Fotogeologia III

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AULA III FOTOGEOLOG IA

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FOTOGEOLOGIA III

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  • AULA IIIFOTOGEOLOGIA

  • RELEVO Quando se faz foto-interpretao, nunca demais lembrar que a integrao das diversas feies e propriedades, quando analisadas em conjunto, fornece informaes sobre as diferenas litolgicas e as feies estruturais existentes.INTRODUO

  • O clima tem grande influncia na maneira como as rochas aparecem nas fotografias areas. Em climas ridos e semi-ridos a foto-interpretao em qualquer tipo de rocha, muito facilitada, tendo em vista que os menores contrastes existentes so ressaltados em funo da ausncia do manto de intemperismo e, conseqentemente, da vegetao (o uso dacobertura vegetal como propriedade foto-interpretativa no comum, porm, em determinados casos, ela pode ser utilizada para determinar diferentes tipos litolgicos).

  • O relevo o resultado da resistncia eroso de determinado tipo de rocha frente ao intemperismo, portanto, o relevo depender da composio e estrutura da rocha e dos fatores climticos atuantes. Uma mesma litologia poder formar diferentes tipos de relevos, dependendo da composio da (s) rocha (s) encaixante (s).

  • Exemplo: uma rocha calcria em clima seco forma feies positivas, ao passo que em clima mido sua morfologia ondulada e, normalmente, apresenta feies crsticas como dolinas e sumidouros.

  • A resistncia das litologias frente eroso depender, portanto, da composiomineralgica, granulometria, compactao e estrutura (macia, foliada, estratificada, etc) das mesmas. Esses fatores influenciam tanto o intemperismo qumico, como a eroso mecnica, predominando um ou outro se o clima mais mido ou seco.

  • SISTEMTICA A sistemtica da anlise do relevo consiste no traado das lineaes, dos alinhamentos e das principais quebras, na verificao das assimetrias e na delimitao e classificao das zonas homlogas.

  • As lineaes positivas so estruturas retilneas ou levemente encurvadas, contidas em um nico plano, que se salientam positivamente no terreno (cor marrom).LINEAES As lineaes negativas so estruturas retilneas ou levemente encurvadas, contidas em um nico plano, que formam sulcos ou ranhuras no terreno.

  • As lineaes negativas em feixe (cor azul) so as que mostram um arranjo tanto longitudinal quanto paralelo, em faixas definidas e, via de regra, so paralelas s lineaes positivas. As lineaes em srie (cor vermelha) mostram um arranjo mais paralelo do que longitudinal, normalmente so mais espaadas do que as anteriores e tambm as cortam nas mais diversas direes.

  • As quebras topogrficas diferenciam-se das lineaes devido as suas sinuosidades e maior extenso longitudinal. As quebras negativas so as rupturas de declive cncavas e as quebras positivas so as rupturas de declive convexas. Desenvolvem-se por resistncia diferencial eroso e ou intemperismo (diferentes propriedades fsicas e qumicas).QUEBRAS TOPOGRFICAS

  • As quebras negativas representam o limite entre as camadas mais e menos resistentes eroso e so chamadas de contatos foto-litolgicos. Seu valor e significado geolgico tanto maior quanto mais contnua for e tambm quanto maior for o seu paralelismo com uma quebra positiva. As quebras positivas representam nveis de maior resistncia eroso dentro de uma mesma unidade foto-litolgica e prestam-se mais a estudos estruturais.

  • As quebras existentes no terreno podem ser agudas ( linha de ruptura definida) ou suaves (zona de ruptura ).

  • Os alinhamentos so estruturas retilneas ou levemente encurvadas que se salientam positivamente, sob a forma de cristas (cor marrom), ou negativas, sob a forma de vales (cor azul feixe ou cor vermelha srie).ALINHAMENTOS Os alinhamentos, como as quebras topogrficas, so marcadas com trao contnuo, interrompido ou pontilhado, quando bem, moderadamente ou mal definidos.

  • As zonas homlogas de relevo so agrupamentos de elementos texturais e estruturais com propriedades semelhantes e so separadas por limites definidos, progressivos ou envoltrios.ZONAS HOMLOGAS Para auxiliar na definio de uma zona homloga observam-se os diferentes elementos extrados da imagem atravs da foto-anlise de relevo, tais como lineaes, alinhamentos, quebras topogrficas, forma das encostas, densidade, tropia, textura.

  • Outra propriedade, muitas vezes de difcil caracterizao e que pode auxiliar na separao das zonas homlogas, a tonalidade. Nas fotografias areas, a tonalidade pode variar do branco at o cinza escuro, quase preto. Essa diferena conseqncia de diversos fatores, entre os quais, a composio mineralgica e a quantidade de gua presente nas rochas.

  • Minerais como o quartzo e o feldspato, refletem mais a luz incidente, enquanto que outros minerais, como o anfiblios e o piroxnio, tem comportamento oposto. As rochas que absorvem ou retm mais a gua em seu interior, geralmente so mais escuras, enquanto que as rochas mais porosas tendem a ter tons mais claros.

  • As zonas homlogas podem ser classificadas segundo a densidade, tipo ou forma das encostas e tropia. Essa classificao, conforme o predomnio de uma ou outra propriedade, levar as letras A (alta), M (moderada), B (baixa) e N (nula). Apesar das lineaes em srie poder auxiliar na separao das zonas homlogas, elas no sero classificadas na anlise do relevo.- CLASSIFICAO DAS ZONAS HOMLOGAS

  • a. densidade de relevo: a avaliao da quantidade de micro feies de relevo por unidade de rea. A densidade constitui um parmetro de elevada resoluo na definio de zonas homlogas de relevo.

  • b. Forma das encostas: constitui uma propriedade de relevo bastante til, embora muitas vezes de difcil caracterizao. As formas das encostas foram classificadas pelo tipo de perfil e desnvel dominantes apresentada pela zona homloga.

  • c. tropia: a propriedade dos elementos estruturais ordenarem-se segundo uma tendncia ou direo. Uma zona da imagem possui tropia alta quando existir lineaes positivas e negativas (em feixe) com propores semelhantes e em grande quantidade. Uma tropia considerada como moderada quando houver um predomnio das lineaes negativas em feixe sobre as positivas, baixa quando essas lineaes forem poucas e nula, quando no existirem.

  • No trabalho de foto-interpretao deve-se ter em mente que quanto maior o grau ou intensidade de uma determinada estruturao, maior a possibilidade da mesma no ser casual.- FOTO-INTERPRETAO

  • a. as lineaes positivas representam traos de acamamento, corpos litolgicos ou diques resistentes, fraturas preenchidas.- LINEAESb. as lineaes negativas, quando paralelas s positivas e aos limites de zonas homlogas, representam traos de acamamento, algumas vezes pode representar uma foliao.

  • c. as lineaes negativas, parcialmente oblquas s positivas e aos limites das zonashomlogas representam traos de foliao ou fratura.d. as lineaes transversais s positivas e aos limites das zonas homlogas representam traos de fratura, pequenos diques menos resistentes encaixante, entre outras.

  • a. as quebras topogrficas positivas so traos de corpos mais resistentes.- QUEBRASb. as quebras topogrficas negativas so traos de corpos menos resistentes, contatos litolgicos, falhas (cavalgamento).

  • a. os alinhamentos positivos so traos de corpos mais resistentes, falhas preenchidas, diques.- ALINHAMENTOSb. os alinhamentos negativos representam corpos menos resistentes, falhas, contatos litolgicos, fraturas.

  • As zonas homlogas podem estar truncadas e deslocadas por traos transversais ou oblquos aos seus limites, o que pode representaria uma falha. O sentido do movimento aparente dado pelo prprio deslocamento dos limites da zona homloga ou pela flexo ou dragueamento desses limites ou dos traos de lineaes neles contidos.- ZONAS HOMLOGAS

  • As lineaes de relevo, para serem interpretadas como trao de foliao, devero apresentar uma ou mais das seguintes propriedades:-TRAOS DE FOLIAO a. devero ser paralelas umas s outras, pelo fato da foliao resultar de um esforo regional.

  • b. Devero ser numerosas, principalmente porque o nmero de planos de foliao nas rochas pode ser muito grande, portanto, de se esperar que os traos de foliao tambm o sejam. c. Devero ser curtos, devido a semelhana entre os planos de foliao vistos nas rochas (no h propriedade que assegure a continuidade de um trao de foliao qualquer), consequentemente, no podero ser representados por vales e serras contnuas e muito longas.

  • Os traos de fratura normalmente no apresentam um paralelismo marcante, normalmente so multidirecionais (fato este que os distingue dos traos de foliao).-TRAOS DE FRATURA

  • Fotografia de imagem de satlite.