“Fotografia é Uma Língua Estrangeira Que Todo Mundo Acha Que Sabe Falar” _ Cultura _ EL PAÍS...

7/26/2019 Fotografia Uma Lngua Estrangeira Que Todo Mundo Acha Que Sabe Falar _ Cultura _ EL PAS Brasil

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MAIS INFORMAES

A fotografia como arma de

resistncia indgena no Peru

As mulheres sensuais de

Korda

Este o resultado de fazer

um selfie por dia durante 16

anos

Uma musa do Flickr do

incio do sculo XX

As fotos ganhadoras do

Pulitzer

Histria da foto de farol mais

famosa do mundo

A fotografiaconquistou seu

lugar definitivo no mapa das

artes, e o Brasil, seu espao no mapa mundial da fotografia. o que defende a 9aedio da SP

Arte Foto(17 a 23 de agosto), a maior feira de foto da Amrica Latina, voltada difuso da

produo brasileira e internacional junto ao pblico. Com uma seleo de 31 expositores de cinco

estados do pas, incluindo galerias, editoras e livrarias, o evento trouxe a So Paulo uma das

maiores especialistas no assunto: a curadora Sarah Meister, da equipe de fotografia do MoMA de

Nova York que tantos parmetros dita no mundo sobre arte moderna.

H 18 anos integrando o time curatorial do MoMA, Sarahvemse aproximando doBrasil e do resto

da Amrica Latina com a misso de captar os maiores talentos regionais da fotografia. J esteve

em So Paulo e no Rio de Janeiro algumas vezes para visitar as Bienais de Arte e, a partir de

viagens cada vez mais frequentes, est construindo relaes e um mapa mental prprio das artes

locais. Assim, entre uma viagem e outra, cresce a lista de artistas brasileiros do museu, que j

conta um time de primeira: Thomaz Farkas, Gaspar Gasparian, Rosngela Renn, Vik Muniz,

Claudia Andujar, Mrio Cravo Neto, Sebastio Salgadoe Alair Gomes, entre outros.

A curadora, mesmo rodeada de grandes nomes da fotografia

artstica, no torce o nariz para oboomfotogrficoque nos rodeia

nos dias atuais e inclusive se declara entusiasta das selfies

desde que eram feitas com cmera analgica. Defensora das

mulheres, que na fotografia se expressam comoem nenhum

outro meio artstico, sabe bem que seu trabalho diferenciar o

que merece ir para a parede e o que no: Faz total diferena estar

diante de uma fotografia emoldurada do que s v-la atravs de

uma tela. Por isso, essencial que os museus existam e as

colecionem, para que as pessoas sejam transformadas por elas

ainda que isso soe ingnuo.

Pergunta.Como ser curadora de fotografia em um dos museus

mais cobiados do mundo por tanto tempo?

Resposta.Nem em um milho de anos achei que eu ainda

estaria no MoMA, 18 anos depois de entrar l. Mas meu trabalho

continua mudando e me desafiando. Qualquer lugar em quevoc

tem a oportunidade de aprender tanto e expandir o que acha que

sabe sobre a histria da fotografia ou qualquer outra coisa um emprego de sorte. medida que

voc se desenvolve como curador, vai ganhando certa independncia, o que maravilhoso. Tive a

chance de organizar alguns projetos sozinha e outros em parceria com meus colegas, e todos foramenriquecedores. Uma caracterstica forte da equipe do MoMA no fazer as coisas pela metade.

Voc d tudo de si, faz a lio de casa e determina um patamar a ser alcanado com cada ideia,

que seja compreensvel e ao mesmo tempo inspirador para o pblico.

Meister, curadora de Fotografia do MoMA. / 99YS.COM / REPRODUO
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/17/cultura/1437144404_660328.htmlhttp://brasil.elpais.com/tag/moma_museo_arte_moderno_nueva_york/a/http://www.sp-arte.com/foto/http://www.sp-arte.com/foto/http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/07/elviajero/1428415454_964369.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/21/album/1429627341_379648.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/29/album/1430306106_746580.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/22/estilo/1432297104_408934.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/22/estilo/1432297104_408934.htmlhttp://brasil.elpais.com/tag/autofoto/a/http://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/17/cultura/1437144404_660328.htmlhttp://brasil.elpais.com/tag/sebastiao_salgado/a/https://instagram.com/theMoMAmeister/http://www.sp-arte.com/foto/http://www.sp-arte.com/foto/http://brasil.elpais.com/tag/fotografia/a/http://brasil.elpais.com/tag/autofoto/a/http://brasil.elpais.com/tag/sebastiao_salgado/a/https://instagram.com/theMoMAmeister/http://brasil.elpais.com/tag/moma_museo_arte_moderno_nueva_york/a/http://www.sp-arte.com/foto/http://brasil.elpais.com/tag/fotografia/a/http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/07/elviajero/1428415454_964369.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/21/album/1429627341_379648.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/29/album/1430306106_746580.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/22/estilo/1432297104_408934.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/01/cultura/1433177211_796275.htmlhttp://brasil.elpais.com/brasil/2015/07/17/cultura/1437144404_660328.html


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a arte

K Iguatemi. / CAMILA MORAES

e, a maior feira de arte da Amrica

a pela ex-advogada carioca

a, a SP Arte Fotose tornou o

rtstico da fotografiabrasileira.

de 31 expositores de cinco estados

recm-finalizada nona edio, oonhecer a fotografia como base da

ca contempornea e, com isso, vem

andes fotgrafos nacionais, do

esente.

ir, em um nico espao, fotgrafos,

lico final, num jogo que trata de

cios, formao e networking.

da Feitosa, ainda que tenha umjovem, que existe na prtica dos

, o Brasil est no mapa mundial do

includa. Alm de colocar seu

P.A fotografia mudou nesses anos incrivelmente. H uma marca em especial que o museu deseja

imprimir nessa rea?

R.Acho que no existe uma s coisa que o MoMA queria fazer.

Mas eu diria que, na grande exposio de fotografia que

produzimos para retratar novas conquistas na arte fotogrfica,

incluindo nomes novos e antigos, domsticos ou internacionais,

um dos objetivos do curador-chefe do museu, Quentin Bajac, tem

sido dar mais espao aos artistas. Tanto que essa exposio, que

era anual, agora acontece a cada dois anos. Com isso, queremos

estar altura dessas em mudanas na fotografia. No possvel

captar em pouco tempo as novidades, essas novas fronteiras. H

tanta prtica contempornea que precisa de calma para ser

compreendida... Por isso, Bajac reconhece que temos que dar aartistas que trabalham com fotografia, reconhecendo-se como

fotgrafos ou no, esse espao.

P.Voc esteve na SP Arte Foto deste ano para falar sobre Brasil e

Amrica Latina no panorama da fotografia mundial. Que retrato

voc faz da regio nesse contexto?

R.Uma das coisas que conversamos na feira o que o MoMA tem

feito com artistas brasileiros e latino-americanos ainda que, por

mais orgulhosa que esteja do que j fizemos, eu tenha total cincia

de que h muito por fazer. Como museu, algo que nos diferencia

querer realmente ampliar o dilogo que j existe e apoiar

continuamente essa produo, coisa que fazemos com um

investimento que nossos apoiadores reconhecem como essencial

para ser uma instituio global. Dessa maneira, no camos no

erro de olhar para uma obra de arte latino-americana e dizer algo

como ah, isso parece algo feito em Nova York h 20 anos.

Queremos entender as motivaes e os fatores particulares que

fazem com que cada trabalho seja do jeito que . Julg-lo em seus

prprios termos.

P.Em termos de estilo, possvel falar em fotografia latino-

americana?

R.Quanto mais estudo a regio, mais concluo que esse termo nofaz nenhum sentido. Inclusive no presente, em que os voos entre

as capitais da Amrica Latina so abundantes e mais baratos do

que eram no passado e a informao circula. Estou chocada como
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/27/album/1440684108_587938.html#1440684108_587938_1440684185http://brasil.elpais.com/tag/fotografia/a/http://www.sp-arte.com/foto/http://www.sp-arte.com/


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eia, Fernanda acredita que o

em contribudo para isso, ao lado

omunicabilidade graas

rodo em que o Brasil est saindo

is de anos em que a situao era

sta, ela, que tambm responde

a feira, diz que usa sensibilidade

abalhos que julga mais relevantes.

or suas respectivas galerias, foram

ma edio os brasileiros Christian

Mascaro, Alair Gomes, Leonora de

rges, Hctor Zamorra, Germn

utros expoentes nacionais.

me a crise econmica j instalada

ta no potencial de So Paulo como a

ericana do mercado de arte.

sformar a cidade pela arte, assim

como outras capitais, como Miami

irma. Para alcanar seu objetivo,

contar com medidas favorveis ao

a queda de barreiras

mais do que com um novo frenesi

bre o Brasil. At porque ele no se

o menos no em um futuro

a modernidade se constri discretamente, em cada pas, sua

maneira, respondendo s suas prprias circunstncias

geogrficas, polticas, histricas e artsticas mesmo em tempos

de forte globalizao. Temos nos esforado para viajar para

descobrir o que faz da arte de cada lugar to especfica. Como no

caso do Chile, por exemplo, em que as diferentes manifestaes

artsticas so to ligadas literatura, como poucos lugares no

mundo. Para entender isso, conversamos no s com os artistas,

mas com escritores, curadores etc. Da mesma maneira, no gosto

de falar defotografia nova-iorquina. Prefiro falar em fotografia

feita em Nova York, porque uma maneira de celebrar a

diversidade do assunto.

P.Mas possvel falar em uma qualidade patente, a seu ver, j

que o nmero de fotgrafos latino-americanos que fazem partedos acervos do MoMA est crescendo?

R.Sem dvida. E espero que continue crescendo. Temos uma

iniciativa de pesquisa no museu chamada CMIP, que tornou

possvel para ns criar um fluxo talentos internacionais em todas

as reas, no somente fotografia. Temos uma tradio maior em

artes plsticas latino-americanas, mas queremos que tudo

converse e represente a regio de uma maneira mais ampla, almde construir uma rede. O MoMA uma das raras instituies que

apoia a ideia pura de pesquisa, no pensando somente em

pesquisar material para a prxima exposio. Graas a isso, hoje

posso dizer que tenho amigos de fato aqui em So Paulo, com

quem converso sempre e troco ideias.

P.O que voc opina sobre o fato de que hoje todo mundo fotgrafo?

R.[Risos] Fao minha a frase de um fotgrafo norte-americano chamado Philip-Lorca diCorcia,

que disse: Fotografia uma lngua estrangeira que todo mundo acha que sabe falar.

P.Isso no soa muito tolerante.

R.Acho que voc tem razo [risos]. Em certo nvel, todo mundo fotgrafo e, ainda assim, se voc

realmente acredita no potencial do meio, no h uma relao de um para um entre o que uma foto

retrata e o que ela significa. Esse entendimento da diferena entre o tema de uma foto e a inteno

artstica por trs dela que pode ter a ver com o tema ou no muda um pouco as coisas. Umafoto do meu cachorro no meu celular opera em um nvel diferente do que fazem fotgrafos com

intenes artsticas srias, expressando-se atravs da fotografia. Dito isso, vivemos um timo

momento na fotografia, porque todos tiram fotos, e o tema est em voga. O bom que as pessoas


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No acho que

as selfiessejam um mal em

si. Meu marido brinca

comigo dizendo quetiroselfies desde que ele me

conhece"

tambm andam interessadas na materialidade da imagem, em sua apresentao, em suas

caractersticas fsicas. Isso, a meu ver, est relacionado com a enxurrada de imagens que vem s

nossas telas nos dias de hoje e que so materiais. Outra coisa que noto um interesse dos jovens na

histria da fotografia, em sua espinha terica. Tudo isso me d uma grande esperana para o

futuro, porque acredito na relevncia da fotografia tambm como objeto esttico. Faz total

diferena estar diante de uma fotografia emoldurada do que s v-la atravs de uma tela. Por isso,

essencial que os museus existam e as colecionem, para que as pessoas sejam transformadas por

elas ainda que isso soe ingnuo.

P.E as selfies? Incomodam voc?

R.H pessoas que fazem timasselfies! No vou negar, ainda que

no seja uma delas. Fico feliz com qualquer coisa que ajude as

pessoas a se interessar pelo mundo ao seu redor. O que me

desanima quando algum nem olha para o lugar onde est e, emlugar disso, caminha com um celular voltado para si para fazer

uma foto. Vivi isso no Mxico no ano passado: duas meninas

caminhando pelas runas astecas fazendo foto de si mesmas e nem

a para as runas! uma pena. substituir o real interesse nas

coisas. Mas no tem que ser assim. No acho que as selfiessejam um mal em si. Meu marido brinca

comigo dizendo que tiro selfiesdesde que ele me conhece, desde a velha cmera analgica. Na

minha vida pessoal, a fotografia uma maneira de recordar.

P.Voltando fotografia profissional, voc adquiriu recentemente fotos doAlair Gomes, um dos

destaques desta SP Arte Foto, para o MoMA. O que atrai voc no trabalho desse fotgrafo

fluminense cujo trabalho, nos anos 70 e 80, continha grande carga ertica?

R.A primeira vez que eu lembro de ter sido tocada por um entusiasmo generalizado com as fotos

dele foi na Bienal de So Paulo, em 2012. Lembro de ter conversado com um colega meu sobre ele,

e a ambos seu trabalho pareceu incrvel. As impresses antigas dele so bem difceis de encontrar.

Localizamos um colecionador de suas fotos no Rio de Janeiro, e fui l conversar com ele.

Escolhemos uma, que era a que mais queramos adquirir para o museu, e ele gentilmente nos

ofereceu uma segunda. O Alair um exemplo entre os brasileiros no MoMA, e esperamos ter muito

mais.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alair_Gomes


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Voc no precisa de

Sonatina, dcada de 70. Gelatina e prata sobre papel. /ALAIR GO MES (GALERIA BERGAMIN & GOMIDE)

P.O fotojornalismo brasileiro tem fama de ser inovador. Voc teve a oportunidade de conhecer

trabalhos nessa rea?

R.No. Conheo pessoas como Germn Lorca, que era fotojornalista e tambm tinha um trabalho

autoral. Estou comeando a entender como as duas coisas se relacionam, e sei que essas

separaes entre o que arte e o que no nem sempre se justificam. Estou mais familiarizada com

o que se convencionou chamar de fotografia artstica pensada desde o comeo com a inteno de

ser arte , mas as intenes do MoMA vo muito alm disso. Vejo as fotos do Marc Ferrez e penso

para mim mesma: Esse o Eugne Atgetdo Brasil. E ele fazia fotos comerciais, muito boas por

sinal, porm com essa ambio profissional. Acho que voc pode ser um fotojornalista e fazer boas

fotos que encaixam em um museu.

P.Por causa da presena da cmera, a fotografia uma arte que pode trazer surpresas, no?

R.Qualquer um pode chegar a fazer ao menos uma boa foto. No MoMA, tendemos a no

colecionar o trabalho de artistas no incio de carreira, tratando de observar primeiro aonde elesvo, se o que fazem parte de uma viso ou ambio mais ampla ou o que torna a contribuio

deles nica. um desafio. Acabo de ver o livro de fotos de um pintor, cujos cliques no Instagram

so maravilhosos. Vejo como uma explorao pessoal, privada. preciso estar num museu? No

sei. Mas isso no significa, nem de longe, que no tenha valor.

P.O que voc opina sobre a presena de mulheres na fotografia, em relao a outras formas de

arte, como a literatura em que h mais autores publicados do que autoras?

R.Na minha opinio, a fotografia o meio artstico feminino por

excelncia. Fizemos uma mostra em 2010 no MoMA

chamadaPictures by Women A history of modern
http://www.moma.org/visit/calendar/exhibitions/1041https://pt.wikipedia.org/wiki/Eug%C3%A8ne_Atgethttp://www.moma.org/visit/calendar/exhibitions/1041


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homens para compor um

vis histrico da fotografia.

No h outra arte capaz

contar sua prpria histria

exclusivamente pelo

trabalho de artistasmulheres. S a fotografia"

photography[Fotografias feitas por mulheres Uma histria da

fotografia moderna]. Nela, percebi que no h outra arte capaz

contar sua prpria histria exclusivamente pelo trabalho de

artistas mulheres. Voc no conta uma histria da literatura s

com obras de autoras, infelizmente. Isso no significa que no

haja timos fotgrafos homens. Mas voc no precisa deles para

compor um vis histrico. Acho que isso se deve a que as mulheres

puderam ser fotgrafas, porque isso no era visto como algo que ia

contra a funo femininana sociedade. At certo nvel, voc quer

ser cego em relao ao gnero de quem faz arte, porque voc quer se ater obra. Por outro lado,

fico animada quando vejo uma bela fotografia e descubro que o autor uma mulher que ainda por

cima tem um trabalho incrvel. Como curadora, toda chance que eu tenho de valorizar o trabalho

de uma fotgrafa, eu abrao.

P.Voc fotgrafa, alm de curadora?

R.Eu era fotgrafa, at aprender o suficiente sobre fotografia para deixar de ser. Entendi a

diferena entre o que fazia e o que artistas de verdade fazem. Trabalhar num lugar como o MoMA

uma experincia de humildade. Voc vive rodeado de obras de arte que inspiram as pessoas.

Fao meu trabalho, que prestar ateno nisso.
http://www.moma.org/visit/calendar/exhibitions/1041

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