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14/10/13 G1 - 'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos - notícias em Negócios g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-cobica-mundial-controversia-e-mitos.html?fb_action_ids=4378030… 1/21 globo.com notícias esportes entretenimento vídeos ASSINE JÁ CENTRAL E-MAIL criar e-mail globomail free globomail pro ENTRAR Economia Negócios 09/04/2013 07h19 - Atualizado em 09/04/2013 12h43 'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos Com 98% das reservas, Brasil não tem política específica para o mineral. Exportações cresceram 110% em 10 anos e somaram US$ 1,8 bi em 2012. Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo Tweet 358 comentários Um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, considerado fundamental para a indústria de alta tecnologia e cuja demanda tem aumentado nos últimos anos, tem sido objeto de controvérsia e de uma série de suspeitas e informações desencontradas que se multiplicam na internet – alimentando teorias conspiratórias e mitos sobre a dimensão da sua importância para a economia mundial e do seu potencial para elevar o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Trata-se do nióbio, elemento químico usado como liga na produção de aços especiais e um dos metais mais resistentes à corrosão e a temperaturas extremas. Quando adicionado na proporção de gramas por tonelada de aço, confere maior tenacidade e leveza. O nióbio é atualmente empregado em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, em tomógrafos de ressonância magnética, na indústria aeroespacial, bélica e nuclear, além de outras inúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade, bens eletrônicos e até piercings. Abaixo, o G1 explica a polêmica sobre o mineral , em reportagem produzida por sugestão de leitores (se você também quer sugerir uma reportagem, entre em contato pela página http://falecomog1.com.br/ .)

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09/04/2013 07h19 - Atualizado em 09/04/2013 12h43

'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsiae mitos

Com 98% das reservas, Brasil não tem política específica para o mineral.Exportações cresceram 110% em 10 anos e somaram US$ 1,8 bi em 2012.

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo

Tweet

358 comentários

Um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, considerado fundamental para a indústria de alta tecnologia e cuja demanda tem aumentado nos

últimos anos, tem sido objeto de controvérsia e de uma série de suspeitas e informações desencontradas que se multiplicam na internet – alimentandoteorias conspiratórias e mitos sobre a dimensão da sua importância para a economia mundial e do seu potencial para elevar o Produto Interno Bruto (PIB)

do país.

Trata-se do nióbio, elemento químico usado como liga na produção de aços especiais e um dos metais mais resistentes à corrosão e a temperaturas

extremas. Quando adicionado na proporção de gramas por tonelada de aço, confere maior tenacidade e leveza. O nióbio é atualmente empregado em

automóveis, turbinas de avião, gasodutos, em tomógrafos de ressonância magnética, na indústria aeroespacial, bélica e nuclear, além de outras inúmeras

aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade, bens eletrônicos e até piercings.

Abaixo, o G1 explica a polêmica sobre o mineral, em reportagem produzida por sugestão de leitores (se você também quer sugerir uma reportagem, entre

em contato pela página http://falecomog1.com.br/.)

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O mineral existe no solo de diversos países, mas 98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil. O país responde atualmente por mais de 90%do volume do metal comercializado no planeta, seguido pelo Canadá e Austrália. No país, as reservas são da ordem de 842.460.000 toneladas e asmaiores jazidas se encontram nos estados de Minas Gerais (75% do total), Amazonas (21%) e em Goiás (3%).

Segundo relatório do Plano Nacional de Mineração 2030, o Brasil explora atualmente 55 substâncias minerais, respondendo por mais de 4% da produção

global, e é líder mundial apenas na produção do nióbio. No caso do ferro e do manganês, por exemplo, em que o país também ocupa posição dedestaque, a participação na produção global não ultrapassa os 20%.

Tal vantagem competitiva em relação ao nióbio desperta cobiça e preocupação por parte das grandes siderúrgicas e maiores potências econômicas, que

costumam incluir o nióbio nas listas de metais com oferta crítica ou ameaçada. É isso também que alimenta teorias de que o Brasil vende seu nióbio “apreço de banana”; que as reservas nacionais estão sendo “dilapidadas”; e que o país está “perdendo bilhões” ao não controlar o preço do produto.

A chamada “questão do nióbio” não é um assunto novo. Um dos seus porta-vozes mais ilustres foi o deputado federal Enéas Carneiro, morto em 2007,que alardeava que só a riqueza do mineral seria o suficiente para lastrear toda a riqueza do país. O nióbio já chegou a ser relacionado até com o mensalão,

após o empresário Marcos Valério afirmar na CPI dos Correios, em 2005, que o Banco Rural conversou com José Dirceu sobre a exploração de umamina de nióbio na Amazônia.

Em 2010, um documento secreto do Departamento de Estado americano, vazado pelo site WikiLeaks, incluiu as minas brasileiras de nióbio na lista de

locais cujos recursos e infraestrutura são considerados estratégicos e imprescindíveis aos EUA . Mais recentemente, o nióbio voltou a ganhar os holofotesem razão da venda bilionária de uma fatia da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), maior produtora mundial de nióbio, para

companhias asiáticas. Em 2011, um grupo de empresas chinesas, japonesas e sul coreana fechou a compra de 30% do capital da mineradora com sedeem Araxá (MG) por US$ 4 bilhões.

Independente do debate muitas vezes ideológico por trás da questão e dos mitos que cercam o mineral (veja quadro abaixo), o fato é que o quase‘monopólio’ da oferta ainda não resultou numa política específica para o nióbio no Brasil ou programa voltado para o desenvolvimento de uma cadeia

industrial que vise agregar valor a este insumo que praticamente só o país oferece.

FATO: Trata-se de um mineral nobre e encontrado em poucos países, mas o preço está muito distante do valor do ouro. Segundo estatísticas oficiais, a

liga ferro-nióbio foi comercializada em 2012 pelo preço médio de US$ 26.500 a tonelada. Já cotação média da onça do ouro (31,10 gramas) foi de US$1.718.

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FATO: O Brasil é o maior produtor mundial, respondendo por mais de 90% da oferta, seguido pelo Canadá e Austrália. O país detém mais de 98% dasreservas conhecidas de nióbio no mundo, mas o mineral também é encontrado em países como Egito, Congo, Groelândia, Rússia, Finlândia e Estados

Unidos.

FATO: Sua utilização garante alta performance em setores relacionados à siderurgia, sobretudo na produção de aços de alta resistência. Hoje, o nióbio jápode ser considerado um insumo essencial para indústria aeroespacial, de óleo e gás, naval e automotiva. Mas não se trata de uma fonte de energia

primária ou de alto nível de consumo como o petróleo.

FATO: O metal possui uma série de vantagens competitivas na produção de aços mais leves e ligas especiais. Quando adicionado na proporção degramas por tonelada, confere maior resistência ao aço. Hoje é empregado em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, tomógrafos entre outrasaplicações. O nióbio possui, entretanto, concorrentes equivalentes como o vanádio, o tântalo e o titânio.

FATO: O quase monopólio brasileiro da produção desperta a cobiça e a preocupação de outros países, pois ninguém gosta de depender de um único

fornecedor. Documento do Departamento de Estado americano, vazado em 2010 pelo WikiLeaks, inclui as minas brasileiras na lista de locaisconsiderados estratégicos para a sobrevivência dos EUA. Em 2011, um grupo de companhias chinesas, japonesas e sul coreanas adquiriram por US$ 4

bilhões 30% do capital da brasileira CBMM.

FATO: O preço médio de exportação de ferro-nióbio subiu de US$ 13 o quilo em 2001 para US$ 32 em 2008. Em 2012, a média ficou em US$ 26,5 o

quilo. Como os preços não são negociados em bolsas e como as produtoras possuem subsidiárias em outros países, existem suspeitas não comprovadasde subfaturamento. Segundo as empresas e especialistas, uma grande alta no preço poderia incentivar a substituição do nióbio por produtos concorrentes

e até uma corrida pela abertura de novas minas.

FATO: Somente a CBMM, em Araxá, explora jazidas com durabilidade estimada em mais de 200 anos, considerando a demanda atual. As reservas

conhecidas no país são da ordem de 842.460.000 toneladas e, segundo o governo, não existe previsão de início de produção em outras áreas do paíscom reservas lavráveis conhecidas como Amazonas e Rondônia.

FATO: apesar do nióbio ser encontrado em regiões de fronteira, onde ocorrem pequenos garimpos, em razão das difíceis condições de produção etransporte para os países consumidores o governo considera infundadas as suspeitas de contrabando.

FATO: O fato de possuir mais de 98% das reservas conhecidas deve garantir ao Brasil por muitos anos praticamente o monopólio da oferta, mas, apesar

do crescimento da intensidade de uso do nióbio e das inúmeras possibilidades de aplicações, a relevância e valorização do mineral ainda não se comparaao ouro ou ao petróleo.

FATO: O governo não prevê qualquer abordagem específica para o nióbio dentro das discussões sobre o novo marco regulatório da mineração. A ofertade nióbio está praticamente toda nas mãos das duas gigantes privadas que operam no país, sem a articulação de uma política de desenvolvimento de um

parque industrial nacional consumidor de nióbio. Por outro lado, as exportações de ferro-nióbio contribuem para o superávit da balança e o metal é hoje o

3º item mais importante da pauta mineral de exportação.

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Governo nega que riqueza seja negligenciada

Embora seja enquadrado pelo governo federal como um mineral estratégico, o Ministério de Minas e Energia (MME) informa que não há previsão de

“uma abordagem específica para o nióbio” dentro das discussões sobre o novo Marco Regulatório da Mineração, que deverá ser encaminhado em brevepara o Congresso Nacional.

O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas este potencial é desaproveitado"Monica Bruckmann, professora do Departamento de Ciência Política da UFRJ

“O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas este potencial é desaproveitado”, afirma a pesquisadora Monica Bruckmann, professora do

Departamento de Ciência Política da UFRJ e assessoria da Secretaria-Geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). “O que se esperaria é que oBrasil tivesse uma estratégia muito bem definida por se tratar de uma matéria-prima fundamental para as indústrias de tecnologia de ponta e que pode ser

vista como uma fortaleza para a produção de energias limpas e para o próprio desenvolvimento industrial do país”, emenda.

Para o pesquisador Roberto Galery, professor da faculdade de engenharia de minas da UFMG, o Brasil deveria usar o nióbio como um trunfo para atrairmais investimentos e transferência de tecnologia. “Se o Brasil parasse de produzir ou vender nióbio hoje, isso geraria certamente um caos”, afirma.

O governo rechaça, entretanto, as críticas de que o país estaria negligenciando esta riqueza. “O atual nível de produção de nióbio no Brasil somente foiviável devido aos investimentos no desenvolvimento de tecnologia nacional de produção e na estrutura do mercado para o uso desse metal”, afirmou o

MME, em resposta encaminhada ao G1.

“Consideramos que o país tem aproveitado adequadamente o nióbio extraído do seu subsolo, se considerarmos que o minério é convertido em ferro-liga eexportado com um maior valor agregado, por outro lado, na medida em que o parque siderúrgico brasileiro se desenvolver, a utilização de nióbio para a

produção de aço poderá aumentar”, acrescentou o ministério.

Desde a década de 70, não há comercialização do minério bruto ou do concentrado de nióbio (pirocloro) no mercado interno ou externo. O metal évendido, sobretudo, na forma da liga ferro-nióbio (FeNb STD, com 66% de teor de nióbio e 30% de ferro), obtida a partir de diversas etapas de

processamento. Segundo o governo, as exportações de ferro-liga de nióbio atingiram em 2012 aproximadamente 71 mil toneladas, no valor de US$ 1,8

bilhões.

Somente dois produtores no Brasil

Toda a produção brasileira de nióbio está concentrada nas mãos de duas empresas: a CBMM, controlada pelo grupo Moreira Salles – fundadores do

Unibanco – e a Mineração Catalão de Goiás, controlada pela britânica Anglo American.

Vista aérea das instalações da CBMM, em Araxá, eda Anglo American, em Catalão (Foto: Divulgação )

A CBMM é a empresa líder do mercado de nióbio, respondendo por cerca de 80% da produção mundial. Em seguida, estão a canadense Iamgold, comparticipação de cerca de 10%, e a Anglo American, com 8%, que só possui operação de nióbio no Brasil.

O comércio global de nióbio se deve em grande parte aos esforços e pioneirismo destas companhias no processamento do mineral. “Com as descobertas

de significativas reservas de pirocloro no Brasil e no Canadá, e com a sua viabilidade técnica, principalmente pelos esforços tecnológicos e comerciais daCBMM, houve uma transformação radical nos aspectos de preços e disponibilidade dessa matéria-prima para a obtenção de nióbio, o que foi fundamental

para a conquista do mercado mundial pelo Brasil”, afirma o ministério.

A CBMM informa estar presente hoje em todos os países produtores de aço, com destaque para a China, Japão, Estados Unidos, Coreia, Índia,Alemanha, Rússia e Inglaterra. “O programa de desenvolvimento de mercado da CBMM tem 50 anos. Nesse período, a companhia adquiriu legitimidade

para desenvolver tecnologia do nióbio com os usuários finais e clientes diretos”, afirmou a empresa em mensagem enviada ao G1.

Em 2012, a companhia informou ter registrado lucro líquido de R$ 1,454 bilhão, uma alta de 18% na comparação com o ano anterior, segundo balanço

publicado em jornais de Minas Gerais. O mercado internacional foi responsável por 95% do faturamento total da empresa no ano passado, quando o

montante chegou a R$ 3,898 bilhões.

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Procurada pelo G1, a empresa não atendeu ao pedido de entrevista com um porta-voz e de visita às suas instalações, se limitando a responder a perguntas

encaminhadas por e-mail.

“A CBMM comercializa produtos de nióbio acabados e, portanto, não é exclusivamente mineradora. A etapa de mineração é a primeira de 15 etapas em

seus processos produtivos que contam com tecnologia própria totalmente desenvolvida por ela no Brasil. O desenvolvimento tecnológico de processos,

produtos e aplicações da CBMM é reconhecido internacionalmente. A empresa possui mais de 100 projetos com clientes e usuários finais", informou a

companhia.

Crescimento da demanda por nióbio

Segundo o diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Tunes, o aumento da demanda se deve, sobretudo, à

conquista de novos clientes no mundo. “Essas empresas sempre tiveram um comportamento no sentido de criar mercados e nos últimos 10 anos atuaramfortemente na Europa e na China”, afirma o especialista.

Tunes explica que o nióbio possui concorrentes no mercado de insumos para ligas especiais como o tântalo, o vanádio e titânio, e que a farta oferta

brasileira é o que vem garantindo a o aumento do consumo e da penetração do nióbio na indústria mundial. “O fato do nióbio ser praticamente ummonopólio traz uma limitação de mercado, pois ninguém gosta de ficar na mão de um único produtor. Mas o mundo hoje já está mais confiante que tenha

suprimento garantido”, afirma.

A demanda mundial por nióbio tem crescido nos últimos anos a uma taxa de 10% ao ano. O maior salto ocorreu a partir de 2004, puxado principalmente

pelo aumento do apetite chinês por aço.

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As estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que o volume de ferro-nióbio exportado cresceu 110%

em 10 anos, passando de 33.688 toneladas em 2003 para 70.948 em 2012. O maior pico foi registrado em 2008, quando as vendas somaram 72.771

toneladas.

3º mineral mais exportado

Segundo o Ibram, o nióbio respondeu por 4,68% das exportações minerais brasileiras em 2012. O nióbio tem sido nos últimos anos o 3º item mais

importante da pauta mineral de exportação, ficando atrás apenas do minério de ferro e do ouro, cujas exportações no ano passado somaram,respectivamente, US$ 30,9 bilhões (80,06%) e US$ 2,3 bilhões (6,06%).

Em 2012, a produção total de nióbio no país foi de 61 mil toneladas – mas em 2007 chegou a quase 82 mil toneladas. O Ibram prevê que até 2015 a

produção anual chegará a 100 mil toneladas.

A Anglo American estima um crescimento de 6% ao ano no mercado de nióbio. Já a CBMM afirma que o objetivo da companhia é aumentar a demanda

em 50% até 2020.

Embora o consumo de ferro-nióbio esteja diretamente relacionado ao mercado siderúrgico, a demanda pelo produto tem crescido a um ritmo superior ao

da produção de aço. Levantamento do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) mostra que entre 2002 e 2007 a taxa média decrescimento do consumo de ferro-nióbio foi de 15% ao ano, ao passo que o crescimento médio da indústria siderúrgica foi de 2% ao ano.

“A intensidade do uso vem crescendo na siderurgia o que faz com que o aumento da demanda por nióbio seja muito mais pronunciado”, afirma Ruben

Fernandes, presidente da unidade de negócios Nióbio e Fosfato da Anglo American.

Nióbio é extraído a céu aberto na mina da

Anglo American em Catalão (GO) (Foto: Divulgação)

Preocupação com a sustentabilidade abre mercados

As empresas apostam numa maior adesão ao produto no mundo, especialmente devido à demanda por matérias-primas mais eficientes e à preocupação

com a sustentabilidade. O ferro-nióbio pode ajudar, por exemplo, a produzir estruturas e veículos mais leves, que consomem menos energia e combustível.

A indústria chinesa, por exemplo, é um dos setores que ainda usam aço com uma porção pequena de nióbio, diferentemente do que já ocorre emmercados como EUA, Europa e Japão, onde as siderúrgicas costumam fazer adições de 80 a 100 gramas do minério por tonelada de aço. Na China, esse

índice de uso é de cerca de 25 gramas por tonelada de aço.

“A China e diversos outros países começam a enxergar os benefícios do uso do nióbio em obras de infraestrutura, para a construção de estruturas mais

leves, que não se degradam no tempo e com um impacto ambiental menos intenso”, diz o executivo da Anglo American.

Consideramos que o país tem aproveitado adequadamente o nióbio extraído do seu subsolo, se considerarmos que o minério é convertido em ferro-liga eexportado com um maior valor agregado, por outro lado, na medida em que o parque siderúrgico brasileiro se desenvolver, a utilização de nióbio para a

produção de aço poderá aumentar"

Ministério de Minas e Energia

As empresas que atuam no Brasil afirmam possuir capacidades instaladas para atender ao atual ritmo de crescimento da demanda mundial. A CBMM

avalia que suas reservas em Araxá são suficientes para garantir a produção de nióbio por mais de 200 anos.

A Anglo estima em 40 anos o tempo de vida útil de suas jazidas e anunciou neste ano que irá investir US$ 325 milhões até 2016 na ampliação da

capacidade de produção da sua planta em Catalão (GO), com o objetivo de elevar a produção anual do patamar de 4.400 toneladas de nióbio para

6.500 toneladas.

Política de preços

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É diante desta perspectiva de aumento da demanda mundial e de concentração de mercado que os críticos do atual modelo de exploração do nióbio

cobram uma maior atuação do governo federal, defendendo o controle do preço de comercialização do produto e em alguns casos até mesmo aestatização da produção.

“Quem consome nióbio são empresas transnacionais superespecializadas. É de se imaginar, portanto, que exista uma enorme pressão de fora para ter um

produto que eles precisam a um preço acessível”, avalia o pesquisador Roberto Galery, professor da faculdade de engenharia de minas da UFMG.

Para Adriano Benayon, economista e autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, com a produção restrita a dois grupos econômicos no Brasil

é “evidente” que o interesse é exportar o nióbio do Brasil “ao menor preço possível”.

Pelos cálculos do pesquisador, autor de vários dos artigos sobre nióbio que circulam na internet, o Brasil poderia ganhar até 50 vezes mais o que recebe

atualmente com as exportações de ferro-nióbio, caso ditasse o preço do produto no mercado mundial e aumentasse o consumo interno do mineral.

“A nacionalização impõe-se, porque ao Brasil importa valorizar o produto externamente e investir, com os recursos da exportação valorizada, em

empresas para produzir com crescente incorporação de tecnologia e crescente valor agregado bens que elevem a qualidade dos empregos e o quantum da

renda nacional”, argumenta Benayon.

'Não há uma diretriz política para estatização, diz ministério

Questionado pelo G1 sobre o tema, o MME afirmou que “não há uma diretriz política para estatização de minas de qualquer bem mineral”.

Metal retirado do solo e é comercializado na formade liga ferro-nióbio (Foto: CBMM/Divulgação)

“Quanto às vendas de reservas, considerado aqui como futuras aquisições, as mesmas são estabelecidas entre empresas privadas, sem a intervenção direta

do governo federal”, acrescentou o ministério.

As estatísticas oficiais apontam para uma relativa estabilidade nos preços do nióbio nos últimos anos. O último grande salto ocorreu em 2007, quando o

preço médio de exportação da liga ferro-nióbio subiu de US$ 13 para US$ 22 o quilo, chegando a US$ 33 em 2008, devido, principalmente, ao aumentoda demanda. Em 2012, o preço médio ficou em cerca de US$ 27 o quilo, segundo dados do MDIC.

Como os preços são negociados diretamente entre o comprador e o vendedor, e não em bolsas, os valores de cada venda acabam sendo confidenciais, o

que costuma levantar suspeitas de subfaturamento.

“Para saber o preço efetivo e os ganhos reais das empresas que controlam o mercado, precisar-se-ia confrontar não os preços de importação, mas sim os

preços de venda no mercado desses países [compradores], praticados pelas empresas importadoras do mesmo grupo das exportadoras”, diz Benayon.

Segundo as empresas, tais suspeitas não têm fundamento. “Nossa carteira de pedidos vai diretamente para o cliente final. Não vendemos para nenhuma

das subsidiárias da Anglo, vendemos para as siderúrgicas que aplicam o nióbio nos seus aços. Não temos nenhuma operação de venda de nióbio fora do

Brasil”, afirma Fernandes, da Anglo American. “Apesar de não estar listado em bolsa, o preço do nióbio obedece a clássica lei de oferta e demanda”,

emenda.

Margem de lucro alta

Os números e valores da receita da comercialização de nióbio informados nos balanços da Anglo American e da Iamgold – ambas de capital aberto –apontam que o preço médio do quilo de ferro-nióbio chegou a US$ 40 em 2012.

Não há nada insubstituível no mundo, o que há é economicidade no processo. Se o preço do nióbio brasileiro for elevado, outras jazidas no mundo todo

entrarão em produção. Foi isso o que aconteceu recentemente com as terras raras na China"

Elmer Salomão, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM)

Segundo a Anglo American, a divisão de nióbio respondeu por uma receita de US$ 173 milhões em 2012 e gerou para a companhia um lucro operacionalde US$ 81 milhões. Embora a exploração de nióbio tenha gerado uma margem de lucro superior a 40%, o mineral respondeu por apenas uma fração dos

ganhos totais da companhia, que possui um amplo portifólio e registrou lucro global de US$ 6,2 bilhões no ano passado.

Já a canadense Iamgold reportou ter obtido em 2012 uma receita de US$ 190,5 milhões com a exploração de nióbio e uma margem de lucro de US$ 15

por quilo de nióbio vendido.

“O nióbio é bem competitivo, está bem posicionado, mas a rentabilidade depende muito do teor de nióbio contido no concentrado que é retirado da mina.O teor do nosso concorrente é muito maior. Já o dos novos projetos que estão sendo estudados no mundo tem teor muito menor”, explica o executivo da

Anglo.

Atualmente estão sendo desenvolvidos novos projetos de exploração de nióbio no Canadá, no Quênia e em Nebrasca, nos Estados Unidos, que hoje

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importa 100% do nióbio que consome.

No Brasil, embora existam reservas conhecidas na região de fronteira e em áreas de reservas indígenas no Amazonas e em Roraima, o governo informaque não existe previsão de produção em novas minas ou novas concessões. “O nióbio de São Gabriel da Cachoeira (AM) carece ainda de tecnologia

para permitir a sua extração com viabilidade econômica”, informou o ministério.

Consequências de uma eventual intervenção

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Elmer Prata Salomão, alerta que uma eventual intervenção

governamental na oferta ou no preço do nióbio representaria um grande tiro pela culatra.

Segundo Salomão, o fator determinante para o 'monopólio' brasileiro no nióbio é o custo de produção "praticamente imbatível". "Não há nada

insubstituível no mundo, o que há é economicidade no processo. Se o preço do nióbio brasileiro for elevado, outras jazidas no mundo todo entrarão em

produção. Foi isso o que aconteceu recentemente com as terras raras na China”, diz o especialista.

Anglo anunciou investimentos de US$ 325 milhões

para ampliar produção em Catalão(Foto: Divulgação)

Ele lembra que o gigante asiático anunciou em 2011 uma redução de mais de 10% no volume de exportação de terras raras com o objetivo de atrair mais

indústrias de tecnologia como fabricantes de tela de LCD para o país. “A China resolveu contingenciar e elevar o preço de terras raras e o que acontece é

que já existem quase 50 projetos na área em fase de pesquisa e desenvolvimento no mundo”, afirma.

O diretor do Ibram também acredita que a elevação do preço do nióbio estimularia a busca por produtos substitutos. “A ambição de ganhar mais acabasempre facilitando a entrada de concorrentes”, afirma Tunes. Ele explica que o nióbio apresenta hoje melhor vantagem em relação aos outros elementos

químicos não apenas por suas propriedades, mas também por ser um metal com oferta abundante.

Nióbio gerou R$ 5,29 milhões em royalties em 2012

Segundo o governo, o controle da produção e venda de nióbio é feito atualmente pelo DNPM. O governo informa, entretanto, que o órgão não possui a

competência de fiscalizar a produção e comercialização do ferro-liga de nióbio.

Segundo o DNPM, a exploração de nióbio garantiu em 2012 um recolhimento de CFEM (Compensação Financeira sobre a Exploração Mineral) de R$

5,29 milhões – valor que foi distribuído entre União e estados e municípios produtores.

Pela legislação atual, a CFEM varia de 0,2% até 3% e incide sobre o valor do faturamento líquido obtido por ocasião da venda do produto mineral. No

caso de minerais como o nióbio a alíquota é de 2%. O DNPM explica que como no caso do nióbio não ocorre a venda do mineral bruto, é considerado

como valor para efeito do cálculo da CFEM a soma das despesas diretas e indiretas ocorridas antes da transformação da matéria-prima em ferro-nióbio.

Ou seja, o valor arrecadado com a CFEM pouco reflete a valorização do ferro-nióbio no mercado mundial.

A China e diversos outros países começam a enxergar os benefícios do uso do nióbio em obras de infraestrutura, para a construção de estruturas mais

leves, que não se degradam no tempo e com um impacto ambiental menos intenso"

Ruben Fernandes, Anglo American Brasil

A revisão das alíquotas dos royalties da mineração está entre os pontos que devem ser abordados pelo novo Código de Mineração, em discussão no

governo. Está prevista a criação da Agência Nacional de Mineração, substituindo o DNPM, e Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), de forma

a regulamentar os leilões de áreas públicas, nos mesmo moldes utilizados para o petróleo.

Embora não esteja prevista uma abordagem específica para o nióbio no novo marco regulatório, o MME reconhece que a legislação mineral vigente ainda

“não possui instrumentos necessários para uma abordagem específica para minerais estratégicos”.

“O governo federal avalia que o país já possui a tecnologia necessária para a produção de ferro-nióbio, porém, é necessário que se avalie a capacidade de

o parque industrial brasileiro possuir os demais fatores necessários para transferência de tecnologia de produção de manufaturados que contenham nióbio”,

acrescentou o ministério.

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14/10/13 G1 - 'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos - notícias em Negócios

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Para Salomão, da ABPM, o setor mineral tem contribuído para os investimentos no país e para o superávit da balança comercial e não deve utilizado

como combustível ideológico para políticas intervencionistas.

“Se o Brasil não está aproveitando hoje suas riquezas minerais como deveria é porque não tem uma política industrial nesse sentido”, afirma. “O que não

podemos fazer é guardar toneladas de minério sem saber se no futuro isso será tecnologicamente utilizado ou não. Somos obrigados a aproveitar os

nossos recursos minerais justamente devido à revolução tecnológica. A idade da pedra não acabou por causa da pedra, mas porque a pedra foi substituída

por outra coisa”, conclui.

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Estenio Ferreira 3 dias atrás

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da ate medo essa reportagem tem algo maior por tras disso

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Pedro Henrique 3 dias atrás

Saldoso Eneas já avisava! Grandioso esse político.

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Thiago Santos 3 dias atrás

Venha, venha USAAAA... Toma amazônia e leva o nióbio tbm, demorouuuuuuuuuu...

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Adailton Siqueira 3 dias atrás

Para que os outros países vao invadir aqui...extraimos e vendemos por preço de banana... só nao vale o mesmo que o ouro porque vendemos a

preço de ferro. Aqui é uma piada mesmo

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Mauricio Pereira 3 dias atrás

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Logo logo os EUA vão invadir isso aqui como faz com os paises do oriente ...vão dizer que o brasil esta produzindo bomba atômica e vão tomar

essas reservas ... vai vendo ..

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Moises Santos 6 meses atrás

Esse Anderson Castro que va cantar de galo va lutar com o ''coracao'' contra a escumalha politica que nao ta soltando bomba atomica na sua

familia mas ta roubando o leite de milhoes de criancas famintas sem direito a educacao..como foi seu caso..ai ninguem e tao patriota..

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Nirto Ceccon 6 meses atrás

Bomba atômica com nióbio? hauehaueaheuaeh ai.

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Jacqueline Brandao 3 dias atrás

Excelente matéria para quem como eu, nem sabia que este minério existe... Alguns itens me chamaram a atenção: nióbio é o 2. mineral mais

exportado pelo Brasil .. apetite chinês por aço = compra de 30% em ações da MAIOR mineradora do país (por que será..)..preço não listado em

bolsa (facilita as subfaturamento) e o órgão responsável, pra variar, não tem como fiscalizar a produção...o governo não tem política

definida....Somando isso tudo, o que fica pro país... tem gente mordendo e MUITO essa grana... Essa bandalheira TEM razão de ser... BRASIL,

país de governantes canalhas!

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Carlos A 3 dias atrás

Divisão dos ROYALTIES do Nióbio já.

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Jacqueline Brandao 3 dias atrás

Queremos essa reportagem no FANTÁSTICO...

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Jacqueline Brandao 3 dias atrás

Vamos todos nós cariocas, cobrar a regulamentação e fiscalização dessa exploração e entrar com ação pedindo distribuição de royalties...

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Alexandre Nascimento 3 dias atrás

Na minha opiião essa reportagem é: ( - ) meia verdade.

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Renilson Júnior 6 meses atrás

kkkk...E seu comentário é VERDADE!

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Lucas Belisario 6 meses atrás

Marcos Otoni já falou por mim, os dois grupos continuarão enchendo o bolso de bilhões de dólares e o brasileiro ó que se @#$#$#@!

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Miguel Revesso 3 dias atrás

DIVISÃO DOS ROYALTIES DO NIÓBIO JÁ!!!

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José Carvalho 3 dias atrás

Parece que ninguém ainda percebeu o maior dos problemas. O Brasil tem nióbio, mas não tem indústria para usá-lo, perpetuando a política colonial

de exportar matéria prima e importa produtos de valor agregado. Pau-brasil, cana de açucar, ouro e diamante, petróleo, etc, etc. Quando este país

vai entender que commodity não produz IDH. Pode até produzir riqueza (para poucos), mas IDH? jamais.

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Marta 3 dias atrás

E ainda tem gente falando que tem vergonha de ser BRASILEIRO, olha quanta coisa temos mais que outros países. Eu tenho muiiiiiiiiiiiiiiiito orgulho

de ser BRASILEIRA! Mas tenho nojo dos que mandam no nosso país.

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Paulo Eduardo 6 meses atrás

Marta, que dificuldade de entender as coisas, precisa ler mais e exercitar o cérebro. A vergonha de ser brasileiro se manifesta em situações

como esta. Nós temos um potencial enorme, mas, na nossa falta de ética, civismo, patriotismo, não aproveitamos nosso potencial. Vendemos

nosso país a preço de banana apenas em busca de ganhos pessoais. Ou você acha que os brasileiros que estão no poder não lucram com

todo este desmando?

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Bruno Soares 3 dias atrás

Vamos dividir o lucro com os Estados não produtores !!!!!!!!!!

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Willon Smith 6 meses atrás

concordo inteiramente. Não só o Nióbio, mas todos os produtos minerais...

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Érico Moretto 3 dias atrás

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É,vamos dividir o s ROYALTIES deste minério tbm! Querem o do petróleo,então vamos dividir o royalties dos mineiros(MG),isso sim é justo!

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Marco Freitas 6 meses atrás

Não me incomodo com os royalties. Eu quero é meu ICMS de volta. Reforma Tributária!

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Willon Smith 6 meses atrás

Marco Freitas, aí vc falou tudo!!!

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Marcelo Gomes 3 dias atrás

O Brasil é o pais mais "rico" do mundo, mas com as pessoas mais "pobres"!!!!!!

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Willon Smith 6 meses atrás

...faltou dizer que também são dos políticos mais corruptos!

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Celio Marinho 3 dias atrás

Coitado do nosso Brasil, não precisa dos estrangeiros para roubar-lhe pois os nacionais estão aí para facilitar o roubo em prol dos seus bolsos e a

miséria dos outros

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Willon Smith 6 meses atrás

vc está certíssimo...

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Paulo Eduardo 6 meses atrás

É triste mesmo. Um país tão grande, tão rico, governado por um povo analfabeto, incapaz de proteger e administrar estes recursos. Um povo

que acha que esperteza é a fraude, a corrupção. Já imaginou se fôssemos mais capazes, como nosso país seria grande?

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Luiz Roludo 3 dias atrás

Agradeça este e outros fatos ao Fernando Henrique Cardoso, representante das multinacionais no Brasil,segundo documento da CIA o mesmo

queria vender aos americanos a reserva de Araxá por $ 700.000,00 ( setecentos mil dólares ) na época em que era Presidente da República de

Bananeiros chamada Brasil.

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Aparecido Lima 3 dias atrás

Até onde tenho o conhecimento, as mineradoras estão nas mãos de estrangeiros. Estando a sua frente, pessoas de nosso território, que só

vislumbram o emprego, chegando a eliminar quem quer que seja, para garantir a segurança dessa pseudo-empresa brasileira. Já não basta os outros

minérios que arrancaram sorrateiramente, inclusive, com escravidão. Temos que valorizar o que é nosso de direito, a começar pelo guaraná, que

popularmente, foi substituido por uma "coca". Eles podem adentrar e praticar o 'Dump". Nós,... nunca !

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Mario Junior 3 dias atrás

Ate hoje o brasileiro nao entende que o brasil se comporta como uma colonia mas nao de portugal mas sim de estados unidos,china e as grandes

potencias,somos burros ate dizer basta

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Jose Missão 3 dias atrás

Se o Brasil tem 98 % por cento das reservas , porque o preço é tão baixo ??? Porque o brasil sendo o quase unico a ter o minério não dita o

preço, como os produtores de petróleo fazem ????? Se mo material é importante, quem precisa usar que pague preço maior. Não esqueçamos do

ouro que ia para portugal a preço de banana !!!!!! Deve ter muito desvio de dinheiro em relação a venda do minério.

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Paulo Aguiar 6 meses atrás

Porque se o Brasil o fizer deixam de usar o nióbio e passam a usar o vanádio, o molibdênio o titânio e o tântalo. E o nosso nióbio vai ficar

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debaixo da terra.

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José Claudio 3 dias atrás

Mais uma riqueza negligenciadas pelos brasileiros. A terra é rica mas nós não sabemos o que fazer com ela. O melhor cacau é o brasileiro, mas o

melhor chocolate é suíço. Uns dos melhores grãos de café é brasileiro, mas é exportada para a produzir uns dos melhores cafés do mundo. A

rapadura é japonesa e o acaí, pasmem é americano !!

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Paulo Eduardo 6 meses atrás

Excelentes observações José Claudio. Um país muito rico, com um povo muito medíocre.

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Jonas Rezende 3 dias atrás

Cara, que notícia tendenciosa! Não farei analise completa, mas sim apenas uma, simples: no item 1 das verdades e mitos, compara o preço da liga

ferro-niobio e o ouro, mostrando assim que supostamente o niobio não tem tanto valor igual todos andam comentando certo? Errado, analise

ilusionista.Na própria notícia, antes da analise, explica que uma liga metálica de ferri-nióbio, é composta por algumas gramas de nióbio e por

toneladas de ferro, ou seja, teria que ter feito uma relação do valor DO NIÓBIO e do OUTO, e não da LIGA ferro-niobio e ouro. E outra coisa,

MEIA-VERDADE, não existe.

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Sidney Herculano 6 meses atrás

Vc tem razão!! tendenciosa atende ao interesse de poucos em detrimento da maioria!

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Alex Oliveira 6 meses atrás

Espere. Ali mostra que UMA TONELADA custa 16 mil. (ferro misturado com um pouquinho de nióbio.) e o ouro PURO de 31 gramas,

custa mil. Logo, MEIO QUILO de ouro custo quase o mesmo que UMA TONELADA da liga. Onde está o erro?

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Henrique Corleone 3 dias atrás

o pt vai comer este mineral todo até acabar, dando de presente para pseudocomunistas como a china pro exemplo...

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Reginaldo Pires 3 dias atrás

Eneias Carneiro morreu por leucemia mielóide aguda, ou esta doença foi colocada no mesmo? exumação já!

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Hakim 6 meses atrás

kkkkkkk, também achei estranho essa parte do texto.

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