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INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL
FRUTOLIGOSSACARÍDEO EM DIETAS COM FENO DE ALFAFA
PARA LEITÕES: DESEMPENHO, MICROBIOTA E HISTOLOGIA
INTESTINAL
JOEL ALBERTO PREZZI
Nova Odessa - SP Fevereiro - 2011
ii
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS
INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL
FRUTOLIGOSSACARÍDEO EM DIETAS COM FENO DE ALFAFA PARA LEITÕES:
DESEMPENHO, MICROBIOTA E HISTOLOGIA INTESTINAL
Orientado: Joel Alberto Prezzi Orientador: Fábio Enrique Lemos Budiño
Nova Odessa - SP Fevereiro, 2011
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Sustentável.
iii
Ficha elaborada pelo Núcleo de Informação e Documentação do Instituto de Zootecnia
Bibliotecária responsável – Ana Paula dos Santos Galletta - CRB8/7166
P946a Prezzi, Joel Alberto
Frutoligossacarídeo em dietas com feno de alfafa para leitões: desempenho, microbiota e histologia intestinal / Joel Alberto Prezzi. Nova Odessa - SP, 2011.
49p. : il.
Dissertação (Mestrado) - Instituto de Zootecnia. APTA/SAA. Orientador: Fábio Enrique Lemos Budiño.
1. Nutrição animal. 2. Suinocultura. 3. Fisiologia animal. I.
Budiño, Fábio Enrique Lemos. II. Título.
CDD 636.2
iv
v
A Deus pela constante presença
e por guiar todos os meus passos.
A meus pais, Denise Cristina Galhani Prezzi e
Laudares Abel Prezzi, por serem meus grandes
alicerces e por me amarem tanto.
DEDICO!
vi
Ao meu tio Miguel Ronaldo Galhani,
pelo apoio e incentivo.
Aos meus sinceros e nobres amigos,
que não me atreverei a citar nomes,
assim evitando o equívoco de acabar esquecendo de alguém.
A minha companheira incentivadora,
Juliana Aparecida Camargo, que me apóia e se dedica incondicionalmente.
OFEREÇO!
vii
AGRADECIMENTOS
Ao Instituto de Zootecnia, pela oportunidade de realização e concretização do
mestrado.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela concessão
da bolsa de estudo e auxílio à pesquisa.
Ao professor Fábio Enrique Lemos Budiño, pela orientação, dedicação, confiança e
amizade.
À professora Keila Maria Roncato Duarte, pela amizade e incentivo durante todas as
etapas do trabalho.
À pesquisadora e aluna de mestrado Daniela Junqueira Rodrigues, pela amizade e
parceria no projeto e experimentos.
Ao técnico do laboratório de histologia, da FZEA/USP, Nilton Pedro do Santos, pelo
auxílio e ensinamentos nas análises histológicas.
À pesquisadora do Instituto Biológico, Simoni Miyashiro, pela ajuda nas análises
microbiológicas.
Aos funcionários da fábrica de ração do Instituto de Zootecnia e Roseli Aparecida
Bosquero, funcionária do Setor de Suinocultura, pela ajuda durante a fase experimental do
projeto.
Aos colegas e parceiros de mestrado José Evandro de Moraes, Ivana Lícia de Campos
e Juliano Issakowicz, pelo apoio e carinho.
A todos aqueles anônimos nesta seção, que de alguma forma contribuíram para a
realização deste trabalho.
viii
SUMÁRIO
RESUMO Ix
ABSTRACT X
1 – INTRODUÇÃO 11
2 – REVISÃO DE LITERATURA 13
2.1 – Microbiologia do Trato Gastrintestinal do Leitão 14
2.2 – Prebiótico 16
2.3 – Alfafa 19
2.4 – Histologia Intestinal 20
3 – MATERIAIS E MÉTODOS 22
3.1 – Desempenho 22
3.2 – Microbiologia Intestinal 27
3.2.1 – Isolamento e Bioquimismo 27
3.2.2 – Reação da Polimerase em Cadeia (PCR) 27
3.2.3 – Contagem de Coliformes Fecais 28
3.3 – Histologia Intestinal 28
3.4 – Avaliação Econômica 29
3.5 – Delineamento Experimental 30
4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO 31
4.1 – Desempenho 31
4.2 – Análise Microbiológica Intestinal 36
4.3 – Análise Histológica Intestinal 38
4.4 – Avaliação Econômica da Utilização das Dietas 40
5 – CONCLUSÕES 42
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
ix
FRUTOLIGOSSACARÍDEO EM DIETAS COM FENO DE ALFAFA PARA LEITÕES: DESEMPENHO, MICROBIOTA E HISTOLOGIA INTESTINAL
RESUMO: Com o objetivo de verificar o efeito da adição do prebiótico frutoligossacarídeo (FOS) em rações contendo feno de alfafa sobre o desempenho, incidência de diarréia, microbiologia e histologia intestinal, foi realizado um experimento no Setor de Suinocultura do Instituto de Zootecnia/APTA/SAA. Foram utilizados 72 leitões, cruzados, de ambos os sexos, com peso inicial de 5,95 ± 0,73 kg, com idade aproximada de 21 dias. Foram testados os tratamentos: T1 - Ração basal + 0% FOS; T2 – Ração basal + 0,3% FOS; T3 – Ração com 5% de Alfafa + 0% FOS; T4 – Ração com 5% de Alfafa + 0,3% FOS; T5 – Ração com 10% de Alfafa + 0% FOS; T6 – Ração com 10% de Alfafa + 0,3% FOS. Foram avaliados ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e a ocorrência de diarréia nos primeiros 15 dias de experimento, ao final do período experimental um leitão por repetição foi abatido para a coleta de amostras para as análises de microbiologia (Salmonella e Escherichia Coli) e histologia intestinal (altura de vilosidades e profundidade de criptas). No período total, o ganho de peso não demonstrou diferença (P>0,05) entre os tratamentos. O grupo que consumiu ração com adição de 0,3% de FOS apresentou maior consumo de ração em relação ao grupo controle (0,0% FOS), entre os níveis de inclusão de alfafa também foram evidenciadas diferenças (P<0,01). Em relação à conversão alimentar, observou-se melhora (P<0,05) nas dietas que não possuíam inclusão de FOS em todos os períodos, porém, não houve diferença significativa entre a dieta controle e as demais dietas em relação aos níveis de alfafa. A análise para E. Coli também não mostrou diferença estatística entre os níveis de FOS e os níveis de alfafa. Para profundidade de cripta não ocorreu diferença (P>0,05) entre os tratamentos. Já para altura de vilosidade e a relação altura de vilosidades/profundidade de criptas, o grupo sem a adição de FOS não mostrou diferença (P>0,05), porém, o grupo suplementado com 0,3% de FOS mostrou uma melhora significativa em relação aos níveis de 5% e 10% de alfafa. Concluímos que a inclusão de FOS e feno de alfafa não mostraram alteração na microbiologia. No período total, o nível de 5% de feno de alfafa foi favorável no desempenho e histologia intestinal. Economicamente a inclusão do FOS e do feno de alfafa não limita sua utilização. Palavras-Chave: análise econômica, consumo de ração, conversão alimentar, E. Coli, ganho de peso, vilosidades.
x
FRUCTOOLIGOSACCHARIDES IN DIETS FOR ALFALFA HAY WITH PIGLETS: PERFORMANCE, MICROBIOLOGY AND INTESTINAL HISTOLOGY
ABSTRACT: Aiming to verify the effect of the addition of the prebiotic frutooligosaccharide (FOS) in rations with alfalfa hay on the performance, diarrhoea incidence, intestinal microbiology and histology, an experiment was allocated in the Suinoculture of the Instituto de Zootecnia/APTA/SAA. Seventy-two piglets were used, crusades, of both sex, weighting 5.95 ± 0.73 kg approximately, with approximate age of 21days. It was tested the treatments: T1 - Basal ration + 0% FOS; T2 - Basal ration + 0.3% FOS; T3 - Ration with 5% of Alfalfa + 0% FOS; T4 - Ration with 5% of Alfalfa + 0.3% FOS; T5 - Ration with 10% of Alfalfa + 0% FOS; T6 - Ration with 10% of Alfalfa + 0.3% FOS. It was evaluated the weight gain, the feed intake, the feed gains ratio and the diarrhoea occurrence in the first 15 days of experiment, at the end of the experimental period a piglet for repetition was slaugthered for the collection of samples for the microbiology analyses (Salmonella and Escherichia Coli) and intestinal histology (villus height and depth of crypts). In the total period, the weight gain did not demonstrate difference (P>0,05) among the treatments. The group that consumed diet with addition of 0.3% of FOS presented a larger ration consumption in relation to the control group (0,0% FOS), among the levels of alfalfa inclusion differences were also evidenced (P <0.01) in relation to the alimentary conversion, it was observed improvement (P <0.05) in the diets that did not contain the inclusion of FOS in all of the periods, however, there had no significant difference among the control diet and the other diets in relation to the alfalfa levels. The analysis for E. Coli also did not show statistical difference between the levels of FOS and the alfalfa levels. For crypt depth it did not occur difference (P>0.05) among the treatments. For villus height and the relationship height of villus/depth of crypts, the group without the addition of FOS did not show difference (P>0.05), however, the group supplemented with 0.3% of FOS showed a significant improvement in relation to the levels of 5% and 10% of alfalfa. We concluded that the inclusion of FOS and alfalfa showed no change in microbiology. For the whole period, the 5% level of alfalfa hay was favorable in performance and intestinal histology. Economically the inclusion of FOS and alfalfa hay does not limit its use. Keywords: economic analysis, E. Coli, feed gains ratio, feed intake, villous, weight gain.
11
1 - INTRODUÇÃO
O dado mais recente encontrado no Anuário 2011 da Suinocultura Industrial descreve
que o preço do suíno vivo nas principais regiões produtoras apresentou uma recuperação de
14,3% (comparação entre médias de janeiro a novembro nos Estados de Goiás, Minas Gerais,
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo).
O mercado interno deve manter-se aquecido ao menos nos próximos dois anos. Pode
se somar a isso a deterioração das condições no mercado externo. Do ponto de vista do
consumo, a carne suína in natura perdeu competitividade frente à carne de frango e sofreu
uma elevação de preço menos intensa do que a carne bovina. Isso reflete as condições
estruturais sobre oferta de frangos de corte e de internacionalização do preço da carne bovina.
Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (dezembro de 2010), a carne suína é
a mais produzida no mundo, abrangendo 40,41% do mercado.
Um dos maiores problemas da suinocultura moderna é a criação do leitão recém
desmamado. Este animal, acometido de estresse pela ausência da mãe, e principalmente pela
mudança de dieta (líquida para sólida), invariavelmente sofre surtos de diarréia, acarretando
um mau desenvolvimento físico ou até sendo levado ao óbito. Desta forma é de suma
importância que o pequeno produtor ou produtor familiar também tenha acesso às mais novas
técnicas de prevenção deste tipo de problema, haja vista que o leitão é o principal personagem
da suinocultura, determinante do lucro ou do prejuízo desta exploração.
Novas normas mundiais proibiram desde janeiro de 2006, o uso de antibióticos, em
baixas dosagens como promotoras de crescimento, na dieta de suínos, na Comunidade
12
Européia. Este fato já está tendo reflexo também no Brasil que estará impossibilitado de
exportar carne suína caso não se adapte a estas normas. Contudo, entre os promotores de
crescimento existem outros produtos, que não são antibióticos e que não foram proibidos.
Como exemplo, os prebióticos.
Outro fator importante é o estudo de novas fontes e ingredientes a serem usadas para a
nutrição animal, bem como na nutrição de suínos. A possibilidade de se usar forragens e
outros volumosos como fonte de nutrientes em rações, já vem sendo amplamente pesquisada.
Neste sentido a investigação e a pesquisa focadas em solucionar estas questões são
necessárias e inevitáveis, pois a criação de suínos sem a presença de promotores de
crescimento, inexoravelmente, atingirá tanto o pequeno quanto o grande produtor. Além
disso, a utilização, por parte de pequenos produtores, de alimentos fibrosos na dieta de suínos
é uma realidade cada vez mais frequente.
São esses fatores que levaram a propor a pesquisa com o objetivo de unir o aspecto da
substituição de antibióticos por prebióticos (frutoligossacarídeo – FOS), com a inclusão de
fibra, no caso o feno de alfafa na dieta de suínos (leitões dos 6 aos 30 kg de PV), e a análise
sobre o desempenho, incidência de diarréia, microbiologia e histologia intestinal, bem como a
análise econômica das dietas.
13
2 - REVISÃO DE LITERATURA
A microbiota benéfica auxilia na digestão e absorção de nutrientes, produzindo
vitaminas que serão utilizadas pelo hospedeiro e inibem a proliferação de agentes patogênicos
(ROY e GIBSON, 1998). Em condições de estresse (mudança da dieta, alterações climáticas,
densidade elevada, ventilação deficiente ou qualquer outra situação desfavorável), a flora
intestinal sofre alterações, as bactérias benéficas sofrem grande diminuição, aumentando, por
sua vez, as patogênicas que causam lesões na mucosa intestinal e geram metabólitos tóxicos
ao hospedeiro, além de se estabelecer uma condição mais propícia para o aparecimento de
enfermidades. Estas alterações provocam quedas imediatas nos parâmetros de desempenho
animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
Antibióticos e quimioterápicos são considerados os promotores de crescimento
tradicionais para aves e suínos. Um grande número de substâncias teve sua eficácia
comprovada em melhorar a produtividade dos animais ao longo das últimas cinco décadas e
seu uso como aditivo de rações é generalizado. A melhoria no desempenho dos animais é
atribuída à ação desses produtos sobre os microrganismos da flora intestinal (MENTEN,
2001).
Porém, o uso de antimicrobianos nas dietas animais vem sendo questionado em vários
países da Comunidade Européia. A razão desta discussão está relacionada com a possibilidade
de eles serem tóxicos e/ou cancerígenos, comprometendo a saúde humana, quando seus
resíduos estiverem presentes em produtos alimentícios de origem animal, causando também
problemas de resistência cruzada aos antibióticos (PENZ Jr, 2003).
14
Por este motivo, tornou-se crescente a restrição ou proibição de uso dos antibióticos
como promotores de crescimento nas rações animais em vários países do mundo, sendo que
na Europa já está proibido o uso da virginiamicina, da bacitracina de zinco, da espiramicina e
da tilosina (BEST, 1999).
Baseando-se em novos conceitos de segurança alimentar, produtos alternativos aos
antibióticos foram pesquisados e desenvolvidos (MILTENBURG, 2000). O uso destes visa,
igualmente, a obter o máximo desempenho produtivo animal, com o diferencial de
disponibilizar ao mercado um produto final saudável (ausência de resíduos de drogas), sem
representar riscos à saúde do consumidor (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
Nesta nova geração de produtos encontram-se os probióticos (Lactobacillus spp.,
Bacillus spp., Saccharomyces cerevisiae, etc), os prebióticos (oligossacarídeos) que podem
ser obtidos na forma natural em sementes e raízes de alguns vegetais como a chicória, cebola,
alho, alcachofra, aspargo, cevada, centeio, grãos de soja, grão-de-bico e tremoço. Também,
podem ser extraídos por cozimento ou através de ação enzimática ou alcoólica. Há, também,
os oligossacarídeos sintéticos obtidos através da polimerização direta de alguns dissacarídeos
da parede celular de leveduras ou fermentação de polissacarídeos (SILVA e NÖRNBERG,
2003). E os simbióticos (pro + prebiótico em um só produto).
2.1 - Microbiota do Trato Gastrintestinal do Leitão
Após o nascimento, as superfícies e mucosas dos animais, que em condições fetais são
estéreis, rapidamente sofrem colonização por diversos microrganismos, seguindo uma
sequência e duração determinadas para cada espécie, bem como, diferindo entre espécies e/ou
grupos de animais (SILVA e NÖRNBERG, 2003). Nos mamíferos a inoculação se dá no
momento do parto, por ação do muco vaginal de fêmeas sadias, e via amamentação. Em
leitões foi relatada a presença de E.coli no intestino duas horas após o parto, enquanto que
bactérias benéficas como o Lactobacillus spp. só foram observadas após 18 horas
(BERTECHINI e HOSSAIN, 1993).
Estima-se que 90% da área do intestino de um animal adulto sejam habitadas por mais
de 400 espécies diferentes de microrganismos, o que representa 10 vezes mais bactérias no
trato digestivo do que células no corpo do hospedeiro (SILVA e NÖRNBERG, 2003). A
composição da microbiota é regularmente constante e as características para cada espécie de
hospedeiro podem ser afetadas pela idade, dieta, ambiente, estresse e medicamentos
(FULLER, 1989).
15
Fatores fisiológicos e ambientais têm importante papel na estabilização da microbiota
intestinal e no estabelecimento de uma população nativa. O pH relativamente alto no
estômago de leitões logo após o nascimento deve-se à insuficiente secreção de ácido
clorídrico, o que permite que bactérias tolerantes ao pH alto colonizem diferentes seções do
trato intestinal. Em leitões lactentes, o pH decresce devido à produção de ácido láctico e
somente bactérias resistentes ao ambiente ácido persistem e proliferam no intestino proximal,
ocasionando maior proteção contra a penetração de patógenos sensíveis ao meio ácido
(RADECKI e YOKOYAMA, 1991).
Parte da seleção da microbiota do intestino é química, devido a agentes inibitórios
como: ácidos graxos voláteis, ácido sulfídrico, bile, lisozimas, lisolectinas e imunoglobulinas.
Quando as bactérias se sobrepõem a estas barreiras, devem ainda lutar contra o fluxo
constante resultante dos movimentos peristálticos. As bactérias permanecem no intestino pela
adesão às células epiteliais que revestem o intestino ou crescendo mais rapidamente do que
são removidas pelo peristaltismo (BERTECHINI e HOSSAIN, 1993).
A microbiota do intestino delgado do leitão é dominada por espécies aeróbicas e
anaeróbicas facultativas, na qual o Lactobacillus e o Streptococcus são as espécies
predominantes, em densidades de 107 a 109 UFC.g-1 de mucosa. Os Bifidobacterium estão
presentes ao longo do trato gastrintestinal do leitão, em densidade populacional de 104 a 106
UFC.g-1 de mucosa estomacal e 108 UFC.g-1 de mucosa da porção distal do intestino delgado.
A microbiota do ceco e cólon contém quantidades similares de Lactobacillus, Bifidobacterium
e Enterococcus, além de Bacteróides e Eubacteriaceae e quantidades variáveis de E.coli.
(JOHNSSON e CONWAY, 1992). Estes microrganismos podem ter diferentes posições no
lúmen intestinal do leitão. Algumas famílias podem estar localizadas no próprio lúmen,
geralmente estas são mortas e eliminadas. Algumas podem estar no muco, esta é a maior parte
dos agentes ativos, sendo o muco o seu ambiente nutritivo. Finalmente, algumas aderem a
células do intestino, representando alguns grupos patogênicos (TOURNUT, 1998). Entretanto
as espécies de Lactobacillus, que são benéficas, também possuem o comportamento de se
ligar à superfície do epitélio, além de serem exclusivas para determinado hospedeiro não
colonizando outra espécie animal (TANNOCK, 1997).
Para a classificação dos microrganismos em patogênicos e não-patogênicos deve-se
observar que dentro dos grupos ou gêneros de bactérias pode haver espécies com propriedades
antagônicas. Gibson e Roberfroid (1995) citados por Menten (2001) apresentaram um
esquema generalizado de bactérias colônicas de humanos que têm efeitos benéficos ou
prejudiciais. Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus, Clostridium, Enterococcus e E.coli
16
foram incluídas nas patogênicas. Por outro lado, Enterococcus, E.coli, Streptococcus e
Bacteróides também podem ter características benéficas como inibição do crescimento de
bactérias prejudiciais, estímulo da imunidade e auxílio na digestão. Organismos estritamente
benéficos que apresentam as características acima são Lactobacillus, Eubacterium e
Bifidobacterium.
O equilíbrio da relação entre a microbiota normal e o hospedeiro é um fator bastante
delicado. Condições que afetam adversamente o hospedeiro podem facilmente resultar no
aparecimento de doenças causadas por membros da microbiota (TANNOCK, 1997).
2.2 - Prebióticos
Os prebióticos são ingredientes não digestíveis que não são hidrolisados e nem
absorvidos na porção superior do trato gastrintestinal e que afetam beneficamente o
hospedeiro, por estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de bactérias desejáveis,
melhorando o perfil da microbiota (ROY e GIBSON, 1998). Os principais representantes
destas substâncias são alguns oligossacarídeos não-digestíveis que agem diretamente no trato,
impedindo o estabelecimento de alguns microrganismos patogênicos, bem como induzindo
melhoras na morfologia intestinal, uma vez que provocam um aumento na área de absorção e
diminuição do “turnover” das células epiteliais (HOUDIJK et al., 1999).
Os oligossacarídeos são carboidratos de cadeia curta, formados por 2 a 10 monômeros
de açúcar unidos por ligações glicosídicas que ocorrem pela eliminação de n-1 moléculas de
água. Muitos dos oligossacarídeos conhecidos se encontram naturalmente, outros são
produtos de hidrólise parcial, ácida ou enzimática, de polissacarídeos ou de reações de
transglicosilação, que acontecem quando outro açúcar age como aceptor em vez da água
(SILVA e NÖRNBERG, 2003). Entre os oligossacarídeos que têm sido mais estudados como
aditivos em alimentação animal estão os mananoligossacarídeos (MOS), os
frutoligossacarídeos (FOS) e os glucoligossacarídeos (GOS).
FOS são polissacarídeos ricos em frutose, podendo ser naturais, derivados de plantas
(inulina e seu produto de hidrólise parcial oligofrutose) ou sintéticos, resultantes da
polimerização de frutose (MENTEN, 2001), sendo resistentes ao ataque enzimático da alfa-
amilase, sacarase e maltase produzida por mamíferos (FISHBEIN et al., 1988).
De modo geral, as pesquisas relataram três respostas distintas quanto ao uso dos
prebióticos na alimentação animal. A primeira refere-se à modulação benéfica da microbiota
nativa presente no hospedeiro. A segunda é a sua possível ação melhoradora sobre o sistema
17
imune e sobre certos aspectos anatômicos do sistema digestivo. A terceira é consequência
direta destas duas primeiras, e demonstra a influência do uso destes compostos sobre o
desempenho animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
Os prebióticos têm sido usados com a finalidade de estimular o desenvolvimento das
Bifidobacterium e dos Lactobacillus, as quais são conhecidas pela grande capacidade de
produzirem ácido láctico e acético. A maior produção destes ácidos promove a diminuição do
pH no sistema digestivo, o que provoca inibição no desenvolvimento das populações de
bactérias nocivas, como Escherichia coli, Clostridium sp. e Salmonella sp., as quais
apresentam alta sensibilidade a ambientes ácidos (MATHEW et al., 1993).
A alteração da microbiota intestinal pelo uso de prebióticos pode ocorrer através do
fornecimento de nutrientes para as bactérias desejáveis, resultando em menor incidência de
infecções e melhor integridade da mucosa intestinal, tornando esta apta para exercer suas
funções (TUCCI, 2003).
Ainda existe a hipótese de que determinados oligossacarídeos, como a estaquiose, a
galactana e os mananos, poderiam atuar diretamente sobre a E. coli e a Salmonella sp.,
impedindo a proliferação destas populações patogênicas no sistema digestivo (SILVA e
NÖRNBERG, 2003). Este mecanismo é explicado da seguinte forma: para que as bactérias
consigam colonizar o trato gastrintestinal e criar uma condição patológica, precisam
inicialmente aderir-se à superfície epitelial. Esta adesão ocorre através de glicoproteínas
(lectinas ou fímbrias) que reconhecem determinados açúcares da superfície do epitélio
intestinal. Portanto, se eles se ligarem a um açúcar ou oligossacarídeo dietético, e não à
mucosa intestinal, irão passar com a digesta sem causar problemas digestivos aos animais
(COLLETT, 2000).
Independente do modo de ação, as respostas obtidas em experimentos têm confirmado
o efeito prebiótico para alguns dos compostos testados. Campbell et al. (1997) verificaram
que quando incluíram frutoligossacarídeo, xiloligossacarídeo ou oligofrutose na dieta de ratos,
houve redução do pH do ceco e aumento na concentração de ácidos de fermentação em
relação à dieta controle. Efeitos semelhantes foram observados por Gebbink et al. (1999), os
quais relataram redução na concentração de E.coli e aumento da concentração de
bifidobactéria no cólon distal de leitões que receberam frutoligossacarídeo na ração. Quando
foi administrada uma mistura de Lactobacillus paracasei e FOS na dieta de leitões
desmamados observou-se um aumento na colonização de lactobacilos e bifidobactéria nas
fezes destes animais em relação ao grupo controle onde o L. paracasei era fornecido sem a
18
presença do FOS, o que demonstrou um efeito sinérgico deste prebiótico (NEMCOVA et al.,
1999).
Além dos prebióticos favorecerem o desenvolvimento da microbiota benéfica, também
são relatadas algumas mudanças no sistema imune e nas características fisiológicas e
anatômicas do sistema digestivo em alguns animais. Os prebióticos atuam indiretamente no
sistema imune por promoverem o crescimento das populações de bactérias benéficas
(Lactobacillus e Bifidobacterium). Estas têm a capacidade de produzir substâncias com
propriedades imunoestimulatórias e interagir com o sistema imune em vários níveis, incluindo
a produção de citocinas, a proliferação de células mononucleares, a fagocitose macrofágica, a
eliminação e a indução da síntese de grandes quantidades de imunoglobulinas, em especial, as
IgA (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
Muitas das atividades biológicas dos prebióticos devem-se à sua função nos receptores
glicoprotéicos da superfície celular que modulam vários aspectos no sistema imune. Uma
destas funções relaciona-se à ativação de macrófagos. Isto é especialmente importante, já que
os macrófagos funcionam fagocitando bactérias e os restos celulares associados com a
inflamação de tecidos. Estes macrófagos ativados são muito mais eficientes para fagocitar
bactérias e eliminar organismos invasores (STHAL, 1992). Savage et al. (1996) ao
fornecerem 0,11% de MOS, constataram significativos aumentos nos níveis de IgG do plasma
e IgA da bile em perus.
Existem indicações de que os prebióticos teriam a capacidade de provocar
modificações benéficas nas características anatômicas do trato digestivo. Howard et al. (1993)
verificaram aumento na densidade celular e no número de células marcadas com 5-bromo-2-
deoxipridina da mucosa cecal de leitões que receberam adição de FOS em suas dietas. Neste
tratamento também foi observado maior comprimento das criptas, maior zona de proliferação
(células marcadas/densidade celular), maior número e comprimento de células marcadas das
partes proximal e distal do cólon.
De modo geral, estes resultados demonstraram que o uso de prebióticos promoveu
aumento na área de absorção de nutrientes da mucosa intestinal, o que pode ser fundamental
para um melhor desempenho animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
Em experimentos realizados com leitões recém desmamados, Gebbink et al. (1999)
observaram que o ganho de peso dos animais mantidos em creches limpas, recebendo ração
suplementada com FOS e com virginiamicina, foram 9% e 16% superiores ao tratamento
controle (sem FOS e antibiótico), respectivamente. Quando em creches sujas, os que
19
receberam FOS tiveram eficiência alimentar 14% superior ao tratamento controle e com
antibiótico.
Em estudo realizado por Houdijk et al. (1998) com leitões recebendo ração contendo
FOS (7,5 e 15g/kg), foi observada redução temporária no consumo e no ganho diário de peso.
Porém, o desempenho médio de crescimento durante todo o período experimental não foi
afetado. Esta depressão pode ter ocorrido devido a mudanças na microflora intestinal, o que
resultou em resposta imune não específica e consequente redução do consumo de ração
(SILVA e NÖRNBERG, 2003). Estes fatos demonstraram que existem níveis ideais de
consumo destes prebióticos que, quando excedidos, podem causar efeitos antinutricionais ao
animal.
Uma vez que os animais não estão em condições estressantes, supõe-se que a
microbiota está equilibrada, com ou sem fornecimento de prebiótico na dieta. Porém, quando
submetidos a estresse (ventilação deficiente, superpopulação, variações ambientais bruscas,
troca de dieta, presença de patógenos), os efeitos do fornecimento de prebióticos são positivos
(MATHEW et al., 1993; MOSENTHIN e BAUER, 2000).
Gudiel - Urbano e Goni (2002) observaram, em ratos, que receberam dieta com adição
de celulose (como fontes de fibra dietética) + FOS, apresentou um efeito positivo na atividade
enzimática de bactérias intestinais, maior do que quando adicionadas separadamente. Efeitos
semelhantes foram verificados na microbiota fecal de cães que produziram maior teor de
butirato na presença de inulina e de FOS (VICKERS et al., 2001).
Recentemente, Freitas e Jackix (2005) verificaram aumento da colonização por
bifidobactérias em hamsters alimentados com dietas contendo FOS (4,5g/100g) em relação ao
grupo controle.
Tsukahara et al. (2003) observaram aumento significativo na produção de butirato no
intestino grosso de leitões alimentados com FOS, o que se correlacionou positivamente com a
profundidade das criptas e número de células epiteliais e mitóticas.
2.3 - Alfafa
A alfafa (Medicago sativa) é uma leguminosa perene, pertencente à família
Leguminosae, subfamília Papilonoideae, originária da Ásia Menor e do Sul do Cáucaso, que
apresenta grande variedade de ecotipos. Sua característica de adaptação a diferentes tipos de
clima e solo fez com que se tornasse conhecida e cultivada em quase todas as regiões
agrícolas do mundo. É considerada a "rainha das forrageiras" pelos norte-americanos, por seu
20
elevado valor nutritivo, bem como por produzir forragem tenra e de boa palatabilidade aos
animais (EMBRAPA -2007).
A alfafa é muito nutritiva, apresentando importantes qualidades como forrageira:
proteína bruta = 22 a 25%, cálcio = 1,6%, fósforo = 0,26% e nutrientes digestíveis totais
(NDT) = 60%, níveis muito superiores aos de outras fontes de alimentos habitualmente
utilizados em nossa pecuária, como o milho (EMBRAPA – 2007).
Possui elevado teor de fibra bruta (feno = 28%), principalmente celulose e lignina, que
limita o uso em dietas para suínos. Sua constituição é variável e depende do estágio de
desenvolvimento da planta. Quanto mais madura, maior será o teor de fibra e menor o de
proteína bruta. É recomendado o uso com, no máximo, 10% de florescimento das plantas. A
proteína da alfafa possui um bom balanceamento de aminoácidos, com um razoável teor de
lisina. Entretanto sua digestibilidade é baixa, com valor próximo a 60%. A energia também
possui baixa digestibilidade em função do elevado teor de fibra. (COMPÊNDIO
BRASILEIRO DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL – 1998).
Os alimentos ricos em fibras ativam mais rapidamente o centro de saciedade cerebral
dos suínos, mediante a distensão gástrica, mas podem aumentar a taxa de passagem devido a
composição da fibra, tamanho da partícula e a quantidade ingerida. A fibra torna a digestão
dos ingredientes mais lenta. Animais com restrição alimentar qualitativa, permanecem menos
tempo em condição de estresse, devido a uma menor sensação de fome (RAMONET et al.,
1999).
O suíno é considerado como animal não-ruminante de ceco não-funcional, ao contrário
dos equinos, por exemplo, considerados de ceco funcional (CLOSE, 1994). Os componentes
dietéticos da fibra são minimamente digeridos no intestino delgado de suínos, fornecendo,
assim, substrato para a fermentação microbiana no intestino grosso.
Embora os animais não-ruminantes, como os suínos, digiram e utilizem a fração
fibrosa dos alimentos de forma diversa dos ruminantes, a fibra dietética vem sendo
considerada uma fonte alternativa de energia na alimentação desta espécie animal,
principalmente para animais destinados ao abate nas fases de crescimento-terminação e de
pós-terminação, bem como para animais destinados para a reprodução (GOMES, 2006).
2.4 - Histologia Intestinal
Cera et al. (1988) e Dunsford et al. (1989) observaram que a altura das vilosidades se
reduz ao aumentar a idade dos leitões. Hampson (1986) observou aumento, Van Beers-
21
Schreurs et al. (1998) e Dunsford et al. (1989) redução da profundidade das criptas no período
de amamentação. Em qualquer caso, as vilosidades são muito mais largas durante a lactação
que depois do desmame e as criptas não são geralmente tão profundas. Isto sugere que ocorre
balanço entre a descamação das células no extremo das vilosidades e a hiperplasia das células
da cripta, promovendo uma ótima relação entre comprimento das vilosidades e profundidade
das criptas durante a lactação.
Para Cline (1992), os leitões nascem com o trato gastrointestinal relativamente
imaturo, mas conseguem digerir eficientemente os nutrientes presentes no leite. No desmame
ocorrem mudanças na histologia e morfologia intestinal, ficando a digestão aparentemente
comprometida, entretanto os animais recuperam-se rapidamente devido aos processos normais
de maturação e indução da produção enzimática em resposta aos componentes da dieta.
Os componentes da fração fibrosa dos alimentos não são digeridos pelas enzimas
tissulares do organismo animal e, quando presentes no trato intestinal, podem afetar
diretamente as características físicas do conteúdo intestinal e, consequentemente, a própria
morfologia e histologia dos órgãos envolvidos no processo digestivo. Consequentemente, tais
estudos podem fornecer dados relevantes para uma estratégia alimentar e direcionar
adequadamente a produção suinícola, que além de se confrontar com a crescente competição
com a alimentação humana por grãos, também esbarra na limitada capacidade do trato
digestivo desta espécie animal em processar material fibroso (GOMES, 2006).
22
3 - MATERIAS E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no Setor de Suinocultura do Instituto de Zootecnia em
Nova Odessa/SP, no período de 11/03/2010 a 19/04/2010.
Foram utilizados 72 leitões, cruzados, com peso inicial de 5,95 ± 0,73 kg, com idade
aproximada de 21 dias. Os animais, em grupos de dois (1 macho + 1 fêmea) ficaram alojados
em baias coletivas construídas em estrutura metálica, com piso plástico vazado, instalado a 80
cm do piso do galpão. As baias tinham a dimensão de 1,00 x 2,00 m, possuíam comedouros
metálicos semi-automáticos, bebedouros do tipo chupeta.
Os tratamentos: T1-Ração Basal+0% de FOS, T2-Ração Basal+0,3% de FOS, T3-
Ração com 5% de Alfafa+0% de FOS, T4-Ração com 5% de Alfafa+0,3% de FOS, T5-Ração
com 10% de Alfafa+0% de FOS e T6-Ração com 10% de Alfafa+0,3% de FOS.
3.1 – Desempenho
O desempenho dos leitões foi avaliado por meio de pesagens dos animais
individualmente, feitas a cada troca de ração (21, 28 e 42 dias de idade) e no último dia do
ensaio, quando a idade do lote foi igual a 59 dias. Ao final de cada fase (correspondente ao
tempo entre o início do experimento e o final de cada período) o ganho de peso, consumo de
ração e conversão alimentar foram comparados e avaliados. O consumo de ração foi
controlado diariamente, onde a ração era fornecida a vontade e a sobra era pesada antes do
fornecimento. As dietas experimentais foram formuladas de modo a atender as exigências
nutricionais mínimas dos animais propostas pelo NRC (1998) e pela composição nutricional
23
dos alimentos apresentada por Rostagno et al. (2000). Na Tabela 1 é mostrada a composição
nutricional do feno de alfafa peletizada, utilizado nas rações. As dietas experimentais estão
apresentadas nas Tabelas 2, 3 e 4.
TABELA 1. Composição nutricional do feno de alfafa peletizada Resultados corrigidos na Matéria Seca a 105º C; Matéria Seca (MS); Resíduo da secagem da amostra em estufa a 103 - 105° C; Matéria Mineral (MM) - Resíduo da incineração da amostra em forno mufla a 500 - 550° C;
Proteína Bruta (PB) - Método de Kjeldahl (micro); Extrato Etéreo (EE) - Resíduo de substâncias solúveis em éter de petróleo; Fibra Bruta (FB) - Método por hidrólise ácida e alcalina; Fibra Detergente Ácido (FDA), Fibra Detergente Neutro (FDN) e hemicelulose - Método de Van Soest et al., 1991; Energia Bruta (EB) - Medida das calorias liberadas pela substância oxidada em Bomba Calorimétrica
Ingrediente MS à 105ºC (%)
PB (%)
FB (%)
EE (%)
MM (%)
FDA (%)
FDN (%)
Energia cal/g
Hemicelulose (%)
Alfafa (peletizada)
88,34 23,35 28,00 4,69 9,00 31,18 47,88 4275,77 16,70
24
TABELA 2. Composição percentual e níveis nutricionais das dietas: basal, alfafa (5%) e alfafa (10%). Fase pré-inicial (21 a 28 dias de idade) Ingredientes (%) Basal Alfafa 5 Alfafa 10 Alfafa (Feno) 0,000 5,000 10,000 Farelo de soja 46% 20,000 17,000 16,600 Milho grão 37,800 33,800 24,570 Açúcar 2,000 2,000 2,000 Óleo de Soja 0,200 2,000 6,500 Núcleo** 40,000 40,000 40,000 L-lisina (HCl, 78%) 0,120 0,166 L-treonina (98%) 0,040 0,080 DL-metionina (99%) 0,040 0,085 TOTAL 100,000 100,000 100,000 Nutrientes calculados Energia digestível (kcal/kg) 3.267 3.180 3.225 Proteína bruta (%) 20,822 20,095 20,148 Lisina digestível (%) 1,709 1,700 1,700 Metionina digestível (%) 0,634 0,644 0,663 Met + Cis digestível (%) 0,983 0,965 0,965 Treonina digestível (%) 1,091 1,063 1,063 Triptofano digestível (%) 0,263 0,240 0,230 Cálcio (%) 0,621 0,684 0,754 Fósforo total (%) 0,619 0,603 0,590 Sódio (%) 0,310 0,307 0,304 FDN total (%) 6,280 7,590 8,820 Incremento FDN fornecido pela alfafa (%) 0,000 1,940 3,880 *O frutoligossacarídeo foi incluído em substituição ao milho, nos tratamentos que foi testado. **Níveis de garantia por kg de ração: Vit. A – 3.0000 U.I.; Vit. D3 – 5500 U.I.; Vit. E – 187.5 mg; Vit. K3 – 12,5 mg; Vit. B1 – 5,0 mg; Vit. B2 – 12,50 mg; Vit. B6 7,50 mg; Vit. B12 – 100 mcg; Ac. Fólico - 1 mg; Ác. Pantotênico - 75 mg; Niacina – 125 mg; Biotina – 0,75 mg; Colina – 3000 mg; Cálcio(max) – 21 g; Fósforo(min) – 12,20 g; Flúor(max) – 122 mg; Sódio – 5,5g; Ferro – 250 mg; Cobre – 30 mg; Zinco – 250 mg; Manganês – 100 mg; Iodo – 2,48 mg; Selênio – 1 mg; Cobalto – 1,88 mg; PB(min) – 18%; Lisina – 16000 mg; Metionina – 7200 mg; Treonina – 106036 mg; Lactose(min) – 20%; Palatabilizante – 500 mg; Flavorizante – 0,05%; EM – 3000 Kcal/kg; Antioxidante – 0,025%; Solubilidade do fósforo em ác cítrico a 2%(min) – 90%
25
TABELA 3. Composição percentual e níveis nutricionais das dietas: basal, alfafa (5%) e alfafa (10%). Fase inicial 1 (29 a 42 dias de idade) Ingredientes (%) Basal Alfafa 5 Alfafa 10 Alfafa (Feno) 0,000 5,000 10,000 Farelo de soja 46% 29,000 25,600 25,400 Milho grão 47,900 42,910 34,710 Açúcar 2,000 2,000 2,000 Óleo de Soja 1,100 4,300 7,600 Núcleo** 20,000 20,000 20,000 L-lisina (HCl, 78%) 0,011 0,015 L-treonina (98%) 0,040 0,070 DL-metionina (99%) 0,040 0,070 TOTAL 100,000 100,000 100,000 Nutrientes calculados Energia digestível (kcal/kg) 3.337 3.318 3.304 Proteína bruta (%) 21,341 20,364 20,532 Lisina digestível (%) 1,529 1,500 1,500 Metionina digestível (%) 0,561 0,565 0,581 Met + Cis digestível (%) 0,898 0,870 0,870 Treonina digestível (%) 1,020 0,980 0,980 Triptofano digestível (%) 0,280 0,254 0,245 Cálcio (%) 0,728 0,790 0,860 Fósforo total (%) 0,610 0,590 0,580 Sódio (%) 0,190 0,186 0,183 FDN total (%) 8,440 11,270 10,860 Incremento FDN fornecido pela alfafa (%) 0,000 1,940 3,880 * O frutoligossacarídeo foi incluído em substituição ao milho, nos tratamentos em que foi testado ** Níveis de garantia por kg de ração: Vit. A – 60.000 U.I.; Vit. D3 – 11000 U.I.; Vit. E – 375 mg; Vit. K3 – 25 mg; Vit. B1 – 10,0 mg; Vit. B2 – 25,0 mg; Vit. B6 15,00 mg; Vit. B12 – 200 mcg; Ac.Fólico - 2 mg; Ác.Pantotenico - 150 mg; Niacina – 250 mg; Biotina – 1,50 mg; Colina – 4000 mg; Cálcio(max) – 43,75 g; Fósforo(min) – 21,25 g; Sódio – 10,0 g; Ferro – 500 mg; Cobre – 57,50 mg; Zinco – 500 mg; Manganês – 300 mg; Iodo – 3,875 mg; Selênio – 1 mg; Cobalto – 3,75 mg; PB(min) – 21%; Lisina – 16250 mg; Metionina – 11250 mg; Treonina – 13500 mg; Lactose(min) – 20%; Sacarina sódica(min) – 0,04%; Palatabilizante – 500 mg; Ác.Fórmico(min) – 0,0085%; Ác.Fosfórico(min) – 0,0145%; Zinco – 500 mg; Ác.Pantotênico – 150mg; Solubilidade do fósforo em ác cítrico a 2%(min) – 90%.
26
TABELA 4. Composição percentual e níveis nutricionais das dietas: basal, alfafa (5%) e alfafa (10%). Fase inicial 2 (43-59 dias de idade) Ingredientes (%) Basal Alfafa 5 Alfafa 10 Alfafa (Feno) 0,000 5,000 10,000 Farelo de soja 46% 29,600 30,000 30,200 Milho grão 63,195 56,390 48.188 Açúcar 2,000 2,000 2,000 Óleo de Soja 1,000 2,400 5,300 Núcleo** 4,000 4,000 4,000 L-lisina (HCl, 78%) 0,020 0,010 0,047 L-treonina (98%) 0,015 0,020 0,055 DL-metionina (99%) 0,170 0,180 0,210 TOTAL 100,000 100,000 100,000 Nutrientes calculados Energia digestível (kcal/kg) 3.419 3.315 3.282 Proteína bruta (%) 19,500 20,218 20,360 Lisina digestível (%) 1,280 1,280 1,280 Metionina digestível (%) 0,547 0,547 0,562 Met + Cis digestível (%) 0,877 0,871 0,870 Treonina digestível (%) 0,800 0,800 0,800 Triptofano digestível (%) 0,254 0,254 0,245 Cálcio (%) 0,820 0,893 0,962 Fósforo total (%) 0,593 0,592 0,583 Sódio (%) 0,185 0,184 0,181 FDN total (%) 9,900 11,340 12,530 Incremento FDN fornecido pela alfafa (%) 0,000 1,940 3,880 *O frutoligossacarídeo foi incluído em substituição ao milho, nos tratamentos em que foi testado. ** Níveis de garantia por kg de ração: Vit. A – 262500U.I.; Vit. D3 – 55000 U.I.; Vit. E – 1,875 mg; Vit. K3 – 100 mg; Vit. B1 – 50,0 mg; Vit. B2 – 125,0 mg; Vit. B6 - 75,00 mg; Vit. B12 – 1 mcg; Ac. Fólico - 10 mg; Ác. Pantotenico - 500 mg; Niacina – 1000 mg; Biotina – 5,0 mg; Colina – 10000 mg; Cálcio(max) – 183 g; Fósforo(min) – 67 g; Sódio – 36 g; Ferro – 2000 mg; Cobre – 000 mg; Zinco – 2250 mg; Manganês – 875 mg; Iodo – 17,5 mg; Selênio – 8,75 mg; Cobalto – 16,25 mg; Lisina – 7000 mg; Metionina – 5000 mg; Palatabilizante; 0,063%; Anti-oxidante – 0,125%; Solubilidade do fósforo em ác cítrico a 2%(min) – 90%.
Foram realizadas, durante os primeiros 15 dias de experimento e depois durante três
dias a cada troca de ração, observações das excretas dos leitões com o objetivo de avaliar a
presença de diarréia conforme procedimento descrito por Vassalo et al. (1997). Verificou-se
diariamente pela manhã a ocorrência de diarréia, utilizando-se o seguinte critério para os
escores fecais: 0 – fezes com consistência normal; 1 – fezes moles; 2 – fezes pastosas e 3 –
fezes aquosas. Onde 0 e 1 foram considerados não diarréia e 2 e 3 diarréia.
Após a última pesagem, foi abatido um leitão (fêmea) de cada parcela, respeitando as
normas descritas no regulamento técnico de métodos de insensibilização para o abate
(MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO – 2000), para a realização das
análises microbiológicas e de histologia intestinal.
27
3.2 – Microbiologia Intestinal
Segundo método citado por Ávila et al. (1998), foi coletada uma amostra do conteúdo
do intestino delgado de cada leitão para a realização da análise microbiológica. Cada amostra
foi acondicionado em saco plástico etiquetado e conservado em gelo. Foram contadas as
colônias de Salmonella, através do método de Isolamento e Confirmação por PCR (Reação
em Cadeia da Polimerase) e Escherichia Coli, pela Determinação do Número mais Provável
de Colônias (NMP). Estas análises foram realizadas no Laboratório de Microbiologia do
Instituto Biológico/APTA/SAA.
3.2.1 - Isolamento e Bioquimismo: O conteúdo intestinal (aproximadamente 1 g) foi
inoculado em tubo contendo 10 mL de água peptonada estéril e incubado em aerobiose a 37
ºC/24 horas. Partes desse cultivo foram inoculadas em dois caldos seletivos enriquecedores
para Salmonella spp. (1 ml em 10 ml de Tetrationato e 0,1 ml em 10 ml de Rappaport), que
foram mantidos a 37 ºC/24 horas em aerobiose. O volume de 10 µl de cada caldo seletivo foi
semeado em placas contendo Agar McConkey e Agar Salmonella-Shigella (SS) que
permitiram a “marcação” de colônias suspeitas de Salmonella spp.
Foram selecionadas colônias lactose negativas no meio McConkey, e colônias
enegrecidas no meio SS para avaliação bioquímica pelas provas de TSI (triple sugar iron),
milli (motilidade, lisina e indol) e citrato. As cepas que apresentaram perfil bioquímico
compatível com Salmonella spp. foram confirmadas por técnica molecular descrita a seguir.
3.2.2 - Reação da Polimerase em Cadeia (PCR): Cada cepa a ser testada foi suspensa em
solução salina estéril 0,85% até atingir turvação aproximada da escala 3 de McFairland, sendo
essa suspensão utilizada como a amostra de DNA a ser testada na PCR.
Para a confirmação molecular, foram utilizados primers que hibridizam uma região
conservada do gene da invasão (invA) descritos por Cortez et al. (2006) e amplificam
fragmento de 521 pares de bases (pb) de Salmonella spp. Para a amplificação do DNA, foram
utilizados 200 µM de cada dNTP, 5 µL de tampão 1X, 2,5 mM de MgCl2, 30 pmol de cada
primer (invA F, invA R), 1,25 U de Taq polimerase e 10 µL de DNA. Após desnaturação
inicial a 94 ºC por 5 minutos foram realizados 30 ciclos de desnaturação a 94 ºC por 30
segundos, hibridização a 60 ºC por extensão a 72 ºC por 1 minuto, seguidos de extensão final
a 72 ºC por 10 minutos. Como controles positivos da reação foram utilizados C. septicum e C.
chauvoei do Instituto Biológico, e água deionizada estéril como controle negativo.
28
A amplificação foi realizada em termocicladora PTC-100 (MJ Research), e a análise
do produto amplificado foi realizada por eletroforese em gel de agarose a 1,2 % com tampão
de corrida TBE 0,5 X (0,045 M TRIS-Borato e 1 mM de EDTA ph 8,0) e o gel submetido à
voltagem constante de 6-7 V/ cm. O gel foi corado com brometo de etídeo a 0,5 g/mL e
posteriormente fotografado sob luz ultravioleta (300-320 nm) pelo sistema de foto-
documentação (Câmera Kodak Digital DC/120 Zoom) e analisado com o software 1 D Image
Analysis (Kodak Digial Science).
3.2.3 - Contagem de coliformes fecais: A contagem de coliformes fecais foi determinada
pelo número mais provável (NMP) de coliformes a partir da aplicação da técnica de tubos
múltiplos, como segue abaixo:
1. Suspenderam-se as amostras de fezes na proporção 1:10 em água peptonada 0,1% e
homogeneizadas.
2. Fora inoculados três tubos para cada amostra, em diluições 10-1, 10-2, 10-3, todas em
triplicata, totalizando 9 tubos/amostra em 9 mL de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) com
tubos de Durhan.
3. Os tubos foram incubados a 35 ºC durante 24 horas, observando-se turvação e
produção de gás.
4. Dos tubos em que houver produção de gás, foi transferida alíquota da amostra com
uma alça bacteriológica para tubos de Caldo Verde Brilhante Bile, sendo incubada a 35 ºC por
24 horas, e para o meio EC a 44,5 ºC em banho-maria com agitação, durante 24 h.
5. Após os períodos determinados de incubação, foram efetuadas as leituras,
considerando resultado positivo para coliformes totais a produção de gás a partir da
fermentação da lactose no meio caldo lactosado com verde brilhante e bile. Coliformes fecais
estão presentes se houver produção de gás no meio EC.
6. Os resultados foram anotados e posteriormente calculou-se o NMP a partir dos
dados obtidos, de acordo com a tabela de cálculo de NMP com limite de confiança de 95%.
3.3 – Histologia Intestinal
Foram colhidas amostras com aproximadamente 1,0 cm de comprimento da porção
proximal do duodeno de cada animal. Estas amostras foram abertas em sua borda mesentérica,
lavadas, estendidas pela túnica serosa e fixadas em solução de formol 10% tamponado.
29
Depois de 24 horas na solução fixadora de Formol 10% Tamponado, as amostras
foram lavadas em álcool etílico a 70 °GL e a seguir desidratadas em séries crescentes de
alcoóis. Após a desidratação, foram recortadas, diafanizadas em benzol e incluídas em
parafina, de modo que se obtivessem cortes longitudinais da mucosa intestinal.
Em cada lâmina histológica foram colocados seis cortes semi-seriados com 5 m de
espessura, sendo que, entre um corte e o subseqüente, foram desprezados seis cortes. Foram
feitas duas lâminas de cada animal e os cortes foram corados segundo a técnica da
hematoxilina de Harris-eosina.
Com as lâminas prontas, foram efetuadas 30 medidas de altura das vilosidades
(ALTVILOS) (m) e 30 de profundidade das criptas (PROFCRIP) (m) para cada segmento
do duodeno coletado, o que possibilitou a obtenção da relação ALTVILOS/PROFCRIP do
duodeno de cada animal.
As medidas de ALTVILOS foram tomadas a partir da região basal, que coincide com
a porção superior das criptas, percorrendo-a longitudinalmente até seu ápice: e as criptas, da
sua base até a região de transição cripta-vilosidade.
As lâminas foram confeccionadas no laboratório de histologia da FZEA/USP, em
Pirassununga e as leituras foram feitas no Instituto de Zootecnia, em Nova Odessa, com a
utilização do Software Axio Vision 4.8.1 da ZEISS.
3.4 - Avaliação Econômica
Os preços dos ingredientes utilizados na elaboração dos custos das dietas foram
coletados na região de Nova Odessa – SP, por ocasião da realização do experimento no
período de março/2010 a abril/2010.
Foi calculado o custo médio da ração por quilograma de peso vivo ganho (Yi) durante
o período experimental. Para tanto se utilizou a equação descrita por Bellaver et al., (1985):
Yi=Qi x Pi
Gi Onde: Yi = custo médio da dieta por quilograma ganho no i-ésimo tratamento; Qi =
quantidade de dieta utilizada no i-ésimo tratamento; Pi = preço médio por quilograma da
dieta utilizada no i-ésimo tratamento; Gi = ganho médio de peso do animal no i-ésimo
tratamento.
30
Para calcular o índice de eficiência econômica e o índice de custo médio da ração dos
leitões foi utilizada a metodologia descrita por Barbosa (1992), conforme as fórmulas:
-Índice de eficiência econômica (IEE)
IEE = Mce x 100 Ctei Onde:
Mce = é o menor custo médio da ração, por quilograma de peso vivo, observado entre os tratamentos; e CTei = custo médio do quilograma de peso vivo do leitão em função do tratamento i considerado.
-Índice de custo médio da ração (IC)
IC = CTei x 100 Mce
3.5 - Delineamento Experimental
Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados para controlar diferenças iniciais
de peso com seis tratamentos e seis repetições, em esquema fatorial 3 x 2 (três níveis de
inclusão de alfafa x dois níveis de inclusão de FOS), sendo que a unidade experimental foi
constituída por dois animais (macho e fêmea). Para as variáveis consumo de ração e
conversão alimentar a estatística foi referente a dados transformados para raiz de X. Para a
análise microbiológica as estatísticas são referentes a dados transformados para log de X. Para
as variáveis Prof. Crip. e Alt. Vilo., as estatísticas foram referentes a dados transformados para
log de X e para a variável Alt. Vilo/Prof. Crip ., as estatísticas foram referentes a dados
transformados para raiz de X. Estes dados obtidos (valor de X) ocorreram em adequação para
a análise de variância, que foi realizada pelo procedimento GLM do SAS (SAS®-2001). Os
contrastes observados foram Controle X Demais (1), onde: T1 X T2, T3, T4, T5 e T6; Alfafa
5% X Alfafa 10% (2), onde: T3, T4 X T5, T6. Médias seguidas de letras maiúsculas
diferentes diferem entre si pelo teste F. Em relação à avaliação da incidência de diarréia, todos
os animais obtiveram escore 0 ou 1 , demonstrando que não houve diarréia no período. Com
isso, não houve dados para análise estatística.
31
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
As médias da umidade relativa (Umi. Máx. e Umi. Mín.) e temperatura (Temp. Máx. e
Temp. Mín.) no período total do experimento foram, Média/Sala 1 = Umi. Máx.: 87,0%; Umi.
Mín.: 67,1%; Temp. Máx.: 27,0 ºC; Temp. Mín.: 22,9 ºC e Média/Sala 2 = Umi. Máx.:
87,2%; Umi. Mín.: 68,2%; Temp. Máx.: 26,7 ºC; Temp. Mín.: 22,9 ºC.
4.1 - Desempenho
Na Tabela 5 são apresentadas as médias corrigidas e os erros padrão das médias para
peso dos leitões.
Tabela 5: Médias corrigidas e erros padrão das médias do peso dos leitões (kg), alimentados com três níveis de inclusão de alfafa (0,0%, 5,0% e 10,0%) e dois níveis de FOS (0,0% e 0,3%) no Período 1 (21-28 dias de idade), Período 2 (21-42 dias de idade) e Período Total (21-59 dias de idade)
Alfafa Contraste FOS 0,0% 5,0% 10,0% Média (1) (2)
Período 1
0,0% 11,89±0,63 11,89±0,63 12,02±0,63 11,93±0,37 0,3% 11,86±0,63 11,84±0,63 11,87±0,63 11,86±0,37 Média 11,87±0,45 11,87±0,45 11,94±0,45 ns ns Período 2
0,0% 13,55±0,69 13,43±0,69 13,50±0,69 13,49±0,40 0,3% 14,17±0,69 13,56±0,69 12,93±0,69 13,55±0,40 Média 13,86±0,49 13,49±0,49 13,22±0,49 ns ns Período Total
0,0% 23,59±1,08 21,85±1,08 21,93±1,08 22,46±0,62 0,3% 22,88±1,08 22,58±1,08 20,25±1,08 21,91±0,62 Média 23,24±0,76 22,22±0,76 21,09±0,76 ns ns ns – não significativo; (1) Controle X Demais; (2) Alfafa 5% X Alfafa 10%
32
Não foram verificadas diferenças (P>0,05) para o peso vivo dos leitões nos períodos
estudados.
Na Tabela 6 são apresentadas as médias corrigidas e os erros padrão das médias para o
ganho de peso (GP) dos leitões.
Tabela 6. Médias corrigidas e erros padrão das médias para o ganho de peso (kg/baia) de leitões alimentados com três níveis de inclusão de feno de alfafa (0,0%, 5,0% e 10,0%) e dois níveis de FOS (0,0% e 0,3%) no Período 1 (21-28 dias de idade), Período 2 (21-42 dias de idade) e Período Total (21-59 dias de idade)
Alfafa Contraste FOS 0,0% 5,0% 10,0% Média (1) (2)
Período 1
0,0% 1,67±0,22 1,53±0,22 1,49±0,22 1,56±0,13 ns ns 0,3% 2,30±0,22 1,72±0,22 1,41±0,22 1,81±0,13 * ns Média 1,98±0,16 1,63±0,16 1,45±0,16 Período 2
0,0% 11,71±0,65 9,96±0,65 9,91±0,65 10,52±0,38 * ns 0,3% 11,02±0,65 10,74±0,65 8,38±0,66 10,05±0,38 ns * Média 11,36±0,46 10,35±0,46 9,15±0,46 Período Total
0,0% 32,65±1,67 30,86±1,67 29,92±1,67 31,14±0,96 0,3% 33,64±1,67 33,01±1,67 28,86±1,67 31,84±0,96 Média 33,14±1,18 31,93±1,18 29,39±1,18 ns ns ns – não significativo; * - significativo a 5%; (1) Controle X Demais; (2) Alfafa 5% X Alfafa 10%
Observou-se que no período 1 as diferenças (P<0,05) entre os tratamentos para o
ganho de peso (GP) ocorreram no grupo suplementado com FOS, sendo que o tratamento T2
(Basal+FOS) apresentou o maior GP. Esta diferença (P<0,05) apenas não ocorreu no
tratamento T6. O contraste mostra diferença (P<0,05) para Controle X Demais tratamentos no
grupo suplementado com FOS. No período 2 verificou-se GP maior (P<0,05) para a dieta de
5% de alfafa + FOS. Nas dietas sem inclusão de FOS o contraste mostra diferença (P<0,05)
entre o Controle X Demais tratamentos e nas dietas com inclusão de FOS ocorre diferença no
contraste (P<0,05) para alfafa 5% X alfafa 10%. No período total não foi verificada diferença
(P>0,05) entre os tratamentos.
Na Tabela 7 são apresentadas as médias corrigidas e os erros padrão das médias para o
consumo de ração.
No período 1 as diferenças (P<0,05) entre os tratamentos para o consumo de ração
(CR) ocorreram nos grupos suplementados com FOS em que o T2 e T4 foram os melhores. O
contraste mostra diferença (P<0,05) entre o Controle X Demais tratamentos e também entre
alfafa 5% X alfafa 10%, no grupo suplementado com FOS. No Período 2 verificou-se CR
maior (P<0,05) nos grupos suplementados com FOS dentro dos tratamentos com inclusão de
33
alfafa. O contraste evidenciou diferença (P<0,01) para o Controle X Demais tratamentos e
diferença (P<0,05) para alfafa 5% X alfafa 10%, no grupo sem inclusão de FOS.
Observou-se no período total o grupo que consumiu ração com adição de 0,3% de
FOS apresentou um maior CR em relação ao grupo controle (0,0% FOS). Entre os níveis de
inclusão de alfafa também foram evidenciadas diferenças significativas (P<0,01). Isso
demonstrou que a presença do FOS incrementou o consumo de dietas com alfafa. O contraste
mostra diferença (P<0,01) para Controle X Demais dietas e alfafa 5% X alfafa 10% nos
grupos com e sem inclusão de FOS.
Tabela 7: Médias corrigidas e erros padrão das médias para o consumo de ração (kg/baia) para leitões alimentados com três níveis de inclusão de feno de alfafa (0,0%, 5,0% e 10,0%) e dois níveis de FOS (0,0% e 0,3%) no Período 1 (21-28 dias de idade), Período 2 (21-42 dias de idade) e Período Total (21-59 dias de idade)
Alfafa Contraste FOS 0,0% 5,0% 10,0% Média (1) (2)
Período 1
0,0% 2,99±0,22 2,88±0,22 2,43±0,22 2,77±0,13 ns ns 0,3% 3,49±0,22 3,12±0,22 2,41±0,22 3,00±0,13 * * Média 3,24±0,16 3,00±0,16 2,42±0,16 Período 2
0,0% 17,05±0,22 15,84±0,22 B 15,16±0,22 B 16,02±0,13 ** * 0,3% 16,81±0,22 17,32±0,22 A 17,06±0,22 A 17,06±0,13 ns ns Média 16,93±0,16 16,58±0,16 16,11±0,16 Período Total
0,0% 53,25±0,22 B 46,36±0,22 B 51,85±0,22 B 50,49±0,13 ** ** 0,3% 56,56±0,22 A 56,83±0,22 A 57,89±0,22 A 57,09±0,13 ** ** Média 54,90±0,16 51,59±0,16 54,87±0,16 ns – não significativo; ** - significativo a 1%; * - significativo a 5%; (1)Controle X Demais; (2) Alfafa 5% X Alfafa 10%; Médias seguidas de letras maiúsculas diferentes diferem entre si pelo teste F
Na Tabela 8 são apresentadas as médias corrigidas e os erros padrão das médias para a
conversão alimentar.
Em relação à conversão alimentar (CA), observou-se melhora significativa (P<0,05)
nas dietas que não possuíam inclusão de FOS em todos os períodos. Devido à presença do
FOS, o CR aumentou, mas o GP dos leitões não acompanhou este aumento. Ocorreu apenas a
exceção no período 1, onde o tratamento T2 (basal + FOS) possuiu melhor CA. No período 2
houve diferença (P<0,05) para o Controle X Demais tratamentos e diferença (P<0,01) para
alfafa 5% X alfafa 10%, no grupo suplementado com FOS. No período total o contraste
mostra diferença (P<0,05) para alfafa 5% X alfafa 10%, também no grupo suplementado com
FOS.
34
Tabela 8: Médias corrigidas e erros padrão das médias para a conversão alimentar (kg de ração consumida/kg de ganho de peso) leitões alimentados com três níveis de inclusão de feno de alfafa (0,0%, 5,0% e 10,0%) e dois níveis de FOS (0,0% e 0,3%) no Período 1 (21-28 dias de idade), Período 2 (21-42 dias de idade) e Período Total (21-59 dias de idade)
Alfafa Contraste FOS 0,0% 5,0% 10,0% Média (1) (2)
Período 1
0,0% 2,41±0,35 1,89±0,35 1,66±0,35 1,99±0,20 0,3% 1,55±0,35 2,17±0,35 1,98±0,35 1,90±0,20 Média 1,98±0,25 2,03±0,25 1,81±0,25 ns ns Período 2
0,0% 1,47±0,13 1,59±0,13 1,56±0,13 B 1,54±0,07 ns ns 0,3% 1,55±0,13 1,64±0,13 2,20±0,13 A 1,79±0,07 * ** Média 1,51±0,09 1,61±0,09 1,88±0,09 Período Total
0,0% 1,64±0,10 1,51±0,10 1,76±0,10 1,64±0,06 B ns ns 0,3% 1,72±0,09 1,72±0,10 2,07±0,10 1,84±0,06 A ns * Média 1,68±0,07 1,62±0,07 1,92±0,07 ns – não significativo; ** - significativo a 1%; * - significativo a 5%; (1)Controle X Demais; (2) Alfafa 5% X Alfafa 10%; Médias seguidas de letras maiúsculas diferentes diferem entre si pelo teste F
A diminuição temporária no CR e no GP de leitões desmamados foi verificada por
Houdijk et al. (1999), porém, o desempenho não foi afetado durante a fase total do
experimento.
Kornegay et al. (1992), Frantz et al. (2003), Mikkelsen et al. (2003), não observaram
diferenças significativas no desempenho de leitões recém desmamados, durante o período
total, alimentados com FOS quando comparados com os animais do grupo controle sem
promotor de crescimento.
Budiño et al. (2002) observaram pequena redução no CR, mas verificaram melhora no
desempenho dos leitões durante a fase total com a utilização do FOS. Resultados de
desempenhos favoráveis com a suplementação com FOS às rações de leitões foram obtidos
por Fukuyasu et al. (1987) e He et al. (2002). O mesmo ocorre neste presente experimento.
Mikkelsen et al. (2003) compararam a utilização de dois prebióticos distintos para
leitões desmamados e não verificaram diferenças significativas sobre os dados de desempenho
no período total. Sanches (2004) testou probiótico, prebiótico e simbiótico em rações de
leitões, não obteve diferença entre os tratamentos em relação ao desempenho também no
período total. Neste experimento, ocorreu diferença entre os tratamentos.
Budiño et al. (2006), testaram inclusão de antibiótico, prebiótico, probiótico e
simbiótico em rações, observaram que a adição dos microingredientes à dieta influenciou
35
apenas o CR na Fase 1 (21-43 dias), sendo que no tratamento com probiótico observou-se
menor consumo em relação aos animais que receberam a dieta basal. Na Fase 3 (58-70 dias),
os maiores GP foram observados nos animais que receberam ração contendo prebiótico e os
menores naqueles recebendo rações com antibiótico e probiótico, enquanto na fase total os
melhores ganhos foram obtidos pelos animais que receberam rações contendo prebiótico
(resultados semelhantes no presente experimento) e simbiótico e os piores naqueles tratados
com antibiótico.
A capacidade dos suínos em utilizar rações contendo fibra dietética aumenta
consideravelmente à medida que o animal se desenvolve, por exemplo, na fase de terminação
e na fase adulta, devido ao maior tamanho do trato gastrintestinal, em especial do intestino
grosso, e consequentemente devido à maior população microbiana (bactérias celulolíticas)
encontradas no ceco (VAREL, 1987).
Os resultados estão de acordo com os obtidos por Varel e Pond (1986), que não
observaram diferenças significativas no GP de suínos em crescimento alimentados com ração
rica em fibra dietética.
Wojcik et al. (1993) registraram melhorias no GP de suínos em crescimento quando o
teor de fibra bruta da ração aumentou de 8,2% para 11,9%.
Segundo Silva et al. (2007), o GP com as rações contendo silagem da raiz de
mandioca (MA) e silagem da raiz de mandioca suplementada com soja integral (MS) em
substituição total do milho das dietas, não diferiram entre os tratamentos em todo o período.
Ainda em seu trabalho, observaram melhor CA para os animais alimentados com silagem da
raiz de mandioca e silagem da raiz de mandioca suplementada com soja integral em
substituição total ao milho da dieta, quando comparado com a ração testemunha. A melhora
foi atribuída pelos autores à queda do pH nas silagens em razão do perfil do amido da
mandioca, visto que a digestibilidade do amido é inversamente proporcional à quantidade de
amilose e no milho está presente em maior quantidade.
Oliveira (2001) estudou cinco níveis de inclusão da casca de café melosa (0, 5%, 10%,
15% e 20%) em rações para suínos em terminação, concluindo que a casca de café possui
valores baixos de digestibilidade e balanço energético, quando comparada com o milho e
reduz o desempenho de suínos em terminação.
Vieira et al. (2006) avaliaram o desempenho de suínos em crescimento alimentados
com dietas contendo bagaço de cevada (inclusão de até 50% na ração). Os autores observaram
redução linear no consumo total de matéria seca (MS) da ração, enquanto foi observado efeito
quadrático sobre o consumo de MS de bagaço de cevada e sobre o consumo total de MS, com
36
o aumento do nível de bagaço de cevada na dieta. Verificou-se, ainda, efeito quadrático sobre
o GP total e diário e, também, sobre a CA com o aumento do nível de bagaço de cevada na
dieta. O melhor nível de inclusão de bagaço de cevada em dietas para suínos em crescimento
foi de 14,91%, para maior consumo total de MS, ou 12,85% para máximo ganho de peso ou
13,38%, para a melhor CA.
Carvalho et al. (2006), estudaram o desempenho de suínos na fase de terminação
alimentados com dietas contendo até 36% de inclusão de raspa integral de mandioca na fase
inicial, verificaram que não houve diferenças para o GP, CR e CA dos animais. No presente
experimento mostramos que ocorre diferença para CR.
Frank et. al. (1983) mencionaram que os suínos, em particular os animais na fase
adulta como na terminação e pós-terminação (151-185 dias de idade), mesmo quando
alimentados com elevados níveis de fibra dietética, são capazes de manter o GP em índices
adequados devido às suas capacidades de elevação do consumo, como tentativa de manter
estável o nível de energia digestível ingerida.
Huo (1993) verificou aumento no consumo de MS, possivelmente para equilibrar a
diminuição da energia digestível causada pela adição de FDN na forma de casca e farelo de
arroz na dieta de leitões.
Segundo Gomes et al. (2008) o oferecimento de 8% de FDN na ração de suínos
durante as fases de crescimento e de terminação não promoveu diferenças nos parâmetros de
desempenho zootécnico: consumo alimentar, ganho de peso e conversão alimentar. A inclusão
de FDN (8%) na ração de leitões em fase de recria promoveu redução no consumo diário de
ração. Quanto ao ganho diário de peso, não apresentou diferença. A conversão alimentar foi
similar entre os tratamentos, evidenciando que, mesmo em idade inicial de desenvolvimento,
o desempenho dos leitões não sofre prejuízos severos com a inclusão dessa fonte (feno de
tifton) e teor de fibra dietética.
4.2 - Análise Microbiológica Intestinal
A Salmonella Spp. não foi detectada nas culturas microbiológicas, portanto não foram
realizadas análises estatísticas.
Na Tabela 9 são apresentadas as médias corrigidas e os erros padrão das médias para a
análise de E. Coli.
A análise para E. Coli também não mostrou diferença estatística (P<0,05) entre os
níveis de FOS e os níveis de alfafa.
37
Tabela 9: Médias e erros padrão das médias para número de colônias de E. Coli total e fecal no duodeno de leitões alimentados com três níveis de inclusão de feno de alfafa (0,0%, 5,0% e 10,0%) e dois níveis de FOS (0,0% e 0,3%)
ns – não significativo; (1)Controle X Demais; (2) Alfafa 5% X Alfafa 10%;
Mathew et al. (1996) observaram aumento na concentração de E. coli no íleo de leitões
desmamados aos 23 dias de idade, seguido de uma queda na concentração de lactobacilos,
fato este que se inverteu aos 41dias de idade.
Shakouri et al. (1998), avaliaram o efeito de polissacarídeo não amiláceo (PNA) sobre
a microflora intestinal de frangos de corte concluíram que a mudança na composição da dieta
por incluir diferentes PNA modificou a população microbiana de todo intestino. Foi
observado que a pectina aumentou o número total de microrganismos anaeróbicos no
duodeno, enquanto que a corboximetil celulose resultou em um aumento de número de
Enterobacteriaceae no ceco. Além disso, os autores verificaram que comparado com a dieta
controle (sem PNA), o uso de PNA diminui o número de bactérias lácticas em todo segmento
do intestino.
A microbiota intestinal dos suínos contém alta atividade de bactérias de espécies
celulolíticas e hemicelulolíticas, a qual incluem Fibrobacter succinogenes, Ruminococcus
albus, Ruminococcus flavefaciens, Butyrivibrio spp. e Prevotella ruminicola, além do
Clostridium herbivorans uma bactéria de alta atividade celulolítica presente no intestino
grosso (VAREL e YEN, 1997).
O número de bactérias, celulolíticas e hemicelulolíticas, aumentou dentro de 3 dias
após o início do fornecimento de dieta de alta fibra, para leitões desmamados (FONTY e
GOUET, 1989).
Estudos com nutrição de coelhos demonstraram que dietas altamente fibrosas
(21%FB), com alta proporção de amido de trigo (30%), aumentam significativamente o pH no
ceco, provocando decréscimo significativo das concentrações de AGV, propiciando as
condições para promover proliferação de E. coli (WALLACE et al., 1989 e De BLAS, 1992).
Alfafa Contraste FOS 0,0% 5,0% 10,0% Média (1) (2)
E. Coli Total
0,0% 213,57±206,16 591,00±206,16 412,40±206,16 405,65±119,02 0,3% 264,00±206,16 241,23±206,16 564,10±206,16 356,44±119,02 Média 238,78±145,77 416,12±145,77 488,25±145,77 ns ns E. Coli Fecal
0,0% 213,57±197,75 591,00±197,75 277,23±197,75 360,60±114,17 0,3% 235,67±197,75 241,23±197,75 564,10±197,75 347,00±114,17 Média 224,62±139,83 416,12±139,83 420,67±139,83 ns ns
38
Com a fermentação da fibra solúvel ocorre a acidificação no cólon, que evita a
proliferação excessiva de bactérias indesejáveis, como clostrídeos (ROQUE et al., 2006).
Segundo Pettigrew (2000) prebiótico é um produto que tem como objetivo influenciar
a ecologia microbiana intestinal. O prebiótico ainda pode aumentar a ação do sistema
imunológico e com isso proteger o animal de organismos patogênicos.
O prebiótico proporciona imunidade local na parede intestinal dos leitões, que
promove maior absorção de nutrientes por diminuir a adesão de agentes patogênicos
(PINHEIRO, 2005).
Budiño et al. (2006), testaram inclusão de antibiótico, prebiótico, probiótico e
simbiótico em rações, observaram um aumento significativo do número de colônias de
coliformes (32%) dos sete para os 14 dias pós-desmame nos animais que receberam ração
com antibiótico. Nos animais que receberam a dieta basal também houve aumento bastante
expressivo (93%), mas não significativo. Já em relação aos outros microingredientes testados
a variação foi pequena em comparação às dietas citadas anteriormente.
4.3 - Análise Histológica Intestinal
Na Tabela 10 são apresentadas as médias corrigidas e os erros padrão das médias para
profundidade de criptas, altura de vilosidades e a relação entre altura e profundidade.
Para profundidade de cripta não ocorreu (P>0,05) entre os tratamentos. Já para altura
de vilosidade e a relação altura de vilosidades/profundidade de criptas, o grupo sem a adição
de FOS não mostrou diferença (P>0,05), porém, o grupo suplementado com 0,3% de FOS
mostrou uma melhora (P<0,05) nos níveis de 5% e 10% de alfafa. O contraste mostra
diferença (P<0,01) para o Controle X Demais tratamentos e diferença (P<0,05) para alfafa 5%
X alfafa 10%, ambos nos tratamentos com inclusão de FOS. A ração com 5% de alfafa e 0,3%
de FOS mostrou o melhor resultado dentre os tratamentos.
39
Tabela 10: Médias corrigidas e erro padrão da média de profundidade de cripta (Prof. Crip.), altura de vilosidade (Alt. Vilo.) e a relação altura e profundidade (Alt. Vilo./Prof. Crip.) no duodeno de leitões alimentados com três níveis de inclusão de feno de alfafa (0,0%, 5,0% e 10,0%) e dois níveis de FOS (0,0% e 0,3%)
Alfafa Contraste FOS 0,0% 5,0% 10,0% Média (1) (2)
Prof. Crip.
0,0% 233,55±24,07 233,55±24,07 206,61±24,07 224,69±13,90 0,3% 222,09±24,07 251,89±24,07 235,24±24,07 236,40±13,90 Média 227,98±17,02 242,72±17,02 220,92±17,02 ns ns Alt. Vilo.
0,0% 225,08±30,49 206,59±30,49 B 218,62±30,49 216,76±17,61 0,3% 168,95±30,49 331,78±30,49 A 228,63±30,49 243,12±17,61 ** * Média 197,01±21,56 269,18±21,56 223,62±21,56 Alt. Vilo/Prof. Crip
0,0% 0,98±0,11 0,90±0,11 B 1,07±0,11 0,98±0,07 0,3% 0,80±0,11 1,37±0,11 A 0,99±0,11 1,05±0,07 ** * Média 0,89±0,08 1,13±0,08 1,03±0,08 ns – não significativo; ** - significativo a 1%; * - significativo a 5%; (1)Controle X Demais; (2) Alfafa 5% X Alfafa 10%;
A atividade funcional do intestino parece estar diretamente relacionada com a
presença do alimento no trato (CERA et al., 1988; KELLY et al., 1991; e MAKKING et al.,
1994).
Segundo Cera et al. (1988), a ingestão de ração tem influência maior na maturação do
epitélio do intestino que a própria idade do animal.
Sanches (2004) testou probiótico, prebiótico e simbiótico em rações de leitões, não
observou efeito dos tratamentos e da idade após o desmame sobre altura de vilosidades,
profundidade de criptas e relação vilosidade/cripta do duodeno e jejuno dos leitões.
Ebert et al. (2005), utilizaram a inclusão de diferentes grãos na dieta (grãos de arroz,
milho ou farinha de trigo escura), não observaram efeito dos tratamentos sobre altura das
vilosidades e profundidade das criptas, medidas nas porções de 25, 50 e 75% do intestino.
Ferreira et al. (2005) observaram maior altura de vilosidades intestinais, em suínos no
período total de criação alimentados com ração contendo cana-de-açúcar (15% de inclusão),
em relação aos animais alimentados com ração sem cana-de-açúcar.
Observou-se no presente estudo que a presença do FOS em rações com níveis
elevados de fibra dietética causou uma melhora nas estruturas histológicas, mas esta melhora
diminui na ração com 10% de feno de tifton, onde esta se assemelha à ração basal. Isso ocorre
pois a inclusão de uma maior quantidade de fibra na dieta ocasiona uma maior abrasividade
40
nas paredes do intestino, fazendo com que haja uma maior descamação da mucosa (GOMES
et al., 2006).
Ainda segundo Gomes et al. (2006), quanto à altura das vilosidades e à profundidade
das criptas do duodeno e jejuno médios, avaliadas aos 22 dias de idade em suínos na fase de
creche, os resultados não registraram diferença entre os tratamentos. As fontes fibrosas que
não são digeridas pelas enzimas do intestino delgado, quando presentes no trato intestinal,
podem afetar diretamente as características físicas do conteúdo intestinal, e consequentemente
a própria morfo-histologia dos órgãos envolvidos no processo digestivo. O estudo dos cortes
histológicos revelou alterações epiteliais no intestino de suínos ao final da fase de creche, mas
não nos de terminação.
Kamimura et al. (2006), avaliaram a inclusão de prebiótico (mananoligossacarídeo) na
ração, observaram no duodeno que o comprimento dos vilos não sofreu alteração, ao passo
que a profundidade das criptas teve influência dos tratamentos.
4.4 - Avaliação econômica da utilização das dietas
Os dados referentes à avaliação econômica da utilização das diferentes dietas
encontram-se na Tabela 10.
Com relação ao custo médio de ração por quilograma de peso vivo ganho (CMRPV)
no Período I, observou-se menor valor para a basal com FOS. Comparando os tratamentos
com e sem FOS, apenas a ração 5% de alfafa + FOS apresentou custo mais baixo. As demais
rações com adição de FOS tiveram custos mais altos em relação àquelas sem FOS. No
Período II, o menor valor foi à basal sem FOS. Todas as rações com FOS tiveram custos mais
altos quando comparadas as rações sem FOS. No Período III, o menor custo ficou com a
ração 5% de alfafa sem FOS e também todas as rações sem adição de FOS mostraram
menores custos.
Os dados de eficiência econômica (IEE) no Período I mostram que a ração 5% de
alfafa com e sem FOS, possuem os melhores índices. No Período II, as rações com 10% de
alfafa com e sem adição de FOS obtiveram os melhores índices. No Período III, ocorreu o
mesmo citado no Período II.
Em relação ao índice de custo médio da ração (IC), no Período I os melhores valores
ficaram com a ração Basal com FOS e respectivamente a ração com 10% de alfafa sem FOS.
No Período II, os melhores valores ficaram com a ração basal, com e sem FOS
41
respectivamente. No Período III, os melhores valores ficaram com a ração 5% de alfafa sem
FOS e em seguida a ração basal sem FOS.
Tabela 11: Custo médio em ração por quilograma de peso vivo (CMRPV), índice de eficiência econômica (IEE) e índice de custo (IC) para leitões alimentados com dietas contendo diferentes níveis nutricionais de alfafa (NNA), com (+) ou sem (-) a inclusão de FOS, nos Períodos I (21 – 28 dias de idade), II (21 – 42 dias de idade e III (21 – 59 dias de idade)
NNA Períodos FOS 0% 5% 10% + 2,896 3,541 3,504 I - 3,408 3,666 3,335 Média 3,152 3,603 3,419 + 1,886 2,094 2,836
CMRPV(R$) II - 1,793 2,058 2,124 Média 1,839 2,076 2,48 + 1,284 1,399 1,781 III - 1,238 1,214 1,530 Média 1,261 1,306 1,655 + 100,00 81,78 82,65 I - 84,98 79,00 86,84 Média 92,49 80,39 84,74 + 93,89 83,23 41,87
IEE II - 100,00 85,24 81,54 Média 96,94 84,23 61,70 + 94,24 84,82 53,32 III - 97,28 100,00 73,97 Média 96,11 92,41 63,64 + 100,00 122,27 122,52 I - 117,68 126,59 115,16 Média 108,84 124,43 118,84 + 105,07 114,37 136,78
IC II - 100,00 112,88 115,58 Média 102,53 113,62 126,14 + 105,45 113,22 131,84 III - 101,94 100,00 120,65 Média 103,69 106,61 126,24
42
5 – CONCLUSÕES Os tratamentos não causaram diarréia nos leitões. A inclusão de frutoligossacarídeo e
feno de alfafa não mostraram diferença estatística para Salmonella Spp. e E. Coli. No Período
Total, a inclusão de alfafa no nível de 5% obteve resultados favoráveis nos dados para ganho
de peso, consumo de ração (semelhante à ração basal). Portanto, a inclusão de FOS
incrementou o consumo de dietas ricas em alfafa. Em relação à histologia intestinal os dados
para altura das vilosidades e a relação altura de vilosidades/profundidade de criptas mostrou
os melhores resultados quando na presença de FOS. Os dados da avaliação econômica das
dietas mostraram que a inclusão do feno de alfafa e do FOS não limita economicamente sua
utilização.
43
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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