G arte romana em portugal
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Cavalo HiberusPormenor do chamado
mosaico dos cavalos da villa romana de Torre de Palma, Monforte;Portalegre
Arte Romana
em Portugal
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No ano de 218 a. C., os exércitos romanos entram pela primeira vez na Península Ibérica, acudindo aos habitantes da cidade de Sagunto, atacada e ocupada por Aníbal.
Aníbal Barca(247-183 a. C.)
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Museus do Vaticano
Roma
As Guerras Cantábricas (29 – 19 a. C.)
trazem César Augusto à Península Ibérica
que assim é finalmente pacificada.
Seguem-se séculos de paz, produzindo-se
uma intensa assimilação da civilização
romana.
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Os legionários instalavam-se nos
territórios ocupados com as suas
famílias em grandes acampamentos
que davam depois origem a cidades.
Cultivavam a terra e trabalhavam nos
vários ofícios. Eram também colonos.
Contactavam e influenciavam os
indígenas.
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Ponte de Alcântara
Obras públicas: além da propaganda à grandeza de Roma, era recrutada mão-de-obra local que, trabalhando com os legionários, ia assimilando os modos romanos.
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Ponte romana de Vila Formosa sobre a ribeira de SedaPonte de SorSécs. I – II d. C.
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Ponte sobre o rio TuelaTorre D. ChamaBragança
Estas pontes integravam-se na rede de vias imperiais, eram sólidas, simétricas, recorrendo normalmente ao granito (raramente ao xisto), em aparelho almofadado, exibindo marcas de forfex.
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Ponte de Trajano em Aqua Flaviae (Chaves)
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Os sistemas construtivos tomavam
por base o arco e as construções derivadas:
abóbadas, cúpulas e arcadas.
Segovia
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O aqueduto de Conimbriga abastecia a população a partir danascente de Alcabideque.
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A Villa era uma herdade de exploração agrícola. Incluía campos cultivados, pastagens e a mata.A parte edificada incluía a residência do proprietário, dos criados e escravos, bem como a adega,lagar, celeiro e estábulos.
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A villa era um latifúndio pertencente a um senhor (dominus) destinada a exploração agrícola, florestale pecuária, tendo ao centro a casa senhorial rodeada pelas instalações rurais (lagares, celeiros, tulhas,adegas, estábulos,…) e por habitações de pessoal livre ou servil.
Villa romana do Rabaçal; Penela; séc. IV d.C.
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MilreuEstóiFaro(séculos I - III)
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Ruínas do templo romano de Milreu. O embasamento é revestido por mosaicos comfigurações de peixes. O templo foi cristianizado no Baixo Império, o que é comprovadopela existência de um baptistério e de sepulturas de inumação.
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S. CucufateVidigueiraBeja
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Villa de S. CucufateVidigueiraBejaSéc. I d. C.
Muros de xisto com fiadas de tijolo. As abóbadas foramconstruídas com cofragens de madeira. Já pouco resta do andarsuperior. Seria o piso nobre da residência de onde o dominusavistava toda a propriedade e a cidade de Pax Iulia
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Opus incertum Opus testaceum Opus reticulatum
Opus signinum Opus quadratum Opus caementicium
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Não há vestígios de ocupação visigótica ou islâmica em S. Cucufate. Na Idade Média, a villa foi um convento.
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A villa foi destruída e substituída por um novo edifício com afinidades com as construções norte-africanas. Esta nova villa senhorial incluía um templo semelhante ao de Milreu que, todavia, não se conservou, sendo provável tratar-se do mesmo arquitecto. Durante a ocupação muçulmana foi ocupado para outro uso. Após a reconquista foi adaptado a convento
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O mosteiro foi abandonado no séc. XVI, preservando-se a capela, consagrada a S. Cucufute, até ao séc. XVIII
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Domvs
Casa dos VettiiPompeia
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Ostium - porta de entrada. Fauces - vestíbulo (pequeno corredor que dava acesso ao peristilo). Atrium - centro do corpoanterior da domus; núcleo social da habitação. Era aqui que o dominus recebia os seus clientes. Era decorado com estátuasde mármore ou retratos dos antepassados. Impluvium - Tanque onde se acolhiam as águas pluviais. Peristilo - Parteposterior da domus ao qual se acedia por um fauces ou pelo Tablinum. Pátio com colunas com um jardim com esculturas epequenos lagos. Tablinum - Compartimento principal reservado ao dono da casa. Triclinium - Sala de refeições
A domus geralmente tinha 1 ou 2 pisos, telhado coberto com telha cerâmica,
organizada em torno dos pátios interiores. Os pavimentos eram revestidos com
mármores ou mosaicos. Estuques nas paredes.
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Conimbriga
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Casa dos Repuxos
Conimbriga
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Datável do séc. III. O peristilo está colocado ao centro da casa e possui um grande lago comcanteiros.
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As muralhas foram erguidas no final do séc. III, inícios do seguinte. Três vivendas ficaram extramuros.
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A Casa de Cantaber ficou dentro do perímetro das muralhas. Na imagem, vê-se um detalhe das termas privadas.
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Conimbriga possuiu diversas termas a funcionar simultaneamente.
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A água era captada em Alcabideque.
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O apodyterium era o vestiário colocado à entrada onde se deixavam as roupas. Passava-se a um terreiro ensaibrado (palestra) para a prática do exercício físico, lavavam-se depois os pés (pedilúvio) e o corpo, seguindo-se uma sucessão de banhos (tepidarium, caldarium e um frigidarium)
Termas de Augusto
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Os banhos de Augusto foram arrasados para se erguerem as enormes termas de Trajano.
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Havia ainda as termas do Aqueduto e as termas da Muralha. Estas foram demolidas nos finais do séc. III quando se ergueu o muro defensivo.
Laconicum (banho-turco) das termas da Muralha.
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No séc. I a. C. Conimbriga teve o seu primeiro forum: o de Augusto. Possuía um templo, estabelecimentos comerciais, a basílica e a cúria.
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Nos anos de 77 -78, um cidadão local, M. Júnio Latrão foi eleito sacerdote do cultoimperial, em Mérida. A cidade de Conimbriga sentiu-se honrada, pois foi por estadécada que a cidade foi promovida a município. Para assinalar a distinção, foi demolidoo velho forum, e erguido um outro: o chamado forum dos flávios.
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Criptopórtico de aeminium
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Sob o actual Museu Nacional Machado de Castro, antigo Paço Episcopal, conserva-se ocriptopórtico romano de Aeminium. Construído em 2 andares, era a base do forum.
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O Criptopórtico esteve entulhadodurante séculos e só é identificado comoromano no séc. XVI pelo poeta Sá deMiranda que as designa como grotas,ainda que fossem conhecidas como covasdesde a Idade Média.
As escavações iniciaram-se na década de30 do séc. XX. O primeiro estudo só épublicado em 1973, por Jorge de Alarcãoe J. M. Bairrão Oleiro.
Na década de 1990, efectuam-se novasescavações, atribuindo-se a estrutura aotempo de Cláudio (1ª metade séc. I d. C.).
Foi recentemente reaberto ao público.
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MirobrigaSantiago do Cacém
Templo de Mirobriga
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Atribui-se a sua consagração a o deus Esculápio. Templo in antis, com duas colunasadossadas nas paredes.
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In Antis
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O incorrectamente designado Templo de Diana, em Évora, erguia-se no forum e é datável do séc. I d. C., não sendo o templo original do forumde Ebora.
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O templo era consagrado ao culto imperial. Este culto aproximava os colonos romanos e osindígenas, constituindo um factor de unidade do império.
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O templo serviu de açougue e de paço da Inquisição. Foi restaurado no séc. XIX.
![Page 47: G arte romana em portugal](https://reader038.fdocumentos.tips/reader038/viewer/2022102821/5a667c207f8b9ac5128b4b7b/html5/thumbnails/47.jpg)
Capitéis coríntios lavrados em mármore branco de Vila Viçosa
assentes sobre colunas graníticas.
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Capitel dórico Capitel jónico
Capitel coríntioCapitel toscano
![Page 49: G arte romana em portugal](https://reader038.fdocumentos.tips/reader038/viewer/2022102821/5a667c207f8b9ac5128b4b7b/html5/thumbnails/49.jpg)
Capitéis compósitos, no Museu Regional de Beja, da basílica e do templo do forum de Pax Iulia (finais do séc. I d. C.)
![Page 50: G arte romana em portugal](https://reader038.fdocumentos.tips/reader038/viewer/2022102821/5a667c207f8b9ac5128b4b7b/html5/thumbnails/50.jpg)
Fonte do ÍdoloBraga
Não se tratando de um templo, é um santuário consagrado a uma divindade indígenanuma parede rochosa de onde brotava uma fonte. Representa-se a divindade(Tongoenabiago) e o cidadão que patrocinou a obra (Célico Frontão)
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A Torre de Almofala (Figueira de Castelo Rodrigo) foi
remodelada nos sécs. XVI e XVII. O podium é claramente romano. Desconhece-se qual teria sido o
uso: templo ou mausoléu.
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A Torre de CentumCellas (Belmonte) é igualmente difícil de interpretar. Não seria nem um templo nem um praetorium(quartel-general), sendo mais provável que servisse de residência, eventualmente uma estalagem, ou a parte de uma villa, o que constituiria um modelo único dentro deste tipo de construções.
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BobadelaOliveira do Hospital
O nome latino da povoação permanece ignorado. Sabe-se que era capital de civitas.
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O arco assinalava a entrada no forum
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O anfiteatro de Bobadela. Tem reduzido interesse arquitectónico pois foi muito arruinado, para além do que a sua concepção tira proveito das condições naturais. É o primeiro que se escava em Portugal, ainda que se conheçam outros , como Conimbriga, Balsa ou Aeminium.
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AnfiteatroMérida
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TeatroMérida
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O Teatro Romano de Lisboa foi construído no tempo de Nero (séc. I d. C), ficando parcialmentedescoberto após o terramoto de 1755.
http://www.museuteatroromano.pt/Paginas/Default.aspx
![Page 59: G arte romana em portugal](https://reader038.fdocumentos.tips/reader038/viewer/2022102821/5a667c207f8b9ac5128b4b7b/html5/thumbnails/59.jpg)
Teatro romano do Alto da Cividade, em Braga, descoberto acidentalmente em 1999.
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A cidade de Tongobriga citada por Ptolomeu foi identificada com o lugar do Freixo (Marco de Canaveses). Teria sido um castro romanizado que deu origem a uma civitas no início do séc. II, provando que o modo mediterrânico civilizado e urbano foi levado pelos romanos até às cidades secundárias do Norte da Península.A construção das termas, do forum e outros edifícios revela o objectivo de dotar a cidade de equipamentos públicos
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Junto ao forum estavam as termas públicas.
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retrato
Cabeça de estátua de Augusto, com c. 45 cm, reaproveitando uma de Calígula.Museu Monográfico de Coimbriga
![Page 63: G arte romana em portugal](https://reader038.fdocumentos.tips/reader038/viewer/2022102821/5a667c207f8b9ac5128b4b7b/html5/thumbnails/63.jpg)
Existem 3 retratos deste imperador encontrados emterritório nacional: Conimbriga, Tomar e Mértola.
O imperador é reconhecível pela garra do cabelo sobreo olho direito.
Estes retratos provinciais difundiam-se a partir demodelos autorizados em Roma. As imagens eramexibidas no templo, juntamente com as divindades.
Augusto veladoMuseo Nacional de Arte Romano
Mérida
Augusto proveniente de Mértola Museu Nacional de ArqueologiaLisboa
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Retrato de Mulher (MNMC); séc. I:
Trata-se de um possível retrato de Lívia,esposa de Augusto, pois aparece capiteuelato.
Foi achado no criptopórtico de Aeminium.
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Retrato de Trajano (I –II) proveniente do criptopórtico de Aeminium e conservado no Museu Nacional Machado de Castro. O imperador surge coroado de louros, com uma expressão fechada e austera, traduzindo a personalidade do retratado.O material usado é o mármore de Estremoz – Vila Viçosa.
Vespasiano (I) , também proveniente do criptopórtico. Surge caracterizado com o ar fatigado com que usualmente era representado. Este retrato tem sido interpretado como uma reutilização do de Nero, numa prática designada como damnatio memoriae, que condenava ao banimento os retratos de todos os caídos em desgraça.
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Retrato de Agripina , a Antiga (ou Agripina Maior), esposa do imperador Germânico.
Achado no criptopórtico de Coimbra, pode ser apreciado no Museu Nacional Machado de Castro.
Data do séc. I, é o mais belo retrato do período romano em Portugal.
Trata-se de um busto em mármore concebido para ser colocado sobre uma estátua-pedestal.
O penteado é típico da época. Note-se que esta é uma característica dos retratos romanos que permite, uma vez conhecidas as modas dos penteados de Roma, datar com segurança as imagens.
Ressalta, como elemento psicológico, a dignidade da retratada.
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Agripina Menor (ou Agripina, a Jovem)Museu Municipal de Faro
Filha da anterior e mãe de Nero.
O retrato foi encontrado em Milreu.
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Este busto do imperador Adriano, tem a mesma origem do anterior e conserva-se igualmente no Museu Municipal de Faro.
Destaca-se o paludamentum caindo do ombro esquerdo, bem como a barba do imperador. É a primeira vez que a barba de um imperador se representa como traço identificador.
Note-se ainda a cabeleira frisada cobrindo a fronte como se fosse um capacete.
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Os retratos particulares são mais numerosos.Esta cabeça feminina foi descoberta em Conimbriga, em cujo museu monográfico se guarda.É claramente influenciado pelos cânones oficiais.
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AugustoMuseu Mpnográfico de Conimbriga
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No Museu da Comunidade Concelhia da Batalha guarda-se uma estátua togada com cerca de 2 m.
Estátua togada de Mértola, notando-se o orifício para
colocar a “cabeça”.
Torso imperial togadoConimbrigaSéc. I
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Sarcófago das vindimas, proveniente de Castanheira do Ribatejo; Vila Franca de Xira. Museu Nacional de
Arqueologia; Lisboa
Meados do séc. III d. C.
Sarcófago proveniente do Monte da Azinheira;
Reguengos;Évora.
Museu Nacional Soares dos Reis; Porto
Séc. III d. C.
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O Mosaico
Milreu
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Os mosaicos murais são raros em Portugal. O de Milreu (Estói) é o mais rico encontrado. Este painelpreenche o friso mural do templo. Um outro, também com motivos piscícolas, reveste o muro dapiscina das termas.
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Banhos da villa de Milreu
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As tesselas eram pequenos cubos de pedra ou pasta vítrea coloridos .
![Page 77: G arte romana em portugal](https://reader038.fdocumentos.tips/reader038/viewer/2022102821/5a667c207f8b9ac5128b4b7b/html5/thumbnails/77.jpg)
Painel representando o coro das Musas, do chamado “triunfo indiano de Baco”, das cenas trágicas de Medeia, meditando no infanticídio, e de Hércules, enlouquecido por Juno, preparando-se para matar a mulher e os filhos. (villa de Torre de Palma, Monforte; Portalegre)Finais do séc. III d. C.
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Este mosaico, achado recentemente (2009) em Alter do Chão (Portalegre), narra um episódio mitológico: a morte de Medusa por Perseu.Estes temas mitológicos foram sendo progressivamente substituídos por temas do quotidiano.
http://marialynce.wordpress.com
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Mosaico OceanoMuseu de Faro
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Este mosaico da Casa dos Repuxos (Conimbriga) exibe um tema venatório (caça), o que constitui um dos motivos mais comuns.
![Page 82: G arte romana em portugal](https://reader038.fdocumentos.tips/reader038/viewer/2022102821/5a667c207f8b9ac5128b4b7b/html5/thumbnails/82.jpg)
Mosaico da designada casa dos esqueletos (Conimbriga). Os motivos geométricos buscam efeitos tridimensionais.
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Cavalo Hiberus Cavalo Leneus
Detalhes do Mosaico dos Cavalos da villa romana de Torre de Palma.
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Bibliografia comentada: Jorge de Alarcão é o autor de referência sobre arte e arqueologia romanas. Évastíssima a sua produção científica. Para uma abordagem ao tema da arte romana em Portugal,recomenda-se o já citado 1º vol. da História da Arte em Portugal (Publicações Alfa; Lisboa; 1986) que, alémdo capítulo sobre arquitectura romana , inclui ainda um outro de J. M. Bairrão Oleiro relativo aos mosaicos eoutro de Vasco de Sousa sobre a escultura romana. Notável é o livro do prof. Alarcão consagrado aConimbriga (Conimbriga, o Chão Escutado; Lisboa; Círculo de Leitores; 1999.) Para além do excelente texto,mesmo do ponto de vista literário, oferece um arranjo gráfico inexcedível e fotografias de grande qualidade.Do mesmo autor, o não menos notável e recente trabalho sobre a cidade de Coimbra (Coimbra. AMontagem do Cenário Urbano; Coimbra; Imprensa da Universidade; 2008) que, entre as páginas 29 e 66oferece uma resenha com novas interpretações e hipóteses sobre a cidade de Coimbra sob o domínioromano. Conceição Lopes, também docente do instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, dirigeo volume da História da Arte Portuguesa dedicado às Expressões Artísticas Anteriores à Formação dePortugal (Lisboa; Fubu Editores; 2008. Coord. geral de Dalila Rodrigues). A obra de Ana Lídia Pinto, FernandaMeireles e M. Cernadas Cambotas (História da Arte Ocidental e Portuguesa, das Origens ao final do séculoXX; Porto; Porto Editora; 2001; pp. 231 – 239) está disponível na biblioteca da ESEC e apresenta umabrevíssima síntese profusamente ilustrada da arte da romanização em Portugal, ainda que as ilustrações sedevam confrontar com pesquisas na internet e o texto seja meramente indicativo. Na biblioteca da ESEC estátambém disponível o 1º volume da História da Arte Portuguesa dirigida por Paulo Pereira (Lisboa; Círculo deLeitores; 1995), contendo uma excelente síntese de M. Justino Maciel (A Arte da Época Clássica (séculos II a.C. – II d. C.; pp. 78 - 119). Sobre o criptopórtico e o forum de Aeminium, deve citar-se o trabalho de Pedro C.Carvalho (O Forum de Aeminium; Coimbra; Instituto Português de Museus; 1998). Ainda que de interessearqueológico, interessa-nos apenas, para quem desejar informação aprofundada, o cap. II, a partir da pág.177. Na www, destaco o sítio http://www.portugalromano.com/ que pretende compilar informação dispersasobre os vestígios da romanização em Portugal. Quanto ao manual de Paulo Pereira, é indispensável a leiturado capítulo 4, iniciado na p. 111.