FSP-2015-08-26

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DIRETOR DE REDAÇÃO: OTAVIO FRIAS FILHO COMIDA Clássico brasileiro, picadinho ganha casa especializada em São Paulo C5 ILUSTRADA Regina Casé dá vida a empregada doméstica em novo filme C1 SAÚDE Trauma pode ser hereditário, aponta estudo com vítimas do Holocausto B8 ANO 95 QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015 N O 31.556 EDIÇÃO SP/DF CONCLUÍDA À 0H27 R$ 3,50 UM JORNAL A SERVIÇO DO BRASIL folha.com.br Desde 1921 EDITORIAIS Opinião A2 Leia “Desforra de Pessi- mildo”, sobre entrevista da presidente Dilma Rous- seff, e “Respostas euro- peias”, a respeito de crise imigratória no continente. Alan Marques/Folhapress O vice Michel Temer participa de cerimônia no DF em comemoração ao Dia do Soldado China reage a pânico de investidores e corta juros Um dia após a forte retra- ção na Bolsa da China, acom- panhada pelos principais mercados mundiais, o gover- no chinês anunciou medidas para baixar a taxa de juros de empréstimos e ampliar a li- quidez do sistema bancário. A meta é estimular a econo- mia e acalmar os mercados. No Brasil e na Europa, as Bolsas subiram, mas nos EUA houve queda. Mercado A19 BNDES é crucial para viabilizar investimentos LUCIANO COUTINHO A estimativa do custo fiscal de empréstimos do Tesouro Nacional ao BNDES é incom- pleta, pois desconsidera be- nefícios, como impostos e o próprio lucro do banco que re- tornam ao governo. Opinião A3 LUCIANO COUTINHOé presidente do BNDES. Nova delação vai esclarecer doação a Dilma, diz Youssef Na CPI da Petrobras, o do- leiro Alberto Youssef disse, sem citar nomes, que um ou- tro delator na Lava Jato escla- recerá quem teria pedido R$ 2 milhões para a campanha de Dilma em 2010. Paulo Ro- berto Costa, ex-diretor da Pe- trobras, disse que foi Antô- nio Palocci. O ex-ministro ne- gou ter feito o pedido. Poder A5 Poder A6 Moro afirma que há indícios contra Gleisi Hoffmann; ex-ministra nega C COM A CASA NAS COSTAS Colombianos deportados da Venezuela atravessam o rio Táchira, na fronteira entre os dois países, para recuperar seus pertences; travessia ilegal é feita após o presidente Nicolás Maduro ter fechado a divisa em decorrência de atividades de contrabandistas Mundo A10 Luis Acosta/AFP Roubos sobem na Grande SP; homicídios caem no Estado Na contramão do Estado e da capital paulista, muni- cípios da Grande São Paulo, palco de recentes chacinas, tiveram aumento nos casos de roubo nos primeiros sete meses deste ano. Segundo dados da Secretaria da Se- gurança Pública, foram 3,4% a mais do que no mes- mo período do ano passado. Já os homicídios voltaram a cair no Estado. Cotidiano B1 Aline Arruda/Divulgação Regina Casé (esq.), em cena de “Que Horas Ela Volta?”, que estreia nesta quinta (27) CIRCULAÇÃO 310.797/dia (impressos + digitais) AUDIÊNCIA 29.673.760 visitantes únicos/mês Veja como entrar em contato com o serviço de atendimento ao assinante, as editorias e a ombudsman FALE COM A FOLHA fale.folha.com.br ATMOSFERA Cotidiano B2 Tempo abre na capital e não chove Mínima 14°C Máxima 25°C RODÍZIO Cotidiano B2 5ou6 Não devem circular carros com placas cujo final seja: Dólar dispara e vai a R$ 3,60 com piora da crise política Sob influência do panora- ma interno, o dólar comer- cial disparou e fechou a R$ 3,60. Para analistas, as ra- zões são a piora dos cenários político, com possível inves- tigação sobre a campanha de Dilma, e econômico, com al- ta na taxa de desemprego. As declarações de Dilma de que o governo subesti- mou a crise e de que não há como garantir que a situação em 2016 “será maravilhosa” também pesaram. Mercado A13 Maioria do TSE vota por investigação da campanha de Dilma Tucanos pedem apuração sobre possíveis abusos na eleição de 2014; pedido de vista suspende a sessão A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleito- ral votou na noite de ontem pela reabertura de uma das ações propostas pelo PSDB que pedem a cassação dos mandatos da presidente Dil- ma (PT) e do vice, Michel Te- mer (PMDB). Houve inter- rupção da sessão depois de a ministra Luciana Lóssio apresentar pedido de vista. Os tucanos pedem inves- tigação sobre abuso de po- der na campanha de 2014 e suspeitas de que recursos do petrolão ajudaram a fi- nanciar a reeleição. O PT re- jeita as acusações. Quatro ministros votaram a favor. Uma, contra. Faltam dois votos. Se a decisão da maio- ria for mantida, Dilma e Te- mer terão de se defender. Também ontem, o minis- tro Gilmar Mendes pediu ao Ministério Público de SP que apure irregularidades em empresa que recebeu R$ 1,6 milhão da campanha petis- ta. A coordenação da cam- panha disse que teve as con- tas aprovadas. A empresa não se pronunciou. Poder A4 Governo libera R$ 500 milhões ao Congresso para conter rebelião. A8

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diario de Brasil agosto 2015

Transcript of FSP-2015-08-26

  • DIRETOR DE REDAO: OTAVIO FRIAS FILHO

    COMIDAClssico brasileiro,picadinho ganhacasa especializadaem So Paulo C5

    ILUSTRADARegina Cas dvida a empregadadomstica emnovo filme C1

    SADETrauma pode serhereditrio, apontaestudo com vtimasdo Holocausto B8

    ANO 95 QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015 NO 31.556 EDIO SP/DF CONCLUDA 0H27 R$ 3,50

    U M J O R N A L A S E R V I O D O B R A S I L folha.com.brDesde 1921

    EDITORIAIS Opinio A2Leia Desforra de Pessi-mildo, sobre entrevistada presidente Dilma Rous-seff, e Respostas euro-peias, a respeito de criseimigratria no continente.

    Alan Marques/Folhapress

    O vice Michel Temer participa de cerimnia no DF em comemorao ao Dia do Soldado

    China reageapnicodeinvestidorese corta jurosUm dia aps a forte retra-

    onaBolsadaChina,acom-panhada pelos principaismercadosmundiais,ogover-nochinsanuncioumedidasparabaixarataxadejurosdeemprstimos e ampliar a li-quidez do sistema bancrio.Ameta estimular a econo-mia e acalmar os mercados.No Brasil e na Europa, asBolsas subiram, mas nosEUAhouvequeda.MercadoA19

    BNDES crucialpara viabilizarinvestimentos

    LUCIANO COUTINHO

    Aestimativadocustofiscalde emprstimos do TesouroNacional aoBNDES incom-pleta, pois desconsidera be-nefcios, como impostos e oprpriolucrodobancoquere-tornamao governo. Opinio A3LUCIANOCOUTINHOpresidentedoBNDES.

    NovadelaovaiesclarecerdoaoaDilma,dizYoussefNaCPIdaPetrobras, odo-

    leiro Alberto Youssef disse,semcitarnomes,queumou-trodelatornaLavaJatoescla-recer quem teria pedidoR$2 milhes para a campanhadeDilmaem2010.PauloRo-bertoCosta,ex-diretordaPe-trobras, disse que foi Ant-nioPalocci.Oex-ministrone-gouter feitoopedido.PoderA5

    Poder A6

    Moroafirmaqueh indcios contraGleisiHoffmann;ex-ministranega

    C COMACASANASCOSTAS Colombianos deportados daVenezuela atravessamo rio Tchira, na fronteira entre os dois pases, para recuperar seuspertences; travessia ilegal feita aps opresidenteNicolsMaduro ter fechado adivisa emdecorrncia de atividades de contrabandistasMundoA10

    Luis Acosta/AFP

    Roubos sobemnaGrandeSP;homicdioscaemnoEstadoNa contramo do Estado

    e da capital paulista, muni-cpiosdaGrandeSoPaulo,palco de recentes chacinas,tiveram aumento nos casosde roubonos primeiros setemeses deste ano. Segundodados da Secretaria da Se-gurana Pblica, foram3,4%amais do que nomes-moperododoanopassado.J os homicdios voltaramacair no Estado. Cotidiano B1

    AlineArruda

    /Divulgao

    Regina Cas (esq.), em cena de Que Horas Ela Volta?, que estreia nesta quinta (27)

    CIRCULAO310.797/dia (impressos + digitais)AUDINCIA29.673.760 visitantes nicos/ms

    Veja como entrar em contato com o servio deatendimento ao assinante, as editorias e a ombudsman

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    ATMOSFERA Cotidiano B2TempoabrenacapitalenochoveMnima14C Mxima25C

    RODZIO Cotidiano B2

    5ou6No devem circular carroscomplacascujo final seja:

    Dlar disparae vai aR$3,60compioradacrise polticaSob influnciadopanora-

    ma interno, o dlar comer-cial disparou e fechou aR$3,60.Paraanalistas,asra-zessoapioradoscenriospoltico, compossvel inves-tigaosobreacampanhadeDilma,eeconmico, comal-ta na taxa de desemprego.As declaraes de Dilma

    de que o governo subesti-mou a crise e de que no hcomogarantirqueasituaoem 2016 sermaravilhosatambmpesaram.MercadoA13

    MaioriadoTSEvotapor investigaodacampanhadeDilma

    Tucanospedemapurao sobrepossveisabusosna eleiode 2014; pedidodevista suspendea sesso

    A maioria dos ministrosdoTribunal Superior Eleito-ral votou na noite de ontempela reabertura de uma dasaes propostas pelo PSDBque pedem a cassao dosmandatosdapresidenteDil-ma(PT)edovice,MichelTe-mer (PMDB). Houve inter-rupo da sesso depois dea ministra Luciana Lssioapresentar pedido de vista.

    Os tucanos pedem inves-tigao sobre abuso de po-der na campanha de 2014 esuspeitas de que recursosdo petrolo ajudaram a fi-nanciar a reeleio.OPT re-jeita as acusaes. Quatroministros votaram a favor.Uma, contra. Faltam doisvotos. Se adecisodamaio-ria for mantida, Dilma e Te-mer tero de se defender.

    Tambm ontem, o minis-troGilmarMendespediu aoMinistrioPblicodeSPqueapure irregularidades emempresa que recebeuR$ 1,6milho da campanha petis-ta. A coordenao da cam-panhadisseque teveascon-tas aprovadas. A empresano se pronunciou. Poder A4Governo libera R$ 500 milhes aoCongresso para conter rebelio. A8

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    PUBLICADO DESDE 1921 - PROPRIEDADE DA EMPRESA FOLHA DA MANH S.A.

    U M J O R N A L A S E R V I O D O B R A S I L

    Presidente: LUIZ FRIASDiretor Editorial: OTAVIO FRIAS FILHOSuperintendentes: ANTONIO MANUEL TEIXEIRA MENDES E JUDITH BRITOEditor-executivo: SRGIO DVILAConselho Editorial: ROGRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, MARCELO COELHO,JANIO DE FREITAS, CLVIS ROSSI, CARLOS HEITOR CONY, CELSO PINTO,ANTONIO MANUEL TEIXEIRA MENDES, LUIZ FRIAS E OTAVIO FRIAS FILHO (secretrio)Diretoria-executiva: MARCELO BENEZ (comercial), MURILO BUSSAB (circulao),MARCELO MACHADO GONALVES (financeiro) E EDUARDO ALCARO (planejamento e novos negcios)

    EDITORIAIS [email protected]

    A presidente Dilma Rousseff(PT), quemdiria, reconheceuqueerrou diante da crise econmica.Segundodeclarouementrevista

    a esta Folha e aos jornais O Glo-bo e O Estado de S. Paulo, de-morou para perceber que a situa-opoderia sermais gravedoqueimaginava.Talveznstivssemosde ter comeadoa fazeruma infle-xo antes, completou. Se no ofez, foi porque no tinha indciodeumacoisadessaenvergadura.Mesmo os mais crdulos petis-

    tas terodificuldadesparaacredi-tar na verso presidencial mas,num paradoxo fcil de entender,preferiro se deixar enganar poresseenredo fantasioso.Docontr-rio, precisaro admitir que Dilmano enxergou o bvio.Durante todoseuprimeiroman-

    dato, no faltaramalertas sobre oesgotamentodomodeloeconmi-co que patrocinou. Em 2014, a ar-recadao j caa de forma acele-rada; era claro que fortes ajustesseriam inevitveis.Na disputa eleitoral, a campa-

    nha da petista at criou um per-sonagemranzinzaparazombardequemcriticavaogoverno.Tratava-se do boneco Pessimildo, que tal-vez hoje a presidente queira con-tratar como conselheiro.A despeito do muito que pare-

    ce haver de insinceronomea-cul-padeDilma,averdadeque,paraum pas imerso em profunda cri-

    se, interessamenosoquesedizdopassadoemais oque se faz emre-lao ao futuro. Quanto a isso, apresidentedeusinaisquemerecemser acompanhados com ateno.Indicou,porexemplo,queapoia

    certas reformasessenciais, comoada Previdncia. semdvida po-sitivo que Dilma tenha se alinha-do ao diagnstico de que o pastemumproblema como envelhe-cimento da populao e que ne-cessrio reduzir opesodosgastosobrigatriosnoOramento55%deles referentesaaposentadorias.Embora no tenha ido ao de-

    talhe, presume-se que se trata deavalpropostadeestabelecerumaidademnimaparaaaposentado-ria que consta da Agenda Brasil,elaborada sob liderana polticado Senado para preencher o va-zio da pauta presidencial.Dilma tambmendossouapro-

    messa de cortar dez ministrios emil cargos comissionados (5%dototal). Anunciada pelo ministrodo Planejamento, Nelson Barbo-sa, a medida, passe o trocadilho,foimal planejada: no se sabe se-quer quais pastas sero elimina-das, muito menos que economiaa iniciativa poder promover.Ainda assim, h algo de simb-

    lico nesse possvel cortee a pre-sidente mais impopular da hist-riapodetentarrecuperar,comessegesto,algumaconexocomasruas.Ser difcil, para no dizer im-

    possvel.Escamotearaverdadeoudescumprir recentes promessas,contudo,denadaajudaroDilmaRousseff a retomarprestgio e cre-dibilidade emnveismnimos pa-ra fazer avanar uma agenda dereformas imprescindveis aopas.

    Desforra de PessimildoDilma Rousseff reconheceque errou diante da criseeconmica no ano passado,mas atenua o mea-culpacom um enredo pouco crvel

    Vindos da Grcia, milhares deimigrantes oriundosdafrica, dasiaedoOrienteMdioseconcen-traramnafronteiracomaMaced-nia neste final de semana. A pol-cia reagiu inicialmente combom-bas de gs lacrimogneo e golpesde cassetete tentativa da multi-do de cruzar a fronteira do pas.Por fim,asautoridadespermiti-

    ramqueo fluxohumanoavanas-se e seguisse sua jornadaemdire-o Srvia e Hungria, porta deentrada da Unio Europeia (UE).Esse foi apenas o mais recente

    dos trgicosepisdiosenvolvendoa chegada de imigrantes na Euro-panesteano.Mais frequentesnosltimosmeses,nohsinaldequeiro diminuir no futuro prximo.Segundo o Alto Comissariado

    daONUparaRefugiados, oplane-tavivehojeamaior crise imigrat-ria desde a SegundaGuerraMun-dial.AEuropa recebeuapenasemjulhomais de 100mil imigrantes,maior nmero j registrado pelaagncia de fronteiras da UE.A imensamaioria foge dos hor-

    roresdaguerranaSria,da repres-so poltica na Eritreia, de confli-tos no Iraque e no Afeganisto edapobrezadafricasubsaariana.Paga-se em geral um valor ele-

    vado a contrabandistas que faci-

    litam a travessia. Uma vez na Eu-ropa,buscam-sesobretudoospa-sesdonorte,commaisempregosemelhores condies de vida.O agravamento da situao po-

    de representar mais um teste pa-ra a coeso do bloco europeu. Al-guns pases consideram estar ar-candocomumpesodesproporcio-nal diante da pressomigratria.Autoridades temem que, a me-

    nos que todos os pases do blocoaceitem dividir os imigrantes en-tre si, a crise possa afetar um dospilaresda integraoeuropeiaalivrecirculaodepessoasnocha-madoEspaoSchengen(compostoporquase todasasnaesdaUE).Reunidosnasegunda-feira (24),

    a chanceler da Alemanha, Ange-laMerkel, e o presidente da Fran-a, FranoisHollande, exortaramosmembrosdoblocoaadotar umsistema unificado para a conces-so de asilos e a concordar comumadiviso justa dos refugiados.Acrise imigratriano se resol-

    ver semumaresposta conjuntaedecididadospaseseuropeus.De-cididoeconjuntodeveser tambmorepdioamanifestaesxenof-bicas comoasque tomaram lugarnaAlemanhanosltimosdias,on-de abrigos para refugiados foramincendiados perto de Dresden.

    Respostas europeias

    Onvelgeneralizadodedes-confiana que dissolveu ins-tantaneamente a relao desimpatia entre a sociedadeeogovernoDilma, foiadescober-ta que todo o custoso marke-ting feitoduranteacampanhaeleitoral era apenas um ne-voeiroparaesconderumatris-te realidade.A decepo se apossou dos

    seuseleitores,umpoucomaisdeumterodototal,aindaquemaiorianosegundoturno.Ho-je esto reduzidos amenos de10% do total.E,pior, aparentementecon-

    finados ao gueto do ONGois-mo, dos movimentos sociaisdomesticadosede sindicatos,todos beneficiados ou finan-ciadospelogoverno federal.Averdade que um pouco me-nos de dois teros dos eleito-res j eram contra ela no diada eleio.Parte da rejeio ao gover-

    no devida ao conhecimentoque a presidente, para reele-ger-se, acelerou a crise fiscalanunciada h pelo menos 20anos. Esta assumiu, agora, ostatus superior de estrutu-ral,umavezqueocrescimen-to da receita (mesmo com osaumentosdeimpostosdemaisde10%doPIBnoperodo)vocontinuar a crescer menos doque a despesa, que determi-nada endogenamente, pelavinculaode90%dosgastos!Dilma tem dificuldades de

    lidarcomoproblema,umavezque, em 9 de novembro de2005 quando era chefe daCasa Civil, chamou o planodeajuste fiscal de longoprazoque estava sendo preparadode rudimentar e acrescen-touqueo taldebateabsolu-tamente desqualificado e nohautorizaodogovernopa-ra ele ocorrer.O surpreendente que to-

    dossabiamqueeleestavasen-do estimulado por Lula, porsugesto dos ministros Anto-nio Palocci e Paulo Bernardo.Para sentir a gravidade da

    situao atual, em dezembrode 2013 o deficit nominal dogoverno foi de 3%, contra6,2% em dezembro de 2014 eestima-se que terminaremos2015, comumdeficit nominalde 7% e, que a relao dvidabrutaqueerade 53,3%emde-zembrode2014,atingiu58,9%em 2015 e deve beirar 62% aofinal de 2015, umaumento dequase 10%do PIB em apenasdois anos!Outra parte significativa da

    rejeioexpressanaspassea-tas cvicas, nos panelaosetc. parece vir da impressogeneralizada queDilma igno-roua realidade talvez, incons-cientemente, como revelousuaentrevistanaediodeon-tem a esta Folha.Como disse Nietzsche, as

    mentiras mais comuns so asque contamos para ns mes-mos; as outras so, relativa-mente, excees.precisomuita sorte emui-

    ta arte e engenho para desfa-zer tal impresso. Restabele-cer a confiana da sociedade, condio preliminar (aindaquenosuficiente)paraavol-ta do crescimento econmicoque corrigir todas as coisas.ANTONIO DELFIMNETTO escreve s quartas-feiras nesta coluna.

    [email protected]

    Consequncias

    ANTONIO DELFIM NETTO

    SOPAULO-Naentrevistaquecon-cedeu a veculos de comunicao,a presidente Dilma Rousseff fez al-gumas reflexes sobre o carter dafofocacomoagentepromotordaso-ciabilidade, que atribuiu ao livroSapiens - Uma Breve Histria daHumanidade,dohistoriador israe-lense Yuval Noah Harari.De fato, Harari expe a teoria de

    quealinguagemhumana,quepare-ce tersurgido70milanosatrs,evo-luiunosparaqueaspessoasdivi-dissemconhecimento sobreomun-doamanadadebisesestnacla-reira perto do rio, mas principal-mentepara que trocassem informa-essociais, isto,paraquefofocas-sem,cimentandoacoesodogrupo.Squeoautorvaialmeapresen-

    ta sua tese de que notcias sobre bi-ses e vizinhos so apenas parte dahistria. Paraele, oquepossibilitouacooperaosocialemescalasantesinimaginveisfoiaopoderdalingua-gemdetransmitir informaessobrecoisas que no existem, como deu-ses, direitos etc. Segundo Harari, o

    queverdadeiramentepermitiuqueohomemdeixasse de ser umprimatasemnadadeespecialpara tornar-sea espcie dominante do planeta foisua capacidade de forjar realidadesficcionais, que resultaram em insti-tuies fortementemotivadoras co-mo religio, nao, dinheiro.Essanoodeque ficespodem

    produzirconsensossociaistalvezex-pliqueosltimospassosdogovernoDilma.Na segunda-feira, oPlanaltoanunciouocortededezministrios,gesto que a presidente classificavacomodecegueiratecnocrticadu-rante a campanha eleitoral, e, pelaprimeira vez, amandatria ensaiouum mea-culpa econmico, atitudequevinhaataquievitando.Nodis-cursooficial,oculpadopelacriseerao baixo crescimento mundial. Ago-raela jadmitequepode ter errado.NodpararecriminarDilmapor

    buscar uma sada, mas minha im-pressoqueelajabusoutantodosmitose ficesqueelesagoraperde-ram sua fora [email protected]

    Fofocas, ministrios e mitosH L I O S C HWA R T S M A N

    BRASLIA - possvel encher o es-pao desta coluna comdeclaraesdapresidenteDilmaRousseff e seusaliados contra a ideia de cortar mi-nistrios.Asugestocirculouemdi-versos momentos, mas sempre foitratada comdesprezo no Planalto.Umaboaoportunidadesurgiude-

    poisdosprotestosde junhode2013,quandoapopularidadepresidencialsofreuoprimeiro tombo.Pressiona-da pelas ruas, Dilma foi aconselha-daaenxugaramquinaemsinaldeausteridade. H um consenso ho-jenaquestodonmeroexageradodeministrios, disse o entopresi-dentedaCmara,HenriqueEduardoAlves, sugerindo o fimde 14 pastas.ApresidenteescalouJaquesWag-

    ner, entogovernadordaBahia,pa-ra responder em seu nome. No reduzindo ministrio que se d efi-cincia mquina pblica, disseele.Doisanosdepois,opeemedebis-taeopetistaesqueceramadivergn-ciae forampremiadoscomamesmamoeda.Hoje,elesso2dos38minis-tros do governoDilma.

    O tema voltou na campanha de2014, quandoAcioNeves eMarinaSilva prometeram passar a navalhana Esplanada. Comonenhumdelesseencorajouanomearaspastasqueseriam sacrificadas, a presidente sesentiuvontadeparacontra-atacar.Temgentequerendo reduzirmi-

    nistrios. Um deles o da IgualdadeRacial, outro o que luta em defesadasmulheres.Euachoumverdadei-ro escndalo querer acabar, disse,em setembro. No ms anterior, eladefiniraapromessadosadversrioscomouma cegueira tecnocrtica.Reeleita, Dilma teve nova chance

    de reduzir o time, mas bateu o p.Outra lorota, disse emnovembro,aoserquestionadasobreosrumoresdequeenxugariaosegundoescalo.Ela insistiu que amedida no gera-ria economia realparaogoverno.Aovoltaratrs,Dilmadeixouduas

    hipteses emaberto.Oumentiu an-tes,aodizerquenoprecisavacortarministrios,oumenteagora,aoagircontrasuasconvices.Emqualquerdos casos, a lorota ter vencido.

    A lorota venceuB E R N A R D O M E L L O F R A N C O

    RIO DE JANEIRO - O STF est jul-gando a liberao do porte de ma-conha para uso prprio. A favor damedidaesto, comosempre, canto-res, jornalistas, socilogos,advoga-dos, surfistas e ex-presidentesque,durante seus governos, nunca tive-ram uma poltica sobre drogas emtermos de esclarecimento, preven-o e cura entre os quais, FHC.Masoquepensamarespeitoospro-fissionais da sade, como osmdi-cos e os psiquiatras?A entrevista da dra. Ana Cecilia

    Marques, presidente da Abead (As-sociaoBrasileiradeEstudosdol-cooleOutrasDrogas),Folha (Po-pulao no entende liberao dedrogaparausoprprio,dizpsiquia-tra, 21/8), responde a essa pergun-ta.Merece ser acessada e lida na n-tegra. Mas aqui vo alguns de seusprincipais pontos.Apopulaonoentenderquea

    liberaosparausopessoal.Pen-sar que liberou geral. * Nos pasesque aplicaram essa flexibilizao,

    houve aumento de consumo entreadolescentes, de dependncia dacannabis e da facilidade para con-sumir outras drogas. * Fala-se doporte individual,masondecadaumvaicomprar?Deempresasqueplan-tem, colham e fabriquem o cigarro.Ouseja,vai-secriarumaindstriadamaconha,comoadolcool.* Quemdita apoltica dolcool noBrasil?AAmbev. Quem ditar a poltica dadroga? A indstria da droga.Onde est escrito que a droga

    um problema individual, que noafeta terceiros? * Amaconha no um simples produto. uma drogapsicotrpica,queatingeocrtexpr-frontal, que controla a autonomia.O usurio no controla a quantida-de que usa nem os seus atos e mui-tomenosasconsequncias,quenoatingem s a ele.Aspessoasvousarmais,vopi-

    rarmaisenohaver leitosouservi-odesadequedeemcontadosqua-drosdeintoxicaoedependnciaporque, hoje, j no do.

    Porque j no doR U Y C A S T R O

    abA2 opinio QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015

  • QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015 opinio A3ab

    Brasil em crise inimaginvel queDilma, sen-

    do economista e tendo na Fazen-da, no Planejamento e no Ban-co Central outros colegas econo-mistas, no tivesse sido alertadaa tempo sobre a impressionantedeteriorao dos nmeros (Dil-ma afirma que errou na avaliaoda economia, Poder, 25/8). Ogoverno do PT abusou dos cofrespblicos para fazer o resgate dadvida social,mas tudo tem seupreo e ele est sendo cobrado,com juros e correo.SILVIO NATAL (So Paulo, SP)

    Parabns, leitor Ademar G.

    Feiteiro, que escreveu sobre doa-es na campanha presidencialdiscordando do colunista Sa-muel Pessa, que criticouAnto-nio Prata (Painel do Leitor, 24/8).Ser que o papel-moeda das doa-es feitas a Acio diferente dopapel-moeda das feitas a Dilma?ALFREDO PALACIO (So Bernardo do Campo, SP)

    JustiaDe quando emquando, um

    ilustre batalhador da rea jurdi-ca lamenta o excesso de instn-cias julgadoras e o nmero exces-sivo de possibilidades de recur-sos, apontando-os comoumadascausas da impunidade no pas(A Lava Jato e o propinodutode 2003, Tendncias/ Debates,25/8). Ser que o reconhecido pa-triotismodaOAB e dasAssocia-es deMagistrados no poderiaatuar no Congresso no sentido deproduzir leis quemodifiquemes-se estado de coisas que j se per-petua pormuitos anos?AFRANIO BORGES DE FREITAS (Ribeiro Preto, SP)

    Crise da guaA reportagemAlckmin quer

    agilizar licena de obra pronta(Cotidiano, 25/8) revela umapretenso descabida do governode So Paulo para o licenciamen-to ambiental de obras hdricas.Rito especial quer dizer abriruma exceo. O pior que no sesabe qual a alterao preten-dida. Seria a dispensa de estu-do de impacto ambiental? A faltade gua no surgiu agora e houveinrcia governamental. As emer-gncias no dispensama trans-parncia e a participao social.PAULO AFFONSO LEMEMACHADO, professor de di-reito ambiental na Universidade Metodista de Pi-racicaba (Piracicaba, SP)

    ZoneamentoCada dia mais difcil viver em

    So Paulo, e a prefeitura trabalhadiariamente para aumentar a di-ficuldade. O projeto de reviso dozoneamento umaprova disso.O documento pretende acabarcomas reas residenciais4%da cidade. A regio daVila Pau-lista, por exemplo, poder rece-ber novos empreendimentos co-merciais. Os prejuzos no so sdosmoradores, pois nessa regioest amaioria das reas verdesainda preservadas da cidade.SERGIO REITZFELD, arquiteto e presidente da As-sociao dos Moradores e Amigos da Vila Paulista(So Paulo, SP)

    Ruas fechadasO fechamento da avenida Ti-

    quatira emdia de jogo naArenaCorinthians traria demasiada so-brecarga Radial Leste (Depoisda Paulista, prefeitura estuda fe-char a av. Faria Lima aos domin-gos, folha.com/no1672412).JORGE DE JESUS (Osasco, SP)

    UberOUber quebra a reserva de

    mercado do sistemade transpor-te particular de passageiros. Sim-ples assim. Outras reservas demercado j foramquebradas aolongo da histria e sempre gera-ramdiscrdias. Trata-se de umnovo paradigma.Milly Lacom-be, entre outras coisas, afirmaque, na Califrnia, ummotoris-ta precisa trabalhar at 17 horas(Destruio do transporte com-partilhado, Tendncias/ Deba-tes, 25/8). Aqui emSo Paulo,ummotorista de frota, totalmen-te desamparado pelas leis traba-lhistas, trabalha atmais que is-so e j comea a sua jornada de-vendoR$ 170 ao dono da frota.Logo, a que capitalismo contem-porneo ela est se referindo ?EDGAR FABRE(So Paulo, SP)

    CaridadeEmTeologia da Intolerncia

    (Opinio, 25/8),Marcelo Frei-xo diz que Leonardo Boff, umdosmentores da Teologia da Liber-tao, lhe falou sobre a diferen-a entre caridade e solidariedadenestes termos: A caridade umarelao vertical entre desiguais,movida pela pena. J a solida-riedade fruto do sentimento deigualdade e empatia. Esta a es-sncia do cristianismo. (Teolo-gia da Intolerncia,25.8). Segun-do a Igreja Catlica, a caridade uma graa superior f e espe-rana por ser umdom sobrenatu-ral que une a criatura ao Criador.Sema caridade, omundomergu-lha na barbrie. J a solidarieda-de se presta tambme frequente-mente formao demfias.PEDRO UBIRATANMACHADODE CAMPOS,socilogo (Campinas, SP)

    DrogasApropsito do artigo Adro-

    ga e o crime (Opinio, 23/8),uma vez que sabido que o custode quaisquer produtos comercia-lizados pelo governo ser sem-pre superior ao dos comercializa-dos pela iniciativa privada, aquino caso os traficantes, eumeper-gunto se, no final, ainda no se-ria vantajoso para o trfico, doponto de vista do preo, inves-tir na ilegalidade e, como lucro,pagar todos os custos envolvi-dos coma corrupo de policiaise outros e ainda oferecer o produ-to a preos competitivos. Ou seriao caso de, no Brasil, a droga sersubvencionada para enfrentar aconcorrncia?MARIO B. GOMES (Braslia, DF)

    EducaoEm relao carta do leitor

    AlessandroAlves de Souza (Pai-nel do Leitor, 25/8), a Secreta-ria da Educao do Estado escla-rece que valorizar a educao prioridade. Hoje, 98,7%dos alu-nos com sete anos j sabem lere escrever, umano amenos doque ameta nacional. ndices co-mo o Idespmostramavanos emtodos os ciclos de ensino. NosAnos Iniciais, o crescimento de20,2%na comparao entre 2010e 2014. A poltica de valorizaoainda garante aos docentes opor-tunidade de evoluo funcionalcomo a valorizao pelomrito,que permite reajustes anuais de10,5%epagamento de bnus pordesempenho.VALRIA NANI,assessora de imprensa da Secretaria da Educaodo Estado de So Paulo (So Paulo, SP)

    MERCADO (23.AGO, PG. A30) A Pro-curadoria-Geral daRepblicanopediu o arquivamentodo inquri-toqueapuraoenvolvimentodose-nador pelo PSDB deMinas GeraisAntonio Anastasia pelo supostorecebimentodevaloresquadoeragovernador daquele Estado, dife-rente do que foi afirmado no tex-

    to AsPanelas deAntonio Prata.

    ILUSTRADA (10.AGO, PG. C5) Dife-rentemente do informado na co-luna Por que odiar o PT, no fo-ramcortados trsquartosdasbol-sasdaCapes, e simdaverbadesti-nadaaoProap(ProgramadeApoio Ps-Graduao).

    ERRAMOS [email protected]

    A manchete da Folha do ltimodia9diziaqueocusto fiscaldosem-prstimos do Tesouro Nacional aoBNDES seria de R$ 184 bilhes nasprximasquatrodcadas.Ovalor relevante, embora em termos rela-tivos corresponda a0,1%doPIBdoperodo. Mais importante, aindaque em tese correta, a estimativa incompleta, pois desconsidera osbenefcios, isto , o retornodoban-coeos impactossobreo investimen-to e sobre a gerao de tributos.A projeo de R$ 184 bilhes se

    baseia nas estimativas do custo fu-turodadvidapblica, aproximadopela taxa Selic, e da TJLP (Taxa deJuros de Longo Prazo), refernciados financiamentosdoBNDES.re-levante notar que, em 45 anos, pe-quenos desvios na diferena entreessas taxas provocam grandes im-pactos no resultado final.Nesse sentido, maisapropriado

    comparar a Selic com a TJLP acres-cidadamargemde lucrodoBNDES.O ganho do banco se reverte ao Te-souro na forma de impostos e divi-dendosou retenode resultadodeuma empresa integralmente daUnio.Porexemplo,de2009a2014,o BNDESpagou cerca de R$ 100 bi-lhes entredividendos e tributos, avalores atuais corrigidospelaSelic.Alm disso, os emprstimos de

    longo prazo do BNDES financiaminvestimentos que em boa medidano ocorreriam na ausncia dessecrdito. Isso origina venda de m-quinas e insumos, que elevamaar-recadao. Esse efeito fiscal tam-bm precisa ser levado em conta.Projetamostrscenriosparaava-

    liaroscustoseosbenefciosdosem-prstimosdoTesouroaobanco.Soestimativasconservadoras,poisnoincluem os efeitos multiplicadoresdo investimento sobre a renda e so-bre a receita tributria indireta as-sociada. Tampouco consideram osefeitos de longo prazo sobre o po-tencialdecrescimentodaeconomia.O cenrio 1 baseou-se nas proje-

    es do mercado financeiro para aSelic (boletim Focus), em que elacairia do patamar atual de 14,25%aoanoat seestabilizar em10%em2018. um cenrio que carrega opessimismo do momento. A TJLPseria de 7,5% a partir de 2016.O cenrio 2 tambm segue o Fo-

    cus,mas,numaperspectivamaisra-zovel, a Selic continuaria caindosuavemente a partir de janeiro de2018 at se estabilizar em 8% em2022. A TJLP cai para 6%. Em con-traposio, tomou-se um cenrio 3ainda mais conservador que o pri-meiro. A Selic cairia lentamente dopatamar atual para 11,8%em janei-rode2020,continuandoadecrescernos dois anos seguintes at se esta-

    bilizarem10%.ATJLPseriade7,5%.A margem bruta de intermedia-

    o financeira do BNDES, descon-tados seus custos operacionais, se-ria de 1,8%, semelhante verifica-da de 2009 a 2014. No cenrio 1, ocusto estimado da diferena Selic-TJLPdeR$180,7bilhes,prximoaoapresentadonaFolha. Ao incor-porar-se a margem do BNDES, po-rm,ocustocaiparaR$44,5bilhes.Somando-se ainda a receita tri-

    butria associada aos investimen-tos adicionados e descontando-seocustodasequalizaes futurasdoProgramadeSustentaodo Inves-timento, o valor presente do bene-fcio fiscal lquido positivo emR$16,6 bilhes. No cenrio 2, o efeitolquidopositivo emR$33bilhes.Apenas no cenrio 3 haveria um

    custo lquidodeR$12,8bilhes,queainda assim seriamenos de umd-cimo da estimativa do jornal. Ao seconsiderar a gerao de tributos elucros, os custos fiscais esperadosdos emprstimos do Tesouro aoBNDES passam a ser significativa-mente menores do que os divulga-dos. bem possvel que os benef-cios sejammaiores que os custos.Nestemomento de instabilidade

    econmica, as perspectivas de ju-ros mais altos elevam as estimati-vasdos custos, quemudaroquan-do os esforos de reduo da infla-o tiverem efeitosmais evidentes.Por fim,precisodestacarqueos

    benefcios mais relevantes no seresumem s receitas fiscais. Entreoutros objetivos, a atuao doBNDES crucial para viabilizar umpatamar de investimentos mais al-to do que ocorreria em sua ausn-cia, o que aumenta a capacidadeprodutiva e a produtividade e, as-sim, amplia o potencial de cresci-mento do pas.LUCIANO COUTINHO, 68, economista e professor daUnicamp, presidente do BNDES

    No so apenas civis, caro leitor,os envolvidos em corrupo. A de-mocracia pode ser o mais estpi-dode todososmitos, segundoFer-nandoPessoa.Apesardisso, igualatudoe todos, e por isso vale apena.Recentemente, um almirante da

    reserva foi preso sob a acusao deter recebidoR$4,5milhes empro-pinadeempreiteiras,enquantopre-sidente da Eletronuclear. A impor-tncia dessa priso vai almde suadimenso tica. Por ser dissemina-da a ideia de que osmilitares deve-riam voltar ao poder porque notempo da Revoluo (assim diziaquem estava a favor do golpe mili-tar) no havia corrupo. Lenda.Pouco depois de 31 de maro de

    1964, o Brasil j conhecia sua pri-meiraComissoGeral de Investiga-es (CGI). Ainda no servia paracombater a corrupo. Era apenasum instrumentoparademitir servi-doresque tivessemvitaliciedadeouestabilidade e os que ficaram con-traogolpe,nemseriaprecisodizer.AsegundaCGI,de1968,entretan-

    to, foi criada para promover o con-fiscodosbensadquiridosdemanei-ra ilcita,noexercciode funop-blica. Por serem muitos casos, eranecessrio fazer algo. O enriqueci-mento ilcitodefinidocomoaqui-siodebens,direitosouvalores [...]

    sem idoneidade financeira para fa-z-lo [...] ou quando no houvercomprovaodesua legitimidade.Essa segunda CGI tinha poderes

    para apurar quaisquer atos de cor-rupo sem que se conhea hojeas investigaes realizadas. No Re-cife, ficou famosoumgeneral, dire-tor de banco do governo, que enri-queceu apostando com um empre-srio que seus emprstimos a jurossimblicos seriam liberados.A evidncia de corrupo ampla

    no perodo no para por a. No in-cio de 1969, nascia a Oban (Opera-oBandeirante), pensadaparasero brao clandestino dos rgos desegurana e responsvel por partedas torturas e desaparecimentos.O ato informal que celebrou

    suacriaodeu-seem1de julhode1969, contando inclusivecomapre-senade figurasdaselitespolticas,comoAbreu Sodr e PauloMaluf, eempresrios de So Paulo.Tanto foi o sucesso do empreen-

    dimento (naversodas forasdese-

    gurana)que, emfevereirode 1970,o major Waldyr Coelho, chefe deCoordenao de Execuo da Cen-tral deOperaesdaOban, sugeriuao Comando do 2 Exrcito a cria-o de umaOban especfica contraa corrupo (ACE16.64570,Arqui-vo Nacional), mas no teve xito.Naquele tempo, a ideia de com-

    bater a corrupo se limitava a pu-nir s quem recebia dinheiro, sematingirempreiteirosoumilitaresen-volvidos. Talvez porque fossem ve-lhoscompanheirosdaditadura.Ho-je diferente. Nossas prises pas-saramaser frequentadaspordonosde empreiteiras e polticos.Corrupo, pois, havia, sim. E

    muita. Maquiavel dizia que a his-triacclica.Marxcompletou: Aprimeira vez como tragdia, a se-gunda como farsa. Agora, a hist-ria se revela, em seu cruel esplen-dor, como repetio do passado.Tragdia ou farsa, pouco importa.No fundo, a corrupo umdes-

    vio da natureza humana praticadoindistintamente por civis e milita-res. S que, durante a ditadurami-litar, no se sabia dos submundosdopoderporquehaviacensura.Ho-je, felizmente, a liberdade nos per-mite saber. Essa a diferena.JOS PAULO CAVALCANTI FILHO, 67, advogado noRecife, integrou a Comisso Nacional da Verdade

    O BNDES e o Tesouro Nacional

    Corrupo na ditadura

    L U C I A N O C O U T I N H O

    J O S PA U L O C AVA L C A N T I

    Entre outros objetivos, aatuao do BNDES crucialpara viabilizar um patamarde investimentos mais altodo que ocorreria sem o banco

    Foi ressuscitada lenda deque na ditadura no haviacorrupo. Indistintamente,civis e militares praticam essedesvio da natureza humana

    CesarH

    abertP

    aciornik

    A seo recebe mensagens pelo e-mail [email protected], pelo fax (11) 3223-1644 e no endereoal. Baro de Limeira, 425, So Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

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  • poderEF

    QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015 A4

    PAINELVERA MAGALHES [email protected]

    para valer?Entusiastas do impeachment consideram que no

    tm comodar sequncia ao pedido antes de um sinalclarodoPMDBdeque trabalharpela sadadeDilmaRousseff. Deputados de DEM e PSDB avaliam que oafastamento de Michel Temer da articulao polticaumpassonessadireo,mas insuficienteparaopro-cesso ser deflagrado. Aoposio v o risco de que, nomomentoemqueaarticulaoprecisese tornarpbli-ca,muitosdosque trabalhamnosbastidores recuem.

    Sem ele Defensores doimpeachment na Cmaraachamquepodemprescindirde Renan Calheiros (PMDB-AL). Argumentam que o pro-cessocomeanaCasaeases-so no Senado comandadapelo presidente do SupremoTribunal Federal.

    Tente... Eduardo Cunha(PMDB-RJ) foi formalmentenotificado da denncia con-tra ele na Lava Jato nesta ter-a. Na primeira tentativa, ooficial de Justia foi barradoe no conseguiu entrar.

    ... outra vez FernandoCollor (PTB-AL) tevemaissor-te: quandoooficialde Justiachegou, o senador j no es-tava no Senado. Ganhou umdia a mais para se defender.

    Deixa estar A tendnciaqueabancadadoPTnaC-mara s se manifeste sobreCunha depois que o STF de-cidir se recebe a denncia.

    Ordem unida A cpulapetista interveio para que osdeputados no peam a sa-da de Cunha da presidnciada Cmara para evitar a im-ploso da base aliada.

    Pra quando?Nomensa-lo, levoumaisdeumanoen-tre aapresentaodadenn-ciaeaaberturadeaopenal.

    Acordo? No jantar comaliadosnasegunda-feira,Cu-nhadisse ter informaes deque, alm de Renan, as pr-ximas delaes da Lava Jatoatingemoutrosdois caciquespeemedebistas do Senado.

    Planto O advogado-geral da Unio, Lus IncioAdams, passou o dia no Tri-bunaldeContasdaUniopa-ra tentar convencer osminis-tros a prorrogar por 15 dias oprazo de defesa no processodascontasdeDilmaem2014.

    Pedala Adams entregouaAugustoNardes, relator docaso, chargedeChicoCarusoem que ele prprio empurraDilma em uma bicicleta, en-quanto o ministro faz sinalpara que a presidente pare.

    Papel passado MartaSuplicy acertou ontem comTemer a data do ingresso noPMDB: a senadora se filia-r, comapresenadacpulada sigla, numa festa em SoPaulonodia 26de setembro.

    FofaAex-petista fez rela-to entusiasmado ao vice so-bre conversas que teve comvereadores,deputadose lide-ranaspeemedebistas, comoPaulo Skaf e Gabriel Chalita.

    S love Tenho que en-trar para somar, para ajudara construir o partido em SoPaulo, diz Marta. Na con-versa com Chalita, ela disseque no era preciso discutircandidaturaaprefeitaagora.

    Pescaria O PT comeouaperder prefeitos no interiorde So Paulo. O PSB deMr-cio Frana, vice do governa-dorGeraldoAlckmin,eoPSDdeGilberto Kassab,ministrodasCidadesdeDilma, tmsi-do os maiores beneficiados.

    Vempra cOPSDBpau-lista far um grande eventode filiao no dia 10 de se-tembro e h presso paraque o secretrio AlexandredeMoraes (SeguranaPbli-ca) use o ato para anunciarsua entrada no partido.

    EsticadinhaAExecutivamunicipalprorrogouoprazode inscrio s prvias casoMoraesdecida se filiar: de 30de agosto para 2 de outubro.

    Visita Folha MiguelHenrique Otero, presiden-te do jornal venezuelano ElNacional, visitou ontem aFolha. Estava acompanha-do de Enrique Alvarado, as-sessor para assuntos inter-nacionais, e Blanca Medei-ros, assessora de imprensa.

    d com PAULO GAMA e THAIS ARBEX

    Se a presidente DilmaRousseff pudesse, edecidisse ser sincera, o primeiroministrioque ela cortaria seria oMinistrio Pblico.DO DEPUTADO RUBENS BUENO (PPS-PR), lder na Cmara, sobre o governoanunciar o corte de 10 das 39 pastas, o que a presidente negava na campanha.

    Sem romanceNaposse de JosAmrico como secretrio de Relaes

    Governamentais, nesta tera, o prefeito FernandoHad-dad falava como, enquanto presidente da Cmaramuni-cipal, ele contribuiu coma cidade.Tivemos a oportunidade de aprovar da formamais

    republicana possvel leis, inclusive comparticipao dasociedade, que vomarcar o futuro de So Paulo.Na plateia, dona Socorro, 74 anos, conhecida pela

    constante presena nas agendas do prefeito, gritou:E o idoso, prefeito?O idoso fica nomeu coraorespondeuHaddad.Equero saber do seu corao?retrucou baixinho.

    AS CONTAS ELEITORAIS DE DILMATrs dos principais fornecedores da campanhada petista reeleio esto sob suspeita

    70,0 Polis Propagan-da &Marketing

    24,0 Focal Confecoe Comunicao Visual

    22,9 VTBP Serviose Mdia Exterior

    18,8 Realiza ExpressCargas Areas

    12,5Mack ColorGrfica

    4,3 Door2doorServios Ltda

    9,8Oma Assessoria*

    6,4Nix Travel Agncia deViagem e Turismo

    6,1 Rede Seg Grficae Editora Eireli

    4,8 DCO InformticaComrcio e Servios

    1,6 Angela Maria do Nasci-mento SorocabaME

    PolisEmpresa domarqueteiroJoo Santana

    Rede SegSegundo tcnicos doTSE, a grfica notem funcionrios eest em nome deVivaldo da Silva,registrado comomotorista at 2013

    FocalTem um ex-motoristaentre os scios. Afirma teve notasfiscais apontadascomo irregulares portcnicos do TSE

    Angela MariaEmpresa, segundo aSecretaria daFazenda Estadual deSo Paulo, foi abertaem agosto de 2014, adois meses daeleio

    Gastos da campanhaEm R$milhes

    185 Publicidade

    21,1 Terceiros(Advogados, contadores,cerimonial, etc.)

    46,3 Doaes aoutras campanhas

    21,5 Transporte

    17,6 Eventos

    11,3 Pesquisaseleitorais9,3 Pessoal6,3Outros

    *Pesquisa de Opinio, Mercado e Avaliao de Polticas Pblicas; Fonte: TSE

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    Maiores fornecedoresEm R$milhes

    Edua

    rdoAn

    izelli/Fo

    lhap

    ress

    MRCIO FALCODE BRASLIA

    AmaioriadosministrosdoTSE (Tribunal Superior Elei-toral)votounanoitedestater-a(25)pelareaberturadeumadasaespropostaspelaopo-sioquepedeacassaodosmandatos da presidente Dil-maRousseff edovice,MichelTemer.Maso julgamentovol-tou a ser suspenso aps ami-nistra Luciana Lssio apre-sentar umpedido de vista.Se o cenrio for mantido,

    DilmaeTemerteroqueapre-sentar defesa ao TSE. Almdeste, outras quatro aescontra a campanha petistatramitam no tribunal. Todaselas propostas pelo PSDB.Emmaisumasessotensa,

    os ministros Luiz Fux e Hen-rique Neves votaram pela in-vestigaode irregularidadesna campanha. Eles acompa-nharamGilmarMendeseJooOtavio deNoronha.Relatora,MariaTherezade

    AssisMouramanteve seuvo-topelarejeiodaao.Almde Luciana Lssio, o presi-dente do TSE, Dias Toffoli,precisa apresentar seu voto.OPSDBquerqueoTSEapu-

    re denncias de abusodepo-dereconmicoepolticoesus-peitasdequerecursosdesvia-dosdaPetrobras tenhamaju-dado a financiar a reeleio.OPT ressalta quenohou-

    veirregularidadeequeascon-tas foramaprovadaspeloTSEemdezembro de 2014.Henrique Neves defendeu

    quenohelementosparaar-quivar a ao. Entendo quenessemomentonohcomodizer [...] secaracterizaounocaracteriza corrupo [...]Tem que se saber as circuns-tncias. Nesse momento, anicaanlisese inicial trou-xeounoelementos capazesde permitir o prosseguimen-to da ao, afirmou.Ainda nesta tera, horas

    antesdasessodoTSE,Men-despediuparaqueoMinist-rio Pblico paulista abra in-qurito para investigar maisuma empresa que trabalhoupara Dilma em 2014. Na sex-ta (21), ele j havia acionadoa Procuradoria-Geral da Re-pblicaeaPolciaFederalpa-ra apurar indcios de que re-cursosdaPetrobras teriam si-dodirecionadoscampanha.OnovoalvodeGilmarMen-

    des uma microempresa deSorocaba (SP), que recebeuR$1,6milhodoPT.Registra-da como Angela Maria doNascimento Sorocaba ME, afirmafoicriadadoismesesan-

    Maspedido de vistainterrompeu sesso;GilmarMendes pediunovo inqurito sobrecontas eleitorais

    Quatroministros votarampara reabrir ao sobre irregularidadesna campanha

    TSEformamaioriaafavordeapuraodecontasdeDilma

    tes da eleio e recebeu 29transferncias da campanhapetista.Entreagostoe setem-bro, emitiu notas R$ 3,6 mi-lhes, incluindo o R$ 1,6 mi-lho campanha de DilmaMendes pediu o novo in-

    quritoaps receberumrela-triodaFazendaEstadualdeSo Paulo sobre a empresa.Ele citou como indcios de

    irregularidades a falta de re-gistro de entrada de mate-riais, produtos ou servios.Disse ainda que a empresano foi encontrada no ende-reo em que est registrada.Em sua residncia, a pro-

    prietria teria dito que foi

    orientadaaabrir a firmaparafuncionar no perodo eleito-ral.Ocontadordaempresate-ria afirmadoqueaabriuape-dido da Embalac Indstria eComrcioparareduziropaga-mento de impostos.

    OUTRO LADOO coordenador jurdico da

    campanhareeleio,FlvioCaetano, informou, pormeiode uma nota, que todas asempresascontratadas, inclu-siveaAngelaMariadoNasci-mento Sorocaba-ME, foramselecionadasapsapresenta-o de diversas propostas deprestao de servios.

    A elaborao do materialcontratado foi auditada pelacampanhaeadocumentaoque comprovaa elaborao eentregadomaterial,auditadapeloTSE.Apsrigorosasindi-cncia,oTSEaprovouascon-tas por unanimidade, disse.AEmbalacafirmouseruma

    empresa distinta de AngelaMaria, com quem trabalhouemparceriaduranteacam-panha.Ressaltou que todososservios foramprestados.AngelaMaria no respon-

    deu a pedidos de entrevistafeitos pela Folha.ColaborouGRACILIANO ROCHA,de So Paulo

    DE BRASLIA

    A sesso do TSE tevemomentos de bate-boca.Luiz Fux props fuso

    das quatro aes sobre acampanha petista. Dissequeelasdeveriamficarsobo comando de Maria The-reza de Assis Moura, rela-tora de uma Ao de Im-pugnaodeMandatoEle-tivo, a nica com previsoconstitucionalpara cassarummandato, defendeu.JooOtaviodeNoronha,

    corregedor e relator deduasAesdeInvestigaoJudicialEleitoral, insinuouque o colega queria tir-loda relatoria do processopara agradar o governo.Ocorrequenocasocon-

    creto temos um fato. HojetemumaprevisoqueaAi-je [ao]devecorrernaCor-regedoria. Muito simples,oministro JooOtvionodeagradodogoverno,dapresidenteDilma,nodoagradodovice-presidente.Faz como? Vamos tirar acompetncia. Nos ajuiza-mos umaAime [ao].Fuxrebateu:Semessas

    ilaes, por favor, sem es-sas ilaes.Gilmar Mendes e Maria

    Thereza tambmtrocaramprovocaes.Elaargumen-tou que as acusaes con-tra Dilma levadas peloPSDBno tinhamcompro-vao, mas Mendes men-cionou fatos da OperaoLava Jato.Os fato sograves.Mas

    nemnsnemosautores ti-nhamconhecimentoquan-doaao [doPSDB] foi tra-zida, disse aministra.Gilmar Mendes rebateu

    a tese e chegou a falar pa-raacolega,porduasvezes,que no estava dispostoa confrang-la.

    Julgamentotensotevemomentosdebate-boca

    Governador de So Paulo, Geraldo Alckmin, e a presidente Dilma Rousseff entregam casas em Catanduva, no interior

  • QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015 poder A5ab

    AGUIRRE TALENTODE BRASLIA

    EmacareaonaCPIdaPe-trobras nesta tera (25), o do-leiroAlbertoYoussef, colabo-rador da Lava Jato, afirmouqueumoutrodelator daope-raoestdandoinformaessobreumadoaodeR$2mi-lhes para a campanha dapresidenteDilmaRousseffem2010,quealvodesuspeitas.Estaeraumadasprincipais

    divergncias entre o depoi-mento de Youssef e o do ex-diretordaPetrobrasPauloRo-berto Costa, tambmdelator.Costa havia dito que Yous-

    sef lhe transmitiu recado doex-ministro Antnio Paloccipedindoaverbacampanha.Mas Youssef sempre negou.Na acareao, ambos rea-

    firmamsuasdeclaraesori-ginais. Youssef, ento,disse:Temumoutro rucolabora-dor que est falando. Eu nofiz esse repasse. Assim queessa colaborao for noticia-da, vocs vo saber realmen-tequemfoiquepediuorecur-so e quem foi que repassou.Ele disse que no poderia

    dar detalhes pois o caso estsobinvestigao,emCuritiba.Logovaiserreveladoevaiser

    Odoleiro voltou anegar ter atuadonessaoperao em2010,masdisse queno poderiadarmais detalhes

    Ex-diretor afirma que Youssef lhe transmitiu pedido de R$ 2mi que teria sido feito por Palocci

    Doleirodizqueoutrodelatorvaiesclarecer supostadoaoaDilma

    PETROLO

    DE BRASLIA

    DenunciadoaoSTF(Supre-moTribunalFederal)sobsus-peitadecorrupoe lavagemde dinheiro, o presidente daCmara dos Deputados,Eduardo Cunha (PMDB-RJ),disse que novas delaes daOperao Lava Jato devemcomplicaravidadopresiden-te do Senado, Renan Calhei-ros (PMDB-AL).Aafirmao foi feitana se-

    gunda (24) a deputados alia-dos, em reunio fechada naresidnciaoficialdaCmara.Segundo relatos, Cunha nodeu detalhes nem disse qualfoi a origem da informao.Duranteo jantarque,ofi-

    cialmente,destinava-seadis-cutir aagendadevotaesdasemana,Cunhavoltouane-gar ter recebido propina doesquemadecorruponaPe-trobras, acusao feita peloprocurador-geraldaRepbli-ca, Rodrigo Janot.O presidente da Cmara

    chamouadennciade incon-sistente e disse que os argu-mentos de sua defesa serofacilmenteacatadospeloSTF.Nos bastidores, Cunha di-

    recionaaartilhariacontraRe-nan, tambm investigado naLava Jato, mas que at agorano foi alvo de denncia.A aproximao recente do

    senador com o Planalto ren-deu crticas de Cunha e dealiadosopresidentedaC-mara acusa o governo de pa-trocinaradennciacontraelena Lava Jato. (DBORA LVARES,RANIER BRAGON E GUSTAVO URIBE)

    Segundorelatos,elenodetalhouacusao

    CunhadizaaliadosquedelaesvoatingirRenan

    Pedro Ladeira/Folhapress

    O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (esq.) e o doleiro Alberto Youssef, na CPI

    esclarecido esse assunto.Essafoiumadaspoucasin-

    formaesnovas trazidaspe-los delatores na acareao.Osparlamentaresaprovei-

    taramapresenadosdelato-respara fazerperguntas con-tra os rivais de seuspartidos.OdeputadoJorgeSolla(PT-

    BA)questionouYoussefsobresuasdeclaraesarespeitodosenador Acio Neves (PSDB-MG).Odoleirorepetiuqueou-

    viu falarqueo tucanorecebe-ria dinheiro de uma diretoriadeFurnas, subsidiriadaEle-trobras. Costa tambm foi in-quirido. Disse nada saber.Youssef tambm confir-

    mou que, em sua opinio, oPlanaltosabiadoesquemadecorrupo na Petrobras, oque jhavia faladonasuade-lao. Bruno Covas (PSDB-SP) perguntou sobre a res-ponsabilidadedapresidente

    DilmaRousseffnacompradarefinariadePasadena (EUA).Em relao ao repasse ao

    senadorEdisonLobo(PMDB-MA), Youssef disse que o ex-deputado Jos Janene (PP-PR),mortoem2010,quede-ve ter cuidado do assunto.Outro momento polmico

    foiumadiscussoentreYous-sef e o deputado Celso Pan-sera (PMDB-RJ). Em audin-cia na Justia, o doleiro jchamado Pansera, sem citarseu nome, de pau-manda-do de Eduardo Cunha(PMDB-RJ), por ter apresen-tadorequerimentosparaque-brar o sigilo e convocar suasduas filhas e sua ex-mulher.Na CPI, Youssef afirmou

    paraPansera: VossaExce-lncia [que est me intimi-dando], VossaExcelncia.Panseradisseentoquese

    sentiu ameaado por umbandidoque jestaqui con-denado.Youssef respondeuqueelenoprecisavasepreo-cupar. No sou bandido.

    OUTRO LADOProcurada, aassessoriade

    Palocci disse que ele reafir-ma que jamais fez qualquerpedido para a campanha de2010 a Paulo Roberto Costa,sejapor intermdiodeAlber-to Youssef ou por qualqueroutro intermedirio.Costa e Lobo tmnegado

    relao com o esquema decorruponaPetrobras.Aci-tao a Acio foi arquivadapelo Ministrio Pblico.

    Eumesintoameaadopor umbandidoque j estaqui condenadoCELSOPANSERAdeputado (PMDB-RJ), sobre Youssef

    Euno soubandidoALBERTO YOUSSEFdoleiro, em resposta ao deputado

  • abA6 poder QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015

    MRCIO FALCORUBENS VALENTEDE BRASLIA

    EmdocumentoenviadoaoSTF(SupremoTribunalFede-ral), o juiz federal SergioMo-ro afirmou que as investiga-es da Operao Lava Jatoidentificaram indcios deque a senadora Gleisi Hoff-mann(PT-PR)seriabenefici-ria de valores de possvel na-tureza criminosa, receben-dopagamentos semcausa.Deacordocomodocumen-

    to, a senadora teria sido be-neficiria do chamado Fun-do Consist, empresa que te-riaatuadonodesvioderecur-sos de emprstimos consig-nados do Ministrio do Pla-nejamento, que era coman-dadopelomaridodeGleisi, oex-ministro Paulo Bernardo.Aomenos R$ 50mil desse

    fundo, segundoas investiga-es, teriamsido repassadosem favor da senadora e depessoas ligadas a ela.Asapuraes indicamque

    os desvios envolviam os es-critrios do advogado Gui-lhermeGonalves, respons-vel pela coordenao jurdi-ca das campanhas eleitoraisda petista, a Consist e, ain-da, empresas de fechada.Ex-ministra da Casa Civil

    dogovernoDilma,Gleisi al-vode investigaonoSTFporsuposta ligaocomoesque-

    Petista diz desconhecerrepasses da Consist sua campanhaeleitoral; empresa dizque respeita legislao

    Documento sugere que Gleisi Hoffmann teria recebido pagamentos de empresa contratada pelo Planejamento

    Juizv indcioscontraex-ministradeDilmaPETROLO

    Luiz Alves/Cmara dos Deputados

    A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), alvo de inqurito no Supremo Tribunal Federal

    madecorruponaPetrobrasdescoberto pela Lava Jato.Nabuscaeapreensorea-

    lizada no escritrio de advo-cacia de Guilherme Gonal-ves,foramcolhidosdocumen-tos que indicam que os valo-res recebidos da Consist te-riam sido emparte utilizadospara efetuar pagamentos emfavordasenadora,dizMoro.

    DESPESASDe acordo com os investi-

    gadores, cerca de 10%do fa-turamento lquidodaConsistfoi repassado ao advogado,que utilizou esses recursos

    parapagamentosassociados senadora.Entre as despesas pagas

    com esse dinheiro estariamumamulta relacionada se-nadoranovalordeR$1.344,51e dbitos relacionados a Ze-noMinuzzoeHernanyBrunoMascarenhas,pessoasligadasa Gleisi, segundo a polcia.Em um dos lanamentos,

    junto ao nome de Hernanyconsta a anotao salriomotorista - cheque828e,nooutro, DiversosPT,PB,Glei-si. Para a PF, ele prestariaserviosdemotorista sena-dora, enquanto Minuzzo te-

    ria sido secretrio do Diret-rio Estadual do PT. Uma ta-bela mostra que o salrio domotorista de R$ 3.637,75.Paraacobertarosrepasses,

    oescritrio teriaprestadoser-viosConsist,aparentemen-te incompatveiscomaremu-nerao de R$ 7milhes.

    PAULO BERNARDOOutro documento encon-

    trado nas investigaes indi-caquepagamento,a ttulodehonorrios, de R$ 50 mil daConsist a Guilherme em se-tembrode2011teriasidoacer-tadocomPauloBernardo,queficaria com todo omontante.A anotao em questo,

    revelandoqueGuilhermepre-cisariadaconcordnciadeter-ceiro para ficar com os hono-rrios pagos pela Consist, in-dicaqueosvaloresnose tra-tavamdefatodehonorrios,avaliamos investigadores.PF,Guilhermedisse que

    utilizava recursos recebidoscomo honorrios advocat-cios da Consist para pagardespesas de clientes do es-critrio como a senadora oupessoas a ela ligadas.Segundo ele, os dbitos

    eramdespesasurgentesdosclientes. Porm, Guilhermedisse que nenhuma dessasdespesas foi ressarcida pelosclientes ou cobrada por ele.Moro pediu ao STF que

    avaliasse odesmembramen-to do processo, j que Gleisiconta com foro privilegiado,diferentemente dos outrosenvolvidos. Ele afirmou queno investigou a senadora,antecipando-se a eventuaisacusaes de que usurpouatribuies do Supremo.

    DE BRASLIA

    Em nota, a senadora Glei-siHoffmann (PT-PR)afirmouque todo o trabalho do [ad-vogado] Guilherme Gonal-ves consta nas minhas pres-taes de contas, aprovadaspela Justia Eleitoral.A petista disse ainda que

    desconheceas relaescon-tratuais que o Dr. GuilhermeGonalves mantm com ou-tros clientes, assim comoqualquer doao ou repassede recursos da empresaCon-sist a minha campanha.A senadora informouque,

    em relao a 2014, aindaexiste dbito com seu escri-trio, o que est a cargo doPTeque suacampanha foiatendida pelo Dr. Luiz Fer-nandoPereira.Apetistades-tacou que tem uma relaoantiga comGonalves.Em nota, a Consist infor-

    mouquereiteraquesemprepautouseusnegciospelati-ca e respeito legislao.Aempresacumprecomto-

    dos seus acordos comerciais,honrandofidedignamenteto-dososcontratosdeprestaode servios e compromissoscomfornecedores emgeral, eno pode ser responsabiliza-da pela destinao ou even-tual malversao dos valoresrecebidos por outras pessoasjurdicas, diz texto da nota.

    OUTRO LADO

    Petista diz quedeclarou serviode advogado

    Constaanotaodeque, dopagamentodeR$ 50mil pela Consist aGuilherme[Gonalves], ele teriaacertado comoex-ministro PauloBernardo,maridodeGleisi Hoffmann,que ficaria com todoomontanteSERGIOMOROjuiz federal, em pedido de priso

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  • abA8 poder QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015

    TENDOPRODUZIDOumacriseeco-nmicaepoltica,adoutoraDilmaeoPTmostram-sededicadosaagra-v-la.ChamaramJoaquimLevyparacuidardas contas epuxam-lheo ta-pete. ChamaramMichel Temer pa-ra cuidar da articulao poltica ecortaram-lhe as asas. Nos dois ca-sos, os doutores contriburam paraa prpria fritura. Levy esqueceu-sede traara linhadaqual no recua-ria.Temer saiu-secomasibilinade-claraodequeseprecisavadeal-gumque tenhacapacidadede reu-nificara todos. (Ele?)Pormaisqueesses episdios tenham feito baru-lho, no justificam a encrenca quedeles resultou.Antagonismos fazemparteda ro-

    tina de qualquer governo, emqual-quer poca. O que distingue a ba-rafunda da doutora Dilma a suacapacidade de criar novos proble-masmagnificando os velhos. O go-verno no demorou para perceber

    agravidadedacriseeconmicaquealimentou, tentou neg-la e deuno que deu.Acrisepoltica temduaspeculia-

    ridades. Uma vem do PT, a outra deDilma.OPTno fazalianas, re-cruta sditos ou scios. Dilma, porsua vez, chegou Presidncia daRepblica sem jamais ter vivido ocotidiano de um Parlamento.A experincia parlamentar pa-

    rece uma trivialidade, at um des-douro. No bem assim. Tome-seoexemplodedoishierarcasdoExe-cutivo:DelfimNettoeRobertoCam-pos. Como czares da economia,mandaram como ningum. Forampara o Congresso e viraram outro

    tipo de pessoa, mais tolerantes, li-vres de algumas certezas que o po-der lhes dera. No Executivo, o su-jeito acha uma coisa, manda fazere ponto final. O Trem-Bala, porexemplo. No Congresso, o mesmosujeito vai para uma reunio, ex-pe seu ponto de vista e contra-ditado por outro parlamentar, umidiota, talvez ladro. Dever ouvi-lo respeitosamente e habituar-se aperder calado, caso seuadversrio

    consiga mais votos que ele. No pa-lcio, manda quem pode e obede-ce quem tem juzo. No Congresso,manda quem temmaioria.A falta de experinciaparlamen-

    tar (o caso de Dilma) ou a incapa-cidade de preservar alianas (o ca-sodoPT) influi nometabolismodospalcios, transformando-osembun-kers: Ns estamos certos e todosos outros esto errados. Emsegui-da, dentrodobunker, estabelece-seumacompetiodeegos. Euestoucerto emeu rival dentro do governo a causa de todos os males.Desgraadamente, umavez cria-

    daamentalidadedobunker,omun-do em volta deixa de ter importn-

    cia. Briga-se pela briga. O exemploextremo dessa patologia pode serencontradonobunkermais famosode todos os tempos, o daChancela-ria do 3 Reich, em 1945. Aquilo queerabunker,aoitometrosdepro-fundidade. Hitler e seu ncleo du-ro enfurnaram-se nele em janeiroe de l o Fhrer comandava suaguerra, tendo Martin Bormann co-mo seu brao direito. Velho rival doespalhafatoso marechal HermanGoering, Bormann teve o seu mo-mento de esplendor no dia 25 deabril e conseguiudemiti-lode todososcargos, expulsando-odopartido.Os russos estavam a poucos

    quarteires dedistncia.Nodia 30de abril, o Fhrer matou-se e, umasemana depois, o poderoso Bor-manndeixou o bunker. Enfim, ven-cera e fora designado testamentei-ro de Hitler e chefe do partido na-zista. Morreu na rua, a pouca dis-tncia do bunker.

    Oolhoda crise estnobunkerE L I O G A S P A R I

    Dilma sai e Dilma ficasimplificam o problema,embaralham cartas eescondem dificuldades

    COLUNISTAS DA SEMANA segunda: Ricardo Melo, tera: Janio de Freitas, quarta: Elio Gaspari, quinta: Janio de Freitas, sexta: Reinaldo Azevedo, sbado: Demtrio Magnoli, domingo: Elio Gaspari e Janio de Freitas

    RANIER BRAGONMARINA DIASDE BRASLIA

    Em meio crise poltica eeconmica, o governo anun-ciounesta tera-feira (25)a li-berao de verbas para con-ter ameaas de novas rebe-liesnoCongressoNacional.

    O ministro Eliseu Padilha(AviaoCivil), quehoje inte-gra a articulao poltica dogoverno Dilma Rousseff, foi Cmara dos Deputadosanunciaraliberao,nospr-ximos dias, de R$ 500 mi-lhes para emendas que oscongressistas fizeram ao Or-amento da Unio de 2015.

    Devidosdificuldadeseco-nmicas,oPlanaltovinha re-presandoessespagamentos,oquecausougrandedescon-

    Comoanncio, governoespera conter novasameaas de rebeliono Congresso e votar oOramento de 2016

    Ministro diz que rea poltica venceu queda de brao comaFazenda e que valor dinheiro na veia da economia

    Planalto liberarR$500miacongressistasPedro Ladeira - 15.jul.15/Folhapress

    Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Cmara, Eduardo Cunha, no Congresso

    forto entreosparlamentares.Isso dinheironaveiada

    economia, afirmouominis-tro aps reunio com inte-grantesdaComissoMistadeOramentodoCongresso.Asemendasrepresentam,geral-mente, pequenas obras e in-vestimentosnos redutoselei-torais dos deputados.

    J pagamos R$ 300 mi-lhes, temos agora R$ 500milhes e teremos mais,afirmou oministro, que dis-se ter vencidoumaquedadebrao com a Fazenda.

    Comoanncio, a expecta-tiva do governo a de que acomisso vote a Lei de Dire-trizesOramentrias,quede-

    veria ter sidoaprovadaat ju-lho. A lei fixa os parmetrospara a elaborao do Ora-mento do ano seguinte.

    DISCUSSOPadilhaacertou tambma

    aprovaodeprojetoqueper-mite ao governo pagar todasas emendas feitas por con-

    gressistas nos anos anterio-res e que no saram do pa-pel, os chamados restos apagar. O valor total est emtorno de R$ 3,8 bilhes.

    A liberao de verbas foimotivodediscussoentrePa-dilha e o ministro da Fazen-da,JoaquimLevy.Padilhaha-via firmado compromissocom congressistas de queconseguiria a verba. Mas aequipe tcnica da Fazendabarrou a liberao.

    Aconfusoacabouaumen-tandoapressodesetoresdoPMDB para que Temer dei-xasse a articulao polticado governo, deciso que opeemedebista comunicou aDilma na segunda (24).

    Nesta tera, Temer tentouminimizar o impacto de seumovimento e disse que nopodedeixaraarticulaopo-ltica de uma vez.

    Tenho responsabilidadecom o pas, declarou. NoPMDB,halgunsquequeremque eu deixe a articulao eoutrostantosquequeremqueeu continue, mas eu entendi

    quenoposso, tendorespon-sabilidadecomopas, deix-la de uma vez, afirmou.

    Segundo Temer, ele seafasta da negociao de car-gos e emendas, mas no damacropoltica.

    Ovice rechaouaindaahi-ptesedeque suadeciso te-nhaalimentadomovimentosque estimulam a votao deum processo de impeach-ment contra a presidente.

    falso, absolutamentefalso. Sempre tenhodito e re-petido que qualquer hipte-se de impeachment impen-svel, afirmou.

    SECRETARIASPadilha tambm afirmou

    que as secretarias com sta-tus de ministrios so asmais indicadas para seremcortadasnoenxugamentodepastas anunciado pelo go-verno. Hoje, h 24 minist-rios e 15 secretarias e rgoscomstatusdeministrio.Umdos cargos que pode perdero status de ministro a pre-sidncia do Banco Central.

    CENTRAIS ELTRICAS DO PAR S.A. - CELPA

    A Centrais Eltricas do Par CELPA de acordo com o artigo 9 da Resoluo Conjunta ANEEL/ANATEL/ANP 001, de 24.11.1999, torna pblico a celebrao do contrato de compartilhamentocom a empresa A & G Telecomunicaes Ltda - EPP, o qual est sendo disponibilizados 184 (centoe oitenta e quatro) postes, para o Estado do Par, a ttulo de compartilhamento de infraestrutura.s empresas interessadas em celebrar contratos de compartilhamento de infraestrutura devematender ao disposto nos arts. 2, 7 e 11 da REC n 001/1999, bem como, atender ao art. 6 daResoluo ANEEL 581/2002, submetendo a anlise da concessionria para prvia avaliao da via-bilidade, de forma a se verificar a disponibilidade dos pontos de fixao nas estruturas pretendidas.As empresas interessadas podero obter maiores informaes por meio do telefone: 0800 280 3216e/ou por e-mail: [email protected].

    Ministrio deMinas e Energia

    A Liquigs Distribuidora S/A torna pblico que est instaurando licitao namodalidade de Prego Eletrnico n 598414, tendo como objeto o Fornecimentode bebidas quentes para Sede/SP. Envio das propostas eletrnicas at o dia10/09/2015 s 10h00 e sua abertura ocorrer no dia 10/09/2015 s 10h15. OEdital est disposio dos interessados pelo site www.licitacoes-e.com.br.Maiores informaes pelo fone (11) 3703-2002 ou pelo fax (11) 3703-2340.

    Keila PereiraGerncia de Compras de Materiais

    LIQUIGS DISTRIBUIDORA S/ACNPJ 60.886.413/0001-47

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    CONTAX PARTICIPAES S.A.CNPJ n 04.032.433/0001-80

    Companhia AbertaFATO RELEVANTE

    Em cumprimento ao disposto no artigo 157, 4, da Lei n 6.404, de 15/12/1976, e na Instruo CVMn 358/02, a Contax Participaes S.A. (Contax ou Companhia) vem a pblico comunicar aos seusacionistas, investidores e ao mercado em geral a alterao na composio da sua Diretoria Executiva.Em conformidade com o estabelecido na Reunio do Conselho de Administrao realizada nestadata, foi nomeado para o cargo de Diretor Presidente da Companhia o Sr. SHAKHAF WINE, queinicia imediatamente seu mandato, em substituio ao Sr. Carlos Henrique Zanvettor, que renunciouao referido cargo nesta data.O Sr. Shakhaf Wine tem 46 anos e conta com ampla experincia nos setores de atuao da Contax.Foi membro do Conselho de Administrao da Contax Participaes S.A. entre os anos de 2011 e2014, aps ter sido Presidente do Conselho de Administrao da Dedic/Mobitel S.A.. Foi membrodo Conselho de Administrao da Oi S.A. de 2011 a 2015 e Diretor Presidente da Portugal TelecomBrasil entre 2005 e 2015, alm de ter sido Vice-Presidente do Conselho de Administrao da VivoS.A. at 2010. Previamente, foi diretor dos bancos de investimento Merrill Lynch e Deutsche MorganGrenfell na rea de TMT - telecomunicaes, mdia e tecnologia. graduado em Economia pelaPontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro.Considerando que o Sr. Shakhaf atuou como administrador da Companhia em um perodo importantede reviso da governana, estratgia e incio da adequao das operaes, tendo inclusive participadona nomeao do Sr. Zanvettor, e que os Srs. Shakhaf e Zanvettor conduziro uma agenda conjuntanos prximos dias, assegura-se um processo de transio colaborativo, focado na continuidade dasiniciativas e projetos relevantes da Companhia.Aps ter concludo 3 anos de mandato, perodo em que teve importante contribuio para odesenvolvimento da Companhia, o Sr. Zanvettor dar continuidade em sua carreira buscando novosobjetivos profissionais. Agradecemos ao Sr. Zanvettor por seu empenho, e desejamos ao Sr. Shakhafsucesso em seu novo desafio.

    So Paulo, 24 de agosto de 2015.Jos Roberto Beraldo

    Diretor de Finanas e Relaes com InvestidoresContax Participaes S.A.

    CPFL COMERCIALIZAOCONE SUL S.A.

    Companhia FechadaCNPJ/MF n 02.190.883/0001-75 - NIRE 35.300.171.187

    Ata da Assembleia Geral Extraordinria Realizada em 07/05/2015I. Data, Hora e Local: Aos 07/05/2015, s 11h15, na sede social da CPFL Comercializao Cone Sul S.A. (Companhia),localizada na Rua Gomes de Carvalho, 151, 14 andar, conjunto 1402, sala 03, So Paulo/SP. II - Convocao: Dispensadaaconvocao,nos termosdoArtigo124,4daLei6.404/76,emvistadapresenadaacionistaCPFLComercializaoBrasilS.A., representando a totalidade do capital social. III - Presena: Compareceu Assembleia Geral, a acionista CPFLComercializao Brasil S.A., representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme se verifica no Livro dePresena de Acionistas. IV - Composio da Mesa: Presidente - Gustavo Estrella; Secretria - Roberta Luca Ferreira. V -OrdemdoDia:(i)ElegermembrosdaDiretoriaExecutiva.VI -LeituradeDocumentos,RecebimentodeVotoseLavraturada Ata: (1) Dispensada a leitura dos documentos relacionados s matrias a serem deliberadas nesta Assembleia Geral,uma vez que so do inteiro conhecimento da acionista.(2) Autorizada a lavratura da presente ata na forma de sumrio e a suapublicao com omisso da assinatura do acionista, nos termos do Artigo 130, 1 e 2, da Lei 6.404/76, respectivamente.(3) Dispensada, por unanimidade, a presena de membros da administrao da Companhia e do auditor independente, nostermos do Artigo 134, 2, da Lei 6.404/76. (4) Dispensada, nos termos do Artigo 294, Inciso II, da Lei 6.404/76, a publicaodosdocumentosque trataoArtigo133,domesmodiploma legal.VII -Deliberaes:Apsaanliseediscussodasmatriasconstantes da Ordem do Dia, a acionista deliberou: (i) Tendo em vista o trmino do mandato da Diretoria Executiva daCompanhia, consignar a sada dos Srs.: (a) Jos Marcos Chaves de Melo, RG n 05884247-7, IFP-RJ, CPF/MFn 730.497.867-87, Diretor Administrativo; e (b) Fbio Rogrio Zanfelice, RG n 22.159.222-2, SSP/SP, CPF/MFn 175.671.758-35; (ii) (i) Eleger os membros da Diretoria Executiva da Companhia, com mandato de 2 anos, a partir da datade assinatura do Termo de Posse, permanecendo os Diretores eleitos investidos nos cargos at que ocorra a AssembleiaGeral Ordinria do exerccio social de 2017, conforme segue:(a) a Sra.Karin Regina Luchesi, RG n 27.371.339-5, SSP/SP,CPF n 219.880.918-45, como Diretora Presidente; e (b) o Sr. Wagner Luiz Schneider de Freitas,RG n 3.852.689-8, SSP/PR, CPF n 024.833.917-97, como Diretor; (ii) Reeleger o Sr.Gustavo Estrella, RG n 8.806.922,SSP/RJ, CPF/MF n 037.234.097-09, como Diretor; todos com endereo comercial na Rodovia Engenheiro Miguel NoelNascentes Burnier, 1755 - Km 2,5 - parte - Parque So Quirino - CEP: 13088-140, Campinas/SP. Os Diretores acima eleitose os Diretores reeleitos declaram, para os efeitos do Artigo 147 da Lei 6.404/76, no estarem incursos em nenhum dos crimesou hipteses previstas em lei que os impeam de exercer atividades mercantis.Os Diretores sero investidos em seus cargosmediante assinatura de termo de posse, lavrado no livro de atas da Diretoria, conforme estabelecido no Artigo 149 da Lei6.404/76enoEstatutoSocialdaCompanhia.Por fim, ficaconsignadaacomposiodaDiretoriaExecutiva:Sra.KarinReginaLuchesi,comoDiretoraPresidente;oSr.WagnerLuizSchneiderdeFreitas,comoDiretor;eoSr.GustavoEstrella,comoDiretor.VIII - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente suspendeu os trabalhos pelo tempo necessrio lavratura desta ata.Reaberta a sesso, a ata foi lida e aprovada pelos presentes, que a subscrevem.So Paulo, 07/05/2015.Gustavo Estrella - Presidente;Roberta Luca Ferreira - Secretria.JUCESP n 310.991/15-8 em 20/07/2015.Flvia ReginaBritto - Secretria Geral.

    COMPANHIA LUZ EFORADEMOCOCA

    Companhia FechadaCNPJ/MF n 52.503.802/0001-18 - NIRE 35.300.057.414

    Extrato da Ata da Assembleia Geral Extraordinria em 07/05/2015I - Data, Hora e Local: Aos 07/05/2015, s 10h30, na sede social da Companhia Luz e Fora de Mococa (Companhia), localizada naRuaVigato, n 1620, 1 andar, sala 03, Jaguarina/SP. II - Convocao: Dispensada a convocao, nos termos do Artigo 124, 4 da Lei6.404/76, em vista da presena da acionista CPFL Energia S.A., representando a totalidade do capital social. III - Presena:Compareceu Assembleia Geral, a acionista CPFL Energia S.A., representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme se verifica noLivrodePresenadeAcionistas.IV -ComposiodaMesa:Presidente,GustavoEstrellaeSecretria,RobertaLucaFerreira.V-Ordemdo Dia: (i) Eleger os membros da Diretoria Executiva. VI - Leitura de Documentos, Recebimento de Votos e Lavratura da Ata: (1)Dispensada a leitura dos documentos relacionados s matrias a serem deliberadas nesta Assembleia Geral, uma vez que so do inteiroconhecimento da acionista.(2) Autorizada a lavratura da presente ata na forma de sumrio e a sua publicao com omisso da assinaturado acionista, nos termos do Artigo 130, 1 e 2, da Lei 6.404/76, respectivamente. VII - Deliberaes: Aps a anlise e discusso dasmatriasconstantesdaOrdemdoDia,aacionistadeliberou:(i)Tendoemvistao trminodomandatodaDiretoriaExecutivadaCompanhia,consignar a sada dos Srs.: (a) Carlos Zamboni Neto, RG n 11.637.864, CPF/MF n 081.496.848-16, Diretor Presidente; (b) JosMarcos Chaves de Melo, RG n 05884247-7, IFP-RJ, CPF/MF n 730.497.867-87, Diretor Administrativo; e (c) MarneyTadeu Antunes,RG n 10227820 SSP/SP, CPF/MF n 043.296.738-94, Diretor de Gesto de Energia; (ii) (i) Eleger os membros da Diretoria Executiva daCompanhia, com mandato de 2 anos, a partir da data de assinatura doTermo de Posse, permanecendo os Diretores eleitos investidos noscargosatqueocorraaAssembleiaGeralOrdinriadoexercciosocialde2017,conformesegue:oSr.WagnerLuizSchneiderdeFreitas,RG n 3.852.689-8 SSP/PR, CPF n 024.833.017-97, como Diretor Administrativo; e (ii) Reeleger (a) o Sr. Marco Antonio Villela deAbreu, RG n 16202938X SSP/SP, CPF/MF n 061.482.368-42, como Diretor Presidente; (b) o Sr. Gustavo Estrella, RG n 8.806.922SSP/RJ, CPF/MF n 037.234.097-09, como Diretor Financeiro e de Relaes com Investidores; e (c) o Sr. Hlio Puttini Junior,RG n 1.321.849/SSP/MG, CPF/MF n 313.865.556-49, como Diretor de Assuntos Regulatrios, todos os Diretores com endereocomercialnaRodoviaEngenheiroMiguelNoelNascentesBurnier,1755-Km2,5-parte -ParqueSoQuirino-CEP:13088-140,Campinas/SP.Os cargos de Diretor de Gesto de Energia e de Diretor de Distribuio permanecem vagos.Os Diretores acima eleitos e os Diretoresreeleitos declaram, para os efeitos do Artigo 147 da Lei 6.404/76, no estarem incursos em nenhum dos crimes ou hipteses previstas emleiqueos impeamdeexerceratividadesmercantis.OsDiretoressero investidosemseuscargosmedianteassinaturade termodeposse,lavrado no livro de atas da Diretoria, conforme estabelecido no Artigo 149 da Lei 6.404/76 e no Estatuto Social da Companhia.Por fim, ficaconsignada a composio da Diretoria Executiva: Sr. Marco AntonioVillela de Abreu, como Diretor Presidente; Sr. Gustavo Estrella,como Diretor Financeiro e de Relaes com Investidores;Sr.Wagner Luiz Schneider de Freitas,como Diretor Administrativo;e Sr.Hlio Puttini Junior, como Diretor de Assuntos Regulatrios. VIII - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidentesuspendeu os trabalhos pelo tempo necessrio lavratura desta ata.Reaberta a sesso, a ata foi lida e aprovada pelos presentes, que asubscrevem. So Paulo, 07/05/2015. Gustavo Estrella - Presidente, Roberta Luca Ferreira - Secretria. JUCESP n 310.955/15-4 em20/07/2015.Flvia Regina Britto - Secretria Geral.

    PAULISTA LAJEADO ENERGIA S/ACNPJ/MF n 03.491.603/0001-21 - NIRE 35.300.174.399

    Extrato da Ata da Reunio do Conselho de Administrao Realizada em 07/05/20151. Data, Hora e Local: Aos 07/05/2015, s 09h30, na sede social da Paulista Lajeado Energia S.A. (PLE ou Companhia),localizada na Rua Vigato, 1620 - 1 andar - sala 4, Jaguarina/SP. 2. Convocao: Convocada na forma do 2 do artigo 18 doEstatuto Social da Companhia. 3. Presenas: A totalidade dos membros do Conselho de Administrao. 4. Composio daMesa: Presidente: Gustavo Estrella; Secretria: Roberta Luca Ferreira. 5. Assuntos Tratados e Deliberaes Tomadas:Dispensada a leitura da Ordem do Dia, por ser do conhecimento de todos os presentes, foi deliberado que a ata desta reunioseria lavrada na forma de sumrio, facultado o direito de apresentao de manifestaes e dissidncias que ficaro arquivadasna sede da Companhia, e aprovada a sua publicao, sob a forma de extrato, com a omisso das assinaturas dos Conselheiros.Examinadas e debatidas as matrias da Ordem do Dia, foram tratados os seguintes assuntos e tomadas as seguintesdeliberaes: (i) Nomearam, nos termos do 1 do Artigo 14 do Estatuto Social, Sra. Karin Regina Luchesi, para ocupar ocargo de Presidente do Conselho de Administrao, e o Sr. Gustavo Estrella, para ocupar o cargo de Vice-Presidente doConselho de Administrao, ambos devidamente eleitos pela Assembleia Geral Extraordinria realizada em 28/04/2015, comomembros titulares do Conselho de Administrao; (ii) Tendo em vista o trmino do mandato da Diretoria Executiva daCompanhia, consignar a sada (a) da Sra. Karin Regina Luchesi, RG n 27.371.339-5, SSP/SP, CPFn 219.880.918-45, do cargo de Diretora Presidente, residente e domiciliada na cidade de Campinas/SP, com endereocomercial, na Rodovia Engenheiro Miguel Noel Nascentes Burnier, n 1755, CEP 13088-140; (b) do Sr. Jos Marcos Chavesde Melo, RG n 05884247-7, IFP-RJ, CPF/MF n 730.497.867-87, do cargo de Diretor; (iii) (i) Eleger os membros da DiretoriaExecutiva da Companhia, com mandato de 2 anos, a partir da data de assinatura do Termo de Posse, permanecendo osDiretores eleitos investidos nos cargos at que ocorra a Assembleia Geral Ordinria do exerccio social de 2017, conformesegue: (a) o Sr. Fernando Mano, RG n 50.759.188, SSP/SP, CPF/MF n 690.436.121-20, para o cargo de Diretor Presidente,como Diretor Presidente; e (b) o Sr. Wagner Luiz Schneider de Freitas, CPF: 024.833.017-97, RG: 3.852.689-8, SSP/PR,como Diretor; ambos residentes e domiciliados na cidade de Campinas/SP, com endereo comercial, na Rodovia EngenheiroMiguel Noel Nascentes Burnier, n 1755, CEP 13088-140; e (ii) Reeleger (a) o Sr. Gustavo Estrella, RG n 8.806.922, IFP/RJ,CPF/MF n 037.234.097-09, residente e domiciliado na cidade de Campinas/SP, com endereo comercial na RodoviaEngenheiro Miguel Noel Nascentes Burnier, n 1755, CEP 13088-140, como Diretor. Os Diretores acima eleitos e os Diretoresreeleitos declaram, para os efeitos do Artigo 147 da Lei 6.404/76, no estarem incursos em nenhum dos crimes ou hiptesesprevistas em lei que os impeam de exercer atividades mercantis. Os Diretores sero investidos em seus cargos medianteassinatura de termo de posse, lavrado no livro de atas da Diretoria, conforme estabelecido no Artigo 149 da Lei 6.404/76 e noEstatuto Social da Companhia.Por fim, fica consignada a composio da Diretoria Executiva:Sr.Fernando Mano,como DiretorPresidente; Sr. Gustavo Estrella, como Diretor; e o Sr.Wagner Luiz Schneider de Freitas, como Diretor. 6. Encerramento:Nada mais havendo a ser tratado, foram encerrados os trabalhos e suspensa a reunio pelo tempo necessrio lavratura destaAta, a qual lida e achada conforme, foi aprovada e assinada por todos os presentes.Campinas, 07/05/2015.Gustavo Estrella -Presidente da Mesa, Roberta Luca Ferreira - Secretria. JUCESP n 276.900/15-7 em 26/06/2015. Flvia Regina Britto -Secretria Geral.

    COMPANHIAJAGUARIDEENERGIACompanhiaFechada

    CNPJ/MF n 53.859.112/0001-69 -NIRE35.300.024.575ExtratodaAtadaAssembleia GeralExtraordinriaem07/05/2015

    I. Data, Hora e Local: Aos 07/05/2015, s 09h30 na sede social da Companhia Jaguari de Energia (Companhia)situada na Rua Vigato, n 1620, Trreo, Cidade de Jaguarina/SP. II - Convocao: Dispensada a convocao, nostermos do Artigo 124, 4 da Lei 6.404/76, em vista da presena da acionista CPFL Energia S.A., representando atotalidade do capital social. III - Presena: Compareceu Assembleia Geral, a acionista CPFL Energia S.A.,representando a totalidade do capital social da Companhia, conforme se verifica no Livro de Presena de Acionistas.IV - Composio da Mesa: Presidente, Gustavo Estrella, e Secretria, Roberta Luca Ferreira.V - Ordem do Dia: (i) Eleger os membros da Diretoria Executiva. VI - Leitura de Documentos, Recebimento de Votos eLavratura da Ata: (1) Dispensada a leitura dos documentos relacionados s matrias a serem deliberadas nestaAssembleia Geral, uma vez que so do inteiro conhecimento da acionista. (2) Autorizada a lavratura da presente ata naforma de sumrio e a sua publicao com omisso da assinatura do acionista, nos termos do Artigo 130, 1 e 2, daLei 6.404/76, respectivamente. VII - Deliberaes: Aps a anlise e discusso das matrias constantes da Ordem doDia, a acionista deliberou: (i) Tendo em vista o trmino do mandato da Diretoria Executiva da Companhia, consignar asada dos Srs.: (a) Carlos Zamboni Neto, RG n 11.637.864, CPF/MF n 081.496.848-16, Diretor Presidente; (b) JosMarcos Chaves de Melo, RG n 05884247-7, IFP-RJ, CPF/MF n 730.497.867-87, Diretor Administrativo;e (c) Marney Tadeu Antunes, RG n 10227820, SSP/SP, CPF/MF n 043.296.738-94, Diretor de Gesto de Energia;(ii) (i) Eleger os membros da Diretoria Executiva da Companhia, com mandato de 2 anos, a partir da data de assinaturado Termo de Posse, permanecendo os Diretores eleitos investidos nos cargos at que ocorra a Assembleia GeralOrdinria do exerccio social de 2017, conforme segue: o Sr. Wagner Luiz Schneider de Freitas, RG n 3.852.689-8,SSP/PR, CPF n 024.833.917-97, como Diretor Administrativo; e (ii) Reeleger (a) o Sr. Marco Antonio Villela deAbreu, RG n 16202938X, SSP/SP, CPF/MF n 061.482.368-42, como Diretor Presidente; (b) o Sr. Gustavo Estrella,RG n 8.806.922, SSP/RJ, CPF/MF n 037.234.097-09, como Diretor Financeiro e de Relaes com Investidores; e(c) o Sr. Hlio Puttini Junior, RG n 1.321.849/SSP/MG, CPF/MF n 313.865.556-49, como Diretor de AssuntosRegulatrios, todos os Diretores com endereo comercial na Rodovia Engenheiro Miguel Noel Nascentes Burnier,1755 - Km 2,5 - parte - Parque So Quirino - CEP: 13088-140, Campinas/SP. Os cargos de Diretor de Gesto deEnergia e de Diretor de Distribuio permanecem vagos. Os Diretores acima eleitos e os Diretores reeleitos declaram,para os efeitos do Artigo 147 da Lei 6.404/76, no estarem incursos em nenhum dos crimes ou hipteses previstas emlei que os impeam de exercer atividades mercantis. Os Diretores sero investidos em seus cargos mediante assinaturade termo de posse, lavrado no livro de atas da Diretoria, conforme estabelecido no Artigo 149 da Lei 6.404/76 e noEstatuto Social da Companhia. Por fim, fica consignada a composio da Diretoria Executiva: Sr. Marco Antonio Villelade Abreu, como Diretor Presidente; Sr. Gustavo Estrella, como Diretor Financeiro e de Relaes comInvestidores; Sr. Wagner Luiz Schneider de Freitas, como Diretor Administrativo; e Sr. Hlio Puttini Junior, comoDiretor de Assuntos Regulatrios. VIII - Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente suspendeu ostrabalhos pelo tempo necessrio lavratura desta ata. Reaberta a sesso, a ata foi lida e aprovada pelos presentes,que a subscrevem. So Paulo, 07/052015. Gustavo Estrella - Presidente; Roberta Luca Ferreira - Secretria.JUCESP n 276.846/15-1 em 26/06/2015. Flvia Regina Britto - Secretria Geral.

  • QUARTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2015 poder A9ab

    DE SOPAULO

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    dos na prova sero convida-dosafazerumensaiofotogr-

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    DANIELA LIMADE SOPAULO

    Dirigentes dos dois maio-res partidos de oposio aogoverno Dilma Rousseff reu-niram-senogabineteda lide-rana do PSDB no Senadonesta tera-feira (25), a por-tas fechadas, para redefinirsua atuao diante da crise.Da conversa, saram dois

    consensos. Primeiro, que aestratgia esboada h algu-massemanaspelosentusias-tas de umpedido precoce deimpeachment invivel.Segundo esse plano, o

    presidente da Cmara,Eduardo Cunha (PMDB-RJ),rejeitaria pedidos de afasta-mento, abrindo espao paraque um recurso fosse apre-ciado pelo plenrio da Casa.O rito permitiria que, com

    maioria simples metadedosvotosdosdeputadospre-sentesmais um, fosse pos-svel dar andamento ao im-peachment, sem que Cunhafosse apontado como prota-gonista do processo.

    Umdos crticosdessaope-raoosenadorAloysioNu-nes (PSDB-SP). No acredi-to que isso v frente. o ti-podemanobraquenose faznum quadro dessa gravida-de. chicana parlamentar,avaliou o tucano.Em privado, o presidente

    do PSDB, Acio Neves (MG),o senador Jos Serra (SP) e oex-presidenteFernandoHen-riqueCardosocompartilhamda avaliao. Tanto o PSDBcomooDEMavaliamqueho-je no existe base legal parao impeachment de Dilma.Mashexpectativademu-

    dana nesse cenrio, e ela seconcentra em trs frentes: oavano da operao Lava Ja-to, a possibilidadedeas con-tas de Dilma do ano de 2014serem rejeitadas pelo TCU(TribunaldeContasdaUnio)ou o TSE (Tribunal SuperiorEleitoral) concluir que di-nheirodesviadodaPetrobrasabasteceu as contas da cam-panha presidencial petista.

    PMDBO outro consenso que

    precisoacompanharodesen-rolar das relaes entre o PTdeDilmaeoPMDBde seuvi-ce,MichelTemer,para traarum cenrio mais seguro so-bre as chancesdeumpedidode impeachment prosperar.

    Foi feita a avaliao deque, emmatria de nmero,a oposio s no chegar alugar algum. Mas o PMDBdeupassos, eprecisoacom-panhar isso para ter um ce-nriomais ntido, avaliou opresidente doDEM, senadorAgripino Maia (RN).A fala uma referncia

    sadadeMichel Temerdoco-mando da articulao polti-cadogoverno,funoqueha-via assumido para garantir aaprovao do ajuste fiscal emelhorar as relaes entre ogoverno e o Congresso.Um discurso de Temer de-

    fendendo a necessidade dealgum para reunificar opas fezcomqueovice fossecriticado dentro do governo.Eledecidiudeixaropostopa-ra se livrar do que definiu co-mo ambiente de intrigas.Com a definio de que o

    momento de observar o de-senrolardesseenredo,aopo-sio na Cmara anunciou oadiamento do encontro comjuristas para reavaliar a via-bilidade do impeachment.[O afastamento] Envolve

    aspectos jurdicosepolticos.Temos que aguardar o mo-mentoadequado, justificouo lder do DEM na Cmara,Mendona Filho (PE).ColaboraramDBORA LVARES, RANIERBRAGON E GUSTAVOURIBE, de Braslia

    PSDB eDEMavaliamqueprimeiro preciso acompanhar odesenrolar das relaesentre o PT e oPMDB

    Lderes daoposionoquerempatrocinar recursoque levaria deciso sobre aberturadeprocessoparaoplenrio

    Aoparaacelerar impeachmentperdefora

  • vimentodopresidentedaAs-sembleia Nacional, Diosda-doCabello, comonarcotrfi-co, Otero pode ser preso sevoltar a seu pas. Eis os prin-cipais trechos da entrevista.

    Folha - A crise na fronteiracomaColmbia ter impactona eleio de dezembro?

    Miguel Henrique Otero -No. Acho que os venezuela-nos no caem nessa. umatentativa de alimentar o na-cionalismo para recuperar apopularidade que o governoperdeu e de controlar o con-trabando, alto nessa regio.

    OEstadodeTchira umdosquemaisse levantamquandohprotestocontraogoverno.

    Sim,obviamentehumde-sejodogovernodemilitarizarTchira, que tem importn-cia estratgica internamente.

    A oposio venezuelana cri-tica a posio do governobrasileiro. Mas o que o Brasildeveria estar fazendo?

    preciso que aqui se en-

    tenda que Maduro ganhoueleies fraudulentas. Ou se-ja, no ganhou. Do ponto devista dos direitos humanos,se cometem muitos abusos.A Venezuela uma ditadura.As instituies esto seques-tradas pelo Executivo. Tudo arbitrrio. Como os outrospases podem fazer vistagrossa? Ou olhar para essegoverno com simpatia? Paramim, incompreensvel.

    Mas o que o Brasil deveria fa-zer, concretamente?

    Primeiro, divulgar essa si-tuao, e depois