FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS...

12
Cidade Jornal da Informativo mensal – Julho de 2011 – Ano I - Nº 7 – www.sjc.sp.gov.br FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS BAIRROS. PÁGINA 10 r INCLUSÃO Internet de graça chegará a 54 mil casas PÁGINA 7 r GINCANA Estudantes vão à luta contra as drogas e o álcool PÁGINA 9 r LIMPEZA Em ação, os caçadores de pichações PÁGINAS 4 E 5 São José se prepara para crescer mais Com recursos próprios e um empréstimo do BID, a Prefeitura vai investir em saneamento, gestão, meio ambiente, habitação e novas avenidas, obras que deixarão a cidade pronta para mais vinte anos de crescimento PÁGINA 6

Transcript of FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS...

Page 1: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

CidadeJorn

al d

aInformativo mensal – Julho de 2011 – Ano I - Nº 7 – www.sjc.sp.gov.br

FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS BAIRROS. PÁGINA 10

r INCLUSÃO

Internet degraça chegará a 54 mil casasPÁGINA 7

r GINCANA

Estudantes vãoà luta contra asdrogas e o álcoolPÁGINA 9

r LIMPEZA

Em ação, os caçadores depichaçõesPÁGINAS 4 E 5

São José seprepara paracrescer mais

Com recursos próprios e um empréstimo do BID, a Prefeitura vai

investir em saneamento, gestão, meio ambiente,

habitação e novas avenidas, obras que

deixarão a cidade pronta para mais vinte anos

de crescimentoPÁGINA 6

Page 2: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

a cidade é sua

RefoRma no LaGo Do PaRque SantoS Dumont

A reforma no lago do Parque Santos Dumont está prevista para ser concluída em outubro. A obra vai eliminar infiltrações e possibilitar o reaproveitamento da água

para a irrigação das áreas verdes do local. Também foram pintados os brinquedos, as maquetes de foguetes, a réplica do 14-Bis e o protótipo do avião Bandeirante.

2 | Jornal da Cidade | julho de 2011

Boas novasFoi mera coincidência, mas o

mês de aniversário da cidade trou-xe boas notícias para São José, parte delas contidas nesta edição. A mais importante, pelo porte e pela complexidade, é a operação de crédito internacional acertada com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Significará um acréscimo de quase 150 mi-lhões de reais em recursos a serem aplicados em obras que beneficia-rão diversas regiões.

O clima de comemorações também permite destacar algumas das razões que levam as pessoas daqui a terem orgulho do lugar em que nasceram ou escolheram para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza da cidade, tão bem cuidadas, por exemplo, pelo programa anti-pichação executado pelas equipes da Secretaria de Defesa do Cida-dão e apresentado aqui nas pági-nas 4 e 5.

Nesta edição, verifica-se ain-da o resultado bastante expressi-vo das ações desenvolvidas pelas secretarias de Saúde e Educação para prevenir e tratar casos de obesidade precoce entre alunos da rede municipal de ensino. O Pro-jeto Alecrim, abordado na página 10, trata dessa questão de saúde pública, com reflexos no compor-tamento das crianças, por meio de orientação aos pais e buscando o envolvimento de toda a família.

No mês do aniversário, a cidade recebeu o aval do BID para um financiamento de quase R$ 150 milhões

ueditorial

Jornal da Cidade

Informativo mensal da Prefeitura de São José dos Campos | Editado pela Secretaria de Governo | Coordenação editorial e imagens: Departamento de Comunicação Social | Jornalista responsável: Andréa Martins | Cartas: Rua José de Alencar 123Vila Santa Luzia | CeP 12209-530 – São José dos Campos - SP | telefone: 55 (12) 3947-8235 |e-mail: [email protected] | www.sjc.sp.gov.br

Você perdeu o celular ou o car-tão de crédito e corre o risco de ter sua conta utilizada por outra pessoa. A primeira providência é fazer o blo-queio na operadora, mas também é preciso registrar a ocorrência po-licial para se resguardar no caso de futuras demandas com a empresa. Esse caminho ficou mais curto: agora você pode fazer o Boletim Eletrônico de Ocorrência, pela internet.

O serviço foi criado pelo Gover-no estadual e está disponível em São José, Segundo o delegado de polí-cia Sidney Dorce, que é membro do Conselho Municipal de Segurança, o sistema torna mais rápido o registro e a pessoa não precisa se deslocar até uma delegacia.

O delegado esclarece que o sis-tema não pode ser estendido a to-dos os casos devido à natureza de

Serviço criado pelo governo estadual para facilitar a vida do cidadão é ampliadoem São José

Também de grande repercus-são junto às famílias é a primeira Gincana Municipal Antidrogas, or-ganizada pela Secretaria de Juven-tude, que mobiliza cerca de 45 mil estudantes das escolas municipais, estaduais e particulares. A reporta-gem da página 9 mostra o quanto é importante combater esse mal dos nossos tempos por meio do diálogo entre pais e filhos, da dis-cussão na escola e na comunida-de, do trabalho de conscientização que, melhor do qualquer outro, os jovens podem difundir.

l Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) – Câmara Municipall Subprefeitura de Eugênio de Melo – Sala de Protocolol Espaço Ponto Com do centro (Praça Cônego Lima)l Prodec Alto da Ponte (Rua Alziro Lebrão)l Espaço Cultural Flávio Craveiro (Rua Lenin 200, Dom Pedro 1º) l Prodec Dom Pedro 1º (Rua Edilson Sabino dos Santos 181)l Prodec Interlagos (Rua Ubirajara Raimundo de Souza 280) l Biblioteca Pública Hélio Pinto Ferreira (Rua Henrique Jorge Guedes 57, Jardim das Indústrias) l Prodec Novo Horizonte (Rua dos Vidraceiros 127)l Prodec São Judas Tadeu (Rua Seis 111)l Shopping Centro – Acessa SP – (Rua Rubião Júnior 84, piso 2, sala 54) l Espaço Cultural Tim Lopes (Av. Ouro Fino 2.520, Bosque dos Eucaliptos)l Poupatempo – Shopping Colinas (Avenida São João 2.200)l Associação Comercial e Industrial – ACI (Rua Francisco Paes 56, 1º andar)l Ordem dos Advogados do Brasil – OAB (Rua João Fonseca 108, Vila Ady-Annal Bases da Polícia Militar

onDe faZeR o B.o. eLetRÔnICo

Precisa fazer um B.O.? Use a internet

algumas ocorrências, cujo registro exige a presença da vítima. Em oito situações, que são as mais comuns, a comunicação pode ser feita de for-ma bastante ágil, pela internet. Basta acessar o endereço eletrônico www.ssp.sp.gov.br/bo e preencher o for-mulário. O serviço é gratuito e facilita a vida da população, além de desa-fogar o atendimento nas delegacias de polícia.

Na cidade, há 16 locais em que o cidadão pode utilizar a internet para fazer o boletim eletrônico. É preciso que o interessado também tenha um endereço de e-mail para receber como resposta uma cópia do boletim assinado pela autoridade policial. Em alguns casos, como furto de veículo ou desaparecimento de pessoas, um policial entrará em con-tato com o autor do boletim para le-vantar outras informações e iniciar a investigação.

A Prefeitura está distribuindo ma-terial de divulgação do Boletim Ele-trônico de Ocorrência, com orienta-ções sobre a utilização do serviço. As publicações foram produzidas pela Secretaria de Defesa do Cidadão em parceria com o Conselho Municipal de Segurança Pública.

www.ssp.sp.gov.br/bo

É o endereço para fazer o boletim de ocorrência via internet

o espaço Ponto Com oferece acesso grátis à rede de computadores

Page 3: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

a cidade é sua

Mais 30 raMpas são construídas na região sul

Mais 30 rampas de acessibilidade foram construídas ao longo da Avenida João Batista de Souza Soares, no Morumbi. Elas ficam próximas das faixas de pedestre e dão autonomia e segurança à população e às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Em mais 150 pontos da cidade, as guias foram rebaixadas.

3 | Jornal da Cidade | julho de 2011

Os produtores interessados em

obter o certificado do Serviço de

Inspeção Municipal podem buscar

orientação inicial com os técnicos

da Secretaria de Desenvolvimento

Econômico, no quarto andar do

Paço Municipal. Para requerer a

inspeção, basta comparecer ao setor

de protocolo da Prefeitura, no andar

térreo do prédio, e preencher um

requerimento.

AnoteO SIM garante que o

produto tem boa origem, foi bem

produzido e pode ser colocado no mercado, e deve ser exigido de todos os produtos de

origem vegetal ouanimal processados por indústrias ou de

forma artesanal.”

João Marcos Rodrigues

Selo de qualidade

3947-8513É o telefone para

obter informaçõessobre o SIM

Elie Madra Dawailibi produz 30 mil espetinhos para churrasco por semana. Em sua fábrica no Jardim Paulista são processados, mensalmente, 10 mil quilos de carne, produto perecível e sujeito a contaminação. A matéria-prima vem de frigoríficos qualificados, a estocagem tem que ser impe-cável e a limpeza absoluta. O tra-balho exige pessoal treinado e, se não for bem realizado, pode cau-sar enormes prejuízos financeiros e colocar em risco a saúde de mi-lhares de consumidores.

O empresário começou no ramo há 22 anos e seus negócios estão em expansão. Em 1993, ele foi o primeiro a requerer na ad-ministração municipal a autoriza-ção para vender seus espetinhos na cidade. Neste ano, novamente ele foi o primeiro a obter o cer-tificado do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), reativado por decisão da Prefeitura.

“Tenho a honra de ter o pri-meiro certificado, e isso me deixa tranquilo com relação à qualida-de do meu produto, mas eu que-ro mais: quero o selo federal para poder vender no país inteiro”, diz Elie. A reativação do SIM, como ele sabe, é o começo do caminho que levará São José dos Campos a se integrar ao Sistema Único de Sanidade Animal, o Suasa, que está em implantação no país e atuará de forma municipalizada.

O SIM é responsável pela cer-tificação de produtos de origem vegetal e animal que passam por algum tipo de manipulação in-dustrial ou artesanal para de ser vendidos ao consumidor final. O certificado permite vender o pro-duto apenas nos limites do muni-cípio. Atende, principalmente, aos produtores que, devido ao porte de seu negócio, não têm meios para obter o SIF, o certificado fe-deral, válido para todo o país.

O SIM é a primeira etapa – relata o médico veterinário João Marcos Rodrigues, responsável

são José reativa o serviço de inspeção Municipal para certificar e autorizar a venda de produtos de origem animal e vegetal no município

realização de exames e avalia-ções técnicas. O trabalho será acompanhado de programas de capacitação e extensão rural para orientar os produtores so-bre o uso de técnicas adequadas e manejo de animais sadios.

A atuação do SIM não se con-funde com a da Vigilância Sanitá-ria, que vistoria o estabelecimen-tos para autorizá-los a funcionar. A inspeção autoriza a venda dos produtos, após análisar as condi-ções do local e da matéria-prima, os equipamentos, armazenagem e processamento do material, além da embalagem e apresen-tação. Quando encontram defi-ciências, os inspetores orientam o produtor para que ele possa adequar-se aos padrões de qua-lidade e sanidade do produto.

elie Madra, o primeiro a obter o siM em são José

Comente esta notí[email protected]

Uma das coisas que mais gosto é passear no

Parque da Cidade, um lugar tranquilo e cheio de belezas

naturais, simplesmente o cartão postal da cidade.

daniela aparecida silva,do Altos de Santana,

há 21 anos em São José.

Gosto tanto daqui que quando viajei para o Japão levei uma foto que tirei do Parque da Cidade

e coloquei na minha janela para lembrar

da minha terra. Júlio Martins luiz, do

Telespark, joseense há 38 anos.

O que mais impressiona é a organização da

cidade. Além de bonita e limpa, tem várias opções

de lazer, shoppings, ótima estrutura, que facilitam a

vida das pessoas e garantem melhor qualidade de vida.

elisângela soares da silva, da Vila Tesouro, há 13 anos aqui.

Gosto da diversidade que São José proporciona.

Eu vi a cidade crescer, presenciei os primeiros

prédios serem construídos. Tenho um carinho muito grande por essa cidade.

Mauro Vicente Monteiro,da Vila Cristina, joseense

há 53 anos.

É muito bom morar em uma cidade limpa.

E São José é muito bonita, tem muitas árvores, plantas e parques por toda parte.

david desidério de Melo, do Satélite, há 15 anos

na cidade.

pelo setor, que está em fase de estruturação e no futuro será credenciado pelo Suasa para cer-tificar produtos para venda em qualquer parte. A tarefa inicial é estruturar a equipe de inspetores e fazer parcerias com laboratórios e com o Instituto de Tecnologia de Alimentos, da Unicamp, para

Page 4: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

Devolução da taxa de limpeza está completaA Prefeitura de São José libera em agosto o primeiro lote da última etapa de devolução da taxa de limpeza pública. Até o final do ano, cerca de 3.400 contribuintes receberão a restituição em parcelas mensais, creditadas por meio do correspondente bancário Pague Bem (Avenida Nelson D’Ávila 226, centro). Essa etapa de pagamentos completa a devolução da taxa de limpeza iniciada no ano passado por meio da compensação no valor do IPTU. No total, as devoluções somaram R$ 5,3 milhões. Tiveram direito à devolução os contribuintes sem débitos com o Município que apresentaram o pedido até 2009 e obtiveram aprovação.

utome nota

nossa cidade

Cidade é pioneira no pagamento decontas pelo celularSão José dos Campos foi escolhida por um grupo de empresas de cartão de crédito, telefonia celular e da rede bancária para ser a primeira cidade do mundo onde é possível pagar contas com cartão de crédito via celular. A cidade foi selecionada por reunir condições ideais para o projeto-piloto. Com mais de 630 mil habitantes, o município tem forte presença tecnológica, é centro universitário e tem população jovem e aberta ao uso de novas tecnologias. A região de São José está em quinto lugar em número de celulares no Brasil – são 135,34 linhas para cada 100 habitantes.

TCE aprova as contas da Prefeitura de 2008As contas da Prefeitura de São José dos Campos referentes ao ano de 2008 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE). Os conselheiros analisaram e deferiram o recurso apresentado pelo Município, com explicações e informações complementares, garantindo que as aplicações em educação foram regulares.

PronTo mais um TrECho DE CiClovia na rEgião lEsTE

Está pronta a ciclovia da Avenida Benedito Friggi, na zona leste. São 620 metros de extensão ligando o bairro Nova Detroit ao Jardim São Vicente, construídos

em concreto vermelho, com plantio de grama nas laterais da pista. Na zona sul, continua a obra da ciclovia de 3.420 metros, do Residencial União ao Dom Pedro 1º.

vale instala fábrica de geradores noParque Tecnológico

A Vale Soluções em Energia (VSE) vai construir sua unidade industrial no entorno do Parque Tecnológico, onde serão produzidos geradores movidos a etanol ou a gás. A empresa concentrará na cidade todas as atividades voltadas para pesquisa, desenvolvimento tecnológico e produção de equipamentos de geração de energia de fontes limpas e renováveis. A VSE vai produzir 700 geradores por ano e, até o final do ano que vem, terá investido R$ 720 milhões. A empresa atua na pesquisa e no desenvolvimento de motores para caminhões movidos a etanol e a gás e equipamentos de geração de energia limpa.

4 | Jornal da Cidade | julho de 2011

nossa cidade

Progeo prepara novos cursos de qualificação para a construção civil O Programa Gerando Oportunidades formalizou uma parceria com o Senai e o Sindicato das Indústrias da Construção Civil para qualificação de trabalhadores. A proposta prevê a abertura de oito turmas para capacitação de pedreiros assentadores e de revestimento, carpinteiros, armadores, encanadores, pintores, eletricistas e mestres de obras. A Prefeitura procura identificar as áreas que mais precisam de profissionais qualificados. Há projetos de cursos de inglês e para a indústria do vestuário.

Equipe da secretaria de Defesa do Cidadão combate a ação de pichadores e pinta paredes, muros e viadutos para manter a limpeza da cidade

Há poucas semanas, jornalistas de uma emissora de televisão queriam fa-zer uma reportagem sobre pichações nos muros, nas pontes, nos viadutos e prédios públicos de São José dos Campos. A equipe percorreu o centro e vários bairros da cidade em busca de exemplos desse tipo de sujeira. Não deu o menor ibope, e o jeito foi mudar o enfoque e mostrar que aqui esse tipo de depredação não prospera.

É que a cidade tem, desde setem-bro de 2001, um programa antipicha-ção, que inclui orientação à população, parceria com os proprietários de imó-veis e uma equipe sempre de plantão para apagar as pichações no prazo mais curto possível. Somente neste ano, as equipes já pintaram 78 mil me-tros quadrados de muros que estavam pichados, em mais de 1.300 imóveis. Em todo o ano de 2010, foram 181 mil metros quadrados.

Como o programa é bem conheci-do, quando algum pichador entra em ação a Prefeitura costuma ser avisada, o que pode ser feito pelo telefone 153. Por meio das câmeras de vigilância do Centro Integrado de Operações (COI) e das rondas da Guarda Civil Municipal pelas ruas da cidade, tem sido possível localizar e até apreender alguns picha-dores em ação. Em 2010, por exemplo, 15 pessoas foram detidas em flagrante, sendo que 8 tinham menos de 18 anos de idade.

O gerente de logística Renato Fer-nandes Rangel conta que, por três vezes, teve pichados os muros de sua empresa no Jardim São Vicente, zona leste da cidade. Em todas as ocasiões, acionou rapidamente a Prefeitura para não correr o risco de perder fregueses. Como foi logo atendido, passou a ser um divulgador do programa, que reco-menda sempre a quem precisa.

O comerciante Nelson Teixeira dos Santos foi uma dessas vítimas. Ele nem precisou gastar com mão de obra para pintar a fachada da empresa dele, em Santana, na zona norte. Ele forneceu a

tinta e a Prefeitura fez o serviço. Agora, com os vizinhos, ele se dispõe a exer-cer vigilância maior para evitar a ação de pichadores. A partir da segunda vez que o mesmo imóvel é pichado, a Prefeitura se responsabiliza também pelo material, mas nesses casos há o inconveniente de o dono da parede não poder escolher a cor da pintura.

A comerciante Ana Lúcia Souza de Mendonça teve os muros e portas de sua mercearia, no Jardim Motorama, pichados duas vezes. Ela foi atendida, mas gostaria de ver os garotos flagra-dos em pichações trabalhando e car-regando latas de tintas para corrigir o malfeito. “A melhor parte seria ver esses jovens limpando muros, porque assim eles podem ser reeducados e aprender a respeitar as leis”. É o que ocorre quando a Justiça determina que o infrator participe desse trabalho.

Caçadores depichações

153Esse é o telefonepara denunciar

casos de pichação

os locais pichados são apagados tão logo a Prefeitura seja avisada

Page 5: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

Conferência de Assistência Social será em agosto na Casa do IdosoSerá no dia 13 de agosto, na Casa do Idoso, a 8ª Conferência Municipal de Assistência Social, organizada pelo Conselho Municipal de Assistência Social, com apoio da Prefeitura. Até lá, serão realizadas quatro pré-conferências regionais. O público-alvo são os usuários da assistência, trabalhadores do setor, entidades sociais e organizações governamentais e não governamentais. Em cada encontro serão eleitos 24 representantes da sociedade e 24 do poder público para a conferência. As propostas aprovadas serão levadas às conferências regional, estadual e nacional.

Expo AEro BrASIl moStrA forçA dAS EmprESAS dA rEgIão

Com um estande de 60 metros quadrados, a Prefeitura participou da Expo Aero Brasil 2011, realizada no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Mais de 40 mil pessoas visitaram a feira, que teve mais de 50 empresas expositoras, shows aéreos e seminários sobre temas de aeronáutica e espaço.

5 | Jornal da Cidade | julho de 2011

Escola cumpre meta e recebe selo da Urbam por prática correta de reciclagemO Colégio Opção recebeu o selo São José Recicla pelo cumprimento dos critérios estabelecidos pelo programa. A distinção é concedida pela Urbam a empresas e organizações que adotam e praticam corretamente a coleta seletiva. Já receberam o selo o banco Santander, o Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo, a agência da Receita Federal, a Johnson&Johnson e o Colégio Juarez Wanderley, do Instituto Embraer. O selo São José Recicla é uma marca que identifica e destaca as organizações com responsabilidade socioambiental no que se refere à reciclagem.

Pichação é crime ambiental

previsto no artigo 65 da Lei

Federal 9.605/1998, complementada

pela Lei Federal 12.408/2011.

Para acionar as equipes do

programa, basta ligar para o

telefone 3901-2427, de segunda

a sexta-feira, das 7h às 16h30.

Anote

380pichadores pegos em

flagrante passaram peloprograma desde 2001

A limpeza de pichações feitas em pedras exige água sob pressão e produtos especiais

Ação exige técnicas e materiais especiais

Além ser crime ambiental, a pichação incomo-da muita gente. Mas algumas são especialmente prejudiciais, como as que são feitas em pedras. Nesses casos, como a superfície é irregular e con-tém pequenos poros, a alternativa para limpar é a aplicação de jatos de água com alta pressão, al-gumas vezes reforçada com produtos especiais.

Sempre que isso acontece, a operação é mais complexa, porque exige que o local seja isolado e protegido para evitar que a água escorra para as galerias e chegue aos córregos e rios. Uma das opções é o emprego de pó de madeira para absorver a água. Depois esse material é retirado com tratores e caminhões. Já nas pontes e via-dutos, a saída foi utilizar uma tinta especial, feita à base de uma resina chamada Induclean, que, além de prática, tem alta resistência à pichação.

Para quem tem muros e paredes pichadas, o prejuízo também é grande. Além dos gastos com material e mão de obra, aqueles garranchos e frases ilegíveis são uma espécie de poluição visu-al que desvaloriza o imóvel e torna feio o aspecto das ruas e praças. Para os empresários é ainda pior, porque uma fachada poluída depõe contra a imagem do lugar, desestimula o consumidor e pode ter impacto negativo nos negócios.

A ação é imediata, mesmo quando a limpeza exige recursos extraordinários. Há poucas sema-nas, por exemplo, um vândalo pichou a parte alta de uma caixa-d’água na zona leste numa posição que somente podia ser alcançada por um espe-cialista em subir e descer rampas pendurado em cordas. Pintar o local foi uma operação de risco e difícil de ser executada em condições adequadas de segurança. Mas o local ficou limpo de novo.

Gostei muito do resultado, porque o muro da minha casa ficou limpo

e arrumado, foi um trabalho rápido e eu fui muito bem atendida.”

Cleusa Lemes de Barros, Vista Verde‘Admiro a rapidez

com que meus muros foram pintados.”

Emerson José Reis Boccardo, comerciante, centro ‘

Page 6: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

matéria de capa

ShowS marcam aniverSário da cidade

As comemorações dos 244 anos de São José dos Campos foram marcadas por três atrações musicais: o Baile da Cidade teve uma festa de gala com o

cantor Lulu Santos; a banda Jota Quest fez o show gratuito no Parque da Cidade e o veterano Agnaldo Rayol cantou para o público da Casa do Idoso.

6 | Jornal da Cidade | julho de 2011

Prefeitura busca no exterior os recursos para bancar projetos que preparam a cidade para mais vinte anos de crescimento

Foram quatro anos de muito tra-balho, muitas reuniões e estudos, aqui e em Brasília. Agora, só falta a assinatura dos contratos, o que acontecerá até o final de agosto em Washington, nos Estados Unidos. A partir daí e pelos próximos cinco anos, o Banco Interamericano de De-senvolvimento (BID) vai liberar para São José dos Campos parcelas de um financiamento da ordem de 85,7 milhões de dólares.

Esse dinheiro vai se somar a ou-tros 92 milhões de dólares que a Prefeitura apresentou como con-trapartida, o que eleva o volume de investimentos desse programa para mais de 178 milhões de dólares - em moeda nacional e a preços de agora – com o dólar a R$ 1,60 –, são 248,8 milhões de reais. Isto significa que, pelos próximos cinco anos, estão ga-rantidos os recursos necessários para executar um programa que vai dotar a cidade da estrutura necessária para continuar se desenvolvendo pelos próximos vinte anos.

A parte da Prefeitura já começou a ser aplicada. São os investimentos em algumas obras realizadas nos úl-timos anos e que serão abatidos da contrapartida oferecida pelo Muni-cípio para obter o empréstimo. É o caso do Viaduto Santa Inês, das in-terligações da Via Norte e Via Oeste,

Comente esta notí[email protected]

da retirada de cerca de 1.500 famílias de áreas de risco e de preservação am-biental, a construção de casas popula-res e dos postos de entrega voluntária de resíduos (PEV). Pelo contrato, essas compensações poderão alcançar 37 milhões de dólares.

Já os recursos provenientes do Banco Interamericano de Desenvol-vimento serão repassados gradual-mente, na medida em que os projetos forem sendo executados. Técnicos e consultores do BID acompanharão os trabalhos e farão avaliações anuais do andamento do programa. Os valores foram definidos em dólares america-nos e serão convertidos em reais pela taxa oficial do dia. O empréstimo co-meçará a ser pago daqui a cinco anos e meio, com juros da ordem de 5% ao ano, em parcelas semestrais, pelo pra-zo de vinte anos.

Até ser aprovado, o financiamen-to passou por diversas etapas. Desde a elaboração dos projetos, o trabalho foi acompanhado e analisado por con-sultores do BID. Os técnicos do banco vieram várias vezes a São José para levantar informações e avaliar a capa-cidade do município para tomar e pa-gar o empréstimo, executar as tarefas previstas e prestar contas de tudo.

A seguir, foi preciso demonstrar ao Governo Federal a saúde finan-ceira do Município e sua capacidade de contrair e pagar dívidas. Com tudo em ordem, coube ao Tesouro Nacio-nal garantir a operação, como exige a legislação que trata de operações de crédito em moeda estrangeira. A

inveSTimenTo

autorização final veio com um projeto de resolução enviado ao Senado Fede-ral, analisado na Comissão de Assuntos Econômicos e aprovado pelos senadores em sessão plenária.

O Programa de Estruturação Urbana tem, basicamente, três linhas de ação. A primeira está orçada em 31,6 milhões de dólares a serem aplicados em me-lhorias urbanas e ambientais. São pro-jetos para melhorar a qualidade de vida da população, com aumento das áreas verdes, desocupação das áreas de risco e de preservação ambiental, regulari-zação de loteamentos clandestinos e a implantação de mais quatro parques urbanos.

No segundo componente, estão re-servados pelo programa 125,7 milhões de dólares para obras destinadas a facili-tar o deslocamento das pessoas de uma região para outra da cidade, evitando o congestionamento de avenidas e au-mentando a segurança no trânsito. Nes-se aspecto, estão previstas obras como a Via Cambuí e a Via Banhado, além da complementação da Via Oeste e interli-gações com a Via Norte.

Também estão previstos estudos para aumentar a eficiência do sis-tema de transporte coletivo e para buscar alternativas de transporte rápido de passageiros. Por fim, 14,8 milhões de dólares serão utilizados para fortalecer a máquina adminis-trativa do município e aperfeiçoar os serviços públicos com o uso de mo-dernas tecnologias de informação e comunicação.

n Desocupação de áreas de risco e de preservação ambiental n Construção de conjuntos habitacionais n Regularização de loteamentos e obras de urbanizaçãon Canalização de córregos e construção de galerias de águas pluviais n Interligação das quatro regiões da cidade por avenidas modernas e segurasn Mais 4 parques urbanos com um total de 919 mil metros quadrados de área verden 21 postos de entrega voluntária e ampliação da reciclagem de resíduos n Via Banhado, com 5,5 km, e sua ligação com a Via Oesten Via Cambuí, com 9 km, interligando as regiões sudeste, sul e centron Centro de Controle de Operações (trânsito)n Plano Diretor de Transporte Urbanon Centro de Processamento de Dadosn Novas bases de dados e de imagens de satélitesn Desburocratização e redução do tempo de conclusão de processos

deSTaQUeS do ProGrama de

eSTrUTUraÇÃo UrBana

São José prepara ofuturo

r$ 248,8 miLhÕeS

É o total a ser investidoem estruturação urbana

nos próximos 5 anos

Page 7: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

Cia. Jovem de dança partiCipa do Festival de Joinville

A Cia. Jovem de Dança, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, foi selecionada para se apresentar no Festival de Joinville, em Santa Catarina, um dos mais importantes do país. Oito bailarinos do grupo desenvolveram quatro coreografias para concorrer em categoria de balé clássico e contemporâneo.

7 | Jornal da Cidade | julho de 2011

o financiamento do Banco interamericano de desenvolvimento seráaplicado em diversos setores

A internet gratuita chegará a 54 mil residências localizadas em 127 bairros distantes do centro da ci-dade. Assim, perto de 250 mil jo-seenses serão inseridos no mundo digital e poderão consultar sites, frequentar as redes sociais, enviar e receber e-mails por computado-res, notebooks ou telefones celula-res. A iniciativa colocará o serviço à disposição da população em regi-ões que as operadoras não costu-mam atender.

Uma empresa será contratada

Inclusão digitalaté o final do ano, a prefeitura vai implantar o serviço que permitirá o acesso gratuito à internet em 54 mil residências

por licitação pública para implantar e operar os sistemas de transmissão e terá que garantir acesso à rede o ano inteiro por pelo menos 95% de todo o tempo. Pela prestação do serviço, a Prefeitura pagará cerca de R$ 600 mil por ano. O sistema estará disponível até o final do ano e será semelhante ao que funciona em parques públi-cos da cidade e vem sendo utilizado por um número crescente de inter-nautas.

Para utilizar a internet gratuita, o cidadão precisará apenas entrar no

site indicado e fazer o cadastro, pre-enchendo um pequeno formulário com informações pessoais, endereço de e-mail e CPF. Não haverá limite de tempo de utilização e a velocidade de transmissão de dados será de pelo menos 265 kbytes – esse desempe-nho é equivalente à velocidade de 2 megabytes oferecida atualmente pe-las principais empresas provedoras de internet na região – boa parte de-las vende pacotes econômicos limi-tados a 500 kbytes ou 1 megabyte.

Os bairros definidos como prio-ritários para receber a internet gra-tuita estão distribuídos por todas as regiões da cidade. Entre eles, Putim, Jardim da Granja, São Judas Tadeu, Jardim Americano, Santa Inês, Cam-pos de São José, Galo Branco, Itapuã, Buquirinha, Altos de Santana, Alto da Ponte, Rio Comprido, Interlagos, Co-lonial, Campo dos Alemães.

r$ 1,5 BilHÃoÉ orçamento de

São José previsto para este ano

n pense nisto

O fator seriedadeConseguir um empréstimo interna-

cional não é coisa para qualquer go-verno, mesmo que o dinheiro seja para obras essenciais. Por isto, somente al-guns estados e capitais têm conseguido levantar recursos no exterior para ban-car seus projetos, mesmo em tempo de preparação para a Copa do Mundo e para a Olimpíada. É mais difícil ainda quando a cidade, como é o caso de São José, não está entre as sedes desses eventos, embora vá se beneficiar deles oferecendo às delegações estrangeiras sua estrutura e sua rede hoteleira.

Empréstimos internacionais pas-sam pela análise criteriosa de diversas equipes técnicas e por diversos órgãos públicos e instituições, que precisam aprovar cada passo da operação. Em nosso caso, os fatores mais importan-tes, ressaltados diversas vezes nos re-latórios do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foram a saúde financeira e a capacidade que a cidade tem para gerenciar projetos e volumes de recursos tão expressivos.

Em outras palavras, reconheceu-se a responsabilidade e a seriedade com que a administração executa os planos e programas que a cidade necessita, com ética e competência. Por conta desses cuidados, não foi muito difícil convencer o BID a emprestar à Prefeitura quase 140 milhões de reais. Afinal, não somos uma cidade rica, mas todas as contas estão em dia, não há dívidas de monta a serem pagas nos próximos anos e a arrecadação do município é suficiente para cobrir as despesas.

Bem que a Prefeitura poderia reali-zar o Plano de Estruturação Urbana com recursos internos, mas isso seria muito mais demorado, haveria sempre o risco de interrupções por conta de mudanças de governo e de prioridade. A operação acertada com o BID, aprovada pelo Se-nado Federal e avalizada pelo Tesouro Nacional, fecha um elenco de projetos que serão desenvolvidos em cinco anos, e só começarão a ser pagos no final desse prazo, em prestações razoáveis e ao longo de duas décadas.

O programa já começou – em um mês, haverá concorrência pública para diversas obras. Será realizado durante todo o mandato do próximo prefeito e começará a ser pago pelo sucessor dele – que terá recursos para isto. Afinal, como resultado desse programa, a ar-recadação municipal vai crescer 50 mi-lhões de reais por ano, serão gerados milhares de empregos, novas empresas e investimentos virão para cá, a admi-nistração pública será aperfeiçoada. É assim que a cidade estáS se preparan-do para mais vinte anos de progresso.

Page 8: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

8 | Jornal da Cidade | julho de 2011

São JoSé ganha 203 medalhaS e é vice noS RegionaiSCom 334 pontos, São José dos Campos é vice-campeã dos Jogos Regionais 2011, realizados em Pindamonhangaba. A cidade foi representada por 43 equipes, que

disputaram 22 modalidades e conquistaram 203 medalhas: 101 de ouro, 60 de prata e 42 de bronze. A delegação foi comporta por cerca de 600 pessoas.nossa cidade

Projeto da Secretaria de Saúde procura mudar os hábitos alimentares de crianças das escolas municipais, além de orientar os pais sobre os riscos da obesidade

De olho na balança

Aos 7 anos, Ananda é uma me-nina saudável, que adora brincar, correr e ouvir histórias, mas convive com uma tentação quase irresistí-vel: não pode ver doces, bolachas, sorvetes ou qualquer outra gulosei-ma. Ela mora no Dom Pedro 1º e, para que seu peso corporal não saia de controle, acaba sendo vigiada o tempo todo pela família. “A gente tem que ficar de olho, porque ela costuma comer escondida”, conta a irmã Jéssica, de 18 anos.

Na escola, se não levar nem comprar secretamente algumas bombas calóricas, ela tem a chance de se alimentar com base em uma dieta balanceada, com refeições ricas em ferro, verduras, legumes, que são importantes para o desen-volvimento nesse período da vida. De acordo com os profissionais que a atendem, Jéssica precisa de acom-panhamento permanente e mudan-ça no comportamento alimentar.

Para ajudar, os pais de Ananda cadastraram a menina no Projeto Alecrim, que é desenvolvido pela Prefeitura com o objetivo de identi-ficar e tratar preventivamente casos de obesidade infantil. O trabalho é feito com grupos de crianças de 2 a 12 anos matriculadas nas escolas da rede municipal e oferece cuidados relacionados à alimentação e à nu-trição, tendo em vista o tratamento de fatores que podem levar ao ex-cesso de peso, provocar elevação da pressão arterial, evoluir para o está-gio maligno e até mórbido, causar diabetes e problemas cardíacos.

O tratamento é feito na unidade bá-sica de saúde ao longo do ano, durante sete meses, e inclui consultas mensais e reuniões com as crianças, os pais ou responsáveis e profissionais da área. Se necessário, a criança pode ser incluída no Projeto Caminhar, que organiza ati-vidades físicas periódicas, como forma de estimular atitudes saudáveis.

Jéssica conta que, depois que sua irmã entrou para o Alecrim, todo mun-do em casa começou a mudar os há-bitos alimentares. “Hoje, fazemos mais refeições durante o dia, diminuímos a quantidade de alimentos que come-mos e procuramos um pouco mais de qualidade”, diz ela. É isto que o Projeto

Para participar do Projeto

Alecrim, basta que os pais ou

responsáveis procurem a unidade

básica de saúde mais próxima,

das 8h às 17h, e façam a inscrição

da criança. São programadas

consultas individuais e reuniões

de orientação das crianças,

sempre com a presença dos pais

ou responsáveis.

Anote

oito dicas para pais e filhos comerem sem culpa

1 A criança não deve passar fome para tentar emagrecer.

2 Diariamente, o ideal é: café da manhã, lanche da manhã, al-moço, lanche da tarde, jantar e um copo de leite antes de dormir.

3 Se possível, capriche no café da manhã, com leite ou iogurte ba-tido, pães ou bolo simples e frutas

no lugar de achocolatados. 4 Evite oferecer alimentos ricos

em gordura e açúcares. 5 Inicie a refeição pelas saladas

e legumes – assim, a criança se sentirá mais satisfeita e reduzirá a ingestão de outros alimentos.

6 É importante respeitar os

horários das refeições.

7 Entre os salgados, escolha os assados, fuja das frituras e das massas folhadas.

8 Para estimular os exercícios físicos, proponha atividades coleti-vas ou prazerosas, como caminha-da, natação, passeio de bicicleta, jogos de queimada, pega-pega.

a nutricionista elizabeth Bismark, que coordena o Programa municipal de nutrição, tem alguns recados para os pais de crianças que enfrentam dificuldades para controlar o próprio peso

Alecrim procura: conscientizar sobre a importância de cada um alimen-tar-se corretamente e incentivar a prática de exercícios físicos.

O ideal, conforme recomenda-ção dos nutricionistas, é cada um alimentar-se de três em três horas, começando com um bom café da manhã, ter frutas disponíveis para a hora do lanche e refeições com legumes variados e carnes magras. Isso significa, quase sempre, fugir dos alimentos gordurosos e ricos em açúcares, encontrar formas cria-tivas de manter-se em atividade e, sobretudo, dar exemplo aos mais próximos.

os estudantes da rede municipal de ensino são

incentivados a ter uma refeição balanceada e nutritiva

Page 9: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

9 | Jornal da Cidade | julho de 2011

Corrida de rua teve 1.800 partiCipantes

Mais de 1.800 atletas participaram da Corrida Pedestre, que faz parte do circuito joseense de corridas de rua e da programação de aniversário da cidade. A competição foi disputada nas categorias masculina e feminina, com percursos de 5 e de 10 quilômetros, além da prova para idosos, com 4 quilômetros.nossa cidade

projeto une pais, alunos e professores em uma gincana escolar destinada a conscientizar e prevenir o uso de álcool e drogas

Pedrina de Fátima Andrade Fer-reira, 50 anos, mora no Jardim Cere-jeiras, na zona leste, tem três filhos e sua grande preocupação é evitar que as drogas entrem na família. Nas últimas semanas, ela encontrou na filha Sabrina, de 14 anos, uma forte aliada nessa luta e com ela vem par-ticipando de todas as atividades da primeira Gincana Municipal Antidro-gas, organizada pela Secretaria de Juventude, que começou em maio e vai até novembro.

O assunto está entre a principais preocupações das famílias. Afinal, adolescentes e jovens vêm experi-mentando bebidas alcoólicas e dro-gas cada vez mais cedo. Em 2001 e 2004, as pesquisas indicavam que o primeiro contato ocorria por volta dos 17 anos. Em 2007, uma pesquisa da Secretaria Nacional Antidrogas mostrou que, na média, o contato passou a ocorrer aos 14 anos, o que vem se confirmando em São José, de acordo com um levantamento realizado no primeiro semestre.

Comente esta notí[email protected]

Desde o começo da gincana, é Sa-brina quem leva o assunto para casa. Quando ela fala das tarefas que tem a cumprir, a mãe dela se sente orgulho-sa e aproveita para alimentar o diálogo em família sobre a questão das dro-gas. “Ela passa mais tempo na escola do que comigo, que bom que também esteja aprendendo a fugir das drogas fazendo campanha sobre isto junto aos colegas”, diz Pedrina, que já con-firmou presença em outras atividades e palestras para a comunidade sobre o mesmo tema.

“Nós sempre procuramos trabalhar o tema em sala de aula, mas poder mobilizar os alunos para falar sobre drogas a dialogar com os pais a res-peito é muito importante, e está dando certo”, garante a professora Marcela Silva Gouvêa Vasconcellos, da Escola Municipal Silvana Maria Ribeiro de Al-meida, onde Sabrina estuda.

“Quando um pai conversa com um filho sobre drogas, nós temos a certeza que a gincana está dando certo”, ressal-ta o professor Acrilson de Carvalho, da Escola Estadual Elmano Ferreira Veloso, no bairro Chácaras Reunidas. Em toda a cidade, são 53 equipes de escolas das redes municipal, estadual e particular.

Jogando contra as drogas

sabrina e a mãe, pedrina, no restaurante da família

Crianças e adolescentes estão exe-cutando tarefas que envolvem jo-gos, teatro, músicas, pesquisas, pro-dução de textos e cartazes, além de trabalhos junto à comunidade, como forma de divulgar a importância da prevenção ao uso de drogas.

No mês de junho, em diferentes regiões da cidade, os estudantes, jun-to com pais e professores, organiza-ram palestras e distribuíram folhetos para quem mora ou trabalha no en-torno das escolas. Uma das equipes, por exemplo, conseguiu que na festa junina da escola fosse adotada uma receita de quentão sem álcool; outra equipe preferiu trocar todas as bebi-das da festa por chocolate quente, contribuindo para o combate ao uso de bebidas alcoólicas.

“A cada prova, descobrimos que podemos dizer não às drogas, e esta gincana só nos mostra o quanto ela devasta a vida dos jovens e tam-bém a dos familiares”, escreveram Jacqueline Sousa Batista, 15 anos, e Laura Beatriz Paiva, de 14, alunas da Escola Estadual Rui Rodrigues Dória, em uma redação que fizeram como tarefa da gincana.

Para o encerramento da gin-cana, no final de novembro, está programado um game-show entre as escolas com a maior pontuação, coordenado pelo apresentador Jai-ro Bouer. Além de contribuir para conscientização, as equipes vence-doras receberão como premiação equipamentos que poderão ser uti-lizados por suas escolas.

premiação1º lugar – tv Led 52 polegadas, home theater e filmadora

2º lugar – Filmadora, notebook e projetor

3º lugar – Mesa de som, câmera digital e filmadora

4º lugar – Mesa de som

5º lugar – aparelho de som

35 MiLÉ o número de alunos

que participam da Gincana Antidrogas

Jovens Joseenses CoM 15 e 17 anos

u 55% consomem bebidas alcoólicas frequentemente

u 14% consomem maconha frequentemente

u 49% dos fumantes (tabaco) já experimentaram maconha

u 14 anos – É a idade média em que começam a beber e fumar

u 15 anos – É a idade média do primeiro contato com a maconha

Fonte: Instituto Analise/2011. Dados preliminares

Page 10: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

nossa cidade

EstudantEs fazEm simulação dE assEmblEia da onu

Um grupo de 25 alunos do nono ano da rede municipal participou em junho de um simulado organizado pelo Colégio Anglo sobre o ambiente diplomático as relações internacionais. Eles abordaram questões de relevância no contexto

mundial e defenderam a posição oficial de sua nação.

10 | Jornal da Cidade | julho de 2011

Bola em

Nos quatro cantos da cidade, em todos os finais de semana, tem sempre alguém jogando e alguém torcendo. É o futebol, paixão de brasileiro, unindo comunidades em torno da bola, com muita diversão e um infalível clima de disputa e de conquistas. São José tem hoje 53 campos, onde mais de 7 mil atletas participam dos campeonatos e tor-neios de times amadores, que rece-bem apoio da Prefeitura.

As Copas Populares de Futebol fo-ram criadas em 1993 para atender os times que não tinham estrutura para participar de competições oficiais da Liga Joseense de Futebol Amador. No início, eram 32, e hoje são 88 as associações que disputam títulos re-gionais nas categorias aspirante, prin-cipal, máster, veteranos e sênior. Mais tarde, foi criada a Copa Joseense de Futebol, que é disputada por nada menos que 124 equipes formadas por meninos de 9 a 17 anos.

A Secretaria de Esportes e Lazer apoia o futebol amador organizan-do competições, construindo insta-lações, como vestiários e cabines de imprensa, e fazendo a manutenção dos campos. Somente no ano pas-sado, foram disputadas 1.734 par-tidas e 6.905 gols foram marcados por atletas divididos em categorias conforme a idade, de 7 a 70 anos.

Participar de campeonatos tam-bém costuma fazer toda a diferença para quem faz do esporte uma pro-fissão. É o caso do ex-goleiro Milton de Jesus Moreira, único joseense en-tre os jogadores que fizeram parte do time do São José campeão em 1987 da segunda divisão do futebol profissional de São Paulo.

Hoje, ele mantém a Moreira Sports, que tem parceria com o São

Campeonatos de futebol amador reúnem milhares de pessoas em todas as regiões da cidade e ajudam a revelar talentos dessa grande paixão nacional

Casimiro, volante do são Paulo, é um dos

talentos revelados nos torneios de amadores

Paulo Futebol Clube. A escolinha funciona na zona sul da cidade, tem equipes disputando os campeona-tos amadores locais em diversas categorias, há vários anos. “Posso garantir que esse apoio da Prefei-tura ao futebol amador é essencial para o desenvolvimento de atletas de nossa cidade”, diz o ex-jogador, com a experiência de quem foi pro-fissional e tem revelado grandes jo-gadores para o futebol brasileiro.

Há poucos anos, por exemplo, havia na escolinha um menino que, embora jogando no meio-campo, se destacava pela habilidade, espí-rito de luta e como goleador. Era Carlos Henrique Casimiro, garoto que nasceu em São José e foi cria-do no bairro Altos de Santana, na zona norte. Aos 9 anos, o menino disputava a Copa Joseense, da qual foi tricampeão e artilheiro nos anos de 2008, 2009 e 2010. Logo, foi pa-rar no São Paulo e chegou à seleção brasileira sub-16.

No ano passado, no Peru, ergueu o troféu de campeão sul-americano pelo Brasil e, aos 18 anos, assinou o primeiro contrato profissional. Casi-miro é o armador, camisa 8, titular absoluto no São Paulo. A estreia foi em julho de 2010 contra o Santos. “Foi inesquecível, mas o jogo mais especial para mim foi contra o Cru-zeiro, no Morumbi, quando mar-quei meu primeiro gol como profis-sional”, diz o atleta.

Casimiro tem uma extensa agenda de viagens e treinamen-tos, mas seu tempo livre, sempre que possível, é guardado para São José dos Campos. “Gosto de ficar em casa com minha família para matar a saudade, e quando entro em campo, além de representar o São Paulo, corro pelos meus pais e meus irmãos”, conta o jogador, que não perde oportunidade para rever os amigos que disputam os campeonatos amadores por aqui e que ainda sonham seguir o mesmo caminho que ele.

jogo

PRatas da Casa QuE sE dEstaCam mundo a foRa

u Sérgio Mota, joga no Ceará

u Patrick, Diego e João Paulo, no Vasco da Gama

u Éverton Santos, no Seognam, da Coréia do Sul

u Fábio Sanches, no América, do Rio Grande do Norte

u Gustavo, no São Caetano

o futEbol amadoR Em 2010

l 7.350 atletas de 7 a 70 anos l 294 equipes de várias categoriasl 1.734 jogos disputadosl 6.905 gols marcadosl 3.910 cartões amarelos aplicadosl 518 cartões vermelhos aplicados

Aspirante / principal 88Veteranos 19 Máster 29 Sênior 12 Menores 124

são francisco XavierCopa de Inverno: 12

Casimiro, volante do são Paulo, é um dos

talentos revelados nos torneios de amadores

nÚmERo dE EQuiPEsPoR CatEGoRia

Page 11: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

nossa cidade

Museu do Folclore terá prograMação especial

O Museu do Folclore terá programação especial para agosto, mês do folclore, com atividades nas áreas de arte e artesanato, ofícios, lúdico, culinária e teatro de mamulengos, com o grupo Boneco Vivo. O museu, que fica na Avenida Olivo Gomes 100, no Parque da Cidade, recebe mensalmente mais de 10 mil estudantes.

636.298é a população de

São José em 2011,segundo a Seade

44.804pessoas viviam emSão José em 1950, conforme o IBGE

12.998era a população daVila de São José,

pelo censo de 1872

2.082 mEtroS

É a altitude do Picodo Selado, o pontomais alto da cidade

1.099 km2

É o tamanho domunicípio de SãoJosé dos Campos

437 quIlômEtroS

É a extensão das estradas municipais

de São José

ufique sabendo

11 | Jornal da Cidade | julho de 2011

um dos maiores festivais de teatro do país começa em 1º de setembro e leva espetáculos também para bairros, ruas e praças

São José está preparando palcos, ruas, pra-ças e outros espaços alternativos para um dos maiores festivais de teatro do país, o Festivale - Festival Nacional de Teatro do Vale do Pa-raíba, que será realizado no período de 1º a 11 de setembro e é organizado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

Neste ano, o festival terá mais de 20 apre-sentações, que serão levadas a várias regiões da cidade. “Com isso, vamos fazer com que o artista fique mais próximo do público, vamos despertar talentos e formar plateias”, garante o diretor cultural da instituição, Claudio Mendel.

É a 26ª edição do Festivale, com progra-mação gratuita de espetáculos e oficinas – pa-gas, somente as apresentações da Cia. Fraus, de São Paulo, que serão no Teatro Municipal e terão ingressos a R$ 30, com meia entrada para estudantes e idosos.

Outro convidado muito especial é o Bu-Zum, um ônibus reformado para abrigar um pequeno teatro de bonecos, que lembra os saltimbancos da Idade Média, que mostravam seus teatrinhos de cidade em cidade. Estão previstas oito apresentações em diferentes bairros para grupos de até 50 pessoas.

O foco do Festivale será o teatro de rua, tendo como atração o Sacra Folia – Frater-nal Companhia de Arte e Malas Artes, de São Paulo. Vem numa enorme carreta com palco, cadeiras para a plateia e uma tenda como co-bertura, e deve apresentar-se na Praça Afonso Pena.

O Festivale também estará em no distrito de São Francisco Xavier. Lá, nos dias 6 e 7 de setembro, o projeto EmCena Brasil - Circuito Paulista estaciona a carreta na Praça Cônego Manzi para oficinas de confecção de bonecos e fantoches, espetáculos infantis e adultos, música instrumental, contação de histórias e sessões de curta-metragens.

Grupos de congada, catira e cantadores do folclore nacional fizeram cerca de 150 apresentações durante a décima edição do Revelando São Paulo – Vale do Paraíba, evento que durou dez dias e foi realizado em julho pelo Governo de São Paulo e Fundação Cultural Cassiano Ricardo. Reunidas no Parque da Cidade, as representações de 90 municípios montaram 60 estandes de artesanato e 40 de culinária típica das cidades paulistas. Ao mesmo tempo, a Feira da Bondade teve 18 barracas com bolinho caipira, bebidas, doces, entre outros artigos cuja venda foi revertida para entidades assistenciais de São José.

reVelaNdo a cultura do poVo paulista

Festivale para todos os públicos

www.fccr.org.br É o site para você saber

das atrações culturais em são José

cena da peça “Nada de Novo”, da cia. Fraus, de são paulo

Page 12: FUTEBOL MOVIMENTA O FIM DE SEMANA EM 53 CAMPOS NOS …servicos2.sjc.sp.gov.br/media/239186/jc-07.pdf · para viver e trabalhar. Uma delas, por certo, é a organização e a lim-peza

12 | Jornal da Cidade | julho de 2011

“Sou completamente apaixonado pela minha cidade.” NILL

Vindos do planeta Zonam, os Ma-zons desceram à Terra e criaram uma cidade em cavernas escondidas na Floresta Amazônica. Como podem se teletransportar, correm o país conhecendo cidades e mostrando às pessoas a importância de cuidar bem dos recursos naturais, preservar o ambiente e aproveitar bem a vida.

Numa dessas aventuras, chega-ram a São José e, como por milagre, atravessaram uma enorme parede construída pelos padres para escon-der uma passagem secreta nos fun-dos da Igreja de São Benedito. Era ali a porta de entrada para os túneis que cortam os subterrâneos da cida-de, saem no Banhado e na beira do Paraíba, levam à serra do Guirra e a São Francisco Xavier, criam caminhos fantásticos para longas viagens ao centro da Terra.

Na verdade, os Mazons nasce-ram da imaginação do desenhista e artista plástico Laudenir Silva, o Nill, que os utiliza para contar histórias, revelar curiosidades e estimular nas crianças a vontade de pesquisar e de conhecer mais. Não se prestam a levantar bandeiras políticas, mas são personagens criados para contribuir com a educação ambiental.

Outro personagem, o Gato Legal, também virou revista vendida em bancas do país inteiro e é protago-nista da “Aventura em SJK”: conta o surgimento da Aldeia do Rio Com-prido, no ano de 1590, perto da di-visa com Jacareí; passa pelo povoa-do erguido pelos jesuítas na região onde fica a Igreja Matriz, e chega à cidade atual, celeiro de ciência, de tecnologia.

O artista tem razões para enal-tecer a terra natal, afinal a família dele está aqui há quase dois séculos. “Meus bisavós paternos viviam numa fazenda de 200 alqueires na região do Roncador, do Rio do Peixe, saíram de lá em busca de trabalho e se esta-beleceram em Santana”. A família da mãe dele era do Cajuru, e Nill nasceu na Avenida Rui Barbosa.

gente daqui

Laudenir Silva, o Nill, se dedica a criar personagens que contam a história de sua terra e mostram às crianças a importância de viver em harmonia com a natureza

importante de vida em família”, diz ele. Por sinal, um de seus tios, José Antonio de Morais, é nome de rua no bairro Santana.

Na juventude, participava do quinteto Sputnik, que cantava rock no programa de auditório apresen-tado por Ubirajara Brasil na Rádio Clube. Fez teatro, levado pelo tio Geraldo, e foi aluno do Conserva-tório de Música Carlos Gomes por um ano, onde conheceu o maestro Edson Porto, regente da Orquestra Filarmônica de São José, que costu-mava se apresentar na TV Tupi, em São Paulo.

Nill aprendeu os primeiros traços com o tio João, que trabalhava na Cerâmica Weiss pintando peças para exportação. Assistiu algumas aulas do artista holandês Johann Gütlich, da Academia de Belas Artes do Vale do Paraíba (falecido em 2000), mas foi na prática que se tornou dese-nhista e ilustrador. Começou pin-tando cartazes para supermercados, fez cursos técnicos e, desde 1976, vive do trabalho de criar, desenhar, pintar, produzir publicidade. “Foi a curiosidade que me fez evoluir”, de-clara.

Mais tarde, produziu para o an-tigo jornal Valeparaibano o suple-mento semanal “Vale das Crianças”, que usava histórias em quadrinhos, diversões e jogos infantis para passar conceitos e conhecimentos, além de contar fatos da cidade e da região. Desenhou e criou modelos de calça-dos infantis, expôs seus quadros em galerias de diversos estados, e até vendeu para estrangeiros.

Seus personagens viajaram pela cultura do Vale do Paraíba, conta-ram a história do Inpe e se envol-veram em inúmeras aventuras. Os Mazons, por exemplo, chegaram às bancas não apenas em revistas, mas também na forma de bonecos, em bonés, camisetas e até músicas compostas pelo amigo Romeu Le-piani. A Cerâmica Weiss chegou a produzir uma série especial dos bo-necos para distribuir como brinde a visitantes ilustres.

Certa vez, o Gato Legal e os Ma-zons se juntaram ao Dumonzinho – o Alberto Santos Dumont ainda menino – para apresentar os “incrí-veis brasileiros voadores” às crianças e viajar com elas pelo mundo da lua, pelos planetas. Depois, o grupo voou a bordo do 14 Bis, conheceu o Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), o Inpe, o DCTA, a Embraer, os parques da cidade. Agora, Nill está empenhado em criar para eles novas aventuras e trazê-los de volta ao coração das crianças.

Comente esta notí[email protected]

Nasceu no bairro SantanaFilho de Miguel Cardoso Silva e Francisca de MoraisCasado com Neusa MariaPai de Priscila, Patrícia e PetersonDesenhista, artista , publicitárioSonha criar novashistórias e relançar seus personagens

uperfil

A vida contada

quadrinhosem

Nill, em Santana,na praça do bairro em que nasceu

Até hoje, guarda muita sauda-de dos bailes do Santaninha e dos tempos em que avós, filhos e ne-tos moravam na mesma casa, ou eram vizinhos em pequenas vilas. “Isso nos dava uma noção muito