Gazeta Imperial Dezembro 2012
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7/30/2019 Gazeta Imperial Dezembro 2012
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GazetaImperialJornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Dezembro de 2012 Ano XVII Nmero 203 www.brasilimperial.org.br
Pg. 14
A Repblica temum problemasrio degovernabilidade,que fora
o Brasil a sergerido atravs dacorrupo.
Prncipe Dom Rafael de
Orleans e Bragana
Um feliz Natal e um prspero Ano Novo!!!
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02
Gazeta
ImperialA Gazeta Imperial uma publicao do Instituto Brasil Imperial. Artigos,
sugestes de reportagens, divulgao de eventos monrquicos e imagens
podem ser enviados para [email protected]
Comendador Antonyo da CruzPresidente do Instituto Brasil Imperial
Alessandro Padin
Editor e jornalista [email protected]
Antonyo da CruzPresidente do Instituto Brasil Imperial
Palavra do Presidente
Mensagem de Natale Ano NovoChegamos ao final de mais uma etapa e a vem aquela pontade esperana. Esperana em Jesus, o menino Deus que deusua vida para nos salvar.
Natal o aniversrio de JESUS, isso tudo, to simples e tolindo. Natal a ternura do passado, o valor do presente e aesperana do futuro.O Natal comeou no corao de Deus. S est completoquando alcanar o corao do homem. Natal a Luz, o sm-bolo de Jesus, que nasce em nossos coraes neste Natal. a Crena em Jesus filho de Maria e Jos que nos faz acredi-tar que no primeiro dia do ano novo tudo ir mudar. a vira-da, o tempo dos sonhos. 2013 traz a esperana de dias mel-hores.Basta acreditar. O importante acreditar. Para isto, precisobuscar esta chama de esperana que est dentro de cadaum e faze-la brilhar. 2013 o ano da fora, da coragem. Deabraar os desafios e vence-los. Porque no h vitria semsacrifcio. E no h sacrifcio sem vitria.Acreditem, confiem. Esta a verdadeira f. Aquela que nos dforas para continuar. Confiem e alcancem os sonhos, poisa vida feita de sonhos e sem eles a caminhada no temsentido, muito triste e solitria. Acreditem e os sonhos serealizaro. Que o amor seja a marca mais profunda em tudoque for planejado, realizado e vivenciado no ano que est porvir!Em nome da Diretoria e do Conselho do Instituto Brasil Impe-rial, desejo a todos um Feliz Natal e que o Ano Novo, cheguecom muita luz, paz, prosperidade e com a f que tudo realiza!
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03Artigo
NO CAMINHO CERTOOU PETRPOLIS +10Bruno Hellmuth
Conselheiro do Instituto Brasil Imperial (IBI)
No dia 22 de n ovembro de 2012,
um dos jornais de maior circu-
lao no Brasil, publicou um ar-
tigo com o ttulo Entre o Estado
e o governo, assinado por Jorge
Maranho, publicitrio que, com
a sua organizao A Voz do Ci-dado, luta para difundir a
cultura de cidadania entre ns.
Infelizmente ainda somos um
povo
carente dessas noes essen-
ciais ao convvio civilizado numa
sociedade que se pretende
democrtica.
Neste artigo, o autor apresenta
aos leitores uma excelente ex-
plicao para as diferenas en-
tre chefia de Estado e chefia degoverno, usando como exemplo
a atuao da atual Presidente
da Repblica nestas duas fun-
es. Para feliz surpresa nossa,
logo no primeiro pargrafo, salta
aos olhos uma meno ao Poder
Moderador do Imprio. Na ver-
dade, a nossa alegria s e deveu ao
fato de o Sr. Jorge Maranho ter
participado, como palestrante,
da Jornada Monarquista do Rio
de Janeiro, h exatamente um
ano. Perguntado, via mensagem
eletrnica, se esta meno ao
Poder Moderador seria um eco
da brilhante palestra proferida
pelo Prof. Gasto Reis, naquela
mesma ocasio, res pondeu que,
de fato, havia sido convencido
por aquele grande lder do nosso
Movimento do importante papel
que a reintroduo daquele Quar-
to Poder no sistema de governo
do Brasil poderia desempenhar
na soluo dos graves defeitosda organizao poltica de que o
pas padece h 123 anos.
Esta histria acima relatada
demonstra, claramente, que ns
monarquistas temos propostas
consistentes para o Brasil. E que
temos slidas razes para ser-mos levados, cada vez, mais a
srio. Comprova tambm como
fundamental a promoo de
seminrios com a participao
de personalidades no- monar-
quistas, principalmente quando
se trata de conhecidos forma-dores de opinio como foi o caso
em questo.
Por coincidncia, h exatos
dez anos, ou seja, em 23 e 24
de novembro de 2002, na Ci-
dade Imperial de Petrpolis, pela
primeira vez, aps o plebiscitode 1993, um grupo de monar-
quistas se reuniu para discutir
estratgias visando Restau-
rao da monarquia parlamen-
tar, que tanto permitiu avanar
Esta histria relatada demonstra, claramente, que ns monarquistas temos propostasconsistentes para o Brasil. E que temos slidas razes para sermos levados, cada vez,mais a srio. Comprova tambm como fundamental a promoo de seminrios com aparticipao de personalidades no- monarquistas, principalmente quando se trata deconhecidos formadores de opinio como foi o caso em questo.
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04em termos poltico-institucionais
ao longo da segunda metade do
sculo XIX.
As idias lanadas naquela oc-
asio foram melhor desenvolvi-
das e sedimentadas nas reunies
sequenciais de fevereiro e junho
de 2003. Aps cada um destes
tres eventos, foram redigidos
relatrios, dando origem s con-
hecidas Cartas de Petrpolis, de
So Paulo e do Rio de Janeiro.
Naqueles documentos, j se en-
contram recomendaes no sen-
tido de trazermos formadores de
opinio no-monarquistas para
os nossos debates. O artigo do
Sr. Jorge Maranho, mencion-
ando o Poder Moderador, uma
prova de que pelo neste pontoas Cartas estavam indicando o
caminho certo a seguir.
Se grupos monarquistas de
todo o pas se animarem a re-
alizar seminrios, regularmente,
seguindo este modelo de debate
com simpatizantes e no monar-
quistas, simultaneamente a um
trabalho de colaborao com
a Famlia Imperial para que os
Pretendentes ao trono alcancemcrescente visibilidade poltica
e ainda avanarmos, paralela-
mente, na gesto organizacion-
al e financeira do Movimento
Monarquista, teremos grandes
possibilidades de, em poucos
anos, tornarmos a proposta da
monarquia parlamentar uma im-
portante fora poltica em nosso
pas.
Em especial, no sentido de fazer
com a opinio pblica entenda
que o poder fiscalizado, e pron-
tamente punido quando extrapo-
lar seus limites legais, a mel-
hor receita para o bom governo.
justamente por isso que a res-
taurao do Poder Moderador
to importante, como percebeu
o ilustre Jorge Maranho. Uma
soluo que j foi parte de nossa
Histria e que nos trouxe imen-
sos prejuzos nas reas poltica,
social, econmica e cultural ao
ser extirpado de nossas institu-ies pelo golpe que instaurou a
repblica.
Rio de Janeiro, 10 de dezembro
de 2012
Bruno Hellmuth
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05
Lus Severiano Soares RodriguesEconomista, ps-graduado em histria, scio
correspondente do Instituto Histrico e
Geogrfco de Niteri e Artista Plstico
O processo de criao e con-
solidao das instituies, bem
como a sua constante atual-
izao, s possvel com o con-
curso de indivduos imbudos
nesse mister de serem membros
de um corpo preparado para,
quando necessrio, realizar com
eficincia e eficcia, aquilo que
dele se espera. E numa institu-
io como a Marinha Brasileira,
que se confunde com a nao
brasileira e esta fadada a exis-
tir enquanto houver a ptria bra-
sileira, o cumprimento dos seus
objetivos, se d pelo constante
dilogo de geraes que se suce-dem no seu comando, ao longo
da sua existncia, atravs da ca-
maradagem que uni os homens
e mulheres de marinha aos lon-
go de suas carreiras, principal-
Artigo
Todos s falam em
MAURITYmente pelos exemplos positivos,que as novas geraes de obri-gam a perpetuar.Nessa perspectiva,
podemos exemplificar num mo-
mento crucial da vida brasileira,
como foi a guerra do Paraguai,
o quanto uma gerao de jo-
vens oficiais, como os futuros
almirantes Saldanha da Gama,
Custdio de Melo, baro de Ja-
ceguai, Alexandrino de Alencar
e Cordovil Maurity, entre outros,
aprenderam e se motivaram com
o desprendimento e a dedicao
de seus comandantes como o
marqus de Tamandar, o vis-
conde de Inhama, o baro do
Amazonas e o baro de Angra,
entre outros oficiais superiores.Um caso a se destacar
o do almirante Joaquim Antnio
Cordovil Maurity, nascido na ci-
dade do Rio de Janeiro a 13 de
ja ne iro de 18 44 , fi lh o de Ja co b
Maria Maurity, portugus, e de
Joaquina Eullia Cordovil de
Siqueira e Melo, esta do cl dos
Cordovil, clebres provedores da
fazenda real ao tempo dos vice-
reis, aos quais se deve o bairro
de mesmo nome na cidade do
Rio de Janeiro, onde se localiza-
va o engenho do provedor, como
nos conta o saudoso genealogis-
ta, Dr. Waldyr da Fontoura Cordo-
vil Pires. O alte. Cordovil Maurity
teve cinco irmos e irms.
Ingressando na Academia de
Marinha em 1860, aps passar
pelo imperial colgio de Pedro II,
em 1862 guarda-marinha, em
1864 2 tenente da Armada. Ten-
do o Imprio sido covardemente
atacado pelos paraguaios, Cor-dovil Maurity j a 28 de janeiro
de 1866 se encontrava em Mon-
tevidu, se preparando para en-
trar em combate, no esforo de
guerra que faria os paraguaios
pagarem caro a ousadia de inva-
direm o solo sagrado do Imprio
do Brasil.
Cordovil Maurity participou
de vrias operaes onde o
poder de fogo da Armada se fez
necessrio, desde o bombardeio
do forte de Itapiru, a passagem
do Passo da Ptria, os ataques
s fortalezas de Curuzu e Curu-
paiti, tendo no primeiro caso par-
ticipado da ao conjunta com o
exrcito na formao da cabea
de ponte, para desembarque das
tropas para a tomada daquela
fortaleza. No reconhecimento e
ataque a Curupaiti, mesmo ferido
em combate, sustentou frente
de sua nave o bombardeio que-
la fortaleza, merecendo elogiona ordem do dia do seu coman-
dante. A essa altura Maurity j
era 1 tenente, no entanto o di-
visor de guas na sua carrei ra foi
passagem de Humait.
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06A fortaleza de Humait, at en-
to inexpugnvel, era o principal
objetivo da guerra e a passagem
por ela seria o primeiro passo
para a sua tomada e destruio.
Aps a sua tomada o ditador
paraguaio s faria recuar at
a derrota final. Assim, na oper-
ao para a passagem por ela,
coube ao tenente Cordovil Mau-
rity comandar o monitor Alagoas,
do total de quatro monitores em
um total de seis embarcaes
envolvidas na operao. Nesse
combate os navios brasileiros
tinham de atacar a fortaleza,
manterem-se fora do alcance
da mesma e defenderem-se das
chatas artilhadas e canoas que
os paraguaios usavam para ten-
tar aborda-los. Seguia o Alagoasunido ao Bahia, conseguem os
paraguaios, separa-los, segue
ento o Alagoas, s tentando
pela segunda vez passar o obs-
tculo, tendo dificuldade no seu
deslocamento o comandante da
esquadra sinaliza para o Alagoas
fundear, ao que o 1 tenente
Maurity no toma conhecimento
e tenta a terceira investida, con-
seguindo passar, mas o navio
atingido pelo fogo da fortaleza,um segundo tiro certeiro avaria a
mquina do navio que, a deriva,
retrocede rio abaixo sob fogo in-
imigo, num esforo hercleo sua
tripulao conserta as avarias,
para pela quinta vez investir con-
tra Humait, certamente, tendo
os paraguaios no acreditando,
ser aquilo possvel. Dessa vez o
Alagoas passa definitivamente
pela fortaleza, at ento inex-
pugnvel e que ao trmino da
guerra ser apenas runas, para
os paraguaios se lembrarem da
mo pesada do Imprio. Mas rio
acima o Alagoas ainda deparar-
se-ia com muitas canoas tentan-
do abord-lo, mas sua tripulao
protegida no seu interior abrira
a metralha e encheram o rio
Paraguai de corpos paraguaios
e afundam as ditas canoas.
Rio acima fora a passagem de
Timb, posio mais modesta
dos paraguaios, mas no menostemvel para uma embarcao
seriamente atingida quanto o
Alagoas. Ao fundear nas guas
do Tai, se contabilizou 200 acer-
tos paraguaios no casco do mes-
mo, tendo o navio de ser encal-
hado para no afundar e poder
ser reparado. A insistncia de
Maurity em vencer o obstculo,
mesmo correndo todos os riscos,
fez com seu nome passasse a
ser conhecido em todos os quad-
rantes do Brasil, e tambm aos
olhos dos seus comandantes,
como homem de coragem e de-
terminao. Como vemos nas
palavras do Visconde de Inha-
ma, ao dirigir-se a Armada: em
nome, pois da nao brasileira,
da honra e do brio, dirijo meus
louvores ao senhor Chefe da 3
Diviso, aos bravos comandan-
tes, oficiais e guarnies que os
acompanharam tornando-se mais
salientes e, por conseguinte dig-
no de colher a mais importanteparte dos louros da vitria, o
senhor Primeiro-Tenente Maurity,
comandante do Alagoas, pelo seu
belo e muito especial comporta-
mento nesse dia, apud. Cordovil
Pires, pag.21. Vale ressaltar tam-
bm ter Maurity granjeado tam-
bm a simpatia e a admirao do
comandante em chefe da tropas
aliadas, o sr. Marqus de Caxias.
As propores que tal fama atin-
giu, podemos medir pelas pala-vras do visconde de Taunay em
suas Memrias, quando fala do
seu retorno aos campos para-
guaios, aps a retirada da La-
guna, dessa vez como secre-
trio do marechal conde d`Eu,
comandante em chefe das foras
aliadas na ltima fase da cam-
panha: o meu objetivo era a
glria, glria em todos os senti-
dos, militar, literrio!... Pensava,
ento, poder subir, subir muito
alto, tornando-me conhecido em
todo o Brasil, assim uma espcie
de Maurity, cujo nome era to
aclamado desde a clebre faan-
ha na passagem pelas baterias
de Humait, a 18 de janeiro de
1868. Era, com efeito, difcil
gozar de mais popularidade do
que este oficial da marinha. (...)
Naquele tempo, porm, no se
falava seno em Maurity, e por
toda a parte, cidades do litoral
e do interior o aclamavam e da-vam-lhe brilhantes e seguidas
festas, pag. 315.
Em outras homenagens, vemos
15 marcas de cigarro com seu
nome em Pernambuco, inclu-
sive a da fbrica Arajo que na
embalagem estampa o seu re-
trato sendo coroado com louros,
e em baixo uma faixa o seu
nome e patente Capito-tenente
Joaquim Antnio Cordovil Mau-
rity. Pelo decreto n 1613 de 10
de julho de 1869 concedida aobaro da Passagem (Delfim Car-
los de Carvalho) chefe de diviso
e ao Capito-Tenente Cordovil
Maurity uma penso anual de
1:200$000, pelo extraordinrio
feito na passagem de Humait.
Pelo seu intrpido val or, fez Mau-
rity jus as Imperiais Ordens: de
Cristo, da Rosa, do Cruzeiro e de
So Bento de Aviz, recebeu tam-
bm a Medalha Geral da Cam-
panha do Paraguai, a Medalha
da Passagem de Humait, asmedalhas da campanha do Para-
guai das repblicas, nossas alia-
das, Argentina e Uruguai, e ainda
o Mrito Militar.
Ao terminar a Campanha do
Paraguai, Maurity j Capito-
Tenente, chegando a Almirante
em 1903. Sua carreira foi um
constante ascender, tendo ex-
ercido vrias e dignssimas co-
misses, alm de cargos e em
associaes recreativas e de es-tudos de sua profisso, pois veio
a ser o segundo presidente do
Clube Naval, de 19/04/1885 a
11/06/1886, quando ainda era
capito de mar-e-guerra, alm
de figurar entre os scios funda-
dores do mesmo. Na carreira re-
alizou viagens de estudo e aper-
feioamento, notadamente no
campo da artilharia naval. Rep-
resentou o Brasil na conferncia
Martima em Washington, para
onde foi, em 1889, com carta
de recomendao do Imperador
ao cientista Louis Agassiz, onde
SMI diz dos mais distintos ofi-
ciais da marinha do meu pas,
comandava o pequeno monitor
Alagoas, que cortou sob o fogo
das baterias da fortaleza de Hu-
mait a corrente que barrava o
rio Paraguai. Ele vai assistir
conferncia martima e eu v-lo
recomendo vivamente (Cordo-
vil Pires, pag.21). Vale ressal-tar que o cmg Maurity, em fun-
o dessa viagem para os EUA,
no viu o golpe de Estado que
implantou a repblica no nosso
pas, e por coincidncia estan-
do o alte. Saldanha da Gama
em viagem ao oriente estava a
marinha naquele momento, sem
os dois expoentes que poderiam
organizar um contragolpe, como
declarou o prprio Saldanha da
Gama. Estando o estado de coi-
sas consumado, e a marinha res-ignada, os republicanos tratam
logo de eleva-lo ao almirantado
j em 18 90 , ta lvez pa ra li so nj e -
lo e no dar margem a insatis-
faes, em funo da promoo
de eventuais adesistas, sem os
mesmos mritos que ele. Em
1892 assume a vice-presidncia
do Conselho Naval, em abril do
mesmo ano assume o comando
da 1 Diviso Naval at mar-
o de 1893, neste mesmo ano
vemo-lo novamente nos EUA,
como presidente da Comisso
Brasileira na Exposio Colom-
biana na Pennsylvania, estando,
portanto, Maurity longe, quando
se deflagra a Revolta da Armada
contra o governo inconstitucion-
al do mal. Floriano, que ardilosa-
mente e com o apoio dos ameri-
canos vence os revoltosos e os
persegue e manda assassinar.
Revolta essa onde o alte. Cordo-
vil Maurity perdeu muitos amigose leais colegas, entre eles o alte
Saldanha da Gama e o cmg Fred-
erico Guilherme de Lorena.
Serenado o to tumultuado e
sangrento parto da repblica,
que no foi a dos sonhos de
ningum, e quem sabe seja um
pesadelo at hoje, dadas as
condies atuais de violncia e
corrupo no nosso pas. Pde
o alte. Maurity dar o seu con-
curso para o engrandecimento
da Marinha, que tanto sofreu por
ter permanecido monarquista.
Ao longo de sua carreira coman-
dou os seguintes navios: Lima
Barros, Bahia, Javari, Aquida-
ban, Goiaz e o Riachuelo (Palha,
pag.342). De sua viso profis-
sional publicou os seguintes
trabalhos: Material Flutuante
da Armada Nacional e o folheto
Artilharia Naval. Na sua direo
frente da Repartio da Carta
Martima, so construdos vriosfaris na costa brasileira, so
eles: Maca, Castelhanos, Ilha
da Paz e Ponta do Boi, estando
Maurity presente a inaugurao
de quase todos eles.
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07Em 1906, assume a chefia do Es-
tado-Maior da Armada. E m 1907,
ju nt am en te co m o Mi ni st ro da
Marinha, alte Alexandrino de
Alencar, tero a grande honra de
presidir as comemoraes do 1
centenrio de nascimento do alte
Marqus de Tamandar, grande
e venerado lder da marinha, e
que ambos conheceram em vida
e certamente dele receberam
exemplos, que nortearam suas
prprias vidas pessoais e profis-
sionais, com destaque para a
sua fidelidade aos seus princ-
pios de honra e lealdade, e por
conseguinte, coragem para en-
frentar todos os obstculos na
defesa dos seus ideais e valores.
Estavam ambos presentes na in-
augurao do busto do grandemarinheiro na Avenida Beira-Mar
em 13/12 daquele ano.
Em agosto de 1908, assumindo
o comando em chefe da arma-
da, realiza grandes manobras
de instruo e aperfeioamento
em alto-mar altura do litoral
norte do Estado do Rio de Janei-
ro. Em maro de 1909, deixa o
comando do Estado-Maior, para
se dedicar a chefia da Comisso
de Fiscalizao da construo
de navios na Europa, entre eles
os encouraados Minas Gerais
e So Paulo, que marcam o rea-
parelhamento e modernizao
da marinha, e sero o orgulho da
marinha por muitos anos.
O almirante Joaquim Antnio
Cordovil Maurity, faleceu em
06/01/1915, cercado pelo amor
dos seis filhos que teve com sua
esposa dona Lucia Brett Maurity,
dos quais todos foram cidados
valorosos e de algum modo con-
correram para a grandeza do
Brasil. Em sua homenagem, a ci-
dade do Rio de Janeiro batizou
a rua lateral fbrica de gs
do visconde de Mau, de Rua
Comandante Maurity.
Nesses tempos difceis em que
vivemos, onde ns brasileirospassamos grandes adversidades
no tocante a formao dos va-
lores superiores que motivam
o cidado comum ao fiel cum-
primento do dever de cada um
de ser ntegro e leal a si prp-
rio e ao seu semelhante, para
a construo de um pas justo
e fraterno, aproveito para re-
produzir as palavras de Am-
rico Palha, sobre Maurity, no
seu Soldados e Marinheiros
do Brasil: O almirante Maurity
teve uma grande vida. Toda ela
foi consagrada ptria, sem
preocupaes polticas. No Im-
prio e na repblica, ele foi um
patriota de alta estirpe. Nomes
como o desse insigne soldado do
mar, no honram somente uma
corporao, honram e dignifi-
cam a prpria Nao. E Maurity
falecido a 6 de janeiro de 1915,
, sem dvida, uma das glrias
mais puras do Brasil, e sua vida,
um padro para a mocidade da
nossa grande terra.
O autor economista, ps-grad-
uado em histria, scio corre-
spondente do Instituto Histrico
e Geogrfico de Niteri.
Bibliografia:
Bittencourt, V.Alte. Luiz Edmundo
Brgido. A Marinha Imperial na
Guerra do Paraguai no foi s Ria-
chuelo. Antnio de Oliveira Perei-
ra Editor Rio de Janeiro 2011.
Carvalho, Alte. Antnio Maria
de. Histrico do Clube Naval de
12/04/1884 a 11/06/1968. Bap-
tista de Souza & Cia Editores
Rio de Janeiro GB 1968.
Gerson, Brasil. Histria das Ruas
do Rio. 5 edio. Lacerda Edi-
tores Rio de Janeiro 2000.
Leite, Mario Eduardo. Paradoxos
de uma cidade: O Rio de Janeiro
por dois fotgrafos. Universidade
Federal do Cear Campus do
Cariri - s/d.
Palha, Amrico. Soldados e
Marinheiros do Brasil. Biblioteca
do Exrcito Editora Rio de Ja-
neiro 1962.
Pires, Waldyr da Fontoura Cordo-
vil. Cordovil suas origens, a faml-
ia, o bairro. Edio do Autor Rio
de Janeiro 2000.
Souza, Embaixador Carlos Alves
de. Um Embaixador em Tempos de
Crise. Livraria Francisco Alves Edi-
tora Rio de Ja neiro 1979.
Taunay, Visconde de. Memrias.
Biblioteca do Exrcito Editora
Rio de Janeiro- 1960.
Peridico Noticirio Martimo
Jan/190 8, pag. 991 1002 .
Fontes eletrnicas:
www.senado.gov.br/legislao
www.faroisbrasileiros.com.br/far-
ois
www.archive.org/stream/.../cata-
logodosmapp00nacioj00j_djvu.txt
www.worthpoint.com/worthope-
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08Artigo
A sensao de guerra civil vem cre-
scendo no Brasil, num vis parale-
lo entre trs segmentos: o Estado
atravs dos seus organismos liga-
dos segurana pblica e justia,
os comandos organizados pelos
generais dentro do sistema pri-
sional, e uma crescente construo
de fleiras de indivduos recrutadasaqui fora, a partir dos presdios.
Uma das defnies de guerra civil
: Diz-se guerra civil a um conito
armado entre faces, partidos ou
grupos de um mesmo povo, ou ainda
a que ocorre entre povos ou etnias
habitantes de um mesmo pas. (...)
A guerra pode ter motivos religiosos,
tnicos, ideolgicos, econmicos
ou territoriais. No caso brasileiro
mais srio, porque toda a socie-
dade paga impostos que consomem
dos cidados quatro meses de tra-
balho por ano, mas sentem-se in-
seguros ou desprotegidos por uma
guerra civil entre faces do Estado
e faces criminosas.
A origem da criminalidade urbana
recente. Comeou depois de 1970
com a urbanizao brasileira e a
marginalizao de enormes cama-
das de pessoas que vieram do meio
rural para cidades que no se pre-
pararam para receber os uxos. A
favelizao, a ausncia de serviosessenciais de educao, de sanea-
mento, de sade pblica, de trans-
portes, de pavimentao das ruas,
de legalizao dos terrenos e o
tratamento dos moradores como ci-
Onofre Ribeirojornalista em Mato Grosso
GUERRA
dados de segunda classe. Sem ed-
ucao adequada formaram cama-
das de trabalhadores braais ou de
segunda linha.
Nesse ambiente proliferou a baixa
auto-estima e a competio com os
cidados de primeira classe. Perde-
dores desde o incio, os jovens dos
ltimos dez anos nessa condio vi-
ram no crime a sada imediata para
os seus anseios de competio pelo
consumo de bens pessoais, com umsimples tnis ou roupas de marca.
Cooptados pelo chamado crime
organizado, tudo o que est acon-
tecendo so jogos de mercado f-
ceis de serem compreendidos.
Paraltico ou mope, o Estado prefe-
riu lidar com essas situaes com
o discurso poltico de ganha-ganha
unilateral, no indo alm da ex-
plorao dos votos dessas imen-
sas camadas urbanas, mediante
promessas de solues futuras.
E se desculpando sempre com a
falta de recursos pblicos, como
essas camadas sociais no pagas-
sem impostos e fossem desvalidos
sociais mais ou menos descar-
tveis.
Agora, no momento em que eles se
organizaram politicamente e tem
comando centralizado dentro dos
presdios, protegidos pelo Estado
e salvos de sanes legais, as flei-
ras de soldados c fora dos pres-
dios se multiplica progressivamentee j confronta o Estado, com suas
velhas tticas. Hoje, prender j no
signifca nada. No lugar do preso
surgem novos voluntrios, porque
os generais presos nos presdios
estaduais ou nos de segurana mx-
ima garantem s suas famlias, ren-
da, proteo, armas, planos de ao
e um status social.
A esto as razes da atual guerra
civil. Voltarei ao assunto.
CIVIL
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09Artigo
A terrvel crise econmica e poltica por
que passa a ptria-me lusa dos bra-
sileiros faz reacender em muitos ambi-
entes a discusso sobre a restaurao
ou reinstalao, para os que no
partilham de uma viso passadista da monarquia portuguesa, na gura
do chefe da Casa Real e, de jure, di-
nasticamente, Rei D. Duarte III de Por-
tugal, conhecido em todo o pas como
Duque de Bragana, um dos muitos
ttulos que possui D. Duarte Pio, nas-
cido em 1945, na Sua, quando a lei
de banimento dos Bragana ainda im-
perava na Repblica Portuguesa
D. Duarte Pio Joo Miguel Gabriel Ra-
fael de Bragana e Orleans e Bragan-
a, alhado de batismo do Papa PioXII (1876-1958), o primognito de
D. Duarte Nuno (1907-1976), Duque
de Bragana e neto e sucessor de D.
Miguel I, o desditoso irmo de nosso D.
Pedro I, e de D. Maria Francisca (1914-
1968), nascida princesa de Orleans-e-
Bragana, neta da Redentora.
Ele casou-se na festa de Nossa Senho-
ra de Ftima, em 13 de maio de 1995,
em uma megaevento televisionado
para Portugal e quase todos os pases
lusfonos, no Mosteiro dos Jernimos,
com a nobre portuguesa D. Isabel Ins
de Castro Curvello de Herdia, da Casa
dos Viscondes de Ribeira Brava, uma
linhagem de administradores dos terri-
trios insulares portugueses de Aores
e Madeira. O casal (Casal Real para
os portugueses ditos monrquicos)
gerou os almejados trs herdeiros da
Coroa: o Prncipe da Beira, D. Afonso
de Santa Maria (1996), a Infanta D.
Maria Francisca Isabel (1997) e o In-
fante D. Diniz de Santa Maria (1999).
D. Duarte, um bisneto de D. Isabel Ique costuma denir Portugal como
sua ptria e o Brasil como sua m-
tria, goza de uma estima considervel
entre os habitantes do outrora Reino
de Portugal e Algarves e seus antigos
Bruno de Cerqueirahistoriador, monarclogo, especialista em
Relaes Internacionais, professor de Cerimonial
e Protocolo, indigenista especializado (analista)
da FUNAI e gestor do IDII.
domnios coloniais, a incluindo nosso
Pas. Desde adolescente, ele visitou
o Brasil inmeras vezes, conheceu a
Amaznia, encontrou e travou contato
com muitas tribos indgenas; nesse n-
terim, vlido salientar que ele e seu
primo-irmo brasileiro, D. Joo Hen-
rique, tm o esprito do av, D. Pedro
de Alcantara (1875-1940) e do tio-av,
D. Luiz (1878-1920), que adoravam as
viagens, as expedies, os desbrava-mentos.
Pois bem, em 5 de outubro de 2012 as
autoridades portuguesas celebraram
os 102 anos da proclamao de sua
Repblica, sem manifestaes popu-
lares. A Repblica Portuguesa, quando
foi proclamada, em 1910, deps D.
Manuel II (1889-1932), jovem rei ala-
do ao trono pelo assassinato de seu
pai e seu irmo no famoso Regicdio
do Terreiro do Pao, em Lisboa, dois
anos antes. At hoje essa incruentapassagem da histria lusa produz em
poetas e escritores portugueses pr
ou contra a monarquia textos can-
dentes. A comemorao republicana
exibiu cenas inusitadas: o Presidente
Cavaco Silva empunhou a bandeira
nacional de cabea para baixo na C-
mara Municipal de Lisboa e uma de-
sempregada em pnico invadiu a festa
e protestou contra a crise que assola
o pas. Tudo isso assistido por menos
de 40 populares (http://www.ionline.
pt/portugal/5-outubro-cerimonia-mar-cada-bandeira-hasteada-ao-contrario).
O ltimo Bragana-Saxnia-Coburgo-
Gotha reinante em Portugal, D. Manuel
II, morreu sem descendncia em seu
exlio ingls e parece ter deixado claro
que os direitos dinsticos ao trono pas-
sariam ao ramo miguelista da Casa
de Bragana, na pessoa de seu primo-
sobrinho, D. Duarte Nuno, j citado.
Casando-se com a prima brasileira
(do ramo constitucionalista dos Bra-
gana) em 1942, na catedral petropoli-tana, e dela gerando trs lhos, D. Du -
arte Nuno armou-se como rei titular
da quase totalidade dos monrquicos
portugueses. Ele morreu em dezembro
de 1976 e seu lho, igualmente D. Du-
arte, tornou-se o chefe da Casa e king-
to-be.
O prncipe serviu como piloto da Fora
Area Portuguesa em Angola entre
1968 e 1971, diplomou-se em agrono-
mia em Lisboa e cursou a ps-gradu-
ao de Desenvolvimento Econmico
da Universidade de Genebra. Se um
plebiscito for proposto em Portugal
para decidir se quer ou no D. Duarte
como chefe de Estado vitalcio e heredi-trio pode ser que algo surpreendente
destitua o stablishment portugus e o
mundo oua falar em volta da monar-
quia, como se deu no Camboja, em
1993.
Na festa republicana acima citada,
ao tempo em que o Presidente Ca-
vaco Silva falava aos polticos, D. Du-
arte de Bragana falava a centenas
de monrquicos, no Palcio da Inde-
pendncia (antiga sede da Casa de Al-
mada); leu um manifesto Nao, emque critica duramente os sucessivos
governos que tm administrado Portu-
gal no parlamentarismo da III Repbli-
ca Portuguesa (1974- ), considerando
muitos de seus mandatrios como ir-
responsveis e corruptos.
Aos analistas internacionais, em geral
bem despreocupados com o assunto,
ca a dica: acompanhem mais de per-
to os sucessos de D. Duarte e seus se-
guidores
Passando ao outro extremo europeu,
vamos para o leste, mais precisa-mente os Blcs, terra de deliciosas
paisagens, mas tambm de terrveis
histrias blicas. O antigo barril de
plvora da Europa est hoje bem mais
pacicado, com seus povos tentando,
a duras penas, o soerguimento e a re-
construo nacional. Do outrora Reino
da Iugoslvia (literalmente, terra dos
eslavos do sul), resta hoje apenas a
Repblica da Srvia, pas cuja dinastia
nacional (a Casa de Karadjordjevic, ou
seja, os descendentes do heri Karad-jordje) forjou esse Estado entre o XIX e
o XX, aproveitando-se do m dos Imp-
rios Turco-Otomano e Austro-Hngaro
na I Guerra Mundial. As atuais repbli-
cas da Crocia, da Macednia, da
Eslovnia e, por m, do Montenegro,
todas promoveram a secesso do an-
tigo estado dos Karadjordjevic que foi
mantido durante os anos de comunis-
mo (1946-1989) com a mo de ao do
Marechal Josip Broz Tito (1892-1980),
um socialista considerado lhano
perto de seus vizinhos sanguinrios da
Cortina de Ferro. Isto sem falar da Bs-
nia-Herzegovina, hoje uma federao
independente, mas de triste memria sua capital, Sarajevo, foi palco do
estopim da I Grande Guerra e de lutas
fratricidas no anos 1990.
Em 1991, o herdeiro do trono s-
rvio, Aleksandar Karadjordjevic, nas-
cido em 1945 em uma sute do ho-
tel londrino Claridges, declarada
especialmente territrio iugoslavo pelo
Governo Britnico (princpio da extra-
territorialidade), nalmente pisou o
solo de Belgrado, para ele e sua famlia
considerado sagrado. Conhecido comoAleksandar II, desde que seu pai mor-
reu no exlio, em Illinois (EUA), pen-
taneto de D. Pedro I, uma vez que sua
av paterna, a Rainha Marija (1900-
1961), nascida princesa da Romnia,
era neta da Infanta D. Antonia de Por-
tugal, lha de D. Maria II
O prncipe em linguagem tcnica de
genealogia dinstica Sua Alteza Real
o Augusto Senhor Aleksandar, Prncipe-
Chefe da Casa Real da Srvia etc.
o lho e sucessor do Rei Petar II da
Iugoslvia (1923-1970), um alhado
de batismo do rei britnico George V
(1865-1936), que no pde contar
com a ajuda das tropas do Reino Unido
quando da deposio e do banimento,
ao trmino da II Guerra Mundial. Ainda
assim, ele exilou-se em Londres, onde
nasceu-lhe o lho, que foi batizado por
ningum menos que o Rei George VI e
sua lha-herdeira, Princesa Elizabeth,
na Abadia de Westminster. O vdeo
desse batizado histrico pode ser
acessado na pgina ocial da dinastiareal srvia (www.royalfamily.org).
Aleksandar teve uma infncia compl-
exa, visto que sua me, a Rainha Alek-
sandra (1921-1993), nascida princ-
esa da Grcia e da Dinamarca, era
Os Orleans e Bragana prximos do poder
em Portugal e na Srvia
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10instvel emocionalmente. Foi criado
pela av Marija e enviado ao internato
suo Le Rosey. Depois, recebeu ampla
formao militar na academia norte-
americana de Culver e na britnica
Mons Ofce Cadet School. Da parte
de sua royal godmother recebeu
sempre bastante afeio e, por este
motivo, esteve presente em todos os
eventos da Famlia Real britnica, so-
bretudo no perodo em que viveu em
Londres. Isto inclui, bvio, ter assistido
ao enlace do Prncipe de Gales com
Lady Diana Spencer, tanto quanto ao
mais recente, do Prncipe William com
Miss Kate Middleton.
Casou-se em 1972, no palcio de Vil-
lamanrique de la Condesa, prximo
de Sevilha, na Espanha, com a Princ-
esa D. Maria da Glria de Orleans-e-Bragana, nascida em Petrpolis em
1946. O prncipe, que se estabeleceu
como empresrio nos Estados Unidos
e na Espanha, chegou a passar tem-
poradas em Petrpolis e no Rio de Ja-
neiro.
Ele e D. Maria da Glria tiveram trs
lhos: o herdeiro, Petar (1980) e os
gmeos Filip e Aleksandar (1982). De
maneira que esses trs prncipes da
Srvia so trinetos da Redentora e du-
plamente descendentes de D. Pedro I.Se o mais velho deles vier um dia a ser
rei, ser chamado de Petar III, o que
signica Pedro III da Srvia
Divorciando-se de D. Maria da
Glria em 1985, ambos anularam o
casamento: ele obteve do Patriarca da
Igreja Ortodoxa Srvia a anulao e ela
da Sacra Rota Romana.
Aleksandar II uniu-se cidad grega
Katherine Batis, lha do megaem-
presrio Robert Batis, mas no gerou
lhos. A princesa brasileira desposou
D. Ignacio de Medina y Fernandez deCrdoba, duque de Segorbe etc., um
dos lhos da Duquesa de Medinacelli,
D. Victoria Eugenia de Fernandez de
Crdoba y Fernandez de Henestrosa.
A Casa de Medinacelli a dinastia du-
cal-principesca espanhola que, junta-
mente com a Casa de Alba, constitui a
mais alta classe scio-genealgica do
pas, diretamente abaixo da Casa Real
(dinastia Borbn, ou Bourbon, no origi-
nal francs).
Aps a queda de Slobodan Milosevic(1941-2006), em outubro de 2000, os
ventos democrticos proporcionaram
aos prncipes da Srvia no somente
retornar em denitivo ao pas, como
advogar no Judicirio nacional o retor-
networking que construram ao longo
dos anos; os jovens prncipes, despor-
tistas e guapos, fazem grande sucesso
entre os jovens.
Em 4 de outubro de 2012, os Karad-
jordjevic conseguiram fazer com que o
governo da Srvia repatriasse os restosmortais do Prncipe Pavle (1893-1976)
e de sua mulher, Olga (1903-1997),
nascida princesa da Grcia e da Di-
namarca. O Prncipe Pavle da Iugos-
lvia foi o regente do Reino na menori-
dade do primo, Petar II, de outubro de
1934 a maro de 1941. As cerimnias
de Estado foram co-presididas pelo
Presidente da Repblica, Tomislav
Nicolic, e o Prncipe Aleksandar, caben-
do a conduo dos ofcios sacros ao
Patriarca Irinej I, supremo lder dos or-todoxos srvios e um lo-monarquista
declarado
curioso notar que tanto em Portugal,
quanto na Srvia, as bandeiras nacio-
nais restauraram os antigos brases
no de suas propriedades, conscadas
pelos comunistas em 1947. O antigo
palcio real de Belgrado (chamado
de Palcio Branco) e outras casas
foram devolvidos aos Karadjordjevic,
que residem ocialmente na capital
desde julho de 2001.A famlia trabalha incessantemente
pela instalao da monarquia con-
stitucional-parlamentar no pas. Alek-
sandar II e sua consorte, Princesa
Katherine, usam de forma profcua a
curioso notar que tanto em Portugal, quanto na Srvia, as bandeirasnacionais restauraram os antigos brases reais h mais de uma dcada. Pesquisas deopinio recentes mostram aumento signifcativo de simpatia pelo parlamentarismo
monrquico em ambos os pequenos Estados.
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11reais h mais de uma dcada. Pes-
quisas de opinio recentes mostram
aumento signicativo de simpatia pelo
parlamentarismo monrquico em am-
bos os pequenos Estados.
Uma na ironia perpassa a possibi-
lidade desses Orleans e Braganade Portugal e da Srvia retornarem ao
poder. Eles pertencem ao que a imp-
rensa brasileira chama de ramo de
Petrpolis da famlia imperial brasilei-
ra. D. Duarte o sobrinho e os menin-
os Petar, Filip e Aleksandar os netos do
falecido D. Pedro Gasto (1913-2007),
prncipe-titular de Orleans-e-Bragana.
No Brasil, o ramo de D. Pedro Gasto
e o ramo de D. Pedro Henrique (1909-
1981) permanecem separados e o
monarquismo certamente no su-
ciente para uni-los. As causas de
desunio so antigas e no dizem re-
speito, como muitos pensam e dizem,
a direitos dinsticos. Trata-se do prob-
lema da herana das propriedades pe-
tropolitanas de D. Isabel.
Em 1946, o prncipe-chefe da Casa
Imperial do Brasil, D. Pedro Henrique,
perdeu para seu primo a causa em que
defendia a anulao do negcio jurd-
ico de venda das aes da Compan-
hia Imobiliria de Petrpolis durante
a II Guerra Mundial; advogou para eleo renomado civilista carioca Carlos
de Saboia Bandeira de Mello (1890-
1963). Contudo, a Justia do Rio de
Janeiro deu ganho de causa a D. Pe-
dro Gasto e desde ento a briga entre
eles jamais cessou. Pois a contenda
girava em torno do laudmio result-
ante da enteuse do Centro Histrico
de Petrpolis, cujos dividendos vo ex-
clusivamente para o ramo primognito
de D. Isabel, enquanto o ramo secun-
dognito, especicamente a famlia de
D. Pedro Henrique e D. Maria da Bavi-
era (1914-2011), cou em situao
de quase-penria. A irm de D. Pedro
Henrique, D. Pia Maria (1913-2000),
casada com o conde francs Ren de
Nicola, nunca passou apertos.
A questo complexa e no se re-
stringe a uma histria de mocinhos
e bandidos. Para aumentar as desa-
venas, acresceu-se a vontade mani-
festa por D. Pedro Gasto, durante
toda sua vida, de negar o ato de renn-
cia ao trono assinado em 1908 peloprimognito de D. Isabel, seu pai.
Por desejarem, D. Isabel e o marido,
que seu herdeiro se unisse a uma
moa de famlia rgia, i.e., uma casa
principesca reinante ou ex-reinante,
eles convenceram D. Pedro de Alcanta-
ra a renunciar aos seus direitos suc-
essrios, no que concernisse ao Brasil,
passando-os a D. Luiz. Na recente
biograa deste prncipe, a historiadora
paulista Teresa Malatian explicita que a
renncia no se deve exclusivamente afatores genealgico-dinsticos, pois D.
Luiz tinha muito mais interesse numa
eventual restaurao monrquica bra-
sileira do que D. Pedro. Este, contudo,
se sentia muito brasileiro e sofria com
os desejos do pai, que o manietava no
sentido de se assumir como Prncipe
Pierre de Orleans e futuro Conde de
Eu.
A unio de Isabel, princesa de Bra-
gana e Gaston, prncipe de Orleans,
celebrada em 15 de outubro de 1864,
deu origem Casa de Orleans-e-Bra-gana, que teria sinonmia com a Casa
Imperial do Brasil se o casal tivesse
reinado como D. Isabel I e D. Gasto
(imperador-consorte) e o primognito
de ambos (D. Pedro) tivesse se tornado
D. Pedro III. Nada disso ocorreu.
Em 1908, aps assinar a renncia
por si e os eventuais descendentes,
D. Pedro casou-se com a Condessa
Elisabeth Dobrzenska de Dobrzenicz
(do Reino da Bohmia, imprio hab-
sbrgico) e seu irmo-herdeiro, D. Luiz,desposou a Princesa D. Maria Pia das
Duas Siclias, princesa de Bourbon.
Desses casamentos nasceram cinco
crianas, do primeiro, e trs do seg-
undo. Todos receberam, na Frana, o
nome civil de Orlans-Bragance ou
Orlans et Bragance.
Os oito netos da Redentora (D. Pedro
Henrique, D. Isabel, D. Luiz Gasto, D.
Pedro Gasto, D. Pia Maria, D. Fran-
cisca, D. Joo e D. Thereza) foram, to-
dos, batizados em cerimnias em que
a brasilidade era exaltada, e s quais
auam, na medida do possvel, os no-
bres brasileiros que viviam exilados
em Paris e na Frana. A todos se lhes
reconhecia a condio de Prncipes
Brasileiros nascidos no exlio, ainda
que nossa Repblica negasse tal pre-
tenso. No vou entrar nas minudn-
cias histricas da condio genealgi-
ca desses prncipes; devo armar,
contudo, que todos se sentiam bra-
sileiros, para alm das outras identi-
dades, mormente a francesa, que pud-eram gozar e/ou partilhar no curso de
suas vidas. Nascidos em solo francs
e trinetos do ltimo rei do pas (Louis-
Philippe I dos Franceses), os prncipes
de Orleans-e-Bragana eram bilngues
desde o bero, falando Portugus e
Francs todo o tempo.
Foram criados como verdadeiros pri-
mos-irmos, partilhando tudo, alegrias
e tristezas. O destino encarregou-se de
torn-los pessoas distantes umas das
outras, como ocorre em muitas famli-as numerosas e tradicionais
No m de 1921, estavam mortos D.
Isabel e dois de seus lhos: D. Luiz e
D. Antonio. Sobravam o velho Conde
dEu, alquebrado em anos, D. Pedro
com mulher e lhos e D. Maria Pia,
viva, com os lhos. No ano seguinte
(1922) a Nao Brasileira comemorou
os 100 anos de sua independncia e
a famlia ex-reinante foi convidada pelo
governo da Repblica a retornar ao
solo ptrio e receber as homenagens.
Se o Conde dEu era o chefe daquelafamlia de um ponto de vista moral e de
organizao interna, era ao pequeno
D. Pedro Henrique, de 12 anos, que ca-
bia a honrosa situao de herdeiro da
Coroa e chefe da Casa Imperial. Mor-
to o Conde dEu em agosto de 1922,
em guas Brasileiras, suas exquias
constituram aos pequenos Orleans e
Bragana que pisavam o Brasil pela
primeira vez uma boa oportunidade
de sentir o calor humano das demon-
straes de apreo popular quela es-timada Famlia.
D. Pedro de Alcantara, com a morte
do pai, o nico prncipe adulto vivo.
Ele retorna Frana com os despojos
mortais de D. Gasto, a m de enter-
r-los no mausolu dos Orlans, na
Capela Real de So Lus de Dreux, no
Vale do Loire. Resoluto a voltar a morar
na sua querida Petrpolis, mas pre-
so Frana pelas propriedades da
famlia, o prncipe-titular de Orleans-
e-Bragana era esse seu ttulo
genealgico, uma vez que no se
casara morganaticamente, que ja-
mais renunciara ao nome de famlia
e primogenitura da linhagem nas-
cida do casamento de seus pais
inicia o longo processo de inventrio
dos genitores. Ele ca com o Castelo
de Eu e a viva de D. Luiz, sua cun-
hada, com o palacete de Boulogne-
sur-Seine.
Embora senhor de Eu, D. Pedro
nunca quis solicitar ao primo, chefe
da Casal Real da Frana, seu ttulode Conde dEu, em prova cabal
de que se sentia mais brasileiro do
que francs. Por outro lado, apesar
de no esconder certa mgoa pela
renncia ao trono praticada em
1908, nunca a negou. Respeitou a
condio do sobrinho e, enquanto
viveu, aparou as eventuais arestas e
rusgas que podiam nascer do inc-
modo familiar.
Ele, a mulher e a cunhada preocu-
pavam-se com o futuro das crianas.Em 1931, ele casou sua primognita
justamente com o futuro herdeiro
dos Orlans, o Delm de Frana,
Henri (1908-1999), Conde de Par-
is. Aps o faustoso casamento, D.
Pedro resolveu voltar ao Brasil e
se instalar na antiga Casa dos Se-
manrios, ou seja, o palacete atrs
da residncia de vero de D. Pedro
II, em Petrpolis, que servia de pou-
sada aos nobres que se revezavam
no servio do Pao.
Embora no fosse, de um ponto devista dinstico, o Prncipe do Gro-
Par, ttulo que a Constituio do
Imprio (art. 105) lhe garantiu no
nascimento e pelo qual foi conhe-
cido e reverenciado durante todo
o tempo em que vivera aqui, D. Pe-
dro, em clara demonstrao mais
afetiva do que racional, intitulou a
residncia de Palcio Gro-Par,
nome pelo qual os petropolitanos
conhecem o prdio at hoje.
Viveu nesse solar da Regio Serranauminense at 1940, quando mor-
reu. Na dcada de 1990, D. Pedro
Gasto trasladou para a Catedral de
So Pedro de Alcntara os despo-
jos do pai, bem como os da me, D.
Elisabeth, que morrera em Portugal,
em 1951.
Se o ramo de Petrpolis pode re-
constituir o Reino de Portugal e o
Reino da Srvia, o ramo de Vas-
souras, herdeiro do Imprio do
Brasil, parece estar longe da possib-
ilidade de remonarquizar os brasilei-
ros Ainda assim, em abril de 1993
o plebiscito previsto nas disposies
transitrias da Constituio de
1988 foi realizado e a monarquia
parlamentar recebeu cerca de 13%
dos votos vlidos, o que um exce-
lente resultado, dada a ampla falta
de conhecimento do que represente
essa forma de governo nos dias at-
uais, mesmo entre uma quantidade
considervel de historiadores, juristas
e outros cientistas sociais. Seja comofor, esto todos, prncipes e monar-
quistas brasileiros, rezando para que
os srvios e os portugueses coroem
Aleksandar II e D. Duarte III. Ser que
os cus atendero suas preces?
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7/30/2019 Gazeta Imperial Dezembro 2012
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12Artigo
A PRINCESAIvanaldo Santos
Filsofo ([email protected])
Atualmente estamos vendo um renas-
cimento do interesse por uma dos vul-
tos mais importantes e signicativos
da monarquia brasileira e, ao mesmo
tempo, da segunda metade do sculo
XIX e incio o XX. Trata-se da princesa
Isabel. Uma mulher simples que con-
seguiu, de forma rara, fundir a no-
breza, a f crist e a atividade polti-
ca. J no sculo XIX a princesa Dona
Isabel conseguiu colocar em prticao ideal de unio entre os valores do
Evangelho e a experincia poltica.
Esse ideal defendido e incentivado
pela Igreja.
De forma rara e surpreendente a
princesa Dona Isabel conseguiu unir
duas grandes virtudes, sendo elas: a
f crist e o servio pblico ao povo
brasileiro.
De um lado, a princesa Dona Isabel
foi mulher que soube viver radical-
mente a f e os valores do Evangelho.
Mulher de orao, seu modelo de mul-
her era a Virgem Maria, boa esposa e
tima me. Do outro lado, ela foi uma
mulher a frente do seu tempo.
Muito antes de se falar em emanci-
pao e de participao da mulher na
vida pblica, a princesa Dona Isabel
j estava mergulhada e engajada nas
lutas polticas do Brasil. No entanto,
preciso ressaltar que, ao contrrio
de muitos polticos e homens pblicos
que atualmente so encontrados no
Brasil e em muitos outros pases domundo, polticos prossionais preocu-
pados com o acumulo de riqueza e de
poder; a princesa Dona Isabel foi uma
mulher que levou para dentro da vida
pblica os valores do Evangelho e a
doutrina da Igreja. Por causa disso ela
conseguiu estar a servio do povo bra-
sileiro. Um servio prestado, por exem-
plo, na luta contra a escravido, pela
difuso da cultura e da educao.
A princesa Dona Isabel no foi uma
poltica prossional, ou seja, o tipo de
pessoa que vive em busca de cargos e
honrarias do Estado. Exerceu sim com
muita humildade os cargos previstos
na constituio, sendo a princesa
Dona Isabela primeira senadora do
Brasil, cargo a que tinha direito como
herdeira do trono a partir dos 25 anosde idade, segundo a constituio im-
perial brasileira de 1824 - a primeira
carta constitucional do Brasil.
Assumiu por trs vezes a regncia
do imprio durante as viagens do im-
perador Pedro II ao exterior. Na sua
primeira regncia (1871-1873), san-
cionou a Lei do Ventre Livre, pela qual
libertou os lhos que nascessem de
me escrava. Seu segundo perodo na
regncia ocorreu quando da viagem
de Pedro II aos Estados Unidos (1876-
1877). Na sua terceira oportunidade
como regente (1887-1889), san-
cionou a lei que abolia a escravido,
a Lei urea, em 13 de maio (1888).
A deciso valeu princesa imperial a
condecorao Rosa de Ouro, conce-
dida pelo papa Leo XIII.
Em grande medida, sua luta foi silen-
ciosa, nos bastidores da vida poltica
brasileira. Com isso, na condio de
lha do imperador e de princesa, ela
soube usar o prestgio que desfrutava
em prol das grandes lutas sociais doseu tempo.
preciso ressaltar que essa luta no
foi marcada pelo esprito antirreligio-
so e antievanglico que est em moda
nos crculos de intelectuais do Brasil e
de outras partes do mundo. Sua luta
foi alicerada pelo Evangelho, pela
devoo a Virgem Maria e, por con-
seguinte, pela doutrina crist.
Em grande medida, a princesa Dona
Isabel s conseguiu ser a grande g-
ura feminina da poltica brasileira do
sculo XIX, porque sempre esteve fun-
damentada na f crist.Por causa disso ela, um personagem
do sculo XIX, um modelo a ser se-
guido pelos homens e mulheres do
sculo XXI. Homens e mulheres que,
muitas vezes, cam perdidos diante
de tantos modismos, de tantas ex-
igncias de competncia e de super-
ao prossional. A princesa Dona
Isabel nos apresenta uma vida sim-
ples, marcada pela orao, mas rica
em lutas sociais. Esse um estilo de
vida que se seguido por ns poder
ajudar muitos brasileiros (e no so-
mente as mulheres as quais ela rep-resentante) a superarem o medo e
a angustia que nascem no cotidiano e
irem busca da santicao pessoal
e da transformao das estruturas so-
ciais.
DONA ISABELUma mulher crist a servio do povo brasileiro
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7/30/2019 Gazeta Imperial Dezembro 2012
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13Artigo
Uma mensagem a
Garcia ou a queminteressar possaGen. Bda Rfm Valmir
Fonseca Azevedo Pereira
Corria o ano de 1899, e no seu de-
curso, a guerra entre os EUA e a Es-
panha. Primordial era o contato entre
o presidente Mac Kinley e o chefe re-
voltoso, General Garcia, que se encon-
trava numa fortaleza desconhecida
no serto cubano.O presidente necessitava da valiosacolaborao de Garcia. Mas era im-possvel o entendimento com ele pelocorreio ou pelo telgrafo. J ouvimosfalar do guia, o Rowan, que imbudoda misso de levar uma mensagemdo Presidente para o General Garcia,enfrentou estoicamente terrveis di-culdades.
A mensagem era fundamental para avitria dos combatentes, pois os alia-dos necessitavam do apoio de Garcia.Assim, a misso do guia Rowan era de
primordial importncia. Diz a tradiooral que o dedicado guia apenas rece-beu a sua misso de entregar aquelamissiva para o destinatrio e, sem de-longas, partiu.
Na sua rdua jornada enfrentou co-
lossais diculdades, mas imbudo de
um sentimento inquebrantvel de
cumprimento do dever, l foi ele.
E cumpriu a sua tarefa. Por vrios
motivos o incansvel guia poderia ter
desistido, pois desculpas, algumas
aceitveis, poderiam derrotar o dili-
gente mensageiro. Foram terrveis osobstculos enfrentados. Mas nunca o
suciente para desanimar um homem
determinado a cumprir a sua impor-
tante misso.
Quantas desiluses, quantos camin-
hos tortuosos, contudo, quanta dig-
nidade, quanta bra. Contra todas
as adversidades l foi o intimorato
Rowan.
No somos Rowan, nem temos as
suas virtudes nem a sua determi-
nao, mas mesmo assim, seguimoso seu exemplo, pois temos uma men-
sagem da sofrida Ptria e, atravs
dos anos, estamos procurando um
General Garcia, que talvez tenha dado
baixa, e agora seja um civil.
Cidado Garcia, por favor, aparea,
aqui estamos para entregar lhe uma
carta, um pedido, um apelo de mil-
hares de cidados brasileiros; manda-
nos um reforo, assuma a luta que o
inimigo ignbil, insidioso e solerte.
No somos porta - voz de bolsistas,
nem de ocupantes de cargo de con-
ana, nem liados ao PT, nem negros
(?) (a nossa saudosa av era), somos
simplesmente gente temente a Deus,
que clama por justia e vislumbra o
abismo que nos espera. Gostaramosde ser Garcia, mas por artes da vidatentamos pelo menos ser o destemidoRowan, e como ele, nunca desistimos;e carregamos como o intrpido guiaum tesouro, a mensagem clementeda Ptria, e pretendemos entreg la, pessoalmente, para que o bravoGarcia avalie quo importante ela .
Sim, incansavelmente, vamosseguindo pistas, fazendo denncias,testemunhando cretinices e umacalamidade de barbaridades que nosimpulsionam e animam a procurarGarcia. Cidado Garcia, logo chegare-mos at voc, na esperana de queum patriota de sua grandeza nos daro apoio necessrio para banirmos denossa terra este bando de salafrriose saqueadores, que infelizmente dom-inam o Pas.
Cidado Garcia, sua fama de batal-
hador e de homem integro cruzoufronteiras e a sua grandeza nos ani-
mar e, certamente, far a quadrilha
de patifes borrar - se nas calas.
Nesta certeza, General Garcia, ainda
estamos a sua procura, imbudos da
convico de que ao receber a men-
sagem da gentil me Ptria, tudo mu-
dar.
Se algum vir ou ouvir falar do corajo-
so Garcia, por favor nos informe, pois
como o destemido e resoluto Rowan
temos uma mensagem urgente e desuma importncia para ele.
Trata - se do salvar o futuro desta in-
cauta e espoliada Nao.
Braslia, DF, 17 de novembro de 2012
As mais belas declaraes de parceria eterna, no seriam o sufciente
para reconhecer o quo importante voc para o Instituto Brasil Impe-rial. Nossa cumplicidade monrquica vai se tornando forte, e como Presi-dente do IBI me sinto comovido a homenagear os/as Confrades aniver-sariantes do ms. Feliz aniversrio! E que voc seja muito, muito feliz!
DEZEMBROTito Barros Leal de Pontes Medeiros 2 Fortaleza - CE
Bruno Cezar Pereira Soares 1 Braslia - DF
Douglas Ferreira Costino 31 Itapuranga - GO
Reginaldo Pereira Duque 14 Guaxup - MG
Luiz Antonio Vital Teixeira 6 Juiz de Fora - MG
Douglas Soares Dourado 20 Manga - MG
Samuel Caputo de Castro 20 Uberlndia - MG
lvaro Jos de Almeida Neto 16 Belm - PA
Agustinho Macedo 28 Arcoverde - PE
Jorge Cely Ferreira Ribas 30 Curitiba - PR
Wesley Vinicius da Cruz 27 Londrina - PR
Carlos Henrique Mello 20 Ribeiro Claro - PR
Matheus Pereira Gonalves 23 Campos dos Goytacazes - RJ
Higor Porto Rodrigues 28 Campos dos Goytacazes - RJNatalia Costa Silva 26 Duque de Caxias - RJ
Winker Joffre French Turon Poubel 25 Niteroi - RJ
Francisco Tomasco de Albuquerque 25 Niteri - RJ
Gasto Reis Rodrigues Pereira 8 Petrpolis - RJ
Marco Aurlio Barcelos Valente 16 Rio de Janeiro - RJ
Edson Murilo Prazeres 5 So Jos - SC
Thiago Fernandes Costa 2 Guarulhos - SP
Alex Sandro de Oliveira 23 Mau - SP
Wilza Silveira 20 Praia Grande - SP
Jefferson Afonso Milatias 16 Santo Andr - SP
Celso Amodio Mantovani 27 So Bernardo do Campo - SP
Nelson Gonalves 3 So Jos do Rio Preto - SP
Flvio Lopes Coutinho 10 So Paulo - SP
Miguel Saliby Neto 28 So Paulo - SP
JANEIROAlmir Gomes 10 Barra de Santo Antonio - AL
Jos Monteiro Pessoa Neto 17 Manaus - AM
Marcio Etiene N. Almendros de Oliveira 22 Manaus - AM
Marco Antonio Portella de Macdo 17 Manaus - AM
Hlder Targino Pereira 5 Salvador - BA
Fernando Antonio Saraiva de Souza 24 Fortaleza - CE
Srgio Luiz Ferreira de Abreu 18 Fortaleza - CE
Joo Gabriel Guimaraes Ribeiro 7 Brasilia - DF
Junio Afonso Menegussi 1 Mimoso do Sul - ES
Fernando Henrique Vital 1 Uberlandia - MG
Giovani Barbosa Alves 31 Belo Horizonte - MG
Josu da Silva Brito 6 Paracatu - MG
Carlos Rogrio de Brito 15 Araputanga - MTJoo Alves Pereira 21 Londrina - PR
Jos Luiz Ribeiro da Silva 9 Curitiba - PR
Douglas Bispo Peixoto 27 Rio de Janeiro - RJ
Paulo Roberto Costa Franco 6 Campos dos Goytacazes - RJ
Paulo Rene Farias Lessa da Rosa 6 Piratini - RS
Grover Holzwarth 16 Sao Miguel do Oeste - SC
Anderson Aurelio dos Santos 9 Votorantim - SP
Bruno Simes da Silva 2 So Paulo - SP
Daniel da Rocha Simes 19 So Paulo - SP
Felipe William Rodrigues Silva 7 Ribeiro Preto - SP
Fernando Chiarelli 21 Ribeiro Preto - SP
Israel Azevedo Oliveira de Carvalho 19 Caapava - SP
Paulo Fideles 27 Salto de Pirapora - SP
Paulo Oliveira Sousa 11 Avar - SP
Paulo Santos 10 Blgica
Seu nome no consta como aniversariante, Atualize seu cadastro. Notemos a sua data, sinta-se homenageado tambm, e gostaramos quevoc completasse o seu cadastro para podermos cumpriment-lo. Se jtem a senha s acessar e completar os dados no site www.brasilimpe-rial.org.br
Aniversrios
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Dom Rafael, quarto na linha de sucesso, lho de Dom Antnio
e de Dona Cristine. Nascido em Petrpolis, hoje com 26 anos,
engenheiro de produo da AmBev, em meio a ocupao e com-
promissos respondeu gentilmente s perguntas da Herdeiros doPorvir.
Qual o nome completo de Vossa Alteza, e o signifcado de
cada um?Rafael Antnio Maia Jos Francisco Miguel Gabriel Gonzaga de
Orleans e Bragana. Rafael Antnio meu nome prprio, sen-
do Antnio uma promessa que meu pai fez a Santo Antnio,
Entrevista
PRNCIPEDom Rafael de Orleans e BraganaPublicada na RevistaHerdeiros do Porvir se seu lho nascesse homem. Os nomes Maria e Jos estonos nomes de todos os integrantes da famlia, em homenagema Nossa Senhora e So Jos, assim como Miguel Gabriel eRafael, em devoo aos arcanjos. Francisco meu padrinho
de batismo (Dom Francisco, irmo de meu pai) e Gonzaga hom-
enagem a So Luiz, patrono da famlia.
Tem algum hobby? Algum esporte preferido? O que faz nashoras vagas?Sou muito esportista. Jogo futebol toda semana e squash sem-
pre que posso. Sem contar com o golfe e tnis, que j viraram
tradio na famlia.
Dom Antnio, seu pai, exmio pintor: Dona Gabriela, suairm, declarou sua inclinao para a msica. V.A. tem al-gum pendor artstico?Sempre gostei muito de desenhar, Fiz curso de desenho quando
era mais novo, mas h algum tempo no pratico. Aprecio muitodesenhos a lpis, principalmente retratos. Sou um grande ad-
mirador dos croquis de Leonardo da Vinci.
V.A. tem algum medo? Se a resposta for positiva, qual epor qu?Acho que todos temos medo de algo. Mas nunca deixo isso
transparecer, e tento sempre enfrentar as situaes em que este
medo e/ou ansiedade se apresentam.
Como V.A. se defne como pessoa (temperamento, carter,
etc.)? Pode comentar?
Sou discreto e reservado, e sempre me considerei tmido. Mas
A Repblica tem um problemasrio de governabilidade, que forao Brasil a ser gerido atravs dacorrupo. Isso cria uma desilusocom relao Repblica. Destamaneira o povo no acredita maisnas instituies, e a vida setransforma num vale tudo. Emoutras palavras, num completodesrespeito s leis e civilidade.
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quando a situao me permite, exercito meu senso de humor.
Elizabeth II da Inglaterra disse que, para ela, ser rainhano trabalhoso, sendo muito feliz desempenhando suastarefas. V.A. acha pesado ser Prncipe herdeiro do Brasil?
No acho que seja penoso. E sempre soubemos da importnciaque nossa famlia tem na histria do pas.
uma preocupao constante dos monarquistas a con-tinuidade da Famlia Imperial. V.A. pretende se casar?Caso positivo, que qualidades a princesa escolhida deve-ria ter para desempenhar to importante papel?Sim, pretendo. Acho que o mais importante encontrar uma pes-
soa e que tenha os mesmos princpios e valores, e que tenha re-
cebido a mesma educao. Isso essencial para a felicidade de
um casal, de acreditarem no mesmo ideal, e que possam passar
para seus lhos.
Vemos no Brasil e no mundo uma ao feroz de meios decomunicao e legisladores no sentido de destruir a faml-ia. O que devemos fazer para preserv-la?Vivemos num sistema econmico baseado no consumismo, onde
os bens materiais passam por cima dos valores morais e cris-
tos. As pessoas se tornam objetos e a essncia da famlia se
perde quando se estabelecem relaes descartveis. Devemos
enfrentar este materialismo fortalecendo a f e a espiritualidade,
sobretudo atravs da educao.
Na opinio de V.A., qual a principal qualidade do povo bra-sileiro? E o maior defeito?Temos inmeras qualidades. O povo brasileiro trabalhador,
alegre e bondoso. Mas eu destacaria a generosidade. O brasilei-
ro, vendo a diculdade do prximo, voluntarioso e generoso. Ele
se reconhece na dor do outro e por isso o ajuda. muito difcil
encontrar um defeito num povo com tantas qualidades. Mas vejo
que, depois de tantas dcadas de uma desastrosa Repblica, o
brasileiro desenvolveu tendncia de respeitar cada vez menos os
valores, as leis e os prprios indivduos. Isso uma ameaa s
nossas qualidades natas.
O que V.A. acha do atual momento brasileiro?A Repblica tem um problema srio de governabilidade, que
fora o Brasil a ser gerido atravs da corrupo. Isso cria uma
desiluso com relao Repblica. Desta maneira o povo no
acredita mais nas instituies, e a vida se transforma num vale
tudo. Em outras palavras, num completo desrespeito s leis e
civilidade.
Quais nossos principais problemas? O que faria para solu-cion-los?Hoje, para o pas ser governvel, a mquina precisa fomentar a
corrupo e esta, por sua vez, alimenta a inecincia. Os servios
pblicos prestados populao acabam sendo de pssima quali-dade. Na Blgica, Inglaterra, Espanha e outras monarquias, em
contrapartida, vemos a populao sendo tratada com dignidade,
especialmente os menos favorecidos.
Se tivesse que assumir o poder hoje, qual o primeiro ato de
V.A.? difcil materializar um ato concretamente. Acho que primeiro tra-
balharia para aproximar a populao de seu soberano. A Repbli-
ca no escuta e no une os cidados.
Nas viagens de V.A. representando a Famlia Imperial comotem sido a receptividade com relao monarquia, sobr-etudo dos jovens?Vejo um movimento jovem crescente, o que me enche de esper-
ana, porque cada vez mais a populao tem vontade de mudar
a situao poltica atual. E esto vendo que a Monarquia passa a
ser a melhor opo para esta mudana acontecer.
V.A. considera possvel a restaurao da Monarquia noBrasil para breve?H uma ruptura c lara o cidado e o governo. E isso no tem como
se sustentar a longo prazo. No vejo recuperao possvel para
Repblica. A restaurao da Monarquia passa a ser uma questo
de tempo.
De que fatores a restaurao depende?Basicamente de um grande trabalho de comunicao e educao,
em que se evidencie a falncia da Repblica e mostre que a
Monarquia o regime do futuro, e que as pessoas entendam queno coisa do passado.
V.A se sente preparado para dedicar-se exclusivamente causa monrquica, se a possibilidade da restaurao sedesse hoje?Com certeza. Fomos educados para servir ao pas, e tomo isso
como um dever e uma honra e no como direito.
Que atuao os monarquistas poderiam exercer com vistas restaurao da Monarquia?
Focar no trabalho de comunicao. Estabelecer um contato di-reto com ncleos da sociedade para conquistar mais brasileiros
causa. Sempre agindo de maneira humilde e generosa, como
bons brasileiros.
Vejo um movimento jovemcrescente, o que me enche deesperana, porque cada vez
mais a populao tem vontadede mudar a situao polticaatual. E esto vendo que aMonarquia passa a ser a melhoropo para esta mudanaacontecer.
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Museu Imperial apresentaberlinda de d. Pedro II restauradaMuseu Imperial
Aps um ano de trabalho intenso, a
equipe do Museu Imperial concluiu a
restaurao da Berlinda de Aparato
de d. Pedro II, veculo que o imperador
utilizava em ocasies solenes. A pea
foi apresentada ao pblico no dia 15
de dezembro.
A restaurao, que contou com pa-
trocnio da empresa petropolitana GE
Celma, a partir da Lei de Incentivo
Cultura, foi realizada s vistas do
pblico na Galeria de Restauro, sala
anexa ao Pavilho das Viaturas criadapara permitir que os interessados pu-
dessem acompanhar o trabalho dos
tcnicos. A partir de agora, o espao
receber outras peas para serem
restauradas publicamente.
O trabalho de conservao e restau-
rao da berlinda do imperador d.
Pedro II foi elaborado a partir de um
projeto de pesquisa minucioso e de-
talhado, sobre a histria da berlinda,
bem como o contexto histrico, so-
cial, poltico e cultural em que ela se
insere. Foram realizadas ainda pes-
quisas dos materiais e das tcnicas
que zeram parte da manufatura do
objeto, integrando campos disciplin-
ares distintos, tais como: bilogos,
conservadores, engenheiros, historia-
dores e historiadores da arte, restau-
radores e ainda prossionais artesos
especialistas em metais e bordados
da comunidade petropolitana, cujo
trabalho constitui uma raridade nos
dias atuais, armou Eliane Zanatta,
responsvel pelo Laboratrio de Con-
servao e Restaurao do Museu e
coordenadora do projeto.
Foi a primeira vez que a berlinda pas-
sou por uma interveno to compl-
exa. Alm da equipe do Laboratrio
de Conservao e Restaurao do
Museu Imperial, tambm trabalharam
no restauro pessoas da comunidade
petropolitana, capacitadas pelo Mu-
seu. Participaram ainda consultores
externos, a partir de convnios com
universidades e instituies de pes-
quisa.
Ainda segundo Eliane, a complexi-
dade do trabalho se d, em espe-cial, pelo carter nico e histrico da
pea. Todas as intervenes foram
fundamentadas em anlises labora-
toriais, testes qumicos, fsicos e bi-
olgicos, com objetivo de obter uma
maior compreenso e respeito pelos
objetos, requisito essencial quando
se trata de bens culturais, que leva a
posturas verdadeiramente conserva-
tivas. Intervir num bem de interesse
cultural, que documento histrico
e possui papel memorial, ato de ex-
trema responsabilidade, pois se trata,
sempre, de documentos nicos e no
reproduzveis, disse.
Alm de preservar esse patrimnio
brasileiro, o projeto permitiu tam-
bm um estudo aprofundado sobre a
pea. Foram descobertas, por exem-
plo, marcas de artesos que atuaramem sua manufatura, como ferreiros,
marceneiros e bordadeiros, e at a
prpria data provvel da nalizao
dos trabalhos do arcabouo at en-
to, acreditava-se ser 1837, mas uma
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17gravao na parte interna permitiu
corrigir a informao para 1835.
A Berlinda
A berlinda de aparato foi construda
pela rma britnica Pearce & Countz,
fornecedora da Casa Real Inglesa,
especialmente para a cerimnia de
sagrao e coroao de d. Pedro II,
ocorrida no dia 18 de julho de 1841.
Era utilizada pelo imperador em oc-
asies solenes, como os casamentos
de suas duas lhas, a abertura e o fe-
chamento da Assembleia Geral.
A carruagem foi confeccionada em
madeira e ferro e tem em seus el-
ementos decorativos prata, madeira
entalhada com folha de ouro e pintura
que remete a cana de acar, couro,
janelas em cristal, bordados e gales
em os dourados, estofamentos e
revestimentos em veludo de algodo,
etc. Puxada a oito cavalos, era conhe-
cida pela populao como Monte de
prata, devido ao material predomi-
nante, ou Carro cor de cana, em
razo de sua colorao.
Saudamos a Famlia Imperial do Brasil na pessoa do Chefe da Casa Imperial doBrasil, Dom Luiz de Orleans e Bragana. Receba os Votos do IBI Instituto BrasilImperial, de um Feliz Natal e um Ano de 2013, com a proteo de Deus, com muita
Sade, Perseverana, e Crena na pronta Restaurao da Monarquia Brasileira.
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b ili i l b
Mensagem ao Associado
Agradecemos a todos os associados militantes monarquistas, que cada um sua ma-neira contribuiu-o com o Instituto Brasil Imperial durante o ano de 2012. A perseveranae a sua participao, que nos d fora para continuar no rme propsito de restaurar a
Monarquia Parlamentar Constitucional.A participao da militncia tem sido crucial para a continuidade de nossos trabalhos,enviando sugestes e/ou manifestaes de apoio, escrevendo matrias para a GazetaImperial, coordenando os ncleos estaduais e/ou municipais, ou contribuindo nanceira-mente atravs do pagamento do boleto bancrio.Ainda contamos com os militantes que ajudam, postado em nossas pginas do Facebook,e ainda os que esto criando o blog gazetaimperialnarede e o frum Brasil Imperial, am-bos com lanamento para janeiro prximo. Com a entrada no ar, comunicaremos os linkspara poderem acessar.Se voc ainda no recebe o jornal Gazeta Imperial, faa seu cadastro e receba mensal-mente via eletrnica em PDF.O IBI no tem renda, a no serem as contribuies dos associados militantes por boletobancrios, cuja soma insuciente para pagar o telefone e a internet, sendo necessrio
colocar do bolso para completar as contas.Neste ms precisamos pagar o contador, as taxas de lei e a renovao dos registros demarcas e dos domnios e a manuteno de site e nossa caixa est com insucincia denumerrio.Solicitamos a sua colaborao, se voc j contribui por boleto e tem boletos pendentesfaa um esforo para efetuar os pagamentos, se voc ainda no autorizou a emisso deboletos, pode autorizar agora renovando seu cadastro pelo site: www.brailimperial.org.br.Se a sua vontade for de fazer uma contribuio especial, pode fazer um depsito bancrio:Banco Bradesco, Agencia: 0134, Conta: 71785-1, Favorecido: Instituto Brasil ImperialCNPJ: 00.649.568/0001-38.
O IBI voc, todos juntos vamos fazer as mudanas pretendidas na nossa amada Nao.
Atenciosamente,
IBI - INSTITUTO BRASIL IMPERIAL
Antonyo da CruzPresidente do Instituto Brasil Imperial