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PREÇOS:F^TLi':g=T_CO"—

No Rio '.' $50ONos Estados. . . » S60O

XXIII

JAWVPiO DAS CREANÇAS PUBLICA.SE A'S QUARTAS FEIRASRIO nE JANEIRO, 21 OE NOVFMBRO DE 1928

Os Patos Ppetos NUM. 1.207

nu"ieroV0CCS Vlr3m' n0 """^—t^-^""""

y — S ^^. *~__»^^""^ parecer bandos de patos"^"a f^1*""""30'

Lam" ^^ ^^ <SjQ <J !_. _^__ÉT^""\^

4 selvagens, gr as n an d o

ficou coberta de centenas daquellas aves aquáticas que disputavam entr... a ilhota onde estava Lamparina «rimeiro a desventurada negrinha.

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-1 — Novembro 192S 3 — 0 TICO-TICO

UMA VERDADEI>ia a dia, quer da classe medica, quer do povo, vão

surgindo at testados valiosos de curas admiráveis pelo Elixirde Inlianie, cm todas as manifestações de impureza dosangue.

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ALIMENTAÇÃO DOS 'PEIXES

jA^^t^^rQ/SmÈít^\ÍK® «?»V LA LTvH'í I

Meus netinhos:

Hontem, o Jayme, um inte-ressante netinho, perguntava aum amigo de que se alimenta-Ví*m os peixes. A resposta doamiguinho do Jayme foi que osPeixes se alimentavam dos pro-Prios peixes. De facto, meusnetinhos, os peixes grandessustentam-se, commummente,de peixes pequenos, mas nãosao estes apenas o seu únicoaI'rncnto. Os resíduos jogadosao mar pelos navios e pelosr,0s e toda a vegetação mari- ^

na são os alimentos principiesdos peixes. No fundo do mar,c°mo vocês sabem, ha uma va-r,edade infinita de plantas, quedão flores e fruetos e que. forneccm elementos de nutrição

para a população marinha. Nasuperfície das águas fluetúa,

também, densa massa de di-

minutos vegetaes. São nesses

vegetaes que os peixes peque-nos vão procurar nutrição.

Tal como acontece na terra,

a vegetação marinha soffre as

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lm^^r^v'AlMÊíImwmmL *~ //9^Bj

JEÈNAO SE ESQUEÇAM...

<je que o " Almanach d'0ico para 1929" é uma das

maravilhas deste fim de anno.

Pecam ao P*t»e P** eompral-c

cm rociados do me* d: Dezembro

vfiVVAW.,»'.v.w'

I 1

influencias das estações. Em

determinadas épocas do anno,as arvores se desfplham, os ve-

getaes, os legumes, escasseiam

e o homem é obrigado a ado-

ptar maior alimentação carni-

vora.

No mundo dos peixes, verifi-

ca-se o mesmo phenomeno.Quando os vegetaes marinhosescasseiam, os peixes alimen-tam-se mais de outros peixes e,não raro, morrem á mingua denutrição sufficicnte. E' a épo-ca do anno em que (/peixe es-casseia, naturalmente, em con-seqüência da pouca ou insuffi-ciente alimentação que encon-tra no mar..

VôVô..

O TICO-TICO — 6 - 21 — Novembro — 1928

b-T t^X #*_ (X_ <=__ >£. -**_. LT-T.g..— «* - ...hr1-^-—

OTiCOTICO *

NASCIMENTOS

? Acha-se cm festa o lar do Sr. Pancracio Cândidoda Silva e de sua esposa senhora Amélia Guimarães daSilva pelo nascimento de uma menina que, na pia baptis-mal, receberá o nome de Gloria.

* Com o nascimento da menina I.ilia Maria, filhado Sr. Paulo Miranda Ribeiro e D. Diva Miranda Ribeiro,acha-se em festa o lar desse casal.

festas o lar do Dr. João Peceguciro<-» -& Estã emdo Amaral e suasenhora D. Mari-na Faria Pece-gueiro, com onascimento d eOdila, a primo-genita do casal.

AN N I VER-S A R I O S

? A 15 docorrente passou oprimeiro annivcr-sario do interes-sante Haroldo, fi-Ihinho do Sr.Anacleto SoaresGuimarães e desua senhora DonaMaria José SaucrGuimarães.

*» "* Faz an-nos hoje o meni-no Júlio, filhinhodo Sr. AmadeuVieira.

* Comple-tou hontem seisannos a galanteMaria da Gloria,filha do Sr. Ar-naldo Cunha.

LARANJAS E

Zcquinha servia de escada para oTônico tirar laranjas da arvore.

(Desenho de

? Caodinho I.opcs, nosso estudioso leitor, fez annosa 12 deste mez.• Jacy Moraes, nossa encantadora amiguinha com-

pletou 7 annos no d:a 15.• Viu pai at hontem a data dc seu anniversario na-ttlicio a graciosa Pauüna, filhinha do Dr. Manoel Pessoa.

EM LEILÃO.,,

* EsOo em leiHo ,inte_ alumnas do InstitutoLa-Iayette, 1 Ser,c Commercial „. 1.: Quanto dão pelosolhos de Nair S.r pelo. restido. dc Alexandrina F. ? pelagraça de Alayde Laendcr? pela voz de Maria M. Ferreira?pe'os modos de Hilda Silva' » _e F|ora quc.sada? pela altura de Inah Mattos? pela elegância de ZildaP. Bueno? pelos cabellos de Célia Proiman? pela im.pathia dc Olga Soares? pela boquinha de Elza França? pelabreirice de Dias? pela tagarellice de Maria C.Ottoni? pe'as niâozinhas de Bella Cohen? pela graça dáSantuzza Noronha? pe>o andar de Alzira Henriques? pe'agordura de Ol^a Simio? pelo comportamento de Geraídun

S. Gorga? pela pelle.de Ilerminiá Basilio? pelas ondas docabello de Adelaide? pela delicadeza de'Irene l>'01iveira? e,finalmente, quanto dão pela le.lotira? — D. C. F."* ® Estão em leilão os seguintes aluhraos e alumnasda Escola Republica da Colômbia, 4° anno: Quanto dão peloolhar de Antônio? pelas travessuras de Euclides? pela vozdc Mario N.? pelos desenhos de Murillo? pela sympathiado Jayme? pela altura de Anna? pela estudiosa Arlelte?pelos cabello> de Esperança? pela delicadeza de Olinda?pelas risadas de João? pelas brincadeiras de Mario A.?

pelo comporta-VASSOURADAS mento de Auro-

ra? pelos dentesde O r 1 a n -do? pelo andarde Nelson? pelostrabalhos dc Iso-lina ? pelos ves-tidos curtos dcLydia? pelo pro-c e d i m e n -to dc Angela?e . final-mente, quantodão pela ta-garclla?

NO CINE-M A ....M

«*<S> Que-rendo organizarum film, contra-ctei com osguiiitts alumr.o*e alumnas daEscola Rçpubli-ca da Coloo-tia,4* anno: Eucli-des, o engraça-do Tora Mi>::João, o simplesAntônio Mcre-

• /- ... ., no; Orlando, oimpagável CarI, o: Nelson o Lon Clian.-; Abando, o seduetor John G.lberl; Paulo, o fascinante Ricardo Corte.;Mano N., o amoroso Ramon Novarro; Antônio, o ..:.vel Rorlopho Valenfno; Ar'ette, a bella Pola NeKri;na, a Dolores Del Rio; Edith, a Colleen Moore; Al-bertma. a Lya de Put.i; Inah. a elegante Alice Tc:,des a engraçada Clara Bo-; Mario A., o delic-ge O Bnen; Lydu, a graciosa Ruth Roland. e eu P?rser o organisador deste film.

:wpeM*^r _- Ul ^*^^^-v^ ~2* s_ ~ 5=2_^ ç^0 o ^^

A mamãe, de vassoura em punho foicastigal-o .... esbordoou o Tônico.

Maktiniano)

• • Querendo interpretar um [fal intitulado Atlrahi. *••"' «"¦•¦uiauu viuruíH"'*imor contrariei os Kfflintes meninos e meninas queconheço: Paulo, o Jack MuMial; Radamés. o Ricardo Cortez:Isnpolcao. Jot-1, Gilt^rt; Marina. , <;am*|!a Ilorn. Cvrfne.a Ruth Cl.íford; Célia, a Norma Shearer; Celote, a ClaraIlka a Claire Adams; Juracy. a Laura La Plante;Nvl/a. a Betty Bronson; Decio. o Tom Mix; Gerson, oBuck Jones; Wellington, o Fred Thomson; Djalma, «quieto V.ctor Varconi; Iryo. o Victor Mc Liglcn; ítalo.°

ST .- • . Cn: A,cair* ° Jack Raughcrth; GlòrinM-a Bebe Dan.els; Paulo, o Conrad Nagcl, c eu, por quererdn.gr cmc iilm, o Ramon Novarro

21 — Novembro — lí)2S 7 — O TICO-TICO

CIGARRAJá sei porque a cigarra anda cantando desde que o sol levanta

até que a noite desce. A calumnia hedionda da formiga contra acantora do verão ardente não mora mais na minha consciência.A cigarra não é, nem nunca foi, a indolente dos dias que vivemos.Ella trabalha e seu labor constante tem mais valor do que talvezse pense. Não é só a formiga que trabalha. O esforço da cigar-ra é bem maior que o delia. Bem maior e mais nobre, mais hu-mano.

A formiga não pára um só instante. Catando o grão, a folha,o verme, a flor, anda sempre a guardar no seu celleiro tudo quefica ao alcance dos seus olhos. E' a perfeita figura do avarento,

que guarda para si e nunca pensa em dar nada a ninguém. A ei-

garra, ao contrario, é liberal. Deus deu-lhe as azas de ouro e um

corpo côr de mel e poz-Ihe na garganta o dom maravilhoso da voz

dc cantadora. Pois todas essas prendas, ella, tão bôa, tão leal, vive

a offérecer a toda a gente. E mostra, sob o sol, o fascinante bri-

lho das axa, e do corj !" P ,ndo> a sombra amena das arvores

em Flor, todo o mundo só pensa em descansar, em fugir do calor,

a victima ii abre c canta as mai*

lindas can 1 ... a pobre da ei-

g3rra q| de pensar que elh quer esquecer,a de ti formigas

A K O S 31 A N II S

/ í} TT^y^iwy\ a%

istopia dç umQoneeo de Pau

. CAPITULO 18

Que pensam que a Fadafez? Deixou o pobre bo-neco chorar meia hora,por não poder passar pelaporta por causa do compn-mento do nariz. Fez istopara mostrar-lhe que ha-via sido muito mau c paradar-lhe uma lição. A Fa-da, quando o viu tão des-figurado, os olhos quasifora das orbitas de tantochorar, teve dó e bateupalmas, fazendo com quelogo apparecessem m i IPicapaus que, empolei-rando-se no nariz de Pi-noechio, o picaram tantoque em poucos minutosficou do tamanho natural."Como é bôa, minhaFada!" disse o boneco en-xugando-a lagrimas. "Co-mo te amo!""Eu também te amo",disse a Fada, "e se vocêficar commigo. será o meuirmàozinho e serei tua ir-mã/inha.""Ficarei de bom grado,mas o meu pobre papae?""Já resolvi tudo; teupae já sabe e antes deanoitecer estará aqui"

mesmo?" per irtl-tou Pinocchio pulandoalegria. " Fntáo, mu.Fada, posso ir me encon-trar com elle-' Nâo possoesperar para beijar áque!-Ie pobre velho que tantotem soffrido por mim"."Vá, mas não se perca.Vi direito pela estrada clia dc cncontral-o".

Pinocchio partiu e logoque se apanhou na'flores-ta, poz-sc a correr comoum veado.

Quando chegou a certoponto, quasi perto da Pcroba Grande, parou por

julgar ouvir ai-guem. Realmen-te, viu na estra-da; a quem pen-sam que elle viu?- a Raposa e o

Gato, istoé. os com-p a n h e i-ros comquem

ceara na estalagem cha-mada "Camarão Verme-lho"."Aqui está o nosso que-/ido amigo PinocchioJ"disse a Raposa, abraçan-do-o e beijando-o. "Comoveio parar aqui?"" Como veio pararaqui?" repetiu o Gato."E' uma historia muitocomprida e contar-vos-ciquando tiver tempo. Nanoite em que me deixastessó na estalagem, encon-trei-me com assassinos naestrada"."Assassinos? Oh! meupobre amigo" que queriamelles?""Queriam roubar o meudinheiro"."Infames!" disse a Ra-posa.

"Muito infames!"replicou o Gato."Comecei a correr, edepois que me pegaram.

enforcaram - me naquelhperoba"."Não se pôde imaginaruma coisa mais cruel", dis-se a Raposa, "infelizmen-te, somos condemnados aviver neste mundo! Queestá fazendo aqui agora?""Estou esperando o meupae, que chegará a qual-quer hora*'."E teu dinheiro ondeestá?""Tenho-o todo aqui, me-nos a moeda que pagueina estalagem do CamarãoVermelho"."Porque não as semeiano campo das Maravilhas?Porque não segue o nos-so conselho?""Hoje 6 impossível, ireioutro dia""Outro dia será muitotarde", disse a Raposa."Porque-"

"Porque um homemmuito rico comprou oCampo das Maravilhas ede amanhã cm deantenão se ooderá mais se-mear nelle","O Campo das Maravi-lhas é muito longe daqui -"

"Nâo chega a 2 léguas.Não quer vir comnosco?Em uma hora c mci..taremos lá. Você poderáem poucos minutos plan-

vm! *¦" / ^^^B

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*'**v""M I WjmmÊ^L^mm \ aWmmmm~m^aãmmmm\ \.^a\aímmmRggt

tar o dinheiro c voltar pa-ra casa com os bolsoscheios. Não quer vir?"

Pinocchio hesitou umpouco. Pensou na Liõa I. •da, no velho Gcppctto e r.oaviso do Grillo Falante,mas. como muitos meninossem juizo, cedeu c lá seforam os tres. Depois diandarem meio dia. chega-r.im a uma cidade chama-da " Pega Bobos ". Logoque chegaram, Pinocchioviu as ruas cheias de cãesdoentes que pediam comi-da, carneiros que tremiamde frio, gallinhás sem pen-nas, que pediam esmolas,grandes borboletas quenâo podiam voar por te-rem vendido as lindas azaspor poucos vinténs e ago-ra tinham vergonha de ap-parecer. Aves do pmque choravam agora -asbellas pennas para sempreperdidas... Entrevia esmo-leiros infelizes, e as cai-ruagens passavam, dequando em quando, levan-do uma das raposas. ou-,trás as pôgas monstruosas »ou aves de rapina."Onde está o Campodas Maravilhas*" pergun-tou Pinocchio."A

poucos passos a.:ante".

Andaram mais um pou-co e chegaram a um campomuito parecido com os ou-tros. mas não se via nin-guem."Aqui estamos", disse aRaposa. "A i i voe* de-re lazer um buraco e p*,fas moedas dentro". P"noechio obedeceu: abri»um buraco, poz o dinhe-ro dentro e cobriu-o dcnovo."Agora você deverí íruxi Aquelle »oço. dc onditrará água para regar on*de semeou".

oechio. seguindo «*"ordens, foi ao poço e co*mo nno tinha traze*água, tirou um dos seu"sapatos, encheu-o de ag"'e folVcgar o dinheiro.pois perguntou:"Precisa de mais «« 'ma coisa?.(Tctmim ia [iut Je naBii»*

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Zeninha Veras

21 _ Novembro — 1928 — 11 O TICO-TICO

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FranciscoSolanoI.opez

'A victoria da nossa esquadraem Riachuelo obrigou Lopez a reti-

T9r de Corrientes as suas tropas.

Então, o nosso Exercito inva-

diu o Paraguay, Sendo o generalOzorio, com os seus bravos, o pri-mciro a pisar o território inimigo.

Com algumas .batalhas, como ade vinte e quatro de Maio, força-mos o dictador a recolher-se ássuas grandes fortificações de Hu-maytá.

Pensava elle que dali não pas-sariam os nossos navios, nem asnossas forças de terra.

As fortalezas eram medonhas, _0 rio estava atravessado dc grossascorrentes dc ferro, para Impedir aPassagem da nossa esquadra.

Mas os nossos generaes an-ram-se sobre Humaytá, por terra ePelo rio, c obrigam o dictador a fu-*,r "ra o norte.

Aquelle homem era tâo cruel,Sue ia deixando o solo, por onde fu-8 a« Juncado de cadáveres dos seusPróprios amigos e ate dos irmãos

Todos os que nâo venciameram morto.

HISTORIAS

deNOSSA PATRÍA

DESENHO

deCICERO VALLADARES

Quando nâo apanhava osofficiaes que se deixavam derrotar,vingava-se delles matando-lhes asmulheres e os filhos.

Mas os nossos o perseguiamcom a mesma pressa com que ellefugia.

Afinal, metteu-se pelos mattos

e pelas montanhas desertas, atrope-

lado sempre e sem ter descanso em

parte alguma.

Obrigava agora todo o povodas cidades e villas a acompanhal-o;

e' aquelles pobres que, mortos da

fome ou de cansaço, não podiam

mais andar, ficavam morrendo pe-

los caminhos, ou eram degolados

por ordem do tyranno.

t\ Morte do Di-ctador do Para»

guay

Assim chegou elle ao seu ulti-mo dia, em Cerro-Corá, na margemesquerda do Aquidaban. Ali, derro-

tado e ferido gravemente, ainda

quiz fugir, mas foi morto por umsoldado nosso, por alcunha Chico

Diabo. Tinha elle, nesse dia (Io deMarço de 1870), assignado a con-demnaçâo da própria mãe.

Devia esta ser executada no

dia seguinte!... e só porque o filho

cruel tinha sabido que ella se mos-

trava sentida e horrorisada de tan-

to sangue que se derramava.

A guerra é uma coisa horrível,

e só se torna justa num caso como

este, em que é preciso livrar de taes

algozes a pobre humanidade"

O TICO-TICO — 12 21 — Novembro — 1928

UM D! A É DA CAÇAD E A ROCHA

w ^^/'^llMll^SaE^ I algozes precipita- ^|IfVeWTiJ*»/^-4-*»^—^ escudeiroVejo ali

um veado, boa presa paraV. Majestade! Ambos es-tavam caçando, o leão, èo tigre, e, até áquella horaainda não haviam logradodar um tiro. Os seus rugi-dos lia vi am afugentadotoda caça até mesmo os

grillos e demais insectosesconderam-se nos hura-

louca corridafugiu. Os dokalgozes precipita-rain-se atraz em per-seguição.

O veado dando saltos for-

midaveis. No caminho,

porém, haviam fossos ar-

mados por caçadores e, o

leão e o tigre cahiram nei-les. Tempos depois os

dois meliantes — rei é es-cudeiro figuravam no circodo Sarrasani.

cos. O rei dos animaes era

temido e o seu escudeiro, o

sanguinário tigre, matava e

gozava a' agonia de sua

victima. O pobre veado

não dera com a presença<!os dois carniceiros, Jilââum rugido do leão serviu-lhe de aviso é.., pernaspara que vos quero. Numa 11 MÉfec -jsrreraÍHfiii

21 — Novembro 1Ü2S _~ 13 -, O TICO-TICO

A R O- I. A A uO sol, prestes a esconder-se, espalhava sobre a

terra sua portentosa luz, colorindo as areias doDahna.

Além, unia caravana atravessava o mar de areiaapressadamente, esperando chegar ao seu destinoantes que a noite viesse. Era a seqüência do cheikAhined-Ben-Abad que se achava afastado de seupalácio a vários dias.

Num dos baldaquinos achava-se o cheik e suaúnica filha Fatma, pela qual o chefe tinha grandeamor paternal. Todos os caprichos da joven eramlogo satisfeitos a uma ordem de seu pae.

Devido a sua justiça e extrema bondade, o cheikera muito estimado por sua tribu.

Estava em estado de viuvez; sua esposa haviafallecido logo após o nascimento da linda princezi-nha.. Não pensou o cheik em contrahir novo casa-mento; amava demasiadamente sua mulher e perdeu-do-a, jurou não mais casar-se.

Na frente da caravana seguia a cavallo o prin-cipe Mamhud, dedicado amigo do cheik e noivo dabelía Fatma. Era filho do grande Ali, morto nabatalha de Abu-Hassan.

Morrendo seu único protector, o principe coma idade de 18 annos, abandonou seu povo e, dingm-do-se para o sul, internou-se nas fileiras de cavalla-rias, cahindo logo no agrado do cheik.

Achavam-se agora a caminho do palácio, do

qual estavam ausentes, devido a uma viagem quefizeram ao Thibet onde foram admirar a colossalfigura da Budha.

Já apparecia no firmamento as primeiras estrel-Ias e os viajantes achavam-se ainda a cinco milhasdo palácio.

Depois de avançarem mais uni pouco, lograramchegar á residência, íatigados pela viagem.

Apollo não havia surgido e os habitantes do

palácio já se achavam de pé.Ouvindo o barulho de -diversos tiros, partidos üo

pateo, levantaram-se immediatamente.Pouco depois apparecia na presença do príncipe

a governante de Fatma, quasi suffocada pelo sustode que havia sido causada. Com o coração a saltat-lhe do, peito proferiu algumas palavras, acompanha-'Ias de soluços ofíegantes: A princezinha desappa-receu!

Não querendo mais ouvil-a, o principe com

alfange desembainhado saltou sobre o seu ginete enuma disparada louca, dirigiu-se para o acampamen-to dos guardas. Uma vez lá, espalhou a noticia dorapto da princeza. Chamou dois filhos do deserto edispersou os outros.

Seguio rumo ao sul, acompanhado pelos cavai-leiros. Depois de ter percorrido varias milhas, desani-mado e sem encontrar vestígio algum de sua amada,decidiu voltar. Num movimento que fizera paraavisar a seus companheiros, o principe notou queaquelles desappareceram. Prbcurou-os com os olha-res, nada distinguindo senão as palmeiras esparsa,pelo immenso deserto.

Chamou-os por diversas vezes em voz alta tendoapenas como resposta o silencio da noite. Accelerouo cavallo em direcção ao palácio, julgando que os ca-valleiros haviam sido victimas dos malfeitores.

Mas tal idéa não podia admittir. Havia variasrazões para isso: se os cavalleiros tivessem sidoraptados, saberia o principe immediatamente; verda-de é que elle marchava á frente dos dois, mas aomenos um grito de soecorro haviam de proferir.

Acabrunhado com esse pensamento Mamhudpreferiu abandonal-os a seguil-os.

Mas repentinamente surge nova idéa: e se osdois cavalleiros faziam parte do bando? Era essa aidéa mais acertada; tornou atrás em grande veloci-dade, passou o ponto que o abatera muito e depoisde percorrer duas milhas deparou com umas som-bras que conheceu serem de pessoas inspiradas aocrime por suas longas túnicas a tocar-lhes nos tor-uozelos. Achavam-se tambem a cavallo mas iam tãovagarosas que o principe em breve as alcançou, li-cando porém, dellas dez passos, de modo que pode-ria ouvil-as sem ser visto. As primeiras palavras nãoas poude comprehender; mas brevemente foi acostu-mando os ouvidos e soube que a princezinha achava-se encerrada na grande Mesquita, pois -era delia dequem falavam e que ao levantar do sol seria quei-mada diante o altar.

Não querendo mais ouvi!-os o principe avançoupara os dois malfeitores, conseguindo derribal-oscom o alfange. A principio nada disseram de tãoestuporados que estavam, mas, passados alguns mi-rratos depois de bem amarrados atiraram-se aos pésdo principe implorando que lhes perdoasse e emtroca diriam onde se achava a linda Fatma.

TICO-TICO - 14 — 21 — Novembro — 1928

Infames! rugiu o príncipe, desejo apenas que meapontem um meio de salvar a princeza.

Confessaremos tudo! exclamaram os facínoras;a princeza será sacrificada logo ao amanhecer e sequereis salval-a, tendes de levar ao chefe amarelloa pérola azul.

Pcrola azul? indagou o principe; o que vem aser?

E' uma pedra maravilhosa que pertence á Gran-ide Budha e que o cheik, nosso chefe, raptou quandoyisitava o altar.

Que tenho então a fazer? averiguou Mamhud.Buscar sem perda de tempo a pérola azul e

leval-a á grande Mesquita nas margens do marVermelho perto do Djeddah.

Assim farei, disse o principe, mas ai de vós sementis; far-vos-hei enforcar na primeira palmeiraque se me offerecer á vista.

Não carecemos de mentir! exclamou um doscavalleiros, o que dissemos é a pura verdade.

Então o principe ergueu os dois infelizes, amar-rou-os a uma palmeira, e montando novamente emseu cavallo, disparou para o castello. Uma vez láprocurou o cheik e encontrando-o pediu a pérolaazul. Ao mesmo tempo o principe referiu ao cheiko que se passara com elle e os dois Bandidos.

Como, minha filha em poder dos amarellos?indagou o cheik desesperado; salve-a por amor deAllah e se necessitaes de meus homens, levae-ostodos.

Não, retrucou o principe, desejo apenas a pérolaazul.

Eil-a, e que Allah te proteja, disse o cheik en-tregando a Mamhud uma pedra de um tamanhobruto e de uma côr azulada.

Tendo-a em seu poder o principe de novo ga-lopou.

Approximando-se de Mesquita o principe notou

que do infinito horizonte apparecia uma rubra man-cha; era o sol.

Temendo chegar tarde, Mamhud deu rédeas aocavallo, fazendo com que em poucos minutos chegas-ae a Mesquita. Attingiu as escadarias e chegou nologar do supplicio. O quadro que deparou foi atroz:No atrio da sala em frente ao altar o solo, ora ca-

vado, formando um grande buraco de onde sabiamlabaredas quasi a tocar no tecto.

Numa das extremidades da cavidade achava-sea princeza desfallecida, sustentada por dois chinsque esperavam ordens do chefe para atirai-a á fo-gueira.

Tão absortos estavam os filhos do celeste impe-rio que não presentiram o principe no httmbral daporta.

Não querendo perder oceasião para agir, o prin-cipe deu um enorme salto, indo cahir justamenteentre os dois carrascos, conseguindo alcançar o corpoda encantadora princeza e voltar atrás com grandevelocidade.

Os chins com grandes rugidos dirigiram-se parafora da Mesquita, julgando aprisionar os fugitivos,mas estes já iam longe.

Os seus desesperos extinguiram quando um dosamarellos apontou-lhes num canto de um dos de-gráos um objecto azulado. Era a pérola azul assimchamada pelos chinezes.

Cheios de júbilo, o bando foi apresentar ao chefea pérola o qual erguendo-se exclamou: Peixae-osagora porque nos entregaram o que tínhamos demais precioso e que a paz bemdita seja com elles.

Só depois que o sol principiava a illuminaraquella parte do globo, que os dois príncipes alcan-çaram o palácio.

O cheik vendo chegar Mamhud com sua adoradafilha desacordada em seus braços, não poude maisconter-se, desfallecendo também.

Pela tardinha o cheik sentado sobre o seu divanesperava pelo principe para agradecer-lhe e declaral-oseu genro.

Ao mesmo tempo appareceram na porta o princi-pe e a princeza com as mãos dadas. O cheik levantan-do-se, dirigiu-se aos dois e abraçando a filha disse-lhe:fui um tolo, ias ser sacrificada por causa de umamaldita pedra, mas Allah compadeceu-se de ti en-viando a Mesquita o principe Mamhud. Se querescontentar teu pae, acceita-o por esposo. E' o únicomeio de pagarmos essa grande divida.

A princezinha, que esperava essa ordem, nãopoude conter um grito de satisfação e cahiu nosbraços do principe.

iVILSON JOÃO NISTI"

21 - Novembro —. 1928 -15 — Ü TICO-TICO

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A PAGINA DE DESENHO

Depois de coloridos a lápis de côr ou aqua-rella, enviem os desenhos desta pagina áredacção d'"0 Tico-Tico". Os autores dosmelhores trabalhos terão seus nomes pu-

blicados nesta secção.

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TRABALHOS RECEBIDOS

Dentre o grande numero dedesenhos coloridos que nos foienviado, destacámos, pelo ca-pricho e bom gosto demonstra-dos, os dos seguintes meninos:

Juracy Neliy Baracho, ElzaDiva Baracho, Cadinhos Viei-ra, Eduardo Pereira Pinto, An-dré de Almeida Cruz, SylvioPinto da Costa, Thomé de Sou-za Lamas, Carlos Paschoal,Pedro Pessoa de Mello, Odet-te Villar, Antônio M. Cruz,Luiz de Almeida Filho, Wal-demar Portugal Freixo, CiniraCoelho, Guilherme de Mendon-ça Aguiar e Sylvio Guimarães.

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O TICO-TICO «- 1(5 — 21 Novembro — 1928

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Uma moça corajosaNa batalha da Gavirana, que decidiu da vida da

Republica Florentina, a 3 de Agosto de 1530, tinhacabido crivado de feridas e semi-morto de cansaçoFrancisco Fermccio, o unico sobrevivente, pois qua-si todos os seus companheiros tinham cabido mortos, ealguns prisioneiros. O commandante das tropas im-

periaes victoriosas, Maramaldo, era homem cruel e semescrúpulos, e quiz que fosse trazido á sua presença o he-roe vencido e moribundo. Mal o viu, e lembrando-se

da terrível derrota que Feiruccio lhe tinha infligido emVolterra, cego de ódio e sequioso de vingança, espetou-

lhe um punhal no pescoço, emquanto Ferruccio pro-nunciava as famosas palavras:

"Tu assassinas um ho-

mem morto!" Pouco depois, em 10 dc Agosto, Floren-

ça teve de se render e a liberdade communal estava per-dida. O lueto e a dor pelas ruinas do assedio, e mais

ainda pelo fim trágico de Ferruccio e dos seus heróicos

soldados, foram grandes e profundos em todos os fio-

rentinos, nobres e populares.Mas era preciso mostrarem-se alegres, fazer boa

cara aos novos senhores, e ir ás festas e bailes, em com-

nmnidade com os inimigos da pátria.Mas uma moça florentina não conpartilhou des-

tas idéias. Pertencia á nobre familia Aldobrandini, e

era leal e corajosa; quando uma vez num baile se lhe

apresentou Maramaldo, o vil assassino de Ferruccio,

convidando-a para dansar, e offerecendo-lhe o seu

braço, ella recusou altivamente.Não diz a historia se ella teve de soffrer as conse-

quencias do seu rasgo; nem Maramaldo era homem quehesitasse ante idéas de piedade ou de respeito. Certo é

que a arrojada moça mostrou saber affrontar-lhe asiras, e é esta altiva coragem que torna mais bello o no-bre protesto.

21 — Novembro — 1928 — 17

AS AVENTURAS DE FAUSTINA E ZÉ MACACO -O TICO-TICO

Faustina lê um romance

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(Continua no próximo numero)

O TICO-TICO — 20 — 21 — Novembro — 1928¦———i ¦ -~~TE__y - ' --

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A ESCRAVA DE BUDDHAd e

RABINDRANATH TAGORE

(Traducção de RachelPrado)

Sobre a relíquia de Buddha, o Santo Se-nhor, o rei Bimbisar levantou um santuário demármore branco que parecia uma saudad*:branca. E cada anoitecer, as noivas e as filhasda casa do rei vinham ao santuário offerecer oslampadarios e as flores.

Quando o filho do réi Bimbisar foi rei, ma-culou de sangue a religião de seu pae e quei-mou seus livros sagrados no fogo dos sacrifíciosímpios.

A tarde de outomno ia cahindo e chegavaa hora da adoração vespertina.

Shrimati, donzella da rainha, que era de-vota de Buddha, nosso Senhor, banhou-se emagua bemdita, adornou o açafate de ouro comlâmpadas accesas e brancas flores frescas, foi-se ante á rainha e prostrou-se, olhando em si-lencio, com seus olhos escuros.

Tremendo, a rainha disse-lhe:Não sabes, insensata, que é vontade do

Rei que quem adore Buddha seja castigadocom a morte?

Shrimati inclinou-se ante ella e foi ondeestava Annita, a esposa do filho do rei, a qual,ante um espelho de ouro brunido, trançava asua cabelleira negra e punha na flor da pelle amancha roxa da bôa sorte. Quando Annitaviu a donzella, apertou-lhe as mãos tremulas,dizendo-lhe:

Que malefício queres fazer-me? Vae-te daqui!

A princeza Shukla estava sentada á suajanella, a lêr um livro romântico á luz do poen-te, quando viu vir a donzella com as offerendassagradas.

Assustada, cahiu-lhe o livro do collo, cha-mou-a e disse-lhe ao ouvido:Que arrojada és! Por que buscas assima morte?Shrimati andou de porta em porta, cha-mando, de cabeça erguida:

Vinde, mulheres da casa do rei, que é ahora da oração de Nosso Senhor!Umas lhe cerravam a porta, outras a in-sultavam.A derradeira luz do dia se apagava nacúpola de bronze da torre do palácio.Fundas sombras se amontoavam nos rin-cões das ruas. Cessou o ruido e o movimento dacidade. O "gong" do templo de.Shiva chamava

á oração vespertina. E, na obscuridade do en-tardecer outomnal, profundo como um lago lim-pido, as estrellas palpitavam de luz.

Os guardas do jardim do palácio viram so-bresaltados, através das arvores, que uma filade lâmpadas ardia no santuário de Buddha; ecorreram com suas espadas nuas, gritando:'Quem és tu, louca, que vens para amorte?Sou Shrimati, disse numa voz doce aescrava de Buddha, Nosso Senhor.

O sangue do seu coração tingiu de carmimo frio mármore branco.

E a ultima lâmpada apagou-se ao pé dosantuário, ao lúcido clarão das estrellas silen-ciosas.

21 — Novembro — 192S O TICO-TICO

KAXIMBOWN .PIPOCA & C IA

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PATRÃO TEM UM DEN-ff ' ^A ,,,i ^..p ^$s=-" T^f^TG CARIOCA , O SR _.' \^_~£fcu/N -"V ((K^^^)

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QUE M0"DO_ -x _£iMMV(rO • y-—"^S^)São esses r1 SOCEGA-HO- Ul.KEUO-HTG, aPita E nÍoÍ ^SJ

1 MEr-UVOU---. LÁ'SE VIM'. BRiNCA , VA -VT_x A^^^ \ UCab- oçiCHOj L__. ' .-MÒy*é £\ rj) \iZ\ ^-<r\ /A—-—v———'" ^-—"^

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ü TICO-TICO

M U— 22 —

A21 — Novembro — 1928

M B U R A

Coro:Meu samhurâDe peixe miúdo,Al ária- farinhaE graussá.

'¦ólo:

Peguei no cúvoBotei .naguaVeio o peixeE disse assim:— Você me deixeQue eu não sirvoPra comer;Sou pequenino,Tenho espinhaNa barriga;Quem pensarQue me mastigaVae ter muitoQue fazer.

II

Coro:Meu sambaráDe peixe miúdo, etc.

Solo:Eu tiro o cavoBoto em terraSem demora,Pego na tarrafa agoraPra pescarAs cwriman.Sacudo o lançoE uma dellas

IOE 301

(CANTO NORTISTA PRAIEIRO)

Alusica de Euslorgio Wanderley

Diz. se rindo:Seu cumpade

Vá sahindo,Deixe a pescaPra amenhã.

III

Coro:Meu sambaráDe peixe miúdo, etc.

I

Solo:Fico damnadoVou buscarMeu jererePra pegar pitas até,Que bicho bom-E' camarão!Mas, um sabido.Pula de dentro «pra íóraE me diz:

Me pega agoraSi você tem boa mão.

IVCoro:

Meu sambaráDe peixe miúdo, etc.

Solo:Deixo o puçáPego na linhaCom O anzol.Boto uma isca

" Mais melhol "De «peixe grandeNão largar.Vem um charéoMe come a isca,Sae de banda,

E, de longe,Inda me mandaUm adeusPra debochar.

Coro :Meu $amburáDe peixe miúdo, etc.

NOTA: — Sambará — cesto dc vimeou dc palha com tampa.

Maria-farinha — pequeno carangueijobranco.

Graussá — carangueijo de pernas muitopelludas.

Cóvo — Armadilha de vime para apa-nhar peixes.

Tarrafa — rede pequena e circular depescar.

Cwirnan — Tainha de água doce.Lanço — O mesmo que lance, acto de

deitar a rede./criré _ Rede de malhas miúdas e pre-

sa a um aro circular que por sua vez épreso a uma comprida vara.

Pitús — Camarões grandes.Puçá — O mesmo que jcréré.Charéo — Espécie de peixe grande de

água salgada.Debochar — Ridicularisar, fazer troça,

mangar.

E. WANDERLEY

301

Recife X — 1928.

FÁBULAS DE GBMMA D'ALRAPRETENSA O D A PER E R É C A

Era uma vez uma pereréca, ampliibio vil e pe-quenino, da familia das rãs, e ainda aparentadacom os horrendos sapos.

Convencidíssima de sua belleza e formosura,e de muitos outros predicados que só possuía emimaginação, a tal pereréca não podia ouvir elo-giar nenhum outro animal, que logo não pro-curasse mostrar que lhe era em tudo superior.

Si se falava da palativa, a maviosa solista denossos bosques, a pereréca punba-se a gritar, quenem uma carma radiada.

Si se falava de peixes, logo se atirava na água,para mostrar que sabia nadar.

Um dia, passeando nos pampas com suaãamigas, ella avistou um boi, gordo e sadio, quepastava, majestoso, á beira de uma laguna.

O sol, que mergulhava no horizonte, derraman-do luzes multicôres sobre o fundo da paysagem,formava ao boi tão lindo quadro, que todas »»rãs e pererécas pararam para admirar.

A pereréca, agastada pela attenção que o boi

parecia lhe roubar, disse para uma das comr.a-nheiras:

.— Olha, que vou ficar do tamanho do boi.Uma sonora risada respondeu á pretensiosa

proposta,O bicho,bufando de cólera e despeito, começou

a inchar...Dc vez em quando, perguntava:

Então, não estou do tamanho do boi ?As outras, que conheciam o lado fraco da pe-

reréca, riain-sO a mais não poder, instigando aorgulhosa creatura com zombarias e pilhérias. ,

Afinal, já não podendo agüentar o esforço,mas sem querer dar o braço a torcer, a louca,num ultimo arranco, esbravejou:

Vocês tão umas tolas, já estou maior queo boi !

E como um pneumatico de automóvel quobale na aresta de uma pedra, a pereréca. dizendoisto, estoura, e cae sem vida !...

O TICO-TICO2J — Novembro — 1928—, ¦•-¦23 -.

Canto moirtnsta = Munslca Emstorgio WaimderleyM EU SAMBÜRÁ

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O TICO-TICü - 24 21 Novembro vm

SCENAS BÍBLICAS

O SACRIFÍCIO DE ABRAHAMHavia antigamente, muito antes de vir ao

mundo Nosso Senhor, um homem tão bom, tãojusto, c tão perfeito, como nunca houve igualno mundo.

Chamava-se Abraham.Elle morava num paiz denominado Chal-

déa, - onde se estão fazendo hoje escavações,que provam a veracidade de tudo 'o

que diz aHistoria Sagrada.

Essa Historia Sagrada, que é a historiaverdadeira dos tempos antigos, e especialmentede um povo chamado Israel, foi escripta com otestemunho de Prophetas, Juizes e Reis, queDeus escolhia c inspirava, para guiarem o povono caminho do bem.

O Creadore Senhor de todas as coisasdava-lhes o dom das prophccias e dos milagres,para que os homens lhes dessem credito, e es-curassem os seus conselhos.

Mas os homens, quando são máos, deres-tam as admoestações, e fogem de todos os queprocuram corrigil-os.

Entretanto, Abraham é uma das mais ex-traordinarias excepções, porque procurou sem-pre, antes de tudo, conhecer a vontade de Deus,e só fazer o que fosse do seu agrado.

Elle tinha um filho chamado Isaac. E umdia, para experimentar a sua obediência e o seurespeito a vontade divina, Nosso Senhor falou-lhe assim:

AbrahanL todos os dias, tu me offereceso sacrifício de algum animal,/Ou de algumas fru-tas, para mostrar que reconheces que sou donoe Senhor dc tudo quanto fiz; e, em recompensado teu sacrifício, eu abeuçôo o teu trabalho, eos teus bens se augmentam de dia para dia.

Agora, eu quero te dar uma Benção precio-sa, que nenhum outro jamais recebeu; mas tam-bem, para merecel-a, eu quero de ti um sacri-ficio maior.

E Abraham respondeu:Ealai, Senhor! que o vosso servo es-

cuta...

— Quero o teu filho, disse Deus.Abraham abaixou a cabeça, e sahiu á pro-

cura de Isaac.Elle pensou que Nosso Senhor quizesse vêr

consumido o filho querido, em cima de uma fo-gueira, como se fazia com os carneirinhos e asvitellas, e os fruetos da lavoura.

E elle disse comsigo "Deus me livre de fa-zer como Adão e Eva, que negaram a Elle, Crea-dor e Senhor de tudo, a única coisa que Ellequeria!....

Isaac, vendo chegar seu Pae, correu-lhe aoencontro, risonho e feliz.

E como este mandou que fosse apanhar alenha para o holocausto, o innocente meninopediu que lhe explicasse, ainda uma vez, comoera preciso que a victima fosse consumida pelofogo, para não se estragar, nem servir de re-pasto aos vermes, aquillo que se offerecia aDeus...

Abraham, por sua vez, procurou mostrar aofilho a grandeza e dignidade de um sacrifíciotal, que devia estabelecer entre Deus e os ho-mens a permuta de finezas, de agrados e de ob-sequios recíprocos. E por isso, concluiu elle,quanto mais querida*e preciosa é a victima, tan-to mais valiosa aos olhos de Deus!...

Assim, quando Abraham levantou nos bra-ços o filho único e dilectissimo, e depoz sobre apedra o corpinho débil, Isaac sorriu... depois,ergueu os olhos para o céo, e ajuntou as mão-zinhas, em suprema adoração!

E Abraham tomou o cutello...Mas um Anjo segurou-lhe o braço, dizendo:— Basta, Abraham! Deus está satisfeito.

Em recompensa da tua obediência, serás Pae deum grande povo! Os teus descendentes serãomais numerosos que as areias do mar e que asestrellas do céo.

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21 — Novembro 1928 — 25 O TICO-TICO

MODA INFANTILV E R Ã O

1" — Vestinrto dc cr: tomtampado e cretone liso.

2" — Lindo vestidinho dc ba-ptiste rosa. Grupo de pregas eraminho bordado.

3o — Vestido de licilio cremecom raminhos bordados na blu-ia. Saia pregueada.

4" — Vestido de linho côr demalva com tiras dc linho bran-co, iniciaes bordadas.

5" — Vestido d: voile côr deouroi^gollá de voile-branco. Flor-zinhas bordadas á linha roxa cCita cruzada azul

(>" —"Vestido de íoulard comluas de tons sobre tons. Paiascom trss baiiados franzidos.

BORDADOS

Dois' lindos cantos para fro-Ilhas ou lençóes.

Letras e m.onogrammas pararoupa branca.

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TICO-TICO — 26- 21 _ Novembro — 1928

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As borboletas azuesNas mattas e jardins do nosso querido Brasil,

existe uma infinidade de insectos alados que são os

dominadores, graciosos na sua belleza multicor e povo-am da encanto esses logares.

Pois bem; estão rareando, porque, o mercanti-

lismo industrial que tudo envenena e aniquilla em

troco de algunsi nickeis, corrompe a alma infantil dos

nossos garotos, pedindo-lhes a caça a taes insectos quesão as lindas borboletas de azas, azues, bezouros doi-

rados ou os minúsculos passarinhos que são uni pri-môr, os interessantes beija-flores ou colibris e outros;muitos outros.

A linda variedade dos nossos alados, adornos dasmattas, está desapparecendo 5

Dizem existir uma lei prohibitiva que pune com

multas vultosas taes violações. Mas, caça clan-

destina sempre se faz ficando os instigadores escon-

didos.No entanto, as vitrines de ourives da .Rua do

Ouvidor e Avenida Rio Branco, expõem grandequantidade de anneis caixinhas, broches, alfinetes,

quadros e até bandeijas, feitas com as azas das bonboletas azues.

Isso, em vez de despertar admiração como arte,desola como barbarismol

Como admirar a belleza onde ha crueldade?

O sábio indu' que óra nos visita ficou tristeem observar essa maldade dos nossos artistas.

Mas, desconhece elle de quanto é capaz o indus-trialismo estrangeiro que tudo absorve. Por isso, eu

peço aos nossos amiguinhos do Tico-Tico que, quan-do observarem esses insectos em perigo, os defeirdam e protejam com todo o ardor dos nossos juve-nis corações.

E' dever de bom patriota o culto aos seres quetêm direito á vida e nos dão uma impressão de belle-za. Belleza, que é o reflexo de Deus na sua primoro-sa manifestação — a Vida!

A Vida é toda a Natureza!E' o que palpita e existe de bello" na flor, no in-

secto mais pequenino e mesmo nas pedras que estãonos caminhos.

Creanças, é necessário cultuar a belleza da

creação para melhor amar1 a Deus!Vós que ledes o Tico-Tico deveis ensinar aos pe-

qüenos garotos da rua, aquelles que não vão á esco-

Ia nunca,; que nem a troco das maiores moedas devemdar caça aos insectos e pássaros!

E' um dever christão e patriótico 1As flores nasceram para enfeitar os jardins, os

pássaros para alegrar comi seus cantos maviosos as

manhãs de primavera!As lindas borboletas, e insectos doirados para ru-

tilarem ao sol!E vós, creanças, flores humanas, do jardim da

Vida, deveis viver para proteger a belleza na suamelhor manifestação!

Amae as flores, os pássaros e os animaes!Assim, sereis, umj dia, bons cidadãos.

RACHEL PRADO

CINEMA ÜÂSOÍLiai©

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i.ulu Mello, OlyMar e Bias Meí-to, tres promes-sas risoniuis doCinema Brasilei-r'>. Es.es tresmeninos f i g u -rám no film na-cumal "Barro

Humano" .

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Graciã Morenae Lia Rene, ar-tistas brasileirasque figuram em

"Barro

Humano".

GALERIA ©' ® 1T0€®'Tffl€©

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Ed^B. ,A______i^B Bt ****\w9 *~&v

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FILHA OO CASAL VICTOR GUEDES \tiíbr^J| - LISBOA"

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/^KsLETTEFILHA DO SR. Jo£o TAVARES

TH/^LIT^FILHA DO SR. JoÀO TAVARES

MUHDIMH^ PE&EI&A-MOSSOf-^o'-

21 — Novembro — 1928 — 29 O TICO-TICO

Brande Concurso de Natal o" 0 Tico-TicoCom o apparecíment.0, a 7 do corrente,

do ultimo fragmento da solução deste gran-de certamen, inúmeras são, já, as soluçõesque nos têm chegado ás mãos. O encerra-mento deste concurso será no dia 17 dopróximo mez, ás 14 horas.

Damos, a seguir, a relação de algunsdos magníficos prêmios q-je serão distri-unidos entre os concurremes que enviaremcertas as suas soluções.

i« PRÊMIOUM AUTOMÓVEL

Grandioso e bello automóvel, typo mo-derno, cores vivas, rodas blindadas e cons-trucção impeccavel.

2° PREMICUMA LOCOMOTIVA

Grande locomotiva, artisticamente deco-rada.

30 PRÊMIO

UMA MACHINA DE COSTURAEm ponto pequeno, mas que costura tão

bem como qualquer outra machina de cos-tura.

4» PRÊMIOUM CARROUSSEL

Original prêmio este, com musica e bar-quinhos que giram em torno do carroussel.

5? PRÊMIOUM TOBBOGAM

Interessante brinquedo pouco conhecidoentre nós e de eífeito deslumbrante.

6» PRÊMIO

CAMPAINHA COM BURRO

Grandes rodas nickeladas, com campa-inlia, puxada esta por um burro.

70 PRÊMIO

CAMPAINHA COM CABRITOIgual ao prcmio anterior, sendo a cam-

painha puxada por um grande cabrito.

8» PRÊMIO

CAMPAINHA COM CABRITOIgual ao Prcmio anterior.

9" PRÊMIO

UMA BONECALindíssima boneca caprichosamente ves-

t'da, com cerca de 50 centímetros de com-primento, abrindo e fechando os olhos,

io" PRÊMIO

UMA BONECAIgual ao Prêmio 9°.

11» PRÊMIOUMA BONECA

Igual ao Prêmio anterior.12» PRÊMIO

UM CRUZADORGrandioso prêmio este, constituido de um

1 cruzador de cores vivas.13» PRÊMIO

UM CRUZADORIgual ao Prcmio anterior.

140 PRÊMIOUMA JAZZ-BAND

Com cerca de doze peças e acondicionadaí'm grande caixa, constitue este prcmio uma

¦ "---adeira orchestra.

15° PRÊMIOUM APPARELHO DE JANTAR

DE ALUMÍNIO

Rico e interessante apparelho de alumi-nio, composto de varias peças.

16» PRÊMIO

UM APPARELHO DE JANTARDE ALUMÍNIO

Igual ao Prêmio anterior.

17° PRÊMIO

UM APPARELHO DE CHA' EMALUMÍNIO

Completo apparelho de chicaras de alu-minio, acondicionadas em caixa apro-priada.

18o PRÊMIO

UM APPARELHO DE CHA1 EMALUMÍNIO

. Igual ao Prêmio anterior.19» PRÊMIO

UM PRESÉPIO COMPLETO

Artistico oratório de madeira de coresvivas, com Reis Magos e vários perso-nag-ns; tornando, assim, um presépio com-pleto.

20° PRÊMIO ¦

UMA V1CTROLA

Pequena Victrola, acompanhada, de umdisco e de um maço de agulhas.

2i» PRÊMIO

UM APPARELHO DE CINEMA

Trata-se este prêmio de uma machina dccinema, com luz provida de lamparina aoleo.

22» PRÊMIO

UM APPARELHO DE CINEMA

Igual ao Prêmio anterior:

23o PRÊMIO

UM APPARELHO DE CINEMA

Igual ao 21o Prêmio.24o PRÊMIO

UMA ESTRADA DE FERRO

Com uma locomotiva e vários wagons etrilhos.

25o PRÊMIO

UMA ESTRADA DE FERRO

Igual ao Prêmio anterior.

26» PRÊMIO'

UM ZEPPELIN

Movido por forle mola, é este um dos

prêmios mais interessantes deste concurso.

27» PRÊMIO

UM LOOP THE LOOP

Original brinquedo,, novidade de fabri-cação

°allemã.

28» PRÊMIO

UMA ESPINGARDA

Magnífica "flaubcrt" de tiro ao alvo,

solida- construcÇ-O e da conhecida marca."Ideal".

290 PRÊMIOUMA ESPINGARDA

Igual ao Prcmio anterior.

30 PRÊMIOUM PIANO DE MADEIRA

31» PRÊMIOBONECOS DE CHUMBO

Caixa contendo uma bellissima collecçãode bonecos de chumbo.

32» PRÊMIOUM ESTOJO DE TIRO AO ALVO

Constituido de uma pistola e respectivoalvo.

33" PRÊMIO

UM ESTOJO DE TIRO AO ALVO

Igual ao 32» Prêmio.

34» PRÊMIOUM ESTOJO DE TIRO AO ALVO

Igual ao 32o Prcmio.

35» PRÊMIOUM DYNAAIO

Original motor com solida mola de pres-são, dando a impressão exacta de um dy-namo.

36» PRÊMIOUM DYNAMO

Igual ao 35o Prêmio.

37» PRÊMIOUM HARMONIO

De. teclado variado e harmonioso som.

38» PRÊMIOUM JOGO DE LOTO

Acondicionado em artística caixa de ma-deira.

39» PRÊMIOUM TRACTOR

Interessante automóvel tractor, imitaçãodos tractorês "Fòrdson".

40» PRÊMIOUM TRACTOR

Igual ao Prêmio anterior.

41» PRÊMIOUM TRACTOR

Igual ao 39o Prêmio.

4-° PRÊMIO

UM TRACTORIgual ao 39o Prcmio.

43° PRÊMIO

UMA CARROCINHA DE FOLHA

PUXADA POR BURRO

4.40 PRÊMIOUMA CARROCINHA DE FOLHA

PUXADA POR BURRO

O TICO-TICO — 30 21 — Novembro — 192S

AS SENSACIONAIS PAGINAS D£ ARMAR D'0 TICO-TICOSeguindo sempre o programma,

fjtie adoptou,j de jornal educativo,

auxiliar dos pães e dos mestres, O

Tico-Tico tem em todos os seus nu-

mero:-; a attracção maravilhosa das

paginas de armar. Elias despertam

vivo interesse aos leitores, levando-

os á preoecupação de armal-as, im-

primindq| ao trabalho o caracter de

perfeição e cuidado. Para a crean-

ça, porem, não é qualquer motivo

de construcção que serve. A pagi-

na de armar, com ser de fácil cons-

trucção, deve resumir um objecto,

uma entidade capaz de encher o in-

fante de alegria.

Dahi a preoecupação constante

d' 0 Tico-Tico de offérecer aos mi-

A LOCOMOTIVAíhares de leitores brinquedos de ar- de grande formato. Logo após a

mar dos mais interessantes. Ainda conclusão .do rresepe dc Natal, em

agora está cm elaboração e princi- vias de terminar a publicação, figu-

pio de impressão um brinquedo de rarão nas paginas coloridas d' O

armar que vae despertar, estamos Tico-Tico as sensacionaes partes da

Certos, vivo interesse na petizada. bella locomotiva, cujo modelo acom-

E' uma locomotiva, movimentada panha estas linhas.

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Modelo da locomotiva depois dc armada.

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21 _ Novembro — 1928 TICO-TICO

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Solucionistas: — Izaura Alves Rosa, An-tonio Rufino, Maria Amélia Belfort, Edu-ardo de Mello Alvarenga, Georgette Ca-vakante, Nilo da Silva Pessoa, Aurca Tei-xeira Bastos, Octa__lio Gonçalves Ferrei-ra, Fernando da Motta e Silva, Nestor Ta-vares Rego, Ataulpho dos Santos Couti-nho, Manoel Araújo Azevedo, Yeddá Re-gal Possolo, Jayme Tiomno, AldemaroSenna Gomes, Armando Alves da Costa,Maria Thereza Sá Bandeira, Carmen Do-lores Escovedo, Alberto Borges de Almci-<la, Palmyra dos Santos, Euribyades Ma-galhães, Francisco Braga Netto, ArmandoEscovedo, Osmar Soares da Gama, Ar--imiro Pinto, Antonio Caslos Magalhães,Herval Bastos, Acyr Pitanga Seixas, Pau-lo Belfort, Antonio Carlos Belfort, AbilioFerreira, Marina Graner, Arnaldo Gra-ner, Paulo Graner, Sérgio Graner, HélioPicottis da Cunha, Orchidéa Pereira deOliveira, Ayrton Sá dos Santos, Luiz Car-los de Souza Bittencourt, Francklin Daviddos Santos, Jorge da Silveira, Edith dsBarros Pires, João Machado, ClaudemiroAugusto Coelho, Alfredo Heitor de Car-valho, Alice de Vasconcellos Chaves, Ayr-ton Cordeiro, Aurelia Wilches, Joaquimd; Oliveira, Jessy Manques S'mões, MariaAmalia Gonçalves, Elomar Nazareth Be-_erra Alves da Cunha, Verena Nelson Sil-viano Brandão, Murillo Qu:ntiliano, Yeddade Ca*tr_ e Silva, Rubem D'as T-eal, Gus-mar Alberto, Lourdes Pereira Mimiz, Mu-rillo Pines de Carvalho, Dina Maria das

RESULTADO DO CONCURSO N. 3277

M eninos e Creanças!i Peçam ás suas mamas sapatinhos

STITEH-DOWN:

I DNBNas principaes sapatarias

Companhia CalçadosD., N., B.

— Rio de Janeiro

A solução exacta do concurso

Neves, Tullio Romano, Anna Augusta Cor-deiro de Mello, Salvador Lamonaco, An-tonio D!as Rebello, Geraldo Gracindo F .de Sá, Iser M. Saraiva.

Foi o seguinte o resultado final do con-curso:

Io Prêmio:

JORGE DA SIVEIRA

de 10 annos de idade e morador á ruaCoronel Dulcidio n°. 138, em Ponta Grossa,Estado do Paraná..

2 o. Prêmio:

SALVADOR LAMONACO

de 12 annos de idade e residente á ruaGeneral Argollo n°. 13, em Nova Fribur-go, Estado do Rio.

RESULTADO DO CONCURSO N. 3280

Respostas certas:

ia _ Cão — Dão — Mão — Não.2* — Amazonas.3a — Japão.4« _ Servir.5a — Olinda.

Solucionistas: — Ivo Piccinini, OswaldoFerraro de Carvalho, Déa Caninha, Ma-ria Amélia Belfort, Carlos Alberto Bel-íort, Paulo Belfort, Antonio Carlos Bel-fort, Rita Mayall, João B. Cascaldi, Ayr-ton Cordeiro, Hecio Affonso de Carvalho,Nelly Keller, Nilza da Silva Lima, AliceGarcia Barros, Juracy Nelly Baracho, Em-

ma Helfreich, Rubem Dias Leal, Cyranode Niemeyer Portocarrero, Therezinha Ri-bas Perdigão, Julião de Almeida Machado,Walter Vigio, Heloisa da Fonseca Rodriigues Lopes, Ataliba Cabral Neves, Yolan-da de Castro, Darcy de Oliveira Rodri-gues, Cléa Edna Santos, Moacyr Solon.Roberto d'Arloy, Hamilton da Silva eCastro, Moacyr Simões Ferreira, AntonioJosé de Oliveira, lsolina Vigio Gomes,Luiz Philippe de Carvalho, José CastroMartins, Mauro Pinheiro Nogueira, LuizNegnine I.ucci, Carlos Zotlo Filho, MariaApparecida B. Santos, Antônio Ferraz daRoso, Iracema Lopes, Pegy Piedode Fleu-ry Arnor T. do Rego, Auxibic de SouzaiValente, Dulce Moraes, Renato CoimbraVelloso, Joffre Pinheiro, Geraldo SoaresAmerica n°. 76. nesta Capital.Silva, Milton Werneck, Carlos Mostaert,Lunny Fornrga Mourão, Manoel AlvesAzevedo Filho. Sérgio Graner, MarinaGraner. Arnaldo Graner, Paulo Graner,Luiz Welter Pri°w, Octavo Mauricio Ma-galhães. Rosa Te;tel, Antonio Arauio Aze-vedo, D'na Maria das Neves, Btiju' deMello. Rubem de Aguiar B:ttenrourt. Nil-céa Guimarães de Souza, Rica Barki. Sc-cvr Leal. Luea Lea^- Dario Daddario. Ma-ria Amalia Gonçalves Ricardo S-TsríriMavorsra. Yo'anda Dias, Dantc Sr.rp.li,Iéa Sorel". Mrria de Mamede Freitas,Tose da Silva Marwnalrle, Levlah Costa,Lucia Prestes Cezar, Sylvio Avellar, Odct-

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O TICO-TICO — 3- 21 _ Novembro — 1928

te Roseiro, Armando Alves da Costa Ju-mior, Alice de Vasconcellos Chaves, Pa-lhano Filho, Rubens Farias Franco, JoãoVillani, Mauricio Mattos, Ayrton Sá dosSantos, Januário -Malzoni, Rubem Danne-cher, Waldemar Luduwg, Mario Ramos deOliveira, Alice de Barros Mello, CIcanthoD-nys Santiago, João Lopes Estevcs, Aso-reia de Carvalho Passos, Rubem de Aguiar,Bittencourt, Nelson de Oliveira, OdettePereira dd Oliveira, Orchidéa Pereira deOliveira, Francisco Alberto Santos, MarioLameiro Costa, Ancyra M. Costa, JoãoBaptista de Oliveira, Lanuza Duarte Rosai-vos, Rita Luiza Drummond, Hélio Ra-mos Monteiro, Walter Castilho de Barros,Osmar Soares da Gama, Maria Auxiliado-ra de Oliveira, Gusmar Alberto, JandyraBarros Montenegro, Acyr Pitanga Seixas,Paulo Duarte, Excelmann Miranda Mon-teiro Reynaldo Feijó de Pontes, MariaThereza Sá Bandeira, Yedda Regai Pos-solo, Alfredo Heitor de Carvalho, HélioRezende. José Rarcellos Garcia, Jorge Sil-veira, Cio ves Theodoro de Novaes, JoffreRuy de Assis, Murillo Marcondes.

Foi premiada a concorrente:

LANUZA DUARTE ROZALVOS

de li annos de idade e residente á rua daAmerica n°. 76, nesta Capftal.

CONCURSO N. 3-290

Tara cs tm ki:s d. st a capital e posEstados próximos

Perguntas:

ia — Qual o tempo de verbo que éabrigo ?

(2 syllabas)Antonietta Salles

2« — No masculino sou facto.No feminino sou abrigo.

(2 syllabas)Da mesma

3a — Qual-o paiz da Ásia cujo nome éformado do advérbio e do alimento?

(2 syllabas)Ruy Espinheira

•4a _ QUal a ave cujo nome é forma-do pelo pronome e pelo canudo?

(3 syllabas)André Lopes

5» — Qual o movei cujo nome é forma-do pelo advérbio e p.la nota musical?.

{2 syllabas)Maria Lúcia

As soluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tico-Tico devidamente assigna-das e acompanhadas do vale 3.290.

Para este concurso, que será encerradono dia 16 de Dezembro, daremos como pre-mio, por sorte, entre as soluções certas, umrico livro de leituras infantis.

WLMCONCDRS©

CONCURSO N . 3.291

Para os leitores desta capital e dos Estados

l( 4 '• i Kltn.';

-A".V

V.,K\i

•L-* &¦**$£?.yji

Recortem os pedaços do clichê acima ro dia 29 de Dezembro, daremos como pre.formem com elles o retrato do Vira-Laln. mio, de Io e 20 logares, por sorte, doisum cãozinho que tirou pi".mio na corrida livros ilhtstrados para a infância,de caça aos ossos. *

As soluções devem ser enviadas á reda-cção d'0 Tico-Tico devidamente assigna-.das, separadas das dc outros quaesquerconcursos e acompanhadas não só da de-claração de idade e residência do concur-rente, como tambem do vale que vae pu-blicado a seguir e tem o n . 3.291.

Para este concurso, que será encerrado

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0 TICO-TICO — 34 — 21 — Novembro — 19.28

A CONQUISTA DEJTABIRA

Ao talentoso joveiíJoe Bento Barboza

As selvas estavam intensamente illumina-das da luz da manhã que despontava e Itabira,que passara a noite a auscultar o terreno, ã vêrse percebia a chegada dos adversários, correualigero até ao rio e mergulhou na água crystalli-na o seu vigoroso corpo de athleta e guerreiro,

A sua tribu era uma das mais valentes.Itabira era filho do pagé Ararigboia.Noutra tribu vizinha vivia a linda Moema,

virgem, morena, por quem ansiava palpitante ocoração de Itabira.

Uma onda de ódio e de sangue se interpu-nha entre os seus jovens corações e Itabira,que sabia da sede de vingança que alimentavao seu pae, cacique da tribu Tabajára, vivia vigi;lante, a vêr se podia cessar as hostilidades guer-reiras.

As escaramuças eram freqüentes e o ódiolatente dos dois chefes não estarrecia.

Nessa manhã, quando se banhava no rio,Itabira ouviu resoar o toque dos borés.

Perscrutou e reconheceu que eram fes-tivos.

Sorrateiramente acercou-se do campo cviu guerreiros adornados e promptos para aguerra, que disputavam, em torneio de tacapes,a filha do velho pagé, que se deveria casar como vencedor. Na mente de Itabira atravessouuma onda de ódio e despeito.

Se elle evitava a luta por honra do seuamor, como iam entregal-a a outro guerreiro!

Voltou como um raio á tenda do seu pae eadornou-se com o mais velho cocar de pennasvariegadas e cingiu o arco e a flecha, victorio-sos trophéos de cem batalhas, e apresentou-seno campo para a disputa!

Todos olharam-no com respeito!Era bello e valente!Moema, ao vêl-o, correu ao seu encontro e

pediu:Itabira, quebra o arco e a flecha em minha

honra e toma este tacape e o maneja com arro-jo, até á morte, para minha conquista. Se fô-res vencido, serei de outro e então me lançareiao rio, morrendo como tu! Se venceres, terása conquista da tua victoria: serei tua esposa ea luta entre os nossos paes cessará.

— Sê valente como um guerreiro e Tupante ajudará!

E Itabira lutou e venceu!RACHEL PRADO. '

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...iodos os tares espalhados pelo immenso territo-rio do Brasil receberão livremente o conforto mo-ral da sciencia e da arte...,

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_1 — Novembro — 1928 OD 0 TICO-TICO

A MINHA ASPIRAÇÃO...

Escrever artigo... E' esta a minha aspiração...Desde os seis annos brinco de escrever artigo...

Papae foi o meu mestre... Corrigia os meus rabiscos.Animava-me. Previa um futuro literato no seu amadofilhinho.

Papae morreu. Antes de morrer fez-me presente dedois livros: "Contos de Malba Tahan'\e "Lua Crescente"de Rabindranath Tagore. Recommendou-me a leituradesses livros. Faz hoje nove mezes que papae morreu eeu leio sempre os livros que elle me deu..,-

Quando vivia — aquella doce creatura — que foimeu papaezinho — todas as noites elle rezava ao bomDeus, pedindo a saude e a felicidade do seu filhinho.

Agora eu rezo, tambem ao bom Deus, pedindo umlogar no céo para papae e intelligencia bastante paramim, porque si eu fôr intelligente escreverei muito artigopara o "O Tico-Tico", artigo bonito e curto, como os deD. Rachel Prado

Escrever artigo... E' esta a minha aspiração...

HÉLIO FLORES(10 annos;

,>1^^.V%%%V.VJVVV<.".VJVVLW.-A"AVJV.\VJ-J-VVViV.

(as criançasMAGRAS

e

podem dar-se ao prazer d'uma grata surpre^za com este novo meio, rápido e certo, de

engordar.Dêm-lhes as PASTILHAS DE BACA-

LAOL DO DR. RICHARDS, para vêr oeffeito. Cada pastilha faz engordar tantocomo uma colherzinha de óleo de figado debacalhau e meio pão de levedura. O segre-do da acção rápida e segura destas pastilhas,é que as vitaminas contidas n'aquelles in-gredientes nutritivos, estão CONCEN-TRADAS em cada p a s t i I h a de BACA-

LAOL.Nessas pastilhas não ha nada que pos-sa desarranjar o estômago mais delicado e

íj os resultados são promptos e duradouros.í Elles hão de engordar, pelo menos, 2 kilos j

em 30 dias. 5'^V^-v^---^V^^-_V-_-_V-_T_^^-_-.'V^^

It \m -m\. ________ **-% — "" 'í'*__*v_^->/ "^'^'W-JM . Ilífli '*"» »u »- •"*• ¦-*•*•«* _•' ""*¦ t__Hflí}-ÍÍ?_* _»>«,_¦__ ¦/•* __ | .", j~WBJ|5B_> jji^ J

AS AVENTURAS DO CHIQUINHO - A DERROTA DO CAMPEÃO¦ ¦ -¦ p— !¦ ii ¦

Jagunço era ovalentão da zona.Não havia cão queescapasse ás suasdentadas. Eramtaes as suas faça-nhas que, nas pro-ximidades da casado Chiquinho, erararo" vèr-se umcão estranho. Um'dia Chiquinho. ..

v; — — ¦¦—- «-___^^

.. .lembrou-se defantasiar Jagunçode soldado. Ar-ranjou-lhe uma.

calças vermelhase blusa azul e, á

força, v<o pozpasseiar,porém,sava escviu-o

.TP^... e mpac ota donaquella farda eachou o momentoazado para tirar adesforra. E latin-do de certo modochamou os com-

panheiros e ata-cou o ''campeão".

Si não fosse Ben-

jamim e Chiqui-nho acudirern ar-

mados de pau,Jagunço levaria abreca. Os outroscães deram • lheuma tunda em re-

gra, arrancando-lhe pedaços deroupa e de peita

° \ """ •-.-rn-lfí-ilí-^^ /

assim ¦•• ífV ^,-^\m\\\^rt^ZZi^'''''^^-'^^'a'^^m'' "^ S. «¦_¦ x_r*v~^_*V y «frtffiW___ll--«fe—^-___T~ "*a*--— —*^

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