FRESA CNC CONTROLADA POR...
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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN
DEPARTAMENTO ACADEMICO DE ELETROTCNICA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAO INDUSTRIAL
FELIPE DOMENI DA SILVA FERNANDES
GABRIEL MARTIN CASTANHO
LEANDRO DE OLIVEIRA GOMES
FRESA CNC CONTROLADA POR MICROCONTROLADOR
TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO
CURITIBA
2017
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FELIPE DOMENI DA SILVA FERNANDES
GABRIEL MARTIN CASTANHO
LEANDRO DE OLIVEIRA GOMES
FRESA CNC CONTROLADA POR MICROCONTROLADOR
Trabalho de Concluso de Curso de graduao, apresentado como pr-requisito para a obteno do ttulo de Tecnlogo, do Curso Superior de Tecnologia em Automao Industrial do Departamento Acadmico de Eletrotcnica DAELT da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Rodrigues
CURITIBA
2017
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FELIPE DOMENI DA SILVA FERNANDES GABRIEL MARTIN CASTANHO
LEANDRO DE OLIVEIRA GOMES
FRESA CNC CONTROLADA POR MICROCONTROLADOR Este Trabalho de Diplomao foi julgado e aprovado como requisito parcial para a obteno do Ttulo de Tecnlogo em Automao Industrial, do Curso Superior de Tecnologia em Automao Industrial da Universidade Tecnolgica Federal do Paran.
Curitiba, 29 de junho de 2017.
____________________________________ Prof. Me. Ednilson Soares Maciel
Coordenador de Curso Departamento Acadmico de Eletrotcnica
____________________________________ Prof. Me. Thiago Alberto Rigo Passarin
.
Responsvel pelo Trabalho de Diplomao da Tecnologia Departamento Acadmico de Eletrotcnica
BANCA EXAMINADORA
________________________________ Prof. Dr. Marcelo Rodrigues Universidade Tecnolgica Federal do Paran Orientador
_____________________________________ Prof. Me. Jos da Silva Maia Universidade Tecnolgica Federal do Paran _____________________________________ Prof. Dra. Lilian Moreira Garcia Universidade Tecnolgica Federal do Paran _____________________________________ Prof. Dra. Luciane Brandalise Universidade Tecnolgica Federal do Paran
A Folha de Aprovao assinada encontra-se na Coordenao do Curso.
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A equipe dedica esse trabalho as famlias
Pelos momentos de ausncia E a comunidade acadmica da UTFPR
Pelo aprendizado
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RESUMO
FERNANDES, Felipe D. S., CASTANHO, Gabriel M. GOMES, Leandro O. FRESA CNC CONTROLADA POR MICROCONTROLADOR. 2017. 63p. Trabalho de concluso de curso de tecnologia em automao industrial Departamento acadmico de eletrotcnica, Universidade Tecnolgica Federal do Paran, Curitiba, PR 2017. O presente trabalho aborda a evoluo das mquinas ferramentas as quais so responsveis pela criao de peas e tambm pela criao de outras mquinas. Tendo em vista a movimentao da mquina, que antes era capaz de mover apenas um eixo por vez, para controles mais modernos capazes de mover simultaneamente os trs eixos. Sendo as mquinas ferramentas mais primitivas controladas por mos humanas e que normalmente exigiam mais de um operador, os sistemas atuais evoluram radicalmente, onde apenas um operador atua no controle geral da mquina. Essa forma de usinar dispensando a mo de obra excedente exigiu a insero dos computadores nos meios industriais. Com a necessidade de criar cada vez mais peas iguais e com menores desperdcios e tempo de produo, os comandos numricos tiveram seu destaque no setor industrial. Por conseguinte, o uso de controles computadorizados, antes considerados artigo de luxo, nos tempos atuais se fazem indispensveis. Assim objetivou-se construir um prottipo de uma fresadora CNC (comando numrico computadorizado). O desenvolvimento da mesma exigiu integrar vrios softwares a fim de obter um prottipo totalmente automatizado. Para tal, a comunicao entre o Arduino e o computador foi feita utilizando o Software Universal Gcode Sender, o qual somado ao GRBL permitiu a programao do microcontrolador. A modelagem em 3D foi executada com o auxlio do Sketchup Make. Todos os programas utilizados so gratuitos e apresentaram uma boa interao entre si e o Arduino. Para comprovar o funcionamento geral da estrutura foram usinadas peas em dois materiais diferentes, sendo eles o acrlico e o MDF os quais permitiram comprovar que projetos CNC baseados em microcontroladores funcionam corretamente. Palavras-chave: Mquina ferramenta. Fresa CNC. CNC com microcontrolador.
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ABSTRACT
FERNANDES, Felipe D. S., CASTANHO, Gabriel M. GOMES, Leandro O. CNC MILLING CUTTER CONTROLLED BY MICROCONTROLLER. 2017. 63p. Course conclusion work of technology in industrial automation Academic department of electro technics, Federal Technological University of Paran, Curitiba, PR 2017. The following task talks about the evolution of the tool machines that are responsible for the creation of pieces and even of other machines. Looking for the machine moves, that in the past was able to move only one axis for attempt, for more modern controls that are capable of moving the three axes simultaneously. The most primitive tool machines were controlled by human hands and normally needed more than one operator, the current systems radically evolved to a system that only one operator acts in the general control of the machine. This way to machine avoiding the over manpower demanded the inclusion of computers in the industrial environment. With the need of create each time more equal pieces and with less waste of time and production, the numerical control had their feature in the industrial department. Consequently, the use of computerized controls, previously considered lux articles, currently is indispensable. Thereby it was aimed to construct a prototype of a CNC milling (computer numeric control). The development of the machine required the integration of several computer programs in order to obtain a prototype full automatized. For such, the communication between the Arduino and the computer was done using the software Universal Gcode Sender, which in addition to GRBL allowed the programming of the microcontroller. The 3D modeling was done with the software Sketchup Make. All the software used are open source and had a fine interaction between them and Arduino. To prove the general operation of the structure were machined pieces in two different materials, being them acrylic and MDF those allowed prove that CNC projects based on microcontrollers work correctly. Keywords: Tool machine. CNC milling cutter. CNC with microcontroller.
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1- Modelo 3D fresa CNC ................................................................................ 38
Figura 2 - Simulao da placa Fritzing ................................................................... 39
Figura 3 - PCB ........................................................................................................... 40
Figura 4 - Esquema eltrico Fritzing .......................................................................... 41
Figura 5 - Motor de passo NEMA 17 ......................................................................... 43
Figura 6 - EasyDriver ................................................................................................ 44
Figura 7 - Chaves fim de curso ................................................................................. 45
Figura 8 - Arduino UNO ............................................................................................. 47
Figura 9 - Mini furadeira AD-19 ................................................................................. 49
Figura 10 - Confeco PCB....................................................................................... 50
Figura 11 - Gabinete ................................................................................................. 51
Figura 12 - Botoeiras ................................................................................................. 52
Figura 13 - Corredias metlicas ............................................................................... 53
Figura 14 - Parafuso de rosca sem fim com porca .................................................... 54
Figura 15 - Teste de calibrao 36 pontos ................................................................ 58
Figura 16 - Teste de calibrao 100 pontos .............................................................. 59
Figura 17 - Pea de teste para preciso e exatido .................................................. 60
Figura 18 - Pea usinada em acrlico ........................................................................ 61
Figura 19 - Pea usinada em MDF ............................................................................ 61
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LISTA DE SIGLAS
3D Trs dimenses APR Anlise Preliminar de Riscos CLP Controlador lgico programvel CN Comando Numrico CNC Comando Numrico Computadorizado FAA Fora Area Americana FTA Fault Tree Analysis
PPR Passos Por Revoluo
RPM Rotaes Por Minuto
TPM Total Productive Maintenance
UGS Universal Gcode Sender
USP Universidade de So Paulo
VCC Volts em corrente contnua
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LISTA DE ACRNIMOS
CAD Computer Aided Design CAE Computer Aided Engineering CAM Computer Aided Manufacturing EAP Estrutura Anlitica do projeto FMEA Failure Mode and Effect Analysis MIT Massachusetts institute of technology NEMA National Electrical Manufacturing Association NIST National Institute of Standards of Technology
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SUMRIO
1. INTRODUO ...........................................................................................08
1.1 TEMA ..........................................................................................................10
1.1.1 Delimitao do Tema ..................................................................................10
1.2 PROBLEMAS E PREMISSAS ....................................................................11
1.3 OBJETIVOS ...............................................................................................12
1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................12
1.3.2 Objetivos especficos ..................................................................................12
1.4 JUSTIFICATIVA..........................................................................................13
1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA APLICADA .............................................14
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................15
2. FUNDAMENTAO TERICA .................................................................16
2.1 EVOLUO DOS PROCESSOS DE PRODUO INDUSTRIAL..............16
2.2 PROGRAMAO CNC ..............................................................................18
2.3 SOFTWARES UTILIZADOS .......................................................................19
2.3.1 SketchUp Make ..........................................................................................20
2.3.2 GRBL 0.9J ..................................................................................................21
2.3.3 SketchUCam ..............................................................................................21
2.3.4 Makercam ...................................................................................................22
2.3.5 Universal G-Code Sender ...........................................................................22
2.4 PLANO DE MANUTENO .......................................................................23
2.5 TIPOS DE MANUTENO ........................................................................24
2.3.6 FMEA (Anlise de modos e efeitos de falha) ..............................................26
2.3.7 Funcionamento Bsico do FMEA ...............................................................29
2.4 NR 12 NORMA REGULAMENTADORA PARA MQUINAS E EQUIPAMENTOS ...................................................................................................35
3. DESENVOLVIMENTO DO PROTTIPO ...................................................38
3.1 MODELAGEM TRS DIMENSES ...........................................................38
3.2 PLACA DE CIRCUITO IMPRESSO ............................................................39
3.3 MOTORES DE PASSO NEMA17 ...............................................................41
3.4 EASYDRIVER STEPPER MOTOR .............................................................43
3.5 CHAVES FIM DE CURSO ..........................................................................44
3.5.1 FUNES HOMING E HARD LIMIT ..........................................................45
3.6 ARDUINO UNO ..........................................................................................46
3.7 ESTRUTURAS MECNICAS .....................................................................47
3.8 ASPECTOS DE MANTENABILIDADE .......................................................52
3.8.1 Motores de passo: ......................................................................................53
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3.8.2 Corredias metlicas: .................................................................................53
3.8.3 Eixos de transmisso (parafuso de rosca sem fim): ...................................54
3.9 MANUTENO AUTNOMA ....................................................................55
4. DESEMPENHO E TESTES ........................................................................56
4.1 FUNCIONAMENTO GERAL DA MQUINA ...............................................56
4.2 CALIBRAO DA MQUINA .....................................................................57
4.3 TESTES DE PRECISO E EXATIDO ......................................................60
4.4 ANLISE DOS RESULTADOS DOS TESTES ...........................................63
5. CONCLUSO.............................................................................................64
5.1 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS ..........................................66
REFERNCIAS .......................................................................................................67
APNDICE - 1 .........................................................................................................70
APNDICE - 2 .........................................................................................................74
APNDICE - 3 .........................................................................................................75
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1. INTRODUO
Este captulo abordar a utilizao de um microcontrolador (Arduino
UNO) para realizar o controle de uma fresa CNC, a qual permitir a criao de peas
a partir de um projeto pr-definido no controlador. O detalhamento do problema de
pesquisa e as premissas adotadas, metodologias aplicadas, bem como os objetivos
e suas justificativas, contando com o auxlio de um fluxograma do desenvolvimento e
o diagrama de Gantt utilizado ao decorrer do projeto tambm sero partes
integrantes deste captulo.
Dentro do processo fabril o desenvolvimento de mquinas para
aumentar a velocidade da produo, repetibilidade, bem como a melhoria da
qualidade da mesma, se fez ao decorrer dos anos cada vez mais necessrio. Esse
fato trouxe consigo a necessidade de criar e aprimorar tambm as mquinas que
fazem peas e mquinas para fazerem mquinas, a fim de aprimorar a qualidade
das mesmas. Assim as mquinas usadas para criar peas, as mquinas
ferramentas, que eram limitadas a movimentao de um eixo por vez e dependiam
totalmente da execuo manual comearam a ganhar maior importncia.
Amrico Luiz de Azevedo (2008) afirma que a FAA - fora area
americana, em 1947 se deu conta da importncia das mquinas ferramenta e de
como elas poderiam representar um grande avano na fabricao de avies e
materiais blicos. A partir disso custeou projetos para pesquisa e desenvolvimento
de tecnologias que aprimorassem a qualidade das mesmas, sendo que em 1953
demonstrou o prottipo da mquina de comando numrico no MIT.
Inicialmente as mquinas de comando numrico tinham rotinas
baseadas em diversos mtodos, os quais ainda necessitavam da ao humana para
poderem executar corretamente. Avanos em estudos sobre novas tecnologias
permitiram que os cartes magnticos, fitas perfuradas e afins fossem ao longo do
tempo sendo substitudos por tecnologias mais avanadas e cada vez mais
independentes, como os disquetes e sistemas de dados centralizados (AZEVEDO
2008).
O desenvolvimento dos comandos numricos acompanhou tambm a
evoluo dos sistemas CAD (Computer Aided Design) e CAM (Computer Aided
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Manufacturing), os quais integrados tecnologia empregadas nos CN permitiram
que os mesmos conseguissem executar tarefas de maior complexidade. Joo Paulo
Marciano professor da USP afirma que o CNC o dispositivo eletrnico que permite
a mquina executar suas tarefas sem a necessidade de uma interveno do
operador. A associao dos sistemas CAD/CAM aos comandos numricos exigiu
que os mesmos passassem por melhorias e que os sistemas pudessem ser mais
automatizados, reduzindo assim o grau de dependncia dos operadores e ao
mesmo tempo aumentando o nvel de complexidade dos sistemas.
Amrico Luiz de Azevedo em seu artigo os primrdios do controle
numrico (2008) afirma que com a necessidade de sistemas mais complexos a
sada encontrada foi padronizar as operaes e com isso foi criada uma linguagem
padro para a programao dos CNCs, o cdigo G. No decorrer da dcada de 50 os
primeiros CN passaram a obedecer a ordens diretas de computadores, assim
caracterizando o incio da era CNC. Em meados de 1970, os sistemas CAD
comearam a ter uma aplicao maior na indstria substituindo os desenhos
manuais.
A revoluo das mquinas com a tecnologia CAD/CAM embutida
permitiu a interpretao das geometrias das peas, que de acordo com Marciano, ao
serem traduzidas para cdigo G possibilitou as peas mais complexas serem
usinadas pelas mquinas ferramentas de uso industrial como tornos, fresas, tupias
entre outros.
O avano tecnolgico permitiu que cada vez mais fossem utilizados
computadores menores dedicados a uma funo especfica devido a eletrnica que
permitiu utilizar processadores com capacidade de executar funes de
computadores avanados a preos muito menores. Azevedo (2008) afirma que a
necessidade de criar diversas peas iguais, com menor o tempo de produo e alto
grau de complexidade, comeou a ser sanada com tecnologias de carto magntico
e fita perfurada, as quais permitiram criar cpias de modelos, porm no eram to
eficientes, considerando o tempo demandado para que o operador pudesse preparar
a fita ou o carto. O segundo avano foi quando passaram a ser utilizados o
disquete e os sistemas de dados centralizados, capazes de executar um mesmo
programa para vrios sistemas simultaneamente, bastante prtico, porm com uma
confiabilidade baixa.
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Ao perceber a importncia desses sistemas, a FAA fez os maiores
investimentos na rea na dcada de 50, fazendo com que o sistema deixasse de ser
manual e passasse a utilizar os comandos numricos (AZEVEDO, 2008), os quais
evoluram para comandos numricos computadorizados.
Os controles CNC so capazes de controlar os eixos X, Y e Z,
simultaneamente, permitindo o tempo de produo menor, a repetibilidade da
mquina ser maior e os projetos mais complexos serem executados com maior
perfeio cuja tecnologia foi barateada pela utilizao de microprocessadores a
partir do ano 2000, possibilitando aos mesmos serem utilizados alm dos meios
industriais, tambm por hobbystas e microempresas.
1.1 TEMA
Um projeto iniciado no NIST (National Institute of Standards and
Technology) foi desenvolvido a fim de que os CNCs tivessem cdigo aberto, o qual
entrou em domnio pblico e virou open source (PROTOTIMUS, 2012). Em 2009 foi
liberada a primeira verso open source de um firmware o qual permitiu que
mquinas cartesianas de trs eixos (X, Y, Z) fossem controladas por um
microcontrolador. O Firmware GRBL permite que o Arduino UNO seja programado e
execute as rotinas no CNC.
1.1.1 Delimitao do Tema
Dentre os diversos equipamentos que utilizam CNC, entre eles:
impressoras 3D, mquinas de corte a laser, corte a plasma, mquinas de desenho e
pintura, furadeiras automticas entre outros, o tema de controles numricos
computadorizados delimitado neste trabalho ao uso do microcontrolador Arduino
UNO para controlar uma fresa CNC.
Na gama de softwares existentes para o controle de comandos
numricos, o presente projeto delimita esse universo utilizao de softwares
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gratuitos que no se limitam a trabalhar com fabricantes ou famlias especficas para
cada componente como os drivers e motores de passo.
O projeto em sua estrutura dimensionado para usinar peas em
acrlico e MDF, com superfcies de no mximo 200mm de comprimento, com 180mm
de largura, e espessura de at a 50mm. Para tal conta com uma mini furadeira de
12000 RPM, alimentada a uma tenso de 12Vcc, esta com uma pina limitadora de
fresa com dimetro de 3mm.
Para a movimentao do prottipo, so necessrios motores
responsveis pelo deslocamento da mesa de cortes bem como para deslocamento
da ferramenta no sentido vertical. O presente projeto conta com motores de passo
NEMA 17.
1.2 PROBLEMAS E PREMISSAS
Sendo o microcontrolador um pequeno componente eletrnico, dotado
de uma inteligncia programvel que pode ser utilizado nos controles de processos
lgicos (SOUZA 2005) e que tem um custo baixo em relao CLPs, cada vez mais
est presente em tudo que envolve eletrnica, diminuindo o tamanho, facilitando
manuteno e gerenciando tarefas internas de aparelhos eletrnicos (VII CONNEPI,
2012).
Tendo em vista a necessidade de construir projetos cada vez mais
enxutos e funcionais surge a grande dificuldade de se colocar todos os recursos
necessrios em um mesmo sistema.
Dentro de todas as disciplinas do curso, foi possvel enxergar uma
oportunidade de construir um projeto totalmente automatizado que integrasse os
conhecimentos gerados e principalmente focasse na utilizao de
microcontroladores por serem dispositivos de controle de baixo custo e alta
eficincia, capazes de agregar diversos recursos em espaos reduzidos.
A utilizao do microcontrolador exige criatividade para desenvolver os
projetos de hardware e software, uma vez que o mesmo capaz de efetuar vrias
funes que necessitam de uma gama de outros componentes, tornando assim a
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programao deste uma tarefa de aprender a resumir circuitos em um componente
nico.
A partir do conhecimento supracitado, este projeto tem por finalidade
responder a seguinte pergunta:
possvel desenvolver um sistema de controle numrico
computadorizado utilizando microcontroladores e softwares livres?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
O presente trabalho tem como objetivo geral desenvolver um projeto de
automao utilizando o microcontrolador Arduino UNO com a finalidade de controlar
uma fresadora CNC a partir de softwares gratuitos.
1.3.2 Objetivos especficos
Modelar um projeto mecnico em um software de desenho 3D.
Desenvolver um prottipo que execute as aes programadas.
Programar o microcontrolador Arduino UNO para executar os
comandos da fresa CNC.
Testar programaes iniciais de parametrizao.
Desenvolver G-code a fim de que o CNC execute os comandos do
Arduino.
Testar programao com desenhos.
Demonstrar que projetos microcontolados podem apresentar uma qualidade elevada e resultados muito satisfatrios para projetos com grandes exigncias.
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1.4 JUSTIFICATIVA
De acordo com Marcio Venturelli (2016), vive-se um perodo de
transio entre e a terceira e a quarta revoluo industrial, no qual a insero dos
computadores no meio industrial para fazer o controle de processos permite a
padronizao da qualidade, reduzindo os custos de processo.
O surgimento de novas tecnologias trouxe com elas novos conceitos,
como o caso de projetos microcontrolados, os softwares livres e os open source,
os quais permitem um processo de melhoria contnua, advindos da comunidade de
usurios. A grande vantagem destes a maleabilidade que eles oferecem,
permitindo aos mesmos serem alterados por qualquer usurio, sem a necessidade
de comprar uma licena, ou existirem bloqueios em seus cdigos fonte, o que
permite que sejam adaptados a diferentes projetos e adequados a todas as
necessidades que estes venham a apresentar.
Essa integrao entre a comunidade de usurios de softwares livres e
open source permite que os mesmos possuam atualizaes mais rpidas e
frequentes do que as plataformas que necessitam de uma licena ou possuam
quaisquer bloqueios totais ou parciais em seus cdigos.
A utilizao de microcontroladores para tais processos permite que a
produo em massa possa ocorrer de forma rpida e eficaz, assim como a
personalizao pode ocorrer da mesma forma.
Os conhecimentos desenvolvidos no curso permitiram entender estas
vantagens de se aplicar microcontroladores para fazer o controle eletrnico de
mquinas. A possibilidade de integrar vrios sistemas e criar projetos padres, os
quais podem ser replicados diversas vezes com a mesma qualidade, faz com que a
procura pela utilizao de microcontroladores aumente e se torne uma cada vez
mais comum a presena dos mesmos no meio industrial. De acordo com o artigo
Indstria 4.0 (EXAME, 2016) para que a indstria nacional possa ter competitividade
no mercado mundial produtividade precisa aumentar diminuindo custos, assim a
utilizao dos microcontroladores passa a ser uma necessidade nos tempos
modernos.
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1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA APLICADA
Para dar incio ao trabalho, a primeira etapa consistiu em definir um
projeto a partir das anlises levantadas durante o curso em relao s tendncias de
mercado no ramo industrial. Com isso foi feito o levantamento de referncias
bibliogrficas, com o intuito de obter informaes necessrias para a sua
estruturao. Feito isso, a pesquisa de natureza cientfica e aplicada, a partir das
informaes obtidas durante a pesquisa, visa cumprir os objetivos previamente
listados.
Com o projeto definido e realizadas as revises bibliogrficas, a etapa
seguinte constitui em definir um projeto que atenda aos objetivos supracitados. A
partir da escolha da fresa CNC como projeto a ser desenvolvido e estudado, o
trabalho se subdivide em duas partes: a primeira a confeco mecnica e a segunda
a programao do microcontrolador.
A parte mecnica consiste em uma mesa que se movimenta em duas
direes, tratadas como eixos X e Y, a qual conta com o auxlio de dois motores de
passo para fazer sua movimentao (um motor para cada eixo). E com um terceiro
eixo capaz de se movimentar verticalmente, a fim de fazer a funo de eixo Z. Este
terceiro eixo tambm conta com um motor de passo dedicado a fazer os movimentos
de subida e descida, alm disso, ele conta tambm com uma mini furadeira a qual
ter a funo de acionar as ferramentas (fresas) para fazer as usinagens das peas.
A parte de programao consiste em programar um microcontrolador
Arduino UNO para executar a funo de controlar a fresadora CNC, para tal ser
necessrio integrar alguns softwares que faro desde a transformao dos
desenhos em G-code at a programao do controlador propriamente dita.
Concludas a parte mecnica e de programao necessrio fazer as
simulaes e testes individuais de cada uma e com as simulaes funcionando
atrelar as duas partes a fim de que o projeto mecnico obedea programao.
Com toda a parte mecnica e de programao funcionando corretamente, depois de
atreladas, possvel desenvolver as medidas de segurana do projeto, bem como
definir os aspectos de mantenabilidade.
Por fim realizar-se-o os testes finais e as concluses sobre o projeto.
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1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO
O captulo 1 iniciou com a introduo do projeto, o tema, objetivos do estudo,
mostrando o problema e premissas, a justificativa, e uma breve apresentao da
metodologia aplicada.
O captulo 2 apresentar detalhes dos sistemas de automatizao,
tecnologias CAD, CAM e CAD/CAM, e tambm abordar questes de segurana, a
tratar de FMEA, FTA, plano de manuteno e NR12.
O captulo 3 explica a metodologia aplicada, abordando todos os passos da
execuo mecnica e eletrnica do projeto, bem como apresenta os aspectos de
segurana e mantenabilidade.
O captulo 4 demonstra a aplicao da metodologia exposta no captulo 3
para o sistema apresentando as simulaes dinmicas do projeto (testes, falhas e
resultados).
Por fim, no captulo 5 encerra-se o estudo com as consideraes finais e
proposies de trabalhos futuros para a continuao e aprimoramento da linha de
pesquisa iniciada nesse trabalho.
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2. FUNDAMENTAO TERICA
O presente captulo tem por objetivo apresentar as estruturas utilizadas
no projeto, sua fundamentao terica, apresentando assim os sistemas
automatizados e as tecnologias CAD (Computer Aided Design), CAM (Computer
Aided Manufacturing) e CAE (Computer Aided Engineering). Bem como apresentar
os softwares utilizados para o funcionamento do prottipo explicando as funes de
cada um e tambm a aplicao especfica no projeto. Este captulo ainda conta com
os aspectos de manuteno, aplicaes da NR 12, FMEA (Failure mode and effect
analysis), FTA (Fault Tree analysis) aplicados sobre o projeto.
A fim de obter vantagem competitiva e sobreviver com sucesso no
atual ambiente empresarial globalizado, a indstria tem incorporado tcnicas de
automao visando suprir a necessidade de uma rpida adaptao s mudanas no
sistema de produo, garantindo aceitvel volume de produo e variabilidade de
produtos (MAGGIO, 2005).
Para tal, desenvolver e aprimorar mquinas capazes de desenvolver
produtos com maiores graus de preciso e variaes para uma mesma pea a fim
de torn-la diferente do que j existe no mercado se faz uma necessidade urgente. A
integrao da tecnologia com a evoluo e desenvolvimento de softwares de
desenho e manufatura, ainda mais imprescindvel, tem seu papel fundamental para
que essas exigncias sejam atendidas.
2.1 EVOLUO DOS PROCESSOS DE PRODUO INDUSTRIAL
As exigncias do mercado em relao ao design industrial em busca de
objetos mais funcionais e esteticamente melhor apresentveis aliadas ao
desenvolvimento de mtodos e softwares para modelagem e manipulao de
superfcies (CHOI E JERARD, 1998), bem como a reduo dos custos de hardware,
possibilitam o desenvolvimento de objetos e produtos com formas complexas, o que
os torna mais competitivos e atraentes para os consumidores (SAVIO et al., 2007).
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A dcada de 50 trouxe consigo diversos aspectos de melhorias e
integrao de tecnologias, muitas dessas aprimoradas e utilizadas at os tempos
atuais. As primeiras aplicaes de computadores em processos de engenharia
tiveram incio nessa dcada atravs do MIT, o qual iniciou as discusses sobre a
tecnologia CAD/CAM. Nesta poca os sistemas CAD eram limitados descrio de
entidades geomtricas em duas dimenses, criao e manipulao de desenhos
em terminais grficos monocromticos (BZIER, 1993).
No princpio, os sistemas automatizados funcionavam de forma
fechada e dedicada somente a processos especficos, controlando individualmente
cada processo de uma instalao. Com o passar dos tempos os sistemas se
tornaram mais complexos e robustos, permitindo que os processos industriais
fossem capazes de se comunicar e abranger mais processos a fim de aperfeioar o
funcionamento da planta como um todo.
A dcada de 70 trouxe um grande avano para a tecnologia CAD, a
qual ficou marcada pelos softwares que ganharam um incremento bastante
significativo, o desenvolvimento de tcnicas para a representao de objetos em trs
dimenses (3D) (ENGEP, 2003). Atualmente essa ferramenta indispensvel e
assume diversas funcionalidades que vo alm da simples modelagem em duas
dimenses, mas tambm capaz de fazer:
Modelagem 3D de produtos com formas complexas;
Analises de interferncias entre peas;
Analises das formas geomtricas a fim de auxiliar a manufatura;
Definio de reas, volume e centro de massa do produto;
Padronizao de medidas e detalhamentos;
Criao de banco de dados de manufatura.
Os sistemas CAD tem a grande vantagem de serem sistemas
altamente flexveis, o que permite ter sua aplicao para modelagem dentro de
diversas reas tcnicas como aeroespacial, arquitetnica, mecnica, automotiva,
eltrica, eletrnica entre outras (KONG apud ENGEP, 2003) Sabendo que os
sistemas CAD trazem consigo uma padronizao estes esto diretamente ligados
aos sistemas CAE (Computer Aided Engineering) e CAM, responsveis por fazer os
clculos e executarem os projetos de engenharias, respectivamente, baseados nos
croquis CAD.
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O termo CAE compreendido como um conjunto de tcnicas capazes
de avaliar os aspectos de um produto, geralmente concebido por CAD (MORAIS,
2003). A principal aplicao de tais tcnicas se baseia em testar os termos prticos
de limitaes que um produto pode ou no apresentar como, por exemplo, testar a
suspenso de um veculo, uma estrutura metlica sujeita a cargas mecnicas entre
outros exemplos. A maior vantagem desse recurso a possibilidade de substituir
experimentos em laboratrios, os quais demandam muito tempo e recursos, por
programas altamente confiveis alimentados com informaes reais capazes de criar
prottipos virtuais que apresentam resultados bastante fidedignos a realidade.
O processo CAM pode ser entendido como um programa auxiliar do
processo da manufatura via computador, dentre eles podemos citar o CNC (controle
numrico computadorizado) e o CLP (controlador logico programvel). No modelo de
programao CNC a lgica de programao normalmente se baseia nos desenhos
obtidos do sistema CAD e modelados para obter os movimentos das ferramentas
para construo das peas, como tambm para funes auxiliares como, por
exemplo, a refrigerao das ferramentas.
2.2 PROGRAMAO CNC
Amrico Luiz de Azevedo (2008) afirma que o surgimento de mquinas
ferramentas com controle numrico (CN) aconteceu na dcada de 50 atravs de
pesquisas aplicadas desenvolvidas no MIT. Em sua maior parte patrocinados pela
Parsons Corporation, houve a necessidade de substituir as fitas perfuradas, de baixa
capacidade de produzir cpias, por computadores capazes de executar com mais
preciso e velocidade as mesmas tarefas. Tal controle foi desenvolvido,
complementando a sigla CN para CNC (controle numrico computadorizado) o qual
reduziu a operao manual e aumentou a confiabilidade dos processos industriais.
Para que os CNCs atendam as necessidades das plantas e possam
produzir peas iguais com uma boa confiabilidade e repetibilidade, os mesmos
devem ser programados. Existem trs maneiras de se programar o CNC, em
projetos de pequena complexidade ou em pequenas modificaes o programador
define a movimentao da ferramenta e assim define o programa, essa
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19
programao chamada de direta. A segunda, programao direta na maquina, o
programador interpreta o desenho e calcula a trajetria da maquina preenchendo um
formulrio que depois poder ser digitado direto na maquina. A terceira e mais
tradicional, a programao auxiliada por computador uma linguagem padro onde
o programador gera o cdigo fonte com a definio da geometria e da trajetria da
ferramenta (SAYURI TAHARA, 2009).
Todo o conhecimento supracitado possibilitou ao presente projeto ter
seu desenvolvimento auxiliado por alguns softwares, que permitem que a fresadora
CNC execute os comandos enviados pelo microcontrolador Arduino UNO. Os
programas escolhidos para as aplicaes no projeto, dentre tantos existentes foram
utilizados pelo fato de serem de software livre e apresentarem uma boa interao
nas comunicaes entre si atendendo as necessidades do trabalho.
2.3 SOFTWARES UTILIZADOS
Os softwares selecionados para a execuo do projeto sero
apresentados neste tpico, bem como o funcionamento de cada um e o motivo da
escolha dos mesmos. Em primeiro lugar, para desenvolver o projeto, foi necessrio
idealizar um prottipo da fresadora, e para tal foi utilizado o Sketchup Make, que
serviu para fazer a modelagem 3D do prottipo. Posteriormente foi necessrio
utilizar um Firmware para o Arduino, o GRBL 0.9J, que responsvel pela
programao do microcontrolador e tambm a comunicao do mesmo com o
computador servidor.
Com o prottipo montado e o microcontrolador devidamente
programado em suas funes bsicas, se faz necessria a utilizao de outro
software, o Scketchucam, o qual faz a converso das imagens, geradas no Sketchup
Make, em G-code. Tal cdigo interpretado pelo Arduino, a fim de que este execute
a rotina de programao para comandar a ferramenta, no caso fresadora, para
executar a tarefa de corte, ou furo dependendo da solicitao. Paralelo a este
programa, o projeto conta tambm com o software Makercam, capaz de transformar
uma imagem que no precisa ter sua origem em um programa de modelagem ou
tecnologia CAD, em linguagem CNC (G-code).
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20
Por fim necessrio utilizar um software capaz de fazer o
interfaceamento entre o microcontrolador e o computador, a fim de que a
programao G-code possa ser transmitida, interpretada e executada e para tal o
projeto conta com o Universal G-code Sender.
2.3.1 SketchUp Make
O SketchUp Make uma ferramenta com tecnologia CAD, que possui
sua nfase em desenhos 3D, se trata de um software com verso gratuita,
desenvolvido pelo Google, que permite ao usurio importar arquivos de quaisquer
outras plataformas CAD. O mesmo possui extenses add-on que permitem ao
programa resolver todo o tipo de problemas com modelagem, alm de uma ampla
biblioteca virtual de arquivos 3D, que permite ao usurio encontrar e compartilhar
modelos para as mais diversas utilidades, que abrangem desde os primeiros
estgios do design at o final da construo.
De acordo com o fabricante (SKETCHUP), o programa tambm conta
com um site interativo e diversos vdeos tutoriais os quais ensinam a utilizar todas as
ferramentas. O programa inclui diversas opes de modelagem que abrangem todas
as reas de modelagem entre elas a criao de formas geomtricas, manipulao
das faces, arestas, vrtices, e ferramentas que permitem fazer detalhes mais
elaborados como iluminao e textura.
A escolha deste software para fazer a modelagem da planta foi feita em
primeiro lugar devido a possuir uma verso gratuita, as outras caractersticas so a
facilidade de modelar em 3D com essa ferramenta bem como os recursos
disponveis serem suficientes para atender as necessidades de desenho do projeto.
Enquanto os softwares que poderiam ser utilizados em seu lugar exigiam uma maior
habilidade com ferramentas de desenho e em sua maioria no eram gratuitos, o
Sketchup Make atendeu todas as necessidades do projeto. Dentro das opes
disponveis existem os softwares: TinkerCAD, Blender, 3DSlash e openSCAD.
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21
2.3.2 GRBL 0.9J
O firmware embarcado GRBL 0.9J, se trata de um conjunto de
instrues operacionais programadas diretamente no hardware do Arduino. Este
uma ferramenta de alto desempenho para controle CNC e interpretao de Gcodes
escrito em uma linguagem C optimizada a fim de que o mesmo funcione diretamente
no Arduino. Trata-se de um firmware open source utilizado em larga escala na
confeco de impressoras 3D.
Este tem alto desempenho para controle do movimento de mquinas,
sendo utilizadas em mbito industrial em diversos projetos como mquinas de corte
a laser, furadeiras, mquinas de desenho entre outras. Sendo um programa
embarcado simples e bastante enxuto este no exige que a plataforma a ser
instalada tenha grandes requisitos e por ser um firmware open source, permite ao
usurio fazer as modificaes que julgar necessrias para o seu projeto. De acordo
com o desenvolvedor a origem open source deste firmware se deu em 2009,
inspirado no interprete G-code do Arduino.
A seleo deste Firmware para o presente projeto foi baseada no fato
deste ser direcionado plataforma Arduino, de cdigo aberto. Sua vantagem em
relao aos demais est em ser open source, ao contrrio de seus concorrentes. O
fato de o firmware no ser open source impossibilita ao usurio fazer qualquer tipo
de alterao em seu cdigo base, deixando o preso a atualizaes do fabricante.
2.3.3 SketchUCam
O SketchUCam um plugin gratuito open source, com a funo de
escrita, desenvolvido especificamente para o SketchUp, o qual permite a criao de
G-Codes para controlar maquinas CNC, possibilitando modelar e usinar os
desenhos do SketchUp. O fabricante (SKETCHUCAM) afirma que um dos ltimos
avanos desta ferramenta foi o fato de permitir criar uma soluo CAM completa
dentro do SketchUp, dispensando interveno de outros softwares.
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22
A aplicao desta ferramenta no presente projeto fazer a converso
dos desenhos gerados no SketchUp Make em G-Code, a fim de que a pea possa
ser usinada pela fresadora CNC. O SketchUCam foi criado especificamente para a
aplicao em CNCs e teve sua escolha para o projeto por ser um Plug-in livre, open
source, compatvel com a plataforma do SketchUp Make.
2.3.4 Makercam
O software MakerCam um programa executvel diretamente na web
baseado na filosofia CAM. Essa ferramenta permite criar os caminhos para a
ferramenta a qual pode ser utilizada com trs eixos. O fabricante (MAKERCAM)
afirma que esse software interpreta a imagem e transforma em G-code, a fim de que
a pea possa ser usinada. Essa imagem pode ser tirada da internet, desde que a
mesma esteja no formato svg.
A escolha do MakerCam foi feita para o presente projeto por ser uma
plataforma livre, que no precisa ser baixado no computador permitindo que os
desenhos sejam traduzidos para G-code direto pela internet e apenas sejam salvos
no computador, j no formato .cn, o qual pode ser interpretado por quaisquer
softwares de programao CNC.
2.3.5 Universal G-Code Sender
O Universal G-code Sender (UGS) uma plataforma livre, que contm
em sua estrutura aplicao Java, o qual inclui todas as dependncias externas,
assim basta a mquina possuir o ambiente Java para que o Setup do UGS
providencie o resto e com isso, de acordo com o desenvolvedor (Universal G-Code
Sender) dispensa a instalao do programa na mquina. Essa ferramenta
responsvel por fazer a transferncia de todos os cdigos G gerados do software de
origem, ou do arquivo por ele criado, para o Arduino. O UGS uma plataforma
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completa que se destaca por ser compatvel com controladores CNC avanados
como o GRBL e o TinyG.
Esse software estabelece a comunicao entre o Arduino e o PC, e
executa os cdigos G criados por outros softwares, sendo ele o ultimo da cadeia de
funcionamento, ou seja, a partir do momento que a informao chega ao UGS, ela
interpretada e transferida para o Arduino. Ao receber esse sinal o Arduino atua suas
portas de sada, fazendo com que a ferramenta seja ligada e execute as tarefas
necessrias para desenvolver a usinagem.
A escolha do UGS foi feita para o projeto por ser um software livre e o
mesmo possuir um amplo campo de compatibilidade, assim atendendo as
necessidades do Arduino.
2.4 PLANO DE MANUTENO
Segundo Kardec e Nascif (2013 p. 26), possvel entender a
manuteno como o conjunto de cuidados tcnicos indispensveis ao
funcionamento regular e permanente de mquinas, equipamentos, ferramentas e
instalaes. Para tanto devemos prevenir, conservar, adequar, restaurar, substituir.
A manuteno tem como objetivo manter equipamentos e mquinas
em condies de pleno funcionamento para garantir uma produo normal e a
qualidade dos produtos fabricados pelas mesmas em uma determinada indstria.
A manuteno ideal de uma mquina ou equipamento aquela que
permite alta disponibilidade para produo durante todo o tempo em que ela estiver
em servio e a um custo adequado, sem um bom programa de manuteno, os
prejuzos sero inevitveis, pois mquinas com defeitos ou quebradas podem
causar:
Diminuio ou interrupo da produo;
Atrasos nas entregas;
Perdas financeiras;
Aumento dos custos;
Insatisfao dos clientes;
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24
Perda de mercado.
A manuteno ideal a que permite alta disponibilidade para a
produo durante todo o tempo em que ela estiver em servio e a um custo
adequado. Kardec e Nascif (2013) afirmam que a vida til de um componente o
espao de tempo que este componente desempenha as suas funes com
rendimento e disponibilidades mximas. Ciclo de vida de um componente a
variao dos nmeros de defeitos acumulados em funo do nmero de horas
trabalhadas de um componente.
Para que ocorra manuteno, h necessidade que exista disposio
os seguintes recursos:
a) Recursos materiais equipamentos de teste e de medio, ferramentas
adequadas, espao fsico satisfatrio, entre outros;
b) Recursos de mo de obra dependendo do tamanho da empresa e da
complexidade da manuteno aplicada, h a necessidade de uma equipe
formada por profissionais qualificados em todos os nveis;
c) Recursos financeiros necessrio para uma maior autonomia dos trabalhos;
d) Recursos de informao responsvel pela capacidade de obter e armazenar
dados que sero a base dos planos de manuteno.
2.5 TIPOS DE MANUTENO
De acordo com Kardec e Nascif (2013) os tipos de manuteno
existem: a corretiva, a preventiva, a preditiva e a detectiva. Pode-se entender como
manuteno corretiva, os sistemas de consertos aps a falha, podendo ser dividida
em manuteno corretiva planejada e manuteno corretiva no planejada.
Os autores definem como manuteno no planejada aquela que
ocorre quando no h uma programao de data e hora, e pode ocorrer a qualquer
momento, e conhecida como corretiva, e visa corrigir problemas, podendo ser:
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25
a) Inesperada tem o objetivo de localizar e reparar defeitos repentinos em
equipamentos que trabalham em regime contnuo.
b) Ocasional so consertos de avarias que no param a mquina. Ocorrem
quando h a parada de mquina por outro motivo que no o defeito.
Enquanto a manuteno Planejada a correo do desempenho
menor que o esperado ou da falha, por deciso gerencial, isto , pela atuao em
funo do acompanhamento preditivo ou pela deciso de operar at a quebra
(KARDEC E NASCIF 2013).
A adeso para este tipo de manuteno pode advir de vrios fatores:
A falha no oferece qualquer possibilidade de risco s pessoas e
instalaes;
Possibilidade de conciliar a necessidade de interveno com os
objetivos de produo;
Garantia de disponibilidade de sobressalentes e ou, ferramentas
necessrias execuo da manuteno;
Existncia de recursos humanos necessrios execuo da
atividade.
a) Preventiva o conjunto de procedimentos e aes
antecipadas que visam reduzir ou evitar a falha ou quebra de desempenho,
obedecendo a um plano previamente elaborado baseado em intervalos definidos no
tempo.
b) Preditiva ao preventiva baseada no conhecimento das
condies de cada um dos componentes das mquinas e equipamentos. Os dados
so obtidos atravs de testes peridicos para determinar a poca adequada para
substituio e reparao das peas.
Existem algumas condies bsicas para que seja estabelecida este
tipo de manuteno:
O equipamento, sistema ou instalao deve permitir algum tipo de
monitoramento, deve ter este tipo de manuteno justificada pelos custos
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26
envolvidos, as falhas devem ser originadas de causas que podem ser monitoradas e
ter sua progresso acompanhada, adoo de um programa de acompanhamento,
anlise e diagnstico sistematizados.
c) Detectiva a atuao efetuada nos sistemas de proteo,
buscando detectar falhas ocultas ou no perceptveis ao pessoal de operao e
manuteno. Sendo esta deteco primordial para garantir a confiabilidade.
Atualmente crescente a utilizao de computadores digitais em instrumentao e
controle de processos nos mais diversos tipos de plantas industriais.
2.3.6 FMEA (Anlise de modos e efeitos de falha)
uma ferramenta da qualidade contida num pacote de ferramentas
que servem para melhorar e alavancar os processos. Dentre elas tem-se o diagrama
de Ishikawa, a Matriz de Causa e Efeito, Mapas de Processos, Diagrama de Pareto,
controle estatstico de processos entre outras.
Matriz de Causa e Efeito ou Diagrama Ishikawa (seis Ms Material,
Mo de obra, mquina mtodo de trabalho, Meio ambiente, Medidas)
O Diagrama de Causa e Efeito uma tcnica que mostra a relao
entre um efeito e as possveis causas que podem estar contribuindo para que ele
ocorra.
usado para visualizar, em conjunto, causas principais e secundrias
de um problema. Amplia a viso das possveis causas de um problema,
enriquecendo a sua anlise e a identificao de solues, analisando processos
para sua melhoria.
Possui trs tipos de ao:
1. Ao Preventiva: atua nas causa do problema antes que ele ocorra,
2. Ao Corretiva: aps a deteco do problema, busca-se eliminar a
causa.
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27
3. Ao de Conteno: quando no possvel eliminar a causa do
problema, tomada uma ao para que o problema no se propague.
Categorizao das causas:
o Mtodo: causas relacionadas ao processo e aos procedimentos, ou
seja, como o trabalho realizado.
o Mo de Obra: causas relacionadas s pessoas envolvidas com o
efeito, tais como, capacitao, jornada de trabalho, etc.
o Mquina: causas relacionadas a mquinas e equipamentos que podem
estar relacionadas com o efeito.
o Material: causas relacionadas ao material e insumos utilizados no
processo.
o Medidas: causas relacionadas como o processo mensurado,
calibrao dos instrumentos de medio, etc.
o Meio Ambiente: caractersticas do ambiente em que o processo ocorre,
tais como, temperatura, umidade, clima organizacional, etc.
Para o projeto foi realizado o diagrama Ishikawa com um efeito
relacionado ao projeto, onde as medidas de tolerncia da pea usinada se
encontram fora dos padres exigidos pelo projeto apresentado.
Para tal, o diagrama relaciona as possveis causas, sendo estas
discutidas para que seja dirimido o problema.
Para tanto a mquina apresenta uma variao de medidas que esto
relacionadas com a fabricao dos eixos (fusos) que fazem o movimento da mesa
no sentido horizontal, e o movimento da ferramenta no sentido vertical. Tambm
est relacionado com as corredias metlicas que tem seu movimento efetuado por
pista de rolamento com esferas metlicas, o que no confere preciso absoluta.
Neste sentido a preciso est relacionada com a mquina no diagrama Ishikawa.
Para soluo deste problema devemos mudar os parafusos sem fim
com porca para fusos e flanges usinados com preciso em milsimos de milmetros
e as corredias metlicas por guias lineares.
O diagrama de Ishikawa do projeto pode ser observado no diagrama 1.
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28
Diagrama1, diagrama de Ishikawa.
Fonte: Autoria prpria.
O FMEA uma ferramenta para analisar os modos de falhas e seus
efeitos, um mtodo detalhado quantitativo que serve para analisar e documentar
os modos de falhas de um processo ou produto.
Analisa e identifica potenciais erros chaves;
Atribui a severidade destes erros, ou seja, os quo crticos estes erros podem
ser para o processo;
Determina com que frequncia esses erros ocorrem;
Determina qual a facilidade de deteco dos erros.
O FMEA fornece trs grandes benefcios;
1. Fornece uma avaliao quantitativa de todos os defeitos e controles atuais
para cada passo do processo;
2. Permite ter um profundo conhecimento do processo uma vez que todas as
ocorrncias e todas as aes que so recomendadas para que se conclua e
se reduza os modos de falha ficam armazenadas como uma memria tcnica
Produto final fora de especificao (medidas)
MQUINA
Parafuso sem fim c/ porca
MEDIDA MEIO AMBIENTE
MTODO MO DE OBRA MATERIAL
Motor de Passo
Procedimento de controle
Operador inexperiente
Corredias metlicas
Instrumento de medio de baixa confiabilidade
Temperatura
Fragilidade do material
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29
para os futuros colaboradores ou para que precise ter acesso a estas
informaes;
3. Permite a equipe de manuteno rastrear as aes, histrico e melhorias
feitas no processo, alm da melhoria do projeto.
Existem trs tipos diferentes de FMEA, so eles:
a) FMEA de Sistemas, que o de mais alto nvel, usado na face inicial de
anlise, e usado nas fases preliminares de projeto;
b) FMEA de Projeto analisa o sistema, subsistemas, partes e componentes de
um produto na fase de projeto;
c) FMEA de Processo tem foco no fluxo, na sequncia, nos equipamentos
inseridos, nos inputs e outputs e nos setpoints ou configuraes para cada
modo de falha do processo.
O FMEA pode ser utilizado para identificar riscos em um processo atual
ou para avaliar riscos em um novo. Ao encontrar riscos em um processo estes
podem ser corrigidos antes que ocorram, sendo assim uma abordagem proativa de
avaliao de risco. Quando em uma nova soluo se utiliza este dispositivo para
prevenir erros no futuro e desta forma manter os processos livres de falhas. O FMEA
deve ser Dinmico o que significa que quando o processo mudar o este tambm
dever ser mudado.
Ele deve ser atualizado durante todo o ciclo de vida do projeto. A
principal entrada (input) vem do mapa de processo e de algumas entradas
prioritrias da Matriz de Causa e Efeito (Diagrama Ishikawa). As sadas (outputs),
conjunto de aes corretivas para reduzir as falhas.
2.3.7 Funcionamento Bsico do FMEA
O principio da tecnologia o mesmo independente do tipo de FMEA e
a aplicao, ou seja, se FMEA de produto, processo ou procedimento e se
aplicado para produto/processos novos ou j em operao (ZAIONS, 2003). A
anlise consiste basicamente na formao de um grupo de pessoas que identificam
para o produto/processo em questo suas funes, os tipos de falhas que podem
ocorrer, os efeitos e as possveis causas desta falha. Em seguida so avaliados os
-
30
riscos de cada causa de falha por meio de ndices e, com base nesta avaliao, so
tomadas as aes necessrias para diminuir estes riscos, aumentando a
confiabilidade do produto/processo.
FMEA muito mais do que o preenchimento do formulrio, seu valor
est na discusso e reflexo dos membros do grupo sobre as falhas potenciais do
produto/processo e as aes de melhoria propostas pelo grupo.
a) Importncia
A metodologia FMEA importante porque pode proporcionar para a empresa: Uma
forma sistemtica de se catalogar informaes sobre as falhas dos
produtos/processos, Melhorar conhecimento dos problemas nos produtos/processos.
Fornece aes de melhoria no projeto do produto/processo, baseados em dados e
devidamente monitorados, melhoria contnua, diminuio dos custos por meio de
preveno de ocorrncias de falhas. E apresenta o grande benefcio de incorporar
na organizao a atitude de preveno de falhas, a atitude de cooperao e trabalho
em equipe e a preocupao com a satisfao dos clientes.
b) Etapas para a aplicao
1. Planejamento realizado pelo responsvel pela aplicao da
metodologia e compreende:
2. Descrio dos objetivos e abrangncia da anlise, onde so identificados os
produtos/processos a serem analisados;
3. Formao dos grupos de trabalho, que deve conter entre quatro e seis
pessoas e multidisciplinar;
4. Planejamento das reunies, sendo agendadas com antecedncia e com
consentimento de todos os participantes;
5. Preparao da documentao.
c) Analise de falha em Potencial
Esta etapa realizada pelo grupo de trabalho que discute e preenche o
formulrio e define:
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31
o Funes caractersticas do produto/processo;
o Tipos de falha potencial para cada funo;
o Efeitos do tipo de falha;
o Causas possveis da falha;
o Controles atuais.
d) Avaliao dos riscos
So definidos pelo grupo os ndices de severidade (S), ocorrncias (O),
deteco (D), para cada causa de falha, de acordo com critrios previamente
definidos, depois so calculados os coeficientes de prioridade de risco (R), por meio
da multiplicao dos outros trs ndices.
e) Melhorias
Utilizando o a tcnica de brainstorming, so listadas todas as aes
que podem ser realizadas para diminuir os riscos, sendo elas: as medidas de
preveno total ao tipo de falha, medida de preveno total de uma causa de falha,
medidas que dificultam a ocorrncia de falhas, medidas que limitam o efeito do tipo
de falha, medidas que aumentam a probabilidade de deteco do tipo ou da causa
de falha. Estas so analisadas quanto a sua viabilidade. Sendo definidas as que
sero implantadas.
O formulrio FMEA um documento vivo, ou seja, uma vez realizada
uma anlise para um produto/processo, esta deve ser revisada sempre que
ocorrerem alteraes. Ainda deve-se regulamente revisar a anlise confrontando as
falhas potenciais, a fim de permitir a incorporao de falhas no prevista, bem como
a reavaliao, com base em dados objetivos, das falhas j previstas.
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32
Para constatar o valor da ocorrncia de um evento tem-se a tabela 1.
Tabela 1 - Critrios de classificao de ocorrncias.
CLASSIFICAO CRITRIO
01 Chance remota de falha
02 Frequncia muito baixa: uma vez a cada cinco anos
03 Pouco frequente: uma vez a cada dois anos
04 Frequncia baixa: uma vez por ano
05 Frequncia ocasional: uma vez por semestre
06 Frequncia moderada: uma vez por ms
07 Frequente: uma vez por semana
08 Frequncia elevada: algumas vezes por semana
09 Frequncia muito elevada: uma vez por dia
10 Frequncia mxima: vrias vezes ao dia
Fonte: Autoria Prpria.
Para calcular a severidade utilizada a tabela 2.
Tabela 2 Critrios para clculo de severidade
CLASSIFICAO CRITRIO
01 Efeito no detectvel no sistema
02
Baixa severidade causando aborrecimento leve no cliente 03
04
Severidade moderada: cliente hora insatisfeito com perda de desempenho
perceptvel
05
06
07
Severidade alta com alta insatisfao do cliente 08
09 Severidade muito alta: risco potencial de segurana e problemas graves de
no conformidade 10
Fonte: Autoria Prpria.
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33
Para achar o nvel de deteco deve ser utilizada a tabela 3.
Tabela 3 Critrios para nvel de deteco
CLASSIFICAO CRITRIO
01 Deteco quase certa de modo de falha
02 Probabilidade muito alta de deteco de modo de falha
03 Alta probabilidade de deteco de modo de falha
04 Moderadamente alta probabilidade de deteco de modo de falha
05 Moderada probabilidade de deteco de modo de falha
06 Baixa probabilidade de deteco de modo de falha
07 Probabilidade muito baixa de deteco de modo de falha
08 Probabilidade remota de deteco de modo de falha
09 Probabilidade muito remota de deteco de modo de falha
10 No possvel detectar o modo de falha
Fonte: Autoria prpria.
Para a construo do FMEA inicialmente foi elaborada a EAP
(Estrutura Analtica do Projeto) incluindo os dados que podem ser observados no
diagrama de construo da mesma, como pode ser observado no diagrama 2.
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Diagrama 2, anlise de critrios para construo do FMEA, EAP.
Fonte: Autoria prpria.
O projeto conta com um FMEA baseado no projeto, o qual ainda no
apresentou defeitos que pudessem ser considerados causados por funcionamento
pois o mesmo est ainda em fase de desenvolvimento. O FMEA pode ser analisado
no APNDICE - 2.
Construir CNC
Comprar material
Preparar material
Montar estruturas e componentes
Testar CNC
Motor passo
Fusos
Guias
lineares
Componente
s eltricos
Estruturas
Envelopame
nto e dispositivos de
segurana
Cortar peas
Ajustar peas
mec.
Fabricar
painel elt.
Cortar
material de
envelopamento e de
segurana
Montar
estrutura do CNC
Montar
guias lineares
Montar
fusos e motores
Montar
painel eltrico
Envelopar e
montar as peas
de proteo e
segurana
Testar
motores
Testar guias
e fusos
Testar
componentes
eltricos
Testar
dispositivos de
segurana
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35
2.4 NR 12 NORMA REGULAMENTADORA PARA MQUINAS E EQUIPAMENTOS
Esta norma estabelece as medidas preventivas de segurana e higiene
do trabalho a serem adotadas na instalao, operao e manuteno de mquinas e
equipamentos, visando preveno de acidentes de trabalho. O empregador deve
adotar medidas de proteo para o trabalho em mquinas e equipamentos, capazes
de garantir a sade e a integridade fsica dos trabalhadores, e medidas apropriadas
sempre que houver pessoas com deficincia envolvidas direta ou indiretamente no
trabalho. (ABNT. Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Confiabilidade e
Mantenabilidade NBR 5642 Rio de Janeiro, 1994).
So consideradas medidas de proteo, a serem adotadas nesta
ordem de prioridade:
Medidas de proteo coletiva;
Medidas administrativas ou de organizao do trabalho;
Medidas de proteo individual.
As instalaes de mquinas estacionrias devem respeitar os
requisitos necessrios fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto
elaborado por profissional legalmente habilitado, em especial quanto fundao,
fixao, amortecimento, nivelamento, ventilao, alimentao eltrica, pneumtica e
hidrulica, aterramento e sistemas de refrigerao.
As instalaes eltricas das mquinas e equipamentos devem ser
projetadas e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque
eltrico, incndio, exploso e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR10.
Devem ser aterrados conforme as normas oficiais vigentes, as
instalaes, as carcaas, invlucros, blindagens ou partes condutoras das mquinas
e equipamentos que no faam parte dos circuitos eltricos, mas que possam ficar
energizados.
Os cuidados especiais que devem ser observados em mquinas e
equipamentos que possuem dispositivos de acionamento e parada so:
1. Sejam acionados ou desligados pelo operador na sua posio
de trabalho.
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2. No sejam localizados na zona perigosa da mquina ou
equipamento.
3. Possa ser acionado ou desligado em caso de emergncia, por
outra pessoa que no seja o operador.
4. No possa ser desligado ou acionado, involuntariamente, pelo
operador, ou por qualquer outra forma acidental.
5. No acarrete riscos adicionais.
Como exemplo de mecanismos de segurana pode citar os seguintes:
Comando bi manual, o acionamento da mquina realizado com
ambas as mos. Feixes de luz: se a mo ultrapassar o feixe de luz a mquina para
imediatamente. Enclausuramento ou barreiras: protege o trabalhador devido ao
tamanho, da posio ou do formato da abertura para alimentao da mquina. Corte
automtico: a mquina para quando algum ou algo entra na rea de perigo.
Dispositivo para afastar as mos; operado por cabo de ao, preso
aos pulsos do operador ou aos seus braos, para afastar suas mos quando estas
se encontram na zona de perigo.
Para mquinas com elementos rotativos e sistemas de transmisso so
recomendados que sejam executadas limpezas e manuteno e reparos apenas
quando estas estiverem paradas, salvo se o movimento for indispensvel para sua
realizao.
O maior risco das mquinas para trabalhar madeira, acrlicos, entre
outras, o contato das partes do corpo (mos e dedos, sobretudo) com as
ferramentas de corte, o que pode causar seu esmagamento ou amputao.
As manutenes preventivas e corretivas devem ser registradas em
livro prprio, ficha ou sistema informatizado, com os seguintes dados:
Cronograma de manuteno;
Intervenes realizadas;
Data da realizao de cada interveno;
Servio realizado;
Peas reparadas ou substitudas.
A operao, manuteno, inspeo e demais intervenes em
mquinas e equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores habilitados,
qualificados, ou autorizados para este fim.
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37
A fim de aprofundar os aspectos de manuteno apesentados na NR
supracitada, foi desenvolvida a APR (anlise preliminar de riscos), que pode ser
vista no APNDICE - 3.
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38
3. DESENVOLVIMENTO DO PROTTIPO
O presente captulo tem por objetivo descrever todo o processo de
criao, desde a modelagem em trs dimenses que possibilitou a montagem e
desenvolvimento do prottipo, demonstrando o funcionamento geral da estrutura,
bem como os equipamentos necessrios para o desenvolvimento de cada parte do
projeto. Sero apresentados os motores de passo, os drivers necessrios para seu
acionamento, as estruturas mecnicas (barras roscadas, corredias metlicas e
afins), chaves fim de curso e suas funes de hard limit e homing, a placa de
circuitos impressos, e o microcontrolador Arduino Uno.
3.1 MODELAGEM TRS DIMENSES
A fim de desenvolver um projeto mecnico do prottipo, optou-se por
fazer a modelagem em trs dimenses, a qual permite simular com maior preciso
os objetos a serem utilizados no prottipo, conforme pode ser observado na figura 1.
Figura 1- Modelo 3D fresa CNC Fonte: Autoria prpria
O desenvolvimento do mecnico teve sua montagem baseada no
modelo encontrado no blog do professor Walendorff, o qual serviu para nortear a
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39
construo da mquina. A confeco do projeto em 3D foi feita utilizando o software
SketchUp Make. O qual disponibiliza uma biblioteca online com uma grande
variedade de peas, a qual permitiu utilizar os motores, corredias metlicas, fusos e
botoeiras no modelo 3D.
3.2 PLACA DE CIRCUITO IMPRESSO
Para a confeco da placa no presente projeto foi utilizado o Fritzing
por ser um programa open source gratuito e possuir em sua biblioteca de
componentes o Arduino e seus drives, enquanto outros softwares de confeco de
PCB como o Proteus, Merling PCB designer, CometCAD entre outros, ou so pagos
ou no possuem em sua biblioteca raiz o Arduino.
A simulao da placa no programa apresenta as trilhas em amarelo e
apenas o contorno do Arduino bem como de seus drivers, que podem ser
observados na figura 2.
Figura 2 - Simulao da placa Fritzing Fonte: Autoria prpria
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A PCB pronta elaborada a partir do desenho desenvolvido no Fritzing,
pode ser observada na figura 3.
Figura 3 - PCB Fonte: Autoria prpria
O Fritzing permite tambm simular o circuito eltrico com os
componentes e suas funcionalidades permitindo ao usurio uma melhor
interpretao da logica de funcionamento da placa, como pode ser observado na
figura 4.
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Figura 4 - Esquema eltrico Fritzing Fonte: Autoria prpria
O circuito eltrico um grande facilitador na confeco da PCB,
evitando que o processo de montagem demande grandes perodos de tempo e
reduzindo os erros de montagem.
3.3 MOTORES DE PASSO NEMA17
Os motores de passo consistem em dispositivos eletromecnicos que
convertem pulsos eltricos em movimentos mecnicos, os quais geram variaes
angulares discretas, estas rotacionam o eixo em pequenos incrementos
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denominados passos (KALTECK, 2016). Tais pulsos eltricos quando aplicados
sobre o motor determinam, baseados em suas sequncias, o sentido de rotao a
qual o motor gira. A velocidade de rotao do rotor depende da frequncia de
disparo dos pulsos eltricos sobre o motor, a quantidade dos mesmos determina o
ngulo a ser rotacionado.
Em sua maioria, os motores de passo deslocam um ngulo de 1,8
para cada pulso recebido do driver de controle, com isso tais motores so os mais
indicados para movimentos de maior preciso solicitados pelo CNC. A aplicao
destes motores no presente projeto est atrelada a sua capacidade de controlar seu
ngulo de rotao, velocidade, posio e sincronismo. As maiores vantagens do
motor de passo esto em sua capacidade de funcionar bem em baixas velocidades
com torques elevados, permitirem trabalhar nos dois sentidos de rotao, ser um
motor brushless (sem escovas), poder ficar em inatividade por um longo perodo de
tempo, e tem um potencial de acelerar e desacelerar de acordo com a solicitao
(OFFICE TOTAL SHOP).
Devido a sua composio simples, no possuir escovas, comutadores
e nem encoder, os motores de passo so mais baratos que os servomotores e com
isso tem uma ampla utilizao em impressoras, scanners, robs, cmeras de vdeo
entre outros.
A classificao destes motores pelo tamanho feitas atravs da norma
NEMA. Baseado nas medidas das arestas dos flanges, a norma determina a
classificao da seguinte forma NEMA 17 tem uma flange de 1,7 polegadas
(aproximadamente 42 mm), (KALTECK, 2016).
O presente projeto conta com os motores de passo NEMA 17 (que
podem ser observados na figura 5) dentro das opes disponveis no mercado
(NEMA 17, 23 e 34) por ser o mais barato deles e atender a necessidade do projeto.
Outra vantagem dos motores de passo sobre os servomotores o fato de estes
serem altamente intercambiveis, ou seja, no necessitam de um driver do mesmo
fabricante e mesma famlia.
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Figura 5 - Motor de passo NEMA 17 disponvel em: https://www.sainsmart.com/sainsmart-nema-17-stepper-motor-1-5a-2-5a.html
Os motores de passos so os responsveis pela movimentao da
mesa de cortes do projeto, fazendo os movimentos dos eixos X e Y, e tambm a
movimentao do eixo Z. A resoluo de 200 PPR (Passos por rotao), ou 1,8
para cada passo, permite movimentos bastante precisos, possibilitando desenvolver
desde peas simples como quadrados, retngulos e tringulos at peas mais
elaboradas como crculos e elipses.
3.4 EASYDRIVER STEPPER MOTOR
O Easydriver stepper motor um hardware compatvel com qualquer
componente que possua uma sada de pulsos digitais entre 0 e 5V, desenvolvido
para motores de passo. Este mdulo necessita de uma fonte de 6 a 30V para
alimentar o motor e possui em sua placa um regulador de tenso para a interface
digital, o qual pode ser regulado para 3.3V ou 5V. De acordo com o fabricante
(SCHMALZ HAUS LLC) este driver pode controlar motores de passo bipolares e
motores ligados como bipolares de 4, 6 ou 8 cabos.
https://www.sainsmart.com/sainsmart-nema-17-stepper-motor-1-5a-2-5a.html
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Este hardware permite ao motor fazer um movimento chamado micro
stepping (micro passos), que significa dividir o passo mnimo em micro passos, no
caso 8 micro passo. A grande vantagem de utilizar micro passos a de permitir
controles mais suaves e precisos que os 200 PPR que o motor disponibiliza de
fbrica. Isso significa que para uma rotao completa o motor que originalmente
precisaria de 200 passos, passa a necessitar de 1600 (200 x 8). O driver pode ser
observado na figura 6 abaixo.
Figura 6 - EasyDriver
Disponvel em: https://www.sparkfun.com/products/12779
A escolha deste mdulo para o presente projeto foi feita devido ao fato
de o mesmo ser compatvel com qualquer controlador que possua sadas de pulsos
digitais, assim atende as necessidades do Arduino para o controle dos motores de
passo. Uma grande facilidade desse hardware o fato de ele utilizar apenas duas
sadas do Arduino para fazer o controle dos motores, uma para a quantidade de
passos e outra para o sentido de rotao.
3.5 CHAVES FIM DE CURSO
Chaves fim de curso so tambm conhecidos como interruptores de
final de linha ou micro switches, se tratam de comutadores eltricos que podem ser
https://www.sparkfun.com/products/12779
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atuados por foras fsicas. Estas chaves podem ter contatos normalmente abertos
ou fechados, os quais so atuados ao receber contato fsico em suas hastes. Elas
so muito aplicadas devido durabilidade que as mesmas possuem que
normalmente superior a um milho de ciclos de acordo com a empresa fabricante
Schemersal.
Estas chaves so de confeco simples como pode ser observado na
imagem da figura 7.
Figura 7 - Chaves fim de curso
Disponvel em: https://cdn.awsli.com.br/600x450/24/24550/produto/4224345/a026354bb1.jpg
O projeto conta com cinco chaves que possuem contatos normalmente
abertos, os quais ao receber o contato fsico em suas hastes atuam enviando um
sinal digital ao Arduino, que por sua vez manda o programa parar de girar o motor
de passo naquele sentido.
3.5.1 FUNES HOMING E HARD LIMIT
O projeto conta com as funes de homing e hard limit, as quais so
dependentes dos fins de curso. Estas funes so responsveis pelo
referenciamento da mquina em relao aos pontos zero dos seus eixos, bem como
a segurana da mesma, para evitar que a ferramenta ultrapasse os limites de
trabalho.
A funo Homing parte do programa GRBL 0.9J, responsvel por
fazer os reconhecimentos das posies, assim levando os eixos X e Y aos seus
valores mnimos, e depois levando a mesa a uma posio pr-definida pelo
https://cdn.awsli.com.br/600x450/24/24550/produto/4224345/a026354bb1.jpg
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programa, no caso desse projeto, essa posio foi definida como 1mm antes de
cada fim de curso. Para o eixo Z o projeto conta apenas com um fim de curso, o qual
define a posio mxima que o eixo pode subir, pois como se trata de uma
fresadora, estimar um valor mnimo deixaria a mquina limitada em relao ao
tamanho da pea a ser usinada. Sendo o eixo Z responsvel pela movimentao da
ferramenta o mesmo tem seu valor de referencia definido em relao ao limite
mximo de subida do eixo e o valor definido para home de 1mm abaixo do fim de
curso.
A funo de hard limit determina os valores de segurana da mquina,
evitando que tanto a mesa quanto a ferramenta ultrapassem valores seguros de
funcionamento, assim para os eixos X e Y a mesa fica limitada para que a mesma
no bata nos acoplamentos dos motores e nem saia dos limites do trilho das
corredias metlicas.
3.6 ARDUINO UNO
O Arduino UNO um microcontrolador baseado no ATmega328. Sua
tenso de alimentao de 5Vcc quando alimentada pela entrada USB,
normalmente em conexo com um computador, ou entre 6 e 20Vcc quando
alimentada por uma fonte externa, atravs de seu conector Jack. De acordo com o
fabricante (ARDUINO), o controlador possui 14 pinos digitais de entrada/sada (dos
quais seis podem ser usados como sadas PWM), seis entradas analgicas, um
clock de 16 MHz, uma conexo USB, um conetor de alimentao, um conetor ICSP,
e um boto de reset. Tal estrutura pode ser observada na figura 8.
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Figura 8 - Arduino UNO
disponvel em https://store.arduino.cc/usa/arduino-uno-rev3
Este controlador tem a funo de interpretar os sinais enviados do
computador e execut-los. Com o auxlio da IDE Arduino, o firmware (GRBL 0.9J) foi
gravado no microcontrolador a fim de que os comandos enviados em Gcode possam
ser interpretados e executados pelo Arduino.
3.7 ESTRUTURAS MECNICAS
As estruturas do projeto se dividem em partes eltricas e mecnicas.
Sendo a base deste construda em MDF 15mm, a parte estrutural e mecnica
constituda por um gabinete de madeira para alocar a placa eletrnica, fonte e
coolers, corredias metlicas para a movimentao da mesa e da ferramenta e
barras roscadas para a transmisso dos movimentos do motor.
A parte eltrica conta com trs motores de passo NEMA 17 com
acoplamentos flexveis, uma mini furadeira, uma fonte atx de 450W, uma placa
eletrnica de circuitos impressos, 2 coolers para refrigerao da placa de circuitos
com os drivers e Arduino, 5 chaves fim de curso, 2 botes para pausa e retomada do
programa, 1 boto de emergncia.
O projeto foi construdo inicialmente montando a estrutura para
posicionamento dos motores, mesa de corte e o eixo Z, aonde seria colocada a
ferramenta. A estrutura da mesa foi definida com um MDF 15mm apoiado sobre
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duas corredias metlicas, as quais so responsveis pelo eixo X. Esta estrutura
por sua vez apoiada sobre outras duas corredias metlicas, que fazem parte do
eixo Y.
Para o eixo Z foi definida uma estrutura de madeira vertical aonde seria
afixada a ferramenta e para que a mesma pudesse se movimentar foi acoplado um
pedao de MDF sobre duas corredias metlicas, as mesmas fixadas na vertical a
fim de que a ferramenta pudesse subir e descer.
Nas pontas de cada eixo foram colocados os motores, e para a
transmisso do movimento de seus eixos foram colocadas barras roscadas de
bitolas de de polegada, com acoplamentos flexveis, a fim de compensar os
possveis desalinhamentos entre o eixo do motor e a barra roscada. Para que as
barras transmitissem o movimento s estruturas, foi soldada uma porca de de
polegada sob cada uma delas, na direo do eixo, assim, ao girar o eixo do motor o
movimento de rotao do mesmo convertido em movimento linear.
Definidas as posies dos eixos e motores, foram posicionados os fins
de curso a fim de definir os limites de segurana e operao da mquina, sendo
quatro nas extremidades dos eixos X e Y e um na parte superior do eixo Z. As
posies dos fins de curso foram definidas aproveitando a maior rea possvel da
mesa de cortes bem como a maior altura possvel para subida do eixo Z a fim de
que a mquina tivesse o maior aproveitamento da rea disponvel.
Com todas as bases mecnicas e estruturais prontas, foi escolhida a
ferramenta a ser utilizada para fazer a fresagem, sabendo que o material a ser
usinado seriam peas de acrlico e MDF. O projeto conta com uma mini furadeira
(Loud AD-19) a qual trabalha com uma tenso de operao de 12Vcc e uma
velocidade de giro de 12000 RPM (figura 9).
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Figura 9 - Mini furadeira AD-19
Disponvel em: http://www.estrela10.com.br/mini-furadeira-retifica-minidrill-12v-preta-ad19s-
loud-19072-p10837617
O projeto conta com um gabinete feito em MDF 15mm disposto na
parte traseira do mesmo a fim de alocar a fonte de alimentao, e a placa eletrnica
de circuitos impressos, na qual esto ligados o Arduino e os drivers de controle dos
motores. A fonte de alimentao do projeto uma fonte ATX ligada diretamente na
rede eltrica, alimentada por uma tenso alternada de 127V. Esta disponibiliza para
o projeto a tenso de 12Vcc, a qual faz a alimentao da placa de circuitos,
responsvel por alimentar os motores de passo e seus drivers, e tambm a mini
furadeira.
Para confeccionar a placa eletrnica (figura 10), foi adaptada uma
caneta de tinta permanente na estrutura do eixo Z, com isso foi possvel testar o
funcionamento das programaes, bem como o funcionamento geral da mquina.
http://www.estrela10.com.br/mini-furadeira-retifica-minidrill-12v-preta-ad19s-loud-19072-p10837617http://www.estrela10.com.br/mini-furadeira-retifica-minidrill-12v-preta-ad19s-loud-19072-p10837617
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Figura 10 - Confeco PCB
Fonte: Autoria prpria
Para um correto funcionamento do projeto, sabendo que as rotaes
dos motores de passo geram aquecimento em seus drivers, foram adicionados dois
coolers ao gabinete, um com a funo de ventilao (resfriamento) e o outro de
exausto, alinhados a placa de circuitos como pode ser observado na figura 11 a
baixo. Para uma melhor organizao e segurana foram colocadas canaletas dentro
do gabinete, a fim de que a menor quantidade de cabos ficasse exposta. O projeto
tambm conta com uma porta de acrlico para acesso a parte interna do gabinete,
assim permitindo uma fcil visualizao dos circuitos, dispensando a necessidade de
abrir a mesma para uma rpida inspeo visual.
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Figura 11 - Gabinete
Fonte: Autoria prpria
O projeto tambm conta com botoeiras dispostas em uma caixa lateral
(que pode ser observada na figura 12) que permitem ao mesmo ser operado
diretamente da mquina, depois de o programa ter sido enviado ao Arduino, sem a
necessidade de o operador estar com o computador (que envia os comandos ao
Arduino) em mos durante a usinagem. A mquina conta com dois botes de pulso,
um de pausa e outro de retomada, os quais enviam sinais diretamente para o
Arduino, possibilitando que o processo de usinagem possa ser parado durante
qualquer momento da operao e retomado da mesma forma.
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Figura 12 - Botoeiras
Fonte: Autoria prpria
Alm desses botes de pulso a mquina conta tambm com um boto
de emergncia, o qual ao ser acionado, de imediato executa duas aes, sendo a
primeira cortar a energia da fonte de alimentao, forando a parada da mquina e a
segunda envia um sinal lgico para o Arduino, informando ao programa que o boto
de emergncia foi acionado e o mesmo para de executar qualquer comando.
3.8 ASPECTOS DE MANTENABILIDADE
Para o presente projeto sero apresentados os aspectos de
mantenabilidade dos trs itens com maiores defeitos em potencial, sendo eles os
motores de passo, corredias metlicas e barras de rosca sem fim.
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3.8.1 Motores de passo:
Por serem utilizados com muita frequncia, os motores de passo,
podem apresentar falhas e quando isso acontece importante realizar a
manuteno. Alguns defeitos que podem ser previstos na manuteno preventiva de
motores de passo:
Folga nos mancais
Possveis travamento de rolamentos
Futuras quebras de eixo
Desmagnetizao do rotor
Diminuio da isolao eltrica.
3.8.2 Corredias metlicas:
A manuteno nas corredias metlicas (figura 13) deve ser realizada
diariamente sendo limpas e lubrificadas a cada final de perodo de trabalho.
Figura 13 - Corredias metlicas Disponvel em:
http://diogodantevendedor.blogspot.com.br/2016_01_01_archive.html
As causas de maiores manutenes nas corredias so o travamento
de rolamentos por falta de limpeza e lubrificao, o que causa o desgaste excessivo
das guias de rolamento, e o desalinhamento das mesmas.
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3.8.3 Eixos de transmisso (parafuso de rosca sem fim):
O parafuso de rosca sem fim (figura 14) responsvel pela converso
de energia de rotao dos motores de passo em movimento linear. Na aplicao
mais comum, um parafuso de rosca sem fim para transmisso de movimento de giro
de um motor e, por contato direto provoca o deslocamento de uma castanha ou
porca (onde est presa a carga a ser movimentada).
Figura 14 - Parafuso de rosca sem fim com porca Disponvel em: http://g03.a.alicdn.com/kf/HTB1b_3THVXXXXaNXFXXq6xXFXXXa/M6x320-6-320-
Stainless-Steel-All-Thread-font-b-Threaded-b-font-Rod-Bar-Studs-machine.jpg
.
Algumas caractersticas que podem ser observadas nos equipamentos
que empregam parafusos de rosca sem fim e que, so fortes candidatos a uma
manuteno.
Perda de repetibilidade,
Perda da uniformidade dos movimentos,
Vibrao,
Rudo anormal,
Perda de preciso costumeira.
Para que haja um bom aproveitamento dos parafusos de rosca sem fim
se faz necessrio a limpeza e lubrificao diria do eixo.
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3.9 MANUTENO AUTNOMA
Ser na manuteno autnoma que os operadores, sero capacitados
a serem os mantenedores da mquina em primeiro nvel. Desta forma, o operador
poder de forma rpida e sistemtica, efetuar limpezas, inspees regulares,
registrar as ocorrncias, efetuar lubrificaes, e regulagens simples e aplicar a
ferramenta 5S. Estas atividades sero feitas observando o registro de manuteno
de rotina do operador, que estar disposto para visualizao na mquina.
O programa de manuteno autnoma criado para este projeto pode
ser analisado no APNDICE - 1.
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56
4. DESEMPENHO E TESTES
O presente captulo aborda o funcionamento do prottipo, mostrando o
desempenho geral da mquina, as aes executadas pelo Arduino, motores de
passo, e da mini furadeira. Sero apresentadas as peas criadas bem como os
testes realiz