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abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz Distribuição Gratuita PROIBIDA A VENDA Aborto Observando-nos Sensação de Rotina Presente e Passado Pegadas de Chico Xavier: Primeira Comunicação Mediúnica e Fato Pitoresco Frederico Figner (Irmão Jacob) O Esperanto e os Intelectuais Livros: Vida e Sexo e A Noviça e o Faraó Entrevista com Geraldo Lemos Neto Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 9 - nº 76 - Fevereiro/2008 Primeira parte Primeira parte

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Distribuição Gratuita

PROIBIDA A VENDA

AbortoObservando-nosSensação de RotinaPresente e PassadoPegadas de Chico Xavier: Primeira Comunicação Mediúnica e Fato Pitoresco

Frederico Figner(Irmão Jacob)

O Esperanto e os IntelectuaisLivros: Vida e Sexo e A Noviça e o FaraóEntrevista com Geraldo Lemos Neto

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 9 - nº 76 - Fevereiro/2008

Primeira partePrimeira parte

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EditorialSeareiroeditorial

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Direção e Redação

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Diagramação e Arte

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Ano 9 - nº 76 - Fevereiro/2008Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737

Seareiro é uma publicação mensal,destinada a expandir a divulgação dadoutrina espírita e manter o intercâmbioentre os interessados em âmbito mundial.Ninguém está autorizado a arrecadarmateriais em nosso nome a qualquertítulo. Conceitos emitidos nos artigosassinados refletem a opinião de seurespectivo autor. Todas as matériaspodem ser reproduzidas desde que citadaa fonte.

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Geni Maria da SilvaJosé Roberto Amado

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Rosane de Sá AmadoRuth Correia Souza Soares

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Muito se tem falado em Fidelidade Doutrinária. O que vem a ser isto?Desde tempos remotos, o ser humano em suas imperfeições sempre fraudou o

entendimento e os valores elevados que eram trazidos por espíritos missionários,enviados pelo Cristo, para nos preparar para os dias de maiores possibilidades espirituaisque viriam.

Quando da vinda do próprio Mestre junto de nós, também nos mantivemos encarceradosem nossos instintos cristalizados, deixando de ter olhos de ver e ouvidos de ouvir o que Elenos trazia, e preferimos alimentar as trevas de nosso orgulho e do nosso egoísmo a tomaras decisões que nos levariam a um entendimento maior quanto à vida futura.

Mesmo com a vinda do Consolador Prometido (Espiritismo), em que o Mestre nostrouxe, pelas mãos do Codificador (Kardec), a sua Doutrina em sua essência, continuamosnossa tresloucada caminhada, ignorando os seus ensinamentos.

Aí vemos a vida de um Chico Xavier, totalmente voltada a um trabalho do Cristo em favorde todos nós, ao nos trazer informações pelos livros que psicografou, e que demoraráséculos ou milênios para que tenhamos a dimensão do conteúdo que temos às mãos, eque bastaria que estudássemos com afinco e buscássemos exemplificá-los, para umaproveitamento gradativo sim, mas contínuo.

Podemos afirmar que toda obra psicografada por ele foi verdadeiramente fiel ao Cristo ea Kardec.

E o que temos feito quanto a esta fidelidade ao Cristo, principalmente nós que nosdizemos espíritas e temos por tarefa trabalhar num agrupamento espírita, local onde sedeveria estudar e transmitir a Doutrina com toda a sua fidelidade?

Continuamos a fraudar a Doutrina do Cristo, atendendo aos nossos interesses econveniências.

Deixamos o Cristo, como há séculos vimos fazendo, apenas para os momentos de dor,quando nos convém nos aproximarmos Dele para que Ele nos atenda em nossosdesatinos.O Centro Espírita, devendo ser um verdadeiro pronto socorro, o que fazemos?Fechamos no final do ano por semanas, para que tiremos férias, como se a dor no mundotambém tirasse férias nestes períodos. E queremos que os espíritos nos esperemretornarmos quando achamos que podemos voltar ao “trabalho”. E se Deus alegasseque estaria de férias justamente no momento em que mais necessitássemos Dele?Quanto ao passe ministrado nas casas espíritas que não estudam, o que vemos? Emvez de o passista ser orientado com estudo sério de que ele é apenas um intermediárioque ali está pela Misericórdia Divina para exercitar um sentimento de amor ao próximo,mas que toda a fluidificação necessária a quem está tomando o passe está vindo do MaisAlto, e não dele, e que bastaria a imposição das mãos sobre a cabeça da criatura, assimcomo nos ensinou e exemplificou Jesus, vemos um incentivo aos passistas fazeremmovimentos mirabolantes com os braços, que muitos incautos interpretam como um“passe forte”.Estudam-se em muitas casas espíritas livros que são nitidamente contrários aosensinamentos de Kardec, e como não há uma preocupação na fidelidade ao Cristo, secomprometem em divulgar o que são trevas.Mesmo quanto ao estudo, vemos que muito se poderia fazer para que se tornasse maisproveitosa a existência da casa espírita, que deve esclarecer à luz da Doutrina, mesmoque isto ocasione uma participação de menos pessoas, desde que se tenha um estudosério, com obras que realmente sejam fiéis à Kardec. Não devemos nos preocupar comquantidade, mas sim com a qualidade.Estamos sendo convidados a sermos os trabalhadores da última hora, mas não basta

nos dizermos espíritas para executarmos o trabalho, mas sim seguirmos o Cristo.E segui-Lo significa pautar nossas vidas com seus ensinamentos, sem fantasias,

enxertos, conveniências, ilusões...Ter a fidelidade doutrinária é dever de todo espírita. A fé deve ser raciocinada, e por isso

não acreditemos em tudo que nos chega, mas tenhamos o discernimento doutrinário desepararmos o joio do trigo. Cego que guia cego, seguem ambos ao buraco.

Equipe Seareiro

Grandes Pioneiros:

Entrevista:Canal Aberto:

Atualidade:

Família:Esperanto:Livro em Foco:Cantinho do Verso e Prosa:Clube do Livro:

Pegadas de Chico Xavier:

Tema Livre:

Kardec em Estudo:

Contos:

Frederico Figner (Irmão Jacob) -Primeira parte - Pág. 3

Com Geraldo Lemos Neto - Pág. 8Dos Anjos da Guarda e Da Intuição -

Pág. 10Sensação de Rotina - Pág. 10;

Presente e Passado - Pág. 11Aborto - Pág. 12

O Esperanto e os Intelectuais - Pág. 13Vida e Sexo - Pág. 13

Exortação - Pág. 14ANoviça e o Faraó - Pág. 14

P r i m e i r a C o m u n i c a ç ã oMediúnica - Pág. 15;Fato Pitoresco - Pág. 16

Observando-nos - Pág. 16;Mundo Espiritual - Pág. 17;Mudança - Pág. 18;ObserveAlém - Pág. 18

Os Animais eo Homem - Pág. 18

O Leão e o Mico - Pág. 19

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Tchecoeslovaquia, antiga Boêmia, parte do ImpérioAustro-Húngaro.

Madrugada fria, nesse romperdo dia 2 de dezembro de 1866.Talvez pelo rigor do inverno, comum céu cinzento, notava-se osemblante tristonho das pessoasmergu lhadas em pesadosagasalhos, movimentarem-seapressadas, pela luta de umtrabalho árduo, com o fim degarantir o sustento da família.

As ruas da cidade Milevsko,perto do Tabor, eram compostasde um casario simples, demoradores pobres. O silêncio darua Teyska fora rompido por um forte choro de um recém-nascido. Chegava da espiritualidade mais um rebento para afamília Figner, judeus israelitas, que vibravam com onascimento do menino, que se chamaria Frederico Figner.

O menino, nascido entre judeus, foi criado com ospreconceitos da raça, isto é, contra o Cristo, tido como filhode Deus. A crença judaica é em reconhecer apenas Deus,como Criador e Pai, sendo que esperam até hoje oaparecimento de seu filho prometido.

Frederico, assim como muitos de sua raça, preferiu emnada acreditar, tornando-se ateu.

Na verdade, até atingir seus treze anos e, tendocompletado o curso primário, agora já um adolescente,Frederico tinha em sua mente o desejo de conhecer outrospaíses. Não sabia explicar a agitação, a ansiedade queinvadia seu cérebro de partir com o vapor, quando apitavasonoramente, avisando aos viajores a sua partida, singrandoos mares para aquele destino tão desejado por ele, o “NovoMundo”.

Em seus devaneios, Frederico dava rumo ao seu ideal.Queria conhecer o Brasil! Não entendia porque a sua mente,envolvida pelos seus pensamentos, o fazia seguir aodesconhecido; isso se revelava em algo até pitoresco, pelasua pouca idade, mas ouvira falar entre os jovens de suasamizades, de que nos Estados Unidos, grandes invençõesestavam aparecendo, que estavam revolucionando omundo. Para Frederico, espírito designado pelo Alto, nãoatinava que o propósito de sua reencarnação seria trazer oprogresso material, principalmente para o Brasil, onde eleconheceria a verdade de sua origem espiritual e issodeixava-o cada vez mais crente de que precisariasair de sua terra natal e ter contato com outrospovos, até chegar no Brasil.

Com o consentimento de seus pais, partepara a cidade de Bechim para aprender umofício. Após alguns anos, volta já com outrasidéias as quais revela aos genitores a vontade departir para os Estados Unidos, para novasexperiências de trabalho. Prometia a eles que osajudaria economicamente e daria um provento para aformação de um dote para sua irmã, para que assim que o

pretendente aparecesse, ela pudesse se casar. Essa era aregra para as moças comprometidas que, sem dote, não

haveria consórcio. Emboraconstrangidos, os pais deFrederico aceitam a sua partida. Ecom 16 anos, ele deixa emdefinitivo a sua terra natal.

Como emigrante ele embarcano Vapor “Elbe”, viajando nat e r c e i r a c l a s s e , r u m o aBremershafen e, depois, EstadosUnidos.

Levava apenas uma maleta eum pacote que continha umatrança-doce, que sua mãezinhafizera para que ele pudesse se

alimentar, pois seus parcos recursos não permitiriam gastarcom nada, já que teria muito com o que gastar até arrumar asua vida.Acomida da terceira classe era horrível e graças aopão-doce feito por sua mãe, todos que viajavam comFrederico passaram a matar a fome com essa abençoadaguloseima. Foram 14 dias que, se não fosse uma terríveltempestade em alto-mar, diria Frederico que fora a viagemde seus sonhos, embora com pesadelos. Porém,tempestade maior teve ele que superar pela luta do dia a dia.Dos Estados Unidos, foi para o México, América Central efinalmente América do Sul. Em cada país buscava aprender,realizando algo que lhe desse sustento, até chegar ao Brasil.Figner não sabia explicar, mas dentro dele havia algo quedizia que o Brasil seria o seu porto seguro. Trouxera dosEstados Unidos um invento chamado fonógrafo, junto a unscilindros de cera e discos, que, conectados, ouvia-se amúsica. Esse invento tinha como autor um jovem de nomeThomas Edson, que estava revolucionando o mundomusical. E também a descoberta da eletricidade.

Já no Brasil, com os recursos que lhe sobrara, Fignerviajou por vários estados brasileiros, trabalhando a “máquinafalante”. Em alguns anos ele já havia amealhado umapequena fortuna que lhe deu a oportunidade de abrir no Riode Janeiro, a primeira gravadora musical, a “Casa Edison”,onde eram gravados discos com muitos cantores que setornaram famosos com a chegada do invento. Disso Fignerpassou a vender partituras musicais, instrumentos,fonógrafos e outros produtos importados, tornando-se opioneiro desse progresso no Brasil. A primeira parte de suareencarnação estava cumprida.

Por essa invenção tornou-se muito conhecido e, paraalegria geral, já se podia ouvir a Banda do Corpo deBombeiros do Rio de Janeiro, que era muito apreciada pelo

povo, que só podia ouvi-los quando havia apresentaçõesem praça pública. Já se podia ouvir cantores como

Vicente Celestino, Francisco Alves, ChiquinhaGonzaga e tantos outros, de um passado repletode boas intenções, pois, através doscompositores, muitas mensagens erampassadas sobre os temas da saúde — asepidemias e a luta de Oswaldo Cruz, furando as

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Frederico Figner (Irmão Jacob)Frederico Figner (Irmão Jacob)

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 3

Cidade de ilevskoMCidade de ilevskoM

FonógrafoFonógrafo

Primeira parte

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latas para não alimentar os mosquitosda dengue e da febre amarela, comáguas paradas em objetos sem uso —;da política — em que as letrassatirizavam o presidente Hermes daFonseca — além da música quehomenageava o telefone: o primeirosamba carnavalesco no Brasil, gravadoem 1917.

Com tudo isso surgia a “FábricaOdeon”, onde inúmeros empregosforam abertos ao público, dando chancede novos conhecimentos aos queaprenderam o ofício inédito no Brasil.

Figner também foi o responsável peloaparecimento da máquina de escrever,dando oportunidade aos escritórios,cartórios e comércio geral, facilitando opreenchimento de documentos, cartas em que os escrivãesnão precisariam mais usar a caneta, a tinta ou o lápis,tornando o trabalho mais ágil.

Frederico Figner estava rico. Porém nada o fez mudar. Erasempre o mesmo com todos, simples e espontâneo.Enfrentou muitos dissabores, muito ciúme na área em quetrabalhava. A própria Chiquinha Gonzaga sentiu-seprejudicada, dizendo a toda classe de compositores queFigner ganhava muito mais com a edição de discos do que ospróprios compositores. “Imaginem”, dizia ela, “ele ganhoumais de 30 contos de reis (dinheiro antigo) dos nossosdireitos autorais...” No entanto, o primeiro a fazer valer osdireitos autorais aos cantores e compositores no Brasil foi opróprio Figner, que muito lutou para essa categoria serreconhecida. E tanto barulho Chiquinha causou queenquanto não fez o próprio filho, João Gonzaga, se tornarconcorrente de Figner, ela não sossegou. João aprenderacom Figner o oficio de chefe de gravação. Com isso instalouum estúdio na rua Barão de Bom Retiro, tornando-seempresário. Depois de lançar algumas dúzias de discos,João Gonzaga fechou a fábrica, a que dera o nome de “DiscoPopular”, por não possuir proveitos próprios. Mas isso nãoimpediu Figner de procurar o jovem ex-empresário e, commuita dignidade, livrar o rapaz das dívidas assumidas semque ele se sentisse humilhado.

Todos que trabalhavam para Figner o admiravam muito.Ele era compreensivo para com os empregados, desdeaquele chefe superior até o faxineiro para quem ele tinhasempre uma palavra de reconhecimento pelo trabalho árduoque fazia, e dizia a eles:

— Eu também já fui faxineiro no passado.Alguns não acreditavam, pensavam que essa era a

maneira de seu caráter, mas Figner, quando saiu de sua terranatal, foi faxineiro e gari de praças públicas, recordações quelhe faziam bem, porque sabia reconhecer e respeitar todosos trabalhadores.

Certa vez foi ele procuradopor um grupo de atores queprecisavam de um local paraconstruírem uma casa grande,para abrigarem os atores jáidosos e doentes, semrecursos, para terem um finalde vida honrada e assistidospor médicos e medicaçõesadequadas, já que exerciamuma profissão que não erareconhecida na época.

Tomando conhecimento de casosde maltratos e abandono, Figner,emocionado, doou uma grande faixade terra, colaborando na obra até quechegasse ao término da casa querecebeu o nome de “Retiro dosArtistas”, em Jacarepaguá.

Sentia-se tranqüilo interiormentecom relação aos pais que estavamamparados e o dote garantido para asua irmã.

Até aquele momento Figner,ocupado com seus afazeres, não haviaprestado atenção de que em sua vidanada o esperava quando voltava paracasa. Começou a sentir-se só.Lembrou-se de uma jovem que haviaconhecido em uma localidade no Rio

de Janeiro, em Niterói. Sabia que, tomando a balsa no porto,na praça Tiradentes, chegaria lá. Mas, como encontrá-la?Não possuía endereço de sua moradia, haviam conversadoe dançado até a madrugada, porém ele não se dera conta deque poderia ser o início de um romance. Não poderiaimaginar o que haveria em seu coração, mas ele iria procurá-la. Não voltaria para casa sem tê-la encontrado.

A chegada da balsa fê-lo pensar: como e por ondecomeçar? Lembrava-se de que seu nome era Esther deFreitas Reys... seria por aí, perguntaria onde pudesse serinformado, pela família Freitas Reys, não seria impossível...e assim fez. Informou-se nas padarias, nos empórios, nasbancas de jornais, isto é, com os jornaleiros que seposicionavam com os pacotes de jornais nas esquinas ou embares da cidade para efetuar a venda dos mesmos. E foi poreles que Figner conseguiu o endereço daquela que, nofuturo, seria sua esposa. Pela primeira vez, ao chegardefronte ao endereço, ele pensou em Deus, achou opensamento estranho... por que sua mente voltou-se para oCriador? Afinal, dizia-se ateu! Porém, ao imaginar quepoderia ser rejeitado, lembrou-se... “se Deus quiser ela meaceitará” e riu-se de si mesmo. Meio constrangido bateu àporta.

Um senhor muito simpático, cumprimentando-o,pergunta-lhe:

Embaraçado, ele responde:

O homem, sorrindo, responde-lhe:

Mais confuso ficou Figner quando vê a moça vindo aoencontro deles, dizendo alegremente:

Quando pára, assustada ao ver Figner ali na porta de suacasa. Passado o susto,dirigindo-se a ele, exclama:

Figner, mais confiante,respondeu-lhe:

O s e n h o r F r e i t a s ,

— Boa tarde, meu jovem, a quem procura?

— Por acaso é aqui a residência da senhorita Esther deFreitas Reys?

— Sim e eu sou o pai de Esther... e o senhor quem é e oque deseja de minha filha?

— Quem é papai?

— Meu amigo, FredericoFigner, que bons ventos otrazem até Niterói? Será quevai abrir alguma casa aquitambém?!

— Não, estou aqui porquequeria encontrá-la.

Vicente CelestinoVicente Celestino Chiquinha GonzagaChiquinha GonzagaFrancisco AlvesFrancisco AlvesFrancisco Alves

SeareiroSeareiro4

Casa Edison, fundada por Figner em 1900Casa Edison, fundada por Figner em 1900

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c o m p r e e n d e n d o a s i t u a ç ã o ,disfarçadamente, deixou-os sozinhos. Aconversa prolongou-se, até que, apóstantos rodeios, Figner ouviu dos lábios damoça a seguinte frase:

Figner novamente ouviu o nome deDeus e rendeu-se a Ele, porque tambémpela primeira vez, sentia que sua vida,dali para frente, teria novo rumo.

O casamento realizou-se em pouco tempo. A festa foicoroada pelas bênçãos dos familiares de Esther.

A feliz união trouxe a tranqüilidade para Figner. Admiravao devotamento de sua esposa para com Deus. Isso refletiaem seu espírito, que buscava mais alguma coisa, pelo qualainda ele não havia encontrado. Por que essa ansiedade, seagora realizara o que mais queria? Os negóciosprosperavam no Rio e em São Paulo. Não era formado emfaculdade alguma, mas sempre fora autodidata. Falava trêsidiomas: eslavo, germânico e conhecia bem o português,embora falasse com sotaque, mas isso não o impedia decomunicar-se com todos. O que mais podia almejar?

O tempo corria e, para aumentar sua alegria, Esther lhedera seis filhos: Marta,Aluizio, Gabriel, sendo que esses trêstiveram pouco tempo de vida terrena, causando muita dorpara Figner e a esposa. Porém, mais três reencarnantesvieram para que a saudade fosse atenuada; Leontina,Helena e Lélia, que os repletaram de carinho. Apesar disso,Esther não escondia seu abatimento. Figner emborasofrendo, tentava diminuir a ausência dos três primeiros,contando e estando sempre presente com os diálogos quetinha com os filhos que cresciam e que precisavam deatenção.

Figner tinha um grande amigo a quem confiava seusdissabores. Era Pedro Sayão, que viera de berço espírita,sendo seu pai o estimado trabalhador da doutrina, AntonioLuís Sayão, pai da célebre cantora lírica, muito aplaudida naépoca, Bidu Sayão. Figner admirava Pedro pela dedicação àfé religiosa que abraçava. Não se importava quando esse lhecontava sobre acontecimentos vindos do além. Ele ouvia,mas nada lhe fazia despertar. Pedro certa vez lhe narraracomo seu pai, Antonio Sayão, despertara para o Espiritismo,porque ele também era muito descrente da possibilidadereencarnatória. Mas, Pedro procurava consolá-lo, sobre odesencarne dos filhos, sem perceber resultados.

A espiritualidade, no entanto, sabia a hora exata para queFigner se rendesse ao que lhe faltava encontrar e darcumprimento à sua segunda etapa reencarnatória.

Certa feita, tendo de ir a São Paulo, para supervisionar

seu estabelec imento comerc ia l ,encontrou um de seus funcionários muitonervoso, esperando-o para pedir licençado trabalho. Informado, Figner ficousabendo da tristeza que o invadia, suaesposa necessitava de uma delicadacirurgia, porém os médicos temiam pelasua vida. O estado físico da paciente eramuito precário e talvez ela não resistisseà cirurgia e seu funcionário não sabia oque fazer...se ela aceitasse a cirurgia emorresse? Figner ficou abalado, o quedizer naquela hora?...

E foi aí que ele lembrou de Pedro Sayão e pediu aofuncionário que aguardasse o seu retorno. O funcionárioficou muito comovido pelo gesto do patrão, pois sentiu-opreocupado com sua vida.

Figner retorna ao Rio e junto a Pedro conta-lhe o sucedidoe esse, de imediato, durante a tarefa do receituário, pede emfavor da enferma. Figner envia a receita e passado algunsdias recebe a notícia pelo funcionário de que os médicoshaviam suspendido a cirurgia porque sem explicaçõescientíficas a mulher estava curada. O organismo serecuperara e os órgãos afetados, como os rins, voltaram afuncionar normalmente, como por milagre.

Figner ficou pasmo e olhando para Pedro,confessa :

E Pedro completa:

Figner já não estava mais arredio para com a Doutrina epassou a ouvir com atenção as conversas de Pedro em tornoda caridade e da lei de amor ao semelhante.

Numa outra ocasião, em uma de suas lojas no Rio deJaneiro, confirmava a compra de umas mercadorias quandoadentra um homem ao interior do estabelecimento, emestado desesperador, buscando ajuda. Sua família passavafome, dizia o homem e ele pedia emprego batendo de portaem porta, mas nada. E rogava a Figner, pelo amor de Deus,que lhe desse qualquer coisa para fazer, mas precisava levarpelo menos um pão para as crianças que choravam de fome.Figner, vendo as lágrimas rolarem pela face daquelehomem, tirou algumas notas de dinheiro da gaveta e disse-lhe:

O homem, agradecido, sai à rua e Figner, vendo-o meiocambaleante, olha para o céu e exclama:

Aquele impulso desafiante de Fignerpara com Deus teve resposta. Uma semanadepois do ocorrido o homem volta. Estavaalegre e, aproximando-se de Figner, pega-lhe as mãos e diz-lhe:

— Eu o aceito, porque, desde o nossoencontro, eu não pude tirá-lo dos meuspensamentos. Creio que Deus está meabençoando neste momento... sinto-mefeliz e privilegiada.

— Meu amigo, mais uma vez senti a presença de Deus!

— De Deus e dos espíritos superiores que seguem osdesígnios do Pai e pelos quais mais uma chance foioferecida a essa senhora para dar novo rumo à suaexistência.

— Tome essa pequena quantia, compre o necessário evolte a semana que vem, verei o que posso fazer.

— Ele disse pelo “amor de Deus”, pois se de fato o Senhorexiste, faça algo por ele. Não dizem os cristãos acreditaremem seu poder?

— Deus falou através do seu coração.Fui procurado por um amigo, que mearranjou um emprego. Estou trabalhandocomo jardineiro... estou muito feliz...imagine que estou ajudando Deus aconservar a natureza. O senhor quermelhor emprego do que trazer os jardinspúblicos tratados com belas flores, para

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Oswaldo CruzOswaldo Cruz Thomás EdisonThomás Edison

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Livro “O Trabalho dosMortos” - Editora FEB

que o povo sinta a presença de Deus, colorindoe perfumando a cidade? E saiba que assim queeu receber o meu salário, virei devolver oempréstimo que o senhor fez, ajudando-memuito.

— É Marta, nossa inesquecível Marta.

— Mãe, por favor, deixe de usar o luto, eu estouviva e feliz nessa vida espiritual.

O homem saiu, deixando Figner mais umavez sem ação. Realmente, pensava “Deusexiste e veio até mim, através desse homem,trazendo-me a resposta do seu poder de açãosobre as criaturas, que possuem a fé”.

Daí em diante rompeu-se o bloqueio existente no interiorde Figner, passou a trabalhar com afinco em favor dossemelhantes. Junto com Pedro Sayão começou a freqüentaras reuniões de estudos na Federação Espírita Brasileira.

Quando a gripe espanhola iniciou-se, devastando asregiões, Figner acolheu em seu lar muitos doentes e juntodos familiares muito fizeram na ajuda com remédios eprovidências, nos casos de óbitos pelo abandono dosfamiliares. Suas vidas também foram expostas, mas Fignerjuntava-se a Deus em busca da fé, vencendo os males.

Após esse difícil período, Figner e Esther passaram aotrabalho de visitas aos lares necessitados. Ele não paravamais. Seu trabalho material ficava mais com os filhos. Seusproventos eram suficientes e sabia reparti-los com quemnada tinha. Tornou-se médium curador sem o perceber.Muitos eram os doentes que se recuperavam comsua ajuda e suas preces, voltadas a Deus.

Estando muito ligado aos estudos doutrinários esempre correto com as bases Kardequianas, erasempre convidado para palestras, não só no Rio deJaneiro, como também aceitava em divulgar osensinos do Mestre, em qualquer rincão onde fossechamado. E nessas andanças ele ficou sabendoque as sessões de materializações estavam cadavez mais em evidência. Figner estudara algo sobreo assunto, mas ainda não participara dessasreuniões, por isso não saberia opinar daveracidade dos casos comentados. Ouvira dealguns espír i tas que uma médium dematerialização estava sendo muito procurada porpessoas que voltavam assombradas com os efeitos dematerialização efetuados por ela. Era Ana Prado, moradoraem Belém do Pará.

Acompanhado pela família, Figner partiu para o norte.Queria ver de perto essas manifestações. Esther e sua filhaLeontina estavam muito curiosas e levaram caderno paraanotar tudo o que acontecesse.

Visitando a médium, foram convidados a participar dasreuniões. Ana Prado relatou a Figner e família que, sentindo-se médium de efeitos físicos, passou a estudar intensamenteas pesquisas feitas por Sir William Crookes com a médiumFlorence Cook e também pelos efeitos produzidos pelomédium Mirabeli. Procurou juntar-se aos estudiosos sobreos mesmos fenômenos e, bem orientada, começou adisciplinar os efeitos, que sópassaram a ser produzidos emreuniões sérias, para queservissem para algo bom e nãocomo sensacionalismo.

Figner, esposa e filha,assistiram a várias reuniões.Numa delas, os espíritosfizeram aparecer sob umapequenina mesa, no fundo dasala, uma bela flor, e todospuderam sentir o perfume da

mesma, que variava em cores e aromas. Noutras reuniões,os espíritos colocavam ramalhetes de flores silvestres nasmãos dos assistentes (que eram poucos). Também foramregistrados moldes de mão e pé feitos em parafina ecolocados regiamente em cima da mesa de estudos. Noutrareunião os assistentes viram duas mãos unidas, oferecendolírios aos que ali estavam. Tudo isso estava sendo anotadopor Esther, quando nessa mesma reunião, vários espíritosforam materializados e em um deles Esther e Fignerreconhecem Marta, a primogênita desencarnada há anos.Figner assim descreve: começou a surgir, junto à cortina quecobria a porta de uma sala, uma jovem que se manifestoucom gestos leves e graciosos, o corpo frágil e franzino,usando um vestido simples acima do tornozelo, de mangascurtas e decote arredondado. Diante dessa imagem, Esther

num sussurro exclama:

O espírito sorri com gestos afirmativos e dandoalguns passos dirige-se a Esther, dizendo-lhe:

Figner, chorando, abraçado à esposa e à filhaLeontina, agradece a Deus a feliz visão da amadafilha Marta.

Toda essa anotação com minúcias dos fatos foientregue pela família Figner ao escritor Dr. Nogueirade Faria, que fez um sério relato contido no livro desua autoria intitulado, “O Trabalho dos Mortos”.

Ana Prado foi uma lutadora, que como todos osvanguardeiros, muito sofreu para fazer-se entendernuma época tão preconceituosa, com a Doutrina

Espírita. Comparavam-na com os mais notáveis médiuns dematerializações, que eram famosos em várias partes domundo. Figner teceu vários comentários do imenso trabalhorealizado por Ana, em região tão distante e precária no nortedo Brasil.

Isso dera novo ânimo a Figner, que, com entusiasmo,volta ao Rio de Janeiro onde fundou vários grupos,orientando-os no começo para que não se perdessem aolongo da existência, que seguissem sempre a base dos livrosdeAllan Kardec.

Foi ele tesoureiro e vice-presidente da Federação Espíritado Rio de Janeiro, membro do Conselho Fiscal e tambémtesoureiro da comissão pró-livro Espírita, que eramdistribuídos aos agrupamentos mais carentes, para que o

livro não faltasse. Foi tambémpresidente honorário do GrupoEspírita “Bittencourt Sampaio”,com sede no Rio de Janeiro.

Distribuía suas rendas paraobras assistenciais fosse qualfosse a religião professada.Figner não parava, diziam osamigos que ele tinha asas aoinvés de pernas.

Veio ele a conhecer outroen tus ias ta da Dou t r inaWilliam CrookesWilliam Crookes Florence CookFlorence Cook

FranciscoValdomiro LorenzFranciscoValdomiro Lorenz

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Informe-se através:E-mail: [email protected](11) 4044-5889 (com Eloísa)Caixa Postal 42 - CEP 09910-970 - Diadema - SP

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Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

SeareiroSeareiro6

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Livro “GrandesEspíritas do Brasil”

Editora FEB

Livro “Voltei”Editora FEB

Livro “ANova Revelação”Editora FEB

Espírita, de nome Francisco Valdomiro Lorenz, nascido emZbislav, perto de Tcháslav, imigrante como ele. Suashistórias se pareciam, pois ambos queriam morar no Brasil eaqui vieram a travar bela amizade.

Só que enquanto Figner ganhou fortuna e soubera comousá-la, para Lorenz fez-se uma terrível prova, que amargavacom a pobreza, sem, porém, atormentar-se quanto a isso.Estudara com muito sacrifício, e se tornara um cultoesperantista, um dos mais brilhantes, dizia Figner, comvárias obras publicadas sobre o esperanto, que dizem osespíritos, deverá tornar-se a língua universal, compreensívelentre todos os povos, no futuro.

Figner tornou-se assíduo colunista nos periódicos daépoca. Escrevia sobre a Doutrina Espírita, principalmente nojornal “Correio da Manhã”, que circulava por todo País.Houve uma época em que Figner entrou em séria polêmicacom o Padre Florêncio Dubois, que escrevia para a “Folha doNorte”, um órgão do Pará.

Figner defendia as materializações realizadas por AnaPrado e o Padre Florêncio escrevia que ela era médium deSatanás, e que muitos que viam os pecados realizados porela ficavam loucos e eram internados nos sanatórios. E doque Ana Prado precisava era ser exorcizada e nãoproclamada como pessoa de bem. Isso durou muito tempo,até que o Padre Florêncio não tinha mais argumentos pararebater Figner.

Querendo Figner saber como era visto o Espiritismo forado Brasil, acompanhado pela esposa, embarcou para aInglaterra. Já havia lido muitos livros de escritoresamericanos, que para ele nada transmitiam de sério. Por issoa partida para a Inglaterra, curioso em saber, como lera emjornais britânicos, algo a respeito de fotos reveladas compessoas já desencarnadas. A chegada à Inglaterra fora deuma visão meio triste para Figner, que recordou-sede sua terra natal, sempre fria e cinzenta. Mas foichamado à atenção por Esther sua esposa, queapontava para um cartaz à frente do hotel:

“Venham assistir as fotos com demonstraçõesmediúnicas realizadas por Willy Hope no famoso“Circle of Crem”.

Embora sendo um espetáculo, Figner achouinteressante. Foram apresentadas muitas fotos, desaraus, casamentos e peças teatrais, com pessoaspresentes com diferentes trajes, doentes emmacas, em cadeira de rodas, pessoas que nadatinham em comum com os lugares em que as fotosforam tiradas. Para Figner, mais uma confirmaçãoda continuidade da vida, após a morte física. Belo materialque ele poderia usar em suas palestras e em seus escritosjornalísticos. Após comentar com a esposa o que assistirame de posse do material que puderam obter, quis Fignerconseguir o endereço de seu escritor policial favorito, SirArthur Conan Doyle. Com a facilidade de idiomas, ele

também driblava o inglês.Ele e a esposa foram bem

r e c e b i d o s p o r D o y l e e o scomentários a respeito das tramasurdidas pelo escritor em seus livrosderam muito assunto que acabousobrando para a Doutrina, porqueFigner comparou muitos casosdescritos nos livros com os mesmosacontecimentos na Terra. Doylemostrou-se interessado e ofereceu aFigner um exemplar de sua maisrecente obra: “A Nova Revelação”,

q u e F i g n e ra g r a d e c e uimensamente.

De volta aoBrasil, retornouàs atividades,c o m e n t a n d os e m p r e o sd i v e r s o sa s p e c t o sdoutrinários noexter ior, massalientando que só no Brasil o Espiritismo era levado a sério.

Frederico Figner viveu 80 anos, sendo que grande partede sua vida foi de dedicação ao Espiritismo. Após tercontatos doutrinários, dedicou-se a investir cada vez mais naSeara do Senhor. Mas uma enfermidade começara aatormentá-lo e aos poucos foi minando o seu físico.

E no dia 19 de janeiro de 1947, às 20 horas, Figner deixaseu corpo físico, para entregar-se em espírito à pátria deorigem, deixando muitos corações agradecidos e saudosos,de sua energia e de exemplos sadios, no campo da caridadee de seu desprendimento dos bens terrenos.

Durante o velório, foram muitas as manifestações decarinho daqueles que o conheceram e trabalharam ao seulado. Na despedida, no Cemitério de São Francisco Xavier,falaram com palavras ditas do coração o Dr. Miranda Ludolf eseu grande e particular amigo Dr.Arthur Lins de VasconcelosLopes e o Capitão Silva Pinto. Também o presidente daFederação, representado pelo Vice-Presidente, o senhorUbaldo Ramalhete Maia, que, homenageando a Figner, fezuma sentida prece, emocionando a todos pela energia aliconcedida pelo plano Espiritual Superior. Todos sentiam o

leve aroma de rosas no ar.Após seu desencarne, a Federação Espírita

Brasileira publicou alguns de seus artigos reunidosnum livro com o título de “Crônicas Espíritas”.

No mundo espiritual, Figner nos traz suasexperiências contidas no livro “Voltei”, pelamediunidade de Francisco Cândido Xavier, sob opseudônimo de Irmão Jacob. Livro esse editadopela FEB, em sua primeira edição, em 1949. Nesselivro, Figner, ou Irmão Jacob, narra a sua chegadaao abrir os olhos para a espiritualidade, suasdificuldades e ao ver-se envolvido pelas açõesmagnéticas de sua filha Marta, libertando-se doslaços físicos. Vale a pena ler essa preciosa obra.

Com o passamento de Frederico Figner, toda a imprensadivulgou com saliência o fato e o jornal “A Noite Ilustrada”,usando de duas páginas, classifica Figner como “o maisbrasileiro de todos os estrangeiros, o cidadão dos milamigos, o protetor dos necessitados, filantropo dos maislegítimos e dedicados.” (Livro “Grandes Espíritas do Brasil”).

Outra justa homenagem foi-lheprestada através de uma exposição,num espaço cultural, onde seencontram aspectos importantes davida de Figner. É “A Mansão Figner -O Rio na Belle Epoque”. Fica na RuaMarques de Abran tes , 99 ,Flamengo, Rio de Janeiro. Aí foi asua residência durante a sua estadaterrena. Essa mansão foi adquiridapelo SESC-Rio de Janeiro erestaurada num trabalho rigoroso depesquisas feita pelo arquiteto

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7

Arthur Lins deVasconcelos LopesArthur Lins deVasconcelos LopesArthur Conan DoyleArthur Conan Doyle

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1) Você conheceu pessoalmente o Chico e teveoportunidade de conviver com ele. Em que sentido essaamizade marcou a sua vida?

2) Considerando a Doutrina Espírita em seu trípliceaspecto, qual o aspecto que mais lhe atrai?

No sentido de que a presença do amado amigo, ChicoXavier, me fez enxergar mais claramente que a missão doEspiritismo, como a Doutrina Consoladora dos Espíritos do

Senhor, é a de trazer de novo Jesus e sua excelsamensagem de esperança ao coração do povosobrecarregado e aflito, sedento da água viva doesclarecimento e faminto do pão da paz de espírito. Tudo oque fugir a este nobre objetivo superior é perda de tempo oumera vaidade dos homens.

Aprendi com Chico que todos os três aspectos da DoutrinaEspírita são relevantes. Contudo, tanto a filosofia que indagacomo a ciência que responde são construções

Livro “AMansão Figner”Editora Senac Rio

entrevistaEntrevista

Esta entrevista foi concedida por Geraldo LemosNeto ao Boletim Informativo do Sir WilliamCrookes Spiritist Society, de Londres, em 2007.

Marcos Moraes de Sá.Consta em seu interior um grande painel com fatos cronológicos que

revivem as mais importantes passagens da vida de Figner, em suaépoca. No local encontra-se à venda o livro “A Mansão Figner - O

eclet ismo e a casaburguesa no início doséculo XX”.

Viriato Correia, nascidoem 1884 e desencarnadoem 1967, como jornalista,teatrólogo, romancista emembro da AcademiaBrasileira de Letras,descrevia Figner, comoum amigo, dizendo que“era um jovem aos 80anos, que vibrava e entusiasmava-se tanto portodas as invenções que chegava a conhecer, quenos parecia ficar ele muito mais feliz, que ospróprios inventores. Vivia correndo pelas ruas,suado, sem vaidade alguma, sem dispensar seuchapéu em cima da nuca, falando e gesticulandomuito quando parava para ouvir as necessidadesde uns e outros.”

Sua preocupação não era para aumentar suariqueza, mas sim para servir ao semelhante.Acreditamos que seu patrimônio espiritual deveter superado e muito o lado material, pela riquezade seus sentimentos tão espontâneos comrelação a Deus, ao Evangelho do Senhor. Vocêcresceu, meu amigo! E mais ainda você foi umjudeu conciliado com o Mestre Jesus.

EloísaFinal da primeira parte.

Ao lado, a Mansão Figner,cujo estilo eclético pode serobservado na fachada docasarão, onde a cúpula remete àa r q u i t e t u r a m o u r i s c a , oc o r o a m e n t o p r i n c i p a l éinspirado no estilo Luís XIII e og u a r d a - c o r p o d o b a l c ã oprincipal lembra as construçõesda Idade Média. Do lado dedentro, aparecem elementos tãodistintos quanto uma porta artnouveau e um teto que imita orococó francês.

Depois de dois anos de obrasde restauração, a MansãoFigner, patrimônio construídoem 1912 e tombado em 1995,está aberta à visitação pública,abrigando o Centro Cultural ArteSesc e um restaurante, o SenacBistrô.

O arquiteto Marcos Moraes deSá, um dos coordenadores dar e s t a u r a ç ã o , e x a l t a aimportância do imóvel, porquealém de uma afirmação doecletismo, refletindo o Rio doinício do século passado, amansão foi a casa de FredericoFigner, pessoa de destaque nahistória da música no país quefundou a Casa Edison e aGravadora Odeon, introduzindoo disco no Brasil.

Grandes Espíritas do BrasilVoltei

A Mansão Figner - O Ecletismo e a casa burguesano início do século XX

- Zêus Wantuil, Ed. FEB, 2002.- Irmão Jacob - pelo médium Francisco Cândido

Xavier, Ed. FEB, 1990.

Imagens:

Livro- Marcos Moraes de Sá, Ed.

Senac Rio, 2ª ed., 2004.

0

http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernob/2003/02/01/jorcab20030201001.html

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fe/Milevsko-square.jpg/800px-Milevsko-square.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a / a 0 / E d i s o n P h o n o g r a p h . j p g / 1 8 0 p x -EdisonPhonograph.jpg

http://www.overmundo.com.br/_overblog/img/1171626839_casa_edison.jpghttp://www2.uol.com.br/cliquemusic/imgfotos/594.jpg

http://www.todotango.com/spanish/biblioteca/CRONICAS/IMAGES/Brasil_Francisco_Alves.gifhttp://www.radio.usp.br/imagens/chiquinhagon.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/31/Oswcruz.jpg/200px-Oswcruz.jpghttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e5/Thomas_Alva_Edison.jpg/210px-Thomas_Alva_Edison.jpghttp://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/imagens/williancrookes.gifhttp://www.luzespiritual.org/fotos/florencecook.jpghttp://vocale.org/mondo/projekciologio/projek17.jpghttp://www.edinburghspiritualists.com/Images/Arthur%20Conan%20Doyle.jpghttp://www.mundoespirita.com.br/imagens/img992.jpghttp://www.photografos.com.br/users/ELMIRA/normal_23905_photo.jpghttp://farm1.static.flickr.com/120/316580853_8e353f4848.jpg?v=

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Com Geraldo Lemos Neto

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 9

eminentemente humanas, fruto do esforço da civilização, daevolução do conhecimento geral através dos séculos, e,conseqüentemente, provisórias e imperfeitas, como ospróprios homens limitados no seu alcance sensorial.

Portanto, somente a Religião nos traz o aspecto Divino daRevelação a nos ligar novamente o imo d'alma ao seioamoroso e compassivo do Criador de Eterna Bondade,Nosso Pai Celestial. Então, em assim considerando, sou deopinião que o aspecto religioso do Espiritismo é o maisimportante para as nossas vidas, porque dirigido ao EspíritoEterno e à Vida Imortal.

ACasa de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, cidade natal domédium amigo, foi entregue ao público em 2 deAbril de 2006com o lançamento do livro "Sementeira de Luz" contendomensagens ainda inéditas do espírito de Neio Lúciopsicografadas por Chico Xavier e organizadas por WandaJoviano.

Esta é a residência onde morou Chico por vários anos, apartir de 1946 até 1959, mantendo-a como seu pousoresidencial em Pedro Leopoldo mesmo após sua mudançapara Uberaba em 1959 até a sua desencarnação em 2002.Nosso objetivo foi o de transformá-la num centro dereferência à sua vida e à sua obra.

Lá contamos com farta exposição fotográfica e documentalde sua vida, alguns objetos de seu uso pessoal, além doacervo de todas as 438 obras de sua psicografia até hojeeditadas e das outras 160 obras biográficas ou que sebaseiam ou referem à sua exemplar vida de Apóstolo doEspiritismo.

Desde sua inauguração caravanas de irmãos de váriosestados do Brasil, e algumas até do exterior, têm estadoconosco, em visita fraterna de comunhão e saudade. Nesses17 meses de atividades diárias, de terças a domingos, o livrode presenças da Casa de Chico já registra mais de 25.000visitas, o que nos alegra sobremaneira.

Ficamos felizes ao sentir que a Casa de Chico Xavier setransformou num local de comunhão elucidativa e solidária,como foi seu próprio exemplo de vida.

Suas atividades principais são O Culto do Evangelho deJesus no lar, realizado todos os domingos às 18 horas, e asvisitas cristãs que o Grupo Fraterno Veneranda realiza todasas terças-feiras às 19:30 horas nos povoados das cercaniaspobres da cidade.

Peço-lhes permissão para citar o espírito do benfeitorespiritual Emmanuel, quando, perfeitamente materializadoatravés da mediunidade de efeitos físicos do Chico, nos idosde 1950, disse aos circunstantes perplexos e admirados:

"O Livro é chuva que fertiliza lavouras imensas, alcançandomilhões de almas!”

Assim, aceitando a luminosa destinação que o benfeitor

Emmanuel nos indicou para a tarefa do livro espírita, somosde opinião que devemos vencer todos os obstáculos, todasas dificuldades e empecilhos, que porventura seinterponham no caminho da editoração espírita cristã,conscientes de que estaremos superando dificuldades paraque a mensagem de renovação e esperança do Consoladorpossa chegar, enfim, pura e cristalina, ao coraçãonecessitado de mais luzes e alívios.

Então todo o sacrifício que pudermos fazer em favor dadivulgação do Espiritismo será ainda muito pouco diante dasenormes possibilidades que a Bondade Infinita de Deuscoloca em nossas vidas.

Com a benção de Deus, temos sim a alegria de podercontinuar trabalhando e servindo neste setor da atividadeespírita, muito embora modestamente, e a misericórdia doAlto tem nos enviado mais trabalhos, que presentemente seencontram no prelo. Cremos que o próximo lançamento seráainda no final deste ano de 2007.

Lembro a assertiva de Dr. Bezerra de Menezes, através dapsicografia de Chico Xavier, quando escrevendo aosconfrades responsáveis pelo movimento de unificação noBrasil, no momento de sua estruturação efetiva, afirmara:

"AUnificação é processo urgente, mas não apressado!"

Raciocinando em cima desse alerta do benfeitor amado, épreciso que meditemos na sublimidade de sua extensão.Antes de nos preocuparmos com o processo de unificaçãodos espíritas, seria melhor que nos preocupássemos em nosamar mais. Se descobríssemos uma maneira mais simples edireta de compreender que somos seres humanos muitodiferentes uns dos outros, trazendo conosco bagagens devida e experiência muito distintas umas das outras, comvisões de mundo muito próprias e particulares,conseqüentemente guardando opiniões diversas sobrevariados temas de nossas cogitações... Se apenasaprendêssemos a respeitar com alma e coração essasdiferenças tão naturais entre nós outros, companheiros domesmo Ideal!

Talvez assim estaríamos no caminho de solucionarmos esteenigma em nosso destino de espíritos imortais, conquantodiferentes uns dos outros, o enigma de sabermos finalmenteencontrar a fórmula da unidade na diversidade que noscaracteriza!

Assim, tudo o que é feito apressadamente em matéria deUnificação do Movimento Espírita, infelizmente acabadescendo para a sombra do personalismo petrificante, doexclusivismo dogmático ou da perturbação nas disputasestéreis e vazias, na louca ilusão da vaidade humana, longe,mas muito longe mesmo, do coração amoroso do Cristo deDeus.

Recordo sempre, neste particular, a lembrança amiga deChico Xavier, quando ele nos falava que: "Espiritismo éJesus de novo para o coração do povo!"

E, falando nisso, com facilidade todos nós teremosnecessariamente de nos lembrar da recomendação dopróprio Cristo Jesus quando ele nos alertou: "Os meusdiscípulos serão reconhecidos por muito se amarem!"

3) Recentemente, você inaugurou a "Casa de ChicoXavier". O que esta Casa vem oferecendo ao públicoespírita e não espírita?

4) A editora Vinha de Luz tem publicado vários livroscontribuindo assim com a divulgação do Espiritismo.Quais as dificuldades encontradas para publicar livrosespíritas no Brasil? Você já tem outro livro sendopreparado para publicar?

5) As dificuldades de união dentro do movimentoespírita têm sido uma constante. O que você tem a nosdizer para abrandar essas dificuldades?

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Rua das Turmalinas, 56 / 58 - Jardim Donini - Diadema - SP

Tratamento Espiritual: 2ª e às 19h453 e às 14h45

4ªª 6ªAtendimento às Gestantes: 2ª às 15 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniõesReuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas3 e 6 às 15 horas

Domingo às 10 horas

ª ªª ª

Artesanato: Sábado das 10 às 16 horas

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Canal Abertocanal aberto

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.Agradecemos todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

As relações entre os homens e os Espíritos baseiam-se nasleis da afinidade e da atração. Portanto, se tomarmos a decisãode progredirmos espiritualmente, atrairemos a simpatia e acolaboração das almas bem-aventuradas e, à medida que nosdedicarmos ao estudo perseverante e à meditação sadia,estaremos estudando e meditando com os espíritos superioresatravés da intuição, porque os bons espíritos se ligam aos quedesejam instruir-se.

Intuição é pensamento a pensamento. Quando pensamos,recebemos a influência dos Espíritos. Todos nós poderemosdesenvolver a intuição, através do estudo persistente e com odesejo sincero de sintonizar a mente, com os mensageirosencarregados de preparar o Reino do Bem, anunciado por Jesus.

Desenvolver a intuição é possível através de sucessivosexercícios mentais para trabalharmos com Jesus pelaregeneração da humanidade.

O primeiro passo para o desenvolvimento da intuição é alimpeza do vaso mental, porque um recipiente sujodeturpará tudo o que receber. Portanto, para recebermosas instruções dos Bons Espíritos e interpretá-las fielmente,é indispensável desenvolvermos o amor, o devotamento aobem do próximo, a aspiração nobre e a fé inabalável.

Desse modo limparemos o vaso mental e estaremos emcondições de receber e interpretar com fidelidade asinstruções da Esfera Superior. Se tomarmos o caminho datransformação dos sentimentos, caminharemos lado a ladocom os espíritos superiores, fiéis intérpretes da Lei Divina eNatural, e estaremos participando da preparação do Reinode Deus anunciado por Jesus.

Da Intuição

O Anjo da Guarda deve ser mais adiantado do que o seuprotegido, para poder conduzi-lo com segurança para o seuelevado destino: a perfeição e a felicidade suprema.

Porque quando cego guia cego os dois caem no barranco.Guiar e amparar o seu protegido pela intuição, para ele cumprir

a missão que Deus lhe deu e, para superar as provas que Deuslhe impõe, a fim de progressivamente conduzi-lo para o seu alto

destino: a perfeição e a felicidade suprema.Portanto, devemos desenvolver a

intuição, para entendermos de modo claro epreciso as instruções do nossoAnjo da Guarda.

Sendo Deus nosso Pai, todo amor e sabedoria, põe aonosso lado um Espírito protetor, para guiar-nos pelo bomcaminho, sustentar nossa coragem nas provas da vida,esteja convencido de que o Grande Irmão estará sempreao nosso lado.

Quando o desânimo minar-lhe as energias ou a tristezaenvolver-lhe o coração, recorre a Ele por meio da prece ede imediato receberás no coração o seu toque de amor.

Saiba que temos ao nosso lado um Espírito de ordemelevada, encarregado de guiar-nos para o nosso gloriosodestino: a perfeição e a felicidade suprema. Mas, note bem,o nosso Grande Irmão jamais apoiará os nossos caprichosque venham a transgredir a Lei Evangélica.

Amissão do nossoAnjo da Guarda é a de conduzir-nos a“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como anós mesmos” a fim de crescermos em saber e virtude esermos promovidos para uma ordem elevada, paraparticiparmos no atendimento aos irmãos menores.

Dos Anjos da GuardaO Livro dos Espíritos

Questão 490

Questão 491

- Capítulo IX “Intervenção dos Espíritosno Mundo Corporal”, item “Anjos Guardiões, EspíritosProtetores, Familiares ou Simpáticos”

- Que se deve entender porAnjo de Guarda?— O Espírito protetor de uma ordem elevada.

- Qual é a missão do Espírito protetor?— A de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seuprotegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seusconselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe oânimo nas provas da vida.

Textos enviados por José Jacintho - Várzea Paulista - SP

Caiu a sua produção na Seara Espírita.Antes de alinharmos as nossas raz es, geralmente

decalcadas em acusações fortuitas, especiais ougeneralizadas, sobre os companheiros ou agrupamento quefreqüentamos, meditemos um pouco sobre a ação corrosivada .

Nos primeiros ensaios de um trabalho que se inicia, vocêpressente, no seu modo habitual de refletir, que ali estájustamente o clímax de suas aspirações e que, a partirdaquele minuto, um mundo inteiramente novo se abrirá aosseus olhos.

Essa atitude é o que se chama sair de você mesmo.

Por ser um princípio de tarefas, desdobrando facetasdiversas, você registra a sucessão de acontecimentoscom o sabor de novidade e um raio quente de esperançapenetra a sua alma.Você rompe o casulo e alça vôo.Porém, como todo empreendimento nobre no campo do

espírito traz o sinete da eternidade, você, em breve, sentiráque as atividades se repetem e, pouco a pouco,desavisadamente, você se deixa voltar ao seu estadoanterior de mentalização. Recolhe-se aos viciadoscompartimentos psíquicos, descolorindo a sua ação, nocampo a que foi admitido.

É o .Você se sente, então, cumprindo obrigações, qual se

tivesse de arrastar uma pesada e dolorosa cruz no Calvário

õ

sensação de rotina

momento de rotina

Sensação de Rotina

Atualidadeatualidade

SeareiroSeareiro10

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11

de sua existência, esperando uma recompensa futura, àsemelhança de um operário que se desincumbe mal desuas tarefas para fazer jus a um salário compulsório. Emdecorrência, cresce a impressão de frustração em áreade função espiritual.

Urgente que você se reformule.Ninguém é chamado a cumprir obrigações em

Espiritismo.Amais sublime posição é a de quem desempenha uma

tarefa, usufruindo, no instante que passa, toda afelicidade e toda a alegria espírita-cristã, prelibando omundo feliz dentro de si mesmo, a partir da Terra, entreos homens, no curso de sua caminhada.

Enganosamente, o homem, por vezes, tenta evitar arotina, inovando tarefas, procurando agitar coisas novas,afastando-se dos compromissos que solicitam repetiçãocontinua. A sua existência torna-se tumultuada, faltando-lhe a persistência e a sintonização com o Plano Maior.

O que devemos anular é a sensação de rotina,compreendendo que cada dia novo traz novas luzes eque, embora o Sol seja sempre o mesmo, assinalamos asua presença pelo filtro de nossa alma, enaltecendo-lhea luz e o calor, se estamos equilibrados, ou maldizendo-lhe a inclemência, se estamos desajustados.

A sensação de rotina amodorra-nos a prece,impedindo-nos de assinalar os eflúvios divinos que nosbalsamizariam; tolhe-nos a livre colaboração, sufocandobelas iniciativas no nascedouro; distancia-nos dastarefas mediúnicas, desagregando grupos dedesobsessão; induz-nos a afastar, entediados, amensagem sublime da Doutrina, refocilando-nos noslodaçais das paixões; obscurece-nos o raciocínio,predispondo-nos as fantasias e fábulas; faz-nosdescurar da realidade espiritual, despertando-nosanseios por pitonisas e buenas-dichas...

A nossa produtividade diminui, a pouco e pouco,quando nos deixamos enovelar na onda enganosa dasensação de rotina, perdendo o prazer íntimo do convíviofraterno e abandonando as normas de nossa reformaíntima. São portas que se abrem para a nossa fuga daregeneração espiritual e que hão conduzindo para longemuitos que se revelam como esperança do mundomelhor.

Roque Jacintho

Vemos freqüentemente pessoas muito preocupadasem saber o que foi e o que fez nas reencarnaçõespassadas. E isto é uma constante procura nos Núcleosou Centros Espíritas.

Mas, se a mesma preocupação fosse voltada para osestudos através da base doutrinária, ou melhor, as basesque se encontram nas obras de Kardec, obter-se-iam asmelhores respostas para todas as dúvidas.

Para o espírita estudioso é sabido que asconseqüências dos atos presentes podem refletir oserros do passado. É a Lei de Causa e Efeito.

O nosso André Luiz, em seu livro “Sol nas Almas”,psicografado por Waldo Vieira, traz esse assunto muito bemretratado na lição intitulada “Conseqüência”. Nela,André Luizexemplifica o que poderia ter acontecido para que asreencarnações fossem difíceis ou dolorosas. E,prosseguindo, comenta as reencarnações suportadas comserenidade e equilíbrio numa volta, isto é, reencarnando emmelhores condições.

Este assunto é muito sério e os responsáveis por Centrosou Núcleos Espíritas precisam ter muito cuidado, pois é fatode que muitas pessoas são levadas ao desequilíbrio pelasfantasias que ouvem, como sendo verdadeiras.

E, mais grave ainda se torna, quando isto é levado parareuniões mediúnicas, quando espíritos são consultados parasaber se as dificuldades da vida presente são resultado dopassado, ou ainda, se a doença que aparece, seja ela qualfor, também é resultado da reencarnação passada.

Presente e Passado

PROGRAMAÇÃO

LOCAL

19/04 - SÁBADO

AberturaParticipação do Coral "A Luz Divina"

Marlene Rossi Severino NobreWeimar Muniz de Oliveira

Manoel Tibúrcio NogueiraCaio Ramacciotti

momento musicalAdelino da SilveiraElias BarbosaOceano Vieira de Melo

Apresentação de Vídeo Inédito sobre Chico Xavier

20/04 - DOMINGO

Jhon Harley M. MarquesFlávio Mussa TavaresGeraldo Lemos Neto

Lançamento de Livro Inédito da Psicografia de ChicoXavier

Carlos A. Baccelli - Encerramento

CLUBE SÍRIO LIBANÊSRua Major Eustáquio, 790

Uberaba - MG

13:00 - 13:30

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CONTATOS(34) 3312-6176 - Jô

(34) 3312-1077 - Maria José(34) 3315-1910 - AME Uberaba

(31) 3662-3896 - AME Pedro Leopoldo (Bete)(31) 3661-1253 - Fundação Cultural Chico Xavier (Jaqueline)

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I ENCONTRODOS AMIGOS DE

CHICO XAVIER E SUA OBRA

Uberaba – MG19 e 20 de Abril de 2008

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— Se minha filha aparecer grávida, eu coloco para fora decasa! Quantas vezes ouvimos esta frase e tantas outrasvimos acontecer a expulsão.

Isto é sinal de falta de diálogo entre pais e filhos,principalmente com as meninas, que crescem sendoeducadas como bonecas de enfeite, sem uma educaçãoreligiosa e moral.

Na adolescência, fase em que as rebeldias vêm à tona,tudo parece que começa a se complicar.

As meninas, nos tempos atuais, querem sair sem acompanhia dos pais e começam os "namoricos".

Hoje as adolescentes não são tão obedientes quantoantigamente. Quando ouvem um não, questionam, discuteme querem fazer valer a sua opinião e vontade.

Não sabemos se por consciência pesada pela ausênciano lar, por ser mais cômodo, por estarem cansados dotrabalho diário ou por quererem dar tudo o que não tiveramao filho, mas os pais preferem concordar com tudo o que osfilhos fazem ou pedem.

Os filhos, por sua vez, vão crescendo com a idéia de quetudo podem fazer e que omundo deve servir-lhes.

Invigilantes são os paisque cedem a essasvontades. Vemos que,quando uma família tem ohábito de realizar o "Cultodo Evangelho no Lar", odiálogo favorece a evitartantos atritos e os jovensrecebem as respostas àssuas dúvidas através daslições de Jesus. Cria-se aconfiança necessária paraque o jovem pergunte,d i s c u t a , d e s a b a f e eexponha as suas idéias epensamentos. Os paisganham uma oportunidadede ouro de conhecerem oque vai pela cabeça deseus filhos.

Pode até ser que aconteça uma gravidez não planejada(pela família encarnada), mas a possibilidade de ocorrer talcircunstância é bem menor. Este é um ponto importante navida de uma família, pois o número de abortos emadolescentes é muito grande e, só para lembrar, o aborto éconsiderado um homicídio pelos critérios espirituais, poislogo após à fecundação do óvulo, liga-se a ele um espírito

que aguardou a oportunidade de reencarnar. Se a mãeprovocar o aborto, este espírito pode não perdoar estaagressão e, com ódio, iniciar vingança, perseguições e atéobsessões com resultados desastrosos para encarnados edesencarnados.

Vemos que nos dias atuais os jovens recebem muitainformação sobre sexo, doenças sexualmentetransmissíveis e métodos para se evitar filhos, mas mesmoassim o número de gravidez em adolescentes e,conseqüentemente, o número de abortos vêm crescendo acada dia que passa.

Será por falta de informação?!Acredito que a parte material do sexo já está sendo muito

bem explicada. O que falta é explicarmos aos jovens a partesentimental, a parte moral e os reflexos espirituais de taisatos.

Só para ilustrarmos este assunto vasto, mencionaremosque, caso o homem que engravidou uma mulher a abandonee ela, a partir deste momento cometa atos quecomprometam o seu equilíbrio espiritual, este homem torna-se responsável também por tudo o que venha a acontecer aesta mulher em virtude do seu ato. Vemos que a Lei de Açãoe Reação é inflexível: "a cada um segundo as suas obras".

N ã o d e s e j a m o s ànenhuma família que suasfilhas engravidem de umaf o r m a i n e s p e r a d a et raumá t i ca , mas , seacontecer, orem a Jesusp e d i n d o f o r ç a s eresignação para suportareste momento, orientemesta jovem para que nadapior lhe ocorra e amparem acriança que está por vir.

Não deixem o ódio e od e s e j o d e v i n g a n ç a"azedar" o ambiente do lar.

Nesta hora devemos nosapegar mais à leitura doEvangelho e termos fé, nosutilizando do recurso daoração que é um refrigérionas horas de tribulações,lembrando o que André

Luiz recomenda: "Olvide ofensas e desgostos, tribulações esombras e continue trabalhando quanto puder no bem detodos, recordando que o tópico mais importante de seucaminho será sempre servir."

Confiemos em Deus nosso Pai, em Jesus nosso irmãoquerido e nos espíritos amigos. Eles nos ajudarão aprosseguir.

Wilson

Aborto

Famíliafamilia

Ora, se Deus faz-nos esquecer o que ficou para trás, porque perdermos tempo com isso, quando há tanto para fazerem benefício do próximo na Seara Bendita?

Os nossos amigos espirituais têm muito que fazer!Portanto, é necessário sermos mais responsáveis pelos

nossos atos. Se agirmos errado, logicamente pagaremospelo erro. Não há necessidade de ficarmos preocupados como passado. Pelo presente sabemos bem o que fomos nopassado.

O trabalho sério é a melhor medida para procurarmosacertar na reencarnação presente.

Cada dirigente espírita é responsável pelo trabalho que sedesenvolve em equipes ou reuniões, principalmentemediúnicas.

Seria importante, como ensinam os espíritos superiores,estudar o Evangelho para que todos os que procuramconsolo, encontrem nele, no Evangelho, o caminho, o portoseguro da Verdade e da Vida e Deus.

Eloisa

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 13

Ao ser publicada a primeira gramática de Esperanto, osintelectuais, preocupados com os problemas lingüísticos,voltaram sua atenção ao novo idioma.

Nesse contexto, vários escritores, filósofos, lingüistas,clérigos, matemáticos, médicos, jornalistas passaram ausá-lo em seus congressos e jornais para divulgarem suasidéias ao mundo.

Dentre os mais conhecidos sábios da época quedivulgaram e usaram o Esperanto, podemos citar LeonTolstói, Charles Richet, Carlo Bourlet, Guimarães Rosa,cada um em seu campo de atuação, maravilhados com a

beleza e a regularidade do idioma.O certo é que só algo realmente importante ou que fosse

de grande proveito para a humanidade, livre dastendenciosidades humanas, despertaria a atenção desseshomens.

Tal fato serve a nós como incentivo e prova irrefutável deque o Esperanto não é, nunca foi ou será um capricho daintelectualidade, mas a saída possível para o problema daintercompreensão, na construção de um mundo mais digno!

DavidsonRevisão: Osvaldo Pires de Holanda

Informações: http://www.kke.org.br/pt

Publikigante la unuan esperanta gramatikon, gesaĝulojstudamantoj de lingvistikaj aferoj atentigis sin alekaperinta idiomo.

En tia situacio, multaj verkistoj, filozofoj, lingvistikistoj,ekleziistoj, matematikistoj, karacistoj, ĵurnalistoj ekuzis ĝinje iliaj kongresoj kaj ĵurnaloj por disvastigi iliajn ideojn al latuta mondo.

El la plej konitaj samtempa saĝuloj kiu disvastigis kajuzis Esperanton, ni mencias Leon Tolstoi, Charles Richet,

Carlo Bourlet, Guimarães Rosa, ĉiujn en iliaj aferoj, ravitajpro la beleco kaj reguleco de l' idiomo.

Prave estas ke, nur io efektive grava aŭ profitema por lahomaro, libera de malbonaj tendencoj, vekiĝus la atentonde tiaj homoj.

Tia fakto taŭgas al ni kiel stimulo kaj nerefutebla pruvoke Esperanto ne estas, neniam estis aŭ estos intelektecalukso, sed la solvo de l'j interkompreniĝa afero, por lakonstruo de pli inda mondo.

Esperanto kaj la Intelektuloj

Tradução:O Esperanto e os Intelectuais

esperantoEsperanto

Francisco Cândido Xavier,pelo espírito Emmanuel

FEB - 112 páginas7ª edição

livro em focoLivro em Foco

Nesta obrade Emmanuel,psicografadapor Francisco

Cândido Xavier, temos nopreâmbulo de Emmanuel, umaa b e r t u r a p a r a n o s s aconsciência, através deorientações, como numaconversa sincera, profunda,como aquele diálogo amigo,que tira nossas dúvidas, noslevando de retorno à verdades o b r e a i m p o r t â n c i a ,responsabilidade, seriedade,nos orientando, a um tema tãoimportante e desviado nos diasatuais, o sexo na nossa vida.

A preocupação com areeducação do sexo em nossavida é tão séria e profunda, queforam formulados conceitos naCodificação Kardequiana para

demonstrar a importânciacom o direcionamento corretosobre o sexo, sendo objeto de criteriosas anotações doMundo Espiritual, já prevendo choques de opinião em

matéria afetiva, os quais agora enfrentamos.“...concluiremos que, em torno do sexo, será justo

sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes:Não proibição, mas educação.Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o

devido respeito aos outros e a si mesmo.Não indisciplina, mas controle.Não impulso livre, mas responsabilidade.Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender

ou reaprender com a experiência.Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e

recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezesquantas se fizerem precisas, pelos mecanismos dareencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz doamor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cadaum”.

Esta é uma obra, cujos capítulos abrangem temasimportantíssimos e atualíssimos nos trazendo orientaçõespara nossas diversas tomadas de decisões, segundo oEvangelho, no nosso dia-a-dia, em nossos lares, em nossosmomentos de fraqueza moral e espiritual, enfim trazendovárias situações, à luz do Cristianismo Redivivo, para quenão nos repitamos em nossos equívocos.

Vamos, portanto, ler, estudar, meditar e colocar em açãoos itens abordados nesta obra, para adentrarmos a portaestreita de nossa evolução moral e espiritual.

Família Amado

Vida e Sexo

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Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

O trabalho pela divulgação do Evangelho, fonte cristalina do Bem,será sempre a coroa bendita daquele que sofre sem reclamar.

Benção infinita de Deus, a Vida está sempre a convidar a ter fé e aatravessar as dificuldades por mais sombrias que sejam, comoexperiências sentidas, fortalecendo ideais, cumprimento aos deveresformados peloAmor.

O coração, como base desse sentimento, eleva a esperança dechegar-se um dia a ver no semelhante um verdadeiro irmão.

O mundo é a grande escola, onde cada Lar se transforma em salasde aula para que os alunos possam se matricular, junto aosprofessores, que ensinarão, diante da cartilha da reencarnação, oBE-A-BÁ do respeito a cada geração, sob o brilhante farol espiritual.

Como espíritos eternos à caminhada para o Além, terá o fruto dodiscernimento entre as trevas ou a luz.

“Há muitas moradas na casa do meu Pai”, diz o Evangelho,portanto, a preparação dessa descoberta está em crer-se na buscado melhor, para uma consciência tranqüila de vir, viver, esperartrabalhando, para que um dia a verdadeira felicidade, seja o encontrocom o Mestre Jesus.

Elielce

João de Deus Ramos: poeta nascido em São Bartolomeu deMessines, em Algarve - Portugal, no dia 08 de março de 1830.Bacharelou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1859.Foi também jornalista e professor. Desencarnou em Lisboa a 11 dejaneiro de 1896.

Bibliografia: - Espíritos diversos, pelos médiunsFrancisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, Ed. FEB, 1ª ed., 1963.

Antologia dos Imortais

Trabalho - nossa coroa,Consciência - nosso altar,Na terra que voa, voa,

Sem pousar.

O presente - panoramaDo Grande e Excelso Porvir;Segue a Jesus, ama, ama,

Sem pedir.

Eis o Evangelho - cartilhaDo nosso curso escolar,Farol de Amor, brilha, brilha,

Sem cessar.

Abismo, lameiro e acliveSão convites ao dever.Quem não luta, vive, vive,

Sem viver.

Alma, luz que nunca morreNinguém se pode matar.Vida é fonte: corre, corre,

Sem parar.

Quando o coração é cofreDe esperança e bem querer,O espírito, sofre, sofre,

Sem sofrer...

O cristão marcha em demandaDa glória do Eterno Lar.Serve, ajuda, anda, anda

Sem cansar...

Ao Mestre da Vida aprouveRogar-nos a discernir,O ouvido que ouve, ouve,

Sem ouvir...

João de Deus Ramos

Exortação

Clube do Livroclube do livro

O livro enviado no mês de novembro/07aos associados do Clube do Livro Espírita"Joaquim Alves (Jô)" relata a história dabrilhante pesquisadora da arqueologiacontemporânea, Dorothy Eady, que adotou opseudônimo de Omm Sety. Por quê? Isto é oque veremos no decorrer da leitura.

A menina Dorothy, desde a infância, sofreuforte influência de sua antiga reencarnação,onde fora Bentreshit, uma jovem sacerdotisado templo de Osíris, emAbidos.

Bentreshit e o faraó Seti I vivem um amorproibido pelas leis egípcias da época e separam-se por 3.000 anos, atéque Dorothy (Omm Sety) o reencontra. Como isso é possível? É o quevamos descobrir.

A leitura requer atenção para que não percamos a riqueza de detalhes,principalmente em se tratando da cultura e tradição egípcias!

As experiências vividas por Omm Sety são extraídas, em parte, dosrelatos biográficos da vida de Omm pelo jornalista norte-americano

Jonathan Cott, que apesar das evidênciasreencarnacionistas, procura encaixar ocomportamento de Dorothy através da óticameramente científica.

Ao final, em "Entrevista comigo mesmo",Hermínio Miranda simula uma entrevista na qualele faz as perguntas e as responde, elucidandoquestões com as quais provavelmente o leitor sedeparou, como por exemplo, o temareencarnação, e ainda, no capítulo "LeituraComplementar", nos enriquece com outrasexplicações didáticas, referentes a citações dotexto.

A obra está recheada de ilustrações, taisquais, indicação de lugares da época narrada,figuras egípcias, os faraós, o próprio Seti I eOmm Sety, antes de seu desencarne (ocorridoem 1981) e um vilarejo emAbidos.

Vamos conferir!

A Noviça e o FaraóA extraordinária história de Omm Sety

Hermínio C. MirandaEditora Lachâtre

352 páginas1ª edição - 2007

Neves

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Segue uma narrativa de Chico Xavier sobre o seuprimeiro trabalho mediúnico e as orientações que recebeua seguir referente à sua tarefa missionária:

“Tinha eu dezessete anos em 1927 quando na noite de 8de julho do referido ano, em uma reunião de preces,escutei, através de uma senhora presente, D.CarmemPenna Perácio, já falecida, a recomendação de um amigoespiritual aconselhando-me a tomar papel e lápis a fim deescrever mediunicamente. Eu não possuía conhecimentoalgum do assunto em que estava entrando, mesmo porqueali comparecia acompanhando uma irmã doente querecorria aos passes curativos daquele círculo íntimo,formado por pessoas dignas e humildes, todas elas domeu conhecimento pessoal. Do ponto de vista espiritual,apesar de muito jovem, era fervoroso católico que meconfessava e recebia a Sagrada Comunhão desde 1917,aos sete janeiros de idade. Ignorando se me achavatransgredindo algum preceito da igreja, que eu consideravaminha mãe espiritual, tomei o lápis que um amigo meestendera com algumas folhas de papel em branco e meubraço, qual estivesse desligado de meu corpo, passou aescrever, sob os meus olhos cerrados, certa mensagemque nos exortava a trabalhar, em nome de Nosso SenhorJesus Cristo. A mensagem era constituída de dezessetepáginas e veio assinada por um mensageiro que se

declarava “Um amigo espiritual”, que somente conheceriadepois. Nenhuma das pessoas presentes se interessou emconservar o comunicado, inclusive eu mesmo, pois nenhum denós, os companheiros que formavam o círculo de orações,poderia prever que a tarefa de escrever mediunicamente sedesdobraria para mim, através de vários decênios.

...Tudo seguia em ordem, quando na noite de 10 de julho

referido, dois dias depois de haver recebido a primeiramensagem, quando eu fazia as orações da noite, vi o meuquarto pobre se iluminar, de repente.As paredes refletiam a luzde um prateado lilás. Eu estava de joelhos, conforme os meushábitos católicos, e descerrei os olhos, tentando ver o quepassava. Vi, então, perto de mim uma senhora de admirávelpresença, que irradiava a luz que se espraiava pelo quarto.Tentei levantar-me para demonstrar-lhe respeito e cortesia,mas não consegui permanecer de pé e dobrei,involuntariamente, os joelhos diante dela. A dama iluminadafitou uma imagem de Nossa Senhora do Pilar que eu mantinhaem meu quarto e, em seguida, falou em castelhano que eucompreendi, embora sabendo que eu ignorava o idioma, emque ela facilmente se expressava:

— Francisco disse-me pausadamente em nome deNosso Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu auxílio emfavor dos pobres, nossos irmãos.

A emoção me possuía a alma toda, mas pude perguntar-lhe,embora as lágrimas que me cobriam o rosto:

Senhora, quem sois vós?Ela me respondeu:— Você não se lembra agora de mim, no entanto eu sou

Isabel, Isabel deAragão.Eu não conhecia senhora alguma que tivesse este nome e

estranhei o que ela dizia, entretanto uma força interior mecontinha e calei qualquer comentário, em torno de minhaignorância. Mas o diálogo estava iniciando e indaguei:

— Senhora, sou pobre e nada tenho para dar. Que auxíliopoderei prestar aos mais pobres do que eu mesmo?

Ela disse:— Você nos auxiliará a repartir pães com os necessitados.Clamei com pesar:— Senhora, quase sempre não tenho pão para mim. Como

poderei repartir pães com os outros?Adama sorriu e me esclareceu:— Chegará o tempo em que você disporá de recursos. Você

vai escrever para as nossas gentes peninsulares e,trabalhando por Jesus, não poderá receber vantagem materialalguma pelas páginas que você produzir, mas vamosprovidenciar para que os Mensageiros do Bem lhe tragamrecursos para iniciar a tarefa. Confiemos na Bondade doSenhor.

Em seguida a estas palavras que anotei em 1927, a dama seafastou deixando o meu quarto em pleno escuro. Chorei sobemoção para mim inexplicável até o amanhecer do diaimediato.

...Duas semanas após a ocorrência, estando eu nas preces da

noite, apareceu-me um senhor vestido em roupa branca que,por intuição, notei tratar-se de um sacerdote.

— —

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15

pegadas de chico xavierPegadas de Chico Xavier

Primeira Comunicação Mediúnica

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Emmanuel, guia espiritual de Chico, sempre foi muitosevero e disciplinador quanto à mediunidade de Chico. Esselhe fora grato pelas advertências em todo seu trabalho dianteda Doutrina, porque se Emmanuel assim não agisse, diziaChico, talvez a tarefa espiritual estivesse prejudicada, porsermos ainda muito displicentes em nossas obrigações. Eassim recordando, ele refere-se a um acontecimento, quemuito havia lhe marcado conquanto a maneira de julgar aosemelhante.

— Trabalhava eu, contava Chico, num estabelecimentocomercial, em Pedro Leopoldo, e tinha por obrigação a cada15 dias, fazer plantão no domingo.

Num desses dias, levantei-me, como sempre, muito cedoe após o café, dirigi-me, como sempre, a pé para o trabalho.

Ao passar por um bar, que era o meu caminho, depareicom um grupo de jovens que estavam jogando numa mesade bilhar. Chamou-me a atenção por ser apenas 7 horas damanhã. Segui meu caminho. Chegando a hora do almoço, fuipara casa e, ao passar frente ao bar, os mesmos jovens aliestavam jogando. Passei às 17 horas, lá estavam e,retornando ao lar às 22 horas, para final do trabalho diário,reparei que os mesmos jovens ali continuavam e pensei:

— Será possível, meu Deus, que esses moços não têm oque fazer, eu aqui voltando a essa hora, depois de um dia tãoexaustivo, querendo ter mais tempo para as tarefasespirituais e eles aí, jogando as horas do dia até a noite numa

inutilidade dessas?!!Mas, de imediato, Emmanuel se postou à minha frente e

argumentou:— Chico, tudo que existe na terra é criação de Deus. O

bilhar é uma distração mental. Ele ajuda as criaturas arecompor-se de seus afazeres. O bilhar não é culpado denada, os vícios todos estão nos procedimentos de cada um.Por vezes alguém, ao passar por uma mesa de bilhar, deixade praticar um crime.

Não julgue as criaturas, estejam elas fazendo o que for.Você já pensou se esses jovens não passassem o dia todoaqui, eles poderiam ser tentados a roubar, a matar e seremassediados pelos maus espíritos a se entregarem adelinqüência. Pelo menos ao jogar o bilhar, os espíritos quepoderiam envolvê-los a essas práticas, cansam-se pelarepetição do ato e os abandonam à procura daqueles que aísim, estejam na ociosidade. E para encerrar, concluiuEmmanuel: Saibamos respeitar a bondade de Deus, quepouco entendemos.

E Chico, também concluiu:— Cabisbaixo elevei meus agradecimentos a Deus pelos

ensinamentos, desse mentor que me fez refletir mais, anteas ações dos semelhantes, que precisam ser entendidos erespeitados.

Temos aí mais uma bela lição, dessa querida criatura quesó deixou-nos bons exemplos. Todos aqueles que tiveram aoportunidade de conviver ou visitar Chico Xavier, ouvirammuitos desses preciosos relatos de sua vida exemplar. Maisuma vez, obrigado, querido amigo.

Érica

——

Fato Pitoresco

Saudei-o com muito respeito e ele me respondeu combondade, explicando-se:

— Irmão Francisco, fui no século XIV um dos confessoresda Rainha Santa, D.Isabel de Aragão, que se fez esposa doRei de Portugal, D.Dinis. Ela desenvolveu elevadasiniciativas de beneficência e instrução nos dois reinos queformam a Península, conhecida na Europa, e voltou aoMundo Espiritual em 4 de julho de 1336. Desde então, elaprotege todas as obras de caridade e educação na Espanhae Portugal. Foi ela que o visitou, há alguns dias, nas precesda noite, e prometeu-lhe assistência. Ela me recomendadizer-lhe que não faltarão recursos para a distribuição depães com os necessitados. Meu nome em 1336 era FernãoMendes. Confiemos em Jesus e trabalhemos na sementeirado bem.

Fiquei calado porque tinha um nó na garganta.O padre retirou-se, e senti a premência do que desejava a

nobre senhora, que eu não sabia ter sido, na Terra, tãoamada e ilustre Rainha. No primeiro sábado que se seguiuàs ocorrências que descrevo, fui com minha irmã Luíza(atualmente desencarnada) até uma ponte muito pobre, atéhoje existente e reformada, na cidade de Pedro Leopoldo,Minas, onde nasci, conduzindo um pequeno cesto com oitopães. Ali estavam refugiados alguns indigentes; parti ospães, a fim de que cada um tivesse um pedaço, e assim foiiniciado o nosso serviço de assistência que perdura atéhoje.”

Texto extraído do livro CarlosAlberto Braga Costa, União Espírita Mineira, 1ª ed., 2006, pp. 26-29.Imagem: http://www.chez.com/idylle/docs/imachico.jpg

“Chico, Diálogos e Recordações...”,

tema livreTema Livre

Em nosso processo de aprendizado e evolução, nosdeparamos com vários obstáculos a serem superados,obstáculos esses que são as oportunidades de aplicarmosem nós os esclarecimentos já recebidos quanto à nossaconduta, diante do próximo e da responsabilidade que noscabe em tudo e a todos. Quando assim falamos, passa-se aimpressão de que tudo está errado e que nós já atingimosuma condição moral exemplar, entretanto, queremossalientar que estamos nas mesmas condições de todonecessitado de Luz e, que

— —por estas duas chagas que habitam em nós,

criamos todos os outros obstáculos de ordem moral e

material, nos posicionando como vítimas diante da vida —sim, somos vítimas —, mas, vítimas de nós mesmos, fruto danossa irresponsabilidade, na falta de cumprimento denossos deveres para com a vida.

“o maior obstáculo a ser superadoestá dentro de nós o orgulho e como conseqüência deleo egoísmo” ;1

Observando o desenrolar do nosso dia-a-dia e os fatosque se sucedem em nossa sociedade, acabamos porrealmente entender e aceitar os esclarecimentos daEspiritualidade Superior contidos no Evangelho de que,

muito embora estejamos enfrentandoproblemas com as alterações climáticas, conseqüências denossas interferências na natureza que também são frutos denossa ganância material.

Uma de nossas muitas falhas é com respeito ao processoeducativo, que muito temos comentado, visto que esta é umanecessidade primordial de todos nós. E por entendermos ser

“amaior revolução que deve ocorrer em nosso planeta é deordem moral” ,2

Observando-nos

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17

necessário aproveitarmos todos osapontamentos quanto ao problema daeducação, vamos novamente reproduzirduas questões e suas respectivasrespostas esclarecedoras contidas nolivro “O Consolador”, para quepossamos refletir quanto às nossasresponsabilidades, visto que os nossoserros já são divulgados de forma atéexploradora pelos meios de comunicação escrita, falada etelevisiva, todos os dias e a todo instante, promovendo umclima de pessimismo e cabe a nós, portanto, divulgar oscaminhos pelos quais podemos nos corrigir.

Salientando a necessidade de nossa reforma, buscamostambém no livro “Missionários da Luz”, um trecho deesclarecimentos recebidos por André Luiz na espiritualidadede seu InstrutorAlexandre que abaixo segue (capítulo 3):

Como podemos observar, o lar é a base de nossas vidasao qual estão vinculadas as nossas maiores obrigações eresponsabilidades, mas infelizmente temos dado muitopouca importância ao aspecto moral e por isso estamosatravessando um período de colheita amarga; entretanto,não devemos encarar a vida como cheia de dificuldades eproblemas, mas como oportunidades de reparos ecrescimento moral.

Lembramos mais uma vez que, esses comentários nãosão idéias nossas, mas, esclarecimentos que já recebemose temos a obrigação de repassá-los e, principalmente nosesforçarmos para colocá-los em prática. Boa vontade é omínimo que o Pai espera de nós, e será através de umcomportamento reto que estaremos verdadeiramentedivulgando as lições recebidas, sempre apoiados noEvangelho, como afirma Emmanuel.

Que saibamos nos elevar, ao invés de promovermos otrabalho árduo àqueles que já evoluíram, em comparecerjunto a nós em socorro por Misericórdia Divina, pois méritosainda não temos.

Roberto Cunha

“110 - Qual a melhor escola de preparação das almasreencarnadas, na Terra?

— A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura devereceber as bases do sentimento e do caráter.

Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo,podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. Épor essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão,mas somente o lar pode edificar o homem.

Na sua grandiosa tarefa de cristianização, essa é aprofunda finalidade do Espiritismo evangélico, no sentido deiluminar a consciência da criatura, a fim de que o lar se refaçae novo ciclo de progresso espiritual se traduza, entre oshomens, em lares cristãos, para a nova era da Humanidade.

112 - Como renovar os processos de educação para amelhoria do mundo?

— As escolas instrutivas do planeta poderão renovarsempre os seus métodos pedagógicos, com esses ouaqueles processos novos, de conformidade com a psicologiainfantil, mas a escola educativa do lar só possui uma fonte derenovação que é o Evangelho, e um só modelo de mestre,que é a personalidade excelsa do Cristo.”

“Desde o primeiro dia de razão na mente humana, a idéiade Deus criou princípios religiosos, sugerindo-nos as regrasde bem-viver. Contudo, à medida que se refinamconhecimentos intelectuais, parece que há menor respeitono homem para com as dádivas sagradas. Os paisterrestres, com raríssimas exceções, são as primeirassentinelas viciadas, agindo em prejuízo dos filhinhos.Comumente, aos vinte anos, em virtude da inércia dos vigiasdo lar, a mulher é uma boneca e o homem um manequim defutilidades doentias, muito mais interessados no serviço dosalfaiates que no esclarecimento dos professores;

alcançando o monte do casamento, muitas vezes sãopessoas excessivamente ignorantes ou demasiadamentedesviadas. Cumpre, ainda, reconhecer que nós mesmos, emtodo o curso das experiências terrestres, na maioria dasocasiões fomos campeões do endurecimento e daperversidade contra as nossas próprias forças vitais. Entreabusos do sexo e da alimentação, desde os anos maistenros, nada mais fazíamos que desenvolver as tendênciasinferiores, cristalizando hábitos malignos. Seria, pois, deadmirar tantas moléstias do corpo e degenerescênciaspsíquicas?”

1

2

- Cap. XI -Amar o próximo comoa si mesmo - O egoísmo.

- Cap. I - Não vim destruir a lei -Anova era.

-

O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Bibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Consolador - ,

,Missionários da Luz - ,

,

Tradução RoqueJacintho Ed. Luz no Lar, 3ª ed., 1991.; Emmanuelpsicografia de Francisco Cândido Xavier Ed. FEB, 23ª ed., 2001.;

André Luiz psicografia de Francisco CândidoXavier Ed. FEB, 26ª ed.,1995.

Livros básicos da doutrina espírita. Temos os 417 livrospsicografados por Chico Xavier, romances de diversos

autores, revistas e jornais espíritas. Distribuição permanentede edificantes mensagens.

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Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”

Que definição se pode dar dos Espíritos?“Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes

da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.”Nota - A palavra Espírito é empregada aqui para designar

as individualidades dos seres extracorpóreos e não mais oelemento inteligente do Universo. (questão 76 de “O Livrodos Espíritos”)

Quando Allan Kardec quis a explicação sobre como era omundo espiritual, começou fazendo a pergunta acima.

Talvez hoje, com a ampla difusão dos ensinamentoscristãos, não tenhamos tanta dificuldade para saber o que éum Espírito, mas há muita fantasia que ainda paira sobre estapalavra.

Muita gente não associa os Espíritos às pessoas que já

viveram lado a lado conosco. Outros, só de ouvirem a palavraEspírito, se arrepiam todo e não querem comentar o assunto,com medo de “chamar coisa ruim”.

Pela resposta dada à pergunta de Kardec, sabemos queos Espíritos fazem parte da criação divina e, como tal, nãopoderiam ser criados para o mal. Nada na obra de Deus épara o mal.

Os Espíritos são seres inteligentes como nós,individualidades como nós e mais, possuem os sentimentosiguais aos nossos.

Na antiguidade se atribuíam aos deuses as manifestaçõesespirituais. Era o que a capacidade de entendimento dospovos podia alcançar.

A história do povo hebreu está repleta de aparições deanjos, que vinham anunciar acontecimentos ou darorientações.Amais notória aparição foi a do anjo Gabriel, queanunciou a Maria de Nazaré a vinda de Jesus.

Mundo Espiritual

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Outra passagem importante é aquela em queJesus sobe ao monte para conversar com osEspíritos de Moisés e Elias.

Após a crucificação de Jesus, na história docristianismo, vemos o relato de várias aparições aque, por orientação da Igreja, foram dados nomes desantos (Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhorade Lourdes etc.)

Com esta visão, podemos entender o que significadizer que os Espíritos povoam o Universo. Eles estãopor toda a parte e atuam com a sua inteligência anossa volta constantemente.

Deixemos de nos arrepiar quando se toca nesteassunto, ou vamos continuar a nos assustar com olençol branco pendurado no varal!

Estamos em um período de evolução em quetodos os assuntos e acontecimentos precisam serestudados e raciocinados.

Kardec só estudou o mundo espiritual porque foilevado por este tipo de pensamento: “Se amanifestação é inteligente, o que a provocou tambémé inteligente.” E foi atrás de respostas.

Hoje, a DoutrinaEsp í r i t a p rocurarespostas para váriosacontecimentos, quenão encontramos nomundo material.

P o r q u eignorarmos o que nosrodeia, seja visível ouinvisível?

P r o c u r e m o s aexplicação racionald o s f e n ô m e n o se s p i r i t u a i s n o sestudos sérios dosl i v r o s d e A l l a nKardec, o Codificadorda Doutrina Espírita ede nosso Ch icoXavier.

Adolpho

Rua das Turmalinas, 56 / 58 - Diadema - SP - (11) 4044-5889Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

19h30 - Passe20 horas - Palestra

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04/04

05/04

- A Importância dos Livros Espíritas - AderbalLuiz Sereno

Eugenivaldo SilvaFort

- Fidelidade Doutrinária - Homero MoraisBarros

- 17 horas - Prece de Encerramento na Bancade Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)” -Praça Presidente Castelo Branco - Centro -Diadema - SP

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02/04

03/04

- Fenômenos da Natureza -

- Caracteres do Homem de Bem - LuizArmando de Freitas Ferreira

- A Lei de Ação e Reação - Aziz Cury

PALESTRASPALESTRAS

Falamos muito na mudança interior que cada umdeve efetuar sobre si mesmo.

Antes, falávamos em sufocar os instintos, hojefalamos em mudá-los.

O conhecimento, aliado à nossa vontade, podeprovocar a mudança do instinto para o sentimento.

O freio aos instintos, nos é que devemos exercer,não deixando que todos os nossos impulsos sejamconcretizados, pois se tivermos o impulso de matar,não podemos dar vazão a ele.

Por essa razão é que a mudança dos instintosdeve passar primeiro por um autocontrole rígido,junto com a reflexão do que é certo ou errado em

nossas atitudes.Para auxiliar nesta

a u t o - a n á l i s e oEspiritismo ofereceum material queenriquece o nossoconhecimento: o livro espírita.

Devemos recorrer aos livros espíritas para podermos terferramentas para trabalhar a terra árida no nosso coração.

Mas cuidado! Nem tudo que se diz espírita está de acordo com aDoutrina codificada por Allan Kardec. Por isso devemos estudar oslivros da Codificação, para sabermos comparar e tirar as nossasconclusões, deixando de ir atrás de fantasias que só nos iludem.

As facilidades que Deus nos proporciona para que possamosevoluir são imensas, só falta termos a vontade de aproveitá-las.

Vitório

kardec em estudoKardec em Estudo

Que a Paz do Senhor esteja com você! E que os bons Espíritosnos iluminem nesse estudo para que possamos tirar o maior proveitopossível para nossa vida!

A coluna deste mês vai tratar sobre a questão606 de . Mas antes de iniciarmos, gostaria decompartilhar com você, leitor, alguns questionamentos que têm meacompanhado nos últimos tempos.

O nome da coluna me fez pensar na importância do estudo sério e

Kardec em EstudoO Livro dos Espíritos

Questão 606: Donde tiram os animais o princípio inteligenteque constitui a alma de natureza especial de que são dotados?“Do elemento inteligente universal.”

a) Então emanam de um único princípio a inteligência dohomem e a dos animais?

“Sem dúvida alguma, porém, no homem, passou poruma elaboração que a coloca acima da que existe noanimal.”

O Livro dos Espíritos - Parte II - Capítulo “Dos Três Reinos”

Os Animais e o Homem

Mudança

Na casa triste, coberta pela capa da pobrezamaterial, não entreveja apenas a presença dadesesperança.

Observe além.Ali existem mães, que dão o seu amor aos filhos

que acalentam nos braços.No homem entregue ao leito da enfermidade, não

existe apenas a presença da dor.Observe além.No coração de quem se internou no campo da meditação interior,

sob a égide da longa enfermidade, hiberna uma alma que se evoluirásob a luz da regeneração.

Não se deixe confundir pelas aparências externas.Por detrás de cada fato espiritual materializado há um coração

que se refaz.Não nos dá a natureza esse exemplo, quando a tudo renova sob a

bênção da chuva e dos temporais?J. Alexandre

Observe Além

SeareiroSeareiro18

Kardec

31 de Março a 05 de Abril 2008

emana deIII S

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19

O Leão andava de olho no Mico.—Ainda vou jantar esse Mico! Pensava ele.Por isso, o Leão vivia rondando o Mico, que sempre fazia

suas micagens nos galhos das árvores mais altas.O Leão esperava que o Mico um dia se distraísse para

abocanhá-lo, mas nunca conseguia.Um dia, porém, o cipó em que o Mico se balançava

quebrou e ele caiu pertinho das garras do Leão. Mais quedepressa, o Leão pulou em cima do Mico e botou as patassobre ele.

Lambendo os beiços, pronto para comê-lo, o Leão rugiavitorioso.

Preso, o Mico se debatia inutilmente. Já até via a grandedentada!

Tremendo, o Mico pediu, implorou para que não ocomesse e lhe devolvesse a liberdade.

Contudo, o Leão, apenas rosnava todo contente.— Nada de macaquice! dizia o Leão.De repente, o Mico parou de se bater.Fingindo calma, o astuto Mico disse ao Leão:—Amigo, concordo que me prenda e me coma, sem medo

de indigestão, já que minha carne é muito dura! Mas peçoque, pelo menos, arrume sua juba, porque Leão de juba

despenteada perde toda majestade quando come suacaça.

Muito vaidoso, o Leão levantou as patas paraarrumar a juba.

Espertamente, o Mico escapou voltando para aárvore.

O Leão, ao perceber que foi enganado, ficou urrandoe bufando de raiva. Olhava o Mico a balançar-se e rir,segurando-se com o rabo nos galhos da árvore.

— Desça aqui que estou com fome! urrou o Leãooutra vez.

Nessa hora o Mico gritou bem alto:— Quem é vaidoso, da vaidade se alimente! Arrume

sua juba, seu bobo!E lá se foi o Mico, continuar com suas micagens.

Texto adaptado por ReinaldoBibliografia: Texto e ilustração adaptadas do livro

, capítulo “O Leão e o Mico” - Roque Jacintho, Ed.Luz no Lar, 3ª ed., 1992.

“Histórias queVovó contava”

O Leão e o Mico

Contoscontos

sistemático, como nos alerta o Espírito de Verdade:“

” , para que possamosnortear a nossa vida, com a Verdade que o Cristo temnos ensinado e que o Espiritismo vem reviver, sem asilusões que alimentamos nesses dois milênios; alémde nos chamar a atenção para a importância dasobras da Codificação, e, por extensão, das obraspsicografadas por Francisco Cândido Xavier, quesão uma fonte de conhecimentos muito rica e atual,onde encontramos consolo e estímulo pararecomeçarmos, por ação de nossa vontade, a trilharo caminho do amor, escolhendo a porta estreita.

Para iniciarmos nosso estudo, é bom termos emmente essas palavras deAgostinho:

Sabemos que o Universo é constituído por doiselementos: o elemento material e o elementointeligente, e acima de tudo, Deus, o criador, o pai detodas as coisas.

Os espíritos nos ensinam que “

”Uma forma grosseira de ilustrarmos o elemento

inteligente universal dando origem a princípios inteligentes distintos(homem e animal) é compararmos com o elemento químico carbonoque origina o carvão mineral e o diamante, havendo como diferençaentre eles a formação da cadeia cristalina.

Tendo em mente que a lei do progresso é universal (não se aplicasó ao homem), podemos imaginar “

” Nãonos esqueçamos também que Deus, em sua infinita sabedoria, nãocria nada sem um propósito, “

”Essa dificuldade de compreendermos mais das obras de Deus

provém do nosso orgulho e da nossa ignorância e cabe somente anós aproveitarmos as oportunidades que nos são dadas de auxiliar onosso próximo, alargando nossos horizontes, pois assim deixamosde olhar somente para nós mesmos e levantemos a cabeça paravislumbrar a grandiosidade da Criação Divina.

Guilherme

Espíritas! Amem-se, eis o primeiro ensinamento;instruam-se, eis o segundo.

O progresso é uma das leis da natureza.Todos os seres da Criação, animados ou

inanimados, estão sujeitos à lei do progresso, pelabondade do Pai Celestial, que deseja que tudo seengrandeça e prospere.”

tudo em a Naturezase encadeia por elos que ainda não podeisapreender. Assim, as coisas aparentemente maisdíspares têm pontos de contacto que o homem, noseu estado atual, nunca chegará a compreender.

numa escala evolutiva, que nãosabemos determinar, o princípio que anima esses seres vivos vaicomo que incorporando em si próprio toda uma bagagem deinstintos, de emoções, de sensibilidade, que, num Dia da Criação,resulta num espírito que adquire consciência de si mesmo eindividualidade, atingindo os horizontes dos seres humanos.

é assim que tudo serve, que tudo seencadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, quetambém começou por ser átomo.

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, cap. VI, item 5. Tradução de RoqueJacintho. 1ª ed. São Paulo: Ed. Luz no Lar, 1987, p. 145.

, cap. III, item 19. Tradução de RoqueJacintho. 1ª ed. São Paulo: Ed. Luz no Lar, 1987, p. 81.

, parte II, cap. XI, questão 604. Tradução de GuillonRibeiro. 84ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003, p. 297.

Roque Jacintho. 2ª ed. São Paulo: Ed. Luz no Lar, 1990, p. 14., parte II, cap. IX, questão 540. Tradução de Guillon

Ribeiro. 84ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003, pp. 273-4.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Livro dos Espíritos

ReencarnaçãoO Livro dos Espíritos

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