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GAZETA IMPERIAL Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Ano XXIII Numero 270 Julho 2018 Palácio Isabel, rebatizado de Palácio Guanabara.

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    Palácio Isabel, rebatizado de Palácio Guanabara.

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    Palácio Isabel – A Reparação. Da Redação.

    Finalmente, após 120 anos, tudo leva a crer que o STF se

    pronunciará em definitivo sobre a questão da propriedade

    do Palácio Isabel, hoje rebatizado de Palácio Guanabara,

    pelos ladrões que dele se apropriaram. Na verdade vem a

    ser a residência da Princesa Imperial e sua augusta família, o

    qual foi apropriado pelos primeiros governos da república,

    sem indenização para a sua proprietária, sob a alegação que

    o mesmo fôra adquirido com recursos públicos, uma vez que

    os recursos usados na sua aquisição foi o destinado ao dote

    da princesa, o qual vinha a ser uma obrigação constitucional

    e o dote era propriedade da princesa, assim a república se

    apropriou de uma propriedade privada da família Imperial, e

    após uma longa batalha judicial, cremos que a república dos

    ladrões terá de indenizar os herdeiros de sua legítima

    proprietária ao tempo de sua apropriação indébita. O

    advogado responsável pela defesa da causa é o augusto Sr.

    D. Alberto de Orleans e Bragança, irmão do chefe da Casa

    Imperial.

    Como sempre temos de registrar uma situação vivida no

    palácio sob a republiqueta em que nós vivemos, quando em

    1938 os integralistas cercam o palácio com o intuito de

    assassinar o presidente Getúlio Vargas, o que não se deu por

    pouco, tendo a guarda conseguido se recompor e rechaçar

    os invasores. Coisas da república.

    Para maiores informações recomendamos o trabalho do Sr.

    Guilherme de Faria Nicastro - trabalho “O direito de

    propriedade na transição política: uma análise do ‘Caso do

    Palácio Guanabara’”, que pode ser lido na íntegra no site da

    Biblioteca Digital da instituição FGV por meio do link

    http://hdl.handle.net/10438/19699.

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    Colaborou nessa matéria a equipe de Juiz de Fora.

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    Boas notícias da Rússia Luís Severiano Soares Rodrigues

    Infelizmente a Seleção Brasileira de Futebol não conseguiu trazer

    o hexacampeonato da Rússia, então para os leitores da Gazeta

    Imperial não ficarem decepcionados, resolvemos lembrar a

    passagem de D. Pedro II por esse país, quando da sua segunda

    viagem em 1876-1877, e por lá deixou uma excelente impressão.

    O Imperador chegou a São Petersburgo, capital do

    Império Russo, na madrugada do dia 30 de agosto, após uma

    viagem de três dias pela Finlândia. Nunca é muito lembrar que as

    viagens do nosso Imperador eram custeadas pelos seus recursos

    particulares, além de fazer questão de frisar que sua viagem era

    de turismo e estudos, para termos uma confrontação com os dias

    atuais, quando o ministro dos esportes vai ver a Copa do Mundo à

    “trabalho” recebendo uma diária de R$ 17.000,00, sem contar a

    comitiva que ele leva a tiracolo.

    Após um breve descanso, após se acomodar no hotel, SMI

    começa sua intensa maratona de visitas as instituições relevantes

    daquela cidade. Assim logo cedo foi ao mosteiro de Novodjevitch

    assistir o serviço religioso no rito ortodoxo. Depois ele visitou o

    Instituto Smolna, o Instituto de Filosofia, o Santo Sínodo e o

    Instituto Tecnológico, onde se realizava o Congresso de

    Orientalistas, do qual SMI participou e foi homenageado com o

    título de membro de honra do evento, evento esse que tinha em

    um dos seus focos as línguas orientais que muito interessavam ao

    augusto viajante. Fechando o dia foi à Catedral de Santo Isaac.

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    No dia seguinte com grande interesse

    visitou a Biblioteca Pública da cidade,

    quando foi acompanhado pelo conde

    Tolstoi, ministro da Instrução Pública, e

    grande escritor, mundialmente

    conhecido, nessa instituição examinou a

    coleção de manuscritos hebraicos, com

    grande atenção. Nesse mesmo dia foi

    recepcionado na Universidade e na

    Academia de Ciências, quando conversou

    sobre diversas ciências com seus doutos

    interlocutores.

    A programação do dia 03 começa com a

    missa na Catedral de Kazan e termina

    com a ida ao teatro para assistir um balé

    famoso. Nos seguintes dias visitou outras

    instituições científicas como o Jardim

    Botânico e o palácio suntuoso de

    Peterhof, quando deve ter se lembrado

    das suas modestas casas. Após jantar

    com o conde Tolstoi visitou a Fortaleza

    de Cronstadt.

    No último dia de estada na capital russa,

    07 de setembro, participou dos festejos

    dessa data na Legação Brasileira, que era

    chefiada pelo barão de Alhandra. Logo

    cedo na manhã seguinte partiu de trem,

    para Moscou. A repercussão da presença

    de D. Pedro II na capital russa foi grande

    e todos os jornais da cidade se ocuparam

    do augusto viajante nos mais lisonjeiros

    termos. Além de ter despertado uma

    grande simpatia no povo da capital.

    Na chegada em Moscou foi recebido

    pelas autoridades locais e por dignatários

    enviados pelo Czar. Nessa cidade

    encontrou seu caro amigo o conde de

    Gobineau, que fora ministro da França

    no Rio de Janeiro e era um grande

    orientalista, servia então Gobineau na

    Suécia, e o governo francês autorizou

    uma licença para ele poder acompanhar

    o seu amigo na viagem ao Império Russo.

    Fez questão de ir à Colina dos Pardais, de

    onde tinha uma visão panorâmica da

    cidade. Visitou o Museu de Armas, a

    Universidade, a Catedral de São Salvador,

    além de outros monumentos e o teatro.

    No segundo dia em Moscou, entre outros

    lugares, visitou a Catedral de São Basílio

    e a Casa dos Romanoff. Em seguida

    visitou o Museu Técnico e a Escola

    Straganof de desenho, antes havia

    visitado o Hospício dos Enjeitados.

    No dia 15 participou de uma longa sessão

    da Sociedade dos Naturalistas. No jantar

    foi convidado do governador geral de

    Moscou, o Príncipe Dougoroukof. No dia

    seguinte em Nijni-Novgorod conheceu o

    Mosteiro de Serguiersky (São Sérgio),

    retornando à Moscou, na companhia dos

    condes Tolstoi e Gobineau, conheceu o

    famoso Instituto, de línguas orientais,

    Laret, onde na biblioteca analisou os

    manuscritos armênios e um raríssimo

    Evangelho, também armênio, dos demais

    manuscritos orientais, ficou encantado

    com a magnificência de um exemplar do

    Schah Namé. SMI visitou todas as

    dependências do Instituto, bem como

    pode falar com alunos do mesmo.

    No dia 18, o Imperador e comitiva se

    dirigem para a Ucrânia, então parte do

    Império Russo. Na cidade de Kursk

    visitou uma Instalação fabril de material

    bélico, passou ainda por Tula, até chegar

    em Kiev, capital ucraniana, onde logo

    depois de se instalar no Grand Hotel,

    passa a visitar as atrações, como o

    Mosteiro de Kiev-Pestchersky, a

    Universidade, onde a coleção de obras

    raras despertou a sua admiração, e

    também o colégio Galagane. À noite SMI

    foi ao teatro assistir uma ópera de Verdi.

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    Em 23 de setembro a comitiva chega à

    Criméia, onde em Odessa, na

    Universidade o Imperador e recebido

    com grande efusão e homenagens tendo

    recebido o diploma de membro

    honorário da mesma, certamente essa

    homenagem equivale a um doutorado

    honoris causa, e as opiniões dos

    professores em relação ao novo colega

    foram as mais lisonjeiras possíveis. Ainda

    na Criméia visita Sebastopol e em Ialta se

    avista com o Czar Alexandre II, e como

    convidado dos soberanos russos foi para

    a vila imperial da cidade de Livadia, onde

    passou o dia, tendo almoçado e jantado

    com os soberanos russos, tudo num

    ambiente de grande cordialidade e

    simpatia para com o soberano e sua

    comitiva. A viagem prosseguiu para o

    Império Otomano.

    Então são essas as boas notícias que

    trazemos da Rússia, às quais agregamos

    o fato do presidente Temer, em visita aos

    russos em junho, próximo passado, ter

    recebido de presente do presidente

    Putin, cinco cartas enviadas por D. Pedro

    II a Alexandre II, as quais foram enviadas

    para o Museu Imperial na cidade de

    Pedro. O autor é economista e

    historiador.

    A história esquecida do 1º barão negro do

    Brasil Império, senhor de mil escravos Marcus Lopes - BBC News Brasil 15/07/2018 - Fotos Mônica de Souza Destro/Arquivo da família

    Almeida fazia parte de um pequeno

    grupo de mestiços de origem africana

    que conseguiram ascender financeira e

    socialmente

    Um próspero fazendeiro e banqueiro do

    Brasil nos tempos do Império, dono de

    imensas fazendas de café, centenas de

    escravos, empresas, palácios, estradas de

    ferro, usina hidrelétrica e, para

    completar a cereja do bolo, de um título

    de barão concedido pela própria Princesa

    Isabel. A biografia do empresário mineiro

    Francisco Paulo de Almeida, o Barão de

    Guaraciaba, não seria muito diferente de

    outros nobres da época não fosse um

    detalhe importante: ele era negro em um

    país de escravos.

    No ano em que a Lei Áurea completa 130

    anos, vale a pena conhecer a trajetória

    do primeiro e mais bem-sucedido barão

    negro do Império, um personagem

    praticamente desconhecido na História

    do Brasil. Empreendedor de mão cheia e

    com grande visão de negócios em um

    país ainda essencialmente agrário, ele

    tem uma trajetória que lembra a de

    outro barão empreendedor do Império,

    este bem mais famoso: o Barão de Mauá.

    Com um patrimônio acumulado de 700

    mil contos de réis, que garantia ao dono

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    status de bilionário na época em que

    viveu, Almeida nasceu em Lagoa

    Dourada, na época um arraial próximo a

    São João del Rei, no interior de Minas

    Gerais, em 1826.

    A origem da sua família é pouco

    conhecida. Filho de um modesto

    comerciante local chamado Antônio José

    de Almeida, na certidão de batismo

    consta como nome da mãe apenas

    "Palolina", que teria sido uma escrava.

    "Infelizmente não sabemos o destino de

    Palolina e a quem ela pertencia, mas,

    sim, ela era escrava", afirma o

    historiador Carlos Alberto Dias Ferreira,

    autor do livro "Barão de Guaraciaba - Um

    Negro no Brasil Império".

    A secretária administrativa Mônica de

    Souza Destro, trineta do barão, é hoje a

    guardiã da história da família.

    O nome, porém, provoca discussões

    entre os descendentes do barão, já que,

    por um erro de grafia no registro,

    "Palolina", na verdade, seria Galdina

    Alberta do Espirito Santo, esposa de

    Antônio e considerada pelo próprio

    barão sua legítima mãe. "Certamente seu

    pai ou mãe tinham ascendência negra,

    mas não existe nenhum registro

    provando que ele era filho de escravo ou

    escrava", afirma a trineta do barão e

    guardiã da história da família, a

    secretária administrativa Mônica de

    Souza Destro, que mora em Juiz de Fora

    (MG).

    Ainda na adolescência, Almeida começou

    a vida como ourives fabricando botões e

    abotoadoras em sua terra natal, na

    região aurífera de Minas. Nos intervalos,

    tocava violino em enterros, onde recebia

    algumas moedas como pagamento e os

    tocos das velas que sobravam do funeral,

    que utilizava para estudar à noite. Por

    volta dos 15 anos, tornou-se tropeiro

    entre Minas e a Corte, no Rio de Janeiro.

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    Nessas idas e vindas, ganhou dinheiro

    comprando e vendendo gado, conheceu

    muitos fazendeiros e negociantes nos

    caminhos das tropas e começou a

    comprar terras na região de Valença, no

    interior fluminense, para plantar café.

    Após casar-se com dona Brasília Eugênia

    de Almeida, com quem teve 16 filhos,

    tornou-se sócio do seu sogro, que

    também era fazendeiro e negociante no

    Rio de Janeiro.

    Após a morte do sogro, assumiu todos os

    negócios e sua fortuna disparou:

    comprou sete fazendas de café

    espalhadas pelo Vale do Paraíba

    fluminense e interior de Minas. Apenas

    na fazenda Veneza, em Valença, possuía

    mais de 400 mil pés de café e cerca de

    200 escravos. Levando-se em

    consideração que ele tinha outras áreas

    produtoras de café, o barão pode ter tido

    até mil escravos, segundo Ferreira.

    "Não se trata de uma contradição ele ter

    sido negro e dono de escravos, pois tinha

    consciência do período em que vivia e

    precisava de mão de obra para tocar suas

    fazendas. E a mão de obra disponível era

    a escrava", explica Ferreira.

    "Ainda que nos cause repúdio hoje em

    dia, o contexto de escravidão era uma

    coisa normal e a mão de obra que existia

    naquele tempo", completa Mônica, que

    prepara uma biografia do seu ancestral,

    ainda sem data para ser publicada.

    Imagem mostra uma das fazendas do

    barão, que teve cerca de mil escravos no

    conjunto de suas propriedades, o que

    historiador não vê como contradição:

    "Essa era a mão de obra disponível”.

    Em sociedade com outros

    empreendedores com quem mantinha

    contato, Guaraciaba tornou-se banqueiro

    e fundou dois bancos: o Mercantil de

    Minas Gerais e o Banco de Crédito Real

    de Minas Gerais. A diversificação

    empresarial não parou por aí. Em um

    período em que as ferrovias começavam

    a rasgar o território nacional, participou

    da construção da Estrada de Ferro Santa

    Isabel do Rio Preto (depois incorporada

    pela Rede Mineira de Viação), cujos

    trilhos passavam por suas propriedades,

    em Valença.

    A ferrovia, que ligava Valença a Barra do

    Piraí e se tornou importante para escoar

    o café do Vale do Paraíba, foi inaugurada

    por D. Pedro 2º em 1883. Teriam

    começado aí as boas relações entre

    Guaraciaba e a família real, que

    culminariam na concessão do título de

    barão pela princesa Isabel, regente na

    ausência do pai, em 1887.

    O título foi concedido por "merecimento

    e dignidade", em especial pela dedicação

    de Guaraciaba à Santa Casa de Valença,

    onde foi provedor. Mas entrar para a

    nobreza tinha um custo fixo e tabelado

    pela Corte: 750 mil réis.

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    Sempre atento às oportunidades de

    negócios que chegavam com o

    progresso, Almeida foi sócio fundador da

    primeira usina hidrelétrica do país,

    inaugurada em 1889, em Juiz de Fora

    (MG). A Companhia Mineira de

    Eletricidade, que construiu a usina,

    também foi responsável pela iluminação

    pública elétrica em Juiz de Fora. O barão,

    claro, foi um dos participantes e

    financiadores da modernidade que

    aumentou o conforto da população.

    Antiga mansão do Barão de Guaraciaba,

    chamada de Palácio Amarelo, hoje é

    sede da Câmara Municipal de

    Petrópolis, no Rio de Janeiro

    Dono de um estilo de vida condizente

    com a nobreza imperial, o Barão de

    Guaraciaba possuía uma confortável

    residência na Tijuca, no Rio de Janeiro, e

    outra em Petrópolis, destino de veraneio

    preferido dos ricos e da nobreza.

    Na cidade serrana construiu uma mansão

    que posteriormente foi chamada de

    Palácio Amarelo e que hoje abriga a

    Câmara Municipal. Também fazia

    diversas viagens para a Europa,

    principalmente para Paris, onde enviou

    seus filhos para estudar.

    "Guaraciaba distinguiu-se por ter sido

    financeiramente o mais bem-sucedido

    negro do Brasil pré-republicano. Ele se

    tornou o primeiro barão negro do

    Império, notabilizando-se pela

    beneficência em favor das Santas Casas",

    afirma a historiadora e escritora Mary

    Del Priore.

    Segundo ela, Almeida fazia parte de um

    pequeno grupo de mestiços de origem

    africana que conseguiram ascender

    financeira e socialmente.

    Após a proclamação da República,

    Guaraciaba começou a se desfazer dos

    seus bens, mas viveu uma vida bastante

    confortável até sua morte.

    O preconceito da cor, porém,

    permanecia arraigado na sociedade

    brasileira, independentemente da

    posição financeira, diz Priore. Alguns

    desses empreendedores, a exemplo do

    Barão de Guaraciaba, conquistaram ou

    compraram seus títulos de nobreza junto

    ao Império, sendo por isso chamados na

    época de "barões de chocolate", em

    alusão ao tom da pele.

    "O sangue negro corria nas melhores

    famílias. Não faltavam casamentos de

    'barões de chocolate' com brancas",

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    completa a historiadora.

    Após a proclamação da República,

    Guaraciaba começou a se desfazer dos

    seus bens, mas viveu uma vida bastante

    confortável até morrer, na casa de uma

    das filhas, no Rio de Janeiro, em 1901,

    aos 75 anos. Seus herdeiros, inclusive

    alguns ex-escravos agraciados pelo dono

    e que permaneceram com o patrão após

    a alforria, receberam dinheiro e

    propriedades, e se espalharam pelos

    Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

    "Ele foi um grande empreendedor que

    acabou banqueiro, homem de negócios,

    fazendeiro e senhor de escravidão. É

    preciso empenho e coragem dos

    historiadores para estudar esses

    símbolos bem-sucedidos de

    mestiçagem", diz Mary Del Priore, que

    resgata um pouco da história do Barão

    de Guaraciaba em seu livro "Histórias da

    Gente Brasileira".

    O pesadelo republicano brasileiro. Luís Severiano Soares Rodrigues.

    O mês de julho começou atordoado

    pela torpe jogada acontecida no apagar

    das luzes de junho, quando na segunda

    turma do STF, alguns ministros

    cometeram atos que chocaram a

    sociedade brasileira, entre eles

    soltando o companheiro Dirceu, de

    triste memória, e invalidando provas

    que incriminam a presidente do PT,

    senadora Gleisi Hoffmann e o seu

    marido ex-ministro Paulo Bernardo. No

    primeiro caso o ministro Dias Toffoli

    concedeu um habeas corpus de oficio

    suspendendo a execução da pena do

    “famoso consultor guerrilheiro”,

    condenado a 30 anos e 9 meses de

    prisão, até o termino do tramite dos

    recursos no TRF 4 (Porto Alegre), alega

    o magistrado a plausibilidade das

    alegações do recurso do condenado, ou

    seja, entendendo o juiz que as

    alegações fazem sentido ele pode

    esperar o julgamento em liberdade.

    Achamos curioso que sendo assim a

    denúncia inicial nem deveria ter sido

    aceita, haja vista, que devemos fazer a

    mesma analogia. De duas uma, Ou

    quem aceitou a denúncia inicial não

    entendeu bem do que se tratava ou o

    ministro Toffoli está extrapolando a sua

    capacidade de entendimento, e em se

    tratando de um indivíduo, várias vezes

    reprovado em concurso para

    magistrado, creio que é esse o caso. No

    segundo caso a segunda turma

    invalidou as provas colhidas pela polícia

    federal no apartamento funcional do

    “ilibado casal”, por ter sido a ordem

    dada para tal emanado de um juiz de

    primeiro grau, ou seja, fora da alçada

    do foro especial que a senadora tem

    direito. O curioso da questão é que

    esse entendimento recentemente foi

    mudado pelo próprio STF que

    restringiu o foro de deputados e

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    senadores a questões relativas ao

    mandato, estritamente ao que tange o

    trabalho político e não o da alçada

    criminal, então alguma coisas tem de

    ser melhor explicadas, devemos fazer

    jus ao ministro Fachin que votou contra

    alegando que apartamento não tem

    foro, (sábio

    ministro). Para melhor entendermos o

    que se passou devemos esclarecer que

    essa turma do STF é composta além de

    Toffoli e Fachin, dos ministros

    Lewandowiski, Gilmar Mendes e Celso

    de Mello, estando esse último ausente.

    Assim fica claro o porquê de tal

    situação, Gilmar Mendes dispensa

    apresentações na hora de liberar

    bandidos, Lewandowiski foi aquele que

    manobrou inconstitucionalmente para

    a ex-presidente(a) Dilma não ficar

    inelegível após o impeachment, e

    Toffoli, foi o empregado do PT por anos

    e anos que ganhou de presente uma

    vaga no STF, assim o único que se salva

    é o Ministro Fachin cuja postura

    impediu que a “turma” concedesse

    habeas corpus para o presidente Lula,

    alegando que essa matéria só pode ser

    julgada pelo plenário do STF, decisão

    confirmada pelo ministro Alexandre de

    Moraes, então essa matéria vai esperar

    o retorno do recesso do meio do ano

    para ser analisado pelo Plenário

    daquela egrégia casa.

    Não bastasse essa triste e canhestra

    história, em julho os petistas tentaram

    outra manobra espúria para libertar o

    condenado Lula, quando três ingênuos

    e sinceros deputados petistas, pediram

    ao desembargador federal de plantão

    no TRF 4, “um homem da lei”, para

    humanitariamente, soltar o condenado

    Lula, ao que prontamente o

    desembargador anuiu, mais por

    questões humanitárias, pois foi falado

    em (off) que Lula está sofrendo crise de

    abstinência, pois a água servida na

    prisão lhe faz mal, pois não é ardente.

    Mas como a decisão gerou estranheza

    em diversos juristas verificaram o

    currículo desse “homem da lei” e

    descobriram que se trata de um petista

    até a medula, que foi filiado ao partido,

    serviu em diversos ministérios sob a

    administração petista, inclusive com o

    camarada Dirceu, bem como foi

    nomeado pela presidente(a) Dilma.

    Assim ficou escancarado que se tratava

    de alguém incapaz de julgar qualquer

    coisa que diga respeito ao PT e aos

    petista. As consequências da sua

    atitude não demoraram a aparecer e

    tanto o ministro Sérgio Moro, que

    estava de férias, como o Ministério

    Público Federal se coçaram e revidaram

    a tempo de reverter essa estapafúrdia

    manobra dos petistas, mesmo assim o

    desembargador Rogério Favreto, é esse

    o seu nome, insistiu para a PF levar

    alvará de soltura para Lula, fazendo

    com que o presidente do TRF 4

    interviesse desautorizando o

    desembargador de plantão, todo esse

    processo se deu no domingo, dia 8, e

    foi chamada de batalha pelas partes

    interessadas.

    As consequências para o tal

    desembargador ainda vão se dar, mas a

    primeira foi receber uma

    esculhambação da presidente do

    Superior Tribunal de Justiça, que o

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    chamou de incompetente para baixo,

    contestando a sua argumentação

    canhestra, a que chamou de

    teratológica, com razão, sendo que a

    Procuradora Geral da República o

    denunciou ao Conselho Nacional de

    Justiça, que vai analisar a pertinência

    da sua aposentadoria compulsória.

    Obviamente os petistas quicaram nas

    tamancas e estão possessos, atirando

    para todos os lados, com direito da sua

    presidente, aquela que a segunda

    turma deu uma colher de chá, chamar,

    aos berros no senado, de “articulação

    safada e sem-vergonha” a atitude do

    ministro Sérgio Moro e da Polícia

    Federal na defesa das instituições, no

    que foi decomposta pela senadora Ana

    Amélia. Essa situação é compreensível,

    pois a presidente petista está

    desesperada, praticamente arrancando

    os cabelos, já que a artimanha não deu

    certo, inclusive a de utilizar mais de

    cem inocentes úteis, para impetrarem

    pedido de habeas corpus a favor do

    etílico Lula, inclusive com direito a

    formulário, só para mudar o nome do

    inocente útil, sendo esses pedidos

    indeferidos pela presidente STJ, mal

    sabem os bobos que se prestaram a

    esse papel o quanto estão recebendo

    os advogados do indivíduo etílico

    anteriormente citado, sendo que Lula

    até o momento não explicou de onde

    tirou dinheiro para pagá-los, talvez seja

    das tais palestras, bem remuneradas

    pela Odebrecht, que ninguém viu.

    Frente a esses exemplos de juízes

    comprometidos com os partidos

    políticos, temos de avisar que no

    Império do Brasil a indicação dos

    ministros dos tribunais superiores será

    atribuição exclusiva do Imperador, a

    quem também caberá a nomeação dos

    oficiais generais das Forças Armadas.

    Não bastasse isso o excelentíssimo Sr.

    Yomura, ministro do Trabalho, que se

    demitiu a posteriori, foi tirado de suas

    funções a pedido do Ministério Público,

    o que foi autorizado pelo ministro

    Fachin, sob suspeito de ser testa de

    ferro de Roberto Jefferson, presidente

    do PTB, no esquema de venda de

    registros sindicais, valendo cada

    registro na casa dos seis milhões de

    reais, para quem não lembra Roberto

    Jefferson é aquele mesmo em

    evidência desde o mensalão do PT, que

    faz cara de santo para tentar enganar

    os trouxas, em tempo o mesmo nesse

    esquema é ajudado pela sua filha

    deputada Cristiane Brasil, aquela

    mesma que tentaram fazer ministra,

    mas como seu passado a condenava

    não deu certo. Nesse esquema o PTB

    teve a ajuda do Solidariedade, que

    como o nome já diz é solidário na hora

    de montar esquemas ilícitos rentáveis

    De passagem temos de mencionar o

    fato de que o PTB aparelhou o

    ministério, dando emprego até para

    sobrinho de deputado do PTB em

    cargos bem remunerados, não que o

    sobrinho tenha currículo que o habilite

    para isso, mas na república dos ladrões

    isso não é um problema, haja vista que

    o maior ativo desse governo, em sua

    maior parte, é a incompetência que ele

    esbanja em profusão. O excelentíssimo

    Sr. Presidente da república correu e

    tirou o ministério das garras do PTB e

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    amigos solidários, nomeando um

    ministro técnico, o juiz Caio Luiz Vieira

    de Mello, se esse Sr. terá condições de

    trabalhar já é outra história, vamos

    esperar para ver.

    Na esfera federal ainda tivemos

    algumas pérolas elaboradas pelos

    digníssimos “representantes” do povo,

    que no apagar das luzes, antes das

    férias escolares, quer dizer do recesso,

    botaram várias cascas de banana no

    caminho do governo, com vistas a

    reduzir a arrecadação, bem como

    aumentar despesas várias. A maior

    pérola, no entanto, foi alterar a norma

    que disciplina a contratação de cargos

    comissionados nas estatais, para elas

    poderem voltar a empregar parentes

    de políticos e cabos eleitorais, ou seja,

    já estão preparando os mecanismos

    para achacar o próximo governo e

    entupirem de incompetentes as

    estatais, ou seja, não bastavam só os

    ministérios eles querem tudo.

    Na competição pelo troféu

    incompetência no Rio de Janeiro o

    governo da capital tomou a dianteira

    de forma acintosa, até porque o

    governador do Estado se faz de morto

    para ver se esquecem dele. No

    primeiro caso o “bispo” Crivela

    realmente se superou, pois sua

    máscara caiu de forma peremptória,

    quando um áudio muito nítido dele

    numa reunião com pastores

    evangélicos, o mesmo oferece

    vantagens aos seus colegas como a

    indicação de fiéis das igrejas para

    serem beneficiados com a operação de

    catarata, de forma privilegiada,

    bastando para tanto eles ligarem para

    sua assessora pessoal de nome Márcia,

    ou seja, com a autorização do prefeito

    fura-se a fila para beneficiar os “irmãos

    das igrejas”, enquanto os demais

    contribuintes só Deus sabe, se e

    quando serão operados, mas os

    indicados pelo “bispo” é outra coisa. O

    prefeito também ofereceu facilidade

    para agilização de processos de IPTU

    que por ventura as igrejas tenham, já

    que elas são isentas isso porque sem a

    facilidade do prefeito os processos

    “demoram”, “demoram”, nas palavras

    do próprio prefeito. Tamanha

    pilantragem motivou alguns

    vereadores começarem um processo

    de impeachment do “bispo” Crivela,

    que, num Estado laico, usa suas

    atribuições para beneficiar uma

    determinada religião. Dos 51

    vereadores, 29 acharam que o prefeito

    não cometeu nada que o desabone e 4

    abstenções, livrando-o do processo,

    digamos de passagem que os

    vereadores em questão são todos

    fisiológicos. E agora o prefeito está nas

    mãos deles e o “bispo” Crivela vai

    descobrir mais adiante que isso lhe vai

    custar muito caro. Nunca é demais

    lembrar ao prefeito do PRB, o R é de

    republicano, que quem instituiu o

    Estado laico entre nós foi a república,

    coisa que o “bispo” parece

    desconhecer, ou será que ele só é

    republicano de fachada? Seja como for

    o “bispo” ainda tem de se explicar para

    o Ministério Público Estadual, que

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    move um processo contra ele, embora

    o “bispo” alegue que não falou nada e

    que tudo não passa de manipulação da

    imprensa, o quê não impediu a MP de

    impôr uma norma de conduta para o

    prefeito/”bispo” tratar de governar

    com base na laicidade do Estado.

    Esperemos que o “bispo” tome

    vergonha na cara, até porque, andando

    nas ruas do centro da cidade pudemos

    testemunhar a queda de um pai com o

    filho no colo que tropeçou num buraco

    nas pedras portuguesas da rua

    Gonçalves Dias, caiu e se machucou e

    machucou a criança que foi um choro

    só, ou seja, para consertar calçadas a

    prefeitura procrastina, agora, para

    fazer censo para levantar a religião dos

    funcionários municipais tem dinheiro,

    para ofertar equipamentos da

    prefeitura para eventos gospel, a título

    gratuito para os organizadores a

    prefeitura tem dinheiro ou abre mão

    de pagamento. Só podemos constatar

    que na cidade do Rio de Janeiro a

    pilantragem oficial é universal.

    A intervenção federal no Estado do Rio

    ainda está devendo resultados

    palpáveis, haja vista, a despeito das

    operações nas várias favelas ou

    complexo de favelas, os bandidos não

    se sentem inibidos em, por exemplo,

    assaltar ônibus nas vias que marginam

    as favelas, como a favela do Chapadão

    no bairro da Pavuna, na cidade do Rio,

    por exemplo, quando após o bote, se

    evadem para dentro da favela, ou seja,

    nessas vias deveria haver um

    policiamento ostensivo para inibir essa

    prática, mas não há, nossa equipe de

    jornalismo investigativo apurou que

    registros de crime como o acima

    descrito, feito pela internet, tem como

    resultado, NADA. Recentemente foi

    divulgado que a Polícia Civil, há anos

    tem contratos irregulares com

    empresas de informática que dão

    suporte as delegacias, o quê é de se

    estranhar, pois a frase mais comum nas

    delegacias é “Estamos sem sistema”,

    quando se tem sistema os cidadão não

    gastam menos de três horas dentro de

    uma delegacia para registrar um

    Boletim de Ocorrência, e uma

    constante é uma quase má vontade em

    atender o público, ou seja, nem como

    meros atendentes eles funcionam bem,

    porque investigar os crimes eles não

    fazem, haja vista os resultados

    apresentados nas estatísticas de 2% de

    solução nos crimes de homicídio, isso

    só para ficar em um exemplo, num

    crime em que no Brasil já

    ultrapassamos a casa dos 60.000 por

    ano. Ou o gabinete de intervenção dá

    um choque de gestão nas polícias

    estaduais, ou a coisa não vai muito

    longe. Reafirmamos aqui a nossa

    sugestão de Corregedorias das polícias

    completamente externas, isto, se se

    quer acabar com a corrupção policial,

    se não se quer deixa como está.

    Como eu disse a república é um

    pesadelo, então temos de acordar e

    acabar com ela, pois se depender dela,

    ela acaba com o Brasil.

    O autor é economista e historiador.

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    A realidade partidária no Brasil. Theofilo Vandeley.

    Nossa equipe em Niterói nos envio alguns números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, que chamam atenção como uma forma de transferência de renda as avessas, pois se tira do povo, que recebe muito pouco em troca dos impostos que paga e dá para os partidos políticos, que administrando os recursos arrecadados retribuem o povo com esse muito pouco em troca. Os números em questão são os repasses do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, valores que são separados do Fundo Partidário, para o a sopa de letrinhas ao lado: MDB* - R$ 234.232.915,58 *PT* - R$ 212.244.045,51 *PSDB* - R$ 185.868.511,77 *PP* - R$ 131.026.927,86 *PSB* - R$ 118.783.048,51 *PR* - R$ 113.165.144,99 *PSD* - R$ 112.013.278,78 *DEM* - R$ 89.108.890,77

    *PRB* - R$ 66.983.248,93 *PTB* - R$ 62.260.585,97 *PDT* - R$ 61.475.696,42 *SD* - R$ 40.127.359,42 *Podemos* - R$ 36.112.917,34 *PSC* - R$ 35.913.889,78 *PCdoB* - R$ 30.544.605,53 *PPS* - R$ 29.203.202,71 *PV* - R$ 24.640.976,04 *PSOL* - R$ 21.430.444,90 *Pros* - R$ 21.259.914,64 *PHS* - R$ 18.064.589,71 *Avante* - R$ 12.438.144,67 *Rede* - R$ 10.662.556,58 *Patriota* - R$ 9.936.929,10 *PSL* - R$ 9.203.060,51 *PTC* - R$ 6.334.282,12 *PRP* - R$ 5.471.690,91 *DC* - R$ 4.140.243,38 *PMN* - R$ 3.883.339,54 *PRTB* - R$ 3.794.842,38 *PSTU* - R$ 980.691,10 *PCB* - R$ 980.691,10 *PCO* - R$ 980.691,10 *PPL* - R$ 980.691,10

    *Novo* - R$ 980.691,10 *PMB* - R$ 980.691,10 Total - R$ 1.716.209.431,00 Maiores detalhes em:

    http://www.tse.jus.br/imprensa/not

    icias-tse/2018/Julho/deferido-

    pedido-do-pros-que-altera-calculo-

    de-distribuicao-do-fundo-eleitoral-1

    Então só podemos deduzir

    que há alguma coisa muito estranha

    nesse país, mas quando lembramos

    que se trata de uma república de

    ladrões fica tudo mais claro, pois um

    partido político como uma associação

    privada deveria viver das

    contribuições dos seus membros, que

    comungam dos mesmos ideais e

    princípios ideológicos que os

    norteiam. Se fizéssemos uma

    concessão poderíamos entender que

    as agremiações partidárias precisam

    de um valor mínimo que lhes

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    garantam um mínimo de capacidade

    administrativa e independência, mas

    pelos números divulgados há uma

    grande desproporcionalidade nos

    números, e como foi noticiado

    anteriormente os partidos nas

    prestações de contas fazem

    lambanças que demonstram que as

    cúpulas dos partidos se apropriam de

    parte substanciosa desses valores.

    Em se tratando apenas de recursos

    destinados à campanha eleitoral a

    transparência deveria ser total,

    inclusive nos valores advindos das

    doações de pessoas físicas, já que

    salutarmente as empresas não

    podem mais fazer “doações” legais

    com o dinheiro dos

    superfaturamentos que todos

    conhecemos e a Lava Jato não nos

    deixa esquecer.Mas como a realidade

    da república dos ladrões nos

    comprova, a cada dia, só essa quantia

    vultosa não basta, pois todo dia fica

    claro que o erário é acintosamente

    roubado, vilipendiado, muitas vezes

    legalmente, como por exemplo, as

    inúmeras verbas que dispõe os

    deputados e senadores, que muitas

    vezes eles prestam contas com notas

    frias, e mesmo assim a transparência

    nessas prestações de contas é nula.

    Basta também pensarmos no enxame

    de “assessores” que os

    parlamentares, em quase todos os

    legislativos, que não passam de um

    cabide de empregos, com direito a

    apropriação de parte do salário dos

    “assessores”. Os desvios com o

    superfaturamento de obras é uma

    realidade patente nessa republiqueta

    de ladrões, superfaturamento de

    compras a mesma coisa. E nada é

    feito para se mudar isso. Como muito

    bem lembrou o Conselheiro

    Severiano em artigo anterior, não

    bastasse o cabide de emprego nos

    ministérios, os

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    digníssimos exploradores, digo

    representantes do povo querem

    voltar a ter um cabide de empregos

    nas estatais, e com propriedade ele

    nos lembra que isso é para achacar o

    próximo governo.Com certeza as

    coisas vão piorar muito, pois os

    ladrões continuam ativos nessa

    republiqueta que lhes pertence, na

    próxima campanha eleitoral as

    mentiras de sempre serão repetidas.

    Como já foi lembrado nos anos

    anteriores, era melhor repetir os

    filmes de outras eleições, para

    baratear as campanhas, pois vão falar

    as mesmas mentiras, tal como

    papagaios com os seus curupacos.

    Realmente é deprimente.

    Temos certeza que a única mudança

    possível e viável é mudarmos a forma e

    o sistema de governo, vide o meu artigo

    na edição anterior. Senão será sempre

    assim termos de rir para não chorar.

    O autor tem nojo da república.

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