Foto: Sebastião José de...
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COMUNICADO TÉCNICO
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Santo Antônio de Goias, GODezembro, 2018
Flávia Rabelo BarbosaFábio Aurélio Dias MartinsLuciene Fróes Camarano de OliveiraAluísio Goulart SilvaAugusto César de Oliveira Gonzaga
Sistema de Produção Integrada do Feijão-Comum na Região Central Brasileira
ISSN 1678-961X
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Sistema de Produção Integrada do Feijão-Comum na Região Central Brasileira1
1 Flávia Rabelo Barbosa, Engenheira-agrônoma, doutora em Produção Vegetal, pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO. Fábio Aurélio Dias Martins, Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitotecnia, pesquisador da Epamig, Lavras, MG. Luciene Fróes Camarano de Oliveira, Engenheira-agrônoma, mestre em Agronomia, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO. Aluísio Goulart Silva, Zootecnista, doutor em Ciência e Tecnologia Agrária, Ambiental e Alimentar, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO. Augusto César de Oliveira Gonzaga, Engenheiro-agrônomo, mestre em Produção Vegetal, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO.
O setor produtivo do feijoeiro no Brasil tem à disposição diversas tecnologias, como cultivares produtivas e adaptadas a diferentes regiões, manejos adequa-dos do solo, adubação e calagem, manejo integrado de pragas e doenças, dentre outras. Contudo, as tecnologias e produtos são adotados parcialmente pelos produtores, o que muitas vezes não conduz ao resultado final esperado. Diagnósticos realizados em importantes regiões produtoras de feijão no Brasil re-velaram a necessidade da compatibiliza-ção do cultivo do feijão-comum com re-quisitos de ordem econômica, ecológica e social, para que se assegure uma pro-dução agrícola sustentável e competiti-va. Essa demanda pode ser suprida pela utilização das técnicas preconizadas na Produção Integrada (PI). O Projeto de Produção Integrada de Feijão-Comum (PI Feijão-Comum), coordenado pela Embrapa Arroz e Feijão e finalizado em 2010, bem como sua validação no Sul de Minas Gerais entre 2012 e 2015, comprovam que é possível conseguir
produtividades muito semelhantes e, por vezes, superiores ao cultivo convencio-nal, com redução significativa na utili-zação de insumos, racionalização das operações de mecanização e do uso da água de irrigação, reduzindo os custos de produção e elevando a rentabilidade da atividade.
IntroduçãoO feijão-comum (Phaseolus vulga-
ris, L.) é uma das principais culturas produzidas no Brasil e no mundo. Sua importância extrapola o aspecto econô-mico, por sua relevância enquanto fator de segurança alimentar e nutricional em diversos países. É uma das cultu-ras que ocupa posição de destaque no cenário agrícola nacional, sendo culti-vada em diversos sistemas produtivos. Estimativas da Embrapa Arroz e Feijão (2018), na safra de 2017, indicam uma área plantada de 1,69 milhão de hecta-res e uma produção de 2,62 milhões de toneladas. A Região Central-Brasileira é
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responsável por 59% da produção na-cional de feijão-comum.
O feijão é reconhecido como cul-tura de subsistência em pequenas propriedades, muito embora a partir da década de 80, do século XX, tenha havido crescente interesse de grandes produtores, com o advento da irrigação por pivô-central. Observa-se excessivo aporte de insumos na cultura, tais como adubos minerais, fungicidas, insetici-das, herbicidas e agroaditivos, porém nem sempre utilizados de forma racio-nal. Consequentemente, constata-se aumento do custo de produção pelo número excessivo de aplicações, maior exposição dos produtores e/ou aplica-dores aos agrotóxicos, além de maior contaminação dos alimentos e do meio ambiente (Barbosa et al., 2017).
Os avanços tecnológicos obtidos pela pesquisa disponibilizam ao setor produtivo de feijão tecnologias como cultivares produtivas e adaptadas a dife-rentes regiões brasileiras, manejos ade-quados do solo, adubação e calagem, manejo integrado de pragas e doenças, dentre outras (Quintela et al., 2005; Barbosa; Gonzaga, 2012). Contudo, as tecnologias e produtos oriundos desses avanços tecnológicos são adotados de forma parcial pelos produtores, não se obtendo o impacto desejável.
Diagnósticos realizados em importan-tes regiões produtoras no Brasil revelam a necessidade da compatibilização do cultivo do feijão-comum com requisitos de ordem econômica, ecológica e social, expressando a necessidade urgente de
tecnologias que assegurem uma produ-ção agrícola sustentável e competitiva (Barbosa et al., 2009a). Essa demanda pode ser suprida pela utilização das téc-nicas preconizadas na PI.
Baseada nas diretrizes da Organização Internacional para Controle Biológico e Integrado Contra os Animais e Plantas Nocivas (OILB), a PI foi lançada em 1977 por um grupo de en-tomologistas e surgiu para atender à necessidade de se obter um sistema de produção agrícola que pudesse agregar segurança ao produtor e ao consumidor, a sustentabilidade ambiental e social, e ainda a rentabilidade na produção, tor-nando o produtor mais competitivo em um mercado globalizado.
Iniciado no Brasil no final dos anos 90, com a Produção Integrada de Frutas (PIF), esse sistema de produção, novi-dade tecnológica, pode tirar o Brasil da relação dos primeiros colocados entre os países que mais utilizam agrotóxicos. Representa um conjunto de técnicas voltadas à obtenção de produtos de qualidade, especialmente no que se refere a produtos livres de resíduos de agrotóxicos e mínimo impacto ambiental no sistema de produção. A implantação do programa de PI propicia a redução do número de pulverizações de agrotó-xicos, a preservação da biodiversidade e do agroecossistema, a garantia da qua-lidade e a rastreabilidade dos produtos, bem como a garantia de redução dos ris-cos de contaminação do solo, da água, do produto colhido e do próprio homem.
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O êxito conseguido na PIF impulsio-nou o surgimento de outros projetos, nos quais, além de frutas, estão inclu-sos grãos, cereais, olerícolas, flores e também a produção animal. A produção integrada compõe o chamado Sistema Agropecuário de Produção Integrada, política pública do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), constituindo-se em sistema oficial de certificação, com a chancela do governo brasileiro (Hoffmann et al., 2008; Lima et al., 2008).
Produção integradaO Projeto de Produção Integrada
de Feijão-Comum (PI Feijão-Comum), foi coordenado pela Embrapa Arroz e Feijão e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), finalizado em 2010. O PI Feijão-Comum teve como desafio transformar a produção conven-cional (PC) em produção sustentável, rastreável e certificada.
Histórico da implantação e validação da produção integrada do feijão-comum
Resultados obtidos no projeto de produção integrada em Cristalina, GO e Unaí, MG
Na safra 2009/2010 foram instala-das quatro Unidades Demonstrativas (UDs) em Cristalina, GO, e uma em Unaí, MG, municípios que se desta-cam no cenário nacional na produção
de feijão. Foram importantes parceiros na implantação e condução do proje-to: O Mapa, a Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí, a Cooperativa Agrícola Serra dos Cristais, a Cooperativa Agropecuária do Noroeste Mineiro Ltda., a Cooperativa Agrícola de Unaí Ltda. e a Empresa de Planejamento Agrícola e Revenda de Insumos (Brava). O apoio dos produtores rurais foi imprescindível para a condução das cinco UDs em áreas comerciais, onde as tecnologias propostas para a PI de feijão-comum foram comparadas, lado a lado, com a PC. Na PC todos os tratos culturais e manejo da cultura foram realizados pelo produtor, sem que houvesse inter-ferência da equipe de PI.
Em Cristalina, em áreas irrigadas, na terceira época de plantio (maio-ju-nho), foram instaladas quatro UDs (1, 2, 3 e 4) e a UD 5 em Unaí, na época das águas (outubro-novembro). Nas UDs 1 e 3, os pivôs-centrais, com 81 ha e 40 ha, respectivamente, foram conduzidos metade no sistema de PI e metade no de PC. Nas UDs 2 e 4, os pivôs-centrais, respectivamente com 86 ha e 100 ha, foram divididos em quadrantes, sendo três conduzidos no sistema de PC e um no de PI, enquanto na UD 5 haviam 27 ha, em ambos os sistemas.
Foram realizadas análises de fertili-dade do solo, da capacidade de reten-ção de água (nas áreas sob irrigação) e dos danos provocados por perceve-jos e resíduos de agrotóxicos. Foram
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monitorados a lâmina de água a ser aplicada na irrigação, o teor de nitrogê-nio, os insetos-praga e seus inimigos naturais e as doenças. Foram observa-dos ainda, a incidência e as espécies de plantas daninhas.
No sistema de PI a decisão quanto aos herbicidas utilizados foi baseada nas espécies e na quantidade de plan-tas daninhas presentes nas diferentes áreas. As recomendações de calagem e adubação foram definidas de acordo com a análise do solo dos diferentes locais e com as exigências da cultura. As sementes foram tratadas com inse-ticida e fungicida. O espaçamento en-tre linhas de plantio variou de 0,45 m a 0,50 m. Foram semeadas 12 semen-tes/m2, na profundidade de 3 cm, com velocidade da máquina de semeadura de 6 km/h (Paula Júnior et al., 2008; Barbosa et al., 2009b). A adubação nitrogenada foi realizada com base na leitura do clorofilômetro (Silveira et al., 2003). A lâmina de água aplicada na ir-rigação foi determinada pela utilização do irrigâmetro (Silveira et al., 2009).
Insumos (agroaditivos) utilizados na PC, como aminoácidos, noduladores, estimulantes de crescimento e adubos foliares, não foram aplicados na PI. Quando necessário o controle químico, foram empregados somente produtos registrados pelo Mapa (Brasil, 2009) para a cultura do feijoeiro.
O monitoramento de doenças, pragas e seus inimigos naturais foi
realizado semanalmente, conforme metodologia do Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP/MID). Para a decisão do controle de doenças foram avaliados o histórico da área, a presen-ça do patógeno, o estádio fenológico da cultura e as condições climáticas. O controle de pragas foi realizado apenas quando o nível de ação foi atingido (Quintela et al., 2005).
A PI não objetiva o aumento da produtividade e sim a manutenção dos níveis obtidos pela PC, porém de forma segura e com reduzido impacto ao meio ambiente. Contudo, em função das tec-nologias aplicadas e acompanhamento das atividades durante o processo pro-dutivo, a produtividade pode aumentar (Martins, 2016).
Quando comparados os dois siste-mas de produção, observaram-se ex-pressivas reduções no uso de insumos nas UDs 2, 3 e 5. No caso da UD1, o técnico responsável pela área comer-cial optou por seguir o indicado na PI, não havendo assim diferença entre os dois sistemas. Contudo, houve casos em que se utilizou maior quantidade de adubo na PI do que na PC, como acon-teceu na UD2, para o fósforo (+67%) e na UD3, para o nitrogênio (+27,1%) (Tabela 1). Com relação à racionaliza-ção do uso da água de irrigação houve redução de 22% na quantidade aplica-da na PI em relação à PC. Os custos com irrigação variaram de 8% a 12% do custo total de produção (Barbosa et al., 2010).
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Entre o sistema proposto, PI, e o convencional, PC, as produtividades foram semelhantes, exceto na Unidade 4, onde o PI produziu 14,9% mais. As produtividades obtidas nas áreas 1, 2 e 4 foram acima de 3.000 kg/ha, se-melhantes às comumente obtidas na região, pois foram conduzidas sob irriga-ção. A Unidade 3 foi colhida antes que pudesse ser avaliada. As produtividades na Unidade 5, conduzida no regime de sequeiro, também foram semelhantes e condizem com a realidade da região, tendo em vista a ocorrência de verani-cos. Contudo, o custo dos insumos na PI foi 19% inferior ao da PC (Tabela 2).
Tabela 2. Comparação das produtividades nas Unidades Piloto 1, 2, 4 e 5, na Produção Integrada (PI) x Produção Comercial (PC) e dos custos dos insumos por hectare, nas Unidades 4 e 5. Cristalina, GO, e Unaí, MG, 2009/2010.
Unidade piloto
Produtividade (kg/ha)
Custos (R$)
PC PI PC PI1 3.435 3.470 - -2 3.511 3.432 - -4 3.015 3.465 1.411,21 866,435 1.534 1.489 1.281,08 1.037,06
A análise dos danos provocados por percevejos e dos resíduos de agrotó-xicos indicaram não haver diferenças entre os sistemas PC e PI. Os laudos expedidos pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco indicaram a presença de resíduos de fungicidas em ambos os sistemas, contudo, abaixo dos limites máximos de resíduos permitidos pela Anvisa (Barbosa et al., 2010).
A análise econômica da PI de feijão--comum, nas validações realizadas em Cristalina, GO, e Unaí, MG, indica que a PI apresentou um desempenho econômi-co melhor do que a PC, principalmente em razão de seu menor custo operacio-nal de produção (Silva et al., 2012).
Avaliação de sistemas de produção integrada na região Sul de Minas Gerais
O sistema de produção integrada proposto por Barbosa et al. (2009b) foi validado na região Sul de Minas Gerais, entre 2012 e 2015, nos municípios de Lavras, Ijaci e Machado. Baseando-se em planilhas de recomendação, utiliza-das por consultores de revendas de de-fensivos que atuam na região, o sistema de PI foi comparado ao sistema de PC. Avaliaram-se efeitos técnicos e econô-micos de sua adoção, comparativamen-te ao convencional (Martins, 2016).
Nas parcelas da PI a adubação de base foi feita de acordo com a inter-pretação da análise de solo, em função da recomendação oficial para o estado de Minas Gerais (Chagas et al., 1999). Todas as demais ações foram realizadas de acordo com Barbosa et al. (2009b).
Em Lavras o cultivo ocorreu no perí-odo de agosto a novembro de 2013, em área comercial. Em Ijaci, de fevereiro a maio de 2014, na Fazenda Palmital, da Universidade Federal de Lavras. Em Machado, de novembro de 2014 a fevereiro de 2015, no campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais.
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Em Lavras e em Ijaci os ensaios foram conduzidos em condições de se-queiro, com irrigação suplementar. Em Machado o ensaio foi apenas em condi-ções de sequeiro. O ensaio realizado em Machado sofreu com a falta de chuva em estádios fenológicos chaves para a cultura e com o excesso de chuva por ocasião da colheita, o que resultou em produtividade inferior à esperada.
Em Lavras, cada parcela contou com 12 linhas de 10 m de comprimen-to, com espaçamento de 0,60 m entre linhas. Em Ijaci foram utilizadas parcelas com 12 linhas de 7 m de comprimento,
com 0,60 m de espaçamento. Já em Machado, as parcelas tinham 12 linhas de 5 m, com espaçamento entre linhas de 0,50 m.
Quando os dois sistemas foram com-parados, observou-se que na PI houve significativa redução na utilização de insumos e, consequentemente, menor necessidade de atividades mecanizadas. Na PI não foram utilizados fertilizantes foliares e houve redução no número de pulverizações de até 70%. Em Lavras, a redução foi de dez para quatro, em Ijaci de 11 para cinco e em Machado de dez para três pulverizações (Tabela 3).
Tabela 3. Resumo das operações realizadas e insumos utilizados nos sistemas de Produção Conven-cional (PC) e Produção Integrada (PI), nos municípios de Lavras, Ijaci e Machado, em Minas Gerais.
Atividade/insumoLavras Ijaci Machado
PC PI V (%)1 PC PI V (%)1 PC PI V (%)1
Gradagem pesada 0 0 0 0 1 1Gradagem leve 0 0 0 0 1 1Escarificação 0 0 1 1 0 0Pulverização 10 4 -60 11 5 -54,5 10 3 -70Semeadura/adubação 1 1 1 1 1 1Adubação de cobertura 1 1 1 1 1 1Colheita 1 1 1 1 1 1Fertilizantes
NPK 08-28-16 0 0 400 0 -100 400 0 -100Superfosfato triplo 216 158,4 -26,7 0 297,3 0 112Cloreto de potássio 86,4 25,4 -70,6 0 86,2 0 34Ureia 186 98,8 -46,9 186 100,75 -45,8 186 45 -75,8Ácido bórico 11,52 4,32 -62,5 15 0 -100 15 0 -100Fertilizantes foliares
MAP purificado 4 0 -100 4 0 -100 4 0 -100Co e Mo 0,2 0 -100 0,2 0 -100 0,2 0 -100Mn 2 0 -100 2 0 -100 2 0 -100
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Atividade/insumoLavras Ijaci Machado
PC PI V (%)1 PC PI V (%)1 PC PI V (%)1
Aminoácidos 1 0 -100 1 0 -100 1 0 -100
Nitrato de potássio 4 0 -100 4 0 -100 6 0 -100
Herbicidas
Glifosato 480 g/L 4 4 5 5 0 0
Fomesafem (250 g/L) 0,6 0,3 -50 1,3 0 -100 0,3 0,3
Bentazona (480 g/L) 1,5 1,5 1,2 1,2 2,4 1,2 -50,0
Fluazifope-P-butílico (250 g/L) 0,5 0,5 0,75 0,75 1,25 1,05 -16,0(Fluazifope-p-butílico - 200 g/L) + (fomesafem 250 g/L) 0 0 0,5 0,5 0 01,1’-dimetil-4,4’-bipiridilio dicloreto, íon (paraquat) (200 g/L) 2 2 2,5 2,5 2,5 0 -100
Fungicidas
Azoxistrobina + difenoconazol (200 + 820 g/L) 0 0 0 0 0,3 0 -100
Trifloxistrobia + protioconazol (150 + 175 g/L) 0 0 0 0 1,5 0 -100
Fludioxonil + metalaxil-M (25 + 10 g/L) 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0 -100
Difenoconazol (150 g/L) 0,24 0 -100 0,24 0,24 0,24 0,12 +400,0
Trichoderma asperellum (280 g/kg) 0,1 0 -100 0,1 0 -100 0,1 0,24 -76
Hidróxido de fentina ( 400 g/L) 1,8 0 -100 1,8 0 -100 1,8 0 -100
Tiofanato-metílico (700 g/kg) 2 0 -100 2 0 -100 2 0 -100
Azoxistrobina (500 g/kg) 0 0 0,24 0 -100 0 0
Azoxistrobina (200 g/L) + ciproconazol (82 g/L) 0 0 0,6 0 -100 0 0
Fluazinam (500 g/L) 1,5 0 -100 1,5 0 -100 1,5 0 -100
Inseticidas/acaricidas
Tiametoxam + lambdacialotrina (141 + 106 g/L) 0 0 0 0 0,7 0 -100
Tiametoxam (250 g/kg) 0,4 0 -100 0,58 0,18 -69,0 0,58 0,38 -34,5
Abamectina (18 g/L) 1 0 -100 1 0 -100 1 0 -100
Clorpirifós (480 g/L) 2,5 0 -100 2,5 0 -100 2,5 0 -100
Imidacloprido + beta-ciflutrina (100 + 12,5 g/L) 4,3 0,3 -93,0 2,3 0 -100 3,3 0 -100
Clorantraniliprole + lambda-cialotrina (100 + 50 g/L) 0,2 0 -100 0,6 0 -100 0,6 0 -100
Adjuvantes e outrosRegulador crescimento (citocinina + giberilina + ácido indolcanóico) 1 0 -100 0,75 0 -100 1 0 -100
Óleo mineral (428 g/L) 1,3 0,5 -61,5 0,8 0,5 -37,5 0,8 0,5 -37,5
Regulador de pH 0,2 0 -100 0,15 0 -100 0,25 0 -100
Sementes de feijão carioca 60 60 60 60 60 60 0
1V (%) Refere-se à variação na utilização do insumo.
Tabela 3. Resumo das operações realizadas e insumos utilizados nos sistemas de Produção Convencional (PC) e Produ-ção Integrada (PI), nos municípios de Lavras, Ijaci e Machado, em Minas Gerais.
Continuação...
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As produtividades na produção convencional foram de 1.977 kg/ha em Lavras, 1.798 kg/ha em Ijaci, e 681 kg/ha em Machado, contra 1.722 kg/ha em Lavras, 1.636 kg/ha em Ijaci, e 959 kg/ha em Machado, para a produção integrada, respectivamente. Contudo, os custos de produção foram, no mínimo, 32,8% me-nores e a lucratividade superior, quando o cultivo obedeceu aos preceitos da PI (Martins, 2016).
Outra informação importante diz respeito ao impacto dos diferentes com-ponentes nos custos de produção da lavoura, pois, na PI, o impacto percen-tual das diferentes categorias de custo é melhor distribuído, diminuindo princi-palmente as despesas com insumos, tornando a atividade produtiva menos sensível a eventuais distorções merca-dológicas que podem estar ligadas ao regime cambial e a crises econômicas, permitindo maior segurança para os envolvidos na atividade (Martins, 2016).
Como aderir à produção integrada do feijão-comum
De acordo com o Mapa, os passos para adoção da PI são:
1) Adesão - Os produtores podem ini-ciar o processo de adesão à PI por meio da adoção da Norma Técnica Específica (NTE), homologada, publicada e dis-ponível na página do Mapa na internet (Brasil, 2018).
2) Adoção das NTEs - As normas téc-nicas específicas são recomendações
técnicas com boas práticas agrícolas a serem seguidas pelos produtores. Essas normas são construídas em parceria en-tre a pesquisa, a extensão, o ensino e os produtores rurais, e apresentam como resultado de aplicação, além da garantia de um produto diferenciado, a redução dos custos de produção e, consequen-temente, maior rentabilidade.
3) Avaliação de conformidade - Depois de implementadas as NTEs e atendidos os critérios estabelecidos, o produtor rural poderá ter sua propriedade auditada por certificadoras acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e submetida à avaliação de conformidade, de acordo com os requisitos de avalia-ção da conformidade para Produção Integrada Agropecuária - PI Brasil.
4) Certificação PI Brasil e selo de iden-tificação de conformidade - A certificação PI-Brasil e a obtenção do Selo Brasil Certificado Agricultura de Qualidade são concedidos ao produtor rural que for aprovado na avaliação de conformida-de, na forma da legislação do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro), no qual o Mapa atua como órgão regulamenta-dor e fomentador, cabendo ao Inmetro, vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), entre outras atividades, as atribuições de acreditações, reacreditações e audi-tagens no Organismo de Certificação de Produtos - OCP, que, por sua vez, atesta a conformidade do produto a receber o selo oficial “Brasil Certificado”.
11
Norma Técnica Específica (NTE) para a produção integrada do feijão-comum
A NTE para produção integrada de feijão-comum (Brasil, 2016) pode ser implementada por qualquer produtor, independentemente do seu porte. Como todas as normas dos demais produtos da PI, é formulada considerando as pre-missas das boas práticas agrícolas. Está de acordo com a Instrução Normativa nº 27, de 30 de agosto de 2010, que se refere à etapa Fazenda da Produção Integrada do Feijão, que abrange todos os processos conduzidos na produção agrícola, a colheita e a pós-colheita, conforme fixado pelo Anexo da Portaria nº 443, de 23 de novembro de 2011, do Inmetro (Anexo 1). Visando a atualiza-ção tecnológica, as normas são passí-veis de revisão.
De forma geral, são contempladas as seguintes etapas de produção: implan-tação da cultura, manejo e conservação do solo, escolha da cultivar, fertilidade e nutrição, manejo de água e irrigação, proteção integrada da cultura, colheita e armazenamento e transporte do pro-duto, produzido em PI. Além disso, são abordados temas como capacitação, assistência técnica, infraestrutura e responsabilidade social do estabeleci-mento, segurança, saúde e bem-estar do trabalhador, gestão ambiental e re-quisitos para a certificação e emissão do certificado de conformidade.
O processo de certificação da pro-dução está diretamente relacionado
ao cumprimento das NTEs. Para tal, o processo produtivo será auditado por um técnico habilitado, cujo processo passa pela verificação de um caderno de campo, documento no qual se re-gistra todas as intervenções realizadas durante o ciclo da cultura. De acordo com a NTE, alguns requisitos verificados são de cumprimento obrigatório, outros recomendados e outros proibidos. A certificação da produção será concedida quando todos os requisitos obrigatórios forem cumpridos.
Atualmente, a Certifica (http://www.institutocertifica.com.br/novo/) é a única certificadora acreditada junto ao Inmetro para fazer a certificação do feijão-comum.
Considerações finaisA adoção desse sistema de produção
contribuirá para a sustentabilidade do cultivo do feijoeiro-comum, garantindo o atendimento a mercados exigen-tes em qualidade e com garantia de rastreabilidade.
A oferta de grãos certificados repre-senta uma oportunidade de incremen-to do preço de venda do produto em mercados cuja percepção do consumi-dor sinalize que o feijão da PI é mais seguro e sustentável. De acordo com pesquisa realizada por Silva (2016), em Goiânia, GO, os consumidores estariam dispostos a pagar um sobre-preço pelo feijão produzido dentro das normas da PI.
12
O menor número de pulverizações, na PI, resulta em maior quantidade de inimigos naturais, favorecendo o con-trole biológico das pragas e doenças presentes nesse sistema.
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empr
e que
poss
ível.
176.
Infr
aest
rutu
ra d
o es
tabe
leci
men
to
6.1. A
rmaz
enam
ento
de ag
rotóx
icos
6.1.1.
Arm
azen
ar pr
oduto
s e em
balag
ens u
tiliza
das
confo
rme a
legis
lação
de ag
rotóx
icos.
6.1.2.
Arm
azen
ar os
agro
tóxico
s em
local
espe
cífico
, ve
ntilad
o, co
m ac
esso
restr
ito e
prep
arad
o par
a con
ter
vaza
mento
s, infi
ltraçõ
es ou
conta
mina
ções
para
o ex
terior
.
6.1.3.
Ado
tar as
BPA
para
sepa
rar, a
rmaz
enar,
ma
nuse
ar e
identi
ficar
os ag
rotóx
icos e
man
ter
regis
tro si
stemá
tico d
a mov
imen
tação
de es
toque
na
unida
de de
prod
ução
.
6.1.4.
Arm
azen
ar os
agro
tóxico
s líqu
idos n
as
prate
leira
s infe
riore
s.
6.1.5.
Man
ter se
para
dos o
s pro
dutos
infla
máve
is.
6.1.6.
Man
ter as
emba
lagen
s fec
hada
s sob
re
palle
ts (e
strad
os).
6.2. D
estin
ação
de em
balag
ens v
azias
de
agro
tóxico
s
6.2.1.
Rea
lizar
a trí
plice
lava
gem
manu
al ou
sob
pres
são,
confo
rme o
tipo d
e emb
alage
m.
6.2.2.
Inuti
lizar
e en
cami
nhar
aos p
ostos
de
reco
lhime
nto, c
onfor
me or
ientaç
ão do
Insti
tuto
Nacio
nal d
e Pro
cess
amen
to de
Emb
alage
ns V
azias
- I
npev
.
6.2.3.
Reu
tiliza
r as
emba
lagen
s de a
grotó
xicos
.
6.3. S
inaliz
ação
6.3.1.
Sina
lizar
com
aviso
s de p
erigo
poten
cial o
s loc
ais de
aces
so às
insta
laçõe
s de a
rmaz
enam
ento
de
agro
tóxico
s e ou
tros i
nsum
os.
6.3.2.
Sina
lizar
a pr
oprie
dade
e a u
nidad
e ar
maze
nado
ra pa
ra in
forma
r visi
tantes
e co
nscie
ntiza
r qua
nto à
segu
ranç
a pes
soal.
6.4. A
lojam
ento
e loc
ais pa
ra
alime
ntaçã
o6.4
.1. O
ferec
er es
trutur
as ap
ropr
iadas
para
habit
ação
e a
limen
tação
dos t
raba
lhado
res.
6.5. In
stalaç
ões s
anitá
rias
6.5.1.
Disp
onibi
lizar
insta
laçõe
s san
itária
s e de
lav
agem
das m
ãos a
men
os de
500 m
etros
do lo
cal
de tr
abalh
o.
7. Im
plan
taçã
o da
cul
tura
7.1. E
scolh
a da á
rea
7.1.1.
Utili
zar r
otaçã
o de c
ultur
as.
7.1.2.
Cult
ivar e
m so
los nã
o com
pacta
dos,
com
baixa
decli
vidad
e, pla
nos,
friáve
is, be
m dr
enad
os e
de bo
a fer
tilida
de na
tural.
7.1.3.
For
mar p
alhad
a de c
ober
tura,
antec
eden
do
o cult
ivo.
7.1.4.
Rep
etir o
cultiv
o na
mesm
a áre
a, de
ntro d
o me
smo a
no.
18
7.2. Id
entifi
caçã
o de p
arce
la pa
ra os
re
gistro
s de d
ados
de ra
strea
bilida
de
7.2.1.
Insti
tuir c
ader
no de
camp
o par
a reg
istra
r BPA
e os
dado
s de r
astre
abilid
ade.
7.2.2.
Iden
tifica
r a un
idade
de pr
oduç
ão qu
e ap
rese
nte a
mesm
a cult
ivar, c
om a
mesm
a épo
ca
de pl
antio
, sub
metid
a aos
mes
mos t
ratos
cultu
rais
e fitos
sanit
ários
, de a
cord
o com
o pr
econ
izado
pela
PI do
feijã
o e co
m as
resp
ectiv
as co
orde
nada
s ge
ográ
ficas
.
7.2.3.
Sina
lizar
na pr
oprie
dade
, por
meio
de pl
acas
ou
outro
símb
olo, a
s par
celas
desti
nada
s à P
I do f
eijão
.
7.2.4.
Deli
mitar
as un
idade
s de p
rodu
ção,
por m
eio de
ge
orre
feren
ciame
nto, p
laneja
ndo o
uso d
as pa
rcelas
.
7.3. É
poca
de se
mead
ura
7.3.1.
Aten
der à
s rec
omen
daçõ
es do
zone
amen
to ag
rocli
mátic
o par
a a cu
ltura
.
7.3.2.
Aten
der à
s rec
omen
daçõ
es do
vazio
sanit
ário
para
o fei
joeiro
-comu
m, vi
sand
o o co
ntrole
da m
osca
-br
anca
, de a
cord
o com
a leg
islaç
ão vi
gente
do M
apa.
7.3.3.
Evit
ar a
seme
adur
a em
époc
a de m
aior
infes
tação
da m
osca
-bra
nca.
7.4. S
emen
tes7.4
.1. U
tiliza
r sem
entes
prod
uzida
s em
confo
rmida
de
com
a leg
islaç
ão vi
gente
do M
apa.
7.5. C
ultiva
r
7.5.1.
Utili
zar c
ultiva
res r
ecom
enda
das p
ara a
regiã
o, ins
critas
no R
egist
ro N
acion
al de
Cult
ivare
s (RN
C/Ma
pa).
7.5.2.
Iden
tifica
r se a
cultiv
ar é
gene
ticam
ente
modifi
cada
.
7.5.3.
Utili
zar, p
refer
encia
lmen
te, cu
ltivar
es
resis
tentes
e/ou
toler
antes
às pr
incipa
is pr
agas
e do
ença
s que
ocor
rem
na re
gião o
u loc
al.
7.5.4.
Utili
zar m
ais de
uma c
ultiva
r em
área
s dif
eren
tes e
identi
ficad
as.
7.6. S
emea
dura
7.6.1.
Utili
zar o
Sist
ema P
lantio
Dire
to (S
PD).
7.6.2.
Rea
lizar
o tra
tamen
to de
seme
ntes.
7.6.3.
Utili
zar s
emea
dura
em ní
vel, e
spaç
amen
to e d
ensid
ade i
ndica
dos p
ara a
cultiv
ar, co
nform
e re
come
ndaç
ão té
cnica
das i
nstitu
ições
de pe
squis
a ofi
ciais
ou do
s obte
ntore
s das
cultiv
ares
.
8. M
anej
o e
cons
erva
ção
do s
olo
8.1. P
rátic
as co
nser
vacio
nistas
8.1.1.
Ado
tar pr
ática
s con
serva
cionis
tas de
contr
ole do
pr
oces
so de
eros
ão e
melho
ria bi
ológic
a do s
olo.
8.1.2.
Utili
zar r
otaçã
o de c
ultur
as.
8.1.3.
For
mar p
alhad
a de c
ober
tura.
199.
Fer
tilid
ade
e nu
triç
ão
9.1. A
valia
ção d
a fer
tilida
de do
solo
9.1.1.
Rea
lizar
análi
se qu
ímica
do so
lo, no
míni
mo a
cada
dois
anos
, par
a refe
renc
iar a
reco
mend
ação
da
adub
ação
com
base
na ex
pecta
tiva d
e pro
duçã
o.
9.1.2.
Seg
uir as
reco
mend
açõe
s reg
ionais
, par
a a c
orre
ção d
a acid
ez e
a rec
omen
daçã
o de
adub
ação
com
macro
e mi
cronu
triente
s.
9.1.3.
Mon
itora
r a efi
ciênc
ia da
adub
ação
e o e
stado
nutric
ional
das p
lantas
por m
eio da
dia
gnos
e foli
ar.
9.2. E
scolh
a de c
orre
tivos
e fer
tiliza
ntes
9.2.1.
Esc
olher
os co
rretiv
os e
fertili
zante
s de a
cord
o co
m a a
nális
e do s
olo.
9.2.2.
Qua
ndo p
ossív
el, ut
ilizar
a ad
ubaç
ão
orgâ
nica,
em su
bstitu
ição à
adub
ação
quím
ica.
9.3. A
plica
ção d
e cor
retiv
os e
fertili
zante
s
9.3.1.
Rea
lizar
a co
rreçã
o da a
cidez
do so
lo, pe
lo me
nos t
rês m
eses
antes
da se
mead
ura.
9.3.2.
Leva
r em
cons
idera
ção o
histó
rico d
a áre
a (cu
ltura
s ante
riore
s).
10. M
anej
o de
águ
a e
irrig
ação
10.1.
Disp
onibi
lidad
e de á
gua
10.1.
1. Ob
ter au
toriza
ção d
o órg
ão co
mpete
nte pa
ra a
instal
ação
de eq
uipam
ento
de irr
igaçã
o.10
.1.2.
Disp
onibi
lizar
água
em
quan
tidad
e sup
erior
à re
quer
ida.
10.2.
Irrig
ação
10.2.
1. Ad
minis
trar a
irriga
ção e
m fun
ção d
o bala
nço
hídric
o, da
capa
cidad
e de r
etenç
ão de
água
no so
lo e
da de
mand
a da c
ultur
a.
10.2.
2. Ad
otar s
istem
a de m
onito
rame
nto da
irr
igaçã
o que
perm
ita in
dicar
quan
do e
quan
to irr
igar (
utiliz
ar ap
arelh
os co
mo te
nsiôm
etro,
Tanq
ue
Clas
se A
).
11. P
rote
ção
inte
grad
a da
cul
tura
11.1.
Mon
itora
mento
de pl
antas
da
ninha
s, do
ença
s e pr
agas
11.1.
1. Ut
ilizar
as té
cnica
s pre
coniz
adas
no m
anejo
int
egra
do de
plan
tas da
ninha
s, do
ença
s e pr
agas
.
11.1.
2. Ad
otar a
s rec
omen
daçõ
es té
cnica
s das
ins
tituiçõ
es ofi
ciais
de pe
squis
a par
a a cu
ltura
, pr
oced
endo
ao re
gistro
no ca
dern
o de c
ampo
.
11.1.
3. Ut
ilizar
arma
dilha
s que
poss
ibilite
m afe
rir a
ocor
rênc
ia e fl
utuaç
ão de
prag
as.
20
11.2.
Esc
olha d
o méto
do de
contr
ole
11.2.
1. Pr
ioriza
r o us
o de m
étodo
de co
ntrole
cu
ltura
l biol
ógico
e pr
oduto
s sele
tivos
aos i
nimigo
s na
turais
, e co
m me
nor t
oxici
dade
para
o am
biente
e p
ara o
aplic
ador.
11.2.
2. Na
s táti
cas d
e con
trole
de pl
antas
danin
has
prior
izar o
uso d
o méto
do cu
ltura
l (prin
cipalm
ente
a cob
ertur
a mor
ta), c
omple
menta
do pe
lo co
ntrole
qu
ímico
e me
cânic
o.
11.2.
3. No
contr
ole qu
ímico
, pre
ferir o
s pro
dutos
de
men
or to
xicida
de (c
lasse
s III e
IV),
e rota
ciona
r me
canis
mos d
e açã
o dos
agro
tóxico
s.
11.3.
Apli
caçã
o de a
grotó
xicos
11.3.
1. Ut
ilizar
some
nte pr
oduto
s reg
istra
dos n
o Map
a, me
diante
rece
ituár
io ag
ronô
mico
.
11.3.
2. A
decis
ão de
aplic
ar de
verá
ser b
asea
da
em am
ostra
gens
, em
funçã
o dos
níve
is de
dano
s ec
onôm
icos,
confo
rme o
man
ejo in
tegra
do de
prag
as,
doen
ças e
plan
tas da
ninha
s.
11.3.
3. Ut
ilizar
a do
sage
m do
agro
tóxico
e re
speit
ar o
inter
valo
de se
gura
nça e
de ca
rênc
ia ind
icado
s.
11.3.
4. Ob
edec
er às
reco
mend
açõe
s téc
nicas
sobre
ma
nipula
ção d
e agro
tóxico
s, co
nform
e leg
islaç
ão vi
gente
.
11.3.
5. Ma
nter r
egist
ros d
e tod
as as
oper
açõe
s (da
ta da
aplic
ação
, agr
otóxic
o utili
zado
, dos
e, mé
todo d
e ap
licaç
ão, id
entifi
caçã
o do o
pera
dor),
junta
mente
com
o rec
eituá
rio ag
ronô
mico
.
11.3.
6. Mo
nitor
ar as
cond
ições
agro
climá
ticas
, pa
ra o
conh
ecim
ento
dos f
atore
s que
favo
rece
m a
incidê
ncia
de pl
antas
danin
has,
prag
as e
doen
ças.
11.3.
7. Ef
etuar
a ap
licaç
ão do
agro
tóxico
em
cond
ições
clim
ática
s fav
oráv
eis (t
empe
ratur
a, um
idade
relat
iva do
ar, v
elocid
ade d
o ven
to).
11.3.
8. Le
var e
m co
nside
raçã
o a efi
ciênc
ia e
a sele
tivida
de do
s agr
otóxic
os, o
s risc
os de
su
rgim
ento
de re
sistên
cia, a
persi
stênc
ia, a
toxici
dade
, os r
esídu
os no
s grã
os e
os im
pacto
s no
ambie
nte.
11.3.
9. Al
terna
r prin
cípios
ativo
s e o
modo
de aç
ão
dos a
grotó
xicos
, par
a evit
ar re
sistên
cia.
11.3.
10. M
anipu
lar e
aplic
ar
agro
tóxico
s na p
rese
nça d
e pe
ssoa
s não
prote
gidas
.
11.3.
11. A
plica
r fun
gicida
s e i
nseti
cidas
em da
tas
pré-
defin
idas s
em cr
itério
s téc
nicos
.
11.4.
Equ
ipame
ntos
11.4.
1. Ut
ilizar
EPI
s, co
nform
e a le
gislaç
ão vi
gente
.
11.4.
2. Us
ar do
sado
res a
prop
riado
s par
a med
ir as
quan
tidad
es re
come
ndad
as no
rótul
o dos
agro
tóxico
s.
11.4.
3. Re
aliza
r a m
anute
nção
e a a
feriçã
o de
máqu
inas e
dema
is eq
uipam
entos
antes
da
aplic
ação
de fe
rtiliza
ntes o
u agr
otóxic
os.
11.4.
4. Ap
licar
agro
tóxico
s utili
zand
o tra
tores
do
tados
de ca
bine.
11.5.
Tran
spor
te e d
esca
rte de
em
balag
em
11.5.
1. Ap
ós a
utiliz
ação
total
do ag
rotóx
ico, r
ealiz
ar a
trípli
ce la
vage
m ou
lava
gem
sob p
ress
ão, c
onfor
me o
tipo d
e emb
alage
m.
11.5.
2. Ma
nter a
s emb
alage
ns va
zias e
m loc
al pr
óprio
e s
egur
o até
o mom
ento
de tr
ansp
ortá-
las ao
s pos
tos
de re
cebim
ento,
confo
rme d
eterm
inaçã
o na n
ota fis
cal.
2112
. Col
heita
12.1.
Colh
eita
12.1.
1. Ef
etuar
a lim
peza
e a r
egula
gem
da co
lhedo
ra,
antes
da co
lheita
.
12.1.
2. Co
lher a
prod
ução
de fe
ijão d
o sist
ema
integ
rado
sepa
rada
mente
do fe
ijão d
e outr
os si
stema
s.
12.1.
3. Ut
ilizar
agro
tóxico
s rec
omen
dado
s par
a a
dess
ecaç
ão da
lavo
ura,
quan
do ne
cess
ário.
12.1.
4. Mo
nitor
ar as
perd
as du
rante
o pr
oces
so de
co
lheita
e pr
oced
er ao
s ajus
tes ne
cess
ários
.
12.1.
5. Em
caso
s de a
lta in
festaç
ão de
plan
tas
danin
has o
u des
unifo
rmida
de fis
iológ
ica da
cultu
ra,
reali
zar a
dess
ecaç
ão qu
ando
as pl
antas
ating
irem
a plen
a matu
raçã
o.
13. P
ós-c
olhe
ita
13.1.
Sist
ema d
e ras
treab
ilidad
e
13.1.
1. Ins
tituir c
ader
nos d
e pós
-colhe
ita pa
ra o
regis
tro de
dado
s sob
re a
aplic
ação
de bo
as pr
ática
s, a p
artir
da sa
ída do
feijã
o do c
ampo
até a
expe
dição
do
prod
uto.
13.1.
2. Co
mpro
var a
rastr
eabil
idade
, a pa
rtir da
saída
do
feijã
o do c
ampo
até a
expe
dição
do pr
oduto
.
13.2.
Iden
tifica
ção e
tran
spor
te
13.2.
1. Re
aliza
r o tr
ansp
orte
desd
e o ca
mpo a
té a
unida
de ar
maze
nado
ra em
veícu
los ap
ropr
iados
e de
vidam
ente
higien
izado
s.
13.2.
2. A
carg
a de g
rãos
deve
estar
acom
panh
ada d
e ide
ntific
ação
da pr
oprie
dade
, da p
arce
la e d
a cult
ivar.
13.2.
3. Ut
ilizar
méto
dos,
técnic
as e
proc
esso
s de
logíst
ica, d
uran
te o t
rans
porte
, que
asse
gure
m a
quali
dade
e a r
astre
abilid
ade d
o pro
duto,
desd
e a s
aída d
a colh
edor
a até
a rec
epçã
o na u
nidad
e ar
maze
nado
ra.
13.2.
4. Ao
tran
spor
tar os
grão
s oriu
ndos
da pr
oduç
ão
integ
rada
do fe
ijão j
unto
com
outro
tipo d
e mer
cado
ria,
esse
s dev
erão
estar
devid
amen
te ide
ntific
ados
e iso
lados
.
13.3.
Higi
ene e
prev
ençã
o de
conta
mina
ções
13.3.
1. Fa
zer a
higie
nizaç
ão do
s equ
ipame
ntos
utiliz
ados
na pr
oduç
ão, n
a colh
eita,
no tr
ansp
orte
e no b
enefi
ciame
nto, a
ntes d
e ser
em ut
ilizad
os na
pr
oduç
ão in
tegra
da do
feijã
o.
22
13.4.
Rec
epçã
o13
.4.1.
Segr
egar
os lo
tes de
feijã
o pro
duzid
os no
sis
tema d
e pro
duçã
o inte
grad
a daq
ueles
prov
enien
tes
de ou
tros s
istem
as, m
anten
do a
identi
ficaç
ão da
pr
oprie
dade
, da á
rea e
da cu
ltivar.
13.5.
Pré
-limpe
za13
.5.1.
Reali
zar a
pré-
limpe
za do
s grã
os.
13.6.
Sec
agem
13.6.
1. Se
car o
s grã
os at
é que
o teo
r de u
mida
de
atinja
valor
igua
l ou i
nferio
r a 14
%.
13.6.
2. Re
gistra
r a te
mper
atura
de se
cage
m no
ca
dern
o de p
ós-co
lheita
.
13.7.
Clas
sifica
ção
13.7.
1. Cl
assifi
car e
arma
zena
r os g
rãos
segu
indo
a leg
islaç
ão vi
gente
quan
to ao
s lim
ites m
áxim
os
perm
itidos
de de
feitos
e im
pure
zas.
13.8.
Arm
azen
amen
to
13.8.
1. Ar
maze
nar, d
evida
mente
sepa
rado
s e
identi
ficad
os, o
s grã
os or
iundo
s do s
istem
a de
prod
ução
integ
rada
.
13.8.
2. Hi
gieniz
ar as
insta
laçõe
s da u
nidad
e ar
maze
nado
ra, a
ntes d
o iníc
io do
arma
zena
mento
, ma
ntend
o-a l
impa
dura
nte to
do o
perío
do.
13.8.
3. Ad
otar o
prog
rama
de m
anejo
integ
rado
de
prag
as de
grão
s arm
azen
ados
e mo
nitor
ar po
ssíve
is co
ntami
naçõ
es po
r mate
riais
inerte
s e po
r anim
ais,
dura
nte o
perío
do de
arma
zena
mento
.
13.8.
4. Ut
ilizar
para
o co
ntrole
de pr
agas
de gr
ãos
arma
zena
dos,
some
nte pr
oduto
s reg
istra
dos n
o Map
a, me
diante
rece
ituár
io ag
ronô
mico
, de a
cord
o com
a leg
islaç
ão vi
gente
.
13.8.
5. Ar
maze
nar n
o mes
mo es
paço
, se
nece
ssár
io, o
feijão
de ou
tros s
istem
as de
pr
oduç
ão, c
om a
devid
a ide
ntific
ação
.
13.8.
6. Im
pleme
ntar B
PA e
os pr
incípi
os do
sis
tema d
e Aná
lise d
e Per
igos e
Pon
tos C
rítico
s de
Contr
ole (A
PPCC
).
13.9.
Emp
acota
mento
13.9.
1. Ide
ntific
ar as
emba
lagen
s con
tendo
o fei
jão
oriun
do da
PI.
13.9.
2. Fa
zer, r
egula
rmen
te, a
higien
izaçã
o de
equip
amen
tos e
do lo
cal d
e tra
balho
.
13.9.
3. Em
paco
tar os
grão
s oriu
ndos
da P
I com
iso
lamen
to ad
equa
do do
empa
cotam
ento
de fe
ijão
oriun
do de
outro
siste
ma de
cultiv
o.
13.9.
4. Im
pleme
ntar o
siste
ma A
PPCC
.
23
13.10
. Aná
lise d
e res
íduos
de
agro
tóxico
s e de
mico
toxina
s
13.10
.1. R
ealiz
ar a
análi
se de
resíd
uos d
e agr
otóxic
os
e mico
toxina
s con
forme
deter
mina
do pe
la Po
rtaria
Inm
etro n
º 443
, de 2
3 de n
ovem
bro d
e 201
1.
13.10
.2. M
anter
disp
oníve
is os
resu
ltado
s das
análi
ses.
13.10
.3. E
labor
ar pl
ano d
e açã
o com
vista
s a el
imina
r as
caus
as do
s pro
blema
s nas
safra
s futu
ras q
uand
o o
Limite
Máx
imo d
e Res
íduos
(LMR
) dos
grão
s exc
eder
os
limite
s da l
egisl
ação
vige
nte.
13.10
.4. C
oletar
porçõ
es de
350 g
de gr
ãos,
direta
mente
na co
lhedo
ra, e
m de
z pon
tos da
lavo
ura,
ao ac
aso,
dura
nte a
colhe
ita em
camp
os co
m até
50
ha, h
omog
eneiz
ando
-as p
ara a
cons
tituiçã
o de
amos
tra ún
ica.
13.10
.5. C
oletar
amos
tras n
a unid
ade a
rmaz
enad
ora,
em si
lo ind
ividu
aliza
do, r
etira
ndo p
elo m
enos
uma
porçã
o de 3
50 g
a cad
a cinc
o ton
elada
s, as
quais
se
rão h
omog
eneiz
adas
, form
ando
uma ú
nica a
mostr
a co
mpos
ta, e
desta
retira
r uma
amos
tra re
pres
entat
iva
do lo
te.
13.10
.7. C
omer
cializ
ar
grão
s qua
ndo o
LMR
de ag
rotóx
icos e
de
mico
toxina
s exc
eder
em
os lim
ites p
ermi
tidos
, em
cump
rimen
to à l
egisl
ação
vig
ente.
2414
. Aud
itoria
14.1.
Geo
rrefer
encia
mento
e ab
rang
ência
da ra
strea
bilida
de
14.1.
1. Ge
orre
feren
ciar a
área
onde
foi re
aliza
do o
proc
esso
de pr
oduç
ão.
14.1.
2. Ra
strea
r a ár
ea de
prod
ução
, no c
ampo
.
14.1.
3. Ma
nter a
iden
tidad
e da c
arga
dura
nte o
trans
porte
.
14.1.
4. Ind
ividu
aliza
r cad
a lote
na un
idade
ar
maze
nado
ra de
grão
s.
14.1.
5. Ma
nter r
egist
ros a
tualiz
ados
e fid
edign
os.
14.1.
6. Ma
nter o
s reg
istro
s das
infor
maçõ
es po
r um
perío
do m
ínimo
de do
is an
os, p
ara fi
ns de
ra
strea
mento
de to
das a
s etap
as do
proc
esso
.
14.1.
7. Ut
ilizar
um si
stema
que p
ermi
ta a
identi
ficaç
ão rá
pida d
os gr
ãos o
riund
os do
s dif
eren
tes ca
mpos
de P
I do f
eijão
.
14.2.
Cad
erno
de ca
mpo (
manu
al ou
inf
orma
tizad
o)
14.2.
1. Re
gistra
r, man
ual o
u elet
ronic
amen
te, to
dos o
s pr
oced
imen
tos té
cnico
s rea
lizad
os du
rante
o pr
oces
so
de pr
oduç
ão, d
esde
a se
mead
ura a
té a e
ntreg
a dos
gr
ãos n
a unid
ade a
rmaz
enad
ora/e
mpac
otado
ra.
14.3.
Agr
otóxic
os
14.3.
1. Re
aliza
r o re
gistro
das a
plica
ções
conte
ndo,
pelo
meno
s, as
infor
maçõ
es: d
ata, h
ora, á
rea, p
roduto
come
rcial,
do
sage
m, re
spon
sáve
l técn
ico, re
spon
sáve
l pela
aplica
ção,
modo
de ap
licaçã
o, qu
antid
ade d
e cald
a por
hecta
re,
perío
do de
carên
cia e
interv
alo de
segu
rança
.
14.3.
2. Re
aliza
r o re
gistro
siste
mátic
o da
movim
entaç
ão de
estoq
ue, v
isand
o o pr
oces
so de
ra
strea
bilida
de.
14.4.
Plan
tas da
ninha
s, pr
agas
e do
ença
s14
.4.1.
Efetu
ar, re
gular
mente
, o re
gistro
da in
cidên
cia e
da se
verid
ade d
e plan
tas da
ninha
s, pr
agas
e do
ença
s na
lavo
ura.
14.5.
Cor
retiv
os e
fertili
zante
s14
.5.1.
Efetu
ar o
regis
tro da
s apli
caçõ
es co
ntend
o, pe
lo me
nos,
as in
forma
ções
: áre
a de p
rodu
ção,
prod
uto co
merci
al, do
sage
m, re
spon
sáve
l pela
ap
licaç
ão e
o mod
o de a
plica
ção.
25
14.6.
Irrig
ação
14.6.
1. Ef
etuar
o re
gistro
das i
rriga
ções
, qua
ndo
efetua
das,
conte
ndo,
pelo
meno
s: ár
ea de
prod
ução
, da
ta, lâ
mina
aplic
ada,
resp
onsá
vel p
ela irr
igaçã
o e o
sistem
a utili
zado
.
14.7.
Equ
ipame
ntos
14.7.
1. Ef
etuar
o re
gistro
das m
anute
nçõe
s e c
alibr
açõe
s con
tendo
, pelo
men
os: d
ata,
proc
edim
entos
e re
spon
sáve
is.
14.8.
Cad
erno
de pó
s-colh
eita (
manu
al ou
infor
matiz
ada)
14.8.
1. Re
gistra
r, de m
odo s
istem
ático
, no c
ader
no
de pó
s-colh
eita,
os pr
oces
sos r
ealiz
ados
, des
de a
rece
pção
na un
idade
arma
zena
dora
até a
expe
dição
.
14.8.
2. Ma
nter a
s info
rmaç
ões q
ue pe
rmita
m a
rastre
abilid
ade a
té o p
onto
de en
trega
ao co
mprad
or fin
al.
14.8.
3. Co
mpati
biliza
r a co
leta e
a tra
nsmi
ssão
de
infor
maçõ
es co
m a d
eman
da de
siste
mas d
e ga
ranti
a da q
ualid
ade,
na fa
se de
pós-c
olheit
a, co
mo o
sistem
a APP
CC e
a ISO
2200
0.
2615
. Cer
tifica
ção
15.1.
Aud
itoria
s exte
rnas
15.1.
1. A a
udito
ria po
derá
ser in
dividu
al ou
em gr
upo.
15.1.
2. A
amos
trage
m pa
ra au
ditor
ia efe
tuada
em
grup
o dev
erá s
er re
aliza
da ao
acas
o, de
acor
do co
m os
se
guint
es cr
itério
s:Pr
oduto
res e
m gr
upo
%
a se
r aud
itada
Até 1
00
10De
101 a
500
8
De 50
1 a 5.
000
6
Acim
a de 5
.001
4
15.1.
3. De
termi
nar a
s pro
pried
ades
a se
rem
audit
adas
, po
r sor
teio o
u sist
ema d
e rod
ízio,
inter
calan
do as
au
ditor
ias na
s dife
rente
s pro
pried
ades
a ca
da an
o.15
.1.4.
O pr
oduto
r inter
essa
do em
certifi
car a
prod
ução
de
feijã
o-co
mum
ou de
prod
utos d
eriva
dos,
de ac
ordo
co
m o s
istem
a PI-B
rasil
, dev
erá e
ncam
inhar
o for
mulár
io de
solic
itaçã
o, co
nform
e esta
belec
ido na
Por
taria
nº 27
4, de
21 de
junh
o de 2
011,
do In
metro
.15
.1.5.
A aud
itoria
de m
anute
nção
deve
rá se
r anu
al.15
.1.6.
As au
ditor
ias de
verã
o ser
reali
zada
s em
todas
as
unida
des a
rmaz
enad
oras
e em
paco
tador
as.
15.1.
7. A c
ompro
vaçã
o do c
umpri
mento
dos r
equis
itos d
e av
aliaç
ão re
sulta
na em
issão
do ce
rtifica
do de
confo
rmida
de,
emitid
o por
um O
rganis
mo de
Cert
ificaç
ão de
Prod
uto
(OCP
), com
valid
ade d
e cinc
o ano
s. No
caso
de pr
oduto
s fin
ais, ta
mbém
pode
rão se
r utiliz
ados
selos
de id
entifi
caçã
o de
confo
rmida
de na
emba
lagem
.15
.1.8.
O pe
ríodo
de ca
rênc
ia em
PI-B
rasil
para
fins d
e so
licita
ção d
e cer
tifica
ção p
ara f
eijoe
iro-co
mum
é de u
ma
safra
agríc
ola.
15.1.
9. A
equip
e aud
itora
do O
CP de
verá
comp
rova
r a
capa
citaç
ão em
PI-B
rasil
e na
s nor
mas d
e pro
duçã
o int
egra
da do
feijã
o, co
nform
e a P
ortar
ia nº
274,
de 21
de
junho
de 20
11, d
o Inm
etro.
15.1.
10. R
ealiz
ar, na
prod
ução
, as a
udito
rias n
o mo
mento
da flo
raçã
o ou p
róxim
o à co
lheita
do fe
ijão.
15.1.
11. R
ealiz
ar, na
pós-c
olheit
a, as
audit
orias
no
mome
nto do
rece
bimen
to do
s grã
os ou
dura
nte o
arma
zena
mento
do fe
ijão.
15.1.
12. R
ealiz
ar a
audit
oria
exter
na no
bene
ficiam
ento
e ou p
roce
ssam
ento,
prim
ordia
lmen
te, pa
ra ve
rifica
r a c
onfor
mida
de do
prod
uto fin
al em
relaç
ão à
PI, p
or
meio
do si
stema
de ra
strea
bilida
de, a
lém do
s dem
ais
proc
edim
entos
técn
icos d
esta
norm
a.
15.2.
Aud
itoria
s inte
rnas
15.2.
1. Re
aliza
r aud
itoria
inter
na no
s cam
pos
de pr
oduç
ão e
nas u
nidad
es ar
maze
nado
ras e
em
paco
tador
as de
grão
s, no
míni
mo um
a vez
po
r safr
a, pa
ra co
rrigir
ou ev
itar p
ossív
eis nã
o co
nform
idade
s.15
.2.2.
Regis
trar e
aplic
ar as
açõe
s prev
entiv
as e
corre
tivas
como
cons
equê
ncia
da au
ditori
a inte
rna.
1 Esta
NTE,
form
ulada
por p
remi
ssas
estab
elecid
as pe
la Ins
truçã
o Nor
mativ
a nº 2
7, de
30 de
agos
to de
2010
, refe
re-se
à eta
pa fa
zend
a da p
rodu
ção i
ntegr
ada d
o feij
ão, q
ue ab
rang
e tod
os os
proc
esso
s con
duzid
os na
prod
ução
agríc
ola, a
co
lheita
e a p
ós-co
lheita
, con
forme
fixad
a pelo
Ane
xo da
Por
taria
nº 44
3, de
23 de
nove
mbro
de 20
11, d
o Inm
etro.
Fonte
: Bra
sil (2
016)
.
27
28
CG
PE 1
4868
Exemplares desta edição podem ser adquiridos na:
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1ª ediçãoOn-line (2018)
1ª impressão (2018): 1.000 exemplares
Comitê de Publicações da Embrapa Arroz e Feijão
PresidenteAndré Ribeiro Coutinho
Secretária-ExecutivaTereza Cristina de Oliveira Borba
MembrosAluísio Goulart Silva, Ana Lúcia Delalibera de Faria, Fábio Fernandes Nolêto, Luiz Roberto
Rocha da Silva, Luciene Fróes Camarano de Oliveira, Luís Fernando Stone, Márcia
Gonzaga de Castro Oliveira, José Manoel Colombari Filho, Roselene de Queiroz Chaves
Supervisão editorialLuiz Roberto R. da Silva
Revisão de textoLuiz Roberto R. da Silva
Normalização bibliográficaAna Lúcia D. de Faria (CRB 1/324)
Editoração eletrônicaFabiano Severino
Foto da capaSebastião José de Araújo