Frei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei Jorge
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Transcript of Frei Luis de Sousa - Manuel de Sousa Coutinho e Frei Jorge
Frei JorgeManuel de Sousa Coutinho
Almeida Garrett
Espaço FísicoAto I
Palácio de Manuel de Sousa
Coutinho, em Almada.
Elegante, luxuoso, com largas janelas abertas
sobre o Tejo.
Ato IIPalácio de D. João de Portugal,
em Almada.
Antigo, melancólico, escuro. Sala dos retratos.
Ato IIIParte baixa do palácio de D.
João de Portugal, com ligação à
capela da Senhora da Piedade.
Espaço interior, austero e sem ornamentos.
Artefactos religiosos.
TempoDona Madalena
casa com D. João
de Portugal
7 anos
antes
04.08.1578
Batalha de Alcácer
Quibir
7 anos
depois
Dona Madalena casa
com Manuel de Sousa
14 anos
depois
04.08.1599
D. João de Portugal
regressa
3 x 7 = 21
Número da tragédia perfeita
Número da perfeição: 3
Número da tragédia: 7
• Figura mediadora e apaziguadora que recomenda prudência a Manuel de Sousa quando ele
tem a decisão de sair de casa, ou seja, é prudente;
• Tranquiliza D. Madalena quando esta estava ansiosa pelo regresso de Manuel de Sousa
(Lisboa), fazendo-lhe companhia para que Maria pudesse acompanhar o pai a Lisboa para
visitar o Convento do Sacramento.
• Como sacerdote, pode ser confidente de D. Madalena e depois de Manuel de Sousa, seu
irmão.
Pressente o desenlace trágico: «A todos parece que o coração lhe adivinha desgraça…E eu quase que
também já se me pega o mal. Deus seja connosco!»
Frei Jorge
Manuel de Sousa Coutinho• Mesmo destino que sua esposa – morte psicológica – tomou Manuel de Sousa
Coutinho – Catástrofe, não devido à fraqueza de carácter, mas por constatar a
sua ilegitimidade naquele casamento.
• Ele que sempre zelou pela integridade, mesmo sofrendo, não deixou de tomar
as decisões que lhe pareceram certas e adequadas face ao incêndio no seu
palácio e à decisão de professar.
Manuel de Sousa Coutinho• Com a chegada do Romeiro (D. João de Portugal), dono daquela casa e marido
da sua mulher, Manuel de Sousa Coutinho retirou-se da vida.
• Nota-se o simbolismo do retrato queimado de Manuel de Sousa Coutinho, que
vai implicar, por substituição e oposição, a exclusividade da presença de D. João
de Portugal, quer pela reprodução pictórica, quer pelo seu renascimento como
Romeiro.
Manuel de Sousa Coutinho• Manuel de Sousa Coutinho menospreza os receios de sua esposa quanto a
mudarem-se para o palácio de D. João e não evidencia, ao longo da peça,
qualquer constrangimento, revelando-se ingénuo e pouco perspicaz, ao mesmo
tempo que esta atitude toma um carácter irónico.
• Ele que mostrou ao longo da peça ser capaz de desafiar e de se impor, não se
deixa influenciar pelo pânico da esposa.
Manuel de Sousa Coutinho• Manuel de Sousa Coutinho não se apercebe que, de facto, na sua vida inclui,
necessariamente D. Madalena e, à vida desta, está inerente a presença de D. João
de Portugal: Manuel de Sousa Coutinho mostrou-se determinado em separar o
passado do presente, mas foi condenado por este.
• Manuel de Sousa Coutinho ao refugiar-se num convento, que lhe proporciona o
isolamento necessário à escrita, encarna o mito romântico do escritor.