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A Coroa brasileira e o Cetro real de Portugal, produzidos na corte brasileira para a aclamação de Dom João VI

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A Coroa brasileira e o Cetro real de Portugal,

produzidos na corte brasileira para a aclamação de Dom João VI

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Seminário - A aclamação de Dom João VI no Rio de Janeiro:

O Rei e o Reino. Da Redação.

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Nos dia 05 e 06 de novembro, o Insti-

tuto Histórico e Geográfico Brasileiro

realizou o interessante seminário so-

bre a Aclamação de Dom João VI em

1818, na cidade do Rio de Janeiro,

primeira cerimônia dessa natureza

realizada nas Américas.

A abertura do evento se deu com as

palavras do presidente do IHGB, prof.

Arno Wehling, tendo à mesa a repre-

sentante do Ministério da Cultura Sra.

Magali Moura e o diretor do Museu

Histórico Nacional, prof. Paulo

Knauss, entre outros.

Seguiram-se os trabalhos, presididos

agora pelo prof. Antônio Celso, com a

apresentação pela profª. Maria de

Lourdes Viana Lyra (IHGB/UFRJ), da

Conferência de Abertura que desen-

volveu o tema: União Dinástica e rela-

ções científico – culturais, onde den-

tro dos avanços nessas áreas com a

transmigração da corte para o Brasil,

nos falas do capítulo específico que

foi o ensejado nessas áreas decorren-

tes do casamento do príncipe Dom

Pedro com a arquiduquesa Leopoldi

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na de Habsburgo, onde já no contrato

nupcial havia uma cláusula sobre o

envio de uma missão científica, cons-

tante de pesquisadores austríacos,

bávaros e tchecos. Realça a palestran-

te o renome alcançado por esses ci-

entistas com destaque para o botâni-

co Karl Philip Von Martius, que duran-

te toda a sua vida manteve estreitas

relações com o Brasil.

Seguiu-se um breve intervalo, onde,

na sala Barão do Rio Branco, foi aber-

ta a Exposição alusiva ao tema da

presença de Dom João no Brasil, onde

aos visitantes foram apresentados a

diversos objetos artísticos, entre eles

porcelanas e condecorações, material

bibliográfico, onde uma vasta biblio-

grafia sobre o tema foi mostrada a-

lém de documentos e iconografia.

O prosseguimento do seminário se

deu com a mesa presidida pelo histo-

riador prof. Guilherme Pereira das

Neves, mesa em que também estava

presente o cônsul geral de Portugal

no Rio de Janeiro, Sr. Jaime Leitão.

Cujo tema foi – A arte na Corte. Fo-

ram apresentados os seguintes traba-

lhos:

“Ao VI, ao grande, ao imortal João”:

elogios impressos ao soberano D.

João VI, pela profª. Ana Carolina

Delmas (PPGH/UERJ), abordando es-

pecificamente o ato de muitos auto-

res, quando da publicação de seus

trabalhos dedicarem os mesmos ao

soberano, geralmente de forma elo-

giosa, em alguns casos chegando ao

exagero, dentro de uma estratégia

compreensível de buscar a proteção

do homenageado.

D. João e a música na corte do Rio de

Janeiro, por Rosana Lanzelotte (Insti-

tuto Música Brasilis), discorrendo

sobre o desenvolvimento do campo

musical na corte bragantina no Brasil,

com destaque para os trabalhos do

padre José Maurício Nunes Garcia

como mestre de capela de Dom João,

por três anos seguidos, trabalho que

foi aliviado com a chegada de Marcos

Portugal e posteriormente do músico

alemão Sigismund Neukomm, que

passou cinco anos no Brasil e compôs

a musica da aclamação de D. João,

musica essa que foi apresentada no

seminário.

A arquitetura efêmera no período

joanino pela profª. Maria Pace Chia-

vari (UFRJ). Que trouxe nesse inte-

ressante tema, as diversas alegorias

criadas em diversas datas festivas e

comemorativas, tais como aniversá-

rios reais, casamentos e a aclamação

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e exemplificou a sua apresentação

com uma grande iconografia abor-

dando a chegada da arquiduquesa

Leopoldina e o casamento que se

seguiu, mostrando as diversas cons-

truções efêmeras erguidas então,

como arcos triunfais e a bela estrutu-

ra no porto para receber a bela noiva

e nossa futura primeira imperatriz,

seguindo apresentou aqueles criados

por ocasião da aclamação de Dom

João VI, com destaque novamente

para os arcos triunfais e a varanda

monumental criada especialmente

para a cerimônia, cujo interior figura

no folder do seminário. Encerrando

as apresentações o cônsul geral de

Portugal, Sr. Jaime Leitão proferiu

algumas palavras de agradecimento

pelos interessantes trabalhos apre-

sentados e incentivo aos trabalhos

que se seguiriam no dia seguinte.

Seguiram-se debates entre o público

e os palestrantes, momento que con-

tou com a participação do represen-

tante do Instituto Brasil Imperial, o

conselheiro Luís Severiano Soares

Rodrigues.

O segundo dia iniciou com a mesa

presidida pela profª. Vera Cabana,

cujo tema foi Monarquia e Sociedade,

com a apresentação dos seguintes

trabalhos:

A Historiografia Joanina, pela profª.

Lucia Guimarães (IHGB/UERJ). Que

fez uma criteriosa análise da historio-

grafia sobre o período dos dois lados

do Atlântico, que em muitos casos

visavam exaltar a figura do soberano,

e no outro espectro chamando a a-

tenção para o componente ideológi-

co, no caso dos portugueses, nota-

damente dos republicanos, quando

colocam na conta de D. João a perda

do Brasil. Em seguida fez uma grande

justiça quando coloca a obra de Oli-

veira Lima _ Dom João no Brasil, co-

mo o divisor de águas na historiogra-

fia joanina, que com essa obra mo-

numental analisou todos os aspectos

do trabalho do soberano e a conjun-

tura adversa com que teve de convi

ver e alcançou resultados notáveis.

Ordens Honoríficas e sociedade, pela

profª. Camila Borges (UERJ), que teve

reconhecimento recente pela origina-

lidade da escolha do tema e uma a-

bordagem das implicações sociológi-

cas inerentes aos elementos simbóli-

cos na motivação dos homens e o seu

potencial de estímulo. Demonstrando

a ascensão dos negociantes de grosso

trato entre os condecorados ao longo

do reinado de D. João, pelas grandes

contribuições quando da necessidade

do Estado, ensejando em muitos ca-

sos estratégias familiares de presta-

ção de serviços, que em última análi-

se beneficiaram o Estado em decor-

rência da vaidade humana, compre-

ensiva pelo fato dos seres humanos

serem motivados pelo dever e o con-

seqüente reconhecimento dessa en-

trega na defesa e na grandeza da Pá-

tria, que em não poucas vezes ense-

jou grandes heroísmos.

A Real Ordem da Torre e Espada, de

Valor e Lealdade: uma Ordem honorí

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fica e militar do Reino Unido de Portu-

gal, Brasil e Algarves, pelo engenheiro

António Miguel Trigueiros (Academia

Portuguesa da História/Instituto D.

João VI), que começou apresentando a

mensagem do Presidente do Instituto

D. João VI, Senhor Dom Filipe, Conde

do Rio Grande, quinto-neto desse nos-

so Rei que muito agradeceu a realiza-

ção desse seminário pelo IHGB. Em sua

palestra o Dr. Trigueiros trouxe vários

elementos inéditos sobre essa Ordem

Honorífica, criada em função da não

existência de ordem honorífica civil que

pudesse ser outorgada para não católi-

cos, em função do caráter religioso,

então, das ordens existentes. Em fun-

ção disso pôde-se condecorar muitos

militares ingleses, que muito se dedica-

ram à causa portuguesa, seja no trans-

lado da corte para o Rio de Janeiro, seja

no enfrentamento dos franceses na

Guerra Peninsular, vale notar que essa

distinção foi muito valorizada pelos

britânicos, obviamente essa ordem foi

luso-brasileiros. Conta-nos o palestran-

te que em função dos acontecimentos

usada também para condecorar os

dramáticos da guerra civil começada

com a usurpação de D. Miguel, fez com

que D. Pedro, já Duque de Bragança e

regente em nome de sua filha D. Maria

II, cria uma nova Ordem da Torre e

Espada, agora militar do valor, mérito e

lealdade, e após a vitória das forças

constitucionais contra os absolutistas,

em 1834, estingue a Ordem criada em

1808. Sendo, hoje, a Ordem da Torre e

Espada, a mais elevada honraria con-

cedida pelo Estado Português.

Seguiu-se uma nova mesa presidida

pelo alte. Armando de Sena Bitten-

court, para a conferência de Encerra-

mento da profa. Lucia Bastos

(IHGB/UERJ). A exaltação da monarquia

na América: D. João e aclamação em

1818. Abordou a palestrante as diver-

sas versões existentes para o fato do

adiamento da aclamação do soberano,

dado que sua mãe falecera em 1816, e

esperou-se um longo tempo para a

realização dessa cerimônia, deveras

simbólica e importante no contexto das

instituições monárquicas. Reportou-se,

a palestrante, aos diversos aspectos,

alguns até simbólicos, como o período

de luto a ser observado na corte, mas

também elementos de políticos como

as acomodações políticas no contexto

europeu pós Congresso de Viena, além

de problemas internos como a revolta

de Gomes Freire em Portugal e a Revo-

lução Pernambucana no Brasil. Trouxe

também a palestrante as impressões

de observadores estrangeiros sobre a

conjuntura interna no Rio de Janeiro,

tais como os representantes francês e

norte americano. Finalizou a conferen-

cista se reportando a Revolução consti-

tucional do Porto em 1820, que precipi-

ta o retorno do monarca, a contragos-

to, para Portugal no ano seguinte.

Seguiu-se a sessão de debates, onde

coube ao nosso conselheiro, lembrar

que as críticas a D. João VI, pela histo-

riografia portuguesa guardam uma

grande injustiça, pois a estratégia utili-

zada por D. João foi extremamente

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exitosa, haja vista que se compararmos

com o caso espanhol, mostra toda a

sua proficiência, já que o soberano es-

panhol Fernando VII (cunhado e genro

de D. João), não vislumbrou a possibili-

dade de transmigrar a sua corte para a

América, e com isso ficou prisioneiro

dos franceses e perdeu 99 % das suas

colônias americanas de forma definiti-

va. Já a estratégia portuguesa conser-

vou a sua colônia americana por um

bom tempo, passando pela elevação do

Brasil à condição de reino e posterior-

mente e genro de D. João), não vislum-

brou de transmigrar a sua corte para a

América, e com isso ficou prisioneiro

dos franceses e perdeu 99% das suas

colônias americanas de forma definiti-

va. Já a estratégia portuguesa conser-

sou a sua colônia americana por um

bom tempo, passando pela elevação do

Brasil à condição de rino e posterior a

sua independência. Mesmo nesse pon-

to a sagacidade de D. João VI ficou pa-

tente, pois sabia que dificilmente os

brasileiros aceitariam qualquer retro-

cesso na sua nova condição política e

econômica, e aconselhou o seu filho

primogênito a usar todos os meios disponíveis para colocar na sua cabeça a coroa des-

se novo país independente, e assim se deu e Pedro I fundou o Império do Brasil. À ar-

gumentação do nosso conselheiro acrescentaríamos que a atitude de D. João ficou

como exemplo para a história, e na Segunda Guerra Mundial muitos soberanos euro-

peus fixaram seus governos em Londres, para poderem guiar os seus povos contra os

agressores. Finalizando o seminário, no terraço do IHGB foi lançado o livro - A Viagem

das Insígnias. Valor e Lealdade, do palestrante eng. António Miguel Trigueiros, que

numa belíssima edição conta a história da Ordem da Torre e Espada, trazendo vasta

iconografia e muitos documentos inéditos, atestando a estima com que foi considera-

da essa ordem honorífica, fechando com chave de ouro esse importante evento.

Encerramento do Seminário

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IHGB 180 Anos. Da Redação.

No dia 07 desse mês foi realizada a cerimônia comemorativa dos cento e oitenta anos da fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, cuja data de fundação se dá em 21 de ou-tubro. Contou o evento com a participação de um grande público entre sócios da instituição e convidados, nesse even-to o Instituto Brasil Imperial foi repre-sentado pelo Conselheiro Luís Severi-ano Soares Rodrigues. A cerimônia começou com a execução do hino nacional pela banda do bata-lha de guardas, e numa mesa com-posta pelo presidente profº. Arno Wehling, pela secretária Profª. Lucia Guimarães, pelo vice-cônsul portu-guês Sr. João de Deus, pelo ministro da cultura Sr. Sérgio Sá Leitão, pelo presidente da Academia Brasileira de Letra, prof. Marco Luchesi, pelo pre-sidente do IHG do Ceará, Dr. Lúcio Alcântara e pela presidente do IHG do Rio de Janeiro Sra. Neusa Fernandes. Em seu discurso o presidente Wehling traçou em linhas gerais a saga da

constante construção dessa instituição longeva nesses 180 anos, e sua constante renovação que possibilita chegar nessa marca que o coloca entra as mais antigas instituições culturais do país, prestando relevantes serviços à cultura brasileira e

Mesa diretora cerimônia 180 anos do IHGB

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Conselherio Luis Severiano entre o capitão de corveta Carlos Lopes

e o capitão de fragata Paulo Castro, historiadores navais. contribuindo de forma inequívoca para construção da identidade brasileira. Dentre os grandes nomes que muito contribuíram para a construção do IHGB, o prof. We-hling elegeu o Imperador D. Pedro II, como o nome síntese que possibilitou essa perenidade que hoje faz do IHGB uma instituição comprometida não só com o pas-sado, mas também com o futuro do Brasil, que dialoga com as instituições congê-neres estaduais, ampliando assim o sentido da nacionalidade. Comprometida nes-se momento também com os eventos a se verificarem nas comemorações do bi-centenário da Independência Brasileira. Em seguida o Sr. Ministro da cultura profe-

riu algumas palavras realçando a im-portância dessa efeméride para um país como o Brasil, e exaltando que esse exemplo seja cada vez mais se-guido dentre as instituições culturais. Em seguida fez o Senhor Vice-cônsul geral, o uso da palavra para transmitir as palavras do cônsul geral, o qual representava, e também em seu no-me agradeceu a possibilidade de po-der representar o seu país nesse e-vento de uma instituição que tanto dialoga com instituições congêneres portuguesas. Seguiu-se a apresenta-ção, pela secretária Profª Lúcia Gui-marães do relatório anual da institui-ção apresentando as realizações do corrente ano, e com grata surpresa verificamos nesse relatório o nome do nosso conselheiro, Luís Severiano Soares Rodrigues, entre os doadores que contribuíram para a ampliação do acervo documental do IHGB. Encerrando o evento o orador da ins-tituição, embaixador Alberto da Costa e Silva, prestou a homenagem aos sócios falecidos no ano corrente. Cabendo ao presidente encerrar for-malmente a sessão comemorativa, e convidou os presentes para um co-quetel na cobertura do IHGB.

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Resenha – O Mistério do Livro Perdido. Da Redação.

Com grande satisfação a Gazeta Imperial,

trás ao conhecimento dos seus leitores a

incursão pela ficção de um autor muito

conhecido pelos seus trabalhos sobre

história, esse autor vem a ser Dom Carlos

Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, e o

trabalho a ser apresentado é: O Mistério

do Livro Perdido - Aventuras de uma

família paulista do Império à república.

Viajante do Tempo Editora – Rio de Ja-

neiro – 2018.

Com o sugestivo argumento de um livro

lendo o seu conteúdo, ao mesmo tempo

em que por algumas vezes muda de do-

no, temos a narrativa de umas duas ge-

rações de uma família de cafeicultores do

Vale do Paraíba paulista, num processo

de ampliação dos seus horizontes pelas

experiências vividas, assim o patriarca

barão e a baronesa de Caiuá, resolvem

empreender uma viagem à Corte para

agradecer ao Imperador essa titulação,

mas antes deixam os seus filhos sobre a

guarda de uma preceptora alemã. Em

audiência no Paço de São Cristóvão ficam

encantados com a simplicidade do sobe-

rano e numa conversa edificante com o

mesmo sentem que ficaram confiantes

com os destinos da nação, após conhece-

rem o chefe do Estado. Nessa viagem

também houve espaço para uma reapro-

ximação do barão com a religião, o que

vai engrandecer a sua vida dali para fren-

te.

Os filhos desse casal também seguirão

uma trajetória que coroa o esforço e a

dedicação à família, assim teremos um

fazendeiro, um religioso que chegará a

bispo, um músico e uma modista de su-

cesso.

Naturalmente todos eles passam pelas

diversas mudanças vividas pelo país,

como a grandiosa campanha abolicionis-

ta e a abolição da escravidão e o movi-

mento reacionário que culminou com o

golpe de Estado que implantou a repúbli-

ca, ou melhor, a republiqueta no nosso

país, e o consequente exílio da nossa

dinastia.

Mas mesmo a segunda geração mantém

as suas convicções monarquistas, mas

encaram os desafios que essas mudanças

impuseram. Assim após a morte dos pais

os filhos seguem unidos, suas vidas. E o

primogênito Alberto começa a buscar

alternativas produtivas para diversificar a

sua produção e com a ajuda de outros

fazendeiros e um veterinário empreen-

dem uma viagem à Índia, buscando tra-

zer matrizes de raças bovinas indianas,

mais resistentes, para serem adaptadas

no Brasil, o que se dá por interessante

viagem pelo Atlântico sul e pelo Índico

passando pela África com destaque para

Moçambique, até chegarem à capital da

Índia portuguesa, Goa, que os encanta

por encontrarem uma cultura semelhan-

te à sua nesse ponto do Oriente, e com a

ajuda do Bispo de Goa, Patriarca do Ori-

ente, que conheceram por intermédio do

irmão Pedro de Alberto, Bispo aqui no

Brasil. Essa ajuda lhes franqueará uma

audiência com o Marajá de Jaipur, que

lhes venderá as tão desejadas matrizes

das raças indianas que revolucionarão a

pecuária brasileira. Vale dizer que as

experiências da estadia na Corte do Ma-

rajá os marcarão positivamente. A via-

gem de retorno perpassará em sua maior

parte o mundo português, até Lisboa e

de lá para o Rio de Janeiro e para Santos,

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passando pelas aventuras galantes do veterinário Dr. Aníbal e

uma viúva rica. A trama se conclui com a chegada do companhei-

ro de viagem Xavier, com as matrizes compradas do Marajá de

Jaipur, que vem também com uma desilusão amorosa.

SINOPSE Um livro que lê a si mesmo e medita sobre o caráter efêmero

da vida e das obras literárias.

Uma deliciosa viagem que nos leva a conhecer o ambiente

da corte imperial no Rio de Janeiro, a Lisboa do início do sé-

culo 20 e lugares exóticos, como Zanzibar, na costa da Áfri-

ca, e a mítica Goa dos portugueses na Índia. O roteiro e os

personagens são fictícios, mas o pano de fundo é solidamen-

te histórico.

Uma oportunidade de conhecer melhor o Brasil num dos

momentos mais decisivos e transformadores, entre a aboli-

ção da escravidão, a queda da monarquia e os primeiros

anos da república.

DADOS DO PRODUTO

Título: O MISTERIO DO LIVRO PERDIDO: AVENTURAS DE UMA

FAMILIA PAULISTA DO IMPERIO A REPUBLICA

isbn: 9788563382801

segmento específico: ROMANCE HISTORICO

idioma: Português

encadernação: Brochura

formato: 16 x 23 x 1

páginas: 176

ano de edição: 2018

ano copyright: 2018

edição: 1ª

Autor: Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo Bragança

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Trata-se de encantador romance histórico de Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, trineto de D. Pedro II e chefe do ramo da família imperial brasileira dos Sa-xe-Coburgo e Bragança. Este criativo romance histórico de Dom Carlos Tasso mostra aspectos importantes da vida no final do Brasil Império e nos primeiros anos da república, sob o ponto de vista de duas gerações de fazendeiros de São Paulo. Segundo as palavras do jornalista e escritor Laurentino Gomes, que assina a contracapa: “Um livro que lê a si mesmo e me-dita sobre o caráter efêmero da vida e das obras literárias. O barão e a baronesa do café do Vale do Paraíba –, pessoas esforçadas, trabalhadoras, embora relativa-mente incultas –, cujas existências são profundamente transformadas após uma audiência com o impe-rador Pedro II. A extraordinária jornada marítima de um grupo de fazendeiros paulistas ao encontro do marajá indiano criador de vacas

sagradas que haveria de transfor-mar para sempre os destinos da pecuária brasileira. São estes al-guns dos ingredientes deste encan-tador romance histórico de Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança. Trineto do segundo im-perador brasileiro, ex-cafeicultor no Paraná, empresário e membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Dom Carlos vinha se notabilizando até agora no ter-reno da não-ficção, como autor de diversas obras alicerçadas em sóli-da pesquisa histórica, caso de O imperador e a atriz, de 2007, A princesa flor, de 2009, e A intriga, de 2012. Esta sua nova incursão literária, desta vez pelo mundo da ficção, confirma sua condição de autor versátil, profícuo e talentoso. Nela, os leitores são convidados a embarcar numa deliciosa viagem que os levará a conhecer o ambi-ente da corte imperial no Rio de Janeiro, a Lisboa do início do sécu-lo 20 e lugares exóticos, como Zan-zibar, na costa da África, e a mítica

Goa dos portugueses na Índia. O roteiro e os personagens são fictí-cios, mas o pano de fundo conti-nua solidamente histórico. Por es-sa razão, o passeio guiado pelo texto de Dom Carlos nos oferece também a oportunidade conhecer melhor o Brasil num dos momen-tos mais decisivos e transformado-res, entre a abolição da escravi-dão, a queda da monarquia e os primeiros anos da república.” No momento este livro está dis-ponível na Livraria da Travessa, Livraria Galileu e no site da edito-ra www.viajantedotempo.com . Outras livrarias em breve. A Editora Viajante do Tempo par-ticipará da Festa do Livro da USP, em São Paulo, de 28 de novembro a 1º de dezembro, no seguinte endereço: AV. PROF. MELLO MO-RAES, TRAVESSA C, CIDADE UNI-VERSITÁRIA (USP), SÃO PAULO - ESPAÇO AZUL, ILHA 16. Será uma boa oportunidade de adquirir este livro com grande desconto.

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De volta ao Palácio Luís Severiano Soares Rodrigues

Analisando a tragédia de São Cristóvão, quando o Palácio Imperial

brasileiro ardeu em chamas, verificamos que aquelas explosões

certamente se deram pela quantidade de material inflamável lá

depositada, como álcool, elemento usado para a conservação de

espécimes nas áreas de zoologia e biologia, ou ainda produtos

que queimados geram gases tóxicos como o clorofórmio.

Palácio sc primórdios (1)

Outra constatação é a de que o Museu Nacional fica sobre a égide

da Universidade Federal do Rio de Janeiro, por ser um museu de

ciências naturais e a essas ciências serem agregados diversos cur-

sos. Assim um patrimônio artístico e histórico estava sobre a

guarda de uma instituição incompetente para essa tarefa, e o

resultado de tal incompetência foi a tragédia traumática que não

sai das nossas mentes. Então a prudência nos obriga a pensarmos

soluções que impossibilitem que tal tragédia se repita. A única

solução possível é a mudança do Museu Nacional para um novo

prédio, moderno construído unicamente para abrigá-lo, com to-

das as sofisticações que o ensino das ciências naturais merece.

Palácio sc primórdios (2)

Resta então o renascimento do Palácio de São Cristóvão como

palácio, passando por uma restauração criteriosa tal como ele era

nos tempos do Império, ou o máximo parecido possível, inclusive

a capela há muito desaparecida. Assim temos como fazer nascer

um Versailles tropical, e como tal uma grande atração turística de

alto nível, que atrai um grande público buscando ver história e

arte, bem como um parque lindo e bem cuidado.

Essa solução é plenamente factível, uma vez que as reservas téc-

nicas de museus como o Histórico Nacional, o Nacional de Belas

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Artes e o Imperial tem muito material que pode ser usado, sem

prejuízo para esses museus, além de, em outros museus haver

peças soltas que podem ser transferidas sem prejuízos para os

museus em questão, nesse caso podemos citar o Museu da Cida-

de, no Rio de Janeiro, e na mesma cidade o Museu de Arte Sacra

da catedral Metropolitana que abriga um trono imperial, antiga-

mente localizado no Paço da Cidade e salvo pelas freiras do Con-

vento do Carmo, ao lado do dito palácio.

Palácio sc primórdios (3)

Dadas as dimensões do Palácio de São Cristóvão, podemos até

copiar Versailles e criar uma Galeria das Batalhas, com cópias

fidedignas dos famosos quadros sobre batalhas espalhados pelos

museus brasileiros, notadamente sobre a expulsão dos holande

ses e as batalhas nos campos do Paraguai. Outra inovação seria a

criação de uma grande Galeria de Retratos da nobreza brasileira,

criando-se assim uma “Portrait Galery”, que não existe no Brasil.

Essa solução é a única que recupera o Palácio e lhe dá um destino

realmente nobre e com apelo econômico viável pelo retorno co-

mo atração turística sofisticada, atraindo um público que visita a

Imperial Cidade do Rio de Janeiro e passa longe da Quinta da Boa

Vista, e para reforçar o apelo econômico, basta fazermos uma

analogia com o Museu Imperial que é o mais visitado em todo o

Brasil, perdendo somente, nos últimos anos, para o Museu do

Amanhã que tem um apelo midiático e tecnológico, mas quando

tivermos o Versailles brasileiro essa posição certamente será a-

meaçada.

Palácio sc completo (4)

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Sala do trono Gabinete de D. Pedro II

Trono de Dom Pedro II Sala dos Embaixadores

O Autor é Economista e Historiador.

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129 anos de melancolia. Theofilo Vandeley.

Os 129 anos completados este mês

pela república em nada nos lembra

uma respeitável senhora mais que

centenária, na verdade quem come-

morou esse aniversário foi a quinta

república, começada em 1985, pós

derrocada da ditadura militar, e que

era chamada, eufemisticamente, de

nova república, mas isso demorou

pouco, pois logo viram que era a

mesma república corrupta de sem-

pre. Mas uma coisa perdura a demo-

cracia formal, que efetivamente não

ajuda muito e não uma unanimidade,

pois muitos crêem que o presidente

democraticamente eleito em outubro

passado, possa facilmente se trans-

formar em um ditador, ou seja, nem a

percepção de que a democracia seja

uma força perene, esta plenamente

cristalizada, muito pelo contrário.

Seja como for o balanço da quinta

república realmente não é bom no

quesito corrupção, e a Operação La-

va-Jato continua cheia de trabalho,

no Rio de Janeiro novas operações

acontecem para desmontar esque-

mas montados pelo mega corrupto,

ex-governador, Sérgio Cabral, o últi-

mo mantido pelo “inocente” gover-

nador Pezão, que manteve o lotea-

mento de cargos no Detran em troca

de passar demandas do governo na

Alerj (Assembléia Legislativa), numa

escuta telefônica um dos envolvidos

fez uma afirmação curiosa, dizendo

que a Alerj na verdade é a Casa das

Primas, isso subverte a sabedoria

popular, que sempre afirmou que a

Alerj é a casa dos Filhos das Primas,

mas isso será apurado devidamente.

Nesse evento de 10 indiciados só

prenderam 7 pois 3 já estavam pre-

sos, que recebiam mesadas polpudas,

uma vergonha.

Em Curitiba o presidiário Lula teve de

se explicar por que mandava e des-

mandava no sítio que não era seu,

bem como não pagou pelas reformas

feitas sob medida para ele e sua fale-

cida senhora, que o “dono” do sítio

disse que não pediu, e portanto tam-

bém não quis pagar, mas que curio-

samente a Construtora Odebrecht ,

que fez as reformas não cobrou de

ninguém, simplesmente executou.

Como essa história estava sem pé

nem cabeça, os empreiteiros confir-

maram que o pagamento saiu da con-

tabilidade paralela, via superfatura-

mentos vários, da conta PT/Lula, aí

começa a fazer sentido que uma obra

tenha sido executada e paga mesmo

que o interessado negue que a tenha

pedido, até porque ele abriu as por-

tas para as obras serem realizadas.

Então o Sr. Lula terá de se explicar

melhor. Seja como for, o país está,

em compasso de espera, até começar

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o novo governo, e terminar esse curi-

oso governo que se manteve com

baixíssimo apoio popular, mostrando

que algo muito estranho no conjunto

institucional que sustenta a república.

Por falar em conjunto institucional,

este conjunto está intacto , ou seja, a

república dos ladrões continua vigen-

te. O novo governo, em fase de estru-

turação promete diminuir a corrup-

ção, nesse sentido a escolha do minis-

tro Sérgio Moro foi uma excelente

sinalização, e consolida a estratégia

do presidente Bolsonaro de agregar

nomes de prestígio ao seu governo,

ao contrário do que os advogados do

presidiário Lula, que vêem na escolha

de Moro uma atitude suspeita e

comprometedora em desabono ao

juiz Moro. Pelo contrário, ao esco-

lher-lo, é Bolsonaro que se beneficia

do prestígio de Moro, Moro por sua

vez já deixou claro que aceitou para

poder consolidar o conjunto de me-

didas para combater e punir os cor

ruptos que são uma praga perene

nesses 129 anos vamos ver se o mi-

nistro Moro terá sucesso. Outro pon-

to importante é que ele terá controle

sobre a Polícia Federal e certamente

escolherá uma cúpula comprometida

com o combate à corrupção. No cam-

po da Segurança Pública o futuro mi-

nistro também já esboçou medidas

sérias a serem implementadas para

dificultar a vida dos criminosos, va-

mos esperar para ver.

Pelos avanços e recuos na formação

do ministério temos de constatar que

o governo em formação não conhece

as questões simbólicas que movem o

povo brasileiro, então temos propos-

tas como retirar o status de ministé-

rio para a pasta do trabalho, o que é

imprudente quando acusam, infun-

dadamente, o próximo governo de

querer retirar direitos dos trabalha-

dores. A redução do número de mi-

nistérios é mais do que bem vinda,

mas os elementos simbólicos não

podem ser desprezados. As diretrizes

de transparência na área econômica

são excelentes, principalmente na

abertura da caixa preta do BNDES,

vamos esperar para ver sê se concre-

tiza. Quanto as propostas de privati-

zações vamos esperar para ver se os

critérios utilizados serão racionais e

coerentes. Duas propostas, que de-

fendemos há muito tempo, são agora

defendidas pelo presidente eleito,

são elas a utilização de tecnologia

israelense no semi-árido brasileiro e o

turismo tratado profissionalmente.

Em ambos os casos sê se concretiza-

rem termos dado um passo à frente.

Mas ainda é cedo, devemos esperar,

pois os entraves do presidencialismo

estão aí para atrapalhar tudo, vamos

ver se o deputado Bolsonaro, que só

tem experiência no legislativo saberá

pilotar a máquina do executivo e se

livrar do peso desses 129 anos de

corrupção endêmica.

O autor é um observador atento,

mas é um cético em relação à repu-

bliqueta em que.vivemos.

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