Fronteira católica agosto de 2016

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1 Edição 4. Ano I. Agosto de 2016. FILOTÉIA de S. Francisco de Sales Necessidade de um diretor espiritual para entrar e progredir nos caminhos da devoção Querendo Tobias mandar o filho a uma terra longínqua e estranha, disse-lhe: Vai em busca de algum homem que te seja fiel, que vá contigo. É o que te digo também a ti, Filotéia; se tens uma vontade sincera de entrar nas veredas da devoção, procura um guia sábio e prático que te conduza. Esta é a advertência mais necessária e importante. Em tudo o que fazemos – diz o devoto Ávila – só temos certeza de estar fazendo a vontade de Deus, enquanto não nos apartamos daquela obediência submissa, que os santos tanto encomendaram e praticaram tão fielmente. Ouvindo Santa Teresa da austeridade e penitências de Catarina de Cardona, concebeu grande desejo de imitá-la e foi tentada a não seguir o seu confessor, que lho proibia. Entretanto, como se submetesse, Nosso Senhor lhe disse: “Minha filha, o caminho que segues é bom e seguro; tu estimavas muito essas penitências, mas eu estimo mais ainda tua obediência”. Desde então ela devotou-se tanto a esta virtude que, além da obediência devida a seus superiores, ela se ligou, por um voto especial, a seguir a direção de um homem prudente e de bem, o que sempre a edificou e consolou muito. De modo semelhante, já antes e depois dela, muitas almas santas, que queriam viver inteiramente sob a dependência de Deus, submeteram a sua própria vontade à de um de seus ministros. É essa a sujeição humilde que Santa Catarina de Sena tanto incutia em seus diálogos. Foi também a prática da santa princesa Isabel, que prestava uma obediência perfeita à direção do sábio Conrado. Nem outro foi o conselho que, ao morrer, deu S. Luís, a seu filho. “Confessa-te a miúdo e escolhe um confessor insigne por sua ciência e sabedoria, o qual te ajude com suas luzes em tudo o que for necessário para a tua direção espiritual” O amigo fiel é uma forte proteção – diz a Sagrada Escritura – quem o achou, achou um tesouro. O amigo fiel é um medicamento de vida e de imortalidade, e os que temem o Senhor acharão um tal amigo. Trata-se aqui principalmente da imortalidade da vida futura; e, se a quisermos alcançar, convém ter um amigo fiel ao nosso lado, que dirija as nossas ações com uma mão segura, através das ciladas e embustes do inimigo. Ele será para nós um tesouro de sabedoria para evitar o mal e praticar o bem de uma maneira mais perfeita; Ele nos dará conforto para aliviar-nos em nossas quedas e nos dará o remédio mais necessário para a cura perfeita de nossas enfermidades espirituais. Mas quem achará um tal amigo? Diz o sábio que é aquele que teme a Deus, isto é, o homem humilde que anseia com ardor o seu adiantamento espiritual. Se é, pois, tão importante, Filotéia, ter um guia experimentado nos caminhos da devoção, pede com todo o fervor a Deus que te mande um segundo o seu Coração e não duvides nem um instante que ele te enviará um diretor sábio e fiel, ainda que fosse um anjo do céu, como ao jovem Tobias. De fato, esse amigo deve ser um anjo para ti, isto é, uma vez que o tenhas obtido de Deus, já não o deves considerar como um simples homem. Não deposites a tua confiança nele senão com respeito a Deus, que, por seu ministério, te quer guiar e instruir, suscitando no seu coração e nos seus lábios os sentimentos e as palavras necessárias para a tua direção. Por isso deves ouvi-lo como a um anjo que vem do céu para te dirigir. Ajunta a esta confiança uma sinceridade a toda prova, tratando-o franca e abertamente e deixando-lhe ver em tua alma todo o bem e o mal que aí se encontram: o bem será mais certo e o mal menos profundo; a tua alma será mais forte nas adversidades e mais moderada nas consolações. Um religioso respeito também deves ajuntar à confiança, de tal forma que o respeito não diminua a confiança, nem a confiança o respeito. Confia nele como uma filha em seu pai e respeita-o como um filho sua mãe. Numa palavra: esta amizade, que deve unir a força com a doçura, tem que ser toda espiritual, toda santa, toda sagrada, toda divina. “Escolhe, pois, um entre mil – diz Ávila” – e eu te digo: escolhe um entre dez mil, porque se acham muito menos do que se cuida, que sejam capazes deste ofício. Deve ser cheio de caridade, ciência e prudência; se faltar uma destas três qualidades, a escolha será arriscada. Repito-te ainda uma vez: suplica a Deus um diretor e, quando o achares, agradece à Divina Majestade; persevera então em tua escolha, sem ir procurar outros; caminha para Deus com toda simplicidade, humildade e confiança e tua viagem será certamente feliz. CALENDÁRIO LITÚRGICO Agosto de 2016, mês do Imaculado Coração de Maria 01 São Pedro ad Vincula e Ss. Irmãos Macabéus, Mártires. 02 Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo, Confessor e Doutor, Nossa Senhora dos Anjos. Indulgência da Porciúncula. 03 Encontro das Relíquias de S. Estevão, Protomártir. 04 Santo Domingos de Gusmão, Confessor. (Visite: sanctidominici.blogspot.com.br/). 05 Dedicação da Basílica de Nª Sª das Neves, em Roma. 06 Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo. 07 XII Domingo depois de Pentecostes. 08 São João Maria Vianney, Confessor. 09 Vigília de São Lourenço e São Romão, Mártir. 10 São Lourenço, Mártir. 11 Santos Tibúrcio e Susana, Mártires. 12 Santa Clara de Assis, Virgem. 13 Santos Hipólito e Cassiano, Mártires. 14 XIII Domingo depois de Pentecostes. 15 Assunção de Nossa Senhora. 16 São Joaquim, Pai da Beata Virgem Maria. 17 São Jacinto, Confessor. 18 Santo Agapito, Mártir. 19 São João Eudes, Confessor. 20 São Bernardo, Abade, Confessor e Doutor. 21 XIV Domingo depois de Pentecostes. 22 Festa do Imaculado Coração de Maria. 23 São Filipe Benício, Confessor. 24 São Bartolomeu, Apóstolo. 25 São Luís de França, Rei e Confessor. 26 Santo Zeferino, Papa e Mártir. 27 São José Calasanz, Confessor. 28 XV Domingo depois de Pentecostes. 29 Decapitação de São João Batista e Santa Sabina, Mártir.

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Edição 4. Ano I. Agosto de 2016.

FILOTÉIA de S. Francisco de Sales

Necessidade de um diretor espiritual para entrar e progredir nos caminhos da

devoção Querendo Tobias mandar o filho a uma terra longínqua e estranha, disse-lhe: Vai em busca de algum homem que te seja fiel, que vá contigo. É o que te digo também a ti, Filotéia; se tens uma vontade sincera de entrar nas veredas da devoção, procura um guia sábio e prático que te conduza. Esta é a advertência mais necessária e importante. Em tudo o que fazemos – diz o devoto Ávila – só temos certeza de estar fazendo a vontade de Deus, enquanto não nos apartamos daquela obediência submissa, que os santos tanto encomendaram e praticaram tão fielmente. Ouvindo Santa Teresa da austeridade e penitências de Catarina de Cardona, concebeu grande desejo de imitá-la e foi tentada a não seguir o seu confessor, que lho proibia. Entretanto, como se submetesse, Nosso Senhor lhe disse: “Minha filha, o caminho que segues é bom e seguro; tu estimavas muito essas penitências, mas eu estimo mais ainda tua obediência”. Desde então ela devotou-se tanto a esta virtude que, além da obediência devida a seus superiores, ela se ligou, por um voto especial, a seguir a direção de um homem prudente e de bem, o que sempre a edificou e consolou muito. De modo semelhante, já antes e depois dela, muitas almas santas, que queriam viver inteiramente sob a dependência de Deus, submeteram a sua própria vontade à de um de seus ministros. É essa a sujeição humilde que Santa Catarina de Sena tanto incutia em seus diálogos. Foi também a prática da santa princesa Isabel, que prestava uma obediência perfeita à direção do sábio Conrado. Nem outro foi o conselho que, ao morrer, deu S. Luís, a seu filho. “Confessa-te a miúdo e escolhe um confessor insigne por sua ciência e sabedoria, o qual te ajude com suas luzes

em tudo o que for necessário para a tua direção espiritual” O amigo fiel é uma forte proteção – diz a Sagrada Escritura – quem o achou, achou um tesouro. O amigo fiel é um medicamento de vida e de imortalidade, e os que temem o Senhor acharão um tal amigo. Trata-se aqui principalmente da imortalidade da vida futura; e, se a quisermos alcançar, convém ter um amigo fiel ao nosso lado, que dirija as nossas ações com uma mão segura, através das ciladas e embustes do inimigo. Ele será para nós um tesouro de sabedoria para evitar o mal e praticar o bem de uma maneira mais perfeita; Ele nos dará conforto para aliviar-nos em nossas quedas e nos dará o remédio mais necessário para a cura perfeita de nossas enfermidades espirituais. Mas quem achará um tal amigo? Diz o sábio que é aquele que teme a Deus, isto é, o homem humilde que anseia com ardor o seu adiantamento espiritual. Se é, pois, tão importante, Filotéia, ter um guia experimentado nos caminhos da devoção, pede com todo o fervor a Deus que te mande um segundo o seu Coração e não duvides nem um instante que ele te enviará um diretor sábio e fiel, ainda que fosse um anjo do céu, como ao jovem Tobias. De fato, esse amigo deve ser um anjo para ti, isto é, uma vez que o tenhas obtido de Deus, já não o deves considerar como um simples homem. Não deposites a tua confiança nele senão com respeito a Deus, que, por seu ministério, te quer guiar e instruir, suscitando no seu coração e nos seus lábios os sentimentos e as palavras necessárias para a tua direção. Por isso deves ouvi-lo como a um anjo que vem do céu para te dirigir. Ajunta a esta confiança uma sinceridade a toda prova, tratando-o franca e abertamente e deixando-lhe ver em tua alma todo o bem e o mal que aí se encontram: o bem será mais certo e o mal menos profundo; a tua alma será mais forte nas adversidades e mais moderada nas consolações. Um religioso respeito também deves ajuntar à confiança, de tal forma que o respeito não diminua a confiança, nem a confiança o respeito. Confia nele como uma filha em seu pai e respeita-o como um filho sua mãe. Numa palavra: esta amizade, que deve unir a força com a doçura, tem que ser toda espiritual, toda santa, toda sagrada, toda divina. “Escolhe, pois, um entre mil – diz Ávila” – e eu te digo: escolhe um entre dez mil,

porque se acham muito menos do que se cuida, que sejam capazes deste ofício. Deve ser cheio de caridade, ciência e prudência; se faltar uma destas três qualidades, a escolha será arriscada. Repito-te ainda uma vez: suplica a Deus um diretor e, quando o achares, agradece à Divina Majestade; persevera então em tua escolha, sem ir procurar outros; caminha para Deus com toda simplicidade, humildade e confiança e tua viagem será certamente feliz.

CALENDÁRIO LITÚRGICO Agosto de 2016, mês do Imaculado

Coração de Maria 01 São Pedro ad Vincula e Ss. Irmãos Macabéus, Mártires. 02 Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo, Confessor e Doutor, Nossa Senhora dos Anjos. Indulgência da Porciúncula. 03 Encontro das Relíquias de S. Estevão, Protomártir. 04 Santo Domingos de Gusmão, Confessor. (Visite: sanctidominici.blogspot.com.br/). 05 Dedicação da Basílica de Nª Sª das Neves, em Roma. 06 Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo. 07 XII Domingo depois de Pentecostes. 08 São João Maria Vianney, Confessor. 09 Vigília de São Lourenço e São Romão, Mártir. 10 São Lourenço, Mártir. 11 Santos Tibúrcio e Susana, Mártires. 12 Santa Clara de Assis, Virgem. 13 Santos Hipólito e Cassiano, Mártires. 14 XIII Domingo depois de Pentecostes. 15 Assunção de Nossa Senhora. 16 São Joaquim, Pai da Beata Virgem Maria. 17 São Jacinto, Confessor. 18 Santo Agapito, Mártir. 19 São João Eudes, Confessor. 20 São Bernardo, Abade, Confessor e Doutor. 21 XIV Domingo depois de Pentecostes. 22 Festa do Imaculado Coração de Maria. 23 São Filipe Benício, Confessor. 24 São Bartolomeu, Apóstolo. 25 São Luís de França, Rei e Confessor. 26 Santo Zeferino, Papa e Mártir. 27 São José Calasanz, Confessor. 28 XV Domingo depois de Pentecostes. 29 Decapitação de São João Batista e Santa Sabina, Mártir.

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30 Santa Rosa de Lima, Virgem e Padroeira da América Latina. 31 São Raimundo Nonato. Em negrito, festas de Primeira Classe. Em itálico, festas de Segunda Classe.

VIDA NA FÁBRICA (Comentário Eleison 443) Dom Richard Williamson

Eis outra boa carta de um leitor destes “Comentários”. Ele assume uma perspectiva sensata sobre uma cena insana. Os leitores podem-se sentir desencorajados pelo que ele descreve ou encorajados por como o faz. Alguns leitores reconhecerão o que têm de enfrentar todos os dias quando vão trabalhar, e verão melhor aqui do que viram antes por que e como seu ambiente de trabalho está minando sua fé católica. Ele escreve:

Tenho trabalhado numa fábrica de automóveis há mais de dois anos, mas, embora ela pague bem, o ambiente é uma espécie de microcosmo do mundo em geral. Deixe-me explicar...

1) Mistura dos sexos – homens e mulheres trabalham juntos com grande proximidade. Esse tipo de trabalho destrói completamente a feminilidade da mulher. É claro que existem certas profissões nas quais as mulheres não podem trabalhar, mas por causa dessa falsa noção de igualdade, a companhia precisa permitir mulheres trabalhando. As histórias que ouvi sobre transgressões contra o 6º e o 9º mandamentos são realmente perturbadoras. Não preciso me alongar sobre isso. Mas o que as pessoas esperavam? Por que uma mulher deveria trabalhar num lugar como esse?

2) A mente dos homens é incapaz de fazer julgamentos morais – Generalizo, é claro, mas a maioria dos homens com os quais conversei não pensam em termos de moralidade (por exemplo, o bem e o mal), mas em quais prazeres podem mantê-los entretidos. Conversei com muitos colegas de trabalho e tentei levantar questões sobre moralidade de um modo que pudessem entender, mas parece que isso não entra em suas cabeças. Quando um homem já imergiu a si mesmo nas coisas da carne, é incapaz de pensar na alma. Pior, alguns desses colegas não têm vergonha alguma de se gabar de seus pecados. Outrora os homens tinham vergonha. Parece que não mais.

3) Eu sou meu próprio deus – A falsa liberdade é exaltada como o princípio norteador da vida dos homens. Tive algumas discussões com alguns de meus colegas, e o que encontrei todas as vezes foi a resposta de que a verdade e a

moralidade são uma questão puramente subjetiva. O que você acredita ser a verdade está bem para você, mas você não pode impor sua maneira de pensar a ninguém mais. Eu disse a um supervisor meu que esse tipo de pensamento é absurdo. Eu disse: e se alguém pensar que é certo ter mais de uma esposa? Ele respondeu: a crença cabe ao indivíduo. Se um homem nega um princípio básico, como o de que a verdade não é subjetiva, então não vale a pena dialogar com ele. Em essência, cada indivíduo se torna seu próprio deus, porque ELE construiu sua própria realidade ao invés de submetê-la a algo exterior.

O ambiente de uma fábrica moderna reproduz uma espécie de impiedade. Não espero que os trabalhadores de uma fábrica sejam exemplos de virtudes espetaculares, mas diria que as fábricas modernas são exponencialmente piores que aquelas descritas por Charles Dickens em seu tempo. Posso continuar e continuar, mas o ponto a que quero chegar é este: como a graça pode operar em vidas que estão sendo destruídas através do pecado e de uma vida à procura do prazer? Como alguém alcança homens que não conseguem compreender as normas morais mais elementares? É frustrante, para dizer o mínimo. Por favor, reze por nós nas trincheiras.

A mulher se libertando da feminilidade e da família, o homem se libertando da moral e da verdade objetivas – de fato, como alguém pode se aproximar, ou mesmo dialogar com uma geração tão “perversa e descrente” (Lc IX, 41)? Pelo exemplo, pela caridade e pela oração. Aconselhei o escritor a levar um terço de dedo ao trabalho para conseguir rezar discretamente dezena após dezena por seus companheiros de trabalho e para se proteger espiritualmente de seu ambiente. Mas ele precisará ser discreto. Kyrie eleison.

CURIOSIDADES Santa Rosa de Lima: Padroeira da

América Latina

Santa Rosa leu a vida de Santa Catarina de Sena e tomou-a como modelo e advogada.

Desejosa de ser, como ela, terceira dominicana, vestiu o hábito da Ordem Terceira da Penitência do Patriarca São Domingos no dia 10 de agosto de 1610. A partir desse momento julgou que deveria esmerar-se ainda mais na penitência e mortificação pela Santa Igreja, por sua pátria, pela cidade de Lima e pelas almas do Purgatório, de quem era muito devota. Para se ter uma idéia do que isso significava, convém ter presente que, desde os seis anos de idade, Rosa jejuava a pão e água nas sextas-feiras e nos sábados; aos 15 anos fez voto de não mais comer carne, a não ser por obediência; depois passou a tomar uma só refeição por dia, que constava de uma sopa feita com pão e água; além das flagelações diárias a que se submetia, usava à cintura um cilício feito de correntes, fechado por um cadeado cuja chave jogara fora. A corrente penetrou-lhe na carne, que se inflamou, provocando dores inauditas. Foi preciso quebrar o cadeado para tirar o cilício, que deixou chagas em seu corpo. O desejo de Rosa pela salvação das almas crescia em proporção do seu amor a Deus. Considerando que elas foram resgatadas por Nosso Senhor, sentia dor acerba em pensar que muitas se perdiam. Pensava, sobretudo, nos que se apartaram da verdadeira Igreja com a heresia protestante; nos pagãos mergulhados nas trevas da idolatria; e nos muitos católicos que viviam como se não tivessem uma alma a salvar. Para livrar todas as almas, queria colocar-se às portas do inferno para impedi-las de nele cair. A um de seus confessores que partilhando de seu zelo apostólico se sentiu impulsionado a levar a luz do Evangelho às terras dos idólatras, ela prometeu fazê-lo partícipe de todas as suas boas obras, contanto que ele a associasse ao mérito de seu apostolado. Tinha planos de criar um menino pobre para que ele se tornasse sacerdote e fosse às missões converter infiéis em seu lugar.

Oração a Nossa Senhora dos Anjos

Augusta Rainha dos Céus e Senhora dos Anjos, Vós que desde o princípio recebestes de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás, humildemente Vos rogamos que envieis as Legiões Celestes, para que, às Vossas ordens, persigam os infernais espíritos, combatendo-os por toda parte, confundam a sua audácia e os precipitem no abismo. Amém!