportando igualmente «pequenas quantidades» para outros países, como Angola e Noruega.

Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Vila Nova de Poiares, nos distritos de Coim-bra e Leiria, são os municípios que integram esta região de mel certificado.

A feira decorrerá no Parque Municipal de Exposições da Lousã, com abertura oficial marcada para sexta-feira, dia 20 de Novembro, pelas 18 horas.

Page 35: Gazeta Rural nº 259

35 www.gazetarural.com

Pinhel foi o palco da primeira edição do festival “Beira Interior – Vinhos e Sabores” e o que se pode dizer é que “é para repe-tir”, tal o êxito desta iniciativa. O Pavilhão Multiusos da ‘Cidade Falcão’ recebeu 42 expositores, sendo 24 produtores de vinho e 18 de produtos endógenos da região e alguns milhares de vi-sitantes.

O evento promovido pelo município de Pinhel, em colabora-ção com a Comissão Vitivinícola da Beira Interior, mostrou “o melhor da Beira Interior”, como referiu o presidente da Câmara de Pinhel. Rui Ventura destacou o “potencial do território”, que diz ser merecedor de “um lugar de destaque” no panorama na-cional e internacional.

“A nossa aposta é continuar a mostrar e divulgar ao máximo os nossos produtos endógenos”, afirmou o autarca que deixou uma

Certame em Pinhel recebeu 42 expositores

Festival ‘Beira Interior – Vinhos e Sabores’ é “para repetir”

palavra de isentivo aos produtores “para que não desistam”. O certame mostrou aos visitantes alguns dos melhores vinhos

da Beira Interior, bem como outros produtos de qualidade da re-gião, como queijos, enchidos e doçaria. Este evento, segundo o autarca de Pinhel, “pretende ser uma forma de mostrar a nossa região, mas também de Pinhel”, afirmando a região como “um local de culto para os que apreciam as qualidades únicas” do vinho da Beira Interior, que é hoje, “um dos principais fatores de desenvolvimento económico nacional”.

Rui Ventura destacou a aposta do seu município neste evento, porque “Pinhel é um lugar privilegiado para a apresentação co-lectiva dos nossos produtos, como o vinho”, e que é “um aconte-cimento do maior significado, pela dinâmica que imprime a toda a região e na vida do nosso município”.

Page 36: Gazeta Rural nº 259

36 www.gazetarural.comF I C H A T É C N I C A

Ano XI - N.º 259Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando FerreiraOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 362, Loja 11, Fracção AH - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: [email protected] | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 ViseuTiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

Realiza-se a 20 de Novembro, em Vouzela, o seminário “Parque Natural Local Vouga-Cara-mulo (Vouzela): Uma Visão para o Futuro”. A iniciativa, que vai decorrer no Auditório Municipal 25 de Abril, a partir das 18 horas, contará com a participação do ex-eurodeputado e ex-secre-tário de Estado da Agricultura, António Campos. O antigo governante vai partilhar a sua experi-ência e reflectir sobre o Parque Natural Local enquanto factor de desenvolvimento do concelho e da região, abordando algumas perspectivas da sua dinamização futura.

Participam ainda no seminário a deputada e ex-vice-reitora da Universidade de Coimbra, He-lena Freitas, o reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva e o reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), António Fontainhas Fernandes.

A ocasião servirá também para se proceder à assinatura do protocolo entre o Município de Vouzela, a Universidade de Coimbra e a UTAD, com vista à criação do Centro de Competências do Carvalho e das Folhosas Autóctones.

O Parque Vouga-Caramulo é um projecto do Município de Vouzela que pretende conjugar a preservação do território e do património natural com a dinamização da economia local e do turismo, sendo considerado uma peça importante da estratégia de desenvolvimento do con-celho.

Com a participação do antigo eurodeputado António Campos

Seminário propõe visão para o futuro do Parque Natural Vouga-Caramulo

Integrado no programa do Festival Gastronómico “Mês dos Míscaros e do Sarrabulho”, que decorre durante este mês de Novembro em vários restaurantes de Penacova, a autarquia local promoveu mais uma edição da Feira do Mel e do Cam-po. No evento houve exposição e venda de produtos agrícolas, com destaque para o mel, que esteve na génese do mesmo.

“Quando chegamos a Câmara, em 2010, entendemos que este evento tinha potencial”, pelo que “iniciamos um processo para o seu desenvolvimento, associando, ao tradicional ma-gusto, a exposição de mel e outros produtos do campo”, afir-

Referiu o presidente da Câmara, Humberto Oliveira

Feira do Mel e do Campo pode ser “um evento

de cariz regional”

mou o presidente da Câmara de Penacova. Hoje, prosseguiu Humberto Oliveira, “é um evento concelhio, com potencial, e com mais algum investimento pode afirmar-se como um dos principais certames com estas características na região, valo-rizando os produtos da nossa agricultura e da nossa pecuária”.

Page 37: Gazeta Rural nº 259

37 www.gazetarural.com

BrevesOficina de Cogumelos Silvestres na Porta do MezioA ARDAL – Porta do Mezio, em Arcos de Valdevez, vai organizar uma oficina de Cogumelos Silvestres, no dia 21 de Novembro, entre as 9,30 e as 13 horas. Esta iniciativa tem como objectivo sensibilizar os participantes para a biodiversidade, importância ecológica e preservação dos cogumelos silvestres, transmitir aos participantes as regras para a colheita de cogumelos de modo sustentável e dotar aos mesmos noções sobre a sua identificação de forma segura. O programa inclui uma palestra sobre Introdução aos cogumelos silvestres e uma saída de campo nas imediações da Porta do Me-zio para recolha e identificação dos cogumelos recolhidos com recurso a chaves de identificação e guias de campo. No final haverá uma degustação de cogumelos e outros petiscos regionais.

Sernancelhe organiza a Expo-Protec de 20 e 22 de NovembroOs Bombeiros Voluntários locais e o Município de Sernancelhe organizam, entre 20 e 22 de Novembro, a Expo-Protec, Feira de Actividades, Segurança e Protecção Civil, certame que será uma montra das novidades do sector e contará também com diver-sas acções práticas, como o “masstraining” de suporte básico de vida, na Escola Profissional de Sernancelhe, bem como reuniões da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu e dos Gabinetes Técnicos Florestais de 24 concelhos.A iniciativa, única no norte do País, acontece pela segunda vez em Sernancelhe. A primeira edição, em 2012, foi um sucesso, razão pela qual a organização viu renovado o apoio da Liga dos Bom-beiros Portugueses, Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, AutoridadeNacional de Protecção Civil, Guarda Nacional Republicana, Cruz Vermelha Portuguesa, INEM eAssociação Sementes da Terra.No Expo Salão de Sernancelhe vai ser possível, quer a profissio-nais do sector, quer a bombeiros e Instituições particulares de solidariedade social, ficarem a conhecer os novos equipamentos disponíveis no mercado, indispensáveis ao trabalho diário dos bombeiros, das equipas de emergência, das forças de seguran-ça e de todos os organismos que trabalham no socorro a pesso-as e bens. Estarão presentes 25 expositores, entre empresas do sector, organismos ligados à emergência médica como o INEM, Força Especial de Bombeiros e Autoridade Florestal Nacional. Em simultâneo, a Expo-Protec pretende afirmar-se como um espaço de formação e informação, estando prevista, na sexta-feira, dia 20, para os alunos do curso de Saúde da Escola Profissional de Sernancelhe, um “masstraining” de suporte básico de vida.

Monchique recebe congresso “Medronho – um produto de excelência”Monchique é o palco do congresso “Medronho – um produto de excelência”, que se vai realizar a 20 de Novembro, e que pretende dar a conhecer as potencialidades do medronheiro, a realidade da cultura do medronho e promover o aproveitamento enquanto fruto e as suas diferentes aplicações.O evento, realizado no âmbito do Festival do Medronho organi-zado pela Câmara de Monchique, reúne diversas entidades e es-pecialistas nesta matéria, que pelo seu conhecimento científico e tecnológico “irão contribuir para a projecção do medronho nas suas múltiplas vertentes”.Esta espécie típica do nosso país, que sempre teve importância a Sul, enquanto actividade económica ancestral, o medronheiro tem vindo a apresentar um crescente interesse para diversos fins,

nomeadamente o seu aproveitamento gastronómico, mas tam-bém para produtos derivados, como aguardente e compotas. A sua cultura é vista como uma boa alternativa económica no cen-tro e norte do país.

Feira de Artesanato e Gastronomia de Vila RealDe 27 a 29 de Novembro decorre mais uma edição da FAG - Fei-ra de Artesanato e Gastronomia de Vila Real, numa Organização da NERVIR - Associação Empresarial em parceria com a Câmara Municipal de Vila Real.O Pavilhão de Exposições da NERVIR está já praticamente com-pleto, com artesãos das mais diversas áreas, nomeadamente, artigos em pele, cestaria, olaria e couro, trabalhos em linho, bi-juteria, bordados, madeira, granito e muitos outros artigos únicos e originais, feitos ao vivo e fruto da criatividade dos nossos arte-sãos; e também a gastronomia, com o fumeiro, os doces tradicio-nais e conventuais, compotas, mel e outras iguarias.Visitar a FAG 2015 é uma forma de privilegiar a economia regional, privilegiando as pequenas empresas, que continuam a preservar no tempo o que outrora constituiu, na economia e na mesa, a nossa identidade e a nossa cultura.

AGIM promove formação prática em podas de mirtilos Numa iniciativa da AGIM - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial, vão decorrer no final do mês de Novembro duas formações teórico-práticas em podas de mirtilos. A primeira formação em podas de mirtilos vai acontecer no dia 27 de Novembro na Figueira da Foz, enquanto a segunda terá lugar no dia seguinte em Oliveira de Azeméis.Esta formação será dividida em duas partes: a primeira será teóri-ca e nela serão explicados aos participantes os princípios básicos da poda, os tipos de poda existentes e as boas práticas para a re-alização desta importante tarefa. De salientar que, na formação da Figueira da Foz, iremos contar também com a presença de um técnico inglês, da empresa Maxstim, que irá falar sobre substratos orgânicos. A segunda parte da formação será prática, em que os participan-tes irão para o pomar de mirtilos onde podem observar o que an-teriormente foi explicado na teoria e podem eles próprios podar as plantas de mirtilo e, deste modo, colocar em prática os conhe-cimentos que adquiriram.

Adega de Vidigueira convida para mês pleno de actividades A Adega de Vidigueira promove pelo segundo ano consecutivo o “Mês do Vinho”, uma iniciativa que convida a conhecer e celebrar as tradições vínicas da região. As diversas actividades, como vi-sitas, Cante Alentejano, petiscos, apresentação de novos produ-tos, e claro a prova de vinho novo de Talha, que irão decorrer na própria Adega e começaram a 6 de Novembro e terminam a 6 de Dezembro. A finalidade do ‘Mês do Vinho’ é “chamar as pessoas a conhecer a Adega, dar continuidade à tradição e apresentar novos produ-tos, proporcionando experiências únicas”, referiu o presidente da Adega de Vidigueira. “Queremos partilhar com as pessoas da ter-ra, e convidar as de fora, a assinalar e celebrar a nossa actividade, não só com a prova do vinho novo de Talha, que é uma tradição que desejamos preservar e renovar, mas alargar este momento abrindo as nossas portas durante todo o mês com um programa intenso e variado”, diz Miguel Almeida.Além da animação programada ao longo do mês os visitantes te-rão acesso a promoções especiais na loja da Adega de Vidigueira, que estará aberta durante os fins-de-semana, em que decorre a iniciativa.

Page 38: Gazeta Rural nº 259

38 www.gazetarural.com

O melhor da gastronomia de caça alentejana pode ser de-gustado em Mora, durante a XX Mostra Gastronómica que decorre de 28 de Novembro a 13 de Dezembro. Organizado pela edilidade local, o evento decorre em 12 restaurantes do concelho.

Entre as iguarias que vão estar nesta mostra gastronómica de caça, que apresenta mais de 40 receitas, destaque para o coelho bravo assado na brasa, patê de coelho, patê de ja-vali, lombos de veado; pombos bravos c/ toucinho; canja de pombo; ensopado de veado; sopa da panela; javali no forno; lebre c/ feijão branco; coelho de vinagrete; faisão à solar dos lilases; peito de pato bravo c/ molho de mostarda à antiga e perdiz à dona Bia, entre muitos outros.

A marcar o início do evento, tem lugar um jantar de inau-guração no dia 28 de Novembro na Quinta de Santo António que dá à prova a cerca de 200 gourmets perto de 20 pratos de Caça, metade dos que vão estar presentes durante a Mos-tra nos diferentes restaurantes do concelho. Há 20 anos que Mora oferece a oportunidade única de provar caça de todos as formas e feitios, num evento que já entrou nas tradições gastronómicas da região e do Alentejo.

De 28 Novembro a 13 Dezembro

Evento mostra a melhor gastronomia de caça do concelho de Mora

Page 39: Gazeta Rural nº 259

39 www.gazetarural.com

Page 40: Gazeta Rural nº 259

40 www.gazetarural.com

Saiba muito mais emwww.tintonobranco.pt

e www.facebook/municipioviseu

Parceiros:Patrocinadores:

VISEUSOLAR DO

VINHODO DÃO

4 - 6 DEZEMBRO

A LITERATURAPOSTA À PROVA.

Organização: