FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS …§ão Jarim... · Aos meus irmãos Manoel, Clarindo,...

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FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS - FUCAPE JARIM MARCIANO FERREIRA PERSPECTIVAS DO BALANCED SCORECARD NA AVALIAÇÃO DA CONSISTÊNCIA ESTRATÉGICA: um estudo baseado na percepção da direção/coordenação e dos alunos em uma Instituição de Ensino Superior. VITÓRIA 2013

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FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS - FUCAPE

JARIM MARCIANO FERREIRA

PERSPECTIVAS DO BALANCED SCORECARD NA AVALIAÇÃO DA

CONSISTÊNCIA ESTRATÉGICA: um estudo baseado na percepção da

direção/coordenação e dos alunos em uma Instituição de Ensino

Superior.

VITÓRIA 2013

JARIM MARCIANO FERREIRA

PERSPECTIVAS DO BALANCED SCORECARD NA AVALIAÇÃO DA

CONSISTÊNCIA ESTRATÉGICA: um estudo baseado na percepção da

direção/coordenação e dos alunos em uma Instituição de Ensino

Superior.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, linha de pesquisa Contabilidade Gerencial, da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (FUCAPE), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Contábeis – Nível Profissionalizante.

Orientador: Prof. Dr. Valcemiro Nossa

VITÓRIA 2013

JARIM MARCIANO FERREIRA

PERSPECTIVAS DO BALANCED SCORECARD NA AVALIAÇÃO DA

CONSISTÊNCIA ESTRATÉGICA: um estudo baseado na percepção da

direção/coordenação e dos alunos em uma Instituição de Ensino

Superior.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da

Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças

(FUCAPE), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências

Contábeis na área de concentração Contabilidade Gerencial.

Aprovada em 30 de outubro de 2013.

COMISSÃO EXAMINADORA

Prof° Dr.: VALCEMIRO NOSSA (FUCAPE)

Prof° Dr.: ARIDELMO JOSÉ CAMPANHARO TEIXEIRA (FUCAPE)

Prof° Dr. (PhD): MOISÉS BALASSIANO (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio)

Dedico este trabalho a todas as

pessoas que, de uma forma ou

de outra, contribuíram para a

realização deste sonho, em

especial, a minha mãe que está

no céu, a minha esposa Cida e

as minhas filhas Jeane, Natane

e Joice.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me permitir chegar ao final desta

realização e nossa Senhora da Abadia por me proteger e me dar força nos

momentos difíceis durante a trajetória percorrida para a concretização deste sonho.

Aos meus pais, Antônio e Maria (já falecidos), pela vida e pelos exemplos, em

especial a minha mãe que na falta do pai, me conduziu, sempre, para o caminho do

bem, do trabalho e dos estudos, com paciência, mãos firmes e orações.

Aos meus irmãos Manoel, Clarindo, Dária e Maria de Fátima que me deram

suporte, ainda na infância, desde a perda do nosso pai.

À minha esposa Cida, pelo apoio incondicional, companheira em todos os

momentos.

As minhas filhas Jeane, Natane e Joice, razão da minha vida e continuidade.

Ao grande amigo e padrinho Sr. Nicola Giove (já falecido), pelos

ensinamentos, incentivos e apoio.

À FEPAM/UNIPAM pelo apoio financeiro e ainda, disponibilizar suas

estruturas para a elaboração desta pesquisa e também pelo incentivo e motivação,

em especial ao Diretor Professor Me. Milton Roberto, pela confiança e pelos

incentivos nos momentos de incertezas.

Aos diretores/professores e alunos do UNIPAM pelas disponibilidades e

atenção em responder o questionário e em especial ao Professores Me. Fágner

Oliveira, Me. Renato Borges, Me. Henrique Carivaldo, Me. Ronaldo Caixeta e Profª.

Me. Adriana Tredezine pelo apoio e orientações na aplicação da pesquisa.

6

Aos professores da FUCAPE, em especial os professores Dr. Valcemiro

Nossa, Dr. Aridelmo José Campanharo Teixeira e Dr. (PhD) Moisés Balassiano,

pelas orientações na condução deste trabalho e indicação dos melhores caminhos

para alcançar o objetivo.

Aos meus colegas de turma, por compartilharem seus conhecimentos, em

especial os colegas de Patos de Minas - MG, professores Me. Alair Cruz, Me.

Antônio Marcos, Me. José Altamir, Me. Marcílio Mendes e Me. Sandro Ângelo e

também aos colegas Carla Gabrielle, Cláudio Ranilson e Moisés que não

continuaram este estudo.

Aos funcionários do “Campus Piau”, em especial a Gilmara e ao Júnior pela

atenção e cordialidade em nos atender e ainda proporcionar um ambiente agradável

para desenvolver esse estudo.

Aos motoristas Clério, Cláudio e especialmente o Arlindo, que guiados por

Deus e paciência nos transportou com segurança em todas as viagens.

Ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e ao Conselho Regional de

Contabilidade de Minas Gerais (CRC/MG) pelo auxílio financeiro e valorização da

aprendizagem.

“Há um ponto na carreira em que a melhor

maneira de avaliar sua situação é parar e fazer

a si mesmo um punhado de perguntas. Ter

todas as respostas importa menos do que

saber o que perguntar.”

Robert S. Kaplan

RESUMO

Esta dissertação investiga a consistência estratégica usando como ferramenta para

avaliação uma modelagem dos indicadores de desempenho de Instituição de Ensino

Superior (IES) privada, sob as perspectivas do Balanced Scorecard (BSC). O

referencial teórico aborda principais estudos sobre o BSC e seu uso em IES voltados

para a estratégia. A partir de um modelo de BSC, com quatro indicadores em cada

perspectiva, foi realizado um estudo de caso com diretores/coordenadores

(gestores) e alunos de uma IES privada e aplicada uma análise fatorial seguida de

teste de média multivariada – T2 de Hotelling. Os principais resultados apontaram

percepções diferentes entre gestores e alunos quanto ao grau de importância dos

indicadores, apurando inconsistência estratégica em sete indicadores nas diferentes

perspectivas. Apresenta, ainda, indicadores com maior grau de consistência e

hierarquia das perspectivas na seguinte ordem: Processos Internos, Aprendizagem e

Crescimento, Clientes e Financeira. Foi possível concluir que o estudo contribui para

o alinhamento das ações e redução dos gaps, evidenciando o BSC como ferramenta

de gestão estratégica e que pode ser adotado com sucesso nas IES.

Palavras-chave: Contabilidade gerencial. Balanced Scorecard. Instituição de Ensino

Superior.

ABSTRACT

This dissertation investigates strategic consistency using as a modeling tool for

evaluation of the performance indicators of Higher Education Institution (HEI) private,

beneath the perspectives of the Balanced Scorecard (BSC). The theoretical

approaches major studies on the BSC and its use in IES oriented strategy. From a

BSC model with four indicators in each perspective, we conducted a case study with

directors / coordinators (managers) and students of a private institution and applied a

factor analysis followed by multivariate test average - Hotelling's T2. The main results

indicated different perceptions between managers and students about the degree of

importance of indicators, assessing strategic inconsistency in seven indicators in

different perspectives. It also presents indicators with greater consistency and

hierarchy of perspectives in the following order: Internal Processes, Learning and

Growth and Financial Clients. It was concluded that the study contributes to the

alignment of actions and reducing the gaps, showing the BSC as a strategic

management tool and can be successfully adopted in IES.

Keywords: Managerial Accounting. Balanced Scorecard. Higher Education

Institutions.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vetores críticos do Balanced Scorecard .................................................... 26

Figura 2: Estratégia competitiva ................................................................................ 29

Figura 3: Evolução da construção de um modelo de BSC ........................................ 30

Figura 4: Modelo de mapa de criação de valor para IES .......................................... 35

Figura 5: Visão geral das perspectivas do BSC ........................................................ 37

Figura 6: Modelo Geral da Pesquisa ......................................................................... 40

Figura 7 - Especificação do Modelo de Análise Fatorial Confirmatória de Segunda Ordem ....................................................................................................................... 70

Figura 8 – Análise Fatorial Confirmatória de Segunda Ordem .................................. 78

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Evolução do número de ingressantes no ensino superior – Censo da

Educação Superior no Brasil - período de 1991 a 2007. ........................................... 21

Quadro 2: Seleção de trabalhos sobre aplicação do BSC em IES ............................ 36

Quadro 3: Modelo de BSC para IES proposto por Rocha. ........................................ 38

Quadro 4: Modelo de BSC para IES proposto por Lima Júnior. ................................ 38

Quadro 5: Modelo de BSC para IES proposto pelo autor. ......................................... 41

Quadro 6: Estatística KMO (Kaiser-Meyer-Olkin) ...................................................... 62

Quadro 7: Estatística do Alpha de Cronbach ............................................................ 67

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Perfil dos Respondentes da Amostra ........................................................ 56

Tabela 2: Análise Descritiva dos Indicadores das Perspectivas do Bsc na Percepção

dos Dois Grupos Juntos ............................................................................................ 59

Tabela 3: Análise da Matriz de Correlações da Perspectiva Aprendizagem E

Crescimento .............................................................................................................. 60

Tabela 4: Análise da Matriz de Correlações da Perspectiva Processos Internos...... 60

Tabela 5: Análise da Matriz de Correlações da Perspectiva Clientes ....................... 61

Tabela 6: Análise da Matriz de Correlações da Perspectiva Financeira ................... 61

Tabela 7: Teste de Esfericidade de Bartlett e Kmo das Perspectivas do BSC .......... 62

Tabela 8: Análise da Matriz de Correlações Anti-Imagem da Perspectiva

Aprendizagem e Crescimento ................................................................................... 63

Tabela 9: Análise da Matriz de Correlações Anti-Imagem da Perspectiva Processos

Internos ..................................................................................................................... 64

Tabela 10: Análise da Matriz de Correlações Anti-Imagem da Perspectiva Clientes 64

Tabela 11: Análise da Matriz de Correlações Anti-Imagem da Perspectiva Financeira

.................................................................................................................................. 64

Tabela 12: Análise das Comunalidades dos Indicadores das Perspectivas do BSC 65

Tabela 13: Análise Eigenvalues E Percentual de Variância Explicada Pelos Fatores

das Perpectivas do BSC ........................................................................................... 66

Tabela 14: Análise do Alpha de Cronbach das Perpectivas do Bsc .......................... 67

Tabela 15 – Sumário Estatístico de Valores Extremos ............................................. 71

Tabela 16 – Sumário Estatístico de Normalidade Multivariada ................................. 72

Tabela 17 – Medidas de Validação da AFC .............................................................. 73

Tabela 18 – Indices de Modificação (Mi) de Ajustes Fornecido Pelo Amos .............. 76

Tabela 19: Comparação de Medidas de Qualidade de Ajuste da Afc ....................... 77

Tabela 20 – Avaliação do Modelo de AFC na Segunda Ordem ................................ 79

Tabela 21: Resultado do Teste de T2 de Hotelling da Perspectiva Aprendizagem E

Crescimento .............................................................................................................. 81

Tabela 22: Comparação do Teste de T2 de Hotelling da Perspectiva Aprendizagem e

Crescimento .............................................................................................................. 81

Tabela 23: Resultado do Teste de T2 de Hotelling da Perspectiva Processos Internos

.................................................................................................................................. 82

13

Tabela 24: Comparação do Teste de T2 de Hotelling da Perspectiva Processos

Internos ..................................................................................................................... 82

Tabela 25: Resultado do Teste de T2 de Hotelling da Perspectiva Clientes .............. 83

Tabela 26: Comparação do Teste de T2 de Hotelling da Perspectiva Clientes ......... 83

Tabela 27: Resultado do Teste de T2 de Hotelling da Perspectiva Financeira .......... 83

Tabela 28: Comparação do Teste de T2 de Hotelling da Perspectiva Financeira ..... 83

Tabela 29: Comparação Geral dos Testes de T2 de Hotelling Por Ordem de

Diferenças Significativas dos Indicadores ................................................................. 85

LISTA DE SIGLAS

IES – Instituições de Ensino Superior

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

SINAES - Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior

PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional

BSC – Balanced Scorecard

MEC – Ministério da Educação e Cultura

MANOVA – Análise de Variância Multivariada

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 17

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................................................... 17

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA .................................................................. 19

1.3 OBJETIVO .............................................................................................. 20

1.4 JUSTIFICATIVA ..................................................................................... 20

1.5 ESTRUTURA DO ESTUDO ................................................................... 22

2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................... 23

2.2 INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADO: ESTRATÉGIAS E

GESTÃO ................................................................................................ 27

2.4 PERSPECTIVAS E INDICADORES DO BSC PARA IES....................... 34

2.5 SÍNTESE DA REVISÃO TEÓRICA ........................................................ 39

3 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................... 42

3.1 TIPO DE PESQUISA .............................................................................. 42

3.2 UNIDADE DE ANÁLISE, RESPONDENTES E AMOSTRA .................... 43

3.3 COLETA DE DADOS ............................................................................. 45

3.4 HIPÓTESES ........................................................................................... 47

3.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS ................................................................... 47

3.5.2 Análise Fatorial na Validação dos Indicadores do BSC ......................... 48

3.5.2.1 Análise Fatorial Exploratória................................................................... 49

3.5.2.2 Análise Fatorial Confirmatória ................................................................ 50

3.5.3 Teste de Média Multivariada – T2 de Hotelling na Avaliação da

Consistência Estratégica ........................................................................ 54

3.6 INSTITUIÇÃO DE ENSINO PESQUISADA ............................................ 55

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................... 56

4.1 PERFIL DA AMOSTRA .......................................................................... 56

4.1.1 Seleção da Amostra ............................................................................... 56

4.1.2 Seleção dos Respondentes e Indicadores ............................................. 57

4.2 ANÁLISE FATORIAL NA VALIDAÇÃO DOS INDICADORES DAS

PERSPECTIVAS DO BSC ..................................................................... 57

4.2.1 Análise Fatorial Exploratória................................................................... 58

4.2.1.1 Análise Descritiva dos Indicadores das Perspectivas do BSC ............... 58

16

4.2.1.2 Análise da Matriz de Correlações dos Indicadores das Perspectivas do

BSC ........................................................................................................ 59

4.2.1.3 Teste de Esfericidade de Bartlett e KMO dos Indicadores das

Perspectivas do BSC ............................................................................. 61

4.2.1.4 Matriz Anti-Imagem dos Indicadores das Perspectivas do BSC ............. 63

4.2.1.5 Comunalidades dos Indicadores das Perspectivas do BSC ................... 64

4.2.1.6 Eigenvalues e Percentual de Variância Explicada pelos Fatores das

Perspectivas do BSC ............................................................................. 65

4.2.1.7 Consistência Interna pelo Coeficiente Alpha de Cronbach das

perspectivas do BSC .............................................................................. 66

4.2.1.8 Síntese da Análise Fatorial Exploratória ................................................ 67

4.2.2 Análise Fatorial Confirmatória ................................................................ 68

4.2.2.1 Especificação do Modelo de AFC .......................................................... 68

4.2.2.2 Validação dos Pressupostos do Modelo de AFC de Segunda Ordem ... 70

4.2.2.3 Validação da Análise Fatorial Confirmatória........................................... 72

4.2.2.4 Avaliação da Qualidade do Ajuste .......................................................... 74

4.2.2.5 Avaliação da AFC na Segunda Ordem .................................................. 78

4.2.2.6 Síntese da AFC de Segunda Ordem ...................................................... 79

4.3.1 Teste de T2 de Hotelling sob a Perspectiva Aprendizagem e Crescimento

............................................................................................................... 81

4.3.2 Teste de T2 de Hotelling sob a Perspectiva Processos Internos ............ 82

4.3.3 Teste de T2 de Hotelling sob a Perspectiva Clientes .............................. 82

4.3.4 Teste de T2 de Hotelling sob a Perspectiva Financeira .......................... 83

4.3.5 Síntese dos Resultados dos Testes de T2 de Hotelling .......................... 84

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 86

5.1 CONCLUSÃO SOBRE OS RESULTADOS ............................................ 87

5.2 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO ........................................................... 87

5.3 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ................................................................ 88

5.4 RECOMENDAÇÕES FUTURAS ............................................................ 89

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 91

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE COLETA DE DADOS .................................... 99

APÊNDICE B - ANÁLISE DE DADOS DA AMOSTRA PILOTO ............................ 100

APÊNDICE C – POPULAÇÃO DOS ALUNOS ....................................................... 103

17

APÊNDICE D – AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA ALEATÓRIA

ESTRATIFICADA DOS ALUNOS RESPONDENTES ............................................ 104

APÊNDICE E - VARIÁVEIS COM VALORES EXTREMOS ................................... 105

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O cenário atual da educação superior brasileira, de intensa competitividade,

aponta que, devido à deficiência do setor público em prover recursos para suportar a

demanda de vagas no ensino superior, nas últimas décadas, levou a uma

flexibilização das normas do setor. Com isto, houve um crescimento expansivo de

Instituições de Ensino Superior (IES) privadas e, consequentemente, aumento na

oferta de vagas, provocando queda na qualidade do ensino (DALMÁCIO;

SANTANNA; RANGEL, 2003) e acirramento da concorrência (LIMA, 2003). Esse fato

sinalizou que somente as instituições que tivessem um padrão de qualidade,

apoiado num sistema adequado para monitoramento dos fatores críticos de sucesso,

conseguiriam sobreviver (SARDELLI NETO, 2006).

No setor privado de ensino superior brasileiro, ocorreram várias

transformações tais como: profissionalização do setor, avanço tecnológico,

internacionalização, fusões, incorporações e cisões, mudanças de comportamento

do consumidor e desemprego estrutural que sinalizaram aos gestores necessidades

de mudanças na forma de administrar suas instituições para torná-las competitivas

(SILVA, 2009).

Além das exigências do mercado, as IES devem observar a Lei de Diretrizes

e Bases da Educação (LDB) - Lei 9.394/96 e ainda submeter-se ao Sistema

Nacional de Avaliação de Educação Superior (SINAES) – Lei 10.861/2004 e, como

parte integrante do processo avaliativo, o cumprimento do Plano de

Desenvolvimento Institucional (PDI), exigindo competência dos seus gestores

(FAGUNDES; FRUNCHES, 2007).

18

O estabelecimento de estratégias competitivas nas organizações é fator de

sobrevivência (SILVA, 2009). A estratégia está relacionada à ligação da empresa e

seu ambiente, procurando maximizar os resultados da interação estabelecida

(PORTER, 1992).

Para acompanhar e desenvolver estratégias foi desenvolvido por Kaplan e

Norton (1997) o Balanced Scorecard (BSC), na década de 90, uma ferramenta para

auxiliar os gestores no processo de tomada de decisão. Originalmente, o BSC foi

concebido para medição de desempenho multidimensional, evoluindo-se para um

sistema de gestão estratégica, tendo como aspecto essencial a articulação entre

medidas de desempenho e objetivos estratégicos (BANKER; CHANG; PIZZINI,

2004).

Para Kaplan e Norton (1997), o BSC visa medir e monitorar a estratégia em

ação com base em quatro perspectivas: financeira; cliente; interna; aprendizado e

crescimento. Um dos objetivos centrais do BSC é comunicar a estratégia em todas

as áreas da empresa buscando produzir uma visão unificada da mesma por meio

dos indicadores de desempenho e da cadeia de causa-efeito.

Nesse sentido, Lima Júnior (2008) afirma que a consistência estratégica pode

ser verificada tanto externamente como internamente, adequando o ambiente

interno ao externo ou vice-versa e a partir da interação apropriada das funções da

empresa, da definição consistente das prioridades e hierarquias de atividades e da

visão comum unificada das pessoas em torno da estratégia.

A noção de consistência estratégica pode ser considerada como um exemplo

de caso quando uma pessoa vê o seu real não muito longe de seu ideal. Uma menor

distância entre esses dois elementos reflete boa consistência estratégica, enquanto

19

que uma distância maior indica inconsistência estratégica (MENEGHETTI; DE BENI;

CORNOLDI, 2007).

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Para que as instituições garantam o sucesso no longo prazo é necessário

medir o desempenho, obter subsídios para a tomada de decisões, difundir e

desdobrar os objetivos estratégicos entre todos os níveis organizacionais,

proporcionando alinhamento de ações. Nesse sentido, Silva (2009) afirma que o

monitoramento dessas estratégias constituem os objetivos do BSC, pois esse tem

por fim mensurar os processos e oferecer alternativas para resolução dos problemas

encontrados. Tem-se, então, uma gestão movida por mensurações.

Asan e Tanyas (2007) referenciam que o uso do BSC para instituições de

ensino é amplamente relatado por outros autores como Bailey et al. (1999); O’Neil et

al. (1999); Amaratunga e Baldry (2000); Cullen et al. (2003); Lee et al. (2000),

Karathanos & Karathanos (2005); Kettunem (2005); e, Dorweiler & Yakhou (2005). O

autor afirma que apesar de sua ampla utilização para o ensino superior, os estudos

mencionados não apresentam um passo claro, pela execução da etapa de

estratégias.

Com referência ao sucesso na implantação do BSC, muito se tem pesquisado

sobre os procedimentos mas pouco sobre os pré-requisitos e as condições

estruturais desse sistema para sua implementação e uso (FREZATTI; JUNQUEIRA;

RELVAS, 2010).

Cardinaels e Veen-Dirks (2010), em seus estudos sobre o impacto da

informação nas organizações e apresentação de um BSC, sugeriram que futuras

20

pesquisas poderiam elucidar como as informações sobre as medidas de

desempenho interagem na organização.

Lima Júnior (2008), em sua dissertação sobre o BSC como ferramenta de

avaliação da consistência estratégica em IES privada, fez um estudo sobre a

percepção do grau de importância dos indicadores das perspectivas do BSC, com

diretores e coordenadores de uma IES. O resultado revelou inconsistência

estratégica de percepção na visão dos dois grupos, o que pode causar o insucesso

da instituição. Concluiu sugerindo aprofundamentos de pesquisas, no mesmo

sentido, em outras organizações do ramo educacional.

Assim, nesta linha de pesquisa o presente estudo tem a seguinte questão:

sob as perspectivas do BSC, existe consistência das estratégias na percepção

da direção/coordenação e dos alunos em uma Instituição de Ensino Superior

Privada?

1.3 OBJETIVO

Este estudo teve como objetivo geral investigar a consistência estratégica em

uma Instituição de Ensino Superior privada sob as perspectivas do BSC.

1.4 JUSTIFICATIVA

O último censo da educação superior pública e privada no Brasil, realizado

pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anízio Teixeira - INEP (2011),

mostrou que a evolução de ofertas de vagas em relação ao número de ingressantes

em graduação superior, aumentou 57% em dez anos, passando de 1,21 vagas/aluno

em 1998, para 1,90 vagas/aluno em 2007, demonstrado no Quadro 1.

21

Ano Ofertas de Vagas Número de Ingressantes Relação Vagas por Ingressantes

1998 803.919 662.396 1,21

2007 2.823.942 1.481.955 1,90

Quadro 1: Evolução do número de ingressantes no ensino superior – Censo da Educação Superior no Brasil - período de 1991 a 2007. Fonte: INEP (2011)

Como em todo processo de transformação, o setor educacional vem atraindo

um número crescente de novos interessados que passam a disputar o mercado

educacional com instituições tradicionais, forçando essas a rever suas missões,

práticas e métodos para que possam continuar no mercado (SILVA, 2009).

De acordo com Aguiar, Pace e Frezatti (2009), dentre as técnicas de controle

gerencial, inicialmente, a ênfase recaia no orçamento, mas, logo em seguida, outras

técnicas foram analisadas, tais como sistemas de mensuração de desempenho e de

incentivo como Activity Management e Balanced Scorecard.

Teixeira, Dalmácio e Pinto (2005) mencionam que grande parte dos trabalhos

desenvolvidos sobre o BSC limita-se a analisar aspectos teóricos. No entanto, os

mais recentes, procuram verificar aspectos da implantação desse sistema.

Pesquisas realizadas por Banker, Chang e Pizzini (2004), sobre os efeitos

opinativos de medida de desempenho relacionado à estratégia, comprovam que

diversos estudos na literatura contábil têm seguido essa linha de investigação

ligando a contabilidade gerencial à estratégia.

Beard (2009) afirma que a ferramenta de gestão BSC utilizada em diversos

tipos de negócios empresariais pode ser útil também no ensino superior. Diz que,

embora a aplicação do BSC em setor empresarial seja bem documentada, poucas

pesquisas têm sido relatadas sobre a adaptação ou aplicação desse sistema no

setor educacional.

22

Kaplan e Norton (2001) confirmam que pesquisas sobre o BSC revelaram um

padrão consistente na consecução do foco e do alinhamento estratégico e cita como

exemplo a Universidade da Califórnia, San Diego (EUA).

Portanto, devido à necessidade de indicadores precisos para se trabalhar

num ambiente de competitividade, sem perder o fator qualidade e foco no cliente no

setor de prestação de serviços de ensino superior, justificou-se o desenvolvimento

desta pesquisa para avaliar a consistência estratégica na percepção da

direção/coordenação e dos alunos, sob as perspectivas do Balanced Scorecard,

contribuindo para o alinhamento das estratégias, redução dos gaps e criação de

valor, essenciais para a gestão das IES.

1.5 ESTRUTURA DO ESTUDO

O estudo está estruturado em cinco capítulos. Esta introdução traz a

contextualização do tema, o problema de pesquisa, os objetivos e as justificativas. O

Segundo capítulo apresenta o referencial teórico sobre o Balanced Scorecard,

origem, evolução e aplicações. Comenta sobre a estratégia e modelo de gestão em

IES, relata estudos anteriores sobre o BSC em IES e aborda modelos de

Perspectivas e Indicadores do BSC para aplicação em IES. O capítulo terceiro

descreve a metodologia aplicada no estudo com o tipo de pesquisa, unidade de

análise, respondentes, amostra, coleta dos dados, hipóteses e as análises

estatísticas. O capítulo quarto apresenta as análises e discussão dos resultados

sobre a validação das variáveis e avaliação da consistência estratégica sob as

perspectivas do BSC. Finalmente o capítulo quinto faz as considerações finais sobre

os resultados, conclusão, contribuições do estudo, limitações e recomendações para

futuras pesquisas.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste tópico serão abordados os conceitos, definições e aplicações do BSC,

estudo sobre as estratégias e gestão das Instituições de Ensino Superior, estudos

anteriores sobre BSC em IES e perspectivas e indicadores do BSC para IES.

2.1 BALANCED SCORECARD: CONCEITOS, DEFINIÇÕES E APLICAÇÕES

O BSC começou a ser desenvolvido em 1983 por Kaplan e Norton, nos EUA,

na empresa General Eletric, tendo como antecessor o Tableau de Bord, surgido na

França durante os anos 60, tendo como ponto de partida o modelo utilizado pela

Analog Devices. Os autores consideraram que havia um novo desafio para a

pesquisa na área da contabilidade gerencial em estabelecer novas medidas de

desempenho para que as empresas norte-americanas retomassem a liderança de

mercado perdida (FREZATTI, 2006).

Assim, um novo modelo de medição de desempenho foi criado na década de

90 nos Estados Unidos de iniciativa de Robert Kaplan e David Norton, o BSC, como

ferramenta que visa auxiliar na criação de valor futuro para a empresa, já que, na

opinião dos autores, os modelos de avaliação de desempenho até então existentes

restringiam-se aos indicadores de resultado passado (DALMÁCIO; SANTANNA;

RANGEL, 2003).

Kaplan e Norton (1997, p. 9) definem Balanced Scorecard como “um sistema

de gestão estratégica para administrar a estratégia a longo prazo. A estratégia é um

conjunto de hipóteses sobre causas e efeitos. O sistema de medição deve tornar

explícitas as relações (hipóteses) entre os objetivos (e as medidas) nas várias

24

perspectivas, para que elas possam ser gerenciadas e validadas” (KAPLAN e

NORTON, 1997, p. 30).

Kaplan e Norton (1997, p.4) ressaltam que as empresas da Era da Informação

são constituídas em um novo conjunto de premissas operacionais: processos

interfuncionais, ligação com clientes e fornecedores, segmentação de clientes,

escala global, inovação e trabalhadores do conhecimento.

Nesse sentido, Fitzgerald (2006) cita como exemplo na escola da abordagem

dos Stakeholders (interessados), o Balanced Scorecard, emergido das estruturas

multidimensionais de medidas de desempenho, devendo:

Estarem ligadas à estratégia corporativa;

Incluírem medidas externas (tipo atendimento), bem como medidas

internas;

Incluírem medidas financeiras e não financeiras;

Tornar explícito os trade-offs entre as diferentes medidas de

desempenho.

De acordo com Kraemer (2002), as medidas de desempenho devem englobar

os ”valores” que a empresa considera como vitais para a sua sobrevivência e

crescimento em cada uma das perspectivas do Cenário Balanceado, a seguir:

a) Financeira – valor agregado e retorno do investimento;

b) Clientes – satisfação, retenção, mercado e participação;

c) Processos internos – qualidade, tempo de resposta, custo e introdução de

novos produtos;

25

d) Aprendizado e crescimento – satisfação dos colaboradores e

disponibilidade dos sistemas de informação.

Para projetar um BSC é fundamental que a gestão identifique as dimensões

que melhorem a capacidade de implementar e monitorar suas estratégias de

negócios (DEVINE; KLOPPENBORG; O‘CLOCK, 2010).

Dentro da visão estratégica, o BSC deve ser visto como um sistema gerencial

estratégico que conecta os objetivos de longo prazo às ações de curto prazo,

identificados como vetores críticos, demonstrados na figura 1 (KAPLAN; NORTON,

2000), adotando um processo formal, dividido em quatro etapas (DALMÁCIO;

SANTANNA; RANGEL, 2003):

a) Tradução da visão (onde se esclarece a visão e busca-se o consenso da

organização a respeito da visão da empresa);

b) Comunicação e conexão (onde são definidos os objetivos e comunicados

estes objetivos a todos os funcionários, bem como qual a relação existente entre as

recompensas obtidas e as metas alcançadas);

c) Planejamento de negócios (onde se definem as metas, e o alinhamento das

iniciativas estratégicas com alocação de recursos e fixação de marcos para

obtenção dessas metas);

d) Feedback e aprendizado (onde há uma articulação da visão com feedback

estratégico para as diversas áreas da empresa, facilitando uma revisão da própria

estratégia e do aprendizado).

26

Figura 1: Vetores críticos do Balanced Scorecard Fonte: Kaplan e Norton (2000).

Carvalho (2006) diz que o Balanced Scorecard inicialmente foi criado para

mensurar o desempenho e que passou a ser utilizado como uma ferramenta de

gestão e implementação de estratégias. Informa, ainda, que pesquisa conduzida

pela consultoria Bain e Company (2002) revelaram que o BSC é uma das práticas de

gestão utilizada por 51% das empresas no Brasil e no mundo.

Frezatti (2006, p.36) afirma que o “Balanced Scorecard é um artefato do

controle gerencial que pode ser utilizado como alinhador estratégico da

organização”, confirmando as considerações de Kaplan e Norton (1997), quanto a

sua utilidade, como um sistema de gestão da estratégia da entidade ou como

alinhador da mesma.

Os objetivos mais significantes de um BSC segundo Silva (2009, p 101) são:

“esclarecer e traduzir a visão e a estratégia; comunicar e associar objetivos e

medidas estratégicas; planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas, e melhorar o

feedback e o aprendizado estratégico”.

27

Nesse sentido, Beard (2009) referencia outros autores como Hoffecker

(1994); Kaplan e Norton (1992a), (1992b), (1993), (1996a), (1996b); Maisel (1992);

Newing (1994), (1995), que confirmam que o BSC é um componente de gestão

estratégica que liga a missão da entidade a valores e visão futura, com estratégias,

metas e iniciativas, essenciais para projetar, informar e motivar os esforços

contínuos em busca da melhoria.

2.2 INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADO: ESTRATÉGIAS E GESTÃO

As IES têm sua administração embasada no Plano de Desenvolvimento

Institucional, o qual é elaborado com vistas a abarcar todas as possibilidades que

possam ocorrer no ambiente acadêmico e administrativo, de acordo com a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB nº 9.394/96, (FAGUNDES;

FRUNCHES, 2007).

Em virtude da complexidade e da competitividade, Pezzoni e Martins (2009)

argumentam que as entidades de ensino superior exigem, cada vez mais, gestores

mais criativos e que saibam formular modelos gerenciais que permitam atuarem em

um ambiente de objetivos difusos, tecnologia múltipla, liberdade acadêmica,

natureza qualitativa do trabalho e grande sensibilidade a fatores ambientais.

Para Arantes (1998, p. 88-89), conceitos e técnicas de gestão devem ser

baseados num modelo de sistemas de gestão integrados e interdependentes,

divididos em três subsistemas:

1) Subsistema Institucional: instrumentos que auxiliam a fixar a razão de ser

do empreendimento (missão, propósitos e princípios);

28

2) Subsistemas Tecnológicos: instrumentos que dão suporte a administração

na fixação dos resultados e na orientação, organização, coordenação e controle das

atividades - gerencial, operacional, organizacional, comunicação e informação;

3) Subsistema Humano-Comportamental: instrumentos que auxiliam a

mobilizar as pessoas a conseguir que seu comportamento esteja dirigido aos

resultados e às finalidades empresariais (motivação, ativação e integração).

Segundo Lima Júnior (2008), o desempenho da organização universitária, o

crescimento face ao contexto atual e a qualidade dos serviços que presta à

comunidade dependem do projeto pedagógico e desempenho de professores,

colaboradores e gestores, requerendo uma gestão estratégica de todos os recursos.

Montenegro, Nóbrega e Souza (2010) dizem que a educação, como muitos

outros campos, tem atravessado muitas mudanças, tornando difícil prever o futuro.

Portanto, é necessário que “os gestores desenvolvam ações que gerem integração

entre planejamento e sua implantação, entre o planejamento e o pensamento

estratégico e entre pensamento e ação estratégica” (MEYER; LOPES, 2004, p. 8)

A matriz SWOT – criada por Kenneth Andrews e Roland Christensen, sintetiza

a essência da estratégia, pois analisa o ambiente externo pelas oportunidades e

ameaças e as forças e fraquezas da organização relacionadas ao ambiente interno.

Essa análise corrobora com o estudo da teoria das cinco forças de Porter, rivalidade

entre concorrentes, entrantes potenciais, poder de barganha de fornecedores e

clientes e ameaça de produtos substitutos essenciais na formulação da estratégia

competitiva (SILVA, 2009), ilustrado na figura 2.

29

Figura 2: Estratégia competitiva Fonte: Porter (1992)

Porter (1992, p. 01) define:

a estratégia competitiva é a busca de uma posição competitiva favorável em um mercado. A posição competitiva requer uma batalha interminável entre os concorrentes, até que se consiga esta vantagem, pois visa estabelecer uma posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência no mercado.

Quanto ao modelo de gestão no ensino superior, Silva (2009, p. 01) afirma:

o modelo de gestão de toda Instituição de Ensino Superior (IES) deve ser focalizado na perenização de sua missão, por meio da interligação do estratégico visionário com o operacional, de forma a garantir a execução dos planos e a otimização dos recursos para a melhoria dos resultados.

Bressiani, Alt e Massote (2001) afirmam que o BSC pode ser usado na

viabilização de processos gerenciais críticos, como exemplo em uma unidade de

ensino como plano renovador onde será possível: esclarecer e traduzir a missão e a

visão; comunicar e associar objetivos e mensurações estratégicas; planejar,

estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas. A figura 3, adaptada de Kaplan e

Norton (1997), mostra a evolução da construção de um modelo de BSC que deve

derivar de um processo hierárquico de cima para baixo norteado pela missão e visão

do futuro da instituição.

30

Figura 3: Evolução da construção de um modelo de BSC Fonte: Bressiani, Alt e Massote (2001), adaptado de Kaplan e Norton (1997)

Asan e Tanyas (2007) informam que muitos estudos sobre modelos de

desempenho educacionais foram desenvolvidos com excelência e entre eles o BSC

tem sido implementado com sucesso.

Assim, Lima (2003) pressupõe que, com a adequação do BSC para IES, é

possível criar e comunicar a estratégia e as direções, por meio de um sistema de

indicadores, para todos os níveis hierárquicos da organização, levando a

consistência estratégica.

A consistência estratégica, segundo Lima Júnior (2008, p. 3):

pode ser verificada externamente - adequação do ambiente interno ao externo ou vice-versa, ou também internamente – consistência interna da estratégia na organização a partir da interação apropriada das funções da empresa, da definição consistente das prioridades e hierarquias de atividades e da visão comum unificada das pessoas em torno da estratégia.

Dessa forma, a partir de estabelecimento de estratégias consistentes será

possível adotar o sistema de Balanced Scorecard na medição de desempenho e

melhorias de rentabilidades, oferecendo aos gestores das instituições de ensino

superior, alternativas viáveis para decidir sobre seus planos e metas.

31

2.3 ESTUDOS ANTERIORES SOBRE O BSC EM IES

Além dos estudos já referenciados neste trabalho, faz-se um breve relato de

estudos anteriores sobre o BSC em IES.

Rocha (2000) desenvolveu sua tese voltada a identificar a relação entre as

estratégias utilizadas e o estabelecimento de indicadores de performance em uma

universidade, buscando, dessa forma, verificar a aplicabilidade de um Balanced

Scorecard para esse tipo de organizações. Buscou-se estabelecer um

encadeamento entre os indicadores de tendência ou ocorrência, demonstrando

claramente a relação de causa e efeito existente. Concluiu que se bem

administrados, tais indicadores permitem a garantia dos fatores chaves de sucesso

bem como o cumprimento da missão e da realização de sua visão estratégica.

Bressiani, Alt e Massote (2001) apresentaram os princípios do conceito de

Balanced Scorecard, uma metodologia para a sua implantação em Instituições de

Ensino, mediante um estudo de caso. A partir do estabelecimento de uma visão da

Instituição, decorrentes de seu Planejamento Pedagógico, são estabelecidos índices

de acompanhamento de desempenho sob as perspectivas do BSC. Apresentaram

ainda uma modelagem de indicadores para IES e concluíram que o BSC é uma

metodologia de fácil aplicação envolvendo todos os níveis da Instituição permitindo

uma visão clara dos rumos a serem seguidos e como corrigir as mudanças de

percurso.

Uma proposta do Balanced Scorecard para gestão estratégica das

universidades fundacionais de Santa Catarina, com o objetivo de contribuir para a

gestão estratégica dessas instituições, foi apresentada por Lima (2003). O autor

realizou ajustes necessários à ferramenta BSC às universidades e demonstrou a

32

possibilidade de se desenvolver e utilizar o orçamento estratégico em conjunto com

a ferramenta. Concluiu que foi possível apresentar o modelo de BSC proposto como

uma ferramenta de gestão estratégica para as Universidades daquele sistema e

percebeu que a ferramenta ajustada mostrou viabilidade de utilização em IES.

Estudo de Dalmácio, Santanna e Rangel (2003) resultou na análise da

estrutura concorrencial do setor das IES do Brasil – concentrando-se nas IES

privadas – a fim de se identificarem as estratégias mais gerais do setor e

compreender o processo de criação de valor dentro de uma IES específica.

Concluíram que a partir da compreensão dos processos é possível perceber que a

ferramenta BSC pode ser utilizada em outras IES espalhadas pelo território nacional.

O sistema de gerenciamento estratégico – Balanced Scorecard – nas

instituições de ensino superior foi discutido por Kraemer (2005), cujos objetivos e

medidas utilizados no BSC devem derivar de um processo hierárquico (de cima para

baixo), norteado pela missão e visão do futuro da Instituição.

Proposta de criação de um Balanced Scorecard para a gestão estratégica de

uma IES privada, confessional católica e sem fins lucrativos, foi desenvolvida por

Cassol (2006). O objetivo geral desse estudo foi elaborar uma proposta de BSC

ajustada à gestão estratégica, partindo da identificação da missão, visão e objetivos

do seu Plano Estratégico.

Visando garantir que as estratégias e as ações que delas se desdobrassem

estivessem alinhadas com a missão e visão da entidade, Moço (2007) propôs um

modelo de avaliação como forma de apoio à gestão de uma Instituição de Ensino

Superior sem Fins Lucrativos, baseado em indicadores de desempenho, utilizando o

Balanced Scorecard.

33

Com o objetivo de facilitar a adaptação do BSC, Vianna (2008) propôs um

processo, considerado um instrumento capaz de favorecer a interoperabilidade, para

avaliar uma organização educacional sem fins lucrativos e favorecer a interação

dessas com o governo.

Morais (2008) elaborou um estudo sobre a proposta de um modelo

estruturado, iniciando-se a partir da missão, visão, fatores críticos de sucesso e

objetivos estratégicos para uma Instituição de Ensino Sem Fins Lucrativos. Para isso

foi selecionado o Balanced Scorecard como uma ferramenta que ajudaria a propor

um sistema de indicadores de desempenho totalmente alinhado com os objetivos

estratégicos da IES.

O estudo desenvolvido por Santos (2008) teve o objetivo de analisar se o

BSC é capaz de contribuir para o processo de gestão das instituições de ensino

superior, tendo em vista o equilíbrio da relação entre qualidade e sustentabilidade

financeira à luz dos padrões de exigências do SINAES. Concluiu que o BSC

apresenta métricas que possibilitam uma maior interação entre as dimensões

qualitativas e quantitativas de IES justificando a sua utilização por tais Instituições.

Silveira (2008) desenvolveu estudo sobre os indicadores de desempenho de

Instituições Federais de Educação Tecnológica aplicando a abordagem do BSC para

avaliar os indicadores existentes, decorrentes de resolução do Tribunal de Contas da

União (TCU) e complementados por trabalho sugerido ao Conselho de Dirigentes

dos CEFETs - CONCEFET pelo Fórum de Planejamento – FORPLAN, colegiado de

assessoramento do Conselho para a área de planejamento e gestão e incorporados

ao Relatório de Gestão. Concluiu sugerindo indicadores e adoção de uma medição

de desempenho para os CEFETs.

34

A aplicação do modelo de medição e de gestão do desempenho BSC,

proposto por Kaplan e Norton, ao contexto de Instituição Federal de Educação

Tecnológica no Brasil foi o objetivo de investigação de Costa e Silva (2008).

Concluíram sugerindo validação e atribuição de pesos dos indicadores quanto à

hierarquia nas perspectivas.

A avaliação dos indicadores utilizados pelo MEC/SINAES numa aplicação

para IES privadas, usando a abordagem do BSC, proposto por Kaplan e Norton foi

estudado por Campos (2008). O pesquisador fez uma modelagem do BSC e testou

as relações teóricas de causa-efeito usando o coeficiente de correlação de Pearson.

Concluiu que a adoção da abordagem do BSC ajuda a entender as relações de

causa-efeito e a definir melhor os indicadores.

Lima Júnior (2008), investigou de modo exploratório a ideia de consistência

estratégica usando como ferramenta para sua verificação uma modelagem dos

indicadores de desempenho de IES privada na abordagem do BSC. A partir de um

modelo de BSC, com três indicadores em cada perspectiva, foi feito um estudo de

caso com diretores e coordenadores de uma IES privada e realizada uma análise

descritiva e multivariada com análise de cluster. Concluiu que os resultados

revelaram inconsistência estratégica entre os gestores quanto ao grau de

importância de hierarquia das perspectivas.

2.4 PERSPECTIVAS E INDICADORES DO BSC PARA IES

Antes da definição das perspectivas e indicadores para a implantação de um

BSC para IES, deve se elaborar o mapa estratégico recomendado por Kaplan e

35

Norton (1997), onde é definido um conjunto de procedimentos de causa-efeito que

possibilita traduzir em termos operacionais as questões estratégicas (LIMA, 2003).

O mapa estratégico auxilia as organizações a definirem suas estratégias de

maneira integrada e sistemática e também na construção dos alicerces do sistema

gerencial para a implantação da estratégia com eficácia e eficiência (KAPLAN;

NORTON, 2001).

Dalmácio, Santanna e Rangel (2003) recomendam que ao preparar os

indicadores do BSC para IES, procura-se primeiro mapear o processo de criação de

valor para a mesma, seguindo o modelo proposto por Kaplan e Norton (1997),

demonstrado na figura 4.

Figura 4: Modelo de mapa de criação de valor para IES Fonte: Dalmácio, Santana e Rangel (2003, p. 12).

Moreira (2007) referencia estudos de vários autores com tendência para

propor o BSC como ferramenta de gestão estratégica de IES, argumentando que foi

o modelo escolhido por integrar macro e micro gestão, permitindo a avaliação do

36

desempenho sob a ótica de quatro perspectivas: financeira, clientes, processos

internos, inovação e crescimento. O Quadro 2 apresenta o resumo desta pesquisa.

Autor Foco do estudo Resultados

Rocha (2000) Identificar a relação entre estratégias utilizadas e o estabelecimento de indicadores de performance.

Bem identificados tais indicadores permitem o cumprimento da visão estratégica da universidade. BSC é adequado para este gerenciamento.

Kraemer (2001) Verificar a aplicabilidade do BSC como ferramenta de gerenciamento estratégico para IES.

O balanceamento das perspectivas permite aos dirigentes manterem-se focados nos objetivos.

Müller (2001) Testar a utilização de um modelo de BSC com uma quinta dimensão a social (por se tratar de uma IES).

O principal na administração de uma IES é o cumprimento da missão que conduzirá a um reconhecimento da sociedade.

Lima (2003) Propor um modelo baseado no BSC que permita a administração eficaz de IES.

Quando devidamente adaptado as suas peculiaridades, o BSC pode ser utilizado como ferramenta gerencial de IES.

Caldas et al. (2003) Verificar aplicação do BSC em IES, através da identificação de indicadores adequados.

Quando corretamente escolhido, os indicadores adequados permitem o cumprimento da missão e da visão estratégica.

Teixeira (2003) Mensurar o grau de eficiência do BSC como instrumento de apoio a tomada de decisões.

O BSC não é eficaz a tomada de decisão. No entanto, o modelo proposto pode ser facilmente adaptado em outras instituições.

Quadro 2: Seleção de trabalhos sobre aplicação do BSC em IES Fonte: Moreira (2007, p. 35).

Na implementação do BSC, Dalmácio, Santanna e Rangel (2003) afirmam

que é fundamental o atendimento às quatros perspectivas, dentro da visão geral

propostas por Kaplan e Norton (2000): a perspectiva financeira, a perspectiva dos

clientes, a perspectiva dos processos internos e a perspectiva de aprendizado,

crescimento e inovação, ilustrados na Figura 5. A IES deve estar atenta às essas

perspectivas procurando responder quatro perguntas básicas, segundo os criadores

do Balanced Scorecard:

37

a) “Como pareceremos para os acionistas?” Essa pergunta certamente levará

a empresa a trabalhar na obtenção de melhor índice na sua perspectiva financeira;

b) ”Como os clientes nos veem?“ levará a empresa a criar metas e

indicadores de longo prazo que garantam melhores atendimentos aos clientes e,

consequentemente, melhores resultados para empresa como um todo;

c) “Em quais processos de negócios devemos nos sobressair?” Essa é a

pergunta que a empresa deve fazer a si mesma para descobrir quais as metas

necessárias para levá-la a uma melhoria nos processos internos, com um melhor

atendimento aos clientes e a uma geração futura de bons resultados financeiros;

d) “Seremos capazes de continuar melhorando e criando valor para a

empresa?” Respondendo a essa pergunta, a empresa será capaz de criar

indicadores e propor metas que levem a um contínuo aprendizado e crescimento,

possibilitando inovações constantes que, em longo prazo, melhorarão seus

processos internos, a relação com seus clientes e o resultado financeiro da mesma.

Figura 5: Visão geral das perspectivas do BSC Fonte: Kaplan e Norton (2000).

38

Rocha (2000), em seus estudos sobre o BSC em uma IES privada, propôs as

seguintes perspectivas e respectivos indicadores, demonstrados no Quadro 3.

Perspectiva Indicadores

Responsabilidade financeira Receitas gerais; Despesas globais; Inadimplências dos alunos.

Clientes Satisfação dos clientes; Evasão escolar;

Captação de novos clientes; Lucratividade dos clientes.

Educação

Exame Nacional de Cursos (conceito);

Projeto Pedagógico; Compatibilidade do corpo docente; Contribuição da pesquisa e extensão; Número de artigos publicados.

Processos Internos Inovação; Novos cursos; Assistência aos egressos; Pós-venda.

Aprendizagem e Crescimento

Retenção dos empregados; Produtividade dos empregados; Motivação e satisfação dos empregados; Professores com título de especialização; Professores com título de mestrado e doutorado.

Quadro 3: Modelo de BSC para IES proposto por Rocha. Fonte: Rocha (2000).

Lima Júnior (2008), em suas pesquisas sobre o BSC em uma IES privada,

voltados para a avaliação da consistência estratégia, trabalhou com as quatro

perspectivas tradicionais sugeridas por Kaplan e Norton (1997), financeira, clientes,

processos internos, e, aprendizagem e crescimento, com os seguintes indicadores,

demonstrados no Quadro 4.

Perspectiva Indicadores

Financeira Individualizar ativos por aluno; identificar gastos correntes por aluno; rentabilidade por aluno.

Clientes Conhecer o perfil do aluno; atender as expectativas do aluno; criar valor ao aluno, criando serviços de apoio.

Processos Internos Projeto pedagógico/diversidade de cursos/qualidade de ensino; programa de pesquisa e extensão; infraestrutura física e tecnológica (acervo bibliográfico, laboratórios, etc.).

Aprendizagem e Crescimento Qualificação dos professores; qualificação dos técnicos administrativos; motivação e satisfação no trabalho.

Quadro 4: Modelo de BSC para IES proposto por Lima Júnior. Fonte: Lima Júnior (2008).

39

2.5 SÍNTESE DA REVISÃO TEÓRICA

O referencial teórico revisto neste capítulo alicerça o tema discutido por esta

dissertação. A seguir os principais aspectos abordados pelos autores nesta

pesquisa.

Nas últimas décadas as instituições de ensino superior privadas vêm

passando por várias transformações exigindo um novo modelo de gestão e para isto

é necessário ferramentas que facilite o processo e permita visualizar qual a melhor

estratégia a ser seguida (SILVA, 2009).

Na década de 90 Kaplan e Norton (1997), criaram uma ferramenta capaz de

gerenciar as estratégias em longo prazo comunicando e traduzindo a visão e a

estratégia num conjunto de medidas de desempenho a toda organização

denominado de Balanced Scorecard (SILVA, 2009).

Pesquisas afirmam que várias empresas vêm adotando a ferramenta BSC

(CARVALHO, 2006) e entre elas as Instituições de Ensino Superior (ASAN;

TANYAS, 2007).

Inicialmente o BSC era utilizado como medida de desempenho evoluindo-se

para um sistema de gestão estratégico (BANKER; CHANG; PIZZINI, 2004) que pode

ser utilizado para alinhar as estratégias e redução dos gaps, levando a sua

consistência (LIMA JÚNIOR, 2008), o que motivou os objetivos deste estudo.

Portanto, esta pesquisa pretende contribuir para a gestão estratégica das IES

e, para que o BSC seja bem sucedido, Kaplan e Norton (1997, p.153/157),

recomendam que devam ser observados os três princípios que permitem a sua

integração à estratégia da empresa:

40

1. Relação de causa e efeito – toda medida selecionada para um BSC deve

ser um elemento de uma cadeia de relações de causa e efeito que comunique o

significado da estratégia da unidade de negócios à empresa.

2. Vetores de desempenho – um bom BSC deve ser uma combinação

adequada de resultados (indicadores de ocorrências - lagging) e impulsionadores de

desempenho (indicadores de tendências - leading) ajustados à estratégia da unidade

de negócios.

3. Relação com os fatores financeiros – as relações causais de todas as

medidas incorporadas ao scorecard devem estar vinculadas a objetivos financeiros.

As perspectivas do BSC sugeridas para as IES para atender a sua missão

podem ser sintetizadas em: financeira, clientes, processos internos e aprendizagem

e crescimento. A síntese do modelo se assemelha a de Lima Júnior (2008),

demonstrada na Figura 6.

Figura 6: Modelo Geral da Pesquisa Fonte: Lima Júnior (2008)

Assim, com base no referencial teórico e seguindo a linha de pesquisa focado

na estratégia, na definição das perspectivas e indicadores, serão adotadas neste

estudo, as quatro perspectivas tradicionais criadas por Kaplan e Norton (1997) e

41

dezesseis indicadores, adaptados de Lima Júnior (2008) acrescido de mais um

indicador em cada perspectiva, no sentido de obter informações estratégicas mais

detalhadas sobre a IES. A seguir o modelo de BSC adotado nesta pesquisa,

demonstrado no Quadro 5.

Perspectiva Indicadores

Financeira

Sustentabilidade financeira da instituição; relação custo/benefício da mensalidade; utilização racional dos recursos disponíveis; programas de incentivos (bolsas / política de financiamentos / convênios e parcerias).

Clientes Reputação pela qualidade de ensino; atender as expectativas do aluno; criar valor ao aluno, criando serviços de apoio; tradição da marca (reconhecida pelo mercado).

Processos Internos

Projeto pedagógico/diversidade de cursos/qualidade de ensino; programa de pesquisa e extensão; infraestrutura física e tecnológica (acervo bibliográfico, laboratórios, localização etc.); projetos e programas sociais.

Aprendizagem e Crescimento Qualificação dos professores; qualificação dos técnicos administrativos; motivação e satisfação no trabalho do corpo de professores; aprimoramento em tecnologia da informação - TI.

Quadro 5: Modelo de BSC para IES proposto pelo autor. Fonte: Adaptado de Lima Júnior (2008).

Desta forma, o estudo pretende oferecer um modelo diferenciado de

avaliação da consistência estratégica, proporcionando aos gestores informações

consistentes para o sistema de gestão.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Este capítulo descreve a abordagem metodológica escolhida para o presente

estudo. Estabelece estratégias apropriadas de estudo, coleta e análises de dados

para cumprir os objetivos propostos e a forma como serão aplicados para avaliar a

consistência estratégica, nas perspectivas do BSC, quando da sua adoção por uma

IES, de acordo com o modelo proposto por Kaplan e Norton (1997).

A metodologia adotada neste estudo difere da usada por Lima Júnior (2008)

que aplicou uma análise descritiva e multivariada com análise de cluster. No

presente estudo foi utilizada uma análise fatorial com o teste de média multivariada –

T2 de Hotelling.

3.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa se desenvolveu por meio de um estudo de caso, numa IES

privada, para avaliar a consistência estratégica sob as perspectivas do BSC. Yin

(2001) afirma que o objetivo da pesquisa por meio do estudo de caso não é só

explorar certos fenômenos, mas também entendê-los num determinado contexto,

além de utilizar métodos múltiplos para coletar e analisar dados qualitativos e

quantitativos.

Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa adotou a metodologia da

triangulação proposta por Yin (2001). Ao investigar o caso na IES, foram utilizadas

três fontes de coleta de dados:

1) Pesquisa bibliográfica;

43

2) Levantamento interno: informações sobre estrutura física, acadêmica e

administrativa, em uma IES privada, com sede em Patos de Minas-MG.

3) Questionário: levantamento ou survey com a direção/coordenação e os

alunos para avaliar a consistência estratégica entre estes sujeitos nas

perspectivas do BSC.

A triangulação desses diferentes tipos permitiu maior compreensão das

análises, proporcionando mais consistência do estudo realizado.

3.2 UNIDADE DE ANÁLISE, RESPONDENTES E AMOSTRA

A unidade de análise pesquisada foi a Fundação Educacional de Patos de

Minas (FEPAM) e seu Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), uma das

principais instituições do setor educacional da região do Alto Paranaíba.

Os respondentes à pesquisa foram os gestores dos níveis de Direção/

Coordenação e os Alunos dos cursos de graduação. No nível de

Direção/Coordenação (Gestores) foram pesquisados o Reitor, Pró-Reitor, Diretor de

Graduação, Diretor Executivo, 22 Coordenadores dos 26 Cursos de graduação, num

total de 26 entrevistados. No nível de alunos dos 26 cursos de graduação foi

utilizada a amostragem aleatória estratificada proporcional, por período e curso, de

forma a atender a proporcionalidade de alunos amostrados de acordo com o número

de estudantes de cada curso, conforme dados apresentados nos Apêndices C e D.

Segundo Malhotra (2006), amostragem estratificada é uma técnica de

amostragem probabilística que usa um processo de dois estágios para dividir a

população em subpopulações ou estratos, escolhendo os elementos de cada estrato

por um processo aleatório.

44

Na definição do tamanho da amostra para o grupo direção/coordenação

(gestores) foi adotado um censo, uma vez que a população era pequena e não

justificava a amostragem. Para definição inicial do tamanho da amostra mínima do

grupo alunos, foi adotado o método de cálculo do “n” amostral para estudos

analíticos aplicado para teste t de Student considerando os erros alfa e beta, de

acordo com o modelo proposto por Fontelles et al., (2010). Assim, foi aplicada a

fórmula para o tamanho amostral de um estudo que compare as médias de dois

grupos independentes, considerando as variâncias iguais nos dois grupos, a seguir:

Onde: zα/2 = Valor do erro alfa = 1,96 (da abcissa sob a curva da distribuição normal para o nível de significância de 5%). zβ = Valor do erro beta = 1,64 (da abcissa sob a curva da distribuição normal para uma potência do teste de 95%). s = desvio padrão = 2,35 (maior desvio detectado na amostra piloto na variável 14-relação custo/benefício da mensalidade (F2) no Apêndice B). d = diferença mínima a ser detectada = 0,5 (erro máximo amostral).

O resultado apontou uma amostra mínima de 574 alunos. Considerando que

a IES pesquisada disponibilizou o seu portal acadêmico,

(http://alunos.unipam.edu.br/PortalAcademico/Usuario/LoginUser), para a aplicação

do questionário aos 6.009 graduandos dos 26 cursos de graduação, dos quais 3.641

responderam então se reduziu intencionalmente o erro amostral para d = 0,3454,

para obter uma amostra desejada de aproximadamente 20% dos graduandos,

resultando em 1.203 alunos. Assim dos respondentes foi extraído uma sub-amostra

correspondente a 20% dos alunos matriculados em cada curso, por meio de seleção

aleatória estratificada proporcional por período e curso, totalizando os 1.203 sujeitos,

demonstrado no Apêndice D. De acordo com Hair et al. (1998, p.98) ’’o pesquisador

45

sempre deve tentar obter a maior razão casos-por-variável para minimizar as

chances de superajustar os dados”.

3.3 COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado, com quatro

indicadores em cada perspectiva do BSC, junto à direção/coordenação e alunos da

instituição pesquisada.

Para Malhotra (2006), o questionário é uma “técnica estruturada para coleta

de dados que consiste em uma série de perguntas, escritas ou orais, que um

entrevistado deve responder”.

Silva (2009) aborda que na escolha dos indicadores de desempenho de um

Balanced Scorecard, devem-se observar os três princípios que traduz a estratégia

em medidas: da relação de causa e efeito; dos resultados e vetores de desempenho;

e da relação com os fatores financeiros.

Observando os três princípios abordados por Silva (2009) ao definir os

indicadores e perspectivas adotou-se o modelo adaptado de Lima Júnior (1998)

acrescentado de mais um indicador em cada perspectiva. O motivo do acréscimo de

mais um indicador e substituição de outros, visou atender aos objetivos da pesquisa,

embasado na experiência de Kaplan e Norton (2001) que esperam que o BSC tenha

de 20 a 25 indicadores entre as diferentes perspectivas.

Assim foram definidos dezesseis indicadores, dentro das seguintes

perspectivas, adotando o modelo de questionário adaptado de Lima Júnior (2008)

apresentado no Apêndice A, a seguir:

46

a) Financeira (F) – sustentabilidade financeira da instituição (F1), relação

custo/benefício da mensalidade (F2), utilização racional dos recursos disponíveis

(F3) e programas de incentivos (bolsas/políticas de financiamentos/convênios e

parcerias) (F4);

b) Clientes (C) – reputação pela qualidade de ensino (C1), atender as

expectativas do aluno (C2), criar valor ao aluno oferecendo serviço de apoio (C3) e

tradição da marca reconhecida pelo mercado (C4);

c) Processos Internos (PI) – projeto pedagógico/diversidade de

cursos/qualidade de ensino (PI1), programa de pesquisa e extensão (PI2),

infraestrutura física e tecnológica (acervo bibliográfico, laboratórios, localização etc.)

(PI3) e projetos e programas sociais (PI4);

d) Aprendizado e Crescimento (AC) – qualificação dos professores (AC1),

qualificação dos técnicos administrativos (AC2), motivação e satisfação no trabalho

do corpo de professores (AC3) e aprimoramento em tecnologia da informação-TI

(AC4).

Inicialmente foi realizada a coleta de dados em uma amostra piloto com 124

alunos de dois cursos e 22 gestores, para testar e validar os dados, demonstrado no

Apêndice B. Após a validação desses dados, do questionário e dos procedimentos

estatísticos, foi procedida a coleta de dados dos demais alunos e gestores

componentes da amostra.

O questionário foi aplicado na IES no primeiro semestre do ano letivo de

2012, pelo próprio pesquisador junto aos gestores e via portal acadêmico,

disponibilizado no período de 15/05/2012 a 15/06/2012, junto aos alunos.

47

3.4 HIPÓTESES

Creswell (2007), afirma que hipóteses são previsões que o pesquisador faz

sobre a relação entre as variáveis e que geralmente são usadas em experimentos

que comparam grupos. Diz que o teste de hipóteses emprega procedimentos

estatísticos nos quais o investigador faz inferências sobre a população a partir de

uma amostra de estudos.

Nesse sentido, baseado na questão de pesquisa, o estudo permitiu formular

as seguintes hipóteses:

Ho – Não existem diferenças estatisticamente significantes entre os grupos

direção/coordenação e alunos.

H1 – Existem diferenças estatisticamente significantes entre os grupos

direção/coordenação e alunos.

3.5 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Inicialmente foi realizada a validação das respostas, por intermédio do pré-

teste em amostra piloto, antes das análises, para validar tanto os respondentes

quanto os indicadores. Os questionários dos respondentes que apresentaram

variância zero, entre as questões, foram eliminados das análises, pois, assume-se

que o respondente não ponderou ao responder. Os dezesseis indicadores testados

conseguiram poder de explicação acima de 50% de variância extraída, confirmada

na Análise Fatorial (AF) - Comunalidades, por isso todos foram mantidos.

Após o pré-teste foi aplicada a AF para validar os construtos de medição e em

seguida o teste de média multivariada – T2 de Hotelling, para avaliar a consistência

estratégica sob as perspectivas do BSC.

48

3.5.2 Análise Fatorial na Validação dos Indicadores do BSC

A Análise Fatorial é uma técnica multivariada que busca identificar um número

relativamente pequeno de fatores comuns que podem ser utilizados para representar

relações entre um grande número de variáveis inter-relacionadas (FÁVERO et al.,

2009 ).

Considerando que o modelo de BSC adotado no estudo, foi construído a partir

de indicadores (variáveis observáveis - itens) post-hoc baseado em estudo anterior

(Lima Júnior, 2008) e indicadores ainda não testados, para sua validação, foi

utilizada uma combinação de Análise Fatorial Exploratória (AFE) para testar a

estrutura conceitual e adequação das variáveis e unidimensionalidade dos

construtos com Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para confirmar a confiabilidade

do modelo de mensuração. Silva (2006) diz que, quanto a modelos não examinados,

um modelo aceito é apenas um modelo não confirmado e que na prática quanto ao

enfoque no desenvolvimento do modelo muitas pesquisas combinam propósitos

exploratórios e confirmatórios.

Para tabulação dos dados foi utilizado o software Statistical Package for The

Social Sciences (SPSS), que possibilita realizar cálculos estatísticos complexos,

apresentando uma interpretação concisa dos resultados alcançados (HAIR et al.,

1998), com integração do Analysis of Moments Structures (AMOS), sistema utilizado

para a especificação e modelação generalizada da estrutura relacional de momentos

amostrais (MARÔCO, 2010).

49

3.5.2.1 Análise Fatorial Exploratória

Utilizou-se da AFE para procurar entender o perfil de respostas a cada

variável pesquisada sobre indicadores nas quatro perspectivas do BSC (HAIR,

2005).

Na avaliação das variáveis de medição da consistência estratégica sob as

perspectivas do BSC entre direção/coordenação e os alunos, foi aplicada a AFE por

perspectiva, pressupondo que já existem correlações entre as quatro perspectivas

(fatores) que explicam o BSC, baseados em estudos anteriores principalmente de

Lima Júnior (2008), adotando os seguintes procedimentos estatísticos:

Análise Descritiva (média, desvio padrão e coeficiente de variação) - as

medidas de posição e dispersão ajudam a sintetizar e compreender

melhor as informações coletadas (HAIR, 2005).

Análise da Matriz de Correlações - mede a associação linear entre as

variáveis, por meio do coeficiente de correlação de Pearson (FÁVERO et

al., 2009).

Teste de Esfericidade de Bartlett e KMO - o teste de esfericidade de

Bartlett é uma forma de examinar a matriz de correlações e verificar a

adequação da Análise Fatorial com o intuito de avaliar a hipótese de que a

matriz das correlações pode ser a matriz identidade com determinante

igual a 1. A estatística Kaiser-Meyer-Olkim (KMO) compara as correlações

simples com as correlações parciais (FÁVERO et al., 2009).

Matriz Anti-Imagem - a matriz de correlações anti-imagem contém os

valores negativos das correlações parciais e é uma forma de obter indícios

50

acerca da necessidade de eliminação de determinada variável do modelo

(FÁVERO et al., 2009).

Comunalidades - as comunalidades são representadas pela variância

total explicada pelos fatores em cada variável (FÁVERO et al., 2009).

Eigenvalues e Percentual de Variância Explicada pelos Fatores –

apresentam os valores próprios (eigenvalues ou autovalores) para cada

fator, bem como os respectivos percentuais do total das variâncias

explicada pelos fatores (FÁVERO et al., 2009).

Consistência Interna pelo Coeficiente Alpha de Cronbach - a

consistência interna dos fatores define-se como a proporção da

variabilidade nas respostas que resulta em diferenças nos inquiridos, em

função de suas diversas opiniões. Nesse sentido, o coeficiente Alpha de

Cronbach é uma das medidas mais usadas para verificação da

consistência interna de um grupo de variáveis (PESTANA; GAGEIRO

2003).

Bezerra e Corrar (2006), em seus estudos sobre a utilização da análise

fatorial na identificação de indicadores para avaliação de desempenho, concluíram

que a metodologia pode ser utilizada como forma de análise de um conjunto de

variáveis no intuito de determinar sua importância na explicação dessas variáveis.

3.5.2.2 Análise Fatorial Confirmatória

A AFC é um método confirmatório que se usa quando há informação prévia

sobre estrutura fatorial que é preciso confirmar. A AFC serve para confirmar se

padrões estruturais de fatores latentes são responsáveis pelo comportamento de

51

variáveis manifestas de acordo com uma determinada teoria pré-estabelecida noutro

estudo (MARÔCO, 2010).

Para confirmar a validação do modelo estrutural do BSC, inicialmente testado

na AFE, foi utilizada AFC de segunda ordem compreendendo os seguintes estágios:

Especificação do modelo – Análise fatorial de segunda ordem: O

objetivo primário do pesquisador em AFC é confirmar um bom ajuste entre

o modelo criado e os dados amostrais verificando a adequação geral do

modelo (SILVA, 2006).

Validação dos pressupostos do modelo: a) Testes de Valores

Extremos - A violação dos pressupostos associados à AFC pode provocar

resultados enviesados em termos das estatísticas de ajustamento do

modelo. Para isso, aplica-se o teste da distância quadrada de Mahalanobis

(DM2), que sugere a existência de observações com valores extremos

(MARÔCO, 2010); b) Teste de Avaliação da Normalidade Multivariada –

Para a consistência do modelo de AFC, é necessário que as variáveis

endógenas apresentem distribuição normal multivariada. A avaliação da

normalidade multivariada foi testada com base na assimetria e na curtose

multivariada (MARÔCO, 2010). Para que não haja indícios de violação dos

pressupostos da normalidade multivariada, os indicadores de assimetria e

curtose devem apresentar resultados abaixo dos valores de referência

indicados |sk| >2 - 3 e |ku| > 7 – 10, obtidos a partir das fórmulas a seguir

(MARÔCO, 2010).

52

Validação da AFC - As escalas do modelo foram verificadas por meio da

análise de consistência interna, confiabilidade composta e validade

convergente, aplicando os testes de confiabilidade simples (Alpha de

Cronbach), de confiabilidade composta (CC) e da variância média extraída

(Average Variance Extracted - AVE) (MARÔCO, 2010). De acordo com a

teoria de Fornell e Larcker (1981), os itens com cargas da análise de

consistência interna e confiabilidade composta menores que 0,70 devem

ser excluídos do modelo, por revelarem percentual de variância explicada

pelo construto inferior a 50%, sendo este um critério paralelo de exclusão

do item. De acordo com Marôco (2010) os cálculos podem ser obtidos com

a aplicação das fórmulas a seguir.

53

Avaliação da Qualidade do Ajuste - Para a avaliação da qualidade do

ajustamento do modelo foi realizado o teste do modelo estrutural, buscando

evidenciar os valores do teste qui-quadrado (X²), apresentando o grau de

liberdade (gl - quanto menor, melhor) e o fator de significância (sig - com

p>0,05). Foram comparados os índices de ajuste desse modelo representado

pelos indicadores x²/gl (com valores de referência [1;5] - Ajustamento

aceitável); Comparative Fit Index – CFI (valores de referência [0,90;0,95] -

Ajustamento bom); Goodness of Fit Index- GFI (valores de referência

[0,90;0,95] - Ajustamento bom); Root Mean Square Error of Approximation –

RMSEA (valores de referência [0,05;0,10] Ajustamento bom), e os pesos

fatoriais desses indicadores, considerados elevados quando apresentarem

resultados (>0,50). As fórmulas estão descritas a seguir (MARÔCO, 2010).

Após a validação da AFC por meio dos resultados dos testes realizados,

partiu-se para avaliação da AFC na segunda ordem.

Assim, foi formulado o seguinte teste de hipótese:

54

H0: O BSC exerce influência positiva estatisticamente significante sobre as

perspectivas: Aprendizagem e Crescimento, Processos Internos, Clientes e

Financeira.

H1: O BSC não exerce influência positiva estatisticamente significante sobre

as perspectivas: Aprendizagem e Crescimento, Processos Internos, Clientes e

Financeira.

Nesse sentido, Byrne (2009) confirma que, AFC é indicada para testar o

modelo de mensuração, com o objetivo de verificar se os itens operacionais

utilizados como indicadores dos construtos atingiram níveis aceitáveis de

confiabilidade e de validade de estrutura.

3.5.3 Teste de Média Multivariada – T2 de Hotelling na Avaliação da Consistência Estratégica

Para avaliação da consistência estratégica sob as perspectivas do BSC entre

direção/coordenação e os alunos, com o objetivo de testar as hipóteses formuladas,

foi utilizado o teste da diferença entre os vetores das médias multivariadas – T2 de

Hotelling para cada perspectiva.

O teste de T2 de Hotelling é um teste multivariado para verificar diferenças de

vetores de médias para casos onde existem múltiplas variáveis dependentes

intervalares e dois grupos formados por variáveis independentes categóricas

(JOHNSON; WICHERN, 1992).

Hair et al. (1998) afirmam que o teste de T2 de Hotelling é um caso especial

de análise de variância multivariada (MANOVA) para avaliar a significância

estatística da diferença nas médias de duas ou mais variáveis entre dois grupos.

55

Nesse sentido, com a utilização destas técnicas, foi possível avaliar e analisar

a consistência das variáveis, testar e interpretar os dados levantados, possibilitando

responder o problema de pesquisa e testar as hipóteses formuladas.

3.6 INSTITUIÇÃO DE ENSINO PESQUISADA

A instituição de ensino, objeto da pesquisa, foi a Fundação Educacional de

Patos de Minas (FEPAM), mantenedora do Centro Universitário de Patos de Minas

(UNIPAM), situada na cidade de Patos de Minas, Estado de Minas Gerais.

A FEPAM é uma entidade sem fins lucrativos, com personalidade jurídica

própria, instituída pelo Poder Público Estadual, nos termos da Lei nº. 4.776, de

27/05/1968, decreto nº. 11.348, de 30/09/1968, que tem por finalidade, além de

outros, manter e prover o UNIPAM dos recursos necessários à manutenção de suas

atividades ligadas ao ensino, pesquisa e extensão.

O UNIPAM foi criado em 31/08/2000 e recredenciado pelo Decreto Estadual

de 09/12/2004 validado pelo protocolo nº. 2009-01731 no sistema E-MEC do

Ministério da Educação. Conta, atualmente, com 26 cursos de graduação superior

em turnos diurno, noturno e integral e com aproximadamente 6.000 alunos

matriculados, além de cursos de pós-graduação e extensão.

O UNIPAM rege-se, pela legislação brasileira da educação superior, por seu

Estatuto, Regimento Geral, Regulamentos Internos e pelo Estatuto da FEPAM,

registrado no Cartório do Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de Patos

de Minas, sob o nº. 1.597, páginas 487 e 492, do livro A, nº. 02 em 29/11/1968.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Este capítulo analisou os resultados gerados a partir da aplicação da

metodologia de análise dos dados apresentada no Capítulo 3, baseado na coleta de

dados por amostragem.

O capítulo apresentou inicialmente o perfil da amostra, em seguida a análise

fatorial subdividida em análise fatorial exploratória e análise fatorial confirmatória na

validação e confirmação dos indicadores de medição escolhidos e, por fim, o teste

de média multivariada - T2 de Hotelling, para a avaliação da consistência estratégica

na IES pesquisada.

4.1 PERFIL DA AMOSTRA

4.1.1 Seleção da Amostra

Dos respondentes previstos na população, foram aplicados os questionários,

pessoalmente a 25 dos 26 gestores do grupo de direção/coordenação e, via portal

acadêmico a 3.641 dos 6.009 graduandos do grupo alunos dos 26 cursos de

graduação apresentados no Apêndice C. Posteriormente, foram selecionados por

meio de sub amostra aleatória estratificada proporcional por período e curso, 1.203

alunos, com uso de planilha eletrônica, apresentado no Apêndice D e demonstrado

na Tabela 1.

TABELA 1: PERFIL DOS RESPONDENTES DA AMOSTRA

Grupo População final Frequência da amostra % relação à população

Direção/Coordenação 26 25 96,1%

Alunos 3.641 1.203 33,0%

Fonte: Dados da pesquisa.

57

4.1.2 Seleção dos Respondentes e Indicadores

Os respondentes que apresentaram variância zero em suas respostas sobre a

avaliação do grau de importância dos indicadores em cada perspectiva do BSC, por

intermédio do questionário apresentado no apêndice A, foram excluídos antes da

seleção da amostra. Assume-se que o respondente não ponderou ao responder pois

em 16 itens apresentou a mesma resposta.

Dos 16 indicadores utilizados, todos apresentaram poder de explicação acima

de 50%, conforme demonstrado na AFE – Comunalidades (Tabela 12) e confirmado

pela AFC (Tabela 19). Assim todos os indicadores foram validados para as análises.

4.2 ANÁLISE FATORIAL NA VALIDAÇÃO DOS INDICADORES DAS PERSPECTIVAS DO BSC

O sistema de medição deve tornar explícitas as relações (hipóteses) entre os

objetivos e as medidas nas várias perspectivas, para que elas possam ser

gerenciadas e validadas (KAPLAN; NORTON, 1997). Nesse sentido, a análise

fatorial analisa o poder de explicação dos indicadores utilizados na amostra em cada

perspectiva (HAIR et al., 1998).

Para validação dos indicadores do BSC, foi utilizada uma combinação de

AFE, para testar a estrutura conceitual e adequação das variáveis e

unidimensionalidade dos construtos, com AFC, para confirmar a confiabilidade do

modelo de mensuração. O objetivo da aplicação das duas análises foi para testar o

novo modelo de BSC, adotado no estudo, construído a partir de indicadores

(variáveis observáveis - itens) post-hoc baseado em estudo anterior (Lima Júnior,

2008) e indicadores ainda não testados.

58

4.2.1 Análise Fatorial Exploratória

Para testar a estrutura conceitual e adequação das variáveis e

unidimensionalidade dos construtos de medição do BSC, foi aplicada a AFE

utilizando os seguintes procedimentos estatísticos: 1) Análise Descritiva; 2) Análise

da Matriz de Correlações; 3) Teste de Esfericidade de Bartlett e KMO; 4) Matriz Anti-

Imagem; 5) Comunalidades; 6) Eigenvalues e Percentual de Variância Explicada

pelos Fatores; e, 7) Consistência Interna pelo coeficiente Alpha de Cronbach. A

seguir, os resultados das análises.

4.2.1.1 Análise Descritiva dos Indicadores das Perspectivas do BSC

De acordo com a análise descritiva são apresentados os resultados referentes

à estatística descritiva (média, desvio padrão e coeficiente de variação-CV%) para

os indicadores referentes às perspectivas permitindo sintetizar e visualizar os dados.

A Tabela 2 mostra os resultados da análise descritiva dos indicadores em

cada perspectiva. Os indicadores que obtiveram maior grau de importância na

percepção dos dois grupos foram: a) Perspectiva Aprendizagem e Crescimento:

qualificação dos professores (AC1) com média de 8,86; b) Perspectiva Processos

Internos: infraestrutura física e tecnológica (PI3) com média de 9,00; c) Perspectiva

Clientes: reputação pela qualidade de ensino (C1), com média de 8,75; e, d)

Perspectiva Financeira: sustentabilidade financeira da instituição (F1), com 8,65 de

média.

A análise descritiva possibilitou, também, visualizar a hierarquia das

perspectivas do BSC na visão dos dois grupos, indicando a seguinte ordem por grau

de importância:

59

1) Processos Internos (com média de 8,59);

2) Aprendizagem e Crescimento (com média de 8,57);

3) Clientes (com média de 8,56);

4) Financeira (com média de 8,42).

TABELA 2: ANÁLISE DESCRITIVA DOS INDICADORES DAS PERSPECTIVAS DO BSC NA PERCEPÇÃO DOS DOIS GRUPOS JUNTOS

Perspectivas e Indicadores Média Desvio Padrão CV(%)

Perspectiva Aprendizagem e Crescimento 8,57 1,44 16,80

Qualificação dos professores (AC1) 8,86 1,55 17,50

Qualificação dos técnicos administrativos (AC2) 8,32 1,68 20,24

Motivação e satisfação no trabalho corpo de professores (AC3) 8,63 1,67 19,41

Aprimoramento em tecnologia da informação – TI (AC3) 8,48 1,77 20,90

Perspectiva Processos Internos 8,59 1,46 17,00

Projeto pedagógico /diversidade cursos /qualidade ensino (PI1) 8,73 1,73 19,83

Programa de pesquisa e extensão (PI2) 8,32 1,86 22,39

Infraestrutura física e tecnológica (PI3) 9,00 1,56 17,36

Projetos e programas sociais (PI4) 8,33 1,76 21,21

Perspectiva Clientes 8,56 1,52 17,76

Reputação pela qualidade de ensino (C1) 8,75 1,66 19,01

Atender as expectativas do aluno (C2) 8,56 1,79 20,97

Criar valor ao aluno, oferecendo serviço de apoio (C3) 8,45 1,83 21,76

Tradição da marca (reconhecida pelo mercado) (C4) 8,48 1,78 21,00

Perspectiva Financeira 8,42 1,61 19,12

Sustentabilidade financeira da instituição (F1) 8,65 1,63 18,94

Relação custo/benefício da mensalidade (F2) 7,99 2,31 28,94

Utilização racional dos recursos disponíveis (F2) 8,55 1,80 21,09

Programas de incentivos (F2) 8,48 2,15 25,46

Fonte: Dados da pesquisa.

Os valores apresentam pequenas variações nas médias, entre 8,0 e 9,0,

dispersão baixa e coeficientes de variação em torno de 17% nas quatro

perspectivas, indicando certa homogeneidade nos padrões de respostas.

4.2.1.2 Análise da Matriz de Correlações dos Indicadores das Perspectivas do BSC

A análise da matriz de correlações apresenta os coeficientes de correlação

Pearson entre as variáveis e os p-values para as hipóteses Ho: =0 versus H1: >0.

O desejável é que ocorram altos coeficientes de correlação entre as variáveis. Caso

as correlações entre as variáveis não revelar um número substancial de valores

60

superiores a 0,30, a utilização da técnica não é apropriada. Além disso, é de se

esperar que as variáveis que apresentam alta correlação tendam a compartilhar o

mesmo fator (FÁVERO et al., 2009).

Com base nos resultados obtidos nas Tabelas 3 a 6, com todos os valores

superiores 0,30, pode-se afirmar que existem correlações de médias para alta

magnitude entre as variáveis em cada perspectivas do BSC tendendo a compartilhar

o mesmo fator, indicando que a técnica é apropriada.

Os resultados das Tabelas 3 a 6 apontaram as variáveis que apresentaram

maior correlação em cada perspectiva, como segue: a) Perspectiva Aprendizagem e

Crescimento: Qualificação dos professores e Motivação e satisfação no trabalho do

corpo de professores (0,73); b) Perspectiva processos internos: Projeto pedagógico/

diversidade de cursos/qualidade de ensino/Programa de pesquisa e extensão (0,71);

c) Perspectiva Clientes: Atender as expectativas do aluno e Criar valor ao aluno,

oferecendo serviço de apoio (0,80); d) Perspectiva Financeira: Relação

custo/benefício da mensalidade e Utilização racional dos recursos disponíveis (0,67).

TABELA 3: ANÁLISE DA MATRIZ DE CORRELAÇÕES DA PERSPECTIVA APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO

Indicadores AC1 AC2 AC3 AC4

Correlation / Sig. (1-tailed)

Qualificação dos professores (AC1) 1,00 0,69 0,73 0,63

Qualificação dos técnicos administrativos (AC2) 1,00 0,62 0,56

Motivação/satisfação dos professores (AC3) 1,00 0,70

Aprimoramento em TI (AC4) 1,00

a. Determinant =0,110

Fonte: Dados da pesquisa.

TABELA 4: ANÁLISE DA MATRIZ DE CORRELAÇÕES DA PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

Indicadores PI1 PI2 PI3 PI4

Correlation /Sig. (1-tailed)

Projeto pedagógico / diversidade de cursos / qualidade de ensino (PI1)

1,00 0,71 0,63 0,54

Programa de pesquisa e extensão (PI2) 1,00 0,60 0,62

Infraestrutura física e tecnológica (PI3) 1,00 0,56

Projetos e programas sociais (PI4)

1,00

a. Determinant = 0,154

Fonte: Dados da pesquisa.

61

TABELA 5: ANÁLISE DA MATRIZ DE CORRELAÇÕES DA PERSPECTIVA CLIENTES

Indicadores C1 C2 C3 C4

Correlation / Sig. (1-tailed)

Reputação pela qualidade de ensino (C1) 1,00 0,73 0,65 0,64

Atender as expectativas do aluno (C2) 1,00 0,80 0,55

Criar valor ao aluno com serviços de apoio (C3) 1,00 0,54

Tradição da marca (C4)

1,00

a. Determinant = 0,092

Fonte: Dados da pesquisa.

TABELA 6: ANÁLISE DA MATRIZ DE CORRELAÇÕES DA PERSPECTIVA FINANCEIRA

Indicadores F1 F2 F3 F4

Correlation / Sig. (1-tailed)

Sustentabilidade financeira da instituição (F1) 1,00 0,42 0,53 0,45

Relação custo/benefício da mensalidade (F2) 1,00 0,67 0,59

Utilização racional dos recursos disponíveis (F3) 1,00 0,60

Programas de incentivos (bolsas/política de financiamentos/convênios e parcerias) (F4)

1,00

a. Determinant = 0,220

Fonte: Dados da pesquisa.

Os resultados indicam que existe compartilhamento de fatores em comum

entre todas as variáveis de cada perspectiva, o que justifica a utilização da AF.

4.2.1.3 Teste de Esfericidade de Bartlett e KMO dos Indicadores das Perspectivas do BSC

O teste de esfericidade de Bartlett é uma forma de examinar a matriz de

correlações e verificar a adequação da AF com o intuito de avaliar a hipótese de que

a matriz das correlações pode ser a matriz identidade com determinante igual a 1.

Se a matriz de correlações for igual à identidade, isso significa que as inter-relações

entre as variáveis são iguais a 0. Neste caso, deve-se reconsiderar a utilização de

análise fatorial. Se a hipótese nula (H0) não for rejeitada, isso significa que as

variáveis não estão correlacionadas e, nessa situação, não é adequada a utilização

da AF (FÁVERO et al., 2009).

A estatística Kaiser-Meyer-Olkim (KMO) compara as correlações simples com

as correlações parciais. Essa análise, cujos valores variam entre 0 e 1, avalia a

adequação da amostra quanto ao grau de correlação parcial entre as variáveis, que

62

deve ser pequeno. O valor de KMO próximo de 0 indica que a análise fatorial pode

não ser adequada, pois existe uma correlação fraca entre as variáveis. Por outro

lado, quanto mais próximo de 1 o seu valor, mais adequada é a utilização da técnica.

Os intervalos de análise dos valores de KMO podem ser observados no Quadro 6.

KMO Análise Fatorial

1 – 0,9 Muito boa

0,8 – 0,9 Boa

0,7 – 0,8 Média

0,6 – 0,7 Razoável

0,5 – 0,6 Má

<0,5 Inaceitável

Quadro 6: Estatística KMO (Kaiser-Meyer-Olkin) Fonte: Fávero et al. (2009, p 242).

Assim, valores para a estatística KMO iguais ou inferiores a 0,60 indicam que

a análise fatorial pode ser inadequada (FÁVERO et al., 2009).

De acordo com os critérios obtidos na Tabela 7, KMO superiores a 0,60,

torna-se adequada a aplicação da análise fatorial, o que permite sua utilização. O

nível de significância do teste de esfericidade de Bartlett (p-value = 0,000) conduz à

rejeição da hipótese de a matriz de correlações ser a identidade, evidenciando,

portanto, que há correlações entre as variáveis em cada perspectiva do BSC,

confirmando que deve-se considerar a utilização da análise fatorial.

TABELA 7: TESTE DE ESFERICIDADE DE BARTLETT E KMO DAS PERSPECTIVAS DO BSC

Perspectivas KMO Bartlett's p-value

Aprendizagem e Crescimento 0,817 0,000

Processos Internos 0,807 0,000

Clientes 0,781 0,000

Financeira 0,786 0,000

Fonte: Dados da pesquisa.

Os resultados apresentados pelos testes de esfericidade com nível de

significância (p-value = 0,000) e KMO entre 0,70 e 0,90 em todas as perspectivas do

BSC, torna adequada à aplicação da análise fatorial. Portanto, é possível afirmar

que há médias e boas correlações entre as variáveis testadas em cada perspectiva.

63

4.2.1.4 Matriz Anti-Imagem dos Indicadores das Perspectivas do BSC

Na matriz anti-imagem de correlações, os valores da diagonal principal

representam uma medida de adequação dos dados à análise fatorial, conhecida por

MSA (Medida de Adequação da Amostra), para cada uma das variáveis analisadas.

Caso algum valor esteja abaixo de 0,50, indica que a variável específica pode não

se ajustar à estrutura definida pelas outras variáveis, podendo ser eventualmente

eliminada (FÁVERO et al., 2009).

Com base nas Tabelas 8 a 11, observa-se que o MSA foi superior a 0,50 para

as variáveis de cada perspectivas do BSC, indicando que há correlação adequada

entre as variáveis.

Também foi possível observar as variáveis que apresentaram maior MSA em

cada perspectiva, como demonstrado a seguir: a) Perspectiva Aprendizagem e

Crescimento: qualificação dos técnicos administrativos (0,850a); b) Perspectiva

Processos Internos: infraestrutura física e tecnológica (acervo bibliográfico,

laboratórios, localização etc.) (0,843a) e projetos e programas sociais (0,843a); c)

Perspectiva Clientes: tradição da marca (reconhecida pelo mercado) (0,849a); d)

Perspectiva Financeira: sustentabilidade financeira da instituição (0,841a).

Os resultados indicaram MSA superior a 0,50 em todas as variáveis das

perspectivas do BSC, confirmando correlação adequada entre essas variáveis,

ajustando-se a estrutura definida pelas outras variáveis.

TABELA 8: ANÁLISE DA MATRIZ DE CORRELAÇÕES ANTI-IMAGEM DA PERSPECTIVA APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO

Indicadores AC1 AC2 AC3 AC4

Anti-image Correlation

Qualificação dos professores (AC1) 0,795a -0,406 -0,414 -0,162

Qualificação dos técnicos administrativos (AC2) -0,406 0,850a -0,151 -0,138

Motivação/satisfação dos professores (AC3) -0,414 -0,151 0,791a -0,42

Aprimoramento em TI (AC4) -0,162 -0,138 -0,42 0,844a

Fonte: Dados da pesquisa

64

TABELA 9: ANÁLISE DA MATRIZ DE CORRELAÇÕES ANTI-IMAGEM DA PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

Indicadores PI1 PI2 PI3 PI4

Anti-image Correlation

Projeto pedagógico / diversidade de cursos / qualidade de ensino (PI1)

0,784a -0,462 -0,326 -0,088

Programa de pesquisa e extensão (PI2) -0,462 0,775a -0,181 -0,341

Infraestrutura física e tecnológica (PI3) -0,326 -0,181 0,843a -0,245

Projetos e programas sociais (PI4) -0,088 -0,341 -0,245 0,843a

Fonte: Dados da pesquisa

TABELA 10: ANÁLISE DA MATRIZ DE CORRELAÇÕES ANTI-IMAGEM DA PERSPECTIVA CLIENTES

Indicadores C1 C2 C3 C4

Anti-image Correlation

Reputação pela qualidade de ensino (C1) 0,807a -0,402 -0,094 -0,395

Atender as expectativas do aluno (C2) -0,402 0,730a -0,618 -0,035

Criar valor ao aluno com serviço de apoio (C3) -0,094 -0,618 0,768a -0,146

Tradição da marca (reconhecida p/mercado) (C4)

-0,395 -0,035 -0,146 0,849a

Fonte: Dados da pesquisa

TABELA 11: ANÁLISE DA MATRIZ DE CORRELAÇÕES ANTI-IMAGEM DA PERSPECTIVA FINANCEIRA

Indicadores F1 F2 F3 F4

Anti-image Correlation

Sustentabilidade financeira da instituição (F1) 0,841a -0,04 -0,306 -0,17

Relação custo/benefício das mensalidades (F2)

-0,04 0,766a -0,449 -0,303

Utilização racional dos recursos disponíveis (F3)

-0,306 -0,449 0,746a -0,275

Programas de incentivos (bolsas/política de financiamentos/convênios e parcerias) (F4)

-0,17 -0,303 -0,275 0,823a

Fonte: Dados da pesquisa

4.2.1.5 Comunalidades dos Indicadores das Perspectivas do BSC

As comunalidades são representadas pela variância de cada variável

explicada pelos fatores. As comunalidades variam entre 0 e 1, sendo mais próximas

de 0 quando os fatores comuns explicam baixa ou nenhuma variância e de 1 quando

toda variância é explicada pelos fatores (FÁVERO et al., 2009).

Com base na Tabela 12, observou-se que todas as variáveis possuem índice

de extração acima de 0,50, mais próximo de 1, indicando que há adequada relação

com os fatores retidos, pois apresentam comunalidades relativamente altas,

conforme mostra a coluna extração.

65

TABELA 12: ANÁLISE DAS COMUNALIDADES DOS INDICADORES DAS PERSPECTIVAS DO BSC

Perspectivas e Indicadores Extração

Perspectiva Aprendizagem e Crescimento

Qualificação dos professores (AC1) 0,789

Qualificação dos técnicos administrativos (AC2) 0,685

Motivação e satisfação no trabalho do corpo de professores (AC3) 0,790

Aprimoramento em tecnologia da informação – TI (AC4) 0,699

Perspectiva Processos Internos

Projeto pedagógico / diversidade de cursos / qualidade de ensino (PI1) 0,737

Programa de pesquisa e extensão (PI2) 0,767

Infraestrutura física e tecnológica (PI3) 0,685

Projetos e programas sociais (PI4) 0,644

Perspectiva Clientes

Reputação pela qualidade de ensino (C1) 0,773

Atender as expectativas do aluno (C2) 0,815

Criar valor ao aluno, oferecendo serviço de apoio (C3) 0,767

Tradição da marca (reconhecida pelo mercado) (C4) 0,607

Perspectiva Financeira

Sustentabilidade financeira da instituição (F1) 0,514

Relação custo/benefício da mensalidade (F2) 0,693

Utilização racional dos recursos disponíveis (F3) 0,762

Programas de incentivos (F4) 0,669

Fonte: Dados da pesquisa.

Pelos resultados foi possível afirmar que todas as variáveis possuem

adequada relação com os fatores retidos, pois apresentaram comunalidades acima

de 0,50, mais próximo de 1. Assim, a decisão de não excluir variáveis, quando da

análise da estatística MSA, foi tomada de forma correta.

4.2.1.6 Eigenvalues e Percentual de Variância Explicada pelos Fatores das Perspectivas do BSC

Os valores próprios (eigenvalues ou autovalores) para cada fator, bem como

os respectivos percentuais de variância explicada, são apresentados na Tabela 13.

A análise foi realizada, por perspectiva, para verificar os percentuais de variância

explicada em cada dimensão do BSC.

Com base na regra de retenção de fatores os valores superiores a 1 poderão

ser retidos (FÁVERO et al. 2009). Conforme mostrado na Tabela 13, foi retido

apenas um fator em cada perspectiva. A tabela apresenta o percentual de variância

66

explicada pelo fator em cada perspectiva do BSC; a seguir: a) Perspectiva

Aprendizagem e Crescimento (74,116%); b) Perspectiva Processos Internos

(70,844%); c) Perspectiva Clientes (74,060%); d) Perspectiva Financeira (65,934%).

TABELA 13: ANÁLISE EIGENVALUES E PERCENTUAL DE VARIÂNCIA EXPLICADA PELOS FATORES DAS PERPECTIVAS DO BSC

Componente

Eigenvalues - inicial Extração - Soma de cargas

Total % de Variância %

Cumulativo Total % de

Variância %

Cumulativo

Perspectiva Aprendizagem e Crescimento

1 2,965 74,116 74,116 2,965 74,116 74,116

2 0,466 11,655 85,771

3 0,326 8,150 93,920

4 0,243 6,080 100,000

Perspectiva Processos Internos

1 2,834 70,844 70,844 2,834 70,844 70,844

2 0,478 11,942 82,786

3 0,413 10,327 93,113

4 0,275 6,887 100,000

Perspectiva Clientes

1 2,962 74,060 74,060 2,962 74,060 74,060

2 0,538 13,443 87,503

3 0,318 7,960 95,463

4 0,181 4,537 100,000

Perspectiva Financeira

1 2,637 65,934 65,934 2,637 65,934 65,934

2 0,622 15,538 81,472

3 0,427 10,686 92,158

4 0,314 7,842 100,000

Extraction Method: Principal Component Analysis.

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 13, constatou-se que

as variáveis convergiram em somente um fator em cada dimensão, o que confirma a

unidimencionalidade dos fatores testados. Verificou-se que as variáveis de cada

perspectiva apresentaram percentual de variância explicada acima de 65%, em cada

perspectivas do BSC.

4.2.1.7 Consistência Interna pelo Coeficiente Alpha de Cronbach das perspectivas do BSC

O Coeficiente Alpha de Cronbach, de acordo com Pestana e Gageiro (2003,

p. 542/3), “pode ser definido como a correlação que se espera obter entre a escala

67

usada e outras escalas hipotéticas do mesmo universo, com igual número de itens,

que meçam a mesma característica”.

Hair et al. (1998) afirmam que o coeficiente Alfa de Cronbach é uma medida

de confiabilidade que varia de 0 a 1, sendo os valores de 0,60 a 0,70 considerados o

limite inferior de aceitabilidade.

Pestana e Gageiro (2003), confirmam que a consistência interna varia de 0 a

1 considerando os seguintes conceitos conforme demonstrado no Quadro 7.

Alpha de Cronbach Consistência Interna

alpha superior a 0,90 Muito boa

alpha entre 0,80 – 0,90 Boa

alpha entre 0,70 – 0,80 Razoável

alpha entre 0,60 – 0,70 Fraca

alpha inferior a 0,60 Inadmissível

Quadro 7: Estatística do Alpha de Cronbach Fonte: Adaptado de Gageiro e Pestana (2003, p. 545).

Com base nos resultados obtidos na Tabela 14, com coeficiente Alpha de

Cronbach entre 0,80 e 0,90, em todas as perspectivas do BSC, confirma boa

consistência interna entre as variáveis em cada perspectiva do BSC.

TABELA 14: ANÁLISE DO ALPHA DE CRONBACH DAS PERPECTIVAS DO BSC

Perspectivas Cronbach's Alpha

Aprendizagem e Crescimento 0,881

Processos Internos 0,862

Clientes 0,881

Financeira 0,822

Fonte: Dados da pesquisa.

4.2.1.8 Síntese da Análise Fatorial Exploratória

Por meio da AFE foi possível sintetizar os dados e afirmar que existem

correlações de média para alta magnitude entre as variáveis, adequada relação com

o fator retido, unidimensionalidade dos fatores testados, variância explicada acima

68

de 65% e boa consistência interna, o que torna válidos os construtos de medição da

consistência estratégica sob as perspectivas do BSC.

4.2.2 Análise Fatorial Confirmatória

A Análise Fatorial Confirmatória “é o uso de uma técnica multivariada para

testar (confirmar) uma relação pré-especificada” (HAIR et al.,1998).

Após os resultados obtidos na AFE, foi aplicada a AFC de segunda ordem

com o objetivo de confirmar a validade dos construtos previamente testados na AFE,

considerando que o modelo adotado baseado em estudos anteriores (Lima Júnior,

2008), foi alterado com a inclusão de algumas variáveis manifestas ainda não

testadas no modelo BSC.

4.2.2.1 Especificação do Modelo de AFC

A partir do modelo pressuposto na AFE, com quatro variáveis latentes

(construtos - fatores) e quatro variáveis manifestas (itens), para explicar a estrutura

do BSC, com base na correlação entre as variáveis manifestas com carga fatorial

superior a 0,70, apresentada pela AFE na estatística KMO (Tabela 7), foi testado o

modelo de AFC de segunda ordem (Marôco, 2010), apresentado na Figura 7.

O modelo de AFC na primeira ordem apresenta a seguinte estrutura de

construtos e variáveis, conforme especificado na Figura 7:

1) Construto Perspectiva Aprendizagem e Crescimento (AC) - as variáveis

de avaliação foram: qualificação dos professores (AC1), qualificação dos técnicos

administrativos (AC2), motivação e satisfação no trabalho do corpo de professores

(AC3) e aprimoramento em tecnologia da informação-TI (AC4);

69

2) Construto Perspectiva Processos Internos (PI) - as variáveis de

avaliação foram: projeto pedagógico/diversidade de cursos/qualidade de ensino

(PI1), programa de pesquisa e extensão (PI2), infraestrutura física e tecnológica

(acervo bibliográfico, laboratórios, localização etc.) (PI3) e projetos e programas

sociais (PI4);

3) Construto Perspectiva Clientes ( C) - as variáveis de avaliação foram:

reputação pela qualidade de ensino (C1), atender as expectativas do aluno (C2),

criar valor ao aluno oferecendo serviço de apoio (C3) e tradição da marca

reconhecida pelo mercado (C4);

4) Construto Perspectiva Financeira (F) - as variáveis de avaliação foram:

sustentabilidade financeira da instituição (F1), relação custo/benefício da

mensalidade (F2), utilização racional dos recursos disponíveis (F3) e programas de

incentivos (bolsas/políticas de financiamentos/convênios e parcerias) (F4).

O modelo de AFC na segunda ordem apresenta a estrutura de construtos do

BSC formada pelas quatro perspectivas tradicionais criadas por Kaplan e Norton

(1992): Perspectiva Aprendizagem e Crescimento (AC); Perspectiva Processos

Internos (PI); Perspectiva Clientes (C); e Perspectiva Financeira (F), conforme

demonstrado na Figura 7.

70

Figura 7 - Especificação do Modelo de Análise Fatorial Confirmatória de Segunda Ordem

Fonte: Dados da pesquisa (adaptado de Marôco, 2010).

4.2.2.2 Validação dos Pressupostos do Modelo de AFC de Segunda Ordem

De acordo com Marôco (2010) e Hair et al. (1998), a presença de valores

extremos pode comprometer a qualidade de ajustamento do modelo apropriado.

Assim, para medir a presença de valores extremos multivariados, utilizou-se o teste

da distância quadrada de Mahalanobis (DM2). Esse teste estatístico mede a

distância de uma observação Xi à média de todas as observações de todas as

variáveis X (MARÔCO, 2010).

Assim, foi formulado o seguinte teste de hipótese:

H0: Não existem observações que sugerem valores extremos.

H1: Existem observações que sugerem valores extremos.

71

Com a aplicação do teste da distância quadrada de Mahalanobis (DM2),

rejeitou-se H0, sendo identificadas duzentos e oitenta e três observações que

apresentaram valores extremos (DM2>121,86; p1 e p2<0,001), demonstrados no

Apêndice E, e, sumariamente na Tabela 15, ficando essas observações excluídas da

amostra analisada.

TABELA 15 – SUMÁRIO ESTATÍSTICO DE VALORES EXTREMOS

Observações DM² p1 p2

Com valores extremos 283 >121,861 <0,001 <0,001

Demais observações 945 <40,595 >0,001 >0,001

Fonte: Dados da pesquisa

Conforme Marôco (2010), quando da estimação do modelo, são utilizados o

Método de Máxima Verossimilhança (ML), assim, faz-se necessário que as variáveis

manifestas (endógenas) apresentem uma distribuição normal multivariada. Ao

verificar o pressuposto da normalidade, o método ML apresenta propriedades de

consistência (a estimativa do parâmetro tende para o verdadeiro valor quando a

dimensão da amostra aumenta).

A avaliação da normalidade multivariada foi testada com base na assimetria e

na curtose multivariada (MARÔCO, 2010).

Assim, foi formulado o seguinte teste de hipótese:

H0: As variáveis endógenas seguem uma distribuição normal multivariada.

H1: As variáveis endógenas não seguem uma distribuição normal multivariada.

Com os valores resultantes dos testes de avaliação da normalidade

multivariada, apresentados na tabela 16, a análise dos resultados não permitiu

rejeitar a H0, tendo em vista que não houve indícios de assimetria e curtose que

indiquem a violação do pressuposto da normalidade multivariada. Os valores

apresentados estão abaixo dos valores de referência indicados “|sk| >2-3 e |ku| >7-

10” (MARÔCO, 2010, p. 61).

72

TABELA 16 – SUMÁRIO ESTATÍSTICO DE NORMALIDADE MULTIVARIADA

Variáveis Mínimo Máximo *sk *ku

AC1 5 10 -1,282 0,993

AC2 5 10 -0,859 0,205

AC3 5 10 -1,133 0,567

AC4 3 10 -1,134 1,013

PI1 4 10 -1,441 1,744

PI2 2 10 -1,157 1,355

PI3 3 10 -1,807 3,450

PI4 3 10 -1,086 0,973

C1 2 10 -1,502 2,265

C2 3 10 -1,333 1,691

C3 3 10 -1,288 1,512

C4 3 10 -1,233 1,466

F1 4 10 -1,227 1,088

F2 1 10 -1,173 0,886

F3 3 10 -1,329 1,441

F4 2 10 -1,549 1,850

Fonte: Dados da pesquisa *Legenda: sk = assimetria, ku = curtose.

4.2.2.3 Validação da Análise Fatorial Confirmatória

Na especificação do modelo de AFC, de modo geral o número de fatores é

inicialmente estabelecido pelo pesquisador em conformidade com estudos

anteriores. A “medida” de tais fatores deve ser especificada para fazer a

identificação do modelo: (i) fixando a trajetória do fator para um dos itens com valor

determinado, (geralmente, 1: o fator possui mesma medida cuja trajetória é 1) e ou

(ii) padronizando o fator, fixando sua variância em 1 (MARÔCO, 2010).

A validade do modelo foi verificada por meio da análise de consistência

interna, confiabilidade composta e validade convergente, conforme resultados

apresentados na Tabela 17. A análise de confiabilidade foi realizada na escala

original com todos os itens, já que não foi necessária a exclusão de nenhuma

variável manifesta.

73

Na análise da consistência interna (Alpha de Cronbach), observou-se que a

perspectiva Clientes apresentou o maior índice (0,91), seguido da perspectiva

Aprendizagem e Crescimento (0,89), perspectiva Processos Internos (0,88), e

perspectiva Financeira (0,87). Todas as perspectivas apresentaram índices

superiores a 0,70, valor mínimo de referência aceitável por Fornell e Larcker (1981).

A confiabilidade composta (CC) também apresentou valores iguais à

confiabilidade simples para todas as perspectivas, portanto todos os índices foram

superiores a 0,70, valor mínimo de referência aceitável por Fornell e Larcker (1981).

As cargas alcançadas para os indicadores da análise do modelo de medida

foram utilizadas para avaliar a validade convergente de cada construto através da

variância média extraída (Average Variance Extracted- AVE). A maior variância

média extraída encontrada foi de (0,71) para a perspectiva Clientes, seguido de

(0,68) para perspectiva Aprendizagem e Crescimento, (0,65) para perspectiva

Processos Internos e (0,64) para a perspectiva Financeira. Todas as perspectivas

apresentaram variância extraída pelo construto, superiores a 0,50, valor mínimo de

referência aceitável por Fornell e Larcker (1981). Dessa forma não foi necessário

excluir nenhuma variável manifesta do modelo (FORNELL; LARCKER, 1981).

TABELA 17 – MEDIDAS DE VALIDAÇÃO DA AFC

Construto Variáveis Alpha

Cronbach CC AVE

Aprendizagem e Crescimento 4 0,89 0,89 0,68

Processos Internos 4 0,88 0,88 0,65

Clientes 4 0,91 0,91 0,71

Financeira 4 0,87 0,88 0,64

Fonte: Dados da pesquisa

74

4.2.2.4 Avaliação da Qualidade do Ajuste

Para avaliar a qualidade do ajustamento do modelo, mede-se a

correspondência da matriz de dados de entrada observados, covariância ou

correlação, com aquela prevista pelo modelo proposto (HAIR et al., 1998).

Na avaliação da qualidade do ajuste, foi aplicado o teste qui-quadrado de

ajustamento que mostra a significância da função de discrepância minimizada

durante o ajustamento do modelo (MARÔCO, 2010). Os valores de X² em amostras

grandes normalmente rejeitam a hipótese de que o modelo esteja bem ajustado. Isto

geralmente acontece porque o teste qui-quadrado (X²) tem se mostrado muito

sensível às amostras de maiores dimensões apresentando sempre alto grau de

significância (MARÔCO, 2010). Para contornar esse problema, associado ao qui-

quadrado, foram realizados outras medidas de ajuste para quantificar a qualidade de

ajustamento do modelo (HAIR et al., 1998).

Os índices utilizados para a avaliação da qualidade de modelo em conjunto

ao teste de ajustamento do X² com o índice X² /gl tem o objetivo de verificar se a

matriz de covariância populacional é semelhante à matriz de covariância estimada

pelo modelo. Assim, o modelo estimado terá um ajuste perfeito quando X² /gl = 1.

De forma geral, o ajustamento é considerado bom, se X² /gl for inferior a 2 e

aceitável se for inferior a 5 (MARÔCO, 2010).

O índice Goodness of Fit Index (GFI) - explica a proporção da covariância,

observada entre as variáveis explicadas pelo modelo ajustado. De modo geral,

considera-se que valores de GFI inferiores a 0,90 indicam um mau ajustamento do

modelo, entre 0,90 e 0,95 indica-se um bom ajustamento, considerando o GFI = 1

um ajustamento perfeito do modelo. O GFI tem propensão para aumentar o seu

valor com aumento da dimensão da amostra (MARÔCO, 2010).

75

O índice Comparative Fit Index (CFI) - tem o objetivo de corrigir a

subestimação que ocorre com amostras pequenas. Esse índice compara também o

ajustamento do modelo em estudo (X²) com graus de liberdade gl, com o

ajustamento do modelo basal (X²b) com graus de liberdade glb. O CFI apresenta os

mesmos valores de referência do índice GFI. No entanto, o CFI é independente da

dimensão da amostra (MARÔCO, 2010).

O índice Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA) - tem a

finalidade de apresentar o intervalo de confiança a 90% para a RMSEA

populacional. Estudos empíricos têm mostrado que o modelo é inadequado quando

a estimativa pontual de RMSEA for superior a 0,10, considerando razoável de 0,08 a

0,10, bom para 0,05 a 0,08 e muito bom para RMSEA inferior a 0,05. Assim, o que

for esclarecido no modelo pode ser também explicado na população, com a

confiabilidade de 90%, de acordo com os valores de referência apresentados pela

teoria de Marôco (2010).

O índice Expected Cross-Validation Index (ECVI) - reflete o ajustamento

teórico do modelo em outras amostras semelhantes àquela em que o modelo foi

ajustado, a partir de uma amostra única. Adequado para comparar modelos não

alinhados, os valores dos resultados encontrados devem ser avaliados em quanto

menores melhor. Quando o modelo de estimação for o ML, o ECVI deve ser

substituído pelo MECVI que é adequado para comparar modelos não alinhados. O

modelo com menor MECVI é o modelo mais estável na população. Estudos de

simulação têm demonstrado que o MECVI é particularmente preciso em análise

fatorial confirmatória (MARÔCO, 2010).

Os resultados iniciais de qualidade dos ajustes apresentados na Tabela 19

foram ajustados pelos Índices de Modificação (Modication Índices) IM apresentados

76

na Tabela 18, em função de avaliação dos valores iniciais de X² = 874,44 (gl = 100;

sig. = 0,000), que rejeita a hipótese de que o modelo esteja bem ajustado. Os IM

estimam a redução da estatística X² do modelo se erros de medida forem

correlacionados depois de considerada a re-estimação e a variação dos graus de

liberdade associada (MARÔCO, 2010). Assim foram correlacionados os seguintes

itens do questionário (Anexo A) que apresentaram maior covariância entre os termos

de erros, fornecidos pelo AMOS (Tabela 18), pela plausibilidade de correlações, por

ordem decrescente:

1) e9<-->e12: Reputação pela qualidade de ensino (C1)<-->Tradição da

marca (C4);

2) e5<-->e8: Projeto pedagógico/diversidade de cursos/qualidade de ensino

(PI1)<-->Projetos e programas sociais (PI4);

3) e10<-->e11: Atender as expectativas do aluno (C2)<-->Criar valor ao

aluno (C3);

4) e6<-->e8: Programa de pesquisa e extensão (PI2)<-->Projetos e

programas sociais (PI4);

5) e14<-->e16: Relação custo/benefício da mensalidade (F2)<-->Programas

de incentivos (F2);

6) e13<-->e14: Sustentabilidade financeira da instituição (F1)<-->Relação

custo/benefício da mensalidade (F2).

TABELA 18 – INDICES DE MODIFICAÇÃO (MI) DE AJUSTES FORNECIDO PELO AMOS

Covariances M.I. Par Change

e9 <--> e12 85,194 0,199

e5 <--> e8 34,047 -0,124

e10 <--> e11 33,282 0,080

e6 <--> e8 26,339 0,135

e14 <--> e16 21,033 0,197

e13 <--> e14 17,370 -0,139 Fonte: Dados da análise da pesquisa.

77

Após a re-estimação do modelo foi realizada a análise novamente no AMOS,

que apresentou os novos índices do modelo ajustado conforme ilustrado na Figura 8

e demonstrados na Tabela 19. Os valores de X² = 649,43 (gl = 93; sig. = 0,000)

combinado com o valor de X²/gl = 6,909, apesar de apresentar redução, ainda

apresentou um ajuste pobre revelando a necessidade de re-especificação do modelo

em pesquisas futuras. Entretanto segundo Hair et al. (1998) o qui-quadrado normado

tem se mostrado um tanto não confiável, estando sujeito aos efeitos do tamanho da

amostra, assim pesquisadores devem sempre combiná-lo com outras medidas de

qualidade de ajuste.

Os demais índices dos testes de ajustamento geral do modelo de AFC de

segunda ordem, após a re-estimação do modelo apresentados na Tabela 19 e

ilustrados na Figura 8, apresentou um bom nível de ajuste para os índices de GFI =

0,92, CFI = 0,97, RMSEA = 0,08, P (rmsea<=0,05) = 0,000; MECVI = 0,791. Todos

os itens revelaram em seus resultados pesos fatoriais elevados (>0,50) e,

consequentemente, confirmaram a validade fatorial do modelo de medição da

consistência estratégica sob as perspectivas do BSC.

TABELA 19: COMPARAÇÃO DE MEDIDAS DE QUALIDADE DE AJUSTE DA AFC

Medidas de qualidade do ajuste Modelo

estimado Modelo re-estimado

Qui-quadrado (X²) 874,447 649,449

Qui-quadrado normado (X²/gl)) 8,744 6,909

Índice de qualidade do ajuste (GFI) 0,880 0,916

Índice de qualidade comparativo (CFI) 0,943 0,959

Raiz do erro quadrático médio de aproximação (RMSEA) 0,091 0,080

Menor índice de validação cruzada esperada (MECVI) 1,017 0,789

Fonte: Dados da pesquisa (modelo adaptado de Hair et al., 1998).

A Figura 8 apresenta o modelo final, com as estimativas dos parâmetros na

forma padronizada. Esse foi o melhor modelo encontrado para esse instrumento,

que é o modelo postulado inicialmente com a adição de alguns parâmetros indicado

durante a análise.

78

Figura 8 – Análise Fatorial Confirmatória de Segunda Ordem

Fonte: Dados da pesquisa (modelo adaptado de Marôco, 2010).

4.2.2.5 Avaliação da AFC na Segunda Ordem

A partir dos resultados da validação da AFC na primeira ordem, fez-se a

avaliação da análise da AFC na segunda ordem para confirmar hipóteses propostas

no modelo.

Assim, foram formuladas as seguintes hipóteses:

H0: O BSC exerce influência positiva estatisticamente significante sobre as

perspectivas: Aprendizagem e Crescimento, Processos Internos, Clientes e

Financeira.

79

H1: O BSC não exerce influência positiva estatisticamente significante sobre

as perspectivas: Aprendizagem e Crescimento, Processos Internos, Clientes e

Financeira.

Na avaliação do modelo proposto, a hipótese H0 foi aceita, tendo em vista que

o p-valor ficou inferior a 0,001, confirmando significância estatística em todas as

perspectivas do BSC, demonstrados na Tabela 20 e na Figura 8, como segue:

H0 - O BSC exerce influência positiva estatisticamente significante sobre as

perspectivas: Aprendizagem e Crescimento (p-valor < 0,001), com poder de 96%

(beta padronizado = 0,96); Processos Internos (p-valor < 0,001), com poder de 99%

(beta padronizado = 0,99); Clientes (p-valor < 0,001), com poder de 99% (beta

padronizado = 0,99); Financeira (p-valor < 0,001), com poder de 95% (beta

padronizado = 0,95).

TABELA 20 – AVALIAÇÃO DO MODELO DE AFC NA SEGUNDA ORDEM

Hipóteses Coeficiente Erro

Padrão Beta

Padronizado Teste Z P - Valor Resultado

AC <--- BSC 1,012 0,032 0,958 32,05 <0,001 Aceita

PI <--- BSC 1,099 0,033 0,987 33,76 <0,001 Aceita

C <--- BSC 1,064 0,034 0,994 31,12 <0,001 Aceita

F <--- BSC 0,916 0,035 0,951 25,96 <0,001 Aceita

Fonte: Dados da pesquisa. Nota. R²: AC = 0,92; PI= 0,97; C = 0,99; F = 0,90.

4.2.2.6 Síntese da AFC de Segunda Ordem

De acordo com os resultados apresentados na avaliação do modelo proposto,

Figura 8, verificou-se que o modelo BSC explica: 96% da variância do construto

perspectiva Aprendizagem e Crescimento (AC); 99% da variância do construto

perspectiva Processos Internos (PI); 99% da variância do construto perspectiva

Clientes (C); e 95% da variância do construto perspectiva Financeira (F).

80

Por meio do coeficiente de determinação R², foi possível observar que os

construtos explicam em média: 92% da variância dos itens associados à perspectiva

Aprendizagem e Crescimento (AC); 97% da variância dos itens associados à

perspectiva Processos Internos (PI); 99% da variância dos itens associados à

perspectiva Clientes (C); e 90% da variância dos itens associados à perspectiva

Financeira (F).

Portanto, com a aplicação da AFC, foi possível testar e confirmar a validade

do modelo de construto estatístico previamente testado na AFE, considerado

aprovado para avaliação da consistência estratégica sob as perspectivas do BSC.

4.3 AVALIAÇÃO DA CONSISTÊNCIA ESTRATÉGICA SOB AS PERSPECTIVAS DO BSC

A análise multivariada T2 de Hotelling é um teste especial de análise de

variância multivariada (MANOVA) para avaliar a significância estatística da diferença

nas médias de duas ou mais variáveis entre dois grupos (HAIR et al., 1998).

Nesse sentido, após a validação do construto estatístico aprovado para a

avaliação do BSC pela análise fatorial, foram efetuados os testes multivariados T2 de

Hotelling comparando os resultados da pesquisa entre gestores e alunos, de acordo

com a nota atribuída ao grau de importância de cada variável (indicador) nas

perspectivas do BSC, para verificar a existência de diferenças significativas entre os

dois grupos, a partir dos resultados obtidos na AFC.

Neste estudo considerou-se nível de significância F sig<=0,05 (5%), para

responder as hipóteses formuladas, se existem ou não diferenças estatisticamente

significantes entre os Scores médios obtidos para as variáveis, considerando os

grupos direção/coordenação e alunos. Portanto, quando os resultados apresentarem

81

diferenças significativas indica que houve inconsistência estratégica, o que leva a

rejeição a hipótese nula e aceitação da hipótese alternativa.

Os resultados das análises estão demonstrados, por perspectiva do BSC, a

seguir.

4.3.1 Teste de T2 de Hotelling sob a Perspectiva Aprendizagem e Crescimento

Os resultados da MANOVA (Hotellings Traço = 0,022; F = 5,159; Sig = 0,000)

e as comparações das variáveis de avaliação da Perspectiva Aprendizagem e

Crescimento do BSC entre as respostas dos grupos gestores e alunos,

apresentados nas Tabelas 21 e 22, apontou existência de diferença significativa no

indicador qualificação dos professores (AC1). A diferença significativa de 0,050,

neste item, revela uma inconsistência estratégica com diferentes percepções entre

os dois grupos.

TABELA 21: RESULTADO DO TESTE DE T2 DE HOTELLING DA PERSPECTIVA

APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO

Análise de Variância Multivariada (MANOVA) - Significância do Teste

Teste Valor F Exato DF Hipótese DF Erro F de sig.

Hotellings 0,02224 5,15907 4,00 928,00 0,000

Fonte: Dados da pesquisa.

TABELA 22: COMPARAÇÃO DO TESTE DE T2 DE HOTELLING DA PERSPECTIVA

APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO

Perspectiva Aprendizagem e Crescimento Gestores Alunos Est. F Signif

Indicadores Média D

Padrão Média D

Padrão % %

Qualificação dos professores (AC1) 9,59 0,734 9,09 1,202 3,803 0,050

Qualificação de técnicos administrativos (AC2) 8,23 1,020 8,67 1,299 2,561 0,110

Motivação e satisfação no trabalho do corpo de professores (AC3)

9,18

0,907

8,92

1,267 0,905 0,342

Aprimoramento em tecnologia da informação – TI (AC4)

9,05

0,950

8,78

1,343 0,853 0,356

Fonte: Dados da pesquisa.

82

4.3.2 Teste de T2 de Hotelling sob a Perspectiva Processos Internos

Os resultados da MANOVA (Hotellings Traço = 0,032; F =7,445; Sig = 0,000)

e as comparações das variáveis de avaliação da Perspectiva Processos Internos do

BSC entre as respostas dos grupos gestores e alunos, apresentados nas Tabelas 23

e 24, apontou existência de diferença significativa no indicador projeto

pedagógico/diversidade de cursos/qualidade de ensino (0,007), indicando

inconsistência estratégica.

TABELA 23: RESULTADO DO TESTE DE T2 DE HOTELLING DA PERSPECTIVA PROCESSOS

INTERNOS

Análise de Variância Multivariada (MANOVA) - Significância do Teste

Teste Valor F Exato DF Hipótese DF Erro F de sig.

Hotellings 0,03209 7,44523 4,00 928,00 0,000

Fonte: Dados da pesquisa.

TABELA 24: COMPARAÇÃO DO TESTE DE T2 DE HOTELLING DA PERSPECTIVA PROCESSOS

INTERNOS

Perspectiva Processos Internos Gestores Alunos Est. F Signif.

Indicadores Média D

Padrão Média D

Padrão % %

Projeto pedagógico / diversidade de cursos / qualidade de ensino (PI1)

9,77

0,429

9,04

1,261 7,429 0,007

Programa de pesquisa e extensão (PI2) 8,41 1,054 8,71 1,375 1,009 0,315

Infraestrutura física e tecnológica (PI3) 9,41 0,666 9,20 1,206 0,650 0,420

Projetos e programas sociais (PI4) 8,36 1,136 8,68 1,373 1,121 0,290

Fonte: Dados da pesquisa.

4.3.3 Teste de T2 de Hotelling sob a Perspectiva Clientes

Os resultados da MANOVA (Hotellings Traço = 0,015; F = 3,543; Sig = 0,007)

e as comparações das variáveis de avaliação da Perspectiva Clientes do BSC entre

as respostas dos grupos gestores e alunos, apresentados nas Tabelas 25 e 26,

apontaram existência de diferenças significativas nos indicadores: reputação pela

qualidade de ensino (0,018) e tradição da marca reconhecida pelo mercado (0,038),

indicando inconsistência estratégica.

83

TABELA 25: RESULTADO DO TESTE DE T2 DE HOTELLING DA PERSPECTIVA CLIENTES

Análise de Variância Multivariada (MANOVA) - Significância do Teste

Teste Valor F Exato DF Hipótese DF Erro F de sig.

Hotellings 0,01527 3,54324 4,00 928,00 0,007

Fonte: Dados da pesquisa.

TABELA 26: COMPARAÇÃO DO TESTE DE T2 DE HOTELLING DA PERSPECTIVA CLIENTES

Perspectiva Clientes Gestores Alunos Est. F Signif.

Indicadores Média D

Padrão Média D

Padrão % %

Reputação pela qualidade ensino (C1) 9,68 0,646 9,03 1,283 5,569 0,018

Atender as expectativas do aluno (C2) 9,05 0,785 8,89 1,348 0,297 0,586

Criar valor ao aluno com serv. apoio (C3) 8,82 0,664 8,86 1,333 0,017 0,894

Tradição da marca rec. no mercado (C4) 9,41 1,054 8,82 1,311 4,336 0,038

Fonte: Dados da pesquisa.

4.3.4 Teste de T2 de Hotelling sob a Perspectiva Financeira

Os resultados da MANOVA (Hotellings Traço = 0,023; F = 5,411; Sig = 0,000)

e as comparações das variáveis de avaliação da Perspectiva Financeira do BSC

entre as respostas dos grupos gestores e alunos, apresentados nas Tabelas 27 e

28, apontaram existência de diferenças significativas nos indicadores:

sustentabilidade financeira da instituição (0,001) e relação custo/benefício da

mensalidade (0,045), indicando inconsistência estratégica.

TABELA 27: RESULTADO DO TESTE DE T2 DE HOTELLING DA PERSPECTIVA FINANCEIRA

Análise de Variância Multivariada (MANOVA) - Significância do Teste

Teste Valor F Exato DF Hipótese DF Erro F de sig.

Hotellings 0,02333 5,41189 4,00 928,00 0,000

Fonte: Dados da pesquisa.

TABELA 28: COMPARAÇÃO DO TESTE DE T2 DE HOTELLING DA PERSPECTIVA FINANCEIRA

Perspectiva Financeira Gestores Alunos Est. F Signif.

Indicadores Média D

Padrão Média D

Padrão % %

Sustentabilidade financeira instit. (F1) 9,77 0,528 8,89 1,261 10,776 0,001

Relação custo/benefício mensal. (F2) 9,18 0,853 8,41 1,788 4,033 0,045

Utilização racional rec. disponíveis (F3) 9,05 0,844 8,91 1,338 0,219 0,640

Programas de incentivos (F4) 9,36 0,658 8,87 1,597 2,115 0,146

Fonte: Dados da pesquisa.

84

4.3.5 Síntese dos Resultados dos Testes de T2 de Hotelling

Os resultados da análise multivariada T2 de Hotelling, apontaram a existência

de variáveis inconsistentes na percepção de gestores e alunos sob as perspectivas

do BSC, revelando inconsistência estratégica nos seguintes indicadores nas quatro

perspectivas avaliadas: a) Perspectiva Aprendizagem e Crescimento: qualificação

dos professores (AC1); b) Perspectiva Processos Internos: projeto

pedagógico/diversidade de cursos/qualidade de ensino (PI1); c) Perspectiva

Clientes: reputação pela qualidade de ensino (C1) e tradição da marca

reconhecida pelo mercado (C4); d) Perspectiva Financeira: sustentabilidade

financeira da instituição (F1) e relação custo benefício da mensalidade (F2).

A Tabela 29 apresenta uma comparação geral dos resultados da análise

multivariada T2 de Hotelling, por ordem de diferenças significativas, entre gestores e

alunos. É possível visualizar os seis indicadores com inconsistência estratégica,

correspondente a 37,50% das variáveis de medição, na seguinte ordem:

1) Sustentabilidade financeira da instituição (F1);

2) Projeto pedagógico/diversidade de cursos/qualidade de ensino (PI1);

3) Reputação pela qualidade de ensino (C1);

4) Tradição da marca reconhecida pelo mercado (C4);

5) Relação custo/benefício da mensalidade (F2);

6) Qualificação dos professores (AC1).

A Tabela 29 mostra também, os dez indicadores consistentes na percepção

dos dois grupos, representando 62,50%.

85

Com relação ao grau de importância dos indicadores, na percepção dos

gestores destacam-se os indicadores: sustentabilidade financeira da instituição

(F1) e Projeto pedagógico/diversidade de cursos/qualidade de ensino (PI1) com

média de 9,77; e, na percepção dos alunos os indicadores: infraestrutura física e

tecnológica (acervo bibliográfico, laboratórios, localização etc.) (PI3) com

média de 9,20 e Qualificação dos professores (AC1) com 9,09 de média.

TABELA 29: COMPARAÇÃO GERAL DOS TESTES DE T2 DE HOTELLING POR ORDEM DE

DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS DOS INDICADORES

Perspectivas Gestores Alunos

Est. F Sig. Indicadores Média D. Padrão Média D. Padrão

Sustentabilidade financeira instit. (F1) 9,77 0,528 8,89 1,261 10,776 0,001

Projeto pedagógico / diversidade de cursos / qualidade de ensino (PI1)

9,77 0,429 9,04 1,261 7,429 0,007

Reputação pela qualidade ensino (C1) 9,68 0,646 9,03 1,283 5,569 0,018

Tradição da marca rec. no mercado (C4) 9,41 1,054 8,82 1,311 4,336 0,038

Relação custo/benefício mensal. (F2) 9,18 0,853 8,41 1,788 4,033 0,045

Qualificação dos professores (AC1) 9,59 0,734 9,09 1,202 3,803 0,051

Qualificação téc. administrativos (AC2) 8,23 1,020 8,67 1,299 2,561 0,110

Programas de incentivos (F4) 9,36 0,658 8,87 1,597 2,115 0,146

Projetos e programas sociais (PI4) 8,36 1,136 8,68 1,373 1,121 0,290

Programa de pesquisa e extensão (PI2) 8,41 1,054 8,71 1,375 1,009 0,315

Motivação e satisfação no trabalho do corpo de professores (AC3)

9,18 0,907 8,92 1,267 0,905 0,342

Aprimoramento em tecnologia da informação – TI (AC4)

9,05 0,950 8,78 1,343 0,853 0,356

Infraestrutura física e tecnológica (PI3) 9,41 0,666 9,20 1,206 0,650 0,420

Atender as expectativas do aluno (C2) 9,05 0,785 8,89 1,348 0,297 0,586

Utilização racional rec. disponíveis (F3) 9,05 0,844 8,91 1,338 0,219 0,640

Criar valor ao aluno com serv. apoio (C3) 8,82 0,664 8,86 1,333 0,017 0,894

Fonte: Dados da pesquisa

Os resultados da pesquisa ainda permitem fazer outras análises quando da

implantação do BSC, como exemplo, avaliação da consistência estratégica por curso

e por período, possibilitando aumentar as contribuições para alinhamento de ações e

redução de gaps nas IES.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo geral investigar a consistência estratégica na

percepção da direção/coordenação e dos alunos de uma Instituição de Ensino

Superior privada sob as perspectivas do BSC de acordo com o modelo proposto por

Kaplan e Norton (1997).

Os resultados obtidos nas análises estatísticas confirmaram a existência de

inconsistências estratégicas entre as respostas do grupo de gestores e alunos,

considerando as variáveis do modelo BSC sob as perspectivas avaliadas, nos

seguintes indicadores em cada perspectiva:

1) Perspectiva Aprendizagem e Crescimento: qualificação dos professores;

2) Perspectiva Processos Internos: projeto pedagógico/diversidade de

cursos/qualidade de ensino;

3) Perspectiva Clientes: reputação pela qualidade de ensino e tradição da

marca reconhecida pelo mercado;

4) Perspectiva Financeira: sustentabilidade financeira da instituição e relação

custo benefício da mensalidade.

Portanto, os resultados confirmaram o alcance dos objetivos propostos

permitindo responder o problema de pesquisa que, sob as perspectivas do BSC, não

existe consistência das estratégias na percepção da direção/coordenação e dos

alunos na Instituição de Ensino Superior pesquisada.

87

5.1 CONCLUSÃO SOBRE OS RESULTADOS

Os resultados apresentados pela análise multivariada T2 de Hotelling,

confirmou que existem diferenças estatisticamente significantes entre os Scores na

avaliação da consistência estratégica sob as perspectivas do BSC, rejeitando a

hipótese nula (Ho) e confirmando a hipótese alternativa (H1), ou seja:

H1 – Existem diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos

direção/coordenação e alunos.

Constatou-se a existência de variáveis inconsistentes em todas as

perspectivas do BSC, indicando a necessidade de rever o alinhamento dessas

variáveis a fim de consolidar a consistência estratégica e o sucesso da instituição.

Foi possível concluir que o estudo oferece informações consistentes para o

alinhamento das ações e redução dos gaps, apresentando um modelo diferenciado

de avaliação da consistência estratégica, essenciais para a gestão das IES.

5.2 CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO

Este estudo ofereceu informações para avaliar a consistência estratégica sob

as perspectivas do BSC, no sentido de contribuir para o alinhamento de ações e

redução dos gaps, quando da adoção dessa ferramenta por uma IES.

Nesse sentido, o estudo serviu para mostrar as contribuições do BSC como

ferramenta de gestão estratégica, confirmando sua evolução histórica desde a

descoberta pelos autores Kaplan e Norton na década de 90 que inicialmente era

utilizado apenas como indicador de desempenho passando posteriormente a ser

adotado também como um sistema de gestão estratégica, em sintonia com as

afirmações de Silva (2009).

88

Os estudos corroboraram para suprir a falta de ilustração de um passo claro

na etapa de execução de estratégias, quando do uso do BSC por IES, sugerido por

Asan e Tanyas (2007) que referenciou outros autores que compartilharam da mesma

ideia como Bailey et al. (1999); O’Neil et al. (1999); Amaratunga e Baldry (2000);

Cullen et al. (2003); Lee et al. (2000), Karathanos & Karathanos (2005); Kettunem

(2005); e, Dorweiler & Yakhou (2005).

O trabalho oferece, também, contribuições sobre os pré-requisitos e

condições estruturais do sistema de controle gerencial apontados por Frezatti,

Junqueira e Relvas (2010) e ainda serve para avaliar como certos fatores interagem

na organização, sugeridos por Cardinaels e Veen-Dirks (2010) em seus estudos

sobre o impacto da organização da informação e apresentação de um BSC.

A pesquisa acrescenta informações relevantes sobre as percepções dos

gestores e alunos, para a avaliação da consistência estratégica em instituições de

ensino superior privada, complementando estudos anteriores realizados por Lima

Júnior (2008).

Espera-se que o estudo possa contribuir para o processo de gestão das IES,

oferecendo alternativas para torná-las competitivas frente ao atual ambiente de

mercado do ensino superior, evidenciando as contribuições do BSC como

ferramenta de gestão estratégica.

5.3 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

O estudo limitou em pesquisar gestores e alunos em uma IES privada,

utilizando-se da abordagem quantitativa. Durante a pesquisa observou-se que a

89

percepção dos docentes (professores) também é importante na definição da

estratégia, caso fossem entrevistados, o resultado poderia ser diferente.

O tamanho da amostra (n=945) com elevada variabilidade dos dados pode ter

implicado na qualidade de ajustamento do modelo utilizado. Mesmo não havendo

indícios de violação dos pressupostos de normalidade dos dados, a generalização

dos resultados pode ser comprometida (MARÔCO, 2010; HAIR et al., 1998).

5.4 RECOMENDAÇÕES FUTURAS

Considerando que o estudo foi realizado entre gestores e alunos, antes e

durante a implantação do BSC, a fim de manter a consistência estratégica e o

alinhamento das ações, recomenda-se que a pesquisa seja reaplicada a cada ciclo

de formação dos alunos, na IES.

Para futuros trabalhos, na avaliação da consistência estratégica sob as

perspectivas do BSC com o objetivo de alinhamento de estratégias e redução de

gaps nas IES, sugere-se avaliar também o ponto de vista dos docentes

(professores).

Considerando as correlações com maior covariância entre os termos de erros

dos itens (C1)<-->(C4), (PI1)<-->(PI4), (C2)<-->(C3), (PI2)<-->(PI4), (F2)<-->(F2) e

(F1)<-->(F2) do questionário (Apêndice A), fornecidos pelo AMOS apresentados na

tabela 18, afetando a qualidade do ajuste do modelo, sugere em futuras pesquisas

rever a necessidade de re-especificação do modelo (HAIR et al., 1998).

90

Finalmente, devido à importância do estudo na avaliação da consistência

estratégica empresarial, sugere-se para futuros estudos a aplicação da pesquisa no

mesmo sentido, entre gestores e clientes em outros ramos de negócios.

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APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE COLETA DE DADOS

Respondente: ( )Diretor ( ) Coordenador ( ) Aluno - Curso:_________Período:___ Sexo:___

FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA E FINANÇAS – FUCAPE

Mestrado Profissional em Contabilidade e Finanças Perspectivas do Balanced Scorecard na avaliação da consistência estratégica: um estudo baseado na percepção da direção/coordenação e dos alunos em uma Instituição de Ensino Superior

Prezado (a) diretor/coordenador ou aluno (a) do UNIPAM, Solicitamos sua colaboração nesta pesquisa para realização de um estudo sobre as perspectivas do BSC na avaliação da consistência estratégica em uma Instituição de Ensino Superior (IES). Este estudo faz parte de uma Dissertação de Mestrado Profissional da FUCAPE – Vitória (ES) e está baseado em uma das mais difundidas teorias de indicadores de desempenho em aplicação no mundo, o Balanced Scorecard (BSC). Agradecemos sua colaboração.

A seguir, são apresentados indicadores de desempenho referentes à visão estratégica do UNIPAM. Por favor, atribua uma nota de 1 a 10 em cada perspectiva do BSC, para o grau de importância que deve ter cada indicador (1 < importância e 10 > importância) na formação do padrão de qualidade do UNIPAM.

PERSPECTIVA APRENDIZAGEM E CRESCIMENTO (AC)

Qualificação dos professores (AC1) Nenhuma Importância

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] Total

Importância

Qualificação dos técnicos administrativos (AC2) Nenhuma Importância

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] Total

Importância

Motivação e satisfação no trabalho do corpo de professores (AC3)

Nenhuma Importância

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] Total

Importância

Aprimoramento em tecnologia da informação - TI (AC4)

Nenhuma Importância

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] Total

Importância

PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS (PI)

Projeto pedagógico / diversidade de cursos / qualidade de ensino (PI1)

Nenhuma Importância

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] Total

Importância

Programa de pesquisa e extensão (PI2) Nenhuma

Importância [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Total Importância

Infraestrutura física e tecnológica (acervo bibliográfico, laboratórios, localização etc.) (PI3)

Nenhuma Importância

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] Total

Importância

Projetos e programas sociais (PI4) Nenhuma

Importância [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Total Importância

PERSPECTIVA CLIENTES (C)

Reputação pela qualidade de ensino (C1) Nenhuma

Importância [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Total Importância

Atender as expectativas do aluno (C2) Nenhuma

Importância [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Total Importância

Criar valor ao aluno, criando serviço de apoio (C3) Nenhuma

Importância [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Total Importância

Tradição da marca (reconhecida pelo mercado) (C4)

Nenhuma Importância

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] Total

Importância

PERSPECTIVA FINANCEIRA (F)

Sustentabilidade financeira da instituição (F1) Nenhuma

Importância [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Total Importância

Relação custo/benefício da mensalidade (F2) Nenhuma

Importância [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Total Importância

Utilização racional dos recursos disponíveis (F3) Nenhuma

Importância [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10]

Total Importância

Programas de incentivos (bolsas/política de financiamentos/convênios e parcerias) (F4)

Nenhuma Importância

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] Total

Importância

Modelo adaptado de Lima Júnior (2008).

APÊNDICE B - ANÁLISE DE DADOS DA AMOSTRA PILOTO

Valo

r

FinanceiraClientesProcessos InternosAprendizagem e

Crescimento

Nív

el

ANÁLISE DE DADOS DA AMOSTRA PILOTO

Que

stio

nário

Variância

Desvio

AC1 AC2 AC3 AC4 P1 P2 P3 P4 C1 C2 C3 C4 F1 F2 F3 F4

1 6 7 9 7 8 6 5 8 5 7 8 9 6 7 8 10 Aluno 2,07 1,44 OK

2 9 10 9 10 9 10 9 10 10 10 10 10 10 8 9 8 Aluno 0,53 0,73 OK

3 10 10 10 10 8 9 10 10 10 10 10 9 2 6 10 Aluno 4,92 2,22 OK

4 10 10 10 10 10 10 10 10 10 9 8 10 9 8 10 10 Aluno 0,52 0,72 OK

5 7 4 5 8 6 7 5 7 7 7 7 8 9 2 4 2 Aluno 4,33 2,08 OK

6 10 8 10 10 10 10 10 8 10 10 10 10 10 9 9 10 Aluno 0,52 0,72 OK

7 10 10 10 10 7 8 10 9 10 10 10 5 8 10 10 10 Aluno 2,16 1,47 OK

8 10 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 Aluno 0,06 0,25 OK

9 8 8 7 7 8 8 8 8 7 7 7 7 8 7 7 7 Aluno 0,26 0,51 OK

10 10 10 10 9 6 8 9 8 7 8 6 8 6 8 6 5 Aluno 2,60 1,61 OK

11 10 9 10 9 10 10 10 8 10 10 10 10 9 10 9 Aluno 0,40 0,63 OK

12 9 8 10 9 9 8 9 8 10 9 9 10 10 9 9 10 Aluno 0,52 0,72 OK

13 9 8 9 10 9 9 9 9 10 9 10 9 10 9 9 10 Aluno 0,33 0,58 OK

14 10 10 8 10 10 10 10 7 9 9 10 10 5 10 10 10 Aluno 2,07 1,44 OK

15 9 9 9 7 9 10 10 10 10 10 9 10 9 10 9 7 Aluno 0,96 0,98 OK

16 9 9 10 9 9 8 9 10 9 8 8 7 8 7 6 7 Aluno 1,30 1,14 OK

17 9 9 9 9 9 8 8 7 7 8 7 7 8 7 6 6 Aluno 1,13 1,06 OK

18 9 8 7 9 9 5 8 5 5 3 7 9 3 6 5 8 Aluno 4,38 2,09 OK

19 10 4 9 10 7 5 10 9 9 9 6 10 9 2 6 3 Aluno 7,32 2,70 OK

20 10 9 10 10 10 9 10 10 10 10 10 10 9 10 10 10 Aluno 0,16 0,40 OK

21 10 10 8 10 9 9 10 9 9 9 8 8 9 10 8 9 Aluno 0,60 0,77 OK

22 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,00 0,00 X

23 10 10 10 10 9 10 10 9 10 10 10 10 10 10 9 10 Aluno 0,16 0,40 OK

24 10 10 10 9 10 9 10 9 10 10 10 9 10 10 9 10 Aluno 0,23 0,48 OK

25 8 9 9 10 10 10 10 7 8 8 7 8 5 4 9 5 Aluno 3,66 1,91 OK

26 8 8 8 8 9 8 10 8 10 10 10 9 8 10 10 10 Aluno 0,93 0,97 OK

27 8 9 9 10 10 9 10 10 9 10 9 9 10 9 10 10 Aluno 0,40 0,63 OK

28 10 10 10 10 10 8 9 9 9 9 10 8 9 10 10 10 Aluno 0,53 0,73 OK

29 7 5 6 8 7 5 10 10 7 8 8 9 10 7 10 8 Aluno 2,83 1,68 OK

30 8 7 8 9 7 6 10 10 9 8 8 8 7 7 8 9 Aluno 1,26 1,12 OK

31 7 7 8 9 8 8 9 9 10 9 9 9 10 7 8 7 Aluno 1,05 1,02 OK

32 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,00 0,00 X

33 10 10 10 10 10 10 10 10 9 10 9 8 8 8 9 10 Aluno 0,66 0,81 OK

34 9 8 9 10 5 5 9 8 9 7 7 7 10 4 8 6 Aluno 3,33 1,82 OK

35 10 10 10 9 10 9 10 9 10 10 10 10 9 10 9 10 Aluno 0,23 0,48 OK

36 8 6 5 8 9 9 7 8 9 9 6 8 10 9 7 5 Aluno 2,36 1,54 OK

37 10 10 10 10 10 10 10 8 8 10 10 8 9 10 10 8 Aluno 0,80 0,89 OK

38 9 8 10 6 10 7 10 8 9 8 7 8 9 10 8 5 Aluno 2,20 1,48 OK

39 10 6 9 6 10 4 6 8 10 10 9 10 8 8 6 8 Aluno 3,60 1,90 OK

40 10 10 10 10 10 9 9 9 10 10 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,16 0,40 OK

41 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,00 0,00 X

42 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,00 0,00 X

43 7 5 4 8 4 1 6 8 6 5 9 10 6 8 3 Aluno 5,86 2,42 OK

44 10 10 10 10 10 10 10 6 10 10 10 9 10 10 9 10 Aluno 1,05 1,02 OK

45 10 8 10 8 8 8 10 8 10 10 10 10 10 10 8 8 Aluno 1,05 1,02 OK

46 10 10 10 9 10 10 9 9 10 10 10 7 7 10 10 10 Aluno 1,06 1,03 OK

47 7 6 6 6 8 6 7 7 7 6 7 7 8 7 8 8 Aluno 0,60 0,77 OK

48 7 5 9 9 10 9 10 9 9 8 7 9 10 4 5 4 Aluno 4,60 2,14 OK

49 8 7 9 9 10 9 9 9 10 10 10 7 9 10 10 10 Aluno 1,05 1,02 OK

50 10 8 10 10 10 9 10 6 10 10 10 10 9 4 8 4 Aluno 4,52 2,13 OK

Valo

r

FinanceiraClientesProcessos InternosAprendizagem e

Crescimento

Nív

el

Que

stio

nário

Variância

Desvio

51 8 8 8 10 8 8 9 9 8 8 8 8 8 8 8 8 Aluno 0,33 0,58 OK

52 8 8 8 8 9 9 9 8 9 10 10 10 10 10 9 10 Aluno 0,73 0,85 OK

53 6 6 5 5 5 3 8 2 8 2 2 7 8 2 3 1 Aluno 6,00 2,45 OK

54 10 10 10 10 10 10 10 9 10 10 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,06 0,25 OK

55 10 9 10 9 8 9 10 9 10 10 9 8 8 9 8 9 Aluno 0,60 0,77 OK

56 10 9 10 10 10 8 9 10 9 10 9 9 9 10 9 10 Aluno 0,40 0,63 OK

57 5 6 4 1 10 10 10 10 9 10 10 10 9 9 9 9 Aluno 7,36 2,71 OK

58 10 10 10 10 9 10 9 8 9 10 6 9 8 8 9 Aluno 1,29 1,13 OK

59 10 9 9 9 10 9 9 8 10 10 9 9 9 10 9 10 Aluno 0,36 0,60 OK

60 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 6 7 10 8 10 Aluno 1,60 1,26 OK

61 10 8 5 9 8 10 10 10 9 8 8 10 8 8 8 9 Aluno 1,72 1,31 OK

62 8 8 7 7 8 9 10 10 10 9 10 9 10 10 7 8 Aluno 1,40 1,18 OK

63 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 8 9 10 8 Aluno 0,50 0,70 OK

64 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 9 10 10 10 Aluno 0,06 0,25 OK

65 9 8 7 7 7 5 8 6 8 5 5 8 8 5 5 10 Aluno 2,60 1,61 OK

66 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 Aluno 0,00 0,00 X

67 6 6 5 6 6 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 Aluno 1,16 1,08 OK

68 7 5 6 5 7 4 8 6 5 5 6 6 7 4 6 3 Aluno 1,72 1,31 OK

69 10 10 10 10 9 8 9 8 8 10 10 1 10 10 10 10 Aluno 5,13 2,26 OK

70 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 9 9 10 10 9 10 Aluno 0,16 0,40 OK

71 7 6 8 7 7 7 8 7 7 7 6 9 6 3 5 1 Aluno 3,83 1,96 OK

72 10 7 10 8 10 9 10 7 10 9 6 7 8 9 7 9 Aluno 1,87 1,37 OK

73 10 9 10 10 10 8 10 10 10 10 9 9 9 10 9 10 Aluno 0,40 0,63 OK

74 10 10 9 8 4 7 9 5 10 10 8 8 7 10 9 10 Aluno 3,45 1,86 OK

75 10 10 10 9 10 10 10 8 10 10 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,30 0,54 OK

76 10 8 8 7 8 9 9 7 10 9 9 10 9 8 9 8 Aluno 0,92 0,96 OK

77 10 9 8 8 10 9 10 8 10 10 10 8 8 10 8 10 Aluno 0,92 0,96 OK

78 8 7 9 10 9 9 10 10 8 9 7 8 10 7 6 8 Aluno 1,60 1,26 OK

79 10 5 8 8 7 9 9 4 6 10 10 8 7 7 7 5 Aluno 3,47 1,86 OK

80 9 8 9 7 8 9 7 9 10 5 7 10 8 9 8 8 Aluno 1,63 1,28 OK

81 9 9 9 9 9 9 9 9 9 2 9 10 6 2 10 10 Aluno 6,52 2,55 OK

82 6 8 6 8 8 7 7 6 7 8 7 10 8 5 8 9 Aluno 1,58 1,26 OK

83 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 9 9 9 8 8 8 Aluno 0,26 0,51 OK

84 9 8 7 9 8 8 9 8 9 9 6 7 8 8 8 7 Aluno 0,80 0,89 OK

85 7 8 7 9 9 9 10 9 9 9 10 10 10 8 9 10 Aluno 1,00 1,00 OK

86 7 7 7 7 5 5 9 8 5 5 5 5 8 5 6 5 Aluno 1,90 1,38 OK

87 10 9 9 8 9 8 10 9 10 10 10 1 8 8 10 10 Aluno 4,90 2,21 OK

88 10 10 10 10 10 10 10 10 9 9 8 8 6 9 9 10 Aluno 1,27 1,13 OK

89 10 8 9 9 10 8 10 8 10 10 10 10 9 10 10 10 Aluno 0,66 0,81 OK

90 1 1 5 5 2 2 6 2 5 1 1 5 10 1 5 3 Aluno 6,53 2,56 OK

91 10 9 10 10 10 9 9 8 10 10 9 8 9 9 9 10 Aluno 0,50 0,70 OK

92 10 10 10 8 8 9 10 7 10 10 5 10 7 7 9 8 Aluno 2,38 1,54 OK

93 10 10 10 10 10 8 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,25 0,50 OK

94 10 5 8 8 5 3 8 4 8 8 6 3 2 3 4 7 Aluno 5,93 2,44 OK

95 8 8 9 8 8 10 7 8 7 7 8 8 7 8 7 Aluno 0,70 0,83 OK

96 2 5 3 7 1 4 8 1 3 2 10 10 10 10 5 5 Aluno 11,32 3,36 OK

97 4 7 5 9 5 7 8 10 6 6 4 10 8 3 6 Aluno 4,70 2,17 OK

98 10 10 10 10 9 8 9 8 10 8 7 10 10 7 9 5 Aluno 2,20 1,48 OK

99 7 6 7 7 8 8 8 8 7 5 5 7 9 5 5 6 Aluno 1,67 1,29 OK

100 7 6 10 9 9 8 10 9 7 10 9 6 8 9 9 10 Aluno 1,87 1,37 OK

101 8 7 7 6 7 8 5 9 7 6 5 9 6 1 6 5 Aluno 3,72 1,93 OK

102 7 8 7 8 7 6 8 5 7 6 6 8 6 7 6 4 Aluno 1,32 1,15 OK

103 10 8 8 7 10 8 10 6 8 8 5 8 9 6 6 8 Aluno 2,30 1,52 OK

104 10 8 10 9 9 9 9 9 10 9 10 9 10 10 10 10 Aluno 0,40 0,63 OK

105 9 7 6 8 7 7 9 7 8 5 7 8 7 8 7 9 Aluno 1,20 1,09 OK

106 9 9 8 10 8 9 10 10 8 7 9 8 10 7 9 8 Aluno 1,03 1,01 OK

107 7 8 9 10 9 8 6 7 9 4 9 10 10 5 10 2 Aluno 5,70 2,39 OK

108 5 5 5 5 5 6 7 6 9 6 6 9 5 6 6 6 Aluno 1,66 1,29 OK

109 5 6 4 9 6 8 9 10 4 4 4 7 4 3 4 2 Aluno 5,73 2,39 OK

110 10 9 10 10 9 7 10 10 10 9 10 7 10 9 10 8 Aluno 1,13 1,06 OK

111 10 10 10 10 10 10 6 10 10 10 10 8 8 10 9 10 Aluno 1,33 1,15 OK

112 9 7 8 9 7 8 10 9 9 8 6 8 10 8 9 10 Aluno 1,33 1,15 OK

113 8 7 9 9 8 8 9 8 8 8 7 9 9 6 8 5 Aluno 1,32 1,15 OK

114 6 6 7 7 9 8 7 8 7 7 7 7 7 7 7 7 Aluno 0,52 0,72 OK

115 9 7 9 9 6 10 5 7 7 10 6 4 7 7 9 8 Aluno 3,07 1,75 OK

116 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 6 Aluno 1,00 1,00 OK

117 10 9 8 9 10 8 10 9 8 6 9 9 9 9 7 9 Aluno 1,16 1,08 OK

118 10 9 9 10 10 9 9 9 10 9 10 10 10 10 10 10 Aluno 0,25 0,50 OK

119 7 7 7 9 9 8 10 8 8 9 8 9 10 6 8 7 Aluno 1,32 1,15 OK

120 10 8 9 6 10 8 10 9 9 9 10 10 8 10 9 10 Aluno 1,26 1,12 OK

121 9 8 10 4 10 8 9 8 9 10 8 9 10 10 9 8 Aluno 2,23 1,49 OK

122 8 7 7 7 8 6 9 8 9 9 7 9 9 7 8 9 Aluno 1,00 1,00 OK

123 10 7 9 8 7 9 10 8 10 9 10 7 7 10 8 9 Aluno 1,45 1,20 OK

124 10 7 7 8 10 7 7 4 9 8 7 6 10 8 10 8 Gestores 2,78 1,67 OK

125 10 9 10 10 10 10 10 6 10 10 9 10 10 10 9 9 Gestores 1,07 1,03 OK

126 10 8 10 8 9 7 8 7 10 10 9 9 10 10 10 9 Gestores 1,20 1,10 OK

127 10 5 10 5 10 10 10 5 10 10 10 8 10 10 8 8 Gestores 3,96 1,99 OK

128 10 7 10 8 8 7 8 9 6 6 8 9 7 7 6 Gestores 1,78 1,33 OK

129 10 10 10 10 10 8 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Gestores 0,27 0,52 OK

130 7 5 2 2 6 7 2 8 7 4 5 7 6 3 1 8 Gestores 5,60 2,37 OK

131 10 10 10 8 10 8 10 8 10 9 8 9 10 9 9 7 Gestores 1,00 1,00 OK

132 10 8 8 8 9 8 8 7 10 9 10 10 10 8 8 9 Gestores 1,00 1,00 OK

133 10 10 8 8 6 10 6 10 10 10 6 10 10 10 10 8 Gestores 2,65 1,63 OK

134 10 8 8 7 10 7 9 7 9 9 10 8 8 8 10 9 Gestores 1,20 1,09 OK

135 8 8 10 9 10 8 10 9 9 7 7 10 10 8 6 8 Gestores 1,60 1,26 OK

136 10 9 9 8 10 9 9 9 10 9 9 9 10 9 10 9 Gestores 0,33 0,58 OK

137 10 8 10 10 10 10 10 9 8 9 10 8 9 10 10 9 Gestores 0,65 0,81 OK

138 10 8 10 9 10 9 10 8 10 10 9 9 10 9 9 9 Gestores 0,50 0,70 OK

139 10 8 9 8 9 7 9 7 10 9 10 9 10 9 9 9 Gestores 0,92 0,96 OK

140 10 10 8 9 8 7 9 10 9 10 8 9 10 8 8 8 Gestores 0,96 0,98 OK

141 10 8 10 10 10 8 8 8 10 10 8 8 8 8 8 8 Gestores 1,00 1,00 OK

142 10 8 9 9 9 9 8 8 9 8 8 7 8 7 9 9 Gestores 0,66 0,81 OK

143 10 9 10 8 10 8 9 8 10 9 9 9 10 10 10 10 Aluno 0,63 0,79 OK

144 9 8 10 9 9 10 10 8 10 10 9 10 10 9 9 9 Gestores 0,50 0,70 OK

145 10 9 10 8 10 8 9 7 9 10 8 6 10 9 8 9 Gestores 1,40 1,18 OK

146 8 7 8 9 7 8 10 9 9 8 7 10 9 8 9 9 Gestores 0,93 0,96 OK

Variância 2,71 2,80 3,01 2,75 2,90 2,82 2,35 2,96 2,08 3,92 3,43 2,78 2,38 5,53 3,05 4,94

Desvio 1,64 1,67 1,73 1,66 1,70 1,68 1,53 1,72 1,44 1,98 1,85 1,67 1,54 2,35 1,75 2,22

Val OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK OK Modelo adaptado de Lima Júnior (2008)

Legenda:

OK= resposta/questões validadas e usadas na análise

X= resposta/questões não validadas e descartadas da análise

APÊNDICE C – POPULAÇÃO DOS ALUNOS

ORDEM CURSOS DE GRADUAÇÃO 1/F 1/M 1/Total 3/F 3/M 3/Total 5/F 5/M 5/Total 7/F 7/M 7/Total 9/F 9/M 9/Total Total

1 ADMINISTRAÇÃO 103 84 187 81 74 155 95 70 165 87 58 145 0 0 0 652

2 AGRONOMIA 32 141 173 14 100 114 13 93 106 17 86 103 0 0 0 496

3 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 23 14 37 23 9 32 27 7 34 17 1 18 0 0 0 121

4 CIÊNCIAS CONTÁBEIS 77 49 126 64 42 106 65 34 99 49 32 81 0 0 0 412

5 COMUNICAÇÃO SOCIAL-PUBLICIDADE E PROPAGANDA26 31 57 12 16 28 0 0 0 0 0 0 0 0 0 85

6 COMUNICAÇÃO SOCIAL-JORNALISMO 1 0 1 0 0 0 12 6 18 0 0 0 0 0 0 19

7 DIREITO 117 78 195 118 67 185 103 86 189 97 78 175 95 66 161 905

8 EDUCAÇÃO FÍSICA 33 30 63 10 23 33 16 26 42 13 12 25 0 0 0 163

9 ENFERMAGEM 28 9 37 36 9 45 29 3 32 23 3 26 0 0 0 140

10 ENGENHARIA AMBIENTAL 45 59 104 26 24 50 29 40 69 33 28 61 0 0 0 284

11 ENGENHARIA CIVIL 92 153 245 63 163 226 34 105 139 25 68 93 0 0 0 703

12 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 26 24 50 11 20 31 12 25 37 0 0 0 0 0 0 118

13 ENGENHARIA QUÍMICA 24 25 49 11 19 30 17 10 27 0 0 0 0 0 0 106

14 FARMÁCIA 26 7 33 21 14 35 12 2 14 34 8 42 0 0 0 124

15 FISIOTERAPIA 46 8 54 30 4 34 25 4 29 25 6 31 0 0 0 148

16 HISTÓRIA 13 18 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 31

17 LETRAS 29 14 43 0 0 0 23 4 27 0 0 0 0 0 0 70

18 MEDICINA 41 26 67 33 25 58 32 26 58 33 23 56 38 19 57 296

19 MEDICINA VETERINÁRIA 88 96 184 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 184

20 NUTRIÇÃO 16 1 17 0 0 0 0 0 0 22 0 22 0 0 0 39

21 PEDAGOGIA 54 0 54 49 1 50 44 0 44 47 0 47 0 0 0 195

22 PSICOLOGIA 50 14 64 43 6 49 29 11 40 23 6 29 41 4 45 227

23 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 15 76 91 10 34 44 4 44 48 8 57 65 0 0 0 248

24 TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO 9 10 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19

25 TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL 25 26 51 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 51

26 ZOOTECNIA 15 47 62 15 33 48 10 21 31 8 24 32 0 0 0 173

Total 1054 1040 2094 670 683 1353 631 617 1248 561 490 1051 174 89 263 6009

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS - UNIPAM

ALUNOS MATRICULADOS EM GRADUAÇÃO POR CURSO, PERÍODO E SEXO, NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012

POPULAÇÃO DOS ALUNOS

Fonte: dados fornecidos pela Instituição pesquisada.

APÊNDICE D – AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA ALEATÓRIA

ESTRATIFICADA DOS ALUNOS RESPONDENTES

População Amostra % 1º Per 3º Per 5º Per 7º Per 9º Per Total % da população

1 ADMINISTRAÇÃO 652 385 59 37 31 33 29 0 132 20

2 AGRONOMIA 496 286 58 35 23 21 21 0 99 20

3 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 121 78 64 7 6 7 4 0 24 20

4 CIÊNCIAS CONTÁBEIS 412 281 68 25 21 20 16 0 82 20

5 COMUNICAÇÃO SOCIAL-PUBLICIDADE 85 47 55 11 6 0 0 0 17 20

6 COMUNICAÇÃO SOCIAL-JORNALISMO 19 10 53 0 0 4 0 0 4 20

7 DIREITO 905 499 55 39 37 38 35 32 181 20

8 EDUCAÇÃO FÍSICA 163 107 66 13 7 8 5 0 33 20

9 ENFERMAGEM 140 99 71 7 9 6 5 0 28 20

10 ENGENHARIA AMBIENTAL 284 160 56 21 10 14 12 0 57 20

11 ENGENHARIA CIVIL 703 429 61 49 45 28 19 0 141 20

12 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 118 78 66 10 6 7 0 0 24 20

13 ENGENHARIA QUÍMICA 106 74 70 10 6 5 0 0 21 20

14 FARMÁCIA 124 80 65 7 7 3 8 0 25 20

15 FISIOTERAPIA 148 84 57 11 7 6 6 0 30 20

16 HISTÓRIA 31 23 74 6 0 0 0 0 6 20

17 LETRAS 70 55 79 9 0 5 0 0 14 20

18 MEDICINA 296 143 48 13 12 12 11 11 59 20

19 MEDICINA VETERINÁRIA 184 137 74 37 0 0 0 0 37 20

20 NUTRIÇÃO 39 20 51 3 0 0 4 0 8 20

21 PEDAGOGIA 195 129 66 11 10 9 9 0 39 20

22 PSICOLOGIA 227 134 59 13 10 8 6 9 45 20

23 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 248 168 68 18 9 10 13 0 50 20

24 TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO 19 9 47 4 0 0 0 0 4 20

25 TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL 51 18 35 10 0 0 0 0 10 20

26 ZOOTECNIA 173 108 62 12 10 6 6 0 35 20

Total 6009 3641 61 419 271 250 210 53 1203 20

SELEÇÃO ALEATÓRIA DOS ALUNOS RESPONDENTES - CORRESPONDENTE APROXIMADAMENTE A 20% DA POPULAÇÃO

AMOSTRAGEM PROBABILÍSTICA ALEATÓRIA ESTRATIFICADA POR CURSO E PERÍODO - ALUNOS

Fonte: Seleção aleatória estratificada por período e curso dos alunos respondentes, elaborada pelo autor com uso do excel.

Amostragem probabilística aleatória estratificada Alunos - População e Amostra

CURSOS DE GRADUAÇÃOORDEM

APÊNDICE E - VARIÁVEIS COM VALORES EXTREMOS

Ord Nº Obs DM2 p1 p2 Ord Nº Obs DM2 p1 p2 Ord Nº Obs DM2 p1 p2 Ord Nº Obs DM2 p1 p2

1 895 121,861 0 0 72 309 55,414 0 0 143 336 46,635 0 0 214 714 43,208 0 0

2 289 115,964 0 0 73 1062 55,304 0 0 144 812 46,631 0 0 215 718 43,208 0 0

3 1174 110,544 0 0 74 775 55,251 0 0 145 823 46,631 0 0 216 727 43,177 0 0

4 1172 108,747 0 0 75 1041 55,131 0 0 146 415 46,615 0 0 217 988 43,070 0 0

5 1108 108,679 0 0 76 415 54,582 0 0 147 740 46,536 0 0 218 917 43,047 0 0

6 736 107,340 0 0 77 100 54,250 0 0 148 561 46,503 0 0 219 356 43,017 0 0

7 1095 106,715 0 0 78 354 53,961 0 0 149 522 46,400 0 0 220 702 42,990 0 0

8 1096 106,715 0 0 79 745 53,874 0 0 150 585 46,361 0 0 221 833 42,980 0 0

9 654 102,531 0 0 80 1001 53,700 0 0 151 184 46,278 0 0 222 693 42,957 0 0

10 881 99,267 0 0 81 380 52,956 0 0 152 362 46,175 0 0 223 807 42,916 0 0

11 752 97,290 0 0 82 566 52,902 0 0 153 83 46,154 0 0 224 121 42,858 0 0

12 721 94,968 0 0 83 967 52,713 0 0 154 1013 45,979 0 0 225 3 42,837 0 0

13 248 93,994 0 0 84 99 52,686 0 0 155 76 45,921 0 0 226 274 42,776 0 0

14 882 86,923 0 0 85 730 52,514 0 0 156 61 45,911 0 0 227 1038 42,698 0 0

15 1056 85,142 0 0 86 732 52,514 0 0 157 84 45,911 0 0 228 1042 42,698 0 0

16 537 83,035 0 0 87 388 52,496 0 0 158 779 45,869 0 0 229 895 42,694 0 0

17 539 83,035 0 0 88 383 52,479 0 0 159 851 45,830 0 0 230 908 42,694 0 0

18 1166 82,208 0 0 89 305 52,417 0 0 160 431 45,773 0 0 231 389 42,586 0 0

19 447 80,855 0 0 90 743 52,252 0 0 161 434 45,773 0 0 232 998 42,559 0 0

20 476 80,855 0 0 91 753 52,252 0 0 162 215 45,721 0 0 233 646 42,517 0 0

21 1109 79,830 0 0 92 770 52,252 0 0 163 966 45,643 0 0 234 482 42,514 0 0

22 814 77,720 0 0 93 451 52,200 0 0 164 1002 45,577 0 0 235 422 42,493 0 0

23 631 77,038 0 0 94 457 52,136 0 0 165 1014 45,577 0 0 236 426 42,493 0 0

24 708 75,215 0 0 95 461 52,136 0 0 166 888 45,480 0 0 237 528 42,478 0 0

25 923 75,147 0 0 96 463 52,136 0 0 167 395 45,450 0 0 238 210 42,476 0 0

26 785 72,803 0 0 97 1022 51,984 0 0 168 698 45,442 0 0 239 747 42,471 0 0

27 722 72,589 0 0 98 872 51,956 0 0 169 785 45,417 0 0 240 17 42,424 0 0

28 726 72,589 0 0 99 880 51,956 0 0 170 114 45,410 0 0 241 45 42,391 0 0

29 874 72,584 0 0 100 982 51,922 0 0 171 119 45,410 0 0 242 204 42,298 0 0

30 1097 67,664 0 0 101 1201 51,872 0 0 172 837 45,326 0 0 243 622 42,219 0 0

31 861 67,331 0 0 102 375 51,770 0 0 173 657 45,284 0 0 244 636 42,219 0 0

32 360 65,643 0 0 103 999 51,092 0 0 174 425 45,269 0 0 245 606 42,195 0 0

33 370 65,643 0 0 104 1006 51,092 0 0 175 433 45,269 0 0 246 947 42,194 0 0

34 130 65,355 0 0 105 416 51,046 0 0 176 570 45,191 0 0 247 860 42,084 0 0

35 417 65,207 0 0 106 1036 50,829 0 0 177 536 45,148 0 0 248 864 42,084 0 0

36 613 64,806 0 0 107 142 50,384 0 0 178 546 45,148 0 0 249 429 42,082 0 0

37 745 64,682 0 0 108 163 50,195 0 0 179 873 45,043 0 0 250 440 42,082 0 0

38 424 64,440 0 0 109 748 50,039 0 0 180 531 45,018 0 0 251 212 42,074 0 0

39 431 64,440 0 0 110 700 49,976 0 0 181 914 44,971 0 0 252 907 42,008 0 0

40 433 64,440 0 0 111 707 49,976 0 0 182 670 44,923 0 0 253 232 41,954 0 0

41 905 64,033 0 0 112 1002 49,901 0 0 183 8 44,839 0 0 254 814 41,940 0 0

42 875 63,715 0 0 113 147 49,687 0 0 184 978 44,791 0 0 255 780 41,865 0 0

43 268 63,155 0 0 114 1189 49,279 0 0 185 912 44,767 0 0 256 351 41,858 0 0

44 1208 62,928 0 0 115 1041 49,148 0 0 186 529 44,647 0 0 257 798 41,806 0 0

45 1193 62,863 0 0 116 380 48,816 0 0 187 1091 44,645 0 0 258 366 41,749 0 0

46 739 62,112 0 0 117 1081 48,613 0 0 188 129 44,547 0 0 259 376 41,749 0 0

47 1056 61,930 0 0 118 623 48,587 0 0 189 149 44,547 0 0 260 629 41,734 0 0

48 363 61,764 0 0 119 577 48,523 0 0 190 740 44,058 0 0 261 368 41,717 0 0

49 819 60,917 0 0 120 619 48,512 0 0 191 632 44,018 0 0 262 378 41,717 0 0

50 1084 60,736 0 0 121 510 48,507 0 0 192 635 44,018 0 0 263 934 41,687 0 0

51 1103 60,736 0 0 122 223 48,257 0 0 193 375 43,968 0 0 264 387 41,642 0 0

52 73 58,567 0 0 123 1221 48,225 0 0 194 967 43,965 0 0 265 379 41,628 0 0

53 798 58,555 0 0 124 152 48,183 0 0 195 893 43,905 0 0 266 28 41,624 0 0

54 931 58,092 0 0 125 661 48,099 0 0 196 420 43,901 0 0 267 34 41,624 0 0

55 724 58,080 0 0 126 427 48,076 0 0 197 197 43,843 0 0 268 39 41,624 0 0

56 760 57,559 0 0 127 1007 47,926 0 0 198 163 43,838 0 0 269 55 41,624 0 0

57 771 57,559 0 0 128 446 47,878 0 0 199 663 43,838 0 0 270 886 41,537 0 0

58 638 57,411 0 0 129 254 47,811 0 0 200 638 43,818 0 0 271 889 41,537 0 0

59 1002 57,411 0 0 130 105 47,777 0 0 201 343 43,721 0 0 272 741 41,519 0 0

60 1048 57,117 0 0 131 558 47,768 0 0 202 155 43,673 0 0 273 742 41,519 0 0

61 889 57,116 0 0 132 29 47,414 0 0 203 863 43,637 0 0 274 945 41,482 0 0

62 1011 57,094 0 0 133 882 47,245 0 0 204 405 43,592 0 0 275 547 41,465 0 0

63 672 56,947 0 0 134 361 47,173 0 0 205 276 43,555 0 0 276 613 41,446 0 0

64 27 56,842 0 0 135 635 47,084 0 0 206 68 43,519 0 0 277 312 41,445 0 0

65 205 56,585 0 0 136 844 46,973 0 0 207 10 43,515 0 0 278 364 41,444 0 0

66 949 56,520 0 0 137 635 46,927 0 0 208 544 43,472 0 0 279 1105 41,418 0 0

67 97 56,327 0 0 138 1069 46,886 0 0 209 176 43,445 0 0 280 209 41,375 0 0

68 680 56,271 0 0 139 930 46,813 0 0 210 409 43,431 0 0 281 416 41,342 0 0

69 608 56,059 0 0 140 544 46,775 0 0 211 723 43,286 0 0 282 604 41,309 0 0

70 1029 55,994 0 0 141 71 46,773 0 0 212 872 43,239 0 0 283 229 40,595 0 0

71 248 55,549 0 0 142 77 46,773 0 0 213 709 43,208 0 0