Gazeta 292

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Crateús-Ce. Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 - Ano XIII - N o 292 - R$ 2,50 www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected] 12 ANOS Jornalismo, Ética, Liberdade, Compromisso e Democracia. Editorial : CSH: um caso de polícia. Pág. 02 O legado profético de Zilda: Leonardo Boff. Pág. 02 Quem matou Alanis: Rangel Cavalcante. Pág. 04 Vivandeiras do Tucanato: Elio Gaspari. Pág. 05 Casa rica, quintal miserável : José Maria Pimenta. Pág. 12 Lei do inquilinato: Despejo passa a ocorrer mais rápido. Pág. 12 Leia nesta edição: O Clube Sargento Hermínio (CSH) tem como principal atividade legal as “ATIVIDADES DE AS- SOCIAÇÕES DE DEFESA DE DIREITOS SOCIAIS” contidas no Código 94.30-8-00 do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica-CNPJ (documento na página interna). De acordo com a CONCLA – Comissão Nacional de Classificação, órgão do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, as atividades deste Código correspondem a: Associação Beneficente para Distribuição de Cestas Básicas e outras. Pág. 05 A Câmara Municipal de Crateús, em apoio às pretensões do distrito de Mon- te Nebo, que reivindica sua emancipação política do município de Crateús, fez uma sessão extraordinária naquele distrito, em conjunto com a representatividade local para o debate sobre a emancipação política. O evento ocorreu na manhã do último sábado, dia 23/1/2009, numa escola pública local. A Câmara Municipal, sob o comando do vereador Márcio Ca- valcante, seu presidente, se fez presente com os vereadores Bibi Apolônio, Paulo Teles, Lourenço Torres, Adriano das Flores e Antônio Luiz Júnior. Pág. 10 O prefeito de Crateús, Carlos Felipe, comandou uma manifestação pública contra a dengue, em ato que teve início na Praça Antônio Arcelino, com uma caminhada até a Praça Luiza Passos, no Barrocão, na tarde do último dia 20. Pág. 04 Davos, Suíça. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conquistou o “Prêmio Estadista Global”, do Fórum Econômico Mundial. Ele recebe a premiação hoje em Davos, na Suíça. Pág. 10 A cidade de Crateús foi colhida de surpresa com o anúncio da morte de seu ilustre filho Osvaldo Bezerra do Nascimento, 73, advogado, titular do 1º Cartório de Crateús, ocorrida na noite do dia 25 deste, no hospital da Unimed, aonde se encontrava internado. Dr. Osvaldo era casado com Nyedia Maria Vasconcelos Araújo Bezerra, que deixa viúva, e com quem teve os filhos, Osvaldo Júnior, Fred, Rodrigo e Andréa. Entusiasta do movimento leonístico, foi um dos fundadores do cinqüentenário Lions Clube de Crateús, que presidiu por 10 vezes. Em Forta- leza, aonde foi residir, filiou-se a outro clube de Lions que também presidiu por mais de uma vez. Filiado a esse clube assumiu o cargo de governador por duas vezes e sua trajetória no movimento leonístico internacional foi reconhe- cida e gratificada por inúmeras condecorações nacionais e internacionais que recebeu. Em Crateús, exerceu diversos cargos estaduais, inclusive o de inspetor regional do Ensino. Sua Dedicação ao estudo do Direito tornou-o um ju- rista. Dono de aprofundado saber e amplos co- nhecimentos, foi, por excelência, um intelectual de primeira água e também um poeta. Dedicado ao vernáculo, produziu textos e discursos dos mais brilhantes. Era também um pesquisador e um estudioso da Bíblia. Sua morte repercutiu não apenas em Crateús e Fortaleza, onde deixou incontáveis amigos, mas internacionalmente, no seio da família Lions Club, causando em todos nós um sentimento de perda e de saudade. Seu corpo foi velado na Funerária Ternura e seu sepultamento se deu no Cemitério Parque da Paz em Fortaleza. ATIVIDADE LEGAL DO CLUBE SARGENTO HERMÍNIO NÃO PERMITE REALIZAÇÃO DE FORRÓ CÂMARA FAZ SESSÃO EXTRA NO MONTE NEBO PREFEITURA LANÇA CAMPANHA “UNIDOS CONTRA A DENGUE” LULA É ELEITO ESTADISTA GLOBAL CRATEÚS SOFRE A PERDA DE OSVALDO BEZERRA DO NASCIMENTO Irregularidade Emancipação Saúde Prefeito Carlos Felipe e secretário de Governo Elder Leitão, à frente da campanha contra a dengue Presidente da Câmara Márcio Cavalcante abriu os trabalhos da sessão ao lado do presidente da Associação Comunitária de Monte Nebo, Zacarias Loiola

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Edição Nº 292 - Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010.

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Crateús-Ce. Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 - Ano XIII - No 292 - R$ 2,50www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected]

12 ANOSJornalismo, Ética, Liberdade, Compromisso e Democracia.

Editorial: CSH: um caso de polícia. Pág. 02O legado profético de Zilda: Leonardo Boff. Pág. 02Quem matou Alanis: Rangel Cavalcante. Pág. 04Vivandeiras do Tucanato: Elio Gaspari. Pág. 05Casa rica, quintal miserável: José Maria Pimenta. Pág. 12Lei do inquilinato: Despejo passa a ocorrer mais rápido. Pág. 12

Leia nesta edição:

O Clube Sargento Hermínio (CSH) tem como principal atividade legal as “ATIVIDADES DE AS-SOCIAÇÕES DE DEFESA DE DIREITOS SOCIAIS” contidas no Código 94.30-8-00 do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica-CNPJ (documento na página interna). De acordo com a CONCLA – Comissão Nacional de Classificação, órgão do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, as atividades deste Código correspondem a: Associação Beneficente para Distribuição de Cestas Básicas e outras. Pág. 05

A Câmara Municipal de Crateús, em apoio às pretensões do distrito de Mon-te Nebo, que reivindica sua emancipação política do município de Crateús, fez uma sessão extraordinária naquele distrito, em conjunto com a representatividade local para o debate sobre a emancipação política. O evento ocorreu na manhã do último sábado, dia 23/1/2009, numa escola pública local. A Câmara Municipal, sob o comando do vereador Márcio Ca-valcante, seu presidente, se fez presente com os vereadores Bibi Apolônio, Paulo Teles, Lourenço Torres, Adriano das Flores e Antônio Luiz Júnior. Pág. 10

O prefeito de Crateús, Carlos Felipe, comandou uma manifestação pública contra a dengue, em ato que teve início na Praça Antônio Arcelino, com uma caminhada até a Praça Luiza Passos, no Barrocão, na tarde do último dia 20. Pág. 04

Davos, Suíça. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conquistou o “Prêmio Estadista Global”, do Fórum Econômico Mundial. Ele recebe a premiação hoje em Davos, na Suíça. Pág. 10

A cidade de Crateús foi colhida de surpresa com o anúncio da morte de seu ilustre filho Osvaldo Bezerra do Nascimento, 73, advogado, titular do 1º Cartório de Crateús, ocorrida na noite do dia 25 deste, no hospital da Unimed, aonde se encontrava internado. Dr. Osvaldo era casado com Nyedia Maria Vasconcelos Araújo Bezerra, que deixa viúva, e com quem teve os filhos, Osvaldo Júnior, Fred, Rodrigo e Andréa. Entusiasta do movimento leonístico, foi um dos fundadores do cinqüentenário Lions Clube de Crateús, que presidiu por 10 vezes. Em Forta-leza, aonde foi residir, filiou-se a outro clube de Lions que também presidiu por mais de uma vez. Filiado a esse clube assumiu o cargo de governador por duas vezes e sua trajetória no movimento leonístico internacional foi reconhe-cida e gratificada por inúmeras condecorações nacionais e internacionais que recebeu. Em Crateús, exerceu diversos cargos estaduais, inclusive o de inspetor regional do Ensino. Sua Dedicação ao estudo do Direito tornou-o um ju-rista. Dono de aprofundado saber e amplos co-nhecimentos, foi, por excelência, um intelectual de primeira água e também um poeta. Dedicado ao vernáculo, produziu textos e discursos dos mais brilhantes. Era também um pesquisador

e um estudioso da Bíblia. Sua morte repercutiu não apenas em Crateús e Fortaleza, onde deixou incontáveis amigos, mas internacionalmente, no seio da família Lions Club, causando em todos nós um sentimento de perda e de saudade. Seu corpo foi velado na Funerária Ternura e seu sepultamento se deu no Cemitério Parque da Paz em Fortaleza.

ATIVIDADE LEGAL DO CLUBE SARGENTO HERMÍNIO NÃO PERMITE REALIZAÇÃO DE FORRÓ

CÂMARA FAZ SESSÃO EXTRA NO MONTE NEBO

PREFEITURA LANÇA CAMPANHA “UNIDOS CONTRA A DENGUE”

LULA É ELEITO ESTADISTA GLOBAL

CRATEÚS SOFRE A PERDA DE OSVALDO BEZERRA DO NASCIMENTO

Irregularidade

Emancipação

Saúde

Prefeito Carlos Felipe e secretário de Governo Elder Leitão, à frente da campanha contra a dengue

Presidente da Câmara Márcio Cavalcante abriu os trabalhos da sessão ao lado do presidente da Associação Comunitária de Monte Nebo, Zacarias Loiola

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2 Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010Página

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EditorialCSH: um caso de polícia

Grande parte Centro de Cra-teús vem sendo perturbada e castigada no sossego, no sono e privacidade familiar durante a noite, às sextas-feiras e do-mingos, e às vezes aos sábados, pela vontade do 3º sargento do Exército, João Bezerra, que fez do CLUBE SARGENTO HERMÍNIO propriedade sua e próspero meio de vida, ainda que, tripudiando sobre as leis ambientais e de contravenções penais.

O caso é de polícia e é tam-bém do Exército Brasileiro, ao qual a instituição CLUBE SARGENTO HERMÍNIO, está umbilicalmente vinculada. De polícia, porque a vontade de um sargentinho sem eira nem beira não pode sobrepor-se ás leis ambientais, nem ao conjunto de leis que condenam a pertur-bação do sossego público tanto de dia quanto à noite, sem que este indivíduo pague na cadeia pelos crimes que vem praticando contra a coletividade. A ninguém é concedido o direito de auferir lucro à custa da desgraça dos outros, dos seus momentos de tranqüilidade, caso que o 3º sargento temporário reforma-do do Exército, João Bezerra, vem praticando impunemente. As pessoas precisam dormir na paz e no sossego. Os que as incomodam com exagerada emissão de sons eletrônicos, devem pagar pelos seus crimes e ser enxotados. O sargento João Bezerra manda que os incomo-dados se mudem para o interior do município, porque lá é mais tranqüilo e não tem forró. Veja até que ponto chega o desaforo de um canalha atrevido. Ele usa tal expressão de desprezo à so-ciedade porque é do barulho, da zoada infernal, do trabalho sujo da venda de cachaça que este sargentinho de meia cuia está vivendo e matando a instituição e os frequentadores da terceira idade. É caso de polícia porque o procedimento e a opinião desse sargento são grotescos e diver-gentes das normas de convivên-

cia em sociedade e ferem fron-talmente a dignidade, a cidadania e os direitos constitucionais que nos garantem a paz, sobremodo. É de polícia porque ele está usando o clube como palanque, para se promover politicamente e para jogar as pessoas contra quem reclama da barulheira que ele produz. De polícia, porque ele não pode explorar o clube fazendo dele uma propriedade sua. Isto é apropriação indébita, invasão patrimonial e é tipificado como crime. É de polícia por-que, assim o fazendo, age como um larápio, de dia e de noite, por acostumado à profissão.

É de polícia porque a ativi-dade econômica principal do CLUBE SARGENTO HER-MÍNIO definida no seu CNPJ 05.354.626/0001-10 são as ATIVIDADES DE ASSO-CIAÇÕES DE DEFESA DE DIREITOS SOCIAIS, entre as quais a “associação beneficen-te para distribuição de cestas básicas”, e não a promoção de forrós. É de polícia porque o Clube Sargento Hermínio está sendo utilizado para a prática do mal, para explorar o lenocí-nio e pessoas da terceira idade às sextas-feiras e as de outras idades aos domingos com for-rós que às vezes começam ao meio dia e vão findar às 02 horas da madrugada, durando até 14 horas. É de polícia por-que o clube não se mantém na regularidade de empresa, e ainda que se mantivesse não poderia promover seus forrós porquanto sua atividade princi-pal se restringe a “associações de defesa de direitos sociais” e não a uma “associação para a prática do crime”. É de polícia e de intervenção imediata em suas atividades, porque o clube se encontra em completa irregu-laridade quanto ao Ministério do Trabalho, Receita Federal, INSS, FGTS, PIS, 13º salário, férias, etc. direitos que são negados aos seus empregados sem registro. Aí, o sargentinho vai dizer que o clube não tem empregados e

que nele tudo funciona por meio de robô.

É um caso para ser solu-cionado, também, mediante a intervenção do Exército, por envolver uma entidade cinquen-tenária que pertenceu ao antigo 4º BEC, aos seus suboficiais e sargentos. É caso para inter-venção do Exército, porque o clube, hoje, é uma agremiação cujo patrimônio parece não ter mais dono e vem sendo explo-rado por um militar da reserva, com proveito financeiro única e exclusivamente para si.

O 4º BEC, batalhão de En-genharia, mudou-se de Crateús para Barreiras, na Bahia, em 1973, deixando para trás o Clube Sargento Hermínio, cujo espólio o sargento Bezerra quer herdar, e sozinho. Pela lógica, deveria está sob a guarda do 40º Batalhão de Infantaria e não sob a guarda de um sargento ao qual falta a vergonha, a responsabilidade e a educação para dirigi-lo.

Ao CLUBE SARGENTO HERMÍNIO não cabe mais a continuidade de sua existência. Não existe condição para que ele possa prosseguir enquadrado à sua finalidade precípua. Não cabe mais a continuidade da sua existência, por ser uma estrutura socialmente falida. O número de suboficiais e sargentos do 40º BI é insuficiente para manter vivo o clube. Ele se encontra morto, e só apresenta sinais vitais porque foi invadido pelo sargento Bezerra, por ele foi apropriado e por ele vem sendo utilizado para práticas danosas à sociedade como acontece no momento. Pelo Brasil afora os clubes de sargentos perderam a destinação e fecharam. Há que ter um destino o seu patrimônio, seria ao município, por desapro-priação, ou à União Federal. Do jeito em que se encontra, servin-do de valhacouto para encobrir interesses individuais escusos, não pode continuar.

O ano passado, de crise, corrupção e tragédias, já não foi um ano bom. E este ano de 2010 também não co-meçou nada bem. Mas por quê? Por causa do tempo, das tempestades, da nature-za? Não, por causa de nós mesmos, por nossa culpa, nós, seres humanos. Se não respeitarmos a natureza, ela também não terá como nos devolver respeito e segu-rança. É uma troca natural e justa. Então, temos que ter esperança, mas também temos que ter responsabili-dade, pois o novo ano não será melhor por um passe de mágica.

Temos que fazer deste ano o ano da conscientização e do propósito de cuidar do nosso lar, cuidar do nosso planeta Terra, que até aqui só fizemos tentar matá-lo. E ele está estertorando.

Então, este novo ano terá que ter a marca da reno-vação, da certeza de que

podemos mudar, de que podemos provocar mudan-ças em nós e no próximo, de que essas mudanças pre-cisam começar e podem trazer, oxalá, condições de vida melhor para todos se tivermos um planeta mais vivo, mais saudável, com o meio ambiente e a natureza protegidos.

E essa esperança de um futuro melhor, sem poluição do ar, da água, do mar e do solo, vai nos trazer uma coi-sa não menos importante: a paz. Precisamos plantar, cultivar e disseminar a paz, sem a qual todo o resto, até a esperança, será em vão. E sabemos que nós somos o instrumento da paz, os construtores da paz, os responsáveis pela sua exis-tência e permanência.

Não podemos contar com uma transformação instan-tânea, com a correção dos erros do passado em um piscar de olhos. Mas preci-

samos começar. Com urgên-cia. Temos que participar da renovação, com solidarieda-de e honestidade, fazendo cada um a sua parte.

Nossa sociedade está imersa em uma era de cor-rupção e mentiras e pre-cisamos redirecionar essa energia desperdiçada para o cuidado necessário que temos de ter com o nosso pequeno mundo, entrando em uma nova era, esta de transparência e verdade. Impossível? Este é o ano da esperança e da realização e não haverá esperança se não tentarmos construir um futuro melhor. Temos que trabalhar e contribuir para que a natureza seja nossa aliada, neste caminho para a paz, e não nossa inimiga. Temos que parar de desafiá-la e protegê-la. Precisamos nos unir a ela para salvar nosso planeta.

Artigo Por Luiz Carlos AmorimEscritorwww.prosapoesiaecia.xpg.com.br

O ano da mudança

BREVESCHACAL. O venezuelano Ilich Ramiréz Sánchez, conhecido como “Carlos, o Chacal” e que cumpre prisão perpétua na França, pediu à justiça deste país que proíba a exibição de um filme sobre sua vida por um canal de TV privado. O tribunal de Nanterre (noroeste de Paris) se pronunciará a res-peito no próximo dia 13. O filme, com três partes de 90 minutos, foi dirigido pelo francês Olivier As-sayas. O terrorista Carlos Ilich Ramírez Sánchez, 60 anos, foi capturado em 1994, em Cartum, e condenado a prisão perpétua pela justiça francesa pelo assassinato, em 1975, de dois policiais e um informante na capital francesa. Esteve vinculado ao espetacular seqüestro, em 1975, em Viena, de 11 ministros da Opep.

TERREMOTOS. Vários terremotos de intensidade moderada foram registrados na Bolívia e na Costa Rica, alertou o Ins-tituto sismológico americano (USGS). Nenhum dos dois países deu informa-ções sobre vítimas ou danos. Um tremor de magnitude 5,4 foi registrado 75 km ao noroeste de Santa Cruz, uma das maio-res cidades da Bolívia. O epicentro foi registrado numa profundidade de 10 km. Outro tremor de 5,2 ocorreu 140 km ao noroeste de Santa Cruz. Na Costa Rica, um terremoto de magnitude 5,2 ocorreu 30 km ao sudeste da cidade de Golfito, a 29 km de profundidade.

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 569 - CEP 63700-000, Crateús-Ce - Fone/Fax: (088) 3692.3810

Fundada em 30 de maio de 1997

Ortodontia, Ortopedia Facial e Implantodontia

Representante em Fortaleza:Fernando Aguiar AlbuquerqueFone: (085) [email protected]

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Miliane Silva

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.José Bonfim de Almeida JúniorSebastião Cesar Aguiar Vale

Assessoria Jurídica:Dr. José de Almeida Bonfim Júnior,OAB 15545 CE

Assessor para assuntos especiais:Francisco Oton Falcão JucáTel.: (85) 3254.5353 / (85)99812637Fax: (85) 3254.8000

Importante:As opiniões assinadas não refletem obrigatoriamente o pensamento do jornal.

Assinaturas ou renovações:Em Fortaleza só valerão se feitas através de nosso representante, Fernando Aguiar Albuquerque:Tel.: (85) 3249.4641/9997.2085Assinantes de outras localidades enviar comprovante de depósito feito através dos bancos:Bradesco, agência: 997-0, conta: 16165-9

Banco do Brasil, agência: 0237, conta: 28.765-2 e para o seguinte endereço: Rua Cel. Lúcio, 569 CEP: 63700-000 - Crateús-Ce

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Política

SaboresCaseirosBolo de Cenoura

Marguê Freire

Ingredientes:1/2 xícara (chá) de óleo, 3 cenouras médias raladas, 4 ovos, 2 xícaras (chá) de açúcar, 2 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo, 1 colher (sopa) de fermento em pó.

Cobertura:1 colher (sopa) de manteiga, 3 colheres (sopa) de chocolate em pó ou Nescau, 1 xícara (chá) de

açúcar, Se desejar uma cobertura molinha coloque 5 colheres de leite.

Modo de fazer:1. Bata no liquidificador primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o açúcar e bata por uns 5 minutos2. Depois numa tigela ou na batedeira, coloque o restante dos ingredientes misturando tudo, menos

o fermento3. Esse é misturado lentamente com uma colher4. Asse em forno pré aquecido (l80ºC) por 40 minutos5. Para a Cobertura: misture todos os ingredientes, leve ao fogo, faça uma calda e coloque por cima do bolo6. Se o seu liquidificador for bem potente, o bolo todo pode ser feito nele.

Na noite de 27 de outu-bro de 2009, a convite do senhor Iran Parente, empresário que por muitos anos comandou a Crateús Algodoeira S/A, participei de uma solenidade do Lions Jangada Fortaleza, onde foram prestadas ho-menagens a Arimateia Santos e Claudino Sales, ex-integrantes daquele clube. Lá estava Osvaldo Bezerra do Nascimento, cuja silhueta denun-ciava um combatente em prol da própria saúde. A certa altura, sentou-se ao meu lado e me pediu para fazer a leitura, no microfone, de uma peça de arqui-tetura literária que havia preparado para aquela ocasião. Externei-lhe que me sentia honrado com a deferência, mas – cristão novo naquele ambiente – julgava que ele, enquanto lavrador do texto e sobejamente conhecido de todos, era indiscutivelmente mais indicado. E assim ocor-reu.Após o evento, ainda sob o impacto emocio-nal daquele momento, mencionei que desejava brindá-lo com uma crô-nica. O seu globo ocular se iluminou. No dia seguinte, chega-va ele ao meu escritório, trazendo uma Revista da Academia Leonística de Cultura no Ceará, onde ocupava a cadei-ra 41. Às folhas 46/47 da Revista, um texto de seu lavor contendo admoestações sobre “O Homem – Dignidade – Oportunidade”, onde se lia: “É no respeito pelo homem que se funda-menta todo relaciona-mento social. Uma vez perdido esse respeito, perde-se a possibilidade de estabelecerem-se re-lações sociais saudáveis e, conseqüentemente, a oportunidade de usu-fruirmos a felicidade real que poderíamos gozar neste mundo, com o verdadeiro prazer de uma convivência deli-

cada e elegante sem a qual a humanidade se transformaria em verda-deira alcatéia de lobos”. Mais adiante, exclama-va: “Quão bom seria que o homem usasse o seu cérebro privilegiado, sua inteligência, o seu raciocínio, sua dispo-sição, enfim, as suas potencialidades, para o bem-estar social”. No caso, identificamos que a caneta utilizada por Osvaldo para a escrita desse texto fora irrigada com a tinta do mesmo sangue que agitava seu batimento cardíaco. Desde meni-note, quando mirava sua figura galante, de apreciador dos bons costumes, alimentador de hábitos gregários, sempre imaginei: “aí vai um típico lorde, homem de espírito nobre”. Este fidalgo cidadão, nascido em Indepen-dência no dia 1º de março de 1937, partiu. Deixou-nos na última terça-feira, 26 de janeiro de 2010. Foi ocupar seu merecido assento entre os membros da elevada estirpe. Sua extensa e memorá-vel dedicação ao mú-nus público se iniciou e sempre girou sob o esquadro de Crateús, onde iniciou os estudos na Escola Normal, com passagem no Ginásio Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e na Escola Padre Champagnat, em Fortaleza, onde depois bacharelou-se pela Universidade Federal do Ceará.Mesmo sob a admi-nistração de seu filho Osvaldo Júnior, o tra-dicional Cartório do 1º Ofício, na Rua Coronel Lúcio, em Crateús, tem o fenótipo do velho Os-valdo. Confunde-se com sua figura. As paredes, enfeitadas com diplo-mas, prêmios, troféus e certificados os mais diversos, lembram seu intenso apostolado pú-blico e sua afortunada militância filantrópica.

Na seara pública, dentre outras empreitadas, foi diretor da Escola de Co-mércio Padre Juvêncio, de 1962 a 1966; Su-perintendente regional de Ensino, de 1964 a 1968; Chefe do Escri-tório Regional da Casa Civil, em Crateús, de 1969 a 1970; Consultor Jurídico do Estado, de 1972 a 1978. Na atividade sócio-cultu-ral, dirigiu o Clube Caça e Pesca; foi Secretário do Centro Folclórico de Crateús; presidiu, em sete mandatos distin-tos, o Lions Clube de Crateús, tendo assumi-do as mais destacadas funções, inclusive a de Governador do Distrito L-15, além de participar de praticamente todas as Convenções Distritais e Nacionais, bem como das internacionais de Dallas, no Texas, Estados Unidos, e de Montreal, no Canadá. Um dos seus principais contributos a Crateús foi ter idealizado, por uma chispa altruística, um dos mais respeitados espaços educacionais da urbe. Em 1967, sob o influxo inspirativo da insígnia Leonística do SERVIR, solicitou ao pai, Antonio Bezerra do Nas-cimento, uma quadra no bairro Castelo. Nessa quadra foi erigida, em forma de H, a “Escola Lions Clube”, uma das mais privilegiadas refe-rências de escola públi-ca da cidade. Osvaldo, em sua germi-nação latina, significa “poder dos deuses”. Imaginava escrever-lhe uma estampa louvativa. E, depois, observar a reação das suas esferas oculares. Que pena! Elas se fecharam antes disso.Por isso, sem pestanejar, saúdo sua alma leonina, plena de potencialida-des sublimes, e agra-deço sua contribuição terrena. Boa estada no céu!

[CrônicadaCidade]Há poucos, uma emissora

de rádio local me pediu uma avaliação sobre o primeiro ano de gestão do doutor Car-los Felipe à frente do Execu-tivo Municipal. Compartilho aqui algumas das opiniões que externei.

O SIGNIFICADO DA ELEIÇÃO

A eleição de Carlos Felipe foi emblemática. Embora tenha votado em candidato concorrente, reconheço que Carlos Felipe catalisou as es-peranças da população. Teve a imensa capacidade de esta-belecer uma sintonia com os anseios da massa popular. O povo votou nele sob o forte desejo de que ele promovesse uma profunda alteração nos costumes políticos e na con-dução administrativa.

A OPORTUNIDADE PERDIDA

Infelizmente faltou-lhe aquilatar a real dimensão e o alcance histórico do seu papel. Ao invés de iniciar o seu governo conclamando a inteligência da cidade, pela mediação dos segmentos organizados, e as lideranças indistintamente para a cons-trução de uma agenda de transformações sustentáveis, preferiu repetir os velhos modelos e as práticas que contestara: cooptação de vereadores, ações revanchis-tas, discurso discriminatório. Perdeu a oportunidade inicial da inovação.

O CHOQUE NECESSÁRIO

Além de uma mudança relacional, era imperiosa a promoção de um choque de gestão: corte nas gorduras, enxugamento da máquina, racionalização de procedi-mentos e constituição de uma robusta poupança. Na ânsia imediatista de mostrar resultado, iniciou obras sem folga de contrapartida e co-meça a enfrentar problemas (a reforma da Praça da Estação, por exemplo, está prestes a completar um ano e ainda longe de terminar). No lugar de um programa eficaz de desenvolvimento sustentável, temos uma série atabalhoada de ações desconexas ao sabor da conjuntura externa.

OS PROBLEMASPor conta desses desen-

contros entre o que foi pro-

metido e o que está sendo efetivado, surgem problemas na própria base de sustenta-ção do Prefeito. Na semana passada, o Vereador Nego do Bento subiu à tribuna da Câmara Municipal para dar publicidade do destino do dinheiro público crateuense. Obviamente, o edil apenas relatou o que qualquer pessoa que acesse a internet pode conferir, pois estas informa-ções estão disponibilizadas no site http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/. O inusi-tado é que isso repercutiu. Imediatamente, surgiu uma saraivada de críticas em cima do ex-aliado. Ora, ele é um Vereador, eleito pelo povo. Tem legitimidade para falar. Independente de ter interesse contrariado, a crítica sobre a vida pública pode ser feita por qualquer pessoa. E o homem público verdadeiro, ao invés de procurar desqua-lificar quem a formula, deve observar o seu conteúdo. Se tiver fundamento, acolher e reformular. Mas é exatamente aí que reside outra faceta a ser considerada: o relacionamen-to com os opositores.

A OPOSIÇÃOOnde se exercita a salutar

prática da convivência de-mocrática, a oposição é vista como benfazeja, freio e con-trapeso a evitar os excessos e desleixos que a sujeição provoca. O prefeito nunca fez qualquer sinal de querer uma relação saudável e elevada com os setores que lhe fa-zem oposição. Nesse quesito, repete a velha e anacrônica política pendular de transitar sobre os dois extremos: ou as pessoas, por cooptação, o acompanham submissamente ou procura esmagar quem in-siste em lhe fazer contrapon-to. Como se fosse impossível seguir outro caminho.

O SINDICATO DOS PROFESSORES

Um dos espaços onde se refuta, com conteúdo, essa obsessão hegemônica da Prefeitura é no Sindicato dos Professores Municipais. Nessa entidade que agrega os profissionais do magistério se pratica, além da defesa das prerrogativas dos trabalhado-res em educação, uma intensa atividade cultural. Vale a pena se participar dos eventos promovidos no Quintal com Arte do Sindicato. Na manhã

da última segunda-feira, foi realizada a solenidade de posse da atual diretoria, que tem à frente, em seu segundo mandato como presidente, Edilson Alves Pinto; Socorro Malveira como vice; Adriana Calaça como secretária e Socorro Marques como te-soureira. Marcaram presença representantes do Instituto de Desenvolvimento Social Dom Antonio Batista Fra-goso - IDSAF, do Sindicato dos Professores do Estado, Academia de Letras de Cra-teús, Sindicato dos Servidores de Tamboril, MST, Cáritas, Associação do bairro Nova Terra, além é claro de pro-fessores e professoras do mu-nicípio, com filhos e outros familiares.

BLOG DA SABiA Sociedade Amigos da Bi-

blioteca Municipal Norberto Ferreira Filho – SABi, orga-nização não-governamental fundada em 2004, com atua-ção na área cultural, atenden-do prioritariamente crianças e adolescentes do município de Crateús, acaba de lançar um blog: http://sabicrateus.blo-gspot.com/. Dê uma espiada nele. Desde 2007, a SABi é Ponto de Cultura do Minis-tério da Cultura (MINC), desenvolvendo atividades de formação artístico-cultural na modalidade de Oficinas de Artes, sendo elas: oficina de teatro, grafite, sapateado, xilogravura, teatro de bone-cos, contação de histórias, artes plásticas, violão, edição de vídeo, além da produ-ção de documentários sobre personalidades e expressões culturais do nosso município. A SABi está funcionando na Casa de Arte e Cultura João Batista, situada à rua Francisco Sá, 148 - ao lado do Colégio Estadual Regina Pacis - oferecendo, além das oficinas de arte, internet grátis para toda a população.

PARA REFLETIR“Sem a cultura, e a liberda-

de relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.” (Albert Ca-mus)

[Observatório]Júnior Bonfim

www.juniorbonfim.blogspot.com

Osvaldo Bezerra

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4 Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010Página

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GeralAntonio Carlos Xavier, o

“Cassim”, está preso pelo sequestro, violação e assas-sinato da menina Alanis Ma-ria, de cinco anos, por ele le-vada da porta de uma igreja em Fortaleza. Mas será que foi ele o único responsável pela monstruosidade de que é acusado? Claro que não. Foi ajudado e estimulado por um poderoso cúmplice: o Estado, que o deixou na rua, graças ao famigerado instituto da progressão de regime prisional. Mesmo condenado a 23 anos de cadeia por um crime igual, cometido há dez anos, anda-va a solta pelas ruas, ante a indiferença das autoridades. Cassim não teria cometido mais essa monstruosidade não fora a cumplicidade do Estado que o deixou fora das grades, desfrutando da sensação da impunidade. Um estímulo a mais para o crime. Juntamente com as mãos do assassino estavam em torno do pescoço e do corpo débil da garotinha as mãos do Estado. Do Estado que gera as leis da impu-nidade, que permite que assassinos permaneçam nas ruas, relaxam a vigilância. A cada dia surgem novas leis que tratam de maneira generosa os criminosos. É a própria lei que praticamente proíbe que os condenados cumpram integralmente as suas penas, afagando-os com absurdos, um dos qual bem generoso é a rua para

Artigo Rangel Cavalcante - E-mail: [email protected]

Quem matou Alanis?

quem cumpriu parte da con-denação. Junto com Cassim deveria estar no banco dos réus outro grande culpado que é o Estado. E, escondi-dos sob o seu manto prote-tor, por certo deputados e senadores que aprovaram tais leis, presidentes da República que as sancionaram, ma-gistrados que as aplicam na interpretação mais simplis-ta. Um monstro como esse Cassim não poderia estar nas ruas gozando de regimes relaxantes antes de cumprir a pena anterior e sem uma rigorosa investigação de suas condições de conviver com a sociedade. Psiquiatras, psico-lógicos e outros especialistas tinham que ser ouvidos antes que ele pusesse os pés fora da cadeia. E assim como ele existem milhares espalhados pelo país. Muitos reinciden-tes em seus crimes. A gente cruza com eles a toda hora, a

polícia sabe onde estão. Mas, ao invés de acordar para a gravidade do problema, o Estado Brasileiro a cada dia cuida de fornecer embasa-mento legal para o crime. Exemplo disso é o famige-rado Estatuto da Criança e do Adolescente, que concede aos menores de 18 anos a licença para roubar e matar e vem criando em todo país um verdadeiro exército de bandidos, os “di menor”, que zomba das autoridades e da lei. É preciso reconhecer que Cassim não matou sozinho. Teve a ajuda culposa do Estado, nas suas três faces, o legislativo, o judiciário e o executivo. E, tenhamos a humildade de reconhecer: temos todos também a nos-sa parcela de culpa, já que sustentamos pelo aplauso ou pelo silêncio e com o voto esse estado de coisas.

Prefeitura lança campanha “Unidos Contra a Dengue”

Servidor da UFC continua com o maior salário

O prefeito de Crateús, Car-los Felipe, comandou uma manifestação pública contra a dengue, em ato que teve início na Praça Antônio Arcelino, com uma caminhada até a Praça Luiza Passos, no Bar-rocão, na tarde do último dia 20. O evento reuniu centenas de adeptos e voluntários, além dos agentes de endemias. A campanha foi deflagrada pela Secretaria de Saúde e contou com o apoio das demais se-cretarias e com as parcerias do 40º Batalhão de Infantaria, que foi representado pelo major Marco Antônio da Silva Melgueiro, subcomandante desta Unidade Militar, do

Corpo de Bombeiros, do 7º Batalhão de Polícia Militar, da Igreja Católica, do CDL, dos CRAS e da Secretaria de Ação Social. Estiveram presentes, além do prefeito Carlos Fe-lipe e do secretário de Saúde Antônio Diego, os secretários de governo, Elder Leitão, de Agricultura Francisco Cauim, dos Esportes, João de Deus Ferreira, o chefe do Gabinete Municipal Romildo Marçal, Dr. Juracir, chefe do Centro de Zoonoses, professor Izau-ro Machado Neto e outros colaboradores.

Falando, na ocasião, aos presentes, o secretário Antô-nio Diego destacou a situação

confortável do município de Crateús em relação ao per-centual de infestação da den-gue, que foi reduzido de 6% para 1,8%, destacando ainda o papel que todos devem desempenhar para evitar a presença do mosquito Aedes Aegypti, e ainda a importância das parcerias.

Encerrando o evento, o prefeito ressaltou a redução dos índices de infestação do mosquito em 2/3, durante sua gestão, e exaltou o trabalho dos agentes de endemias, além da ação de cada habi-tante no sentido de erradicar o mosquito da dengue em Crateús.

Prefeito Carlos Felipe expôe os números positivos sobre a dengue no município

Major Marco Antonio, sub-comandante do 40º BI, representante do Corpo de Bombeiros, secretário João de Deus e Matos Lima, da Comunicação

Secretário de Saúde Antonio Diego coordenou a campanha “Unidos Contra a Dengue”

BRASÍLIA. A Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento publicou, no Diário Oficial da União, portaria com o demonstrativo das maiores e menores remunerações da Administração Pública Fede-ral, por órgão ou entidade.

O maior salário – de R$ 46.430,42 – continua sendo de um servidor da Univer-sidade Federal do Ceará (UFC). O nome do servidor não foi divulgado.

Em outubro de 2009 o demonstrativo indicou o mesmo servidor como mais bem pago. O valor está R$ 18,7 mil acima do teto sala-rial da administração pública, correspondente ao salário de

ministro do Supremo Tribu-nal Federal, de R$ 27.725,00. O menor salário é de R$ 823, 14, do Comando do Exército.

O Ministério do Planeja-mento esclarece que parte dos altos salários que ainda persistem na folha de pa-gamentos da administração pública é decorrente do pagamento de sentenças judiciais.

O servidor da UFC recebe originalmente R$ 18.975,05 e, sobre esse valor, tem in-corporada decisão judicial no valor de R$ 27.455,37, e um corte de R$ 9.294,32. Com isso, a remuneração bruta é de R$ 37.136,10.

O Ministério informa que,

além desse caso, há outros quatro casos no Executivo Federal, com remuneração total acima do teto: um no Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (R$ 33.232,39), outro na Uni-versidade Federal do Acre (R$ 32.202,63); um terceiro na Universidade Federal de Minas Gerais (R$ 28.732,27) e na Universidade Rural Fe-deral do Rio de Janeiro (R$ 28.251,78)

A portaria que divulga os maiores e menores salários da administração pública federal é publicada três vezes ao ano e traz brutos os valo-res das remunerações.

A cúpula do Partido Socia-lismo e Liberdade (Psol), no Ceará, decidiu, que a legenda vai disputar o Governo do Estado nas eleições deste ano. A candidatura gira em torno de três nomes: vere-ador João Alfredo, Renato Roseno e Soraya Vanini. A decisão final deverá ocorrer somente em março, segundo João Alfredo.

Durante reunião realizada pela executiva estadual da legenda no Ceará, também ficou decidido que o partido vai tentar compor o arco de alianças com o qual disputou o Governo em 2006, com PSTU e PCB, cujo candidato a governador foi Renato Ro-seno. “Formamos um grupo de trabalho para tratar das alianças, mas ainda vamos

conversar”, revelou Roseno explicando que estão nego-ciando.

O psol também pretende disputar cargos proporcionais este ano. Todavia, embora Re-nato Roseno não tenha adian-tado expectativas, o vereador João Alfredo garante que a estimativa da legenda é fazer dois deputados estaduais e um federal.

PSOL decide ter candidato a governador do estado

OPOSIÇÃO

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5Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 Página

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Cidade

A expressão “vivandeira” veio do marechal Humberto Castello Branco, há 45 anos, no alvorecer da anarquia militar que baixou sobre o Brasil a treva de 21 anos de ditadura. Referindo-se aos políticos civis que iam aos quartéis para buscar con-chavos com a oficialidade, ele disse:

“Eu os identifico a todos. São muitos deles os mes-mos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias ao Poder Militar.”

Desde o início da contro-vérsia provocada pelo Plano Nacional de Direitos Hu-manos, sentia-se o perfume da sedução tucana pelo flerte com a figura abstrata dos militares aborrecidos com ideia de se esclarecer a responsabilidade pelos crimes praticados durante a ditadura. Uma palavrinha aqui, outra ali, coisa cau-telosa para uma corrente política que pretende levar à Presidência da República o governador José Serra, que pagou com 15 anos de exílio o crime de ter presidido a UNE. Serra e os grãos tu-canos conhecem um docu-mento de 1973, preparado pela meganha enquanto ele estava preso ou asilado no Chile. A peça vale por uma anotação manuscrita: “Esta é a súmula do que existe sobre o fulano. Como vês, trata-se de ‘boa gente‘ que bem merece ser ‘tratado’ pelos chilenos.” A rubrica do autor parece três letras. (Pelo menos cinco bra-sileiros foram ”tratados” pelos chilenos nas semanas seguintes ao golpe do ge-neral Pinochet.) Será que Serra não tem curiosidade de saber quem queria “tratá-lo”?

A vivandagem tucana ex-plicitou-se numa entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao re-pórter Gary Duffy. No seu melhor estilo, disse a coisa e

seu contrário. Referindo-se aos itens do Programa de Direitos Humanos que cui-dam do estabelecimento de uma Comissão da Verdade, o ex-presidente afirmou o seguinte:

“Esse não é um assun-to político no Brasil, mas uma questão de direitos humanos, o que para mim é importante, mas o perigo é transformar isso em um assunto político.”

Assunto político, o de-saparecimento de pessoas jamais deixará de ser. Não há como dizer que seja um tema climático. O ex-presidente foi adiante e viu na iniciativa de investigar os crimes do Estado um fator de “intranquilidade entre as Forças Armadas.”

Pode vir a ser um fator de indisciplina. “Intran-quilidade entre as Forças Armadas”, só se fosse uma ameaça às fronteiras na-cionais ou às reservas de petróleo do mar territorial. Fernando Henrique Cardo-so já sentiu o gosto amargo da vivandagem quando ampliou a lei da anistia e reconheceu a prática, pelo Estado, dos crimes da ditadura. Nesse sentido, na busca da verdade e da compensação das vítimas (reais) da ditadura, deve-se mais a ele e a tucanos como José Gregori do que a Lula e a organizadores de eventos como Tarso Genro e Paulo Vanucchi.

Não se reconhece em Fernando Henrique Cardo-so do ano eleitoral de 2010 o presidente de 1995 a 2002. Muito menos o militante das causas democráticas, visto pela tigrada como um “marxista violentíssimo”. Felizmente, pode-se garan-tir que FHC não sentou praça na tropa da ditadu-ra. Infelizmente, podendo mostrar pelo exemplo que há uma diferença entre os tucanos e as vivandeiras, preferiu o cálice um gole de oportunismo.

Artigo Elio Gaspari

Perigo à vista: vivandeiras do tucanato

Atividade legal do Clube Sargento Hermínio não permite realização de forró

O Clube Sargento Hermí-nio (CSH) tem como principal atividade legal as “ATIVIDA-DES DE ASSOCIAÇÕES DE DEFESA DE DIREI-TOS SOCIAIS” contidas no Código 94.30-8-00 do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (veja documento). De acordo com a CONCLA – Comissão Nacional de Clas-sificação, órgão do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (veja documento), as atividades deste Código correspondem a: Associação Beneficente para Distribuição de Cestas Básicas; Associação De Proteção de Minorias Ét-nicas; Associação, ONG, de Defesa do Meio Ambiente; Associação, ONG, de Defesa dos Direitos Humanos; As-sociação, ONG, de Grupos Minoritários e Associação, ONG, de Movimentos Eco-lógicos. Portanto, o Código de Atividade do Clube Sar-gento Hermínio, expresso no CNPJ 05.354.626/0001-10, não lhe dá competência para promoção de “forrós”. Mas, contrariando a finalidade a que o CSH se propõe, o sar-gento João Bezerra, por sua própria vontade, conta e risco promove forrós que varam as madrugadas e perturbam o sossego público, torturando pessoas de todas as idades. Estas ficam sem dormir, en-quanto os outros se divertem à custa do seu sono, e enquan-to o maroto sargento aufere seu lucro de bilheteria e venda de bebida alcoólica. Muito pelo contrário, ao CSH cabe a defesa do Meio Ambiente e da Ecologia conforme se pode ver no documentado apresentado.

O Clube Sargento Her-mínio, portanto, através do famigerado sargento Bezerra, está cometendo uma gritante irregularidade, um estelionato e uma falsidade ideológica perante a opinião pública, desvirtuando as próprias fi-nalidades e levando suas ati-vidades a chocarem-se com a Lei. Além de usurpador de direitos, o sargento vem cometendo crime ambiental dos mais perversos e violan-do, sobremodo, a LEI DO SILÊNCIO. Ele se apoderou do CSH por uma manobra capciosa e, em cima dele pra-tica um comércio ilegal de be-bidas, explora festas de forró que incomodam meia cidade, onde pessoas da menoridade participam e ingerem bebida alcoólica. O caso é de polícia. O alvará do clube foi emitido em desacordo com as suas atividades, e precisa ser cas-sado pela Prefeitura ou por ação do Ministério Público. O Clube Sargento Hermínio, que tem uma tradição de meio

Sgt. João Bezerra “dono do CSH” explora ilegalmente o clube, o idoso e a população, e comete crime contra a Lei do Silêncio e Leis ambientais

século em Crateús, precisa ser levado a sério. O 40º Batalhão de Infantaria, pelo seu co-mando, pode e deve mandar fazer uma sindicância naquela agremiação que, queiram ou não queiram, está vinculada ao Exército Brasileiro e não pode permanecer como está. O CSH e seu explorador, sar-gento Bezerra, está levando ao desassossego centenas de famílias e milhares de pessoas pelo inferno das festas de for-ró que ilegalmente promove, sem que esta atividade esteja incluída nas finalidades a que o clube legalmente pode exer-cer. Os suboficiais e sargentos do 40º Batalhão de Infantaria devem imprimir a retomada do clube e enquadrá-lo às suas finalidades permitidas por lei, e não deixar que o mesmo sirva de repasto ao sargento que dele se apoderou por es-

perteza, e vive da exploração da sua atividade lucrativa.

Enquanto isso, os militares da ativa e da Reserva não encontram espaço no clube que é deles e, por isso não o freqüentam, vendo na pessoa desse sargento um entrave. O CSH, legalmente, encontra-se ao abandono e em situação irregular perante a Receita Federal e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, sem que tenha condições de obter uma Certidão Negativa, (veja documento). Ademais, a contabilidade do clube é privativa do sargento Bezerra, é clandestina, não existe para prestação de contas com a di-retoria, conforme determina os estatutos do clube.

Sabe-se ainda que o clube atua utilizando-se da explo-ração do trabalho de pessoas que se submetem, não as

exigências das leis trabalhistas, com salário fixo, férias, 13º salário, hora extra, adicional noturno, PIS, FGTS, Carteira de Trabalho assinada, Seguro Desemprego, etc. mas ao trabalho avulso sem qualquer garantia e justa remuneração, e ao arrepio das leis traba-lhistas. É preciso um basta às pretensões desse sargento que pensa que pode enganar a todos durante longo tempo.

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Regional

Ararendá

Informe Publicitário Novo Oriente

Informe Publicitário Independência

Esporte em alta em Independência

Estudo pedagógico: estudo, reflexão e prática

Secretaria de Educação de Ararendá-CeNota de esclarecimento

Saúde

Esporte nas comunidades

Novo Oriente acolhe novos contratos do concurso 2009

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O Prefeito Valdi Coutinho entregou à população de Independência, no ultimo dia 16, o Campeonato In-dependenciano de Futebol, tendo ao lado a sua equipe de Esporte liderada pelo jo-vem Emeilsom Trigueiro. O palco do evento foi o Estádio Carneirão, que contou com a participação de 512 torcedo-res, comprovando o excelente momento vivido pela “Ad-

ministração Construindo um Novo Amanhã”.

Na ocasião, o prefeito Valdi Coutinho, ao lado de seus secretários, agradeceu a todas as equipes que participaram do campeonato, entregando, em seguida, a premiação às equipes, sendo a primeira colocada a de Jucás, que rece-beu R$ 1 mil. A segunda, de Malhada Vermelha, recebeu R$ 600, e a terceira, de Pa-

lestina, que recebeu R$ 400, além de medalhas e troféus para as equipes. O Prefeito Valdi Coutinho ainda presen-teou os jogadores escolhidos, formando a seleção da com-petição com 11 jogadores, destinando-lhe s R$ 50 para cada um. Três seleções, com o resultado final da competi-ção, terão acesso à primeira divisão do campeonato na sua próxima edição.

A Secretaria Municipal de Educação de Novo Oriente, realizou nos dias 22, 25 e 26, estudo pedagógico que con-tou com a participação de 210 professores da rede municipal de ensino, das: Educação In-fantil, Ensino Fundamental I e II. O referido encontro teve

uma programação variada e enriquecedora com as temáti-cas: Motivação e Auto-estima; Estratégias de Planejamento e Sala de Aula; Estudo so-bre a estrutura do Projeto Político Pedagógico (PPP) e realização de planejamento para dar início ao ano letivo

2010. O estudo pedagógico teve como facilitadoras: Ana Cristina, Maria do Socorro Marques, Dilviana Márcia e toda a equipe pedagógica in-terna e externa da Secretaria Municipal de Educação.

O Município de Novo Oriente realizou concurso público para provimento de cargos nas mais diversas áreas: Educação, Saúde e diversas secretarias. A Secretaria de

Educação realizou lotação de todos os profissionais no período de 18 a 26 de janeiro de 2010.

Foram inseridos no quadro da rede municipal profissio-

nais do município e cidades vizinhas, demonstrando a importância do concurso para a geração de novos empregos e renda.

A Secretaria de Educação do Município de Ararendá esclarece à população, que o processo de nucleação das escolas é uma exigência para a qualidade do ensino ofertado. É uma preocupação fomen-tada com o desejo de elevar os níveis de aprendizagem dos nossos alunos. Esclarece ainda, que as escolas que estão sendo nucleadas funcionam com turmas multisseriadas que, ao longo do tempo, têm sido responsáveis pelos bai-xos índices de aprendizagem dos alunos, refletidas nas avaliações externas. Todos os municípios brasileiros já

passaram por esse processo de nucleação, seguindo orien-tações do Plano Nacional de Educação (PND), Plano de Ações Articuladas (PAR), do Plano Compromisso “Todos Pela Educação” que exigem dos municípios brasileiros boas práticas na organiza-ção da educação municipal, oportunizando a comunidade escolar o direito que é inato a todos os seres humanos - o direito de aprender uma re-organização de rede de ensino tem um significado subjetivo – a promoção humana. Nos-so foco nessa luta é o saber necessário a era do conhe-

cimento. É para as crianças, adolescentes, jovens e adultos, que projetamos um caminhar rumo ao desenvolvimento cognitivo e sustentável com a educação com equidade e qualidade social. Com base no exposto, a secretaria apela à população que faça parte dessa luta em prol da quali-dade do ensino de seus filhos. Todos têm direito a aprender e merecem esse olhar com a visão de progresso dos admi-nistradores de Ararendá-Ce.

Irene Moreira de Freitas LimaSecretária de Educação

Brasília. A Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB) defendeu o ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, no embate dentro do governo sobre mudanças no terceiro Programa Nacio-nal de Direitos Humanos, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de dezembro.

O presidente nacional da OAB, Cézar Britto, afirmou que os militares que comete-ram crimes de lesa-humani-dade no período da ditadura militar (1964-1985) devem ser punidos legalmente.

“Quem censurou, quem prendeu sem ordem judicial, quem cassou mandatos e quem apoiou a ditadura mi-litar estão anistiados. No en-tanto, quem torturou cometeu crime de lesa-humanidade e deve ser punido pelo Estado como quer a nossa Constitui-ção”, afirmou.

Na defesa de Vannuchi, o presidente da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, subiu o tom das críticas ao sugerir a demissão do minis-tro da Defesa, Nelson Jobim, e dos comandantes militares contrários à punição de cri-mes cometidos na ditadura pelas Forças Armadas.

“Se é para haver demissões

no governo, que sejam as primeiras as do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dos chefes militares”, afirmou.

Damous disse ser “inacei-tável” que a sociedade brasi-leira seja “tutelada por chefes militares”. O presidente da OAB-RJ afirmou que Van-nuchi tem razão no embate com a cúpula militar, pois as Forças Armadas tentam criar uma “crise artificial” em um país que vive a sua “plenitude democrática”.

DIVERGÊNCIASBritto telefonou ontem a

Vannuchi para prestar soli-dariedade ao ministro, que diverge da cúpula militar do governo em relação ao capí-tulo do plano que cria uma “comissão da verdade” para apurar torturas.

Os militares classificaram o documento como “exces-sivamente insultuoso, agres-sivo e revanchista” às Forças Armadas, enquanto Vannuchi defende investigações de torturas cometidas por mi-litares.

Na conversa, o presidente da OAB disse que a anistia não representa o “esqueci-mento” dos crimes cometidos durante o regime militar.

“Todo brasileiro tem o direito de saber que um Pre-

sidente da República consti-tucionalmente eleito foi afas-tado por força de um golpe militar. Da mesma forma, não se pode esquecer que no Bra-sil o Congresso Nacional foi fechado por força de tanques e que juízes e ministros do Supremo Tribunal Federal fo-ram afastados dos seus cargos por atos de força, e que havia censura, tortura e castração de todo tipo de liberdade”, afirmou Britto.

Na opinião dele, “o regime do medo que sustentava o passado não pode servir de desculpa no presente demo-crático”. Britto disse que o país que tem “medo da sua história” não pode ser consi-derado um “país sério”.

Vannuchi disse que pedirá demissão se o Programa Na-cional de Direitos Humanos sofrer mudanças. O minis-tro declarou ser “um fusí-vel removível” no governo Lula e disse que se demitirá caso o plano seja alterado. “O que não posso admitir é transformarem o plano num monstrengo político único no planeta”, afirmou. Segundo ele, não faz o menor sentido o plano igualar torturadores e torturados, como defende Jobim. “Não posso admitir é transformarem o planeta num monstrengo”, disse.

Menos da metade dos jo-vens de 15 a 17 anos cursava o ensino médio em 2007 e apenas 13% dos que tinham de 18 a 24 anos frequentavam o ensino superior. Esses são alguns dos resultados da pesquisa Juventude e Políticas Sociais no Brasil, apresentada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo aponta que houve avanços no acesso de jovens à educação. Em 2007, 82% dos jovens de 15 a 17 anos frequentavam a escola. O problema está no atraso para concluir os estudos: ape-nas 48% estavam no ensino médio.

Para o diretor de estudos e políticas sociais do instituto, Jorge Abrahão, a educação é vista pelos jovens como uma força positiva. “os jovens entendem a educação como um caminho para melhorar a vida, mas enfrentam pro-blemas de desigualdades de oportunidades”, afirma.

A cor, o nível de renda e o local onde mora o jovem interfere nas oportunidades de acesso. Em 2007, 57% dos

O Prefeito Valdi Coutinho e o secretário de Saúde Elí-cio Gonçalves, em encontro com a população, anuncia-ram o bom momento vivido pela pasta da Saúde, que a população já tem conheci-

mento. Dentre as atividades anunciadas para 2010 estão a contratação de pessoal para implantação de mais duas equipes Saúde da Família, sen-do uma no bairro da Placa e outra na localidade de Várzea

Grande. Em parceria com o deputado Domingos Filho, informaram sobre a aquisição de ambulância e a construção da Unidade de Saúde de Nova Olinda.

O prefeito Valdi Couti-nho esteve na localidade de Mundo Novo, dia 17 último, participando da final do Cam-peonato de Futebol daquela localidade, com sete equipes participando da competição.

O prefeito entregou a premia-ção às equipes de Palestina, campeã, que levou o prêmio de R$ 700, e Oliveiras, vice-campeã, que ficou com R$ 300, mais troféus e medalhas. O prefeito, no fechamento

das duas competições, reafir-mou o seu compromisso com o esporte em 2010, com o me-lhoramento da Infra-estrutura do Estádio Carneirão e das quadras de esporte.

Para presidente da OAB, militares que cometeram crimes na ditadura devem ser punidos legalmente

OAB defende Paulo Vannuchi

Menos da metade dos jovens cursa ensino médio

DIREITOS HUMANOS

Educação

brasileiros de 15 a 17 anos que residiam em áreas metropoli-tanas frequentavam o ensino médio, contra pouco menos de 31% no meio rural.

Abrahão destaca que o jo-vem ainda se divide entre os estudos e o mercado de traba-lho e aqueles que conseguem frequentar a escola precisam lidar ainda com o problema da baixa qualidade do ensino. “A escola ainda está funda-mentada em uma estrutura antiquada”, diz.

No ensino superior, entre 1996 e 2007, a taxa de frequ-ência líquida cresceu 123%. Mas o percentual de jovens na faixa etária dos 18 aos 24 anos que têm acesso à etapa ainda é apenas de 13% - muito abaixo da meta de 30% estipulada

para 2011 no Plano Nacional de Educação (PNE). A renda é fator determinante para o acesso do brasileiro à univer-sidade: a frequência daqueles com ganhos de cinco salários mínimos ou mais (55%) é dez vezes maior do que entre a po-pulação com até meio salário mínimo (5%).

O estudo do Ipea destaca que o Brasil ainda tem 1,5 milhão de jovens analfabetos (15 a 29 anos). Segundo a pesquisa, “a manutenção do número de analfabetos no país em patamar elevado esta relacionada à baixa efetivida-de do ensino fundamental”. Em 2007, 44,8% das pessoas analfabetas com 15 anos ou mais já haviam frequentado a escola.

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7Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 Página

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RegionalInforme Publicitário Nova Russas

Informe Publicitário Monsenhor Tabosa

Nova Russas realizou a semana pedagógica

Ações da Secretaria Municipal de Recursos Hídricos e Meio Ambiente na nova gestão municipal taboense

Nova Russas se transforma em canteiro de obras

Câmara Municipal aprova plano de cargos e carreiras do Poder Legislativo

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A Secretaria de Educação de Nova Russas fez lotar as dependências do Grêmio Recreativo Novarussense no último dia 18, para iniciar os trabalhos de planejamento educacional para o ano letivo de 2010. O chefe de Gabinete da Prefeitura de Nova Russas, Sebastião Mano, representan-do o prefeito Marcos Alberto, abriu oficialmente o evento. Ele enfatizou o compromis-so que a administração tem para com a Educação no município e pediu o empenho de todos os professores na cruzada por uma Educação de Qualidade. Em seguida, o secretário de Educação Jorge Luis falou dos avanços que

Nova Russas vem obtendo no campo educacional, agra-deceu o apoio incondicional do Prefeito Marcos Alberto, que não tem medido esforços para desenvolver a Educação no Município, estimulando o trabalho dos professores, que tem assegurado prêmios e conquistas em nível estadual e nacional para o município. Jorge Luis também enfatizou o empenho de toda comuni-dade escolar para melhorar os índices educacionais re-lacionados às avaliações do Prêmio Escola Nota 10. “Em educação, os resultados são lentos; plantamos hoje para colhermos os frutos depois. O que estamos fazendo agora

terá reflexos positivos num futuro próximo”, Ressaltou o Secretário de Educação.

A Semana Pedagógica de Nova Russas prosseguiu até o último dia 22 de janei-ro, sendo que nos dias 18 e 19 o encontro foi realiza-do no Grêmio Recreativo Novarrussense e, a partir daí, prosseguiu nas próprias Escolas. Palestras, debates e Planejamento constituíram a pauta da Semana Pedagógica. Dentre os vários temas de-senvolvidos, foi abordado o da Reforma Ortográfica, com uma palestra ministrada pela Escritora Maria Aparecida Cláudia.

A nova gestão da Secre-taria Municipal de Recursos Hídricos e Meio Ambiente do Município de Monsenhor Tabosa, que tem à frente o secretário Salvador Mesquita, desde o início da nova gestão municipal vem realizando sério trabalho de educação ambiental no município, com a finalidade de conscientizar a população sobre as questões ambientais no âmbito do município.

Entre as realizações da im-portante pasta, destacaram-se a criação do Conselho Mu-nicipal do Meio Ambiente –

COMDEMA; a realização de palestras em escolas públicas; cursos de Multiplicadores Ambientais; criação do Pla-no Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos (PGIRSU); mapeamento geográfico das nascentes do rio Quixeramo-bim, em parceria com o proje-to “Água Pra Que Te Quero”; seminário sobre Licencia-mento Ambiental; participa-ção na elaboração do novo Documentário de Educação Ambiental da SEMACE; participação nas discussões e criação da lei que criou a Feira Municipal Agro-ecológica

do Município; realização das Conferências Municipais de Resíduos Sólidos, Pacto das Águas e Saúde Ambiental; elaboração da Cartilha Edu-cativa Gugu e Juju Cuidando do Acaraú, em parceria com a Secretaria de Educação; e criação do projeto Paisagismo Urbano e Reflorestamento, e aquisição de 2.500 mudas de árvores nativas e exóticas, em parceria com a SEMACE. To-das essas ações tornaram-se possíveis e viáveis pelo apoio do prefeito José Souto.

O município de Nova Rus-sas, hoje, é um exemplo de progresso e desenvolvimen-to. Com a chegada de 2010, vieram as grandes realiza-ções para a cidade. Graças a uma parceria firmada entre o prefeito Marcos Alberto, o Presidente da Assembleia Domingos Filho e o De-putado Estadual Vanderley Pedrosa, os recursos oriundos de emendas parlamentares têm chegado ao município e a sua imediata aplicação tem proporcionado grandes bene-fícios à população.

A prova do progresso está estampada nas principais ruas e avenidas e também nos distritos. Na entrada da cidade, onde tem início a li-gação de Nova Russas com a

Capital Fortaleza, já é possível perceber as realizações da ad-ministração municipal. Estão sendo construídas as praças da COHAB, da Caixa D’água, da Maçonaria e, no Centro, a Praça do Mercado Velho. Es-sas obras são compromissos de campanha assumidos pelo prefeito Marcos Alberto. Ele ressalta que em breve serão retomadas obras importantes que foram abandonadas pela administração anterior e que estão causando prejuízos ao erário público e conseqüen-temente, ao povo de Nova Russas.

O prefeito Marcos Alberto garante que a sede do mu-nicípio está sendo contem-plada, mas ele também tem como prioridade atender

as grandes necessidades da população dos distritos e localidades. Para ele, em bre-ve, estaremos entregando a passagem molhada do distrito de Nova Betânia, assim como as passagens molhadas das localidades de Canafístula, Sitio Novo, Miguel Antonio, Recanto e Pitombeiras, além da construção da passagem molhada no Rio Feitosa em Boa Esperança. Também serão construídas praças pú-blicas em Irapuá, Muringue e Sitio Novo. Essas realizações fazem parte de um programa de interiorização que iremos implantar no município em nosso governo, priorizando um acesso fácil do interior com a sede do município.

Na última sessão do mês de dezembro/2009, os vere-adores da Câmara Municipal de Nova Russas aprovaram o Plano de Cargos e Carreiras dos servidores do Poder Le-gislativo. A vereadora Karla Loiola, ao assumir a presidên-cia da Casa, havia se compro-metido com os servidores em elaborar o plano e colocar em votação, e assim o fez. Karla Loiola reconhece os serviços tão bem prestados por fun-cionários que se dedicam à Casa Legislativa. Mesmo em se tratando da Casa das Leis, os funcionários ainda não tinham recebido o devido re-

conhecimento. Uma das pri-meiras medidas tomadas pela presidenta Karla Loiola ao re-tornar aos trabalhos em 2010, foi fazer o re-enquadramento dos servidores que já se en-contram com seus salários devidamente atualizados.

A vereadora Karla Loiola não poderia fazer por menos, pois é uma forma de agrade-cer aqueles funcionários que tão bem a receberam naquela casa, pois é seu primeiro man-dato de vereadora e já com a tão grande responsabilidade de assumir a presidência dessa casa do povo. E para o ano de 2010 a presidente garante re-

formular o regimento interno da casa junto com seus nobres colegas, pois no conceito da mesma essa reformulação já era para ter acontecido a tem-pos atrás por se tratar de um regimento ultrapassado.

Nova Russas vem se transformando em canteiro de obras públicas na gestão do prefeito Marcos Alberto

Jovem presidente da Câmara Munici-pal de Nova Russas Karlo Loyola

O Colégio Estadual Olegário Abreu Memória foi uma criação do antigo vigário de Nova Russas Monsenhor Leitão. Está situado à Rua Cel. Antônio Rodrigues Veras, no Centro da cidade. Foi criado pela lei nº 7.991, de 30 de abril de 1965, e surgiu da junção de duas escolas: Ginásio Mon-senhor Tabosa e Escola Normal Maria Auxiliadora.

O Colégio Abreu Memória existe a 44 anos, prestando re-levantes serviços à comunidade novarussense. O famoso colégio, ao longo de tantos anos, com objetivo de formar cidadãos com base na consciência dos seus di-reitos e deveres, não possuía até então, um prédio próprio, para exercer sua missão de educar a comunidade novarussense.

O esforço no sentido de ad-quirir a sede própria e se livrar da constante ameaça de despejo começou em 25 de maio de 2007, na cidade de Crateús, nas primei-ras Oficinas Regionais, através da Secretaria do Planejamento e Gestão, quando foi apresentada uma proposta de ação sugerindo ao Governo do Estado a aquisi-

ção da sede própria do Colégio Estadual Olegário Abreu Memó-ria em Nova Russas.

O político Vanderley Pedro-sa, filho de Nova Russas, ao assumir a titularidade do cargo de deputado estadual nos qua-tro meses de licença do então deputado Washington Góis, em 1º de novembro de 2007, começou a trabalhar de forma incansável e através do reque-rimento 4838/2007 requereu à Secretaria de Educação Básica do Estado do Ceara - SEDUC, a aquisição da sede do Colégio Abreu Memória, na cidade de Nova Russas.

Após o trâmite do requeri-mento aprovado, o parlamentar Vanderlei Pedrosa interveio junto ao governo do Estado para conseguir a liberação do recurso para a compra do prédio do Colégio.

Nascido e criado em Novas Russas, o deputado Vanderley Pedrosa falou da satisfação de poder contribuir para o desen-volvimento da sua terra natal. “O Colégio Estadual Olegário Abreu Memória significa parte

do que eu vivi e uma parte da his-tória de Nova Russas. O anúncio dos recursos para a compra do colégio é resultado de um traba-lho iniciado em 2007, quando fui procurado por minha irmã Ana Carlota, diretora daquele Colégio, que necessitava de apoio para garantir esses recursos junto ao Governo do Estado. Esta é uma conquista de grande valia, que não é só minha, mas de todos os Novarussenses”, disse o deputado.

A importância para a região de um deputado estadual

Dep. Vanderley Pedrosa

Colégio Estadual Olegário Abreu Memória

“A situação do Chile não se repetirá no Brasil. As pesquisas demonstram a capacidade de Lula transferir votos para Dilma, que está em constante ascendência contra a estagnação de Serra”.André Figueiredo - Presidente do PDT no Ceará

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Cidade

Zilda Arns – rainha do amor

UVA promove outorga de grau em Crateús

Em concorrida solenidade realizada na quadra esportiva do Colégio Vitória, em Cra-teús, a Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA – pro-moveu a outorga de grau a concludentes de duas turmas do Curso de Educação Física. A Turma Francisca Neide Nogueira Leitão teve como patrono Carlos Felipe Saraiva Bezerra, prefeito de Crateús, que foi representado pelo seu chefe de Gabinete Romildo Marçal, e como paraninfo o professor e deputado esta-dual José Teodoro Soares, fundador da Universidade do Cariri – Urca, e reitor da UVA por 16 anos.

A Turma Alba Bezerra Pinho Furtado teve como pa-trono Pedro Leônidas Loiola e como paraninfo José Jeo-vá Souto Mota, prefeito de Tamboril. As duas Turmas homenagearam seus pais, professores, amigos, a Uni-versidade e o Instituto.

A coordenação do cerimo-nial esteve a cargo de Maria de Lourdes Cedro, e a sessão foi aberta, após a formação da Mesa, com a entoação do Hino Nacional Brasileiro. A concludente Maria Alves Azevedo, escolhida oradora das duas Turmas, emociona-da, pronunciou belo discurso de agradecimento, despedida

e de incentivo aos seus com-panheiros. Pelos docentes, usou da palavra o professor Adalberto Pereira da Silva. O concludente Alexsandro Bon-fim Melo prestou o juramento e o demais concludentes o acompanharam repetindo suas palavras.

Na ocasião, o professor, deputado e ex-reitor da Uni-versidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, fez brilhante pronunciamento de exalta-ção à Educação e destacou o seu incansável trabalho desde o Ministério da Edu-cação, quando nele prestou os mais relevantes serviços ao regressar dos seus estudos

A primeira e última vez que vi a Dra. Zilda Arns, em pes-soa, foi num restaurante em Fortaleza, em julho de 2007, quando compartilhamos a mesma mesa em almoço num restaurante da cidade, ocasião em que conversamos sobre a grandeza e a magnitude do seu trabalho em prol da criança carente e do idoso e em prol da humanidade. Nunca na vida me senti tão fascinado ao encontrar-me tão próximo àquela senhora; ao lado de uma personalidade internacional, embaixatriz e rainha do amor e defensora

dos menos favorecidos. A meiguice do seu rosto, a expressão do olhar, o sorriso doce de sua bondade e o encanto de sua voz puseram-me diante da imagem de uma verdadeira santa, uma santa que faz milagres todos os dias, por ter vivido tão perto de Deus. Reverencio a me-mória desta santa mulher e grande brasileira, e com meu pranto e lágrimas me integro ao rio de saudade que se for-mou logo ao anúncio de sua morte na tragédia do Haiti. O Brasil inteiro ainda chora a sua perda.

em universidades da Europa; como fundador da Urca, como reitor da UVA por 16 anos, e agora, como depu-tado estadual e presidente da Comissão de Educação. Professor Teodoro, hoje, no Ceará, é o maior expoente da Educação. O professor Saulo

Saraiva, coordenador dos Cursos da Uva em Crateús, fez uso da palavra e agradeceu a sua formação acadêmica à Uva. O pro - reitor da UVA, professor Leunam Gomes, que substituiu o reitor Antô-nio Colaço na cerimônia de outorga de grau, pronunciou

empolgante discurso em que contou sua experiência como secretário de Educação em três municípios do Ceará, e o seu trabalho como professor da UVA. A solenidade foi encerrada com a entoação do Hino do Ceará.

Ex-reitor da UVA, dep. Teodoro, pro-reitor Leunam Gomes, professor Saulo Saraiva e Romildo Marçal representante do prefeito Carlos Felipe

Professor Adalberto Pereira da Silva Oradora da turma Maria Alves Azevedo Alexsandro Bonfim Melo, fez juramento coletivo Dep. Professor Teodoro, foi brilhante no discurso Pro-reitor Leuonam Gomes, proferiu o discurso final

Jornalista César Vale em momento raro com a Drª Zilda Arns em Fortaleza

Já se fizeram todos os elogios devidos à médica brasileira Zilda Arns, irmã do Cardeal dos direitos hu-manos Paulo Evaristo Arns, que sucumbiu sob as ruínas do terremoto no Haiti. Tal-vez a opinião pública mun-dial não se tenha dado conta da importância desta mulher que em 2006 foi apontada como candidata ao prêmio Nobel da Paz. E bem que o merecia, pois dedicou toda sua vida à saúde das pesso-as mais vulneráveis. Por 25 anos coordenou a Pastoral da Criança acompanhando mais de um milhão e 800 mil menores de cinco anos e mais de um milhão e 400 mil famílias pobres. A partir de 2004, iniciou a Pastoral da Pessoa Idosa com mais de cem mil idosos envolvidos. Com meios simples como soro caseiro, o alimento a base da multimistura e ou-tros recursos mínimos, sal-vou milhares de crianças que antes fatalmente morriam.

Seria longo historiar seu extraordinário trabalho di-fundido já em mais de 20 países pobres do mundo. O

que pretendo é enfatizar os valores do capital espiritual que sustentaram a sua prá-tica. Nisso ela ia contra o sistema dominante e serve de inspiração para hoje. É convicção crescente que não sairemos da crise de civiliza-ção atual se continuarmos com os mesmos hábitos e os mesmos valores consumistas e individualistas que temos. Ela mostrou que pode ser diferente e melhor.

A Dra. Zilda honrou o cristianismo, vivendo uma mística de amor à humanida-de sofredora, de esperança de que sempre se pode fazer alguma coisa para salvar vi-das, de fé na força dos fracos que se organizam e na escuta de todos, além das crianças que ainda não falam.

Ela tinha clara consciência de que a solução vem de baixo, da sociedade que se mobiliza, sem com isso, dis-pensar o que o Estado deve fazer. Problemas sociais se resolvem a partir da socie-dade. Para isso, ela suscitou a sensibilidade humanitária que se esconde em cada pessoa e inaugurou a polí-

tica da boa vontade. Mais de 250 mil voluntários, sem nenhum ônus financeiro, se propuseram assumir os trabalhos junto com ela.

Uma idéia-geradora movia sua ação, copiada da prática de Jesus: multiplicar. Não apenas pães e peixes como ele fez, mas, nas condições de hoje, multiplicar o saber, a solidariedade e os esforços. Multiplicar o saber implica repassar às pessoas simples os rudimentos de higiene, o cuidado pela água, a medi-ção do peso e a alimentação adequada às crianças. Esse saber reforça a auto-estima das pessoas e confere auto-nomia à sociedade civil.

Multiplicar a solidariedade que, para ser universal, deve partir dos últimos, buscando atingir as pessoas que vivem nos rincões onde ninguém vai, tentar salvar a criança mais desnutrida e quase agonizante. Essa solidarie-dade é a que menos existe no mundo atual.

Multiplicar esforços, en-volvendo as políticas pú-blicas, as ONGs, os grupos de base, as empresas em

sua responsabilidade social, enfim, todos os que colocam a vida e o amor acima do lucro e da vantagem. Mas antes de tudo, multiplicar a boa-vontade generosa.

Ora, são estes conteúdos do capital espiritual que devem estar na base da nova sociedade mundial que importa gestar. O século XXI será o século do cui-dado pela vida e pela Terra ou será o século de nossa auto-destruição. Até agora globalizamos a economia e as comunicações. Temos que globalizar a consciência planetária e multiplicar o saber útil à vida, a solidarie-dade universal, os esforços que visam construir aquilo que ainda não foi ensaiado. Amor e solidariedade não entram nas estatísticas nem nos cálculos econômicos, mas, são eles que mais bus-camos e que nos podem salvar.

A médica Zilda Arns, seguramente sem o saber, mas profeticamente, nos mostrou em miniatura que esse mundo não é possível, mas é realizável já agora.

Artigo

O legado profético de Zilda ArnsLeonardo BoffE-mail: [email protected]

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CidadeAtração turística de Lavras da Mangabeira

Pré-Sal: A primeira e última chance do século

Zilda a altruísta

Radialista Donizete de Souza, de Lavras da Mangabeira, enviou-nos esta foto da bela atração turística daquele próspero mu-nicípio – o Boqueirão de Lavras no rio Salgado, a cinco quilômetros da cidade, tendo uma altura de 93 metros por 40 metros de largura. A 25 metros do poço encontra-se uma lendária caverna ainda inexplorada.

Este ano tem sido marcado, desde o início, por fatos que, no Brasil e em outras terras, se destacam pela comoção que têm causado às pessoas, como os desastres ambientais no Sudeste e Sul do País e, agora, a ocor-rência deste forte terremoto, seguido por outros, menores, no paupérrimo Haiti. Neste último caso, entre vários brasileiros que sucumbiram ao desastre sísmico, lamento especialmente a morte da médica e missionária Zilda Arns, que prestava um trabalho social de grande importância no campo da segurança ali-mentar, em prol dos haitianos. Durante toda a vida, dona Zilda foi exemplo de altruísmo, de entrega ao próximo, de ajuda aos necessitados. Destacou-se quando, atendendo ao pedido do irmão, hoje cardeal emérito de São Paulo, dom Paulo Eva-risto Arns, fundou, em 1983, a Pastoral da Criança, voltada ao combate à desnutrição e às doenças da infância . A entidade, além do Brasil, atua em 27 paí-ses, com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e chegou inclusive a concorrer ao Prêmio Nobel da Paz, em 2001. A partir daí, Zilda

Arns devotou-se à educação de grandes contingentes popula-cionais em regiões carentes do Brasil e de outras nações, como agora mesmo fazia no Haiti, as-solado pela miséria, corrupção, tráfico e desastres naturais. Seu trabalho tornou-a reconhecida, tendo recebido diversos prêmios e homenagens no decorrer de sua missão solidária. Incan-sável, também atuava, como representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em órgãos do governo ligados à problemática da saúde e do desenvolvimento social.

Zilda Arns colaborou inten-samente para a transformação da vida de muitos excluídos, dando-lhes orientação quanto à prevenção de doenças e ensinan-do-lhes técnicas simples, como a preparação do soro caseiro, eficiente contra a desidratação infantil. Preocupou-se igual-mente com o outro extremo da vida, pois coordenava a Pastoral da Pessoa Idosa, mais uma de suas várias atividades. Quando se perde alguém assim, tem-se a certeza de que o mundo ficou mais pobre e vazio de pessoas realmente voltadas ao verdadei-ro amor cristão.

Gilson Barbosa - Jornalista

A descoberta do pré-sal, a 300 km da costa marítima brasileira e a 7.000mts de pro-fundidade, marca o início do Século 21 e representa uma imensa riqueza que, se distri-buída justa e equitativamente, levará desenvolvimento a todos os municípios de nosso imenso país. Atualmente, o Brasil produz 2 milhões de barris de petróleo por dia, gerando 23 bilhões de reais em royalties e participação especial. Só a área do pré-sal já licitada, que é de apenas 28% da jazida descoberta, elevará este valor para 35 bilhões de reais. Com os 72% a ser licitado pelo regime de partilha, este valor sobe para l00 bilhões que serão distri-buídos entre União, Estados e Municípios.

Esta é a discussão que está se dando na Câmara Federal e da qual devemos participar ativamente. O relatório do deputado Henrique Alves (PMDB/RN), ao reconhecer a figura do estado produtor confrontante, estabelece um viés injusto para a maioria dos estados e municípios. O Pré-sal é uma riqueza do fundo do mar. É do Brasil e de nenhum estado em particular. Por-

tanto, sua distribuição deve ser feita de maneira justa, republicana e municipalista que impulsione o desenvolvi-mento nacional garantindo a superação da secular desigual-dade entre as regiões.

A Câmara retomará o deba-te em fevereiro quando será votada a emenda de plenário dos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB/RS) e Humberto Souto ((PPS/MG) que pro-põe uma partilha baseada nos mesmos critérios do Fundo de Participação dos Esta-dos (FPE) e dos municípios (FPM), consagrada na Consti-tuição de 1988 e fundamental na melhoria das condições de vida do nosso povo, prin-cipalmente do Nordeste, ao considerar a população e a renda per capita.

Pela Emenda desses depu-tados, o Ceará, que possui o segundo maior FPE do Nordeste, passará a receber R$ 1,17 bilhão anualmente em cerca de seis a oito anos, quando estiver consolidada a exploração do pré-sal. En-tretanto, se o Relatório de Henrique Alves for aprovado, o Ceará terá apenas R$ 353,8 milhões/ano. Todos os mu-nicípios cearenses também

serão beneficiados por meio da aprovação dessa Emenda. Crateús, cuja cota de FPM é de R$ 2.6 milhões receberá pelo relatório do deputado Henrique Alves R$ 862 mil. Com a emenda Ibsen Pinhei-ro, esse valor sobe para R$ 6.4 milhões; Tauá sobe de R$ 729 mil para R$ 5,4 milhões; Nova Russas e Parambu pas-sam de R$ 530 mil para R$ 3.9 milhões; Novo Oriente, Independência e Tamboril passam de R$ 464 mil para R$ 3,4 milhões. Os pequenos municípios também serão beneficiados, como Quiteria-nópolis, de R$ 398 mil para R$ 2,9 milhões e Arneiroz, que mesmo tendo o menor coeficiente de FPM no Ceará – de 0,6 -, terá direito a R$ 1,5 milhão anualmente.

O pré-sal, com a aprovação da Emenda Ibsen/Souto, será uma nova fonte estável e contínua de recursos para os municípios e estados brasilei-ros, tão importante quanto o FPE e o FPM e, para muitas cidades, será até maior que o repasse de recursos referentes a impostos como o ICMS e IPVA. Por tudo isso, afirmo esta é a primeira e a última chance do século de nos mo-

bilizarmos para garantir um desenvolvimento includente, superador das desigualdades regionais, multiplicador das riquezas e das oportunida-des. Como presidente da União Nordestina dos Pre-feitos, conclamo a todos a engajarem-se nesta cruzada, pondo um fim a época de prefeitos com pires na mão. Tenho certeza que esta luta será abençoada por padre Cícero.

Roberto Pessoa é presiden-te da União Nordestina dos Prefeitos – UNEP e Prefeito de Maracanaú-CE.

“O Brasil, como disse o presidente Lula, deve adotar o Haiti”.Affonso Arinos de Melo FrancoJurista, membro da Academia Brasileira de Letras, diplomata e autor da lei que criminalizou a segregação racial no Brasil.

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Política

A Câmara Municipal de Crateús, em apoio às preten-sões do distrito de Monte Nebo, que reivindica sua emancipação política do município de Crateús, fez uma sessão extraordinária naquele distrito, em conjunto com a representatividade local para o debate sobre a emancipação política. O evento ocorreu na manhã do último sábado, dia 23/1/2009, numa escola pública local.

A Câmara Municipal, sob o comando do vereador Márcio Cavalcante, seu presiden-te, se fez presente com os vereadores Bibi Apolônio, Paulo Teles, Lourenço Torres, Adriano das Flores e Antônio Luiz Júnior, que compuseram a Mesa dos Trabalhos junta-mente com o representante do prefeito Carlos Felipe - chefe de Gabinete Romildo Marçal, secretário de Gover-no, Elder Leitão e secretário de esportes João de Deus Ferreira e o presidente da Associação Comunitária de Monte Nebo, Zacarias Soares de Loiola.

O presidente da Câmara,

após a composição da Mesa, fez ampla explanação sobre o tema emancipação política, suas vantagens para o mu-nicípio e para o distrito que reivindica a independência. Entre as vantagens estão o progresso e o desenvolvi-mento da região, que chega de forma natural, propiciando oportunidades diversas de emprego para a população, de melhor educação, de mais saúde e inúmeras vantagens que acarreta a independência de um distrito municipal do porte de Monte Nebo, situ-ado numa região geográfica das mais produtivas por suas terras férteis. Citou as eman-cipações políticas de Novo Oriente e Quiterianópolis do município de Independên-cia que, não só acarretaram vantagens incontáveis para o município sede, bem como para os que se conseguiram a emancipação.

O secretário de esportes, João de Deus Ferreira, re-latou a sua experiência pes-soal sobre o tema, quando participou intensamente dos movimentos para emanci-

pação dos atuais municípios de Ararendá e Ipaporanga desvinculados do município de Nova Russas. O chefe de Gabinete, Romildo Marçal, externou a concordância do prefeito Carlos Felipe sobre o movimento em prol da eman-cipação de Monte Nebo, e deu a sua própria opinião sobre o tema. Todos os vereadores se pronunciaram também favoráveis. O presidente da Associação Comunitária de Monte Nebo, Zacarias Loiola, manifestou o seu entusiasmo e o seu pensamento sobre o movimento da emancipa-ção do distrito. O bancário aposentado e ex-gerente do Banco do Brasil, José Vilmar, que reside naquele distrito de Crateús é outro entusiasta do movimento. Vilmar é uma liderança religiosa naquele distrito e é um membro da Igreja Católica prestes a re-ceber o Diaconato.

ParticipaçõesA sessão da Câmara, em

conjunto com a reunião pró emancipação de Monte Nebo contou com a participação de inúmeras representações

de associações comunitárias de diversas localidades pró-ximas a Monte Nebo, e do vizinho distrito de Santana. Outros membros da comu-nidade também ocuparam o microfone e externaram o seu pensamento, expressando a unanimidade e a concordân-cia em favor da emancipação de Monte Nebo.

A sessão ocorreu com ex-pressiva presença popular e com a participação do titular do Cartório de Santana, Ge-rardo Chaves, que procedeu ao reconhecimento de firmas dos participantes da comu-nidade. A condução do ceri-monial esteve a cargo do líder comunitário Castelo Saboia. Após o encerramento dos trabalhos, ficou selado o com-promisso dos líderes daquele distrito em estarem presentes no distrito de Ibiapaba, dia 31 de janeiro, quando movimen-to idêntico se repetirá em prol também da sua emancipação política, os quais levarão seu apoio e solidariedade ao mo-vimento.

Davos, Suíça. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva con-quistou o “Prêmio Estadista Global”, do Fórum Econô-mico Mundial. Ele recebe a premiação hoje em Davos, na Suíça. É a primeira vez que esse prêmio é entregue nas 40 edições do fórum.

Segundo a assessora do encontro, Lucy Jay-Kennedy, a honraria irá premiar os líde-res políticos que usam o seu mandato para aperfeiçoar o estado do mundo.

O ex-secretário da Orga-nização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, irá entregar o prêmio a Lula às 11h30 (8h30 de Brasília). Depois do Prêmio, Lula fará um discurso em painel que discute o Brasil.

Para o presidente-execu-tivo do Fórum Econômico, Klaus Schwab, “o presidente do Brasil demonstrou um verdadeiro comprometimen-to com todos os setores da sociedade”.

“Esse comprometimento tem sido de mão e mão integrando crescimento eco-nômico e justiça social. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um modelo a ser seguido pela liderança glo-

bal”, afirmou Klaus Schwab, em nota à imprensa.

Neste ano, o fórum terá o tema “repensar, reformular, reconstruir”. É esperada a presença de mais de 2.500 líderes de 90 países. “A co-operação multilateral global está no cerne da missão do fórum, para melhorar o estado do mundo”, afirma Schwab, que também é fun-dador do encontro.

De acordo com a organiza-ção do encontro, o futuro do Haiti será uma das principais pautas. “Temos esperança de que podemos apresentar um grande esforço comum para a comunidade mundial mostrando a verdadeira ci-dadania corporativa global em Davos”, acrescentou Schwab. Mais de 30 chefes de Estado e de governo estarão presentes, segundo a orga-nização. Entre eles, estará o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que fará o discurso de abertura.

Esse não é o primeiro prê-mio internacional de Lula. O jornal francês “Le Monde” escolheu o presidente Lula como “Homem do Ano” de 2009.

Câmara faz sessão extra no Monte Nebo

Lula é eleito estadista global

EMANCIPAÇÃO PRÊMIO INTERNACIONAL

Presidente da Câmara Márcio Cavalcante conduziu os trabalhos em prol da emancipação de Monte Nebo

Vereador Bibi Apolônio ladeado pelos secretários Elder Leitão e João de Deus Ferreira Castelo Sabóia dirigiu o cerimonial do evento

Romildo Marçal representou o prefeito Carlos Felipe José Vilmar Saboia, líder religioso e entusiasta do movimento pela emancipação de Monte Nebo

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CidadeSanta Quitéria realiza I FECOISQ

O município de Santa Qui-téria-CE realizou no período de 13 a 16 de janeiro de 2010, a I Feira do Comércio e Indústria de Santa Quitéria – FECOISQ. A Feira teve como intuito colaborar com o fortalecimento do comér-cio e da indústria daquele município, onde esses setores vêm apresentando a cada ano um número de empresas e pequenos negócios formais e informais cada vez maior. A produção do setor industrial representa hoje uma parcela significativa do total de recur-sos comercializados na cidade e vem se firmando como alternativa para a geração de emprego e renda. Exemplo disto é o pólo calçadista com quatro empresas que geram

500 empregos e o pólo ligado à área de confecção com 18 empresas, que contribuem para a manutenção de apro-ximadamente 150 empregos diretos.

A FECOISQ foi uma reali-zação da CDL de Santa Qui-téria, com o patrocínio da Pre-feitura Municipal, SEBRAE e apoio do Governo do Estado do Ceará, SINE/IDT e Banco do Nordeste. A Feira foi com-posta por 23 stands divididos entre indústria e comércio, 6 institucionais e 10 destinados ao apoio à agricultura fami-liar, onde os assentamentos agrícolas da região tiveram a oportunidade de expor seus produtos. Dentre a progra-mação que acompanhava os dias de realização da feira

destacaram-se as Palestras acerca do Empreendedor In-dividual, o Caminhão Cidadão com a Emissão de CPF e RG, a Oficina de Orientação para o Trabalho, além da emissão de Carteiras de Trabalho.

O SEBRAE realizou duas palestras sobre os benefícios da formalização dos Em-

preendedores Individuais, bem como esteve disponibi-lizando o serviço de formali-zação desses empreendedores durante todos os dias da feira.

Notas políticasAmigos e seguidores de Ciro Gomes surpreenderam-se quando

ele disse que, neste momento político, “fará o que Lula quiser”. A confissão deixa nas entrelinhas que ele ainda alimenta a possibilidade de Lula torná-lo o vice de Dilma e, ao mesmo tempo, derruba por terra as declarações de que nada o afastará de sua candidatura à presidência da República. Tentará o governo de SP?

Se Lula quiser!? Onde está aquele Ciro da boca destravada, das frases avassaladoras, da metralhadora giratória? Era tudo teatro? O “fará o que Lula quiser” decepciona os que esperavam dele ir até o fim com o projeto de se candidatar a presidente. Com tal submissão, fica difícil traçar seu futuro político, pois deixou de lhe pertencer. Ciro atirou no pé e ficará claudicando, até Lula decidir o que fazer com ele ou se ver livre dele. Eles se merecem. (Regina Marshall – jornalista)

Notas Políticas (II)Em matéria de segurança pública, o governo Cid Gomes está

como aquele edifício – balança, balança, mas não cai. Porém, a coisa não vai nada boa, forçando o secretário Roberto Monteiro a cons-tantes mudanças de delegados, resultado de denúncias que levaram a sindicância que apura o processo contra 13 policiais civis.

Cinco delegados, cinco inspetores, dois escrivães e um perito criminal estão na lista dos que foram afastados temporariamente. Todos foram substituídos pelos adjuntos eventuais. Quer dizer, Roberto Monteiro quer apurar caso por caso. Confirmada a de-núncia, haverá exonerações conforme a lei. Por determinações de Cid Gomes, a sociedade tem direito de tomar conhecimento dos fatos e das respectivas punições, sem a necessidade do velho e cansado chavão “doa em quem doer”. É agir e punir. (Regina Marshall, jornalista)

DerrotadaA Câmara dos Deputados prepara uma sessão solene para home-

nagear a memória de Zilda Arns, a criadora da Pastoral da Criança, que morreu no terremoto do Haiti. É a mesma Câmara que em 2001 recusou a indicação dela para o Conselho da República, feita pelo PPS, preferindo eleger para o lugar o deputado Edmar Moreira, aquele do castelo em Minas Gerais, personagem de recentes escân-dalos de corrupção no legislativo. (Rangel Cavalcante – jornalista)

GastançaO Senado tem um jornal, uma emissora de TV, outra de rádio,

boletins, um comitê de imprensa com centenas de jornalistas que cobrem as suas atividades, um naco diário na Voz do Brasil, mas mesmo assim contrata por R$ 142 mil mensais, sem licitação, uma empresa, cujo nome omite na publicação, para fazer a divulgação de suas atividades nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. (Rangel Cavalcante - jornalista)

Gatuno organizadoNo Governo do Distrito Federal, a gatunagem dos dinheiros

públicos era contabilizada. Sabia-se da distribuição do dinheiro auferido pela corrupção de acordo com as contribuições pagas ao chefe, aos deputados, aos conselheiros de contas. Está tudo no papel. Decerto, o governador José Roberto Arruda vai merecer habeas corpus mais generoso que o de Daniel Dantas. Ou vocês duvidam? (Lustosa da Costa – jornalista)

HomossexuaisA união civil de homossexuais e a adoção de crianças por estes

é também bastante polêmica na sociedade. É mais fácil aceitar a criação de uma figura jurídica contratual que permita para algum amparo previdenciário e patrimonial a parceiros homossexuais, contanto que não tenha o mesmo status do matrimônio. Quanto à adoção de menores por casais gays a rejeição ceva em conta o fato de as crianças serem indivíduos ainda em processo de formação da personalidade e muito influenciáveis ao comportamento dos que lhes servem de referencial. Na verdade, temas dessa natureza, por suas implicações éticas e morais incontornáveis não deveriam ser resolvidos na esfera do parlamento, mas pelo conjunto da sociedade, através de plebiscito – defendem os críticos. (Valdemar Meneses – jornalista)

PNDHSe uma Comissão da Verdade (para esclarecer as violações de

direitos humanos durante a ditadura) encontra resistências pontuais, outros itens – legalização do aborto, união civil de homossexuais e adoção de crianças por pares gays – provocam ampla rejeição. É que interferem no espaço da consciência moral. Não são itens para compor um simples Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH). O aborto, por exemplo, não pode ser incluído nele, pois é um atentado aos próprios direitos humanos – segundo entendem parcelas majoritárias da sociedade. Seria dar aval ao extermínio de uma vida humana. As mais recentes descobertas científicas, no campo genético, comprovam que já nos momentos seguintes à concepção o embrião passa a portar a programação codificada dos traços fundamentais da personalidade humana que o identificará, em sua exclusividade de indivíduo único, insuscetível de ser repli-cado. Além do mais, não faz mais parte do corpo da mulher, é um ser distinto, o que não dá nenhum direito à mãe de lhe tirar a vida. (Valdemar Meneses – jornalista)

Não é incomum o povo praticar justiça pelas pró-prias mãos. Linchamentos sem conta hão ocorrido por estes brasis afora, como exteriorização da revolta popular diante de certos delitos praticados contra a honra ou o patrimônio. O fato, de todo condenável, bem demonstra o quanto “o homem médio”, na ex-pressão do direito, abomina determinadas praticas deli-tivas. E a revolta explode contra o autor do ato delitu-oso, fruto do inconsciente coletivo, na ânsia de obrar justiça rápida e eficiente, a servir de exemplo a outros possíveis fautores de ações semelhantes. Se não fora a ação decisiva e rápida dos agentes da lei, retirando das mãos enfurecidas o répro-bo, de logo julgado e con-denado, seriam incontáveis os casos de linchamentos com morte ou com graves sequelas. Tal ação da popu-lação, de todo condenável, bem demonstra o quanto o crime, notadamente os de natureza sexual e contra o patrimônio, repugnam à consciência coletiva e revoltam o núcleo comuni-tário onde vivem as pessoas comuns, isto é, “o homem médio”.

Diferentemente, porém,

de tal repúdio à ação crimi-nosa praticada por elemen-tos, na maioria das vezes, “sem eira nem beira”, o mesmo fenômeno de rejei-ção não se verifica com os delitos praticados contra o erário, tendo por autores figuras expressivas da Repú-blica, políticos juramenta-dos, protegidos pelo manto da lei e da impunidade, e gozando de prerrogativas de foro especial e outras ex-crescências nascidas da far-ta imaginação dos fautores do direito, de cambalacho com os fazedores das leis. E assim o povo assiste “besti-ficado” à ação dilapidadora das aves de rapina contra os cofres públicos, numa for-ma tão e até mais abjeta de agir daquela praticada pelo delinquente comum. Diante de quadro tão doloroso, é necessário aplicar a lei de inelegibilidade aos políti-cos corruptos, reincidentes ou não, condenados pelos Tribunais de Contas e nos juízos de 1ª estância, como forma de por cobro à ação continuada e perniciosa de indivíduos sem vocação, acobertados pela impunida-de e o foro especial. Assim, o País respirará novos ares e o povo poderá acreditar nas casas legislativas.

Artigo Eduardo Fontes – Jornalista

O povo e a políticaBREVES

PRÉ-VESTIBULAR NO IFCE. O pré-vestibular do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) está ofertando 120 vagas para estudantes interessados em participar do curso em 2010. As aulas, que serão realizadas pela manhã e à tarde, de segunda a sexta feira, serão ministradas por alunos das Licenciaturas do IFCE. As inscrições podem ser feitas na Rua Padre Francisco Pinto, 114 – Benfica, até o dia 29 de janeiro. No ato da inscrição, é necessário portar cópia da identidade, do CPF e documento comprobatório de conclusão do ensino médio. A partir de agosto, serão ministradas aulas de línguas e redação e, nos meses de junho e outubro, os estudantes passarão por dois simulados. Infor-mações: (85) 3307 3635.

“Antes de qualquer definição, é preciso saber qual é a chapa de Serra. Se Aécio for o vice, será preciso tornar a candidatura de Dilma mais competitiva”.

“Nunca se investiu tanto na área de segurança, contudo a violência tende a aumentar. Na verdade, é necessário se investir mais na melhoria da qualidade de vida da população.”

Presidente LulaSobre a sucessão presidencial

Heitor FerrerDeputado

Faça a sua assinatura: Pelo Fone ou E-mailLigue:(88) [email protected]

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12 Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

GeralÁrea 1213CAJÁS, VENÂNCIOS E VILA JOSÉ ROSASEGURANÇA 24 HORAS PARA VOCÊ

8802 5067 OU 190

Toda esta tragédia causada pelo terremoto do Haiti, além de ter escancarado para o mundo, com cenas inacreditáveis do fenômeno ocorrido, mortes, feridos graves, falta de socorro, etc., mostrou para todos nós a diferença brutal entre o país mais rico da América e o mais pobre, o miserável Haiti.

Como podemos ver na nossa América países se lançarem com a devida pre-cisão para a Lua, para Marte e terem bem perto deles um país rastejando na miséria e surfando na falta de empre-go, de comida, de educação, de saneamento e até de esperança.

Dá dó e compaixão assis-tirmos a tudo isso tão perto de nós. É preciso ter um co-ração duro para não trincar o dente e abafar o soluço

diante de uma tragédia des-comunal como esta. O mais urgente agora é estancar os efeitos dela. A proliferação de doenças, matar a sede e a fome dos sobreviventes. Mas há de haver um plano, um projeto para soerguermos este país. Arrancarmos da América este título de ter o país mais pobre e mais miserável do mundo.

A taça deste campeona-to tem que deixar de ser levantada. Ela com certeza está cheia de fel e vinagre que envenena todo nosso continente e coloca uma nódoa feita bem perto de todos nós. Felizmente a soli-dariedade internacional tem sido muito grande. Países de todos os continentes, de todas as matizes ideológicas têm enviado ajudas financei-ras para confortar os nossos irmãos do Haiti.

Ficamos orgulhosos com o Brasil que foi um dos primeiros a mandar ajuda e que já estava lá com seus soldados numa força de paz preenchendo a falta dos militares haitianos que não existem mais. Perdemos 16 militares e a nossa embai-xadora maior Zilda Arns debaixo dos escombros que deixaram órfãos suas famí-lias, na missão que exerciam de semear a paz e a ordem naquele país destroçado. Que esta tragédia que ser-viu para mostrar ao mundo o pobre país da América Central sirva também para eliminarmos de uma vez por todas estes contrastes exage-rados de termos no nosso continente americano casas tão ricas e bem perto delas quintais tão miseráveis.

São Paulo. A nova lei do inquilinato, que entrou em vigor no dia 25, muda as relações entre locador, inqui-lino e fiador, e em especial de imóveis residenciais. As novas regras, instituídas por meio do decreto-lei n°11.112 e aprovados pelo presidente Lula da Silva (com exceção de sete itens vetados), vão tornar o despejo do inquilino mais rápido, entre outras con-sequências, quando ocorrer inadimplência. “Houve uma simplificação do processo judicial. O tempo médio para tirar um locatário era de 12 a 14 meses. Com as mudanças, esse processo vai cair para cerca de seis”, esti-ma o diretor de legislação do inquilinato do Sindicato da Habitação (Secovi), Jacques

Bushatsky. Segundo ele, não apenas o locador terá menos prejuízos financeiros com o inquilino inadimplente.

“O fiador também se be-neficiará, pois terá de pagar um número menor de meses atrasados quando o locatário for despejado.” O advogado tributarista Guilherme Lessa Vergueiro, porém, não acredi-ta que o processo se tornará mais ágil automaticamente. “A ação de despejo continua dependendo do judiciário. O prazo de desocupação do imóvel é de 30 dias, mas o mandado costuma levar seis meses para ser expedido pelo juiz.” Ainda pela nova lei, o locador vai poder entrar com a ação de despejo contra o inquilino e o fiador simulta-neamente. Até então, ela era

expedida contra o inquilino primeiro e, só quando este perdia o processo, era en-viado ao fiador. “A ação já entra com as duas partes, o que apressa o recebimento dos alugueis devidos“, diz Bushatshy. “Na prática, o fiador fica sabendo da ação desde o início. No passado, muitas vezes ele só descobria a inadimplência do inquilino depois do despejo.” Para o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, João Teodoro, um dos principais resultados da simplificação do processo contra a inadimplência será o retorno de boa parte dos 2,7 milhões de imóveis fechados ao mercado de locação.

Artigo José Maria Pimenta Lima - Presidente da Ematerce

Casa rica, quintal miserável Despejo passa a ocorrer mais rápido

40º BI reverencia vítimas do terremoto no Haiti

NOVA LEI DO INQUILINATO

Nota de duplo falecimentoMaria Otacília Cavalcante de Araújo, 96, e sua filha Sandra Maria Cavalcante Albuquerque, 66,

naturais de Crateús, faleceram em Fortaleza no último dia 12. De tradicional família crateuense, Dona Otacília era viúva de Edvandro Araújo Albuquerque e mãe de numerosa prole com ele constituída. Ela se encontrava internada em hospital aonde veio a falecer. Com o anúncio de sua morte, Sandra, sua filha, sofreu enfarte do coração e morreu repentinamente.

Crateús (CE) - O 40º Bata-lhão de Infantaria reverenciou no último dia 19 de janeiro, com uma missa na Catedral do Senhor do Bonfim, a memória das vítimas civis e militares do terremoto ocor-rido no Haiti, e em especial, do Coronel Emílio Carlos

Torres dos Santos, natural desta Cidade e companheiro de turma do seu comandante, ten. cel. Erasmo Albuquerque de Souza Filho. Diversos militares participaram da celebração. O representante da Igreja ressaltou o trabalho humanitário realizado pela

médica sanitarista Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, também vítima do terremoto, e o ex-celente trabalho da Força de Paz realizado pelos Brasilei-ros naquele país da América Central.

Militares do 40º BI assistem missa na catedral em memória das vístimas no terremoto no Haiti

BREVESPROPINA. Relatório da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, revela que a empreiteira Camargo Corrêa supostamente pagou propinas no valor de R$ 2,9 milhões ao PT e o PMDB, os principais partidos da base governista. O dinheiro, no caso do PMDB, teria sido repassado a aliados do presidente do Senado, José Sarney (AP), corresponde a 3% de uma parcela de R$ 97 milhões liberadas pela União para obras.

THE ECONOMIST. A opinião da revista britânica “The Economist” sobre a cinebio-grafia do presidente Lula não é das melhores. Além de criticar o lançamento do filme num ano eleitoral, a revista diz que a imagem do presidente foi “higienizada”, já que ele é apresentado como um estudante e marido perfeito e um político moderado que abomina a violência. O filme “Lula, o filho do Brasil” está em cartaz desde o início do ano.

Rua Ubaldino Souto Maior, 1230 - São Vicente, Crateús-CE - Fones: (88) 3691.1080 / 3691.5777

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13Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

GeralÁrea 1212ALTAMIRA, CENTRO, SÃO JOSÉ, PONTE PRETA, CIDADE NOVA, PATRIARCAS E CIDADE 2000SEGURANÇA 24 HORAS PARA VOCÊ

8802 5066 OU 190

[Cartas]ZILDA

Doar a vida pelo irmão, cuidar dos desesperançados, doentes e famintos que so-brevivem abaixo da linha da pobreza, seguir o evangelho, assistindo crianças desampa-radas e desnutridas, foi o le-gado de Zilda Arns que partiu e deixou o prosseguimento de sua obra para outros ab-negados.

A fatalidade veio onde pro-feria uma palestra, dentro de uma Igreja, em Porto Prín-cipe, enaltecendo os ensina-mentos de Cristo para os que a ouviam, e por sua vez, tam-bém receberam a missão para partirem juntos, aceitando o convite inadiável pela renún-cia da vida terrena através de um trágico terremoto.

Médica pediatra, mãe de família, viúva, humanista. O altruísmo inerente a sua pes-soa era perceptível nos seus projetos em prol da Pastoral da Criança.

Foi-se Zilda, pregando o evangelho até as últimas ins-tâncias, sempre acolhendo seus inocentes, consoante a frase que parou de pronunciar no momento da catástrofe e que permanecerá como um ensinamento para todos que conduzirá o barco, resgatando vidas miseráveis.

Ricardo Câmara - For-taleza-ce

A VIAGEM Na Pastoral da Criança,

agente aprende muito. Capa-cita-se para o trabalho e para a vida. Aprendemos que criança não é erva daninha e precisa de cuidados para não morrer. Cultivamos os mandamentos para a paz no lar. Sem paz não há vida!

Ela continua firme após o desencarne de nossa que-rida Zilda Arns. Do céu ela coordena as ações espirituais a favor de nossas crianças. Até breve, doutora, líderes e colaboradores agradecem seu trabalho e dedicação por nossas crianças.

Paulo Girão - Fortaleza-

ce

NOSSO HAITIO Haiti passa por momento

dificílimo e seu povo precisa de ajuda humanitária. Nin-guém discorda disso. O Brasil, que já contribui com uma força de paz naquele Estado há mais de cinco anos, agora ajuda também com alimentos, roupas, remédios e técnicos em escavações.

Soube que o governo cea-rense pretende mandar uma representação de médicos para ajuda humanitária ao Haiti. Não desconheço o drama dos haitianos, mas peço que reflitam se o Ceará está em condições de mandar médicos quando sabemos que faltam profissionais nos nos-sos hospitais, que as consultas são marcadas para seis meses depois, por falta de médicos e o doente morre antes de ser atendido. Basta ir ao Hospital Geral ou IJF para ver a ca-rência. O quadro é de causar o mesmo arrepio da tragédia do Haiti. Não consigo enten-der como “abandonar” os doentes do Ceará se o nosso Haiti é aqui.Pedro Ângelo - Fortaleza-

CE

HAIDETI!Segundo dados históricos, o

Haiti é a nação mais pobre do mundo, em desenvolvimento econômico, localizado no Mar do Caribe, a Oeste da ilha His-paniola. Foi descoberta por Cristovão Colombo. Logo os espanhóis, os mais vivos e famintos, ocuparam o seu lado oriental. Ainda no fim do século XVI, os espanhóis dizimaram os índios araia-ques, que eram os habitantes da região. Em 1697, a parte ocidental, onde hoje é o Haiti, foi cedida pelos espanhóis aos franceses. Depois tornou-se a mais próspera das colônias francesas. Em 1791, os escra-vos, influenciados pela revo-lução francesa, conquistaram a liberdade. E aí o ex-escravo Toussaint Louvertur orga-niza-se e expulsa as forças

inglesas e espanholas de toda a ilha, ficando sob o domínio francês.

Hoje o Haiti é um amontoa-do de negros sem rosto social. Lá ficou um flagelo humano ambulante, que vive numa carência de bens materiais. Tudo em consequência da bruta colonização desumana! Nada fizeram pelo desenvol-vimento econômico, que hoje mostra o retrato da miséria deixada pelos príncipes da colonização. Rasparam tudo, deixando apenas a poeira, que hoje estamos vendo mistura-da entre gritos e pedidos de socorro. Tarcísio Passos – Fortale-

za-CE

PRATO CHEIOVários setores da sociedade

protestam contra o Programa Nacional de Direitos Huma-nos (PNDH): O agro-negócio protesta por que o produtor rural agora vai ter de sentar com o invasor de sua proprie-dade diante de um juiz para saber do próprio inimigo a razão de ter tido sua proprie-dade invadida e destruída.

Situação essa plenamente dispensável uma vez que o direito de propriedade já é garantido pela constituição e a invasão da propriedade privada por si só já constitui um crime.

Essa nova proposta consti-tui uma verdadeira aberração, digna da atual republiqueta sindicalista. Mas tudo isso da maneira que está sendo feito não levará a absolutamente nada. O movimento teria que ser institucionalizado e coor-denado pelo poder Legislativo através da oposição.

Esse PNDH nas mãos de uma oposição decente, seria um prato cheio para mostrar à sociedade brasileira o modelo de democracia que a esquerda pretende implantar, caso ven-ça a próxima eleição.Humberto de Luna Freire

Filho - Fortaleza-CE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou lei que amplia o número de famílias que têm desconto na tarifa de energia elétrica. A chamada tarifa social ou tarifa de baixa renda valerá para consumido-res que tiverem renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 255) e estiverem

cadastrados no Ministério do Desenvolvimento Social, na rede de proteção social do governo.

Com a mudança, o núme-ro de beneficiados deverá aumentar de 19,4 milhões de famílias para 22,5 milhões.

Os critérios atuais incidem sobre o consumo. Essa me-

todologia permitia distorção, uma vez que pessoas de alta renda, proprietários de casa de veraneio, se beneficiavam. Com a nova lei, o consumo de energia não é mais cri-tério para a concessão do benefício.

O Brasil fechou o ano de 2009 com 173,9 milhões de telefones celulares em ope-ração, o que representou um crescimento de 15,47% em relação a dezembro de 2008, quando existiam no país 150,6 milhões de telefones móveis em funcionamento. Os dados constam de balanço do ano passado divulgado há pouco pela Agência Na-cional de Telecomunicações (Anatel).

Ao longo do ano de 2009,

foram vendidos 23,3 milhões de celulares, o segundo me-lhor desempenho da história da telefonia móvel no Brasil, perdendo apenas para 2008, quando foram habilitados 29,6 milhões de aparelhos. Segundo a Anatel, as ven-das de dezembro foram as melhores do ano, com 4,2 milhões de celulares comer-cializados.

De acordo com dados de 2009, em cada grupo de 10 pessoas, nove têm celular. Em

cinco estados já existem mais de um celular por habitante, como São Paulo, Rio de Ja-neiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Do total de celulares em operação, 82,55% são pré-pagos e 17,45% estão na modalidade pós-paga.

A Vivo continua na lide-rança do mercado, 29,75% de participação. A claro apa-rece em segundo lugar, com 25,52%.

A Escola de Cidadania Santa Rosa, situada na loca-lidade de Jardim, talvez seja a mais carente entre todas as escolas do município de Crateús. Ela acaba de formar 17 “doutores” do ABC e 11 jovens que concluíram o en-sino fundamental em 2009. Não vem ao caso o fato de ser pequeno ou grande o nú-mero de concludentes; vale, tão somente, que as crianças foram de fato alfabetizadas e os jovens aprenderam algo para se encaminharem na vida. Vale, tão somente ainda, a singeleza de uma linda e comovente festinha tão bem preparada pela direção e co-ordenação daquela escola e pela comunidade de Jardim, na Zona Rural do Município.

Isto sim, encantou a comuni-dade, toda ela feita de pessoas simples e encantou ainda mais as pessoas que saíram de Crateús para compartilhar de uma festinha linda, alegre e comovente, onde nada faltou e onde tudo foi arranjado e conseguido pelo trabalho de professores abnegados e dedicados ao seu mister.

Os concludentes tiveram como patrono o acadêmico Flávio Machado e Silva e, como paraninfo, o Dr. Luiz Alberto Siqueira Campos, que prestigiaram a Turma Valda Maria Torres Martins, do ensino fundamental, e Ana Vitória Lima Freitas da Turma dos “doutores” do ABC.

Há muitos responsáveis

pela preparação da encanta-dora festinha, entre as quais a coordenadora Maria Juliêta Araújo Martins Lima e as professoras Maria do Socorro e Medalha. Que este exemplo de dedicação e de esforço contagie toda a classe dos professores, pois são eles que nos preparam para a vida.

O prefeito Carlos Felipe foi representado pelo secretário de Governo Elder Leitão. Esta singela festa de término de curso, onde até um jantar foi oferecido aos pais de alunos e visitantes, afora sal-gadinhos e refrigerantes, teve a animação musical de uma banda de Rock local – MPB LIVE, que está despontando no cenário regional com um ótimo CD.

Escola Santa Rosa dá exemplo de cidadania

Lei amplia alcance da tarifa social

173,9 milhões de celulares em 2009DESCONTO

OPERAÇÃO

Flávio Machado - patrono

Turma Valda Maria Torres Marins, concludentes do ensino fundamental da Escola de Cidadania Santa Rosa

Turma Ana Votória Lima Freitas dos doutores do ABC

Luiz Alberto - paraninfo Elder Leitão - representante do prefeito

Julieta Martins Lima - coor-denadora da escola

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14 Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010Página

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CulturaSempre que escuto falar o

nome de Luiz Torres, a pri-meira lembrança que me vem à mente é a daquele homem que nasceu talhado para o fu-tebol, e que eu conheci desde a década de 1950. Luiz Torres fez história nos campos desta e de outras cidades e, com ímpeto, se dedicou ao futebol crateuense, defendendo as cores do nosso esporte nos embates com outras seleções. Foi o principal mentor na criação do Cruzeiro Esporte Clube, uma das equipes, cuja lembrança ainda hoje visita a mente dos desportistas desta terra. O Cruzeiro, vestido de jaquetas listradas em azul e branco, em sentido vertical, calções e meões brancos, era o principal adversário do Poty, cujo clássico atraía grande nú-mero de torcedores às praças de esporte desta terra. Não podemos falar do aguerrido Luiz Torres, sem nos lembrar-mos do Cruzeiro e do futebol daquele tempo.

Ele era um tipo moreno, de boa estatura, esbelto e de longas pernas, honrado nas

atitudes, esclarecido e for-mador de opinião. Nasceu em Crateús a 03 de julho de 1931, rebento de dona Maria Delfino Torres, e teve como pai de coração o seu tio João Batista Sá (Seu Sinésio).

Nasceu, viveu, cresceu e morreu nesta terra, em cujos caminhos e ruas deixou o ras-tro dos seus passos. Conheceu bem as ruas e as ribeiras do rio da sua infância, o ma-jestoso e histórico rio Poty, onde muitas vezes se deleitou em prolongados banhos nas águas claras dos seus poços. Viu crescer a pacata cidade de Crateús, acompanhou o seu progresso, ouviu os sinos da Igreja Matriz e o romântico apito da Maria Fumaça. Luiz Torres fez história em Crateús e sua marca ficou impressa no desporto local. Longe da política, muitas vezes ar-gumentou sobre a melhor forma de sua atuação, que pudesse favorecer o esporte e oferecer boas condições de vida para o nosso povo. De Crateús ele nunca se afastou.

Cedo, aprendeu o caminho da Escola Érico Mota, onde cul-tivou a admiração pela leitura e começou a descobrir sua paixão pelo futebol. Pequeno, ainda, começou a imprimir as primeiras investidas rumo à profissão que mais tarde veio a abraçar – a de alfaiate. Du-rante sua vida adulta ajudou a vestir a elegância crateuense como feitor de belos ternos, e colocava à disposição da clientela, o melhor tecido e os acessórios necessários para a obtenção de um elegante conjunto. Luiz Torres tornou-se também afamado pela excelência do seu trabalho na alfaiataria.

Em setembro de 1950 des-posou Marina Penha Torres, união que lhe deu os filhos: Iracema (Auditora fazen-dária), Benites (Advogado), Assis e Lúcia (Funcionários Públicos), Jorge (Empresá-rio), Lucineide (Professora) e Luiz Junior (Fazendário). Com o passar do tempo, com dona Eliane, teve ainda os filhos Olávia , Edilberto e Tancredo (Funcionários

do BB), Liliane (Estagiária da CEF), além de Gisele e Leonardo. Seus filhos já lhe deram 15 netos e pela história percebe-se que a família está firmada e encaminhada para um futuro glorioso, pois, en-tre os seus netos, contam-se três formados e oito univer-sitários em áreas diversas. Os netos de Luiz Torres deram-lhe três bisnetos que fizeram aumentar a família.

Conheci o empenho e o sacrifício de Luiz Torres em prol do futebol; senti o seu amor e a persistência para ver o nome de Crateús brilhar em campos de outras cidades. Era tão grande o seu esforço que muitas vezes atuou como roupeiro, técnico, jogador e preparador físico.

O esforço do inesquecível Luiz Gonzaga Torres, que desde o ano passado (2009) goza das glórias celestiais, permanece vivo na lembrança dos crateuenses e seu nome será imortalizado. Traba-lhamos para que uma Rua de Crateús perpetue o seu nome.

Hermenegildo, urgente! Sarcástico e irreverente, irô-nico, mordaz e inteligente, fazendo umô pra vocês. Em Guaiúba tem um restaurante chamado “Amarelo de Fome” e em Fortaleza um motel “Roxo de Amor”.

E a última sessão do legis-lativo, por sinal, a primeira do ano; a última e a primeira, ( pode?) teve um divertido drama político: um exalta-do vereador, a exemplo de Durval Barbosa, resolveu denunciar-se a si próprio, acusando a própria casa que o abriga. Saiu na gagueira.Trêmulo e nervoso, da tri-buna pediu água... água...água... Secara-lhe a saliva. Ao insistente pedido, foi atendido pelo presidente da Casa, com um copo d’água, em gesto de refinada educação. Socorra-

me São Bento! Os opostos mutuamente estão se atrain-do, pode?

E quem pensar que bibi é sinal de buzina, tá enganado. Depois de bibir na fonte, Bibi soltou as Cabaças no Lago de Fronteiras e, nadando,foi resgatar a moral do futuro distrito do futuro município de Ibibiapaba. Segundo o oiticiquense edil, as Cabaças estão se afogando no profun-do mar vazio do futuro lago que ainda não encheu. Bibi, bibi, bibi... sai do mei que eu vou passar!!!!

E, no Monte Nebo o encon-tro de dois Chiquinhos, o do Monte Nebo e o Chiquinho do Peixe, ambos comendo piru e pirão. Na outra ponta, Leandro de Souza fez o dever de casa: almoçou pelo Helvé-cio e também por ele.

Independência ou Morte! Este é o grito do Monte Nebo e será da Ibibiapaba também. Esses distritos que-rem a emancipação política. Querem sair da condição de distrito para município, para figurarem na futura Região Metropolitana de Crateús.

Forró do Idoso agora é de graça. Baixou de R$ 5 pra Zero. É o Bolsa Forró. Água, refri, chá, café e ingresso é tudo de graça, quem paga são os velhos dos domingos. E se você é idoso, assine a lista e ganhe um ingresso para domingo.

E o canhão do blog patrio-teiro está virado para Novo Oriente. Crateús tá esgotado.Basta o editorial do Estadão recheado de letras coloridas.

Mas eu ia esquecendo! Se-gundo fulano de blogtal, tem um vereador que engole fezes. Já vi nego engolir prego e gilete mastigada. Mas, engolir fezes, eu pensei que era só o

blogueiro da desgraça o dono de tal façanha.

E os dogões saíram da Pra-ça da Estação e foram dogar na Praça do Barrocão. Quan-do voltarem para os boxes da nova praça, vão ficar nas duas, ou melhor, nas três.

E os patriotas de Crateús e Novo Oriente são um eco do outro. Os ecos se encontram e repercutem na acústica do tempo. Ecozinho pra um e ecozão pra outro e pra quem mais quiser. Em anúncio po-pular em jornal de Fortaleza, mulher aparece ofertando “sexo sem demagogia”. Não tarda a aparecer ofertas de “sexo democrático” e até para os cadastrados no “Fome Zero”.

Bem me ensinava meu pro-fessor de latim clássico: Cras credo, hodie nihil, ou seja: Acreditarei amanhã, hoje não. Ademã que vou em frente. Os cachorros latem, mas a caravana passa.

Lembrando Luiz TorresPara que relembrar? Não vale a pena.Já não tenho na voz o acento lírico;Já não és a romântica de outrora.Não vale a pena recordar. Ou vale?

Hoje, o meu canto é o choro de um adeus.As tuas alegrias vestem luto.E as minhas dormem, de cabelos brancos,De tão distantes já, de tão antigas.

Parecemos fantasmas do outro mundo:Separados, erramos pelas sombras.Onde a nossa memória e o nosso amor?

É o que pergunto. Mas ninguém responde.Dentro de nós, só uma chama ardia.Era a saudade. Os ventos apagaram...

Quem alcançou Crateús dos anos 40 para cá, deve lembrar-se de muitas coisas que o tempo levou e que não voltam mais. Não voltam mais, a carga de lenha, a carga d’água, as cacim-bas do rio Poti, as lavadeiras com suas trouxas de roupa, as carroças que faziam frete, o pão antigo do Senhor Norberto, as modistas, os canários de briga, as marrecas em açudes e lagoas, as viagens de trem, o trem da Ibiapaba, os telegramas, os en-dereços telegráficos, as lojas de tecidos, as alpercatas de curru-lepo, o mel de jandaíra, a banha de porco engarrafada, a lam-parina, o candeeiro, o moinho de café, o pilão, o almofariz, a urupema, o alguidar, o penico, a tacha d’água, o lavatório, o porta-chapéu, a geladeira a querosene, o sabão da terra, a bexiga de boi feita bola de fu-tebol, a bola de meia, o jogo de bila, do pitelo, da castanha, do pião, do ioiô, da sinuca de bila, a sola de pneu, os pavios, os botões de braguilha, os vestidos

com maneira, a combinação, o caderno de caligrafia, a lousa e o creiom, o tinteiro, a pena de escrever, a caneta Parker 51, a tinta Parker, o Royal Briá, o Tabu, o sapato fanabô, o pijama listrado, a cueca samba-canção, a bicicleta freio pedal, o cami-nhão a gasolina, o surrão de couro, a corda de relho cru, a banana São Tomé, a laranja do Teotônio, a coalhada escorrida, o queijo de coalho de mocó, a tábua de queijo, o cutelo de cortar fumo, o óleo de coco, o azeite de mamona, o dente de ouro, a loção, a pasta Colipe, o sabonete Lifebuoy, a aveia Puritas, o guaraná Champanhe, o Quinado Imperial, o patuá, a manivela, o jerimum e a batata assados nas cinzas das foguei-ras, o traque, o rabo-de-saia, o buscapé, o trepa-moleque, a rodinha, o vulcão e o fósforo mágico. E por aqui eu paro. Pensei que não ia citar nem a metade. Mas, quem nasceu nos anos 40 alcançou tudo isto e mais algumas coisas.

Brasil Pinheiro era o secretá-rio de governo do interventor do Ceará, Francisco Meneses Pimentel, ao tempo da ditadura Vargas. Nas rodas políticas, Brasil era conhecido como um “boboca”. Pimentel era moreno escuro e tido, à época, como negro, por seus adversários políticos.

Correu um boato de que o interventor havia sido baleado. Naquele tempo, o meio de comunicação mais rápido era

o Correio e seus telegramas com as sílabas contadas. Um correligionário do interior do Estado, bastante aflito, passou um telegrama urgente ao Dr. Brasil Pinheiro, nos seguintes termos: Dr. Brasil Palácio Go-verno Fortaleza pt Informe ur-gente Dr. Pimentel foi alvejado pt Resposta: não vg continua preto pt Brasil Pinheiro pt ( no caso, pt significava ponto e vg vírgula).

Fim

Coisas que não voltam mais

Preto alvejado

Flávio MachadoCantinhodaPoesia

FlashdoPassado

AfrouxandooRiso

Jáder de Carvalho

Crateús de Ontem

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

Drª Lia Barroso Brandão AragãoPERIODONTIA - CRO-CE: 4874

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

Implante DentárioRua Firmino Rosa, 1088 - Tel.: 3691.0700 / 3691.3057

Crateús - Ce

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15Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010 Página

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GeralComunicando

Princesa dos Inhamuns

É notório o descontenta-mento do povo de Crateús para com a empresa Princesa dos Inhamuns que faz o transporte intermunicipal en-tre Crateús e Fortaleza. Seus ônibus executivos partem de Crateús para Fortaleza, sujos e mal cheirosos. Passageiros não têm direito a reclamação, a fazer reserva de passagens pelo telefone ou a comprar a passagem de ida e volta o que é costume nas compa-nhias aéreas. A Princesa dos Inhamuns entrou em Crateús sem estrutura para operar, sem ônibus suficientes para atender a demanda de pas-sageiros, principalmente em época de férias e feriadões. Até o presente, a empresa ainda não contabilizou um só elogio. Se antes tínhamos um serviço ruim, agora o serviço ficou péssimo e to-dos questionam os critérios dessa licitação. Motoristas da empresa, pessoas acos-tumadas com antigos pas-sageiros, acanham-se diante de determinadas situações em que não podem atender uma solicitação. A empresa vende bilhetes extraídos em talonários do Expresso Canindé e o usuário não encontra explicação para tal irregularidade. Ônibus da antiga empresa Rápido Cra-teús e da Transcrateús são utilizados pela Princesa dos Inhamuns em suas viagens. Dizia-se que, para ganhar a licitação da linha de ônibus, a empresa precisaria possuir 50 carros novos, mas a Princesa parece ter ganhado com ape-nas cinco ônibus aos quais juntou aos das empresas locais. Não podemos e nem devemos aceitar esta realida-de que está sendo imposta a nós, sem um protesto, pois, estamos engolindo, goela abaixo, imposições que fo-gem à regra da boa prestação de serviços, como é comum acontecer com outras em-presas de transporte coletivo intermunicipal.

Paulo NazarenoO médico e ex-prefeito de

Crateús, Paulo Nazareno foi o primeiro entrevistado do quadro “Personalidade”, que, às quartas-feiras, vai ao ar, durante o programa “Espaço do Povo” da Rádio Príncipe Imperial, entrevistando uma personalidade da terra que há

se destacado para a sociedade em setores e atividades diver-sas. O programa é dirigido pelo repórter do rádio Hel-vécio Martins que, há cinco anos, tem feito a diferença na radiodifusão local. Em um dos trechos de sua entrevista, Paulo Nazareno, com hu-mildade, fez um mea-culpa do que possivelmente tenha praticado de errado quando prefeito, desagradando ou estabelecendo inimizades políticas. Disse o ex-prefeito que vem trabalhando no sentido de recuperar estas amizades antigas que foram arranhadas pela política e que, por questões políticas dele se afastaram. Citou nomes como José Almir e Antônio dos Santos. A atitude do ex-prefeito é por demais meritória. Que ela se estenda com muita abran-gência e elimine quaisquer ranços que por ventura ainda existam entre amigos de ou-trora e, com sabedoria, leve sua humildade a contagiar as pessoas.

Forró de graçaO sargento João Bezerra,

que vendia ingressos para os forrós do Clube Sargento Hermínio, a R$ 5 e a R$ 10, resolveu, por desespero, franquear a entrada ao clube a custo zero, no último dia 22/1, quando apresentou várias atrações. Quem pa-trocinou? Ou foi o jeito que ele encontrou de reunir maior número de pessoas para fazer o seu comício dentro do clube? Bateu-lhe o desespero. A hora da Lei já está soando com um stop na malandragem. O esperto sargento, que implorou até conseguir chefiar a Defesa Civil (função não remunera-da), vem trabalhando, e não esconde, a sua candidatura a vereador em 2012 e, para tanto, vem fazendo sua cam-panha eleitoral antecipada dentro do clube, enganando os velhos com valsas penosas e xotes lentos. De mendigo, no início, quando fazia o forró do idoso no horário de 15hs as 19hs, tudo era de graça para os velhos: a água, o refrigerante, o copinho de caldo, o chá e o cafezinho, coisas que o sargento arran-cava dos empresários. Foi só o começo. Agora, o forró vai das 18hs as 24hs. Custava o ingresso o simbólico preço de R$ 1 real, e a música era de som mecânico. Hoje,

vai de R$ 5 a R$ 10. Mas, o maroto sargento tinha um projeto se locupletar mais tarde, e foi subindo o preço do ingresso. Pegado com o clube na irregularidade, está tirando do próprio bolso (?) para pagar sanfoneiros, que eles não tocam de graça em negócio lucrativo. Quem acredita nisso?

Negócio da ChinaO Clube Sargento Her-

mínio tornou-se para o vi-valdino sargento Bezerra o melhor dos negócios. Não paga aluguel, não recolhe impostos, não registra em-pregados, não paga contador, não recebe fiscalização nem presta contas com ninguém. Tem para uso próprio toda a estrutura comercial do clube, sem qualquer ônus. É uma empresa fantasma funcionando às claras na clandestinidade. Pode? E de que modo o clube consegue alvará? Para se obter este documento é preciso ter o cadastro renovado na Prefei-tura e apresentar uma lista de documentos que o clube não possui, mas que toda empre-sa é obrigada a apresentar, sem o que o alvará não é expedido. Assim, é mão na roda e rabo cheio!

Abaixo-assinadoO direito de quem está

morrendo é espernear. O sargento João Bezerra anda pela cidade passando de mão em mão uma lista com um abaixo-assinado pela continuidade do clube Sar-gento Hermínio prosseguir fazendo seus forrós. Pede às pessoas para assinar até pelo amor de Deus. Faz isso para sensibilizar a opinião pública. Um ato de falsidade. Não prospera um abaixo-assinado que vai de encontro à Lei. A Justiça é que vai decidir se o sargento pode roubar o sossego das pessoas, como rouba a boa fé dos aposen-tados tomando-lhes o rico dinheirinho em troco de cachaça, cerveja e sanfona. O clube não é propriedade dele. A cidade toda e os militares sabem que não é. O que ele não quer, é perder o peito de onde jorra o leite “Italac”. O que ele quer é continuar ma-mando, mantendo o clube na irregularidade e azucrinando os ouvidos das pessoas até alta madrugada. Tá certo não, ô mucureba!

Vou comecar a partir desta edição as 10 lições sobre o envelhecimento saudável. É evidente no Brasil o envelhecimento da população que se deu a partir da metade da década passada, mas nos os homens fomos os que menos nos beneficiamos com isto. Por isso, vou lembrar de algu-mas informações e dar uns toques sobre como nossa saúde e nossa qualidade de vida pode ser in-fluenciada por coisas simples e o que nos podemos fazer para melhorar ou talvez apenas para conviver bem com o problema.

Primeira lição: a noctúria perturba o repouso de 85% da população. Noctúria é o

hábito de acordar a noite para urinar. Até 2 vezes por noite pode ser normal, mas mais do

que isto com certeza sera um problema.

Acordar a noite muitas vezes tem vários impactos sobre nossa vida. O sono interrompido não permite que o cérebro descanse, fa-

zendo com que vc tenha um dia terrível depois, ficando constantemente irritado. Só

a irritação não seria o problemas, mas se perde também mui-to em capacidade produtiva.

Acordar à noite também significa acordar no escu-ro, fato que está associado a maior número de quedas durante a noite, que por sua vez aumen-ta a mortalidade em idosos.

Em suma, uma boa noite de sono não é uma questão de descanso mereci-do ou sono dos justos, mas sim uma questão de saúde. Inté a próxima !

GazetaSaúde Ariel ScafuriUrologistaE-mail: [email protected]

Dez lições sobre envelhecimento saudável

Lançamento Musical

BANDA MPB LIVE desponta em Crateús como um novo conceito em música do gêne-ro Rock. Formada por três jovens que tocam guitarra, baixo e bateria e por duas vocalistas, a banda é genuinamente crateuense. Seu pri-meiro CD contém 17 músicas, todas fruto de surpreendente seleção e interpretação, e que valem a pena ser ouvidas. O quinteto musical promete. Só precisa ser ajudado e requisitado para shows e apresentações, inclusive pelo Poder Público.

Por onde eu passei, deixei pedaços de mim e juntei pedaços de outros... Por onde eu passei,deixei cair pingos de esperança e recolhi pingos de sofrimento. Por onde eu passei, deixei rastros de saudade e levei toques de solidão. Por onde eu passei,salpiquei gotas de fé e carreguei gotas de incertezas. Por onde eu passei,deixei no ar fragmentos de amizade e juntei fragmentos de rancor. Por onde eu passei, deixei no chão, pétalas de rosase estilhaços de sabedoria. No vento, partículas de esperança e no ar sementes de união.Do céu deixei cair uma chuva de amor,com raios de luz e trovoadas de perdão...!

Fátima FontenellePor onde eu passei...Poesia“Ao assumir o

governo de São Paulo, substituindo o PT, tudo aquilo que dava certo eu mantive e melhorei”.Governador José SerraSobre se continuará os progra-mas sociais do governo Lula

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Keytylla Teixeira de Souza Cavalcante e Salustiano Cavalcante de Albuquerque Neto tornaram-se marido e mulher em cerimônia realizada dia 02 de janeiro no Muçambê Atlético Clube de Mon-senhor Tabosa, local de recepção aos con-vidados. Ela, filha de Clédia Teixeira de Sou-za e Alberi Brandão de Souza; ele, de Antônia Ferreira Martins e Val-demar Dias Cavalcante (in memoriam).

Ministro Valmir Campelo, de férias em Fortaleza, em al-moço com o vice-cônsul geral do Brasil em Barcelona, Dercy Ribeiro do Prado, no Restô da Livraria Siciliano, dia 14, quando comemorava aniversário o amigo de família Chico Vale.

Casal Claudinha e Dedé Freire, com as filhas Thaís, aniversariante do dia 16, e Laís, com sua cadelinha Nina, de estimação. A família reuniu sele-to grupo de amigos para uma domingueira, com muita música, banho de piscina e uma suculenta feijoada.

Crateuense Renato Ximenes, que reside em Porto Velho, comunica o término de curso de Direito do filho Diego Portela Veras, que na foto está com as irmãs Juliana (também advogada) e Renata.

José Melo Aguiar (Zé Pierre), que tem na memória a grande parte da história Crateús, tro-cou de idade dia 26.

Presto ho-menagem ao meu irmão Luiz Aguiar Vale, que aniversariou ontem, 28. Homenagem à sua pes-soa e à sua generosida-de tão exer-citada todos os dias.

Carlos Maurício, chefe de ga-binete do deputado Professor Teodoro esteve em Crateús em companhia do parlamentar na programação de outorga de grau de concludentes da UVA.

Chico Vale comemorou seu aniversário no meio familiar, dia 14, no restaurante da Livraria Siciliano.

Chico Vale sopra a vela de aniversário anti o olhar de Ana Maria e Hugo Vale.

Chico Vale e filha Ana Maria rece-bem o abraço inesperado do Minis-tro Valmir Campelo.

Contabilista Irismar Souza Mota foi homenageado com título de “Cida-dão Poranguense”, pela Câmara Municipal de Poranga, em sessão realizada dia 17/12/2009.

Nubentes Keytylla e Salustiano, com os pais, ante o bolo comemorativo do inesquecível evento.