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GAZETA IMPERIAL Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial

Janeiro de 2018 - Ano XXII - Número 264

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Presença de D. Pedro II em Recife. Luís Severiano Soares Rodrigues

Quando das comemorações do sesquicentenário da nossa independência os pernambucanos chocaram todo o Brasil, pois se recusaram a receber em cortejo os restos mortais de D. Pedro I, dentro das cerimônias de translado dos seus restos mortais, que passaram por quase todas as capitais estaduais até irem ser depositados no Panteão Imperial no majestoso Monumento da Ipiranga em São Paulo, essa atitude dos pernambucanos certamente tem por base a repressão à Confederação do Equador, cuja bandeira, hoje eles ostentam como bandeira estadual. Alguns historiadores com destaque para João Ribeiro, chegam a colocar que o sentimento republicano vem a ser uma característica daquele Estado, certamente em função de movimentos como os de 1817 e 1824 e em menor escala em 1849. Mas analisando-se, sem paixões, a questão, os desfechos de todos esses movimentos não teriam como ser diferentes, pois um dos imperativos da nossa constituição enquanto nação foi a manutenção da unidade territorial e

qualquer ideia de secessão, seja em que parte do território for, sofreu sempre uma feroz oposição do restante da nação, e todos esses episódios geraram os seus mártires, sendo que gradativamente a tradição imperial se consolidou em anistia aos revoltosos, coisa que se perdeu no começo da república, que se consolidou banhada em sangue. Mas a despeito desse sentimento republicano, não impediu que essa província desse ao Império um grande Regente , Araújo Lima depois Marquês de Olinda, que depois foi várias vezes Presidente do Conselho de Ministro (Chefe de Governo) e mais alguns presidentes do Conselho, dos quais destaco o Conselheiro João Alfredo, que realizou uma grande aspiração nacional que foi a Abolição da Escravidão. Na república essa presença se eclipsa e o agora Estado teve de se contentar com poucas e apagadas vice-presidências. No entanto, a presença de D. Pedro II vem a ser uma constante de veneração em Recife, embora não exista um monumento público em bronze naquela capital, temos que

significativamente sua presença se traduz em uma ponte artística (Ponte do Imperador Pedro II), vale aqui registrar que as pontes de Recife são, algumas, de inspiração parisiense; e em uma rua (rua do Imperador Pedro II). Nesta rua temos duas curiosidades, a primeira, no Gabinete Português de Leitura, no rol de entrada, um retrato de corpo inteiro do Imperador em trajes majestáticos; e em um cartório uma homenagem em bronze. A iconografia retratando nosso sábio monarca se espalha pelos importantes museus da cidade, assim o temos no Museu (Imperial) do Estado de Pernambuco, no Museu do Homem do Nordeste, este ligado a Fundação Joaquim Nabuco, na Fundação Casa de Gilberto Freyre e no museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambuco, que tem a maior e mais importante coleção. Assim, o povo pernambucano, expressa a sua homenagem ao maior chefe de Estado que esse país já teve, e o nós os aplaudimos. O autor é economista e historiador.




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O Adeus ao amigo Cony. Luís Severiano Soares Rodrigues

2018, começou com uma grande perda, pois nos seus primeiros dias faleceu o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony,aos 91 anos de idade. Na verdade ele foi um combativo jornalista que também enveredou com sucesso pelo ficcionismo e pelo memorialismo. Sua trajetória jornalística passa pela presença nas redações dos maiores jornais e revistas e televisões do país, sendo que até o fim mantinha uma coluna na Folha de São Paulo analisando e comentando a realidade brasileira. Sua trajetória de vida é curiosa, pois podemos fazer um vôo por ela e ver que ele nasceu nos estertores da república velha, cresceu e começou a amadurecer sob o estranho regime começado em 1930 e que descambou para a ditadura explícita em 1937, nesse período temos o seminarista que descobre não ter vocação para o sacerdócio, mas que não perde a fé, como querem alguns. Sua trajetória jornalista começa durante a democracia, sui generis, começada com a constituição de 1946, cujo paroxismo a

levará a um fim melancólico em 1964, e nesse regime o nosso homenageado será preso pelo aparelho repressor do Estado cinco vezes, este deve ser um recorde. Na “Nova” república, que muito em breve ele reconhecerá como a velha república de ladrões, aonde chega o seu suspiro final, sem ver esse país chegar a algum lugar digno para o povo brasileiro, pelo contrário, no seu Estado natal, o Rio de Janeiro, ele pôde ver absurdos surreais de violência urbana, incompetência e corrupção governamental que certamente minaram suas forças para continuar. Como escritor ele foi muito e merecidamente premiado, e sua obra o levou à eleição para a Academia Brasileira de Letra em 2000. De sua vasta obra destacamos – O Ato e o Fato, Informação ao Crucificado e Quase Memória e a grande reportagem: Nos Passos de João de Deus. Sua hora chegou como chega para todos os viventes, mas sua obra é imortal e perdurará como exemplo para as gerações futuras.




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Uma Fotografia Comprovadora. Luís Severiano Soares Rodrigues

Diante das mensagens chegadas à redação da Gazeta Imperial apoiando a minha defesa da Família Imperial dos ataques dos republicanos linha dura que defendem a volta da republica ditatorial e vêem na monarquia constitucional parlamentarista uma




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ameaça a ponto de atacá-la com mentiras acerca da nossa dinastia , destoaram algumas poucas mensagens tentando gerar discórdias ao defenderem uma pretensa legitimidade do ramo de Petrópolis. Tais mensagens de tão surpreendentes me animaram a reforçar a defesa da nossa ínclita dinastia, pois mesmo havendo uma obra que esgota o tema que é: A Legitimidade Monárquica no Brasil, de autoria do professor Alexandre Armando dos Santos, trago mais uma peça que comprova essa legitimidade dos sucessores de Dom Pedro Henrique. Então do livro: Um Soneto – Respeitosa Homenagem a Um Só Neto por Conde D`Alvellos – Francisco Perfeito de Magalhães e Menezes. Porto 1942. Livro em homenagem ao Duque de Bragança – Dom Duarte Nuno, pai do atual Duque de Bragança dom Duarte Pio, legítimo pretendente ao trono português. Esse livro dividido em duas partes, na sua primeira metade, nas páginas XVII e XVIII, as quais são reproduzidas nessa matéria, trazem respectivamente uma fotografia tirada no castelo d`Eu de um grupo familiar, onde se vêem o príncipe titular de Orléans e Bragança, Dom Pedro de Alcântara, sua mulher e filhos, além de sua cunhada Dona Maria Pia, chamada de princesa-mãe e de seu Sobrinho denominado Dom Pedro III. Nessa foto também podemos ver princesas das Duas Sicílias e príncipes de Hohenzollern-Sigmaringen, entre as primeiras destacamos as duas irmãs, Dona Maria de las Mercedes, condessa de Barcelona e mãe do futuro rei Don Juan Carlos,

e Dona Maria de la Esperanza, futura esposa de dom Pedro Gastão, quando da publicação deste livro, já príncipe titular de Orléans e Bragança. Ou seja nesse casa dom Pedro Gastão e Dona Esperanza, os dois são primos irmãos de dom Pedro Henrique. Pouco tempo depois da publicação desse livro o Duque de Bragança viajou ao Brasil e se casou com Dona Francisca de Orléans e Bragança, união que reconciliou o ramo constitucional português, descendente de D. Pedro I com o ramo miguelista, que por acordo com D. Manuel II, foi alçado ao trono após a extinção do ramo constitucional, por não ter o último rei filhos. Muito bem, assim temos que esse livro feito com o conhecimento e em homenagem ao cunhado de Dom Pedro Gastão, reconhece com todas as letras, Dom Pedro Henrique (Dom Pedro III) com legítimo pretendente ao Trono Brasileiro, como fica claro ao se ler o terceiro parágrafo do texto que comenta a fotografia. E como consta nas edições do Almanach de Gotha, que vem a ser o referencial de todas as casas reinantes e não reinantes no tocante ao reconhecimento da titularidade das casas reais e imperiais de todos os países. Assim, lamento informar aquela meia dúzia de mensagens discordantes, que comprovo assim o engano em que elas incorrem e perdem tempo.

O autor é economista e historiador.




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Monarquias da Europa passam de 90% de aprovação do povo

FOTO: S.A.R. o Príncipe Dom Rafael de Orléans e Bragança, Príncipe do Brasil e 4° na linha de sucessão e S.A.I.R. o Príncipe Dom Luiz Gastão de Orléans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil.

Todo poder emana do povo, inclusive o poder hereditário de um monarca. Existem várias formas de um povo manifestar sua vontade de ter um determinado representante, que não se resumem ao voto, vide que os ministros do Supremo Tribunal Federal são nomeados aos seus cargos, após haver uma aprovação do parlamento, e mesmo assim são representantes da vontade popular. De tal forma, os soberanos tem seu poder, mesmo que hereditário, vindo de uma vontade popular da nação, que sabe da importância de seu papel constitucional e conhece seu soberano desde antes de seu nascimento. O povo aclama o monarca e dessa forma o Imperador do

Brasil era intitulado: “Pela graça de Deus e aclamação unânime dos povos”. Nas monarquias modernas não há como um monarca reinar sem aprovação do povo, muito pelo contrário. Há uma taxa grande de aprovação dos monarcas constitucionais da Europa hoje, que em sua esmagadora maioria, passam de 90% da população. Ainda existe o fato de que, em uma monarquia parlamentarista, o monarca, antes de ascender ao trono, precisa da aprovação do parlamento, o que sempre acontece, pois, sendo os parlamentares representantes do povo, devem cumprir a vontade daqueles que os colocaram no poder, e estes aprovam o monarca pois acompanharam toda a sua vida. Nas monarquias, o povo acompanha o crescimento de seu soberano como uma família acompanha o crescimento de um filho, conhecendo a personalidade dele, e sabendo exigir desde sempre que ele tenha uma boa postura.

Dom Antonio Príncipe do Brasil ao lado do povo.




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2018 – Tenebroso Começo. Luís Severiano Soares Rodrigues

O ano de fato ainda não começou em Brasília, como sabemos isso só acontece depois do carnaval, mas os cidadãos da república dos ladrões ainda estão perplexos com as lambanças feitas em dezembro, tais como o indulto presidencial extemporâneo que o presidente da república tentou passar para tirar da cadeia diversos amigos e aliados, e de quebra os inimigos e os desafetos condenados na Operação Lava Jato, sem contar que no mesmo saco estariam também falsários, estelionatários, batedores de carteira e demais praticantes de furtos. Mas em bom tempo a Procuradoria Geral da república obstou essa manobra com o apoio da presidente do STF, esperemos para ver se o plenário daquela egrégia corte confirma esse freio ou libera geral medidas baseadas na falta de caráter que emana do executivo. Olhando friamente isso não seria novidade,

pois falta de caráter abunda na história republicana desse país. Outro momento de mais um constrangimento foi o impedimento da posse da nova ministra do trabalho, deputada Cristiane Brasil, por determinação da justiça federal de primeira instância, “unicamente” por ter a referida deputada sido condenada na justiça trabalhista por não assinar a carteira de trabalho de um motorista particular que lhe prestava serviço. A saia justa para o presidente da república ficou evidente, pois a mesma sendo do PTB, partido fisiológico fidelíssimo, o mesmo teve de segurar até o fim, e por sorte, que durou pouco, no quarto recurso, conseguiu derrubar a liminar que impedia a posse da ministra, que a todo o momento será lembrada de desse senão, mas em seguida a presidente do STF concedeu liminar suspendendo a posse, ou seja, o governo ainda está

na expectativa de poder ou não empossar a nova ministra. Assim Temer poderá ficar bem com o presidente Roberto Jefferson, presidente do PTB e pai da nova ministra. A história desse indivíduo e muito republicana, pois defendeu o presidente Collor com unhas e dentes ao tempo do impeachment daquele, e quando um cupincha seu foi flagrado aceitando suborno, enquanto funcionário por indicação política dos Correios, o quê detonou o grande escândalo do Mensalão, que graças ao saudoso ministro Joaquim Barbosa, hoje aposentado, tivemos importantes políticos, petistas e aliados, condenados e presos, entre eles o próprio Roberto Jefferson, que não quis ir para a cadeia sozinho. Mas hoje ele já está livre e presidindo esse notório partido fisiológico, como os demais da base de apoio do governo, e isso vale para qualquer governo na república. Sua excelência também




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teve de responder um questionário da Polícia Federal que lhe inquiriu acerca do decreto sobre a renovação das concessões do setor portuário, as quais sua excelência negou enfaticamente qualquer envolvimento com propinas com essa finalidade, muito menos com malas de dinheiro sendo levadas por políticos de sua confiança. No final das respostas sua excelência esculhamba o delegado pelo tom das suas perguntas. Até o momento não houve nenhuma declaração séria que finge acreditar nas respostas do presidente. A condenação do ex-presidente Lula em segunda instância da Operação Lava Jato em Porto Alegre no dia 24 desse mês, foi um episódio onde do começo ao fim os petistas mostraram o seu desespero, começando por fazerem ameaças aos juízes, depois fazendo manifestações mostrando que essa gente forma um bando de desocupados. Temos certeza que após o julgamento dos recursos nesse mesmo tribunal o Sr. Lula da Silva vai

poder dar provas do seu republicanismo pagando a sua pena de reclusão em regime fechado, se ele tiver sorte encontrará seu grande amigo Sérgio Cabral Filho por lá. Os petistas e seus aliados insistem na manutenção da candidatura desse futuro presidiário à presidência da república, com certeza por ser ele a sua última esperança, ou seja, os petistas estão como eu disse desesperados e sem nenhuma outra opção de candidato. è bom os petistas e aliados se lembrarem de que a condenação acima se refere ao triplex na praia e ainda falta o sítio de Atibaia. Os republicanos conseguiram deturpar, desacreditar e enxovalhar o nome de uma das mais importantes instituições federais que é a Caixa Econômica Federal, e que de fato foi criada por D. Pedro II em 1861 para o povo ter um lugar seguro para fazer as suas poupanças. Assim o presidente da república, após ameaça do Ministério Público Federal, dele ser responsabilizado por atos de

corrupção praticados por vice-presidentes indicados por partidos políticos da base de apoio do governo e da área de fiscalização do Banco Central assinar embaixo e aconselhá-lo a afastar o ditos vice-presidentes, este o fez meio contrariado e 12 vice-presidentes foram afastados sendo que quatro respondem processo por corrupção. Em tempo os partidos que indicaram os agora afastados vice-presidentes foram o próprio PMDB, o PP (Partido Popular) e o PR (Partido da República) – Por que eu não me surpreendo? Lembremos que os milhões do Geddel saíram de lá quando ele era um vice-presidente da CEF. Agora tudo leva a se crer que as indicações para esses cargos serão baseados em critérios técnicos, mas o melhor seria se esses cargos fossem ocupados por critérios técnicos dentro do corpo funcional da própria Caixa. E como não existe mal que não possa piorar a violência absurda crassa por todo o país, com as situações mais absurdas que se possa imaginar e os




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cidadãos de bem reféns de bandidos, e o Estado em todos os níveis é mais que conivente seja por omissão ou por incompetência. Algumas modalidades de crimes extrapolaram como o roubo de cargas no Rio de Janeiro, com prejuízos generalizados para os empresários e para o Estado, bem como para os cidadãos. Rebeliões em presídios de Goiás expuseram a falta de autoridade naquele Estado. Nessa república infame em que vivemos e que deixou a situação chegar nesse ponto, não se

pode esperar nada que reverta tal situação. No Rio Grande do Norte as polícias fizeram greve e os criminosos fizeram a festas com prejuízo para a população, depois o governo local passou mão na cabeça dos policiais e ficou tudo por isso mesmo, ou seja, um governo incompetente não tem moral para cobrar obediência. Os ladrões que compõem essa república de ladrões legislam em causa própria quando afrouxam as penalidades e os seus regimes de progressão, certamente em caso deles precisarem

se livrar de alguma cadeia. Nunca é demais lembrar que a república não tem salvação. 2018 têm tudo para ser um ano daqueles em que se rezar para ele acabar logo, até porque a eleição presidencial desse ano será como a própria república – Uma tragédia travestida de comédia e com terríveis conseqüências. O autor é economista e historiador.

Os Três Poderes do Brasil abaixo representados:

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