Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as...

16
· glück auf · 3/2014 (Edição em português) .................. 5 À primeira vista, a economia consiste em um sistema de empresas, organi- zações econômicas, mercados finan- ceiros e de consumo, e outras organi- zações. Mas um olhar mais atento mostra quem realmente sustenta e movimenta esse sistema: pessoas com relações sociais específicas – numa linguagem atualizada: networking. Para saber mais sobre o significado de networking, leia nosso tema de desta- que “Redes de Contatos”. R R na página 8 Há 20 anos, ele liderou a reviravolta dentro da GMHütte e foi o responsá- vel pelo grande impulso do Grupo GMH: o forno elétrico de arco. Desde então, ele vem sendo otimizado e modernizado. E, até hoje, segue pro- duzindo o que faz os produtos da GMHütte serem tão especiais: a mais alta qualidade. R R na página 7 Foto: Felix Treppschuh Foto: © panthermedia.net Tema principal// NETWORKING Doação descolada Um bom propósito, muitas vezes, justifica os meios. E isso também serve para o “Ice Bucket Challenge” (Desafio do Balde de Gelo), usado por famosos para fazer doações a fim de ajudar no combate da ELA (Esclerose La- teral Amiotrófica, uma doença neurológica sem cura). Participar dessa campanha foi uma questão de honra para Jürgen Groß- mann, que desde muito tempo se empenha em ajudar pessoas com essa doença. R na página 7 Filme disponível em: www.youtube.com/ watch?v=sAPyO4TJh2w Troca de bitola embutida BVV · Os sistemas de trilhos na Europa têm medidas de bitola diferentes. Rodeiros especiais facilitam consideravelmente a troca de bitola, tornando o transporte ferroviário através da Europa mais lucrativo. A Bochumer Verein Verkehrs- technik (BVV) vai construir rodeiros com troca de bitola para o Azerbaijão. Eles serão destinados para vagões de passageiros (vagões- -leito), na rota de Baku para Istam- bul. Com discos de freio de eixo adequados, os rodeiros oferecem o conforto de uma viagem silenciosa, como o passageiro gosta. O pedido foi feito pela empresa Stadler Rail AG, fabricante suíça de vagões-lei- to. Os primeiros rodeiros devem es- tar prontos e ser entregues em 2015. Dentro desse contexto, temos que destacar um evento promovido pela BV com a ELH Eisenbahnlau- fwerke Halle. Em agosto, muitos fa- bricantes e operadores de veículos sobre trilhos foram convidados a visitar a engenharia de sistemas da DB (Deutsche Bahn), em Minden. Nesta cidade eles têm, numa área de testes dentro de sua matriz, dois equipamentos de mudança de bi- tola. Eles servem para demonstrar como funciona a troca de bitola em vias com larguras usadas na Penín- sula Ibérica (de 1.668 mm), e na Rússia (de 1.520 mm), para as vias com a largura convencional utiliza- da na Europa (de 1.435 mm). Eles são regulados para os rodeiros de troca de bitola do “tipo V”, desen- volvidos conjuntamente pela extin- ta Radsatzfabrik Ilsenburg e a DB. Vários operadores de frotas de veículos e empresas ferroviárias estão cada vez mais interessados no tráfego intercontinental. Mas eles sempre têm receio das caras manobras de troca de bitola que são necessárias quando têm que atravessar “fronteiras com bitolas diferentes” (no Leste, no Báltico, assim como na Finlândia, Espanha e Portugal). Nesses casos, é neces- sário trocar os truques ferroviários com rodeiros para outra medida de bitola, ou passar a carga inteira para vagões com bitolas adequadas. Os rodeiros com troca de bitola, por outro lado, têm essas medidas de bitola “embutidas”, facilitando consideravelmente as trocas. Empresas como a CAPTRAIN ou a Erfemet querem minimizar de forma sustentável os custos de fre- te de seus transportes de matérias (minério, madeira, óleo, gás e pro- dutos químicos). Os rodeiros com troca de bitola eliminariam os tem- pos de espera com readaptações ou transferência de cargas, tornando o transporte de cargas sobre trilhos mais competitivo novamente. em Checagem: mas como funciona realmente? Olhares curiosos procuram embaixo dos vagões de carga os mecanismos de troca de bitola. 3/2014 Edição em Português O jornal dos colaboradores, clientes e amigos do Grupo GMH Fotos: John Zajaczek Foto: em

Transcript of Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as...

Page 1: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) .................. 5

À primeira vista, a economia consiste em um sistema de empresas, organi-zações econômicas, mercados finan-ceiros e de consumo, e outras organi-zações. Mas um olhar mais atento mostra quem realmente sustenta e movimenta esse sistema: pessoas com relações sociais específicas – numa linguagem atualizada: networking. Para saber mais sobre o significado de networking, leia nosso tema de desta-que “Redes de Contatos”. R R na página 8

Há 20 anos, ele liderou a reviravolta dentro da GMHütte e foi o responsá-vel pelo grande impulso do Grupo GMH: o forno elétrico de arco. Desde então, ele vem sendo otimizado e modernizado. E, até hoje, segue pro-duzindo o que faz os produtos da GMHütte serem tão especiais: a mais alta qualidade. R R na página 7

Foto

: Fel

ix T

repp

schu

h

Foto

: © p

anth

erm

edia

.net

Tema principal//

networking

Doação descolada Um bom propósito, muitas vezes, justifica os meios. E isso também serve para o “Ice Bucket Challenge” (Desafio do Balde de Gelo), usado por famosos para fazer doações a fim de ajudar no combate da ELA (Esclerose La-teral Amiotrófica, uma doença neurológica sem cura). Participar dessa campanha foi uma questão de honra para Jürgen Groß-mann, que desde muito tempo se empenha em ajudar pessoas com essa doença.

R na página 7

Filme disponível em: www.youtube.com/watch?v=sAPyO4TJh2w

Troca de bitola embutida BVV · Os sistemas de trilhos na Europa têm medidas de bitola diferentes. Rodeiros especiais facilitam consideravelmente a troca de bitola, tornando o transporte ferroviário através da Europa mais lucrativo.

A Bochumer Verein Verkehrs-technik (BVV) vai construir

rodeiros com troca de bitola para o Azerbaijão. Eles serão destinados para vagões de passageiros (vagões--leito), na rota de Baku para Istam-bul. Com discos de freio de eixo adequados, os rodeiros oferecem o conforto de uma viagem silenciosa, como o passageiro gosta. O pedido foi feito pela empresa Stadler Rail AG, fabricante suíça de vagões-lei-to. Os primeiros rodeiros devem es-tar prontos e ser entregues em 2015.

Dentro desse contexto, temos que destacar um evento promovido pela BV com a ELH Eisenbahnlau-fwerke Halle. Em agosto, muitos fa-bricantes e operadores de veículos sobre trilhos foram convidados a visitar a engenharia de sistemas da DB (Deutsche Bahn), em Minden. Nesta cidade eles têm, numa área de testes dentro de sua matriz, dois equipamentos de mudança de bi-tola. Eles servem para demonstrar como funciona a troca de bitola em vias com larguras usadas na Penín-sula Ibérica (de 1.668 mm), e na Rússia (de 1.520 mm), para as vias com a largura convencional utiliza-

da na Europa (de 1.435 mm). Eles são regulados para os rodeiros de troca de bitola do “tipo V”, desen-volvidos conjuntamente pela extin-ta Radsatzfabrik Ilsenburg e a DB.

Vários operadores de frotas de veículos e empresas ferroviárias estão cada vez mais interessados no tráfego intercontinental. Mas eles sempre têm receio das caras manobras de troca de bitola que são necessárias quando têm que atravessar “fronteiras com bitolas diferentes” (no Leste, no Báltico, assim como na Finlândia, Espanha e Portugal). Nesses casos, é neces-sário trocar os truques ferroviários com rodeiros para outra medida

de bitola, ou passar a carga inteira para vagões com bitolas adequadas. Os rodeiros com troca de bitola, por outro lado, têm essas medidas de bitola “embutidas”, facilitando consideravelmente as trocas.

Empresas como a CAPTRAIN ou a Erfemet querem minimizar de forma sustentável os custos de fre-te de seus transportes de matérias (minério, madeira, óleo, gás e pro-dutos químicos). Os rodeiros com troca de bitola eliminariam os tem-pos de espera com readaptações ou transferência de cargas, tornando o transporte de cargas sobre trilhos mais competitivo novamente.

em

Checagem: mas como funciona realmente? Olhares curiosos procuram embaixo dos vagões de carga os mecanismos de troca de bitola.

3/2014 Edição em Português

O jornal dos colaboradores, clientes e amigos do Grupo GMH

Fotos: John Zajaczek

Foto: em

Page 2: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française ........................... 6

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) .................. 6

Sempre atualizadoEspecialização e carreira no Grupo GMH

O que realmente faz da indústria tradicional da Alemanha um sucesso? Como é possível que

se firmem em tempos de digitalização, globali-zação e rapidez? Por que a produção da indústria pesada ainda não foi paralisada e posta no museu da indústria, mas, pelo contrário, continua, ainda, bastante viva em empresas do nosso grupo, como aquelas em Georgsmarienhütte, Gröditz, Mülheim e em muitas outras localidades?

É o resultado de uma experiência adquirida durante longos anos na produção e elaboração inovadora de produtos; é a proximidade com o cliente, o reconhecimento claro da confiabilida-de, qualidade e inovação. Para isso, formação profissional, disposição para novos desafios e comprometimento dos funcionários e funcioná-rias são essenciais.

As ofertas de qualificação do nosso grupo e a vontade de continuar se especializando aumenta-ram nos últimos anos. E isto é muito bom. Porque tanto depois do curso profissionalizante, como depois de aprender a realizar o seu trabalho, ou ainda, depois de iniciar num emprego após a conclusão de seu curso universitário, não existe nada que se deteriore tão rápido como tudo aqui-lo que você aprendeu. Estar aberto a novos desa-fios significa complementar todo o conhecimento adquirido através de especializações dentro e fora da empresa.

Não se trata, exclusivamente, de uma empresa ter pessoas bem qualificadas, também depende das ofertas de carreira oferecidas por ela. Carreira significa a “via” profissional, o percurso de vida de um funcionário. O caminho da carreira nem sempre leva para cima: ele também pode des-viar para o lado, ou dar um salto para uma via paralela. Esperamos que os caminhos de carreira dentro do nosso grupo sejam claros e se tornem mais variados do que têm sido até o momento. No futuro, quase não será mais possível ocupar o mesmo posto de trabalho durante toda a vida. As atribuições no trabalho e os ambientes à sua volta estão se desenvolvendo rápido demais.

Como será nosso ambiente de trabalho ama-nhã? Que exigências recairão sobre nós e de

quais qualificações precisaremos? É justamente quando se trata da especialização profissional, e do aumento de responsabilidades dos funcioná-rios, que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. As expectativas e competências atuais podem ser discutidas em conversas com os funcionários e medidas de de-senvolvimento profissional podem ser ajustadas.

No Grupo GMH, as qualificações para adap-tação às novas exigências técnicas, ou as qualifi-cações para a conservação delas (atualizando o conhecimento antigo), estão na ordem do dia. Mas as qualificações para evolução na carreira (por exemplo, cursos para se tornar mestre) tam-bém são realizadas. Para jovens profissionais que acabaram de se formar, e para profissionais com especialização, temos um programa que abrange competências multidisciplinares.

Além disso, o programa de formação da BGG Berufsbildungsgesellschaft mbH oferece uma programação extensa para o desenvolvimento de competências e para a formação pessoal. Nesse caso, estamos fazendo uso, hoje, de uma mistura de formatos de cursos: ao lado das aulas presen-ciais tradicionais, oferecemos cursos à distancia:

E-learning e B-learning (que é uma combinação de aulas presenciais com aulas à distancia), dando aos participantes mais flexibilidade de tempo e espaço para aprender, garantindo a fixação do que foi aprendido. E mais: para línguas estran-geiras, estamos trabalhando com a escola Berlitz, e para os cursos técnicos, com a escola Haus der Technik. Vale a pena dar uma olhada em nosso programa de formação profissional, que você encontra em nosso portal clicando em “especia-lização”.

Nossas lideranças também devem expandir re-gularmente seus conhecimentos e se atualizarem: Pretendemos iniciar no ano de 2015 nosso curso de formação em gestão 1, um programa para aqueles que são novos na função. No curso de formação em gestão 2, as lideranças do primeiro escalão, abaixo das gerências do grupo, serão confrontadas com temas de gestão especialmente elaborados para elas.

Mas a experiência profissional se desenvolve essencialmente no “learning on the job”. Por essa razão, no futuro, o objetivo deve ser o de trazer os cursos de formação para mais perto dos processos de trabalho. Instruções, reuniões técnicas, análise de resultados e procedimentos e, futuramente, também o E-learning, são algumas medidas que trazem a especialização profissional para perto do local de trabalho. Sendo assim, vale a pena a criação das “ilhas de aprendizagem” e de espaços adequados para o ensino na empresa.

Até mesmo assumir papéis de substituto, encarregar-se de tarefas de projetos como a “job rotation”, e treinar em outros departamentos são maneiras de especializar-se. A especialização mais próxima das funções de trabalho, principalmente para os cargos de liderança, são o coaching e o aconselhamento corporativo, para avaliação do próprio desempenho ou, até mesmo, para a bus-ca de soluções concretas para as questões relati-vas às funções de liderança.

Garantimos que sua qualificação sempre estará atualizada. Mas também esperamos que haja no futuro mais disposição para uma formação con-tínua, e ficaremos felizes em receber sugestões de todos funcionários e funcionárias com relação aos temas pertinentes à formação profissional. Somente desta forma é que nosso programa de formação pode ser orientado pela prática e ter utilidade.

Se ainda hoje um ou outro se sente desconfor-tável diante de uma nova especialização, no futu-ro, deve acontecer o oposto: que se sinta mal por não ter oportunidades de se especializar.

Harald Schartau

Treinamento rápido em uma ilha de aprendizagem na Georgsmarienhütte GmbHFoto: vl

Foto da fábrica

EDITORIAL

Page 3: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française ........................... 7

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) .................. 7

Foto

: Fel

ix T

repp

schu

h

Marco divisor. A data de 15 de julho de 2014 representou um dia muito importante para a aciaria da GMHütte por conta de um “aniversário marcante”: o forno elétrico completou vinte anos de atividade. Com a produção em funcionamento, vários siderúrgicos, funcionários da manutenção e “fãs do forno” escolhe-ram um ponto de encontro na usina exclusivamente para comemorar essa ocasião, onde puderam acumular energia com o belo café da manhã que prepararam. É claro que contaram algumas histórias do ano de 1994, quando a Hüttenwerk Glöckner passou a ser a Elektros-tahlwerk GMHütte. Com muita vontade de trabalhar, suor, empenho e sempre com ideias inovadoras, foi posto em funcionamento, pela primeira vez na Europa, um forno elétrico de arco com corrente contínua, que representa o coração da aciaria. Durante os 20 anos de funcionamento na produção, ele foi constantemente otimizado. Como exemplo, temos o aumento gradual do peso de fundição, que passou de 125 toneladas, no início, para 142 toneladas, hoje. Também nos encarre-gamos continuamente com os temas sempre atuais de segurança de trabalho, qualidade, produtividade, gestão de recursos, proteção ao meio ambiente. Com tudo isto, o forno elétrico, tanto hoje como antes, ainda se apre-senta como um agregado ultramoderno, e está longe de ser descartado. Este aniversariante produz até hoje mais de 113.000 fundidos (mais de 14.700.00 t de aço bruto líquido). Novas ideias e projetos estão sempre surgindo para fazê-lo funcionar de forma mais econômica e efi-ciente. Ainda tem muita emoção por vir.

Ludger Schlinge

Participar e doar ajuda muito mais Estimados funcionários do Grupo GMH, estimados leitores,

... nas últimas semanas, teve muita gente se molhan-do com um balde de água gelada para participar da campanha “Ice Bucket Challenge” (Desafio do Balde de Gelo). Diante de uma câme-ra, despejavam um balde de água gelada sobre a cabeça, ficavam tremendo de frio e diziam o nome de três pessoas, desafiando-as a fazer o mesmo dentro de 24 horas. Se não o fizessem, teriam que doar pelo menos 100 euros para uma organização que combate à ELA - Esclerose Lateral Amiotrófica. Não se pode negar que, além de ser uma campanha diferente e muito divertida, teve uma enorme repercussão nas redes sociais. Inicia-da há cerca de seis semanas nos Estados Unidos (contadas a partir da data de publicação da glückauf 3/2014), ela é, hoje, uma cam-panha de âmbito mundial para chamar a atenção para a doença. Eu tam-bém participei jogando um balde de água gelada em mim. “Mas por quê?”, talvez seja essa a sua pergunta. “Por que você sim-plesmente não fez só a sua doação?”

A campanha do balde de gelo entrou no Facebook e seus

vídeos praticamente se tornaram fun-fotos no You Tube. A brincadeira logo entusiasmou milha-res de participantes que imediatamente entende-ram a necessidade de passar a diversão adiante e, ao mesmo tempo, dar foco e chamar a atenção de todos para essa doença gravíssima. Que tipo de doença é a ELA? A esclerose lateral amiotrófica é uma doença degenerativa do sistema nervoso, acarretando na paralisia motora progressiva e na perda das funções de falar e engolir. Os órgãos interiores e as capacidades intelectuais conti-nuam funcionando, de modo que o paciente portador da ELA experimenta um confinamento motor em plena consciência. No final do curso

da doença, só conseguem respirar por meio de aparelhos. A doença é uma das mais raras que existem. Na Alemanha, vivem cerca de 8.000 portadores da ELA, e a cada ano

2000 pessoas contraem a doença. Mais ou menos, a mesma quanti-

dade morre no mesmo período de tempo. A expectativa de

vida após o surgimento da doença é de cerca

de cinco anos. Para o paciente e sua família, um período difícil de

tensão física e superação de desafios. No mundo inteiro são realizadas pesquisas para combater a doença, mas, até agora, não foi possível desen-volver nenhum tratamento médico que pudesse amenizar ou até conter a doença. Os pacientes da ELA precisam ser acompanhados por profissionais 24 horas por dia, que tomem conta, mediquem e deem apoio psicológico aos familiares. Na Alema-nha, o grande problema é que o atual sistema de seguridade social e de saúde só cobre 30 por cen-to das despesas. E é preciso de uma boa quanti-dade de dinheiro para amenizar as preocupações dos pacientes e de seus familiares. Até agora, o ambulatório da ELA no hospital Berliner Charité arrecadou, com a campanha do balde de gelo, cerca de € 1.480.073, vindos de cerca de 36.000 doadores e doadoras (até 16 de setembro de 2014). Os visitantes da homepage www.als-hilfe.org aumentaram de 50 para 100.000 por dia. O desafio do balde de gelo está dando resultado e vai estar disponível nas redes para sempre. É esse o objetivo. Participar ajuda, mas participar e doar ajuda muito mais.

Saudações,

Foto: Paul Ripke

PALAVRA DO ACIONISTA

GMHüTTe

Foto: Paul Ripke

Page 4: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) .................. 8

60.000 operárias vivem, em média, numa colônia de abelhas. A organização da colmeia e o controle na busca do mel só fun-cionam porque elas estão sempre se comunicando: aqui com o auxílio da dança das abelhas.

Fonte: ARD

Você é um homem-aranha?Você é um homem-aranha? Dá para se conectar a uma rede mesmo sem um grande projeto.

Pergunta rápida! Dois advogados abrem um escritório em Megalópolis: Sr. Disponível

e Sr. Ausente. O Sr. Disponível cresceu em Megalópolis, tem um ótimo contato com seus antigos colegas de classe, mantém seus relacio-namentos (praticando esportes, participando de associações ligadas à profissão, de atividades culturais etc.), além de, pelas redes sociais, estar muito bem conectado com os antigos amigos da faculdade e com os colegas de trabalho.

O Sr. Ausente é uma folha de papel em bran-co porque acabou de se mudar para a cidade: depois de três meses, quem é que tem mais clientes?

Bem, se o Sr. Disponível tivesse na cidade inteira a fama de ser uma toupeira antipática, talvez o Sr. Ausente tivesse alguma vantagem. Mas a verdade é: o homem com os melhores contatos, melhor conectado nas redes e que dis-põe das relações certas, sem dúvida, tem chan-ces maiores de adquirir novos clientes.

Por motivos muito simples: muitas pessoas encontram-no regularmente, conhecem-no, sabem o que ele faz profissionalmente (e o que ele tem para oferecer), e trocam ideias com ele. Essas coisas criam proximidade e confiança. E o que também faz a diferença: eles se tratam por “você”. E o Sr. Disponível se sentiria mortal-mente ofendido se o Sr. Ausente fosse contra-tado em seu lugar. E como se deve um favor ao Sr. Disponível, pois está quase sempre presente quando se precisa dele. E ele sabe que esta rede de contatos é muito importante. De fato, ele seleciona com quem vai se relacionar dentro do seu círculo de amizades visando a este objetivo (claro que nem todos!). Mas para ele interessa aqueles que podem ter alguma utilidade para sua vida profissional (utilidade = novo cliente,

novos contatos, vantagens financeiras, ou até informações importantes que possam ajudá-lo). É claro que ele também tem que fazer sua parte: ele tem que manter suas redes ativas, cuidar de seus conhecimentos, estabelecer novos con-tatos, fazer algo para outros membros da rede (dentro do princípio de dar e receber), ter coisas interessantes a oferecer, não abandonar as con-versas. Mas e se você disser que o Sr. Ausente é um advogado melhor?

Bem, os tempos mudam. Nesse caso, conhe-cer supera saber. Hoje em dia, não manter uma boa rede de contatos significa muitas vezes ter as piores cartas na mesa.

Redes e laços

As redes de contato são como uma aliança de objetivos. E mesmo que seja possível surgir nas redes verdadeiras amizades, não é disso que as redes dependem para funcionar, pois o que as mantém vivas são outras coisas: um interesse comum, um objetivo conjunto, um inimigo mútuo. Quando o objetivo é alcançado, elas po-dem desfazer-se novamente de uma hora para outra (são exemplos, encontros de casais, ou de grupos políticos). Da mesma forma, as redes sociais podem existir durante toda sua carreira – ou não.

Mas na vida profissional existem estruturas “parecidas” com as redes que também têm uma grande importância.

Independente da aparência do nosso local de trabalho, seja ganhando nosso dinheiro no escritório ou no galpão da usina: onde quer que seja, também estamos envolvidos numa rede de relacionamentos, deparando-nos regularmente com pessoas com quem temos que trabalhar

direta ou indiretamente, com quem temos que trocar ideias e experiências.

Por exemplo, estagiários com estagiários, ou com os colegas mais antigos da empresa, ou também com seus “amigos de escola”, do cen-tro de formação; funcionários com seus colegas de departamento, ou com os clientes e forne-cedores da empresa; ou os funcionários da pro-dução com seus companheiros diretos, ou com funcionários de seções vizinhas, ou, até mesmo, de firmas terceiras.

Foto: © Robert Kneschke - Fotolia.com

146.500 Foi o número de postagens em redes sociais durante a Oktoberfest de 2013. Para dar conta da multidão, todo ano a Telekom instala vários terminais de acesso: são mais pon-tos com conexão por toda a extensão da Wiesn.

Fonte: social-media-universe.de

Tema principal//

networking

Fo

to: ©

pan

ther

med

ia.n

et/R

uper

t Tr

isch

berg

er

Page 5: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) .................. 9

Tema PrinciPal: neTworking Temos que admitir: essas redes de relações não são

“redes de contato autênticas”, do modo que entendemos, porque não foram criadas pela nossa própria vontade. São redes de relações nas quais automaticamente ingressamos quando aceitamos um posto de trabalho. E embora a maioria das pessoas ponha as redes de relações de sua vida privada (a família, o círculo de amigos e conhecidos, que são “entrelaçados” por você mesmo) à frente daquelas da vida profissional, essas últimas também criam sentido, se-gurança e auto-estima.

Uma prova disso são os graves problemas de irritação que os aposentados e as aposentadas têm quando param de trabalhar. O estopim é, entre outras coisas, a sensação de terem sido “jogados para fora” de um círculo de rela-cionamentos para serem jogados dentro de si mesmos. É por isso que, antes da aposentadoria, é importante come-çar a fazer parte de outros grupos de relacionamento onde as pessoas se sintam acolhidas.

As redes no local de trabalho

Mas o que acontece com as “redes autênticas” no local de trabalho? Será que lá, realmente, vale a pena cultivar suas próprias redes?

Isso não tem o mesmo sentido para todos os locais de trabalho ou profissões. Quem trabalha em um escritório, certamente, terá mais oportunidades de fazer contatos di-ferentes que um trabalhador da produção.

Seja como for, nos dois casos, a rede de contatos signi-fica manter um relacionamento com pessoas que tragam vantagens para o desenvolvimento pessoal na profissão, para a execução de seu trabalho atual ou que sejam ou possam vir a ser, de forma geral, vantajosas para a própria empresa.

Uma rede de contatos pessoais acaba criando parceiros que podem ajudar a esclarecer questões imediatas de for-ma rápida e descomplicada, resolver problemas, desenvol-ver alternativas, melhorar procedimentos e muito mais. A comunicação pode ser estabelecida tanto por meio de conversas pessoais, por meio de eventos e, também, pelo contato via mídias como e-mail, blogs, Facebook etc.

Mas como os contatos poderiam ser estabelecidos den-tro da sua própria rede?

Você realmente sabe o que seus colegas próximos fa-zem? Tente conversar com eles. A cantina ou as pausas para um café representam ótimas oportunidades para esta-belecer contato.

Você gosta de correr? Participe das corridas promovidas pela sua empresa (ou de outros encontros informais dos seus colegas). Assim, você tem a chance de entrar em con-tato constantemente com colegas de outras seções.

Você não sabe direito o que os colegas com quem você trabalha (in)diretamente gostam de fazer? Organize com seu chefe um encontro com todos eles para abrir os hori-zontes.

Você quer saber mais sobre seu trabalho (por exemplo, sobre os pedidos, as inovações, as ações organizacionais)? Mantenha contato com seu chefe e seus colegas de outros setores como os de segurança do trabalho, comitê da em-presa, treinamento.

E como andam as outras empresas à sua volta? Mante-nha contato com colegas de outras empresas (fornecedo-res, terceirizados) que de vez em quando trabalham com você prestando serviço para sua empresa.

Se você pensar em redes de contato, ou seja, que tipos de contatos podem ser interessantes para você, com certe-za, vão aparecer muitas outras possibilidades. Passe a ser ativo. Comunique-se! Estabeleça novos contatos. Conver-se! Basta ter coragem: na maior parte das vezes as redes de contatos já estão à sua espera, com um lugar reservado para você.

Você só precisa dar o primeiro passo.pkm

Até quantas redes posso ter?Tanto faz se por e-mail, smartphone, Facebook etc.: quem quiser se comunicar através do mundo digital tem que continuar atento às regras comerciais que surgiram na “era analógica”.

está por toda parte e não para. Seja na vida priva-

da ou profissional, estamos “completamente conectados” – um tema tratado há alguns anos pelo senso de humor do cantor Udo Jürgens (ver caixa). Como ele descreveu no texto de sua música, de lá para cá não mudou muita coisa no mundo digital, ainda com e-mails, SAP, intranet, acesso a várias plataformas de clientes e de informação, Facebook, Twitter etc. Para os usuários mais exigentes, existe até a “ThINk: “Transforma-tion Insights Network”, entre outros recursos. A única coisa que impõe limites ao mundo das mídias é o fato do dia só ter 24 horas.

Com certeza, aprender a conviver com essa enxur-rada de informações é uma arte que, nos dias de hoje, cada um tem que aprender sozinho. A era da velha carta postal parece ter sido extinta. Atualmente, ela está cada vez mais limitada às correspondências oficiais, aos contratos importantes e às incansáveis propagandas. Na época atual, cada vez mais o com-putador e o smartphone estão de-terminando a rotina do trabalho com os e-mails e seus arquivos.

Isso vale para o trabalho tanto do especialista quanto do seu che-fe. E, infelizmente, como não é possível que uma única linha con-tenha uma informação completa, segundo o seu grau de impor-

Conselho prático Os e-mails ou SMSs de relevância comercial devem ser tratados como cartas e fax co-merciais. Uma única diferença: No passado, as empresas quando usavam serviços dos correios tinham um tempo. Explicando melhor: o tempo entre a data do selo e a chega-da até o funcionário de destino. Com e-mails ou coisas parecidas, esse espaço de tempo deixou de existir. Quanto aos anexos, para garantir que sejam armazenados, optem por imprimir ou guardá-los em bancos de dados.

32.400.000 pessoas utili-zam, atualmente, redes sociais digitais na Alemanha. As possibilidades de contato são imensas. A única questão é como explorá-las de maneira proveitosa. O país com o maior número de usuários no mun-do é a China com 336,2 milhões, ou seja, um número mais de dez vezes maior que na Alemanha. Uma vez que alguns serviços populares como Facebook e Twitter são proibidos por lá, “para compensar”, sur-giram algumas redes sociais próprias (por exemplo, a RenRen e a Sina Weibo).

Fonte: statista

››› continua lendo na página 10

Fo

to: ©

pan

ther

med

ia.n

et/R

uper

t Tr

isch

berg

er

Page 6: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 10

Tema PrinciPal: neTworking tância, dar um clique é essencial se você quiser saber mais detalhadamente sobre alguma coisa. E aí entra em cena a necessidade de tomar uma decisão, porque, no final, todo mundo, depois de dar uma olhada num assunto, se faz a per-gunta: “O que fazer agora com essa informação? Trabalhar com ela imediatamente ou guardá-la para depois?”

Estruturar sua rotina exige uma imensa autodisciplina se você não quiser se afogar na inundação de in-formações que existe entre o “impor-tante” e a “lixeira”. A ordem do dia é a auto-organização (que é essencial tanto para assuntos do seu próprio interesse quanto para aqueles de sua empresa), para que você possa admi-nistrar o tempo que você utiliza com recebimento de correspondência com os períodos de execução de procedi-mentos complexos sem interferência permanente de e-mails entrando.

É claro que isso é diferente de trabalho para trabalho. Mas em con-sonância com o acordo feito entre comerciantes, a regulamentação das leis de co-mércio (§§ 257 art. 2HGB e seguintes) referente às responsabilidades do trânsito de correspon-dência escrita, deve valer também para aquele de e-mails - mesmo quando, na maior parte das vezes, as expectativas dos usuários, ou seja, do remetente e do destinatário, venham a divergir dada a velocidade da comunicação. Não se deve esquecer:

O tempo que antes se gastava com os cor-reios não pode mais ser usado como desculpa. A rapidez da internet faz o remetente esperar que o destinatário também reaja rapidamente (e o destinatário também acaba sendo pressionado). Ao mesmo tempo, existe a ameaça de haver risco no comunicado de confirmação comercial (“Regulamentação de Prazos”, segundo o § 362 HGB), que exige a entrega de uma confirmação como estipulado em contrato.

Para todos os casos, recaem as exigências do Código Geral Tributário junto à retenção de im-postos e aos prazos de apresentação de compro-vantes. Não basta apenas um “delete”. É exigido um arquivamento por um prazo de seis anos.

Com certeza, não difere em nada das cartas e do fax, contanto que possam ser impressos ou arquivados. Nos arquivos mistos, não tem jeito, você tem que se decidir entre a ata tradicional e

a digitalização. O alto acúmulo de informações obriga as empresas a adaptar o trabalho de ma-neira que quem trabalha com processamento não se afogue nessa inundação permanente de informações complexas ou parciais, que são en-viadas diretamente aos endereços ou na forma de cópia carbonada.

Quando a rotina do nosso trabalho termina, geralmente, continuamos conectados. Muita gente simplesmente pula para o Facebook, Twit-

ter etc. Não se deve subestimar, além de todas essas operações eletrônicas ligadas ao nosso trabalho, ainda sofremos uma pressão utilizando as redes sociais em nossa vida particular. Segundo estudos da Infratest, atualmente, até 75 por cento dos alemães estão conectados no mundo das mídias digitais, seja na vida privada ou na vida profissional. Só podemos esperar que sobre um tempinho para conversar! Enfim, uma outra questão é: até que ponto podemos confiar no mundo digital e nas informações que ele nos traz? Nesse ponto, a política tem falhado, apesar da formali-zação das leis de proteção de dados para os direitos da liberdade de expressão individu-al e comercial.

Trabalhar com as redes e movimentar-se den-tro delas, além do prazer que se tem com a alta velocidade da comunicação, também exige que a atenção às regras do jogo e a responsabilida-de social sejam mais rápidas. Principalmente, quando se sabe que a rede não se esquece de nada, pelo menos enquanto tiverem espaço para armazenar.

em

Completamente conectado? Em sua música “Völlig vernetzt” (do álbum: “Einfach ich”, Ariola), Udo Jürgens faz ironia consigo mesmo a respeito desse tema de estar sempre conectado: “Eu estou completamente conectado e comple-tamente perdido, encurralado pela tecnologia até o último fio de cabelo. Estou remotamente controlado, e completamente, e tudo pela internet.” Com todo seu humor irônico, ele também declara que esse mundo conectado tem suas armadilhas: “Estou completamente conectado, o celular não deixa de vibrar, porque os SMS não param de me bombardear. E se na pressa eu sem querer em alguma coisa apertar, o porta-malas do meu carro vai se destravar.”

››› continuação da página 9

entrando nas redes para promover a integraçãoDifícil, mas não impossível: como aumentar as chances de integrar pessoas com limitações no mercado de trabalho.

Independente de todos os esforços empreendi-dos no mundo todo: pessoas com limitações

têm mais dificuldades em encontrar um trabalho. Um olhar nas quotas obrigatórias na Alema-

nha e na Áustria deixa claro: as empresas ainda estão preferindo pagar uma taxa compensatória a adaptar uma vaga de tra-balho disponível para ser ocupada por pessoas com deficiência.

Como devem ser, por-tanto, as ligações entre o mundo econômico e as organizações sociais que cuidam da integração de pessoas com limitações? Como as redes podem ser utilizadas para sensibilizar as empresas a respeito des-se tema?

A estudante austríaca, Gisela Kollroß-Schin-nerl, pesquisou essas questões em seu trabalho de conclusão de curso “Usando as redes para

promover a integração”. O resumo de suas ideias também pode ser aplicado ao ambiente alemão: as relações pessoais entre os funcionários de RH e representantes das organizações sociais são essenciais para integrar mais pessoas com limi-

tações no mercado de trabalho. Seu conselho: estabelecer contato com as redes existentes.

É essa a situação: as empresas não estão sufi-cientemente informadas a respeito das ofertas das organizações sociais, da legislação, das possibili-dades de financiamento, além de muitas outras coisas. Na maior parte das vezes, faltam ideias de como os postos de

trabalho podem ser ocupados por deficientes. Na maior parte das vezes, essa opção não é nem discutida. Por outro lado, os responsáveis não estão dispostos a buscar as informações por conta

“É importante para nós do grupo GMH

preencher a quota de 5 por cento

estipulada pela lei. Mas, mais importante

ainda, são as boas ideias que ajudem a

tornar o local de trabalho bem adaptado

para portadores de necessidades especiais.“H a r a l d S c H a rta u

diretor de relações trabalhistas do Grupo GMH

Fatos No fim de 2013, o Serviço Federal de Estatística contabilizou cerca de 7,5 milhões de pessoas com necessidades especiais na Alemanha (cerca de 260.000, ou 3,6 por cento a mais que em 2011). Isto corresponde a 9,4 por cento de toda a população. As empresas com mais de 20 funcionários têm que preencher uma quota de seus postos de trabalho com funcionários com restrições. Hoje, ela é de 5 por cento. Quem não preenche esta quota, tem que pagar uma taxa de compensação. Esta taxa, dependen-do de quanto faltar para preencher esses 5 por cento, fica em torno de 105 a 206 euros mensais por vaga não preenchida. Ela é paga a órgãos públicos de integração. Eles investem em postos de trabalho adaptados para defi-cientes, subsídios salariais para empregadores, e um fundo de compensação para programas de incentivo pela Alemanha inteira. Mas com essa verba, os órgãos públicos só conseguem cobrir um terço de suas despesas. Esse órgão de integração é uma “secretaria de garantia da integração de pessoas com necessidades es-peciais no mercado de trabalho”. Ele levanta e utiliza as taxas de compensação, dá assistência nos casos de demissão de sua clientela, presta assessoria em rescisões de contrato, organiza o acompanhamento na vida profissional das pes-soas “com alto grau de deficiência”, e oferece treinamentos (para empresas, departamentos pessoais e representações das pessoas com defi-ciência, por exemplo).

Page 7: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 11

Tema PrinciPal: neTworking própria, por exemplo, através de pesquisas na internet, que são trabalhosas e demoradas.

Para equilibrar esse déficit, Gisela Kollroß--Schinnerl considera indispensáveis as rela-ções pessoais entre o mundo econômico e as organizações sociais. É possível desenvolver vários trabalhos de informação e sensibili-zação por meio das redes. Por essa razão, ela nos dá, entre outros, o seguinte conselho:

“Os representantes de organizações sociais devem intensificar os contatos que já têm com o empresariado e tentar se conectar com suas redes, seja por meio de uma parceria, seja por meio de contatos através de outros contatos, palestras, ou convidando especia-listas do mundo empreendedor para se co-nhecerem... Além disso, também seria acon-selhável convidar representantes do mundo corporativo mais vezes para os eventos que promovem e, também, estar presentes em eventos que tenham esses empreendedores como participantes.” A intensa troca de ex-periências entre funcionários de RH também contribuiria para a informação e divulgação de níveis de experiência.

O conceito da Corporate Social Responsi-bility (Responsabilidade Social Corporativa) está ficando cada vez mais importante para muitas empresas. A autora do trabalho tam-bém acredita que, diante desse quadro, as re-des vão se tornar cada vez mais significativas. Afinal, com elas, as empresas também teriam a oportunidade de documentar publicamente suas atividades sociais.

pkm

Os contatos, quando não são cuidados, não valem nadaGrupo GMH · Como as novas gerações criam as redes – e, sobretudo, como conseguem mantê-las.

eNTReV ISTA

o programa de jovens profissionais (pro-grama nwk) também promove a criação de redes por todas as empresas do grupo. Até agora, já participaram desse programa 120 funcionários e funcionárias de diversas áreas profissionais. A quinta rodada do pro-grama começou em setembro de 2014 com 28 participantes de 14 empresas. Mas qual é a situação atual dos grupos nwk e suas redes? A glückauf conversou com kirsten wengeler, organizadora do programa nwk do grupo gMH, e Ulrike Libal, chefe de pessoal da Pleissner guss (Herzberg):

glückauf: Sra. Wengeler, a criação de redes é um objetivo claro do programa NWK. Como ela é in-centivada? Kirsten Wengeler: Os participantes se conhe-cem durante as aulas do programa, sobretudo, também, através de projetos que envolvem vá-rios grupos de várias empresas, que se juntam durante um ano para trabalharem no mesmo projeto. É assim que damos o pontapé inicial para os contatos que favorecem a troca infor-mal de informações fora do programa. Nin-guém precisa reinventar a roda. Mas todos po-dem tirar proveito das experiências dos outros. Novas ideias e motivações podem surgir da troca de ideias com colegas de outras empresas.

Como as redes de contato do programa NWK têm se desenvolvido até agora? Os jovens profissionais de hoje ainda podem beneficiar-se delas?

Wengeler: Participantes de edições anteriores do programa NWK deram-me o feedback de que ainda mantêm um contato descontraído com membros de seus próprios grupos de pro-jeto e com um ou outro integrante do progra-ma. É claro que o primeiro programa NWK foi promovido há nove anos, e é claro que a inten-sidade e utilidade dos contatos estabelecidos são de natureza distinta.

De que eles dependem?Wengeler: Na maior parte das vezes de quan-tos pontos de contato existem nos campos de

Formação de equipe: “Trabal hando com as redes” de uma forma diferente.

››› continua lendo na página 12

Foto

: © t

hink

stoc

k /

Font

e: F

IFA

Foto: © panthermedia.net/Anna Leopolder

1.296.009 foram as vezes que o número de emergência 110 recebeu chamadas em Berlim no ano de 2013 – e todas foram encaminhadas pela internet de maneira rápida e segura.

1.152 passes foram trocados na final da Copa de 2014 entre a Alemanha e a Argentina: 736 (!) pela seleção alemã e só 416 pelos argentinos. No emaranha-do da rede de passes dos jogadores ale-mães, os argentinos, no final, tiveram que se conformar com a derrota por 1 a 0.

Foto da usina

Page 8: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 12

Tema PrinciPal: neTworking

trabalho e tarefas. Uns, ainda, utilizam a rede do NWK para a troca de informações ou para um discurso informal, para outros, os contatos, hoje, já não têm mais nenhum grande valor. No entanto – e todos concordam com isso – é bom saber que você acaba conhecendo alguém para quem pode ligar quando quiser, e que pode lhe dar uma pequena ajuda com a cadeia de coman-do, mesmo se for apenas lhe indicando a quem você deve se dirigir.

Mas o que os jovens profissionais fazem para man-ter suas redes de contato? Wengeler: Cuidar das redes de contato depende naturalmente de si próprio, seja com um telefo-nema, um e-mail, uma postagem no Facebook, uma passadinha quando a pessoa está por perto, tudo isso é necessário para manter seus contatos vivos. Hoje em dia, com as novas mídias sociais, surgiram novas possibilidades de manter con-tatos. Um integrante do NKW sugeriu a criação de uma plataforma de comunicação para todos os participantes do programa. Além disso, a maioria chegou à conclusão de que dispõe de pouco tempo para se reencontrar pessoalmente. Por esta razão, foi sugerido que a rede de todos os jovens profissionais fosse combinada com um encontro regular de alunos. Nessas ocasiões seria possível saber onde cada um estaria traba-lhando, o que teria mudado ou o que haveria de novo nas empresas. Pois os contatos pessoais e as experiências conjuntas não só apóiam como também renovam as ideias da rede.

Sra. Libal, para a senhora, qual é a temática do programa NWK?Ulrike Libal: Minhas experiências são muito po-sitivas. Os participantes adquirem uma possibili-dade muito bem fundamentada de qualificação adicional por meio da oferta de cursos, de como organizar o tempo e os projetos, aprendendo téc-nicas de apresentação e gestão de conflitos.

Há outros efeitos positivos?Libal: Sim, eles existem. Os participantes podem se aprofundar nesses temas junto com pessoas do grupo empresarial, ou seja, pessoas que vêm de um ambiente estruturado de modo semelhan-te. Isso também reforça as conexões dentro do grupo. Também percebo uma influência positiva na ligação com o grupo empresarial. Muito obrigado pela entrevista!

Foto: © panthermedia.net / Corinna Hahn

16.100.000.000 cartas são enviadas anualmente pelo serviço de correios da Alemanha (Bundespost). Fonte: statista

As redes da internet: As redes podem gerar quantidades gigantescas de membros, conexões e contatos:

Quantos domínios existem?cerca de 15.602.179 de domínios .DE cerca de 112.336.769 de domínios .COMcerca de 15.225.688 de domínios .NETcerca de 10.402.416 de domínios .ORGcerca de 7.440.777 de domínios .INFO

Quantas pessoas utilizam as redes sociais?São cerca de 874.000.000 usuários ativos no Facebook que se conectam pelo menos uma vez ao mês. 727.000.000 conectam-se diariamente.Cerca de 500.000.000 pessoas têm uma conta no Google+ / Google Plus, das quais cerca de 135.000.000 se conectam todos os meses.Cerca de 883.000.000 usuários têm uma conta no Twitter, e são 1.010.000 contas novas aber-tas diariamente!

Quantos endereços eletrônicos existem?Cerca de 425.000.000 de contas no Google-mail/GMail no mundo todo,cerca de 11.600.000 usuários no GMX,cerca de 300.000.000 de contas no Hotmail/Outlook.com no mundo todo,cerca de 281.000.000 de usuários no Yahoo!Mail, cerca de 14.200.000 de usuários no WEB.de

Quantas pessoas armazenam quantas fotos/vídeos? Existem por volta de 1.000.000.000 de contas no YouTube, 4 bilhões de vídeos são assistidos diariamente.Cerca de 87.000.000 de usuários têm Flikr, que tem em seu banco de dados cerca de oito bilhões de fotos;Cerca de 150.000.000 de pessoas utilizam o Instagram.

5 por cento* é o valor limite do efeito am-plificador que se forma dentro de um enxame – e muda a sua direção. As redes sociais também têm uma direção (sentido, objetivo, função). Parecendo um enxame, elas oferecem proteção e apoio aos seus membros. E quando são ameaça-das, as redes sociais também se comportam mu-dando institivamente sua tática e direção.

››› continuação da página ...

4 vezes tão forte quanto o aço é a teia de uma aranha (em relação ao seu peso). Além dis-so, seu comprimento pode ser esticado três vezes a mais sem que ela se rompa. O que garante a resistência e flexibilidade de uma teia de aranha também se processa nas redes sociais: o essencial

para a unidade e o funcionamento é a força das relações entre seus membros. Seja na família, no círculo de amigos ou nas relações comerciais: a gente vê se uma rede é realmente forte quando se tem que combater perigos externos ou fazer valer seus interesses perante os outros.

© panthermedia.net / Igor Sokolov

*Fonte: Planet Wissen, Jens Krause Foto: © thinkstock

Page 9: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 13

Tema PrinciPal: neTworking Como conectar-se com sucesso a uma rede?Dicas e truques: como construir sua própria rede.

Muitos se sentem desconfortá-veis com a ideia de encarar

as relações comerciais de forma ofensiva. Muitos são, por outro lado, reservados e se contentam em reagir com a demanda e execu-tar cada pedido de forma honesta. No entanto, numa economia que aposta cada vez mais nos contatos pessoais, tal atitude é contraprodu-cente. Aqueles que estão abertos às redes de contato obtêm a chance de fechar mais contratos e abrir novas opções profissionais.

Um estudo do portal de em-pregos “monster.de” e de várias universidades mostra como ne-tworking é importante. Eles per-guntaram a diversos candidatos quais canais de recrutamento mais ajudam na hora de encontrar um trabalho. Com 40 por cento de respostas, as indicações de conhe-cidos ficaram atrás dos portais de empregos e consultorias de gestão de pessoal.

Mas que cuidados deve-se tomar com as redes?

Se você é principiante, primeira-mente você tem que definir quem você é e como deve se apresentar. Fingir ser alguma coisa é um gran-de erro. Para a consultora de gestão Barbara Liebermeister, nas redes vale muito valorizar sua personali-dade individual perante os outros – e muita gente acaba fazendo o contrário. Isso quer dizer, traçar um perfil que se destaque em vez de se apresentar anonimamente para a empresa. Para a consultora, isso significa definir e defender so-

beranamente a “marca do seu eu”.A princípio, não estamos acos-

tumados a entrar em cena com este novo sentimento de autoconfian-ça. Um bom ambiente para você treinar é com as pessoas que você conhece. Com elas, você pode treinar conversas sem se sentir constrangido diante de um desco-nhecido. E se seu conhecido estiver falando de amigos interessantes? Já são, então, novas possibilidades de contatos que você pode usar quando precisar. E se você estiver certo disso, então significa que sua rede de contatos já está dando resultados.

Muitos usuários de redes sociais como o Facebook ou Google+, incluem as escolas que frequenta-

ram nos seus perfis. É um método simples para reencontrar e entrar em contato com velhos amigos de classe. Principalmente, com os ex--colegas de faculdade, que podem oferecer uma promissora rede de contatos nos locais onde traba-lham.

Mas não é só durante as horas de trabalho que se pode organizar uma rede de contatos própria. As conversas dão maiores resultados quando a gente se sente bem e tem um interesse pessoal comum. As horas de lazer oferecem condições ideais para isso. E quando você não se fecha, contatos em seu clube ou no teatro acontecem de uma hora para outra.

A comunicação por meio das redes é menos hierárquica do que a habitual comunicação “de cima para baixo” das empresas. Ela permite que se estabeleça contato além das fronteiras departamentais e de hierarquia.

Para Melanie McBride, gerente de projetos da Intel, é a maneira mais eficiente de estabelecer uma relação, é como “repartir o pão com alguém”. No entanto, ainda prevalece o costume de sair para jantar juntos em encontros de ne-gócios.

É importante filtrar todos os contatos. Sua rede não pode ficar grande demais, não permitindo que você cuide de seus contatos um por um. Aquele que rapida-mente não consegue manter as promessas que faz, do tipo “vou mandar por e-mail”, perde confian-

ça, até mesmo quando se trata de um mero vídeo novo do You Tube.

Barbara Liebermeister é da opi-nião de que os usuários das redes têm que determinar seus objetivos e decidir por conta própria para quais contatos vão dedicar mais tempo e para quais não. Um obje-tivo assim pode ser a salvação de muitas crises.

Uma rede de contatos bem amarrada pode ajudar na hora de reagir rápido às crises e amortecê--las, e acionar a ajuda de pessoas (que talvez ainda lhe devam um fa-vor). Lidar com uma crise de forma ativa lhe dá a chance de trabalhar com habilidade nas redes e, até mesmo, de sair dela fortalecido.

As redes têm como base o afeto e a disponibilidade para a ajuda mútua. A ideia central de “você me ajuda, eu te ajudo” deve estar sem-pre presente. Alguém apareceu para lhe dar uma ajuda? Então devolva o favor! Porque se você não fizer isso, a mão que te ajudou vai sumir rapidamente. Seja criativo na hora de retribuir. Por exemplo, se você quiser oferecer um contato que dê frutos para alguém, surpreenda-o com um contato que lhe ofereça novas perspectivas.

Os usuários de redes mais ad-mirados são aqueles que juntam pessoas estrategicamente, criando dessa maneira mudanças e até inovações. E quanto mais pessoas tirarem proveito dessas mudanças, mais proveitosas elas se tornarão para você que as criou.

O sociólogo Manuel Castells dá à sociedade do século 21 o título de sociedade das redes. Aos poucos, você vai se sentindo cada vez mais seguro participando delas. Comece devagar. Dê mais um passo à frente quando se sentir pronto para isso. E não se esqueça: as redes podem ajudar em muitos aspectos.

Niels Hackmann

31.400.000 foi o número de artigos que as agências e os correspondentes enviaram por meio da internet para serem publicados em 2014.

© p

anth

erm

edia

.net

/ R

ando

lf B

erol

d

Cerca de 100.000.000.000.000 é o número de ligações entre as células nervosas do cérebro humano. Para entender como é possível existir esse número violento de ligações, é preciso lançar um olhar nos “nós” dessa máquina de redes do cérebro: as células nervosas. Segundo estimativas, o cérebro humano tem cerca de 10 bilhões delas. Todas essas células estão interligadas através de cerca de 100 trilhões de sinapses (“correntes”). O fato de existirem mil vezes mais conexões que as próprias células nervosas indica que uma célula nervosa, em média, não está ligada a uma única célula (a “uma célula vizinha”, por exemplo), mas sim com um total de 1.000 células. Essa “união” multiplicada produz uma verdadeira rede super poderosa: o impulso (de pensamento) que parte de uma célula, preci-sa, na verdade, de, no máximo, quatro passos (“nós”) para saltar para qualquer outra célula – o que possibilita saltos extremamente rápidos de pensamento (ou: de raciocínio).

Fonte: Wikipédia

Page 10: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 14

Tema PrinciPal: neTworking

A vitamina B tem históriaAs redes de contato de ontem e hoje

entende-se por networking o estabelecimento e cuidado de contatos pessoais e, sobretudo,

profissionais – o que chamamos de “vitamina B”. Para isso, as pessoas, desde sempre, organi-zaram-se em agremiações que foram se modifi-cando ao longo do tempo.

As redes de comércio já existiam desde a Idade Média. E o exemplo mais conhecido disso são, com certeza, as cidades hanseáticas. Poste-riormente, as pessoas se uniram para fundar as sociedades, associações e clubes que, necessaria-mente, não tinham e não têm o objetivo de ze-lar pelo contato mútuo ou promover carreiras, mas que, fatalmente, podem até passar a ter. Exemplos dessas uniões são os clubes Rotary ou Lions, as associações esportivas, as repúblicas de estudantes etc.

Nos dias de hoje, as redes de contato esta-belecem-se, na maior parte das vezes, on-line. Várias redes sociais com Xing, Facebook, studi-VZ e Linkedin, e também os chats ou os telefo-nemas via internet, permitem manter contato com pessoas do mundo inteiro. A humanidade de hoje está conectada on-line como nenhuma outra geração. Mas a publicação de informações da vida privada na internet também pode levar a desvantagens pessoais, como o uso de dados pessoais para fins comerciais ou, até mesmo, o cyberbullying.

Antes do computador e da internet era mui-to difícil manter muitos contatos por um longo tempo. Os contatos eram mantidos apenas por meio de cartas e telefone (no caso do telefone, na época, a sua utilização ainda era muito cara),

ou por meio de encontros pessoais em lugares reais.

Manter contato hoje é muito mais simples, direto, independente de hora e local e, geral-mente, grátis. Nas redes sociais “prontas”, é possível registrar-se de maneira rápida e simples e, diferentemente das associações e clubes, sem correr o risco de ser barrado.

As redes sociais são acessíveis para qualquer um e têm a finalidade exclusiva de manter contatos. Um intercâmbio completamente anô-nimo também é possível nas redes on-line. O contato interpessoal fica em segundo plano.

A esta altura, cada vez mais as instituições de contato consolidadas procuram ingressar no ca-minho on-line para acompanhar os novos tem-pos. O “E-Rotary-Club”, existente desde 2011, é

um bom exemplo. Uma rede de contatos re-

presenta um dos fatores mais importantes para a carreira. Cada vez mais, as pessoas reforçam que, para a carreira, “não depende tanto do que você sabe, mas sim de quem você conhece”.

Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa do Tra-balho e Profissão, cerca de um terço dos novos postos de trabalho são ocupados a partir do uso de contatos

pessoais. Ter uma rede de contatos, quando se procura um trabalho, hoje em dia, conta como uma “aptidão”, assim como a capacidade de tra-balhar em equipe ou a motivação.

ikw

Os maçons Há mais ou menos 250 anos, certamente, ainda não se falava em rede de contatos. Mas o sen-tido real que existe hoje por trás disso já existia desde o início do século 18, quando foram fun-dadas as primeiras maçonarias. Existem hoje no mundo inteiro cerca de 45.000 dessas irmanda-des, que estão organizadas em associações, com cerca de seis milhões de membros. As origens dos maçons remon-tam à Idade Média. Os artesãos das associações de pedreiros da época, com tantas catedrais sendo construídas, gozavam de certos privilégios. Só eles conhe-ciam detalhadamente os proje-tos de construção das catedrais.

Só eles tinham acesso aos «bar-racões» (lojas) onde aconteciam as reuniões para discutir o anda-mento das construções. Havia sinais especiais que indicavam quem estava ou não autorizado a participar. «À medida que a era das gran-des catedrais do século 17 foi se acabando, por incrível que pareça, as tão protegidas orga-nizações dos construtores foram sendo infiltradas por intelectuais que se mantiveram dentro delas. Nobres, oficiais, médicos, escri-tores e outros homens, que não exerciam nenhuma profissão ar-tesanal, começaram a se associar às lojas, sendo admitidos como pedreiros «aceitos». (Do livro: «Die Logen der Freimaurer», de Jürgen Holtorf, 1991.) Os

princípios a que se obrigaram os primeiros maçons ainda valem depois de mais de 200 anos: tolerância e atenção perante dissidentes, religiosidade des-provida de pressão confessional, estilo de vida calcado na moral. Além de suas reuniões ritualísti-cas dentro do que chamam de «templos», os maçons também promovem palestras internas e públicas, debates e bailes be-neficentes. São comuns as lojas maçônicas formarem parcerias com lojas maçônicas de outras cidades no exterior.É desse jeito que os maçons estabelecem e mantêm diversos contatos com outras pessoas já há mais de 250 anos.

mk

Tema principal 4/2014:

MOTIVAçãO

Alguns maçons famosos foram: Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), Henry Ford (1863-1947), Sir Winston Chur-chill (1874-1965), Walt Disney (1901-1966), Karlheinz Böhm (1928-2014) e muitos outros.

Page 11: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française ......................... 15

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 15

Tema principal 4/2014:

Uma explosão de emoçõesGrupo GMH · Relato de um jogo com uma história surpreendente: torcedores alemães entre brasileiros na partida de 7 a 1 entre a Alemanha e o Brasil na semifinal da Copa.

Miriam Melitta geißler, esposa do Ceo da MwL, Frank w. geißler, não esquecerá este acontecimento por toda sua vida. Junto com al-guns colegas de seu marido, no dia 8 de julho, ela assistiu, no lotado restaurante Varanda, de taubaté (no estado de São Pau-lo), a semifinal da Copa entre Brasil e Alemanha – rodeada de animados torcedores brasileiros. Mas não foi só o jogo que tomou um rumo surpreendente. ela nos conta:

Depois dos 4 a 0 em apenas 26 minutos de jogo, já não tínhamos mais coragem de comemorar. Comecei a me sentir bastante en-vergonhada. O barulho no restau-

rante que, com exceção de nós seis alemães, só tinha brasileiros, foi diminuindo cada vez mais.

As pessoas olhavam tristes e as-sustadas para o telão. Aos poucos, os primeiros foram deixando o restaurante. Era estranho e quase dava medo. Aí veio o quinto gol, e de repente os torcedores na mesa atrás de nós começaram a aplaudir. Olhavam para gente com ar apro-vador. Cada vez mais brasileiros se juntavam a eles e comemoravam as jogadas da equipe alemã.

O humor mudou de um minuto para o outro: a tristeza pelo fracas-so se transformou em sentimento de euforia pela jovem equipe alemã. Foi arrebatador! Todos os brasileiros ficaram do nosso lado e

vivemos minutos inesquecíveis. Foi uma explosão de recordes, uma ex-plosão de emoções. Foi fantástico!

Depois do apito final, muitos brasileiros vieram à nossa mesa para nos parabenizar. Todos queriam tirar fotos com a gente. Trocamos presentes com símbolos nacionais: bonés da Alemanha por bonés do Brasil, colar com as cores da Alemanha por cachecol com as cores do Brasil. Chegamos para assistir ao jogo vestidos nas cores preta, vermelha e ouro, e voltamos para casa nas cores verde e amare-la, nos sentindo muito bem acolhi-dos por essas pessoas carinhosas e amigáveis do Brasil.

A final da Copa foi ainda mais emocionante. Entre quem assistia

ao jogo, éramos os únicos alemães, em meio a um público cheio de brasileiros fãs da Alemanha nesse país maravilhoso.

A seleção alemã agiu como um diplomata perfeito de seu país. As virtudes alemãs da bondade, cari-dade, justiça, educação, trabalho, esforço e respeito foram elogiadas em toda parte e vistas como um exemplo a ser seguido. Isso vai ficar gravado por muito tempo na memória dos brasileiros.

A Copa do Mundo de 2014 só fez bem às relações entre o Brasil e a Alemanha, o que, certamente, também trará resultados positivos para o grupo ferroviário teuto--brasileiro.

Convite da diretoria da MWL para a semifinal da Copa (da esquerda para a direita): Rüdiger Schmidt, Bernhard Kochanneck, Wolfgang Schmidt, Marcelo Sbeghen e o casal Geißler.

Foto: particular

Page 12: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française ......................... 16

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 16

Apoio contra concorrentes de pesoTecnologia ferroviária · Uma filial autônoma na África do Sul para conquistar novos mercados in loco.

O setor de tecnologia ferroviária do Grupo GMH fundou na úl-

tima primavera uma filial autôno-ma na África do Sul: a South Africa Proprietary Limited. A joint ventu-re com a parceira sul-africana Whe-els Solutions Pty. Ltd. tem a tarefa de apoiar in loco as vendas da Bo-chumer Verein Verkehrstechnik, da Bahntechnik Brand-Erbisdorf e da MWL Brasil.

Os pedidos podem surgir a par-tir de uma série de projetos que, no sul da África, estão relacionados com a modernização do seu parque de veículos ou com a reformulação de todos os tipos de veículos. A filial pode contar com parceiros

locais fortes e competentes. Desta maneira, as exigências crescentes no contexto local para o ingresso no mercado podem ser atendidas.

Adquirir novos pedidos na Áfri-ca do Sul representa uma tarefa extremamente difícil, e não apenas

em termos de exigências técnicas para os veículos. A filial também precisa conviver com a concorrên-cia já estabelecida dos fabricantes da China, Índia e América do Sul.

O setor ferroviário é uma área altamente competitiva. Cada vez

mais concorrentes – pelo menos no mercado europeu – no que se refere aos players globais e companhias ferroviárias, aparecem um após o outro, numa tendência que vem se perpetuando há tempos. Ela favo-rece todos aqueles que não estão sujeitos às rigorosas condições de concorrência europeias relacio-nadas ao universo do trabalho e compliance.

Ter sucesso em conquistar no-vos nichos de mercado exige, da mesma forma, estabelecer uma identidade própria num ambiente pré-existente, seja por meio de pre-ços competitivos ou por meio do know-how de seus produtos.

A Bochumer Verein Verkehrste-chnik já conseguiu, há dois anos, lançar seus primeiros produtos vencendo licitações na África do Sul (a glückauf noticiou). Os ro-deiros e as novas construções de rodeiros para a renovação da infra-estrutura local saíram de Ilsenburg.

Essa joint venture representa um passo mais além na interna-cionalização do setor comercial da tecnologia ferroviária dentro dos mercados globais.

em

South Africa Pty LtdBahntechnik

Mais uma vez a todo vapor. O momento certo veio no fim de junho: a caldeira a vapor em Brand--Erbisdorf foi adaptada para a forja em matriz aberta. Assim, foi cortado o último elo com a grande empresa PSW, uma vez que a Bahntechnik, depois de seu desliga-mento, passou a ocupar apenas temporariamente o pré-dio. Um bom conceito de logística já tinha sido planejado anteriormente e previa uma parada de sete semanas da forja em matriz aberta. Durante este período, foi possível retirar cuidadosamente do prédio toda a infraestrutura antiga, reconstruí-la e reintegrá-la numa área separada do pavilhão da forja. Ao mesmo tempo, aproveitaram a oportunidade para criar condições para o uso no longo prazo, por meio de autorizações do governo para todas as instalações de acordo com as mais recentes diretrizes de segurança técnica. Antes, com a caldeira a vapor ad-quirida no início dos anos 90, eram produzidas, em dois pavilhões, peças forjadas em matriz aberta com até dez martelagens, das quais apenas quatro encontram-se em atividade atualmente. Em vista disso, a potência do equi-pamento foi ajustada, uma vez que o fornecimento por sistemas térmicos das áreas da indústria também puderam ser readaptados. A caldeira a vapor foi levantada e retira-da pelo telhado do prédio antigo e deslizada muito cuida-dosamente para dentro do novo pavilhão.

em

... e caprichosamente deslizada até seu novo lugar. Foto: Christian Dittmann

Procura-se um tato bem apurado: Concentração máxima na hora de levantar a caldeira a vapor e retirá-la pelo telhado ... Foto: Bernd Vogel

BRAND-eRBISDORF

Page 13: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française ......................... 17

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 17

Pacote recheado de informações Grupo GMH · A conferência dos gerentes financeiros e de controlling foi realizada, desta vez, na Friedrich Wilhelms-Hütte.

Neste ano também foi realizada uma conferência dos gerentes

financeiros e de controlling do Grupo GMH. Mais uma vez, os funcionários do departamento financeiro tiveram a oportunidade de trocar novos conhecimentos e experiências entre si. Como ante-riormente, o evento também foi organizado por uma filial, propor-cionando aos participantes a opor-tunidade de poder conhecer me-lhor mais uma empresa do grupo.

A anfitriã deste ano foi a Friedri-ch Wilhelms-Hütte (FWH), da cida-de de Mülheim an der Ruhr.

A conferência foi iniciada com uma visita às unidades de pro-dução da empresa. Antes disso, Georg Stierle (diretor comercial) já havia apresentado as empresas

FWH Eisenguss (fundição de ferro), e a FWH Stahlguss (fundição de aço). Por fim, percorreram as de-pendências da empresa divididos em quatro grupos. Nesta ocasião, puderam ter uma ideia de como é a produção da empresa e seus distin-tos processos.

Thorsten Ehle (chefe da Mer-gers & Acquisitions e controlling da empresa) explicou em sua apresentação a situação atual do Grupo GMH. Em seguida, foram de ônibus até a margem do rio Ruhr, de onde partiram para um passeio em um barco de excursão da com-panhia Weiße Flotte. Durante o passeio, todos os colegas tiveram a oportunidade de ampliar sua rede de contatos, falar sobre o trabalho ou trocar experiências e opiniões

sobre diversos temas.O segundo dia de conferência

foi realizado na fundação Haus der Wirtschaft em Mülheim, onde fo-ram promovidas diversas palestras: primeiramente, Reinhard Gödeke, da Harz Guss Zorge, falou sobre o cálculo da margem de contribuição aplicado em situações desfavorá-veis. Em seguida, Stefan Brunn (chefe de finanças), e Andreas Bez, entre outros, falaram sobre temas atuais como as diretrizes de ga-rantias e gestão de riscos. A seguir, Thorsten Spree, da Pricewaterhouse Coopers (sociedade de auditoria), discorreu acerca das demonstra-ções financeiras consolidadas no ano anterior, além de expor um relatório da situação. Depois dele, Gerhard Schleef-Stegmann e Bernd

Schütte da GMH Systems, falaram sobre otimização de processos. Por fim, Thorsten Ehle passou para te-mas atuais na área de controlling. Além disso, os funcionários da GMH Systems, Marc Rohlf e Tobias Unland, fizeram uma retrospectiva da adaptação das mudanças já exe-cutadas no registro de dados por meio do SAP-BO, além de apresen-tarem uma previsão das mudanças que estão por vir.

O segundo dia de conferência terminou após uma mesa redonda de debates, e depois de um peque-no lanche, os participantes volta-ram para suas casas.

Em resumo: neste ano, mais uma vez, os participantes tiraram proveito de uma grande bagagem de informações, puderam estabele-cer novos contatos pessoais, trocar experiências, além de discutir e es-clarecer questões profissionais por meio de valiosos debates. Não é de se admirar que todos já aguardam com alegria a próxima conferência de gerentes financeiros e de con-trolling, em 2015.

Jens Indrachowicz

Inovação azul como o açoBochumer Verein Verkehrstechnik · Nova linha de rodas: presença de um público internacional animado no Dia do Cliente.

A Bochumer Verein Verkehrstech-nik (BVV) apresentou no fim de

junho as mudanças nas condições de fabricação de suas moldagens a quente. O motivo oficial foi um convite para o Dia do Cliente.

Compareceram cerca de 50 re-presentantes dos mais importantes clientes nacionais e internacionais do ramo de consultoria tecnoló-gica, de empresas de transporte urbano e do setor ferroviário, todos compradores de peças brutas la-minadas e de sistemas de rodeiros, de Bochum. Eram clientes vindos da Escandinávia, Holanda, França, Suíça, Áustria, África do Sul, entre outros.

Desde a primavera, já tinham sido concluídos grandes investi-mentos de mais de 17 milhões de euros. No verão de 2013, já haviam sido instalados os equipamentos, em parte, pelos próprios funcioná-rios, ou por empresas externas.

Desde então, a BVV dispõe de um impecável processo de lami-nação para rodas ferroviárias e de uma máquina de rebordar chapas com dispositivo de perfuração

para furos em cubos de roda. Os processos de moldagem a quente, dispostos atrás da prensa de 8.000 toneladas, foram otimizados não só em termos de qualidade, mas também, quantitativamente.

Com os novos equipamentos, é possível produzir, anualmente, até 200 mil rodas pretas e corpos de roda para o mercado nacional e in-ternacional. Como de costume, os funcionários da BVV se lançaram ao projeto de forma sistemática e estratégica. Desta forma, a nova linha de produção foi montada, enquanto a produção transcorria

na linha antiga dos anos 50, que foi modernizada nos anos 70. Essa linha antiga será desmontada por volta do final do ano. Com isto, será concluída com grande sucesso a renovação da moldagem a quen-te, iniciada entre os anos de 2007 e 2010. Com esse investimento, a BVV reafirma sua posição de lide-rança como fornecedora de rodas ferroviárias, contribuindo para a manutenção de um futuro seguro para a empresa.

As mudanças foram reconhe-cidamente comentadas por todos os visitantes ao longo dos tours

pela empresa, enquanto passavam pela produção com moldagem a quente, tratamento térmico e pela produção mecânica. De fato, logo perceberam a transformação, até mesmo por causa da “tinta fresca” da nova linha de produção. Muita coisa por lá ainda tem o brilho do azul do aço. Mas em breve, as co-res terão que pagar um preço pela transformação do aço quente em rodas brutas, desbotando-se grada-tivamente pela ação das crostas e da poeira.

Mas o Dia do Cliente não foi preenchido só com os passeios pela empresa. Antes disso, houve diver-sas palestras explicando, até mes-mo para os “leigos”, os processos de fabricação de rodas ferroviárias.

Os temas foram, por exemplo, a moldagem da matéria de base car-regada, usada na roda monobloco com tensão homogeneizada, o de-senvolvimento das rodas com sus-pensão de borracha para o trânsito urbano, ou as mais novas criações da BVV para atender ao constante aumento de exigências de conforto por parte dos clientes. Isto também vale para o novo rodeiro de 25 to-neladas do tipo RI 027, que oferece aos operadores e ajustadores priori-dades no uso.

Se vão querer promover mais uma vez o Dia do Cliente? Pediram e foi aprovado.

em

Inauguração do evento pelo diretor da BVV Norbert Klein Foto: em

Page 14: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française ......................... 18

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 18

Aplausos. Na forjaria Gröditz havia cinco aprendizes que conseguiram concluir suas provas finais antes do prazo. Todos os cin-co examinados foram diretamente efetivados pela empresa Schmie-dewerke Gröditz e já estão trabalhando como mão de obra especiali-zada nos respectivos departamentos. Pela primeira vez a redação das páginas de aprendizes fez um documentário sobre as provas de dois aprendizes, Jacob Nahr e Phillipp Wolf, ambos os estudantes nota 10, formandos em técnico de conformação mecânica. Infelizmente não há fotos da aprendiz Eva Henschel, quem também foi aprovada antes do prazo (prova em técnica de laboratório). Como ela também alcançou, assim como Jacob e Philipp, um resultado de prova acima da margem de 92 pontos, então nota 10, ela deve estar presente na comemoração em homenagem aos Melhores acontecendo no outo-no na Câmara de Indústria e Comércio (IHK) de Dresden. As fotos foram tiradas no dia da prova (31. de julho) no trem de laminação dentro da forjaria de Schmiedewerke Gröditz.

Phillipp Wolf operando o sistema de controle sequencial na prensa de calibração, seguindo as instruções do exami-nador Sr. Paul da IHK de ESF Riesa

Jacob Nahr durante a medição de controle manual com auxilio de compasse num eixo de compen-sação bruto.

No dia da prova: um documentário fotográficoForjaria de Gröditz

Jacob Nahr na preparação de uma medição de controle na prensa 27- MN. O examinador externo do centro profissionali-zante da IHK em Riesa está ava-liando a precisão do manuseio.

Page 15: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française ......................... 19

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 19

Examinadores e Formados (da esquerda para a direita): instrutor Andreas Donat, Jacob Nahr e Phillip Wolf (ambos técnicos em conformação mecânica ), Eva Hens-chel (Técnica de Laboratório) Eric Reiner e Marcel Naumann (ambos construtor de forno e chaminé) e Victoria Apitz (Forma-ção profissional e pós-profissional).

Abaixo: Jacob Nahr ao programar a máquina de oxicorte controlada por computador na forjaria. Ele demonstra ao auditor externo Sr. Wagner da IHK de TGA Freital o procedimento.

À esquerda: Philipp Wolff no trem de laminação na prensa de estampagem. Ele está comen-tando a criação da imagem de marcação seguindo as especifi-cações tecnológicas. Examina-dor Sr. Paul esta ouvindo com atenção.

No dia da prova: um documentário fotográficoForjaria de Gröditz

Page 16: Fotos: John Zajaczek Troca de bitola · PDF fileTroca de bitola embutida ... que as lideranças do nosso grupo são mais requisitadas, e em todos os níveis. ... GMHtte por conta de

glück auf · 1/2011 · Extraits en langue française ......................... 20

· glück auf · 3/2014 (Edição em português) ................ 20

C O L U N i S TA C O N V i D A D O : ROBeRT HART ING

Uma máquina de luta na menteOu: a arte de reunir todas suas forças para um projeto.

O que diferencia o bom atleta de um atleta muito bom? Qual é, por exemplo, a diferen-

ça entre um campeão europeu e um campeão olímpico? Uma coisa é certa: quem quiser ser campeão olímpico precisa de muitas qualidades. E uma delas é o foco, que hoje analisaremos mais detalhadamente.

Os chefes preferem os funcionários focados. Eles querem confiar em seus homens e em suas mulheres. Mas será que, com tudo o que ouvi-mos à nossa volta, queremos focar em nosso tra-balho? Todos os dias?

Vou dizer uma coisa para você: Não dá mes-mo. Claro, você é competente no trabalho, tem experiência e um nível altíssimo de resiliência. Mas encontrar o foco e prendê-lo exige uma grande energia mental – e muita coragem.

Por que coragem? Quando você foca em al-guma coisa, você constrói na mente um túnel de desempenho. Você sabe que num túnel você não pode virar para a direita, nem para a esquerda. Você está no foco, e isso quer dizer: só tem você, seu dever e seu objetivo. 

Na sua vida privada, isso significa: você tem que deixar tudo de lado. Você tem que fazer concessões, afinal, trata-se de um projeto impor-tante. Tudo tem que ficar para depois: encontrar os amigos, ir ao cinema, fazer um churrasco no terraço. E essa decisão exige coragem. Eu, pesso-almente, sinto alegria em criar e unir minhas for-ças, sentir todas minhas capacidades e desfrutar de toda a emoção do desempenho. Você vai ver, vai ser divertido para você também. Na verdade,

seu dever não vai ser facilitado com isso, mas vai se tornar mais simples. Em minha modalidade esportiva, o arremesso de discos, isso acontece todos os anos, exatamente seis semanas antes do clímax do meu ano esportivo. Isso é tudo que importa. Felizmente, é justamente nesse período que minha força se destaca. Pois focar é minha força. Eu fico várias vezes sentado num canto, ando a pé por al- guns minutos, aproveito as manhãs e o silêncio. Eu relaxo e difi-cilmente me envolvo com as coisas do dia a

dia. Minha namorada e minha família entendem muito bem. Eles sabem que a medalha de ouro é muito importante para mim. 

Eu deixo todas as outras coisas de lado. Elas não cabem no túnel, elas me prendem e me desviam do caminho – e eu só quero seguir em frente. Essas coisas podem esperar.

Quando você está concentrado num trabalho, com certeza, você não quer ser incomodado por ninguém. E ser outra pessoa também exige muita coragem. Uma pessoa com uma determinação infinita e com energia. Que se concentra em de-terminadas forças de sua personalidade. É uma máquina de luta na mente que só conhece um dever e um objetivo.

(Até sinto arrepios. Mas se você aprendeu uma vez a se focar e conseguiu, num estado mental extraordinário, aplicar suas capacidades num projeto, então, você sabe de qual sentimento e emoção estou falando.)

E depois? Volte à realidade, abra-se para a sua vida diária e – importante! Deixe seus recursos mentais descansarem. Pois quando acontecer de novo, automaticamente, você vai querer medir

seu desempenho. Dê tempo a você mesmo e não fique tenso.

O que você alcançou uma vez, você dá conta de novo.

Foto

: priv

ado

Você sabia?

Em nosso último jogo de adi-vinhação, nosso leitor estava com a glückauf diante do mo-numento de Goethe e Schiller que fica em frente ao Teatro Nacional Alemão, em Weimar. Entre as respostas enviadas (obrigado por participar), Klaudia Beck (da Stahlwerk Bous) foi a sorteada. (Sem contestação judicial.) Meus parabéns!

Adivinhe!Onde é que Claudia Thiele, esposa de Matthias Krych (RRO), foi fotografada com um exemplar da glückauf ? Qual é o nome da cidade? Bem, vamos ser-vir para você um puro vinho do Reno enquanto você procura: mas a bebida preferida dos habitantes dessa cidade é a cerveja, que não tem o gosto do nome que leva. E nos shows da banda mais conhecida da cidade acontece de tudo, menos falta de animação. Envie a resposta certa para [email protected], ou, num cartão postal, para Matthias Krych, Rohstoff Recycling Osnabrück GmbH, Rheinstraße 90, 49090 Osnabrück. O prazo final é 1° de novembro de 2014. No caso de várias respostas corretas, haverá sorteio. O vencedor ganhará um vale-compras da loja de fãs da GMH.

e onde está a sua foto? Gostaria de também enviar um desafio? Tire uma foto com o glückauf em primeiro pla-no. No fundo da imagem, deve haver paisagem suficiente com as caracterís-ticas detalhadas para adivinhar onde a foto foi tirada. Envie sua foto para [email protected]

expediente

editor:Ge orgs ma ri en hüt te Hol ding GmbHNeue Hüt ten stra ße 149124 Ge orgs ma ri en hüt tewww.gmh-hol ding.de

Responsável de acordo com a Lei de Imprensa:Iris-Kath rin Wil ckens

Tradução: D-LANG SOLUÇÕES LINGUÍSTICASJaú-SP-Brasil

Projeto Gráfico: elemente designagentur, Münster

Foto: mk

glück auf na estrada