FRUTOS DO

CERRADO COMO

ALTERNATIVA DE

SUSTENTABILIDADE

Profa. Dra. Zefa V. Pereira

O cerrado constitui o segundo maior bioma com domínio morfoclimático do Brasil e da América do Sul, ocupa mais de 23% do território nacional

.

ESTIMATIVA DE RIQUEZA DOS PRINCIPAIS GRUPOS ANIMAIS E VEGETAIS NO BIOMA CERRADO

Grupo Cerrado Brasil (%) Brasil Mundo

Invertebrados 67.000 20,0 335.000 ?

Plantas 12.000 24,0 55.000 280.000

Peixes 1.200 45,0 2.700 24.800

Aves 837 49,9 1.600 9.700

Mamíferos 212 40,5 524 4.600

Répteis 180 38,5 468 6.500

Anfíbios 150 29,0 517 4.200

Dados extraídos de várias fontes.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO CERRADO

É a formação savânica com maior diversidade vegetal do mundo

A vegetação do cerrado, considerado aqui senso amplo, apresenta-se com várias fisionomias em toda sua extensão, desde formações campestres (campo limpo) até florestal (cerradão)

Campo Limpo - vegetação predominantemente herbáceo, com raros arbustos e ausência completa de árvores. É encontrado com mais freqüência nas encostas, nas chapadas, nos olhos d’água, circundando as Veredas e na borda das Matas de Galeria.

O Campo Sujo é um tipo fisionômico exclusivamente arbustivo-herbáceo, com arbustos e subarbustos esparsos cujas plantas são menos desenvolvidas que as árvores do Cerrado sentido restrito. encontrado em solos rasos, eventualmente com pequenos afloramentos rochosos de pouca extensão , ou ainda em solos profundos e de baixa fertilidade

No Campo cerrado o estrato arbóreo é pouco definido, com poucas árvores e arbustos bastante espaçados entre si, e com um estrato herbáceo contínuo, com muitas espécies de subarbustos e ervas.

O Campo Rupestre é um tipo de vegetação predominantemente herbáceo-arbustiva, com a presença eventual de arvoretas pouco desenvolvidas de até dois metros de altura. Ocupa trechos de afloramentos rochosos. Geralmente ocorre em altitudes superiores a 900 metros, em áreas onde há ventos constantes e variações extremas de temperatura, com dias quentes e noites frias.

O Cerrado sentido restrito caracteriza-se pela presença de árvores baixas, inclinadas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas, e geralmente com evidências de queimadas. Os arbustos e subarbustos encontram-se espalhados, com algumas espécies apresentando órgãos subterrâneos perenes (xilopódios)

O Cerradão apresenta dossel contínuo, a altura média da camada de árvores varia de 8 a 15 metros, proporcionando condições de luminosidade que favorecem a formação de camadas de arbustivas e herbáceas diferenciadas. Caracteriza-se pela presença preferencial de espécies que ocorrem no Cerrado sentido restrito e também por espécies de florestas, fisionômia – floresta florística - Cerrado

A Vereda é um tipo de vegetação com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa (buriti) emergente, em meio a agrupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivo-herbáceas. As Veredas são circundadas por campos típicos, geralmente úmidos, e os buritis não formam dossel (cobertura contínua formada pela copa das árvores) como ocorre no Buritizal.

FLORA DO CERRADO

Apresar da importância ecológica deste bioma, este vêm sendo gradativamente devastados devido a uma política voltada apenas ao aumento da produção e produtividade de culturas agroindustriais de grandes mercados auto sustentáveis

cerca de 57% do cerrado já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes estão bastante alteradas, podendo não mais servir à conservação da biodiversidade

destruído até o ano de 2030

perda anual de 1,5%, ou 3 milhões de hectares de áreas nativas

As taxas anuais de desmatamento são mais elevadas no Cerrado: entre os anos de 1970 e 1975, o desmatamento médio no Cerrado foi de 40.000km² por ano – 1,8 vezes a taxa de desmatamento da Amazônia durante o período 1978–1988. As taxas atuais de desmatamento variam entre 22.000 e 30.000km² por ano, superiores àquelas da Amazônia

Como agravante, a Constituição Federal, no capítulo do Meio Ambiente, considera patrimônio nacional a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a área costeira, mas não inclui os Cerrados

POTENCIAL DE USO DA ESPÉCIES DO CERRADO

POTENCIAL DE USO DA ESPÉCIES DO CERRADO

As fruteiras nativas ocupam lugar de destaque no ecossistema do cerrado e seus frutos já são comercializados em feiras e com grande aceitação popular. Esses frutos apresentam sabores sui generis e elevados teores de açúcares, proteínas, vitaminas e sais minerais e podem ser consumidos in natura ou na forma de sucos, licores, sorvetes, geléias etc. Hoje, existem mais de 58 espécies de frutas nativas dos cerrados conhecidas e utilizadas pela população da região e de outros estado

POTENCIAL DE USO DA ESPÉCIES DO CERRADO

O consumo das frutas nativas dos cerrados, há milênios consagrado pelos índios, foi de suma importância para a sobrevivência dos primeiros desbravadores e colonizadores da região.

O interesse por essas frutas tem atingido diversos segmentos da sociedade, entre os quais destacam- se agricultores, industriais, donas- de - casa, comerciantes, instituições de pesquisa e assistência técnica, cooperativas, universidades, órgãos de saúde e de alimentação, entre outros.

POTENCIAL DE USO DA ESPÉCIES DO CERRADO

O interesse industrial pelas frutas nativas dos cerrados foi intensificado após os anos 40. A mangaba, por exemplo, foi intensivamente explorada durante a Segunda Guerra Mundial, para exploração de látex

O babaçu e a macaúba foram bastante estudados na década de 70, em decorrência da crise de petróleo, e mostraram grandes possibilidades para utilização em motores de combustão, em substituição ao óleo diesel.

POTENCIAL DE USO DA ESPÉCIES DO CERRADO

O pequi já foi industrializado, sendo o seu óleo enlatado e comercializado. A polpa e o óleo da macaúba são utilizados na fabricação de sabão de coco. O palmito da guariroba, de sabor amargo, começou a ser comercializado em conserva recentemente, à semelhança do palmito doce.

Frutas Nativas: Aproveitamento Alimentar

Annona crassiflora Mart. -

Marolo

Annona Coriacea Mart. -

Marolo, Ararticum-do-campo

Árvore comum no Cerrado com até 8 m de altura. Os frutos, com peso médio de 2 kg, apresentam aroma bastante forte e são muito apreciados pela população. A polpa doce e amarelada é consumida ao natural ou sob a forma de doces, geléias, sucos, licores, tortas, iogurtes ou sorvetes. Cada 100 g de polpa contém: 52 calorias, 0,4 g de proteína; 52 mg de cálcio

Araticum - Processamento

Os frutos podem ser coletados de janeiro a março, quando caem são perecíveis e devem ser imediatamente processado – podem ser coletado na árvore de vez – de 2 a 4 dia está maduro

Depois de maduro, separa-se os gomos da semente – podem ser consumido imediatamente ou armazenado – dura até 1ano sem perder o sabor

araticum-seco

Hancornia speciosa Gomes - mangaba

APOCYNACEAE

Árvore de até 7 m, melífera, laticífera e ornamental. O nome mangaba em tupi-guarani significa "coisa boa de comer". Os frutos apresentam peso variado de 30 a 260 g. Quando maduras, são consumidas pela população, ao natural ou sob a forma de suco, doces, compotas ou sorvetes. 100 g de polpa contém 60 calorias; 0,69% de lipídios; cálcio; 24 mg de fósforo; 2,3 mg de ferro; 21 mg de vitamina C; 50 mg de vitamina A; 0,04 mg de vitamina e 1,31% de proteína

Mangaba - Processamento

Os frutos maduros de coloração esverdeada são coletados no chão ou na árvore de outubro a dezembro – os frutos semimaduros devem ser colocados em caixas de papelão ou madeira destapado em local ventilado – 7 dias estão maduros - evitar de por em sacos plásticos pois ficam amargos

Depois de maduros são muitos perecíveis, a polpa pode ser imediatamente consumida ou armazenada em refrigeração

Caryocar brasiliense Cambess. - Pequí

CARYOCARACEAE

Árvore de até 7 m de altura, melífera e ornamental. O fruto com casca pesa, em média, 120 g, representando a polpa 7%. Essa polpa, rica em caroteno, é amarela e gordurosa. Dela, extrai-se um óleo também amarelo cujos componentes são saturados, sendo muito utilizado na culinária regional. Já o óleo da amêndoa, apresenta teor maior em ácidos insaturados. Como medicinal, misturado ao mel de abelha, é usado na forma de expectorante em casos de bronquites. Na indústria cosmética, fabricam-se cremes para a pele, tendo o óleo de piqui como componente

Pequí - Processamento

Os frutos jovens e maduros possuem coloração verde. Os maduros tem forte aroma e podem ser coletado no chão de outubro a janeiro – também pode ser coletado semimaduro e colocado em saco plástico por uns 4 dias

As cascas dos frutos maduros são solta facilmente – assim são liberados em forma de caroço com uma massa amarela por cima – que é a parte comestível – esses caroços podem ser cozidos em água e consumidos com farinha ou cozida no arroz.

Pode ser conservado na saulmora, ou em óleo, ou refrigerado em saco plástico, ou sob a forma de farinha

- 80% do fruto não é comestível – podendo ser usado na fabricação de ração

Eugenia dysenterica DC -

Cagaita

MYRTACEAE Árvore melífera e ornamental de até 10 m de altura. Na época seca, as folhas caem e são substituídas por folhas novas avermelhadas e flores alvas, abundantes e perfumadas. A casca é utilizada pela indústria de curtume. É uma das corticeiras do Cerrado, com 1 a 2 cm de espessura de casca. Os frutos, com cerca de 90% de suco, são consumidos ao natural, mas se estiverem fermentados ao sol, funcionam como laxante, daí, a origem dos nomes popular e científico. A polpa é usada para doces, geléias, sorvetes e sucos. É fonte de vitamina C.

Dipteryx alata Vog. - Barú

LEGUMINOSAE Árvore de até 15 m de altura, ornamental e madeireira. Na alimentação humana, tanto é utilizada a polpa quanto a amêndoa. A semente tem sabor semelhante ao do amendoim e pode ser consumida ao natural ou torrada e também sob a forma de pé-de-moleque e paçoquinha. 100 g de polpa contém: 310 kcal. A amêndoa é rica em cálcio, fósforo e manganês, apresenta 560 kcal em 100 g, com 42% de lipídios e 23% de proteína. O óleo é rico em ácidos graxos insaturados (80%), sendo o ácido oléico seu principal componente (44%).

Barú - Processamento

Os frutos maduros apresentam coloração marrom e são coletados no chão ou semimaduros, na árvore entre julho e setembro – a polpa é raspada com faca – marrom e doce. Pode ser consumido ao natural ou sob a forma de geléia e licor e também serve de alimento para animais.

Depois de tirara a polpa quebrar o caroço – amêndoas são usadas para enriquecer pães, bolos, sorvetes, acompanhar aperitivos, paçoquinhas etc.

Mauritia flexuosa Linn. F. - Buriti

ARECACEAE

Palmeira de até 15 m de altura, ornamental, muito utilizada no artesanato regional. Na alimentação popular, a polpa amarelo-ouro, pode ser consumida ao natural ou utilizada para fabricar doces, sorvetes e cremes. A polpa corresponde a 30% do fruto e contém 23% de óleo; é rica em pró-vitamina A. Seu óleo contém alto teor de ácido oléico e ácidos insaturados. Esse óleo, ao natural, pode ser usado como protetor solar, uma vez que absorve completamente as radiações de comprimento de onda entre 519 e 350nm, as mais prejudiciais à pele humana

Buriti - Processamento

Os frutos jovens possuem escamas com coloração marrom-clara. Os maduros as escamas são escuras, quase negras, caem do cacho de outubro a março devem ser coletados no chão. Para amolecer a polpa colocar numa vasilha com água ou armazenar em saco plástico dois a quatro dias. Com a polpa pode se fazer geléias, cremes, doce, sorvetes, picolé – para armazenar pode secar a polpa ao sol e conservar em vasilhame. Para utilizar só hidratar com água ou leite.

LEGUMINOSAE

Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne - Jatobá

Árvore de até 8 metros. Os frutos maduros tem cheiro forte, mas a farinha pode ser usada em pães, bolos, sorvetes, aumentando o valor nutritivo, já que é rica em cálcio e fibras.

Jatobá - Processamento Os frutos maduros de cor escura são coletados de junho a dezembro, quebrar a casca e retira-se a polpa amarela. Bater no liquidifcador e depois penerara. Obtem-se uma farinha adocicada com forte sabor, que pode ser usada na confecção de pães, bolinhos, bolos, mingaus, entre outros.

Alternativa para uso da casca ???

Jatobá - Processamento

ARECACEAE

Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd- Macaúba

Palmeira com caule densamente espinhoso de até 10 metros de altura. O óleo extraído dos frutos dessa planta foi bastante estudado durante os anos da crise do petróleo, como fonte alternativa para a substituição do óleo diesel, e mostrou grande viabilidade técnica. Esse mesmo óleo pode ser usado para a fabricação de sabões.

Macaúba - Processamento Os frutos maduros de cor amarelo-esverdeada podem ser coletados no chão de maio a janeiro. Nessa fase, exala aroma característico e a casca solta facilmente da polpa. A poupa pode ser consumida ao natural ou usada em vitaminas, doces, sorvetes, cremes, bolos e geléias. Pode ser conservada em sacos plástico sob refrigeração. A amêndoa pode ser consumida in natura ou na forma de paçocas. Outros usos: planta melífera, ornamental, medicinal e industrial

Araçá - fruto arredondado, de coloração verde, amarela ou vermelha de acordo com a espécie, com polpa branco-amarelada ou avermelhada, com polpa aromática, contendo várias sementes. O araçá muito se parece com uma pequena goiaba, porém é mais ácido e possui perfume diferente. Embora pouco conhecida, a marmelada de araçá é , para muitos, mais saborosa que a tradicional goiabada.

Psidium sp

MYRTACEAE

Cabacinha do campo – pequena fruta em forma de pera, de casca pardo-amarelada , com polpa carnosa, suculenta, ácida e muito aromática, contendo de 1 a 4 sementes. A cabacinha é fruto de vegetação rasteira, com pouco mais de 1m de altura, presente nos campos cerrados. Embora rara, é muito apreciada pela população local

Eugenia klotzschiana Berg.

MYRTACEAE

Cabeludinha - fruta pequena, do tamanho de uma cereja,com casca amarela quando madura, levemente aveludada, contendo 1 ou 2 sementes grandes. A polpa é sumarenta, adocicada, levemente ácida, como um delicioso licor sem alcóol e com alto teor de vitamina C.

Myrciaria glazioviana

MYRTACEAE

Curiola ou Guapeva - fruta arredondada, com casca amarela quando madura, polpa branca , contendo uma única semente. A árvore da curiola ocorre à beira de rios e lagos, onde poderemos saborear seus deliciosos frutos.

Pouteria ramiflora Radlk

SAPOTACEAE

Fruta-de-lobo - Fruto globoso, de formato semelhante a uma maçã, amarelo quando maduro, com polpa aromática e amarelada , envolvendo várias sementes. Recebe este nome por ser o alimento preferido do lobo-guará , embora, para o homem, o consumo in natura seja controverso. Depois de maduros, os frutos se prestam para o preparo de doces e podem também ser misturados às goiabadas ou marmeladas.

Solanum lycocarpum Saint Hilaire.

SOLANACEAE

Mama-cadela - pequeno fruto globoso, alaranjado quando maduro, com polpa esponjosa, suculenta e adocicada. Seu nome vem da semelhança entre a disposição dos frutos pendurados ao longo dos ramos e a disposição enfileirada das tetas de uma cadela. Na época da frutificação, as crianças correm a procurar estas pequenas delícias, para elas, verdadeiros chicletes naturais

Brosimum gaudichaudii Trécul

MORACEAE

Marmelada nativa - fruto globoso, com casca lisa, negra quando maduro, com polpa comestível, também de coloração negra, envolvendo várias sementes. Seu nome deve-se ao sabor semelhante ao doce de marmelo ou marmelada, ainda que consumida ao natural.

Alibertia edulis L. Rich.) A. Rich.

RUBIACEAE

Murici - pequeno fruto arredondado, com cerca de 3cm de diâmetro, de coloração alaranjada, com polpa carnosa e translúcida e sementes verdes. Se amassados em água, para desprender as sementes, e misturados com farinha, os muricis compõem um nutritivo prato muito apreciado pela população local : a cambica de murici

Byrsonima verbascifolia Rich

MALPIGHIACEAE

Perinha - fruto arredondado, rugoso esverdeado quando jovem e liso de coloração amarela quando maduro, com polpa carnosa, amarela, aromática, que envolve de 1 a 3 sementes. Muito semelhante à uvaia, em formato e sabor levemente ácido, difere-se desta pelo tamanho um pouco maior. Pode ser saboreada in natura ou na forma de deliciosos sucos e sorvetes.

Eugenia lutescens Camb

MYRTACEAE

Guavira - Arbusto ou subarbusto de 0,3 a 1,5 m de altura, Fruto baga com cerca de 1 a 2 cm de diâmetro, amarelo-esverdeada, arredondada, coroada pelos lobos do cálice. Muito usado pela população regional em natura ou na forma de geléias, sucos, licores e sorvete

Campomanesia

pubescens O. Berg.

MYRTACEAE

Caqui do cerrado - A arvore atinge 4 a 7 metros, tem copa globosa e densa, O fruto é uma baga globosa com casca grossa e dura de coloração verde-amarelado quando maduro. A polpa é um arilo branco que envolve 6 a 8 sementes castanhas por fruto. O sabor é adocicado

Diospyros hispida

Fruta dos deuses

EBENACEAE

Cajuzinho - Flores pequenas,

brancas a rosadas, Fruto castanha

com receptáculo avermelhado. um

fruto que apresenta as mesmas

características do caju. A diferença

está mesmo no tamanho

ANACARDIACEAE

Anacardium humile A. St.-Hil.

- Cajuzinho

Jenipapo - Os frutos, que são ricos em fibras e em ferro, são colhidos

quando atingem a maturação adequada e caem naturalmente da planta. O

jenipapo raramente é consumido tal como se encontra na natureza. É servido

passado na frigideira com manteiga e depois adoçado com bastante açúcar e

pó de canela. O fruto maduro de sabor doce acidulado e aroma forte bem

característico é muito empregado na confecção de compotas, doces

cristalizados, sorvetes, refrescos e, especialmente, na produção do saboroso

licor de jenipapo. O vinho, também muito apreciado, pode ser obtido por

fermentação. A casca e os frutos verdes também contêm substância corante

violeta ou azul-escuro; o óleo essencial pode ser extraído das flores, que são

muito aromáticas.

Genipa americana L.

- Jenipapo

RUBIACEAE

Ananás - semelhante ao abacaxi comercializado so com sementes

Ananás – abacaxi do

cerrado

BROMELIACEAE

Faveiro - Arvore de 6 metros de altura. A utilização de gomas de sementes tem trazido muitos benefícios à indústria de medicamentos e cosmético – restira-se a rutina

Dimorphandra Mollis, Benth.

LEGUMINOSAE

Cooperativa Sertão Grande – Norte de Minas gerais - A compra de volumes de seis espécies de frutos do Cerrado para o beneficiamento e comercialização gerou, em quatro safras, cerca de R$ 125 mil aos agricultores extrativistas, podendo chegar a, aproximadamente, R$ 1.700,00 por extrativista/safra. Apenas nas comunidades de Campos e Abóboras, foi gerada uma renda de R$ 7.136,00 pela entrega de frutos do Cerrado à Grande Sertão ao longo de quatro safras, entre 2002 e 2006, o que se mostra de grande significância para comunidades rurais da região.

GERAÇÃO DE RENDA

Pequi - Cada planta adulta poderá produzir, em média, até dois mil frutos por safra. O preço do litro de caroços de pequi, com aproximadamente 17 unidades, tem sido comercializado no varejo, em feiras livres e Ceasa-DF, ao preço que varia entre R$1,50 a R$3,00. A frutificação ocorre normalmente aos cinco anos após o plantio.

GERAÇÃO DE RENDA

Marolo - A germinação das sementes é demorada. Para acelerá-la, deve-se colocar as sementes em imersão, em uma solução de ácido giberélico, na concentração de 1,0g por litro de água, por um período de 36 horas. Prefere clima quente com pouca chuva e estação seca bem definida. Pode começar a produzir em três anos após o plantio.

CULTIVO

Jatoba - As sementes devem ser escarificadas mecanicamente e imersas em água por 24 horas antes da semeadura. O crescimento da planta é lento.

Cagaita - No viveiro e no campo, após o plantio, as mudas mostram um rápido crescimento e aos quatro anos de idade já iniciam a frutificação.

CULTIVO

Buriti - A germinação é lenta e irregular. No período de 60 dias germinam cerca de 30% e mais 30% germinam aos 10 meses após a semeadura. As mudas podem ser produzidas em laboratório através da cultura de embriões. O crescimento da planta é lento.

Guavira- À semelhança da mangaba, suas sementes perdem rapidamente o poder germinativo. Por isso, devem ser semeadas logo após a sua extração dos frutos. Pode ser cultivada em canteiros

CULTIVO

Macaúba - A germinação é baixa e irregular. No período de 200 até 360 dias, germinam cerca de apenas 40%. A produção de frutos inicia-se aos seis anos após o plantio

Pequi - Como todas as fruteiras nativas do Cerrado, as mudas de pequi devem ser produzidas em viveiros a .céu aberto., logo após a coleta dos frutos, em meados da estação chuvosa e o plantio pode ser feito no início da estação chuvosa seguinte. A planta prefere regiões quentes, sendo ideais as regiões norte e centro-oeste do Brasil. A germinação das sementes é demorada. Para acelerá-la, deve-se colocá-las em imersão, em uma solução de ácido giberélico, na concentração de 0,5g por litro de água, por um período de 48 hora

CULTIVO

Barú - O índice de germinação da semente é superior a 90%. No viveiro e no campo, após o plantio, as mudas mostram um rápido crescimento e aos quatro anos já iniciam a frutificação

CULTIVO

Mangaba - As sementes perdem rapidamente o poder germinativo. Por isso, devem ser semeadas logo após a sua extração dos frutos. O uso de calcário e o excesso de irrigação e/ou matéria orgânica no substrato, para a formação de mudas, prejudica o desenvolvimento delas, além de favorecer o ataque de doenças do sistema radicular. A frutificação ocorre normalmente aos cinco anos após o plantio