Gauge | Estudo de Comportamento de Público - Morte de Eduardo Campos

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ANÁLISE DE COMPORTAMENTO DE PÚBLICO MORTE DE EDUARDO CAMPOS

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A morte do candidato à presidência da República, Eduardo Campos, a três meses das eleições chocou o país nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2014. O comportamento no Twitter mudou significativamente à medida que as horas passavam e a vida pessoal do político ganhava destaque na imprensa. Piadas, ironias e teorias conspiratórias, que se destacavam às 13h, reduziram significativamente nas horas posteriores, dando lugar ao posicionamento solidário à família do político. Este estudo buscou entender o comportamento do público no microblog após a morte de uma personalidade importante, com o intuito de ressaltar a variação que ocorre entre a recepção inicial do fato e a repercussão nas horas seguintes.

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ANÁLISE DE

COMPORTAMENTO

DE PÚBLICO

MORTE DE EDUARDO CAMPOS

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METODOLOGIA

Foram analisadas 2.048 postagens no Twitter, entre 13h10 e 17h59 do dia 13/08/2014,

que mencionassem Eduardo Campos. Isso representa uma amostra do volume bruto,

de 126.901 menções, com nível de confiança de 95% e erro amostral de 3%.

A análise se divide em dois períodos: Entre 13h10 e 13h59, e entre 14h e 17h59.

Publicações anteriores a 13h10 não foram consideradas com o intuito de evitar

mensagens de boatos não confirmados.

OBJETIVOS

• Entender o comportamento do público no Twitter nas primeiras horas após a morte

de uma personalidade.

• Entender as diferenças entre a recepção inicial da notícia e a repercussão das

próximas horas.

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PRIMEIRO PERÍODO | 13h10 - 14h

• Parte majoritária do público buscou disseminar

teorias conspiratórias contra o PT e piadas sobre

o acidente.

• O perfil @instagranzin teve a maior repercussão

do período, somando 4.349 RTs.

• Menções classificadas como “Afirmação de

Ódio” trazem percepções negativas sobre

outros candidatos, com público desejando que

outros presidenciáveis estivessem no lugar de

Campos.

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SEGUNDO PERÍODO | 14h - 17h59

• Após o choque inicial, viu-se uma grande

diminuição nas “piadas” e afirmações

conspiratórias.

• A troca de informações se tornou mais

relevante, com compartilhamentos de notícias

sobre Eduardo Campos e informações sobre o

acidente.

• Afirmações de luto passaram a ser mais

relevantes e menos contidas, com público

buscando maior conhecimento sobre a vida do

político pessoal e pública, ocorrendo uma

sensibilização dos interessados no assunto.

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PRIMEIRO PERÍODO | 13h10 - 14h

• Analisando os políticos que foram mencionados

dentro do contexto Eduardo Campos,

percebemos grande presença de Dilma

Rousseff.

• Publicações que citaram a presidente teceram

teorias conspiratórias sobre o acidente. Em

segundo plano, Dilma foi associada em citações

de ódio.

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• Menções deixaram de citar outros

presidenciáveis, focando suas publicações em

Eduardo Campos.

• Citações à presidenta Dilma Rousseff foram

representadas, principalmente, por RTs na

mensagem de luto publicada em seu perfil.

SEGUNDO PERÍODO | 14h - 17h59

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COMPARATIVO

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PRIMEIRO E SEGUNDO PERÍODO

Primeiro Período (13h10 - 14h)

Segundo Período (14h - 17h59)

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CONCLUSÕES

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• Primeira reação na rede tem caráter imediatista; o usuário tende a buscar

exclusividade, seja na informação ou no humor. A busca por RTs torna-se

mais importante do que o fato.

• Com o passar do tempo, a imprensa começa a trazer mais informações

sobre o político, destacando sua carreira pública e vida pessoal.

• Essa movimentação da mídia acaba por gerar maior sensibilidade no

público. As piadas diminuem, dando espaço para afirmações solidárias.

• Também percebemos uma reeducação do público com o passar do

tempo. Perfis humorísticos se omitiram, possivelmente após receber

críticas dos próprios amigos, dando lugar a mensagens de apoio.

• Não há, nesse primeiro momento, grande preocupação do público com

especulações sobre o futuro da corrida presidencial. No entanto, existe a

tendência de crescimento conforme a dissipação do choque inicial.

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