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CONCURSO PÚBLICO FUNDAÇÃO RENASCER DATA: 14/09/2008 DOMINGO – MANHÃ CARGO: S01 – Assistente Social A T E N Ç Ã O O Caderno de Questão contém 40 questões de múltipla-escolha, cada uma com 5 opções (A, B, C, D e E). 1. Ao receber o material, verifique no Cartão de Respostas seu nome, número de inscrição, data de nascimento e cargo. Qualquer irregularidade comunique imediatamente ao fiscal de sala. Não serão aceitas reclamações posteriores. 2. A prova objetiva terá duração de 3 horas, incluídos neste tempo o preenchimento do Cartão de Respostas (8.10). 3. Leia atentamente cada questão e assinale no Cartão de Respostas a opção que responde corretamente a cada uma delas. O Cartão de Respos tas será o único documento válido para a correção eletrônica. O preenchimento do Cartão de Respostas e a respectiva assinatura serão de inteira responsabilidade do candidato. Não haverá substituição do Cartão de Respostas, por erro do candidato. 4. Observe as seguintes recomendações relativas ao Cartão de Respostas: - A maneira correta de marcação das respostas é cobrir, fortemente, com esferográfica de tinta azul ou preta, o espaço correspondente à letra a ser assinalada. - Outras formas de marcação diferentes implicarão a rejeição do Cartão de Respostas. - Será atribuída nota zero às questões não assinaladas ou com falta de nitidez, ou com marcação de mais de uma opção, e as emendadas ou rasuradas. 5. O fiscal de sala não está autorizado a alterar qualquer destas instruções. Em caso de dúvida, solicite a presença do coordenador local. 6. Você só poderá retirar-se definitivamente do recinto de realização da prova após 60 minutos contados do seu efetivo início, sem levar o Caderno de Questões (8.10.2). 7. Você só poderá levar o próprio Caderno de Questões faltando uma hora para o término do horário da prova, conforme Edital do Concurso (8.16). 8. Por motivo de segurança, só é permitido fazer anotações durante a prova no Caderno de Questões (8.16.1 e 8.16.2). 9. Após identificado e instalado na sala, você não poderá consultar qualquer material, enquanto aguarda o horário de início da prova. 10. Os três últimos candidatos deverão permanecer na sala até que o último candidato entregue o Cartão de Respostas(8.14). 11. Ao terminar a prova, é de sua responsabilidade entregar ao fiscal o Cartão de Respostas. Não esqueça seus pertences (8.17). 12. O Gabarito Oficial da Prova Objetiva será disponibilizado no site www.concursoscoseac.proac.uff.br , no dia 15/09/2008, conforme estabelecido no Cronograma Previsto. BOA PROVA Caderno de Questões Realização: Universidade Federal Fluminense

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CONCURSO PÚBLICO

FUNDAÇÃO RENASCER DATA: 14/09/2008 DOMINGO – MANHÃ CARGO: S01 – Assistente Social

A T E N Ç Ã O

O Caderno de Questão contém 40 questões de múltipla-escolha, cada uma com 5 opções (A, B, C, D e E).

1. Ao receber o material, verifique no Cartão de Respostas seu nome, número de inscrição, data de nascimento

e cargo. Qualquer irregularidade comunique imediatamente ao fiscal de sala. Não serão aceitas reclamações

posteriores.

2. A prova objetiva terá duração de 3 horas, incluídos neste tempo o preenchimento do Cartão de Respostas

(8.10).

3. Leia atentamente cada questão e assinale no Cartão de Respostas a opção que responde corretamente a

cada uma delas. O Cartão de Respos tas será o único documento válido para a correção eletrônica. O

preenchimento do Cartão de Respostas e a respectiva assinatura serão de inteira responsabilidade do candidato.

Não haverá substituição do Cartão de Respostas, por erro do candidato.

4. Observe as seguintes recomendações relativas ao Cartão de Respostas:

- A maneira correta de marcação das respostas é cobrir, fortemente, com esferográfica de tinta azul ou preta, o

espaço correspondente à letra a ser assinalada.

- Outras formas de marcação diferentes implicarão a rejeição do Cartão de Respostas.

- Será atribuída nota zero às questões não assinaladas ou com falta de nitidez, ou com marcação de mais de

uma opção, e as emendadas ou rasuradas.

5. O fiscal de sala não está autorizado a alterar qualquer destas instruções. Em caso de dúvida, solicite a

presença do coordenador local.

6. Você só poderá retirar-se definitivamente do recinto de realização da prova após 60 minutos contados do

seu efetivo início, sem levar o Caderno de Questões (8.10.2).

7. Você só poderá levar o próprio Caderno de Questões faltando uma hora para o término do horário da prova,

conforme Edital do Concurso (8.16).

8. Por motivo de segurança, só é permitido fazer anotações durante a prova no Caderno de Questões (8.16.1 e

8.16.2).

9. Após identificado e instalado na sala, você não poderá consultar qualquer material, enquanto aguarda o

horário de início da prova.

10. Os três últimos candidatos deverão permanecer na sala até que o último candidato entregue o Cartão de

Respostas(8.14).

11. Ao terminar a prova, é de sua responsabilidade entregar ao fiscal o Cartão de Respostas. Não esqueça seus

pertences (8.17).

12. O Gabarito Oficial da Prova Objetiva será disponibilizado no site www.concursoscoseac.proac.uff.br, no dia

15/09/2008, conforme estabelecido no Cronograma Previsto.

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Realização:

Universidade Federal

Fluminense

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Parte I: Língua Portuguesa

Após a leitura do texto, responda às questões que se seguem:

A concepção cosmocêntrica dos antigos gregos fazia do homem um pequeno microcosmos, submetido ao destino implacável do macrocosmos e da boa vontade dos deuses. Como estes nasciam, mas não morriam, os seres humanos ansiavam por essa qualidade divina de nunca morrer. Dizem os mitos que alguns deles conseguiram. Apolo, por exemplo, filho de uma mortal com Zeus (o deus maior dos gregos), para se tornar imortal, teria que tomar o leite de uma deusa. Zeus aproveitou que sua esposa, Hera, dormia e colocou Apolo para mamar em seu seio. Enquanto ele mamava, a deusa acordou e, com raiva, lançou a criança no espaço. Mas ele já tinha se tornado imortal, restando até hoje, no alto do céu, um caminho leitoso, a Via-Láctea, como testemunho deste acontecimento cósmico. Natureza e cultura estavam solidamente integradas. Já na Idade Média subsistiu uma concepção mais teocêntrica, onde era preciso morrer para adquirir a imortalidade junto a Deus. A natureza era vista como um vale de lágrimas e através desse mundo não haveria nunca salvação. A partir do século XVI, com o advento da Modernidade, o homem começa a confiar, por demais, em seus poderes e, por meio da técnica e da ciência, começa a dominar a natureza e a buscar, por todos os meios, prolongar a longevidade humana. É o início de uma concepção mais antropocêntrica. A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, o uso das máquinas no processo de produção ampliou acentuadamente o poder que o ser humano tinha sobre a natureza. Ela estava ao nosso dispor, como se um destino manifesto aparecesse em cada invenção humana. Natureza e cultura estavam ainda mais separadas. O mundo era um meio e o homem um fim em si mesmo. Felizmente, o paradigma natureza em oposição a cultura chega vivo nesse início de século, mas apresentando rachaduras irreversíveis. Hoje já é possível pensar natureza e cultura como um todo interligado por inúmeras redes interativas. E. Morin dizia, com razão, que somos culturais por natureza e naturais por cultura. A cidade, por exemplo, é natureza, natureza transformada, mas ainda ela mesma. A cultura ecológica tem um desafio imenso nesse sentido: diluir o pavor fóbico que temos pela nossa semelhança quase que completa com todos os animais. A própria ciência já admite que outras espécies também criam culturas próprias. Ainda bem que já começa a surgir no horizonte civilizatório um novo modelo, ainda embrionário, de relação homem e natureza que irá privilegiar uma convivência mais harmoniosa com o mundo natural. Esse paradigma, logicamente ecocêntrico, poderia ser a base da criação de um novo espaço cultural onde o desejo de viver em concordância com o meio ambiente fosse a condição para vivermos mais pacificamente com tudo o que é vivo. Recuperaríamos, quem sabe, aquela virtude que Aristóteles tão bem chamava de mediania, isto é, a sabedoria do meio termo, do caminho do meio, que esse eremita de Estagira tão bem soube proclamar. [...]

TRANCOSO, Alfeu. JB Ecológico: fev. de 2008. p. 66.

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01 A exposição de idéias desenvolvida ao longo do texto está orientada no sentido de persuadir o leitor de que: (A) é inaceitável que o homem, único ser

criador de cultura, se mostre radicalmente avesso à sabedoria do meio termo, da mediania, que consiste em ligar natureza e cultura por inúmeras redes interativas.

(B) é necessário um concerto maior entre o ser humano e a natureza, condição para a emergência de um padrão cultural de convívio mais pacífico do homem com todas as demais formas de vida.

(C) é irreversível o processo de destruição da natureza que vem ocorrendo a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, visto como, desde então, o homem passou a ver-se como um fim em si mesmo.

(D) está ainda bem distante o tempo em que o homem acolherá o modelo ecocêntrico, ou seja, aquele que o colocará em seu devido lugar, como ser de natureza que é, muito mais do que ser cultural.

(E) está na Modernidade a solução para um acordo de paz entre o ser humano e a natureza, pois só por meio da ciência e da técnica poderá o homem prolongar sua longevidade e superar a própria morte.

02 Em sua exposição, o autor recorre a todas as estratégias argumentativas abaixo, com exceção da seguinte: (A) recurso à palavra de autoridade no

assunto focalizado (B) narração de fatos que documentam uma

relação marcada historicamente pelo conflito

(C) exemplificação concretizadora de noção abstrata anteriormente expressa

(D) uso da primeira pessoa do plural como procedimento para envolver o leitor

(E) apelo à ironia

03 A substituição da palavra em destaque por uma ou ambas as palavras propostas altera o sentido fundamental do enunciado em: (A) na Idade Média subsistiu uma concepção

mais teocêntrica (linha 10) / vigorou, vigeu (B) com o advento da Modernidade (linha 12)

/ desenvolvimento, progresso (C) início de uma concepção mais

antropocêntrica (linhas 14-15) / visão, perspectiva

(D) diluir o pavor fóbico que temos (linha 25) / atenuar, mitigar

(E) um novo modelo, ainda embrionário (linhas 28-29) / incipiente, rudimentar

04 Em todos os períodos abaixo há um termo destinado a explicar ou esclarecer palavra ou expressão usada anteriormente, exceto em: (A) Apolo, por exemplo, filho de uma mortal

com Zeus (o deus maior dos gregos), para se tornar imortal, teria que tomar o leite de uma deusa.

(B) Mas ele já tinha se tornado imortal, restando até hoje, no alto do céu, um caminho leitoso, a Via-Láctea, como testemunho deste acontecimento cósmico.

(C) A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, o uso das máquinas no processo de produção ampliou acentuadamente o poder que o ser humano tinha sobre a natureza.

(D) A cultura ecológica tem um desafio imenso nesse sentido: diluir o pavor fóbico que temos pela nossa semelhança quase que completa com todos os animais.

(E) Recuperaríamos, quem sabe, aquela virtude que Aristóteles tão bem chamava de mediania, isto é, a sabedoria do meio termo, do caminho do meio, que esse eremita de Estagira tão bem soube proclamar.

05 A passagem em que o autor deixa entrever sentimento ou atitude pessoais em relação ao conteúdo de seu enunciado é: (A) A concepção cosmocêntrica dos antigos

gregos fazia do homem um pequeno microcosmos (linha 1)

(B) Zeus aproveitou que sua esposa, Hera, dormia e colocou Apolo para mamar em seu seio (linha 6)

(C) Enquanto ele mamava, a deusa acordou e, com raiva, lançou a criança no espaço (linha 7)

(D) A própria ciência já admite que outras espécies também criam culturas próprias (linhas 26-27)

(E) Ainda bem que já começa a surgir no horizonte civilizatório um novo modelo, ainda embrionário, de relação homem e natureza (linhas 28-29)

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06 Em: ”Já na Idade Média subsistiu uma concepção mais teocêntrica, onde era preciso morrer para adquirir a imortalidade junto a Deus” (linhas 10-11), “onde” pode, na língua culta, ser substituído, sem alteração do sentido fundamental do enunciado, por: (A) segundo a qual (B) em proveito da qual (C) perante a qual (D) sob a qual (E) em detrimento da qual 07 Altera-se essencialmente o sentido de: “A cidade, por exemplo, é natureza, natureza transformada, mas ainda ela mesma” (linhas 24-25), com a substituição da conjunção “mas” por: (A) conseqüentemente (B) contudo (C) embora (D) não obstante (E) se bem que 08 Preserva-se o sentido fundamental de: “Recuperaríamos, quem sabe, aquela virtude que Aristóteles tão bem chamava de mediania, isto é, a sabedoria do meio termo, do caminho do meio, que esse eremita de Estagira tão bem soube proclamar” (linhas 33-35) com a substituição de “isto é” por: (A) por conseguinte (B) vale dizer (C) em princípio (D) sem dúvida (E) aliás

09 O pronome em destaque que NÃO se refere à passagem do texto indicada encontra-se em: (A) alguns deles conseguiram (linha 4) / os

seres humanos (B) para se tornar imortal (linha 5) / Apolo,

filho de uma mortal com Zeus (o deus maior dos gregos)

(C) para mamar em seu seio (linha 6) / sua esposa, Hera

(D) chega vivo nesse início de século (linha 20) / o século XVIII

(E) que Aristóteles tão bem chamava de mediania (linha 33) / aquela virtude

10 Altera-se o sentido do enunciado com a mudança de posição das palavras proposta em: (A) Dizem os mitos que alguns deles

conseguiram (linha 4) / Os mitos dizem que alguns deles conseguiram

(B) Natureza e cultura estavam solidamente integradas (linha 9) / Solidamente integradas estavam natureza e cultura

(C) É o início de uma concepção mais antropocêntrica (linhas 14-15) / É o início de mais uma concepção antropocêntrica

(D) A cultura ecológica tem um desafio imenso nesse sentido (linhas 24-25) / A cultura ecológica tem nesse sentido um desafio imenso

(E) A própria ciência já admite que outras espécies também criam culturas próprias (linhas 26-27) / A própria ciência já admite que espécies outras também criam culturas próprias.

11 Altera sensivelmente o sentido de: “E. Morin dizia, com razão, que somos culturais por natureza e naturais por cultura” (linha 23) a seguinte hipótese de redação da oração subordinada: (A) que somos tanto culturais por natureza

como naturais por cultura (B) que somos não só culturais por natureza,

mas naturais por cultura (C) que somos, além de culturais por

natureza, naturais por cultura (D) que somos naturais por cultura, tanto

quanto culturais por natureza. (E) que somos, não naturais por cultura, mas

culturais por natureza.

12 A concordância nominal que contraria a norma preconizada por nossas gramáticas encontra-se em: (A) modelos e comportamento ainda

embrionário (B) qualidade e poder divino (C) elos e redes interativas (D) ideais e concepção mais antropocêntricas (E) cultura e desenvolvimento ecológicos

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13 O verbo sublinhado em “os seres humanos ansiavam por essa qualidade divina” (linha 3) encontra-se flexionado corretamente em todas as alternativas abaixo, com exceção de:

(A) Hoje todos ansiamos por um emprego público.

(B) Ansiávamos por atingir rapidamente aquele objetivo.

(C) Por mais que ansiasse pelo cargo, acabou desistindo.

(D) Não é verdade que eu não ansie por passar no concurso.

(E) Durante anos a fio ansiei por isso. 14 O pronome átono proposto para substituir o termo em destaque é inaceitável, segundo nossas gramáticas, em:

(A) Zeus aproveitou que sua esposa, Hera, dormia e colocou Apolo para mamar em seu seio (linha 6) / mamar-lhe no seio

(B) Enquanto ele mamava, a deusa acordou e, com raiva, lançou a criança no espaço (linha 7) / lançou-a no espaço

(C) A cultura ecológica tem um desafio imenso nesse sentido: diluir o pavor fóbico que temos pela nossa semelhança quase que completa com todos os animais (linhas 24-26) / diluir-lhe

(D) A própria ciência já admite que outras espécies também criam culturas próprias (linhas 26-27) / já o admite

(E) Recuperaríamos, quem sabe, aquela virtude que Aristóteles tão bem chamava de mediania (linha 33) / Recuperá-la-íamos

15 Tendo em vista as normas em vigor, é inaceitável a proposta de mudança de pontuação indicada na seguinte alternativa:

(A) A concepção cosmocêntrica dos antigos gregos fazia do homem um pequeno microcosmos (linha 1) / uso de vírgula entre “os antigos gregos” e “fazia”

(B) Apolo, por exemplo, filho de uma mortal com Zeus (o deus maior dos gregos), para

se tornar imortal, teria que tomar o leite de uma deusa (linhas 4-5) / substituição dos parênteses por travessões

(C) Natureza e cultura estavam ainda mais separadas. O mundo era um meio e o homem um fim em si mesmo (linhas 18-19) / substituição do ponto por dois pontos (seguido de minúscula)

(D) O mundo era um meio e o homem um fim em si mesmo (linha 19) / uso de vírgula entre “o homem” e “um fim em si mesmo”

(E) E. Morin dizia, com razão, que somos culturais por natureza e naturais por cultura (linha 20) / supressão das vírgulas

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Parte II: Conhecimento Comum 16 Na visão de Luckesi, a classificação das tendências pedagógicas em relação às finalidades sociais da escola contribui como um instrumento de análise para o professor avaliar a sua prática em sala de aula. Neste sentido, dentre as manifestações da chamada pedagogia liberal, há uma que é FALSA. Indique-a.

(A) A tendência tecnicista, que prioriza a difusão de conteúdos, mas não conteúdos abstratos, porém, concretos, indissociáveis das realidades sociais.

(B) A pedagogia tradicional, na medida em que percebe que o compromisso da escola é com a cultura e depende do esforço individual dos alunos.

(C) A tendência renovada não-diretiva, que procura estabelecer na sala de aula um clima favorável a uma mudança dentro do indivíduo, isto é, a uma adequação pessoal às solicitações do ambiente.

(D) O pensamento de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais.

(E) A tendência liberal renovada, pois considera que a educação deve partir dos processos internos do indivíduo para sua adaptação ao meio.

17 Jean Piaget é um dos mais importantes autores que defendem a visão interacionista de desenvolvimento. Segundo a sua teoria, assinale a alternativa FALSA.

(A) O desenvolvimento passa por quatro etapas distintas: a sensoriomotora, a pré-operatória, a operatório-concreta e a operatório-formal. Os esquemas sensoriomotores são construídos a partir de reflexos inatos e estes esquemas vão-se modificando com a experiência.

(B) Todo organismo vivo procura manter um estado de equilíbrio denominado de assimilação e de acomodação. Esses dois mecanismos não podem ocorrer ao mesmo tempo.

(C) Uma característica interessante da etapa pré-operatória é a transdedutividade, a qual justifica a dificuldade das crianças de dois a sete anos para elaborar leis, princípios e normas gerais a partir de sua experiência cotidiana, assim como para julgar, apreciar ou entender a sua vida cotidiana a partir de princípios gerais.

(D) A criança se torna menos egocêntrica e deixa de atribuir sentimentos e intenções próprios do ser humano às coisas e animais por volta dos sete anos de idade,

quando se inicia a etapa operatório-concreta.

(E) A libertação do pensamento das amarras do mundo concreto, próprio do período operatório-formal, possibilitará ao adolescente pensar e trabalhar não só com a realidade concreta, mas também com a realidade possível.

18 De acordo com a abordagem de Vygotsky e de seus seguidores, indique a resposta FALSA. (A) Os fatores biológicos preponderam sobre

os sociais apenas no início da vida das crianças, sendo fundamentais as formas pelas quais a cultura e as interações humanas afetam o pensamento e o raciocínio.

(B) As funções mentais superiores – como a capacidade de solucionar problemas, o armazenamento e o uso adequado à memória, à formação de novos conceitos, ao desenvolvimento da vontade – aparecem, inicialmente, no plano social.

(C) As diferenças encontradas nos ambientes sociais das crianças promovem aprendizagens e processos de desenvolvimento também diversos.

(D) A importância do ambiente social no desenvolvimento e aprendizagem da criança é fundamental, caracterizando-os como teóricos da concepção ambientalista.

(E) Pensamento e linguagem são processos interdependentes desde a fase inicial da vida. A aquisição da linguagem pela criança modifica suas funções mentais superiores.

19 Do pós-guerra até o início dos anos 60, o paradigma do consenso se tornou predominante nos estudos sociológicos da educação. Este paradigma 1 percebe a sociedade como um conjunto de

pessoas e grupos unidos por valores comuns, que geram um consenso espontâneo;

2 é representado, sobretudo, pelo funcionalismo, em Sociologia, e pela teoria do capital humano, em Economia;

3 defende que na instituição escolar ocorre um processo de instauração de um consenso imposto;

4 compara a sociedade ao funcionamento de um organismo, no qual os órgãos e os membros são interdependentes.

5 enfatiza que a principal função da educação estaria relacionada ao estabelecimento e manutenção da dominação social.

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Marque as alternativas CORRETAS : (A) 1, 2 e 4 (B) 1, 3 e 4 (C) 1, 4 e 5 (D) 2, 3 e 4 (E) 3, 4 e 5 20 A partir dos anos 60 e 70, o paradigma do conflito passou a disputar o campo da sociologia da educação com o paradigma do consenso. Em relação ao paradigma do conflito, pode-se dizer que: 1 a educação deveria estar preocupada com o

aumento da produtividade e contribuir para o conhecimento técnico exigido pelo acelerado crescimento econômico da sociedade;

2 enfatiza os processos dissociativos da sociedade, mas percebe que os problemas podem ser resolvidos através de processos integradores;

3 uma das fontes clássicas do paradigma do conflito é o pensamento de Marx, embora esse autor tenha dedicado pouco espaço ao campo educativo em sua obra;

4 contribuiu para contestar uma visão freqüentemente ingênua e otimista sobre o poder transformador da educação presente nos autores da Escola Nova;

5 a escola é vista como uma instituição que impõe certos valores e padrões culturais ao alunado.

Assinale as respostas CORRETAS: (A) 1, 2 e 5 (B) 1, 3 e 4 (C) 2, 3 e 4 (D) 2, 4 e 5 (E) 3, 4 e 5

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Parte III: Conhecimento Específico 21 Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil em vigor, a ordem social tem como base o (a):

(A) aplicabilidade da seguridade social nas três esferas de governo;

(B) atendimento universal das necessidades humanas e sociais;

(C) primado do trabalho e, como objetivo, o bem-estar e a justiça sociais;

(D) atendimento à criança, ao adolescente e à velhice;

(E) equidade na forma de participação e custeio.

22 Segundo a análise de Mioto (1997), a família brasileira dos anos 90 tem uma configuração marcada por algumas características populacionais. Dentre estas características, destaca-se:

(A) a concentração da vida reprodutiva das mulheres nas idades mais maduras (até vinte e cinco anos);

(B) a diminuição da co-habitação e da união consensual entre mulheres de mais de trinta anos;

(C) o predomínio das famílias poli-nucleares, composta por pais, filhos e agregados;

(D) o aumento da concepção em idade precoce, o que implica o aumento da gravidez entre adolescentes;

(E) a diminuição das famílias recompostas, decorrente das uniões estáveis.

23 Segundo o Código de Ética Profissional do Assistente Social em vigor, o profissional possui alguns deveres nas relações com os usuários. Dentre estes deveres, destaca-se:

(A) contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária nas decisões institucionais;

(B) exercer a autoridade profissional de maneira a limitar ou cercear o direito dos usuários às informações institucionais;

(C) dispor de condições de trabalho condignas, que contribuam na melhoria do atendimento instituc ional;

(D) contribuir para a criação de mecanismos que venham a burocratizar a relação com os usuários, no sentido de melhorar o atendimento;

(E) contribuir para a consolidação da democracia institucional como forma de agilizar o atendimento.

24 Segundo o Estatuto do Idoso – Lei no 10.741/2003 – o direito à liberdade

compreende alguns aspectos fundamentais. Dentre estes aspectos, podemos destacar:

(A) acesso à educação em todas as fases da terceira idade;

(B) prática de livre-arbítrio nas decisões comunitárias;

(C) inviolabilidade do domicílio; (D) acesso aos serviços de saúde públicos e

privados; (E) participação na vida familiar e comunitária. 25 Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n°8.069/90 – em relação ao direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer, é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

(A) atendimento no ensino médio, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

(B) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;

(C) atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;

(D) atendimento educacional profissionali-zante às crianças e adolescentes em áreas de periferia;

(E) respeito aos valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente pobre, garantindo-se a estes a liberdade de expressão.

26 Segundo o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, a legislação brasileira vigente reconhece e preconiza a família enquanto: (A) uma estrutura vital, essencial à

humanização e à socialização da criança e do adolescente, espaço ideal e privilegiado para o desenvolvimento integral dos indivíduos;

(B) um sistema de proteção social individual e comunitário para a preservação dos valores culturais e humanitários da convivência humana;

(C) um espaço de fortalecimento dos vínculos parentais e de ajuda mútua frente às necessidades e transformações do mundo globalizado;

(D) um núcleo em transformação frente ao modelo de desenvolvimento adotado pelo Estado brasileiro e o Estado de Bem-Estar Social;

(E) um espaço universal de aprendizado e transmissão de conhecimentos sociais e comunitários de auto-ajuda.

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27 Segundo a análise de Iamamoto e Carvalho (2001), o Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo (CEAS), é considerado como:

(A) a forma de aprofundar os estudos sobre a pobreza no Brasil;

(B) a forma de prestar caridade através das entidades privadas;

(C) a promoção do ser humano através da doutrina social da Igreja;

(D) a manifestação original do Serviço Social no Brasil;

(E) o campo de observação para a prática dos assistentes sociais na área da assistência.

28 Segundo a análise de Torres (1983), existem muitos objetivos e aplicações para a dinâmica de grupo. Dentre estes objetivos, destaca-se:

(A) compreender a realidade numa perspectiva de totalidade;

(B) ensinar novos comportamentos societários; (C) facilitar a compreensão de fenômenos sociais; (D) possibilitar a facilitação das relaç ões entre

os membros da família; (E) diagnosticar problemas de convivência

societária. 29 De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei n°9.394/96 – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizam, em sistema de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. Dentre as responsabilidades da União, destaca-se: (A) assegurar o ensino fundamental e

oferecer, com prioridade, o ensino médio; (B) elaborar um cadastro nacional de

estudantes de ensino fundamental; (C) colaborar com as entidades públicas de

ensino,objetivando a qualidade na educação;

(D) baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

(E) coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação.

30 Segundo a Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social – Lei n°8.662/93 – existem algumas atribuições consideradas privativas do Assistente Social. Dentre estas atribuições, podemos destacar: (A) planejamento, organização e

administração de benefícios e Serviços Sociais;

(B) planejamento, organização e administração de programas e projetos em Unidades de Serviço Social;

(C) encaminhamento de providências e prestação de orientação social a indivíduos, grupos e à população;

(D) elaboração, coordenação e execução de planos, programas e projetos sociais;

(E) prestação de assessoria e consultoria a órgão da administração pública direta e indireta em matéria de Serviço Social.

31 Segundo a análise de Paulo Netto (2004) o balanço global da era FHC traz algumas características para a conjuntura brasileira. Dentre estas características, o autor destaca: (A) a diminuição da dívida líquida do setor

público; (B) o aumento da cobertura do Estado de

Bem-Estar Social; (C) a dilapidação do patrimônio público pela

via da privatização; (D) o aumento do emprego formal no setor de

serviços; (E) a eliminação da cobertura estatal no setor

da saúde. 32 De acordo com a análise de Mota (1997), numa conjuntura de crise, a reestruturação da produção e a reorganização dos mercados são exigências inerentes ao estabelecimento de um novo equilíbrio, que tem como exigência básica:

(A) a alteração nas fases de extração da mais-valia, reordenando o uso do trabalho individual e coletivo;

(B) a formação de novas esferas da produção como o taylorismo e o fordismo, afetando a esfera das relações sociais;

(C) o aumento da jornada de trabalho e a perda dos direitos sociais, afetando diretamente as lutas sindicais;

(D) a reorganização do papel das forças produtivas na recomposição do ciclo de reprodução do capital;

(E) o reordenamento político-institucional das relações de trabalho com o aumento da formalidade nas relações contratuais.

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33 Num posto de saúde, uma assistente social faz um trabalho interdisciplinar com outros profissionais da área da saúde. De acordo com o Código de Ética Profissional do Assistente Social em vigor, constitui-se em um dos deveres do assistente social na relação com assistentes sociais e outros profissionais:

(A) incentivar, sempre que possível, a prática profissional;

(B) prevalecer-se de cargo de chefia para defesa dos princípios institucionais;

(C) repassar ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho;

(D) respeitar as normas e princípios éticos das profissões ligadas à saúde;

(E) empenhar-se na viabilização dos direitos sociais juntamente com outros profissionais.

34 Segundo a análise de Reis apud CRESS, Assistente Social: ética e direitos, o processo de consolidação do projeto ético-político pode ser circunscrito à década de 90. Este projeto explicita algumas características importantes. Dentre estas características, o autor destaca:

(A) a maturidade profissional através de um escopo significativo de centros de formação (pós-graduações), que ampliou a produção de conhecimento entre os assistentes sociais;

(B) a demarcação de um espaço profissional voltado para atender as demandas da população usuária no campo da seguridade social;

(C) a consolidação da atuação voltada para atender as demandas da classe trabalhadora, inserida no processo de produção capitalista;

(D) a ênfase da questão teórico-metodológica na pesquisa de campo como elemento central da prática profissional;

(E) a articulação entre teoria e realidade no projeto de formação profissional voltado para as classes populares.

35 Segundo a análise de Paulo Netto (1991), uma das direções identificada no processo de renovação do serviço social é a perspectiva que se propõe como “intenção de ruptura” com o serviço social “tradicional”. Esta direção possui como substrato nuclear um (a):

(A) diálogo com a perspectiva transformista da profissão em detrimento do conservadorismo;

(B) elemento inovador no diálogo com outras matrizes do pensamento social;

(C) polêmica com o serviço social renovador e as suas formas de intervenção;

(D) argumentação da necessidade da profissão se voltar aos postulados tomistas de doutrina social da Igreja;

(E) crítica sistemática ao desempenho tradicional e aos seus suportes teóricos, metodológicos e ideológicos.

36 De acordo com o Estatuto do Idoso – Lei no 10.741/2003 – ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado:

(A) o gozo de direitos e deveres com responsabilidade nos atos praticados;

(B) o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável;

(C) o trabalho em condições salubres e com remuneração adequada;

(D) a forma de participação política na sociedade na qual está inserido;

(E) a participação em grupos de auto-ajuda nos termos desta lei.

37 Segundo a análise de Torres (1983), o processo de identificação social começa no (a): (A) instituição; (B) sociedade; (C) Estado; (D) grupo familiar; (E) grupo de auto-ajuda. 38 De acordo com a análise de Gentili apud Frigotto (org.), a expansão dos sistemas escolares nacionais a partir da segunda metade do século XIX tem sido produto, em certo sentido, da difusão do que o autor denomina como: (A) a difusão dos sistemas escolares no

Brasil; (B) a promessa da escola como entidade

integradora; (C) a responsabilidade estatal com a

educação no Brasil; (D) a difusão do ensino fundamental na

sociedade brasileira; (E) a privatização da função econômica

atribuída à escola. 39 A Primeira Semana de Ação Social do Rio de Janeiro em 1936 é considerada como: (A) o desejo do Estado em implantar um

sistema nacional de assistência social; (B) o início do processo de recristianização da

sociedade fluminense; (C) o marco para a introdução do Serviço

Social na capital da república; (D) a íntima ligação da Escola de Serviço

Social com o Centro de Estudos e Ação Social;

(E) o projeto da concepção moderna do Estado na relação com a sociedade civil.

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40 Segundo a Lei Orgânica da Assistência Social – Lei no 8.742/93 – a assistência social rege-se por alguns princípios. Dentre tais princípios, podemos destacar: (A) universalização dos direitos sociais, a fim

de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;

(B) promoção da integração ao mercado de trabalho;

(C) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;

(D) primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo;

(E) habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.

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CONCURSO PÚBLICO – 2008 FUNDAÇÃO RENASCER DO ESTADO DE SERGIPE - RENASCER

GABARITO DA PROVA OBJETIVA APÓS RECURSOS

• CARGO: S01 - ASSISTENTE SOCIAL

LÍNGUA PORTUGUESA:

01 B 02 E 03 B 04 C 05 E 06 A 07 A 08 B 09 D 10 C 11 E 12 D 13 D 14 C 15 A

CONHECIMENTO COMUM:

16 ANULADA 17 ANULADA 18 ANULADA 19 ANULADA 20 ANULADA

CONHECIMENTO ESPECÍFICO:

21 C 22 D 23 A 24 E 25 B 26 A 27 D 28 C 29 E 30 B 31 C 32 D 33 C 34 A 35 E 36 B 37 D 38 B 39 C 40 A