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COMUNICADO TÉCNICO 245 Santo Antônio de Goias, GO Dezembro, 2018 Flávia Rabelo Barbosa Fábio Aurélio Dias Martins Luciene Fróes Camarano de Oliveira Aluísio Goulart Silva Augusto César de Oliveira Gonzaga Sistema de Produção Integrada do Feijão- Comum na Região Central Brasileira ISSN 1678-961X Foto: Sebastião José de Araújo

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COMUNICADO TÉCNICO

245

Santo Antônio de Goias, GODezembro, 2018

Flávia Rabelo BarbosaFábio Aurélio Dias MartinsLuciene Fróes Camarano de OliveiraAluísio Goulart SilvaAugusto César de Oliveira Gonzaga

Sistema de Produção Integrada do Feijão-Comum na Região Central Brasileira

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Sistema de Produção Integrada do Feijão-Comum na Região Central Brasileira1

1 Flávia Rabelo Barbosa, Engenheira-agrônoma, doutora em Produção Vegetal, pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO. Fábio Aurélio Dias Martins, Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitotecnia, pesquisador da Epamig, Lavras, MG. Luciene Fróes Camarano de Oliveira, Engenheira-agrônoma, mestre em Agronomia, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO. Aluísio Goulart Silva, Zootecnista, doutor em Ciência e Tecnologia Agrária, Ambiental e Alimentar, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO. Augusto César de Oliveira Gonzaga, Engenheiro-agrônomo, mestre em Produção Vegetal, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO.

O setor produtivo do feijoeiro no Brasil tem à disposição diversas tecnologias, como cultivares produtivas e adaptadas a diferentes regiões, manejos adequa-dos do solo, adubação e calagem, manejo integrado de pragas e doenças, dentre outras. Contudo, as tecnologias e produtos são adotados parcialmente pelos produtores, o que muitas vezes não conduz ao resultado final esperado. Diagnósticos realizados em importantes regiões produtoras de feijão no Brasil re-velaram a necessidade da compatibiliza-ção do cultivo do feijão-comum com re-quisitos de ordem econômica, ecológica e social, para que se assegure uma pro-dução agrícola sustentável e competiti-va. Essa demanda pode ser suprida pela utilização das técnicas preconizadas na Produção Integrada (PI). O Projeto de Produção Integrada de Feijão-Comum (PI Feijão-Comum), coordenado pela Embrapa Arroz e Feijão e finalizado em 2010, bem como sua validação no Sul de Minas Gerais entre 2012 e 2015, comprovam que é possível conseguir

produtividades muito semelhantes e, por vezes, superiores ao cultivo convencio-nal, com redução significativa na utili-zação de insumos, racionalização das operações de mecanização e do uso da água de irrigação, reduzindo os custos de produção e elevando a rentabilidade da atividade.

IntroduçãoO feijão-comum (Phaseolus vulga-

ris, L.) é uma das principais culturas produzidas no Brasil e no mundo. Sua importância extrapola o aspecto econô-mico, por sua relevância enquanto fator de segurança alimentar e nutricional em diversos países. É uma das cultu-ras que ocupa posição de destaque no cenário agrícola nacional, sendo culti-vada em diversos sistemas produtivos. Estimativas da Embrapa Arroz e Feijão (2018), na safra de 2017, indicam uma área plantada de 1,69 milhão de hecta-res e uma produção de 2,62 milhões de toneladas. A Região Central-Brasileira é

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responsável por 59% da produção na-cional de feijão-comum.

O feijão é reconhecido como cul-tura de subsistência em pequenas propriedades, muito embora a partir da década de 80, do século XX, tenha havido crescente interesse de grandes produtores, com o advento da irrigação por pivô-central. Observa-se excessivo aporte de insumos na cultura, tais como adubos minerais, fungicidas, insetici-das, herbicidas e agroaditivos, porém nem sempre utilizados de forma racio-nal. Consequentemente, constata-se aumento do custo de produção pelo número excessivo de aplicações, maior exposição dos produtores e/ou aplica-dores aos agrotóxicos, além de maior contaminação dos alimentos e do meio ambiente (Barbosa et al., 2017).

Os avanços tecnológicos obtidos pela pesquisa disponibilizam ao setor produtivo de feijão tecnologias como cultivares produtivas e adaptadas a dife-rentes regiões brasileiras, manejos ade-quados do solo, adubação e calagem, manejo integrado de pragas e doenças, dentre outras (Quintela et al., 2005; Barbosa; Gonzaga, 2012). Contudo, as tecnologias e produtos oriundos desses avanços tecnológicos são adotados de forma parcial pelos produtores, não se obtendo o impacto desejável.

Diagnósticos realizados em importan-tes regiões produtoras no Brasil revelam a necessidade da compatibilização do cultivo do feijão-comum com requisitos de ordem econômica, ecológica e social, expressando a necessidade urgente de

tecnologias que assegurem uma produ-ção agrícola sustentável e competitiva (Barbosa et al., 2009a). Essa demanda pode ser suprida pela utilização das téc-nicas preconizadas na PI.

Baseada nas diretrizes da Organização Internacional para Controle Biológico e Integrado Contra os Animais e Plantas Nocivas (OILB), a PI foi lançada em 1977 por um grupo de en-tomologistas e surgiu para atender à necessidade de se obter um sistema de produção agrícola que pudesse agregar segurança ao produtor e ao consumidor, a sustentabilidade ambiental e social, e ainda a rentabilidade na produção, tor-nando o produtor mais competitivo em um mercado globalizado.

Iniciado no Brasil no final dos anos 90, com a Produção Integrada de Frutas (PIF), esse sistema de produção, novi-dade tecnológica, pode tirar o Brasil da relação dos primeiros colocados entre os países que mais utilizam agrotóxicos. Representa um conjunto de técnicas voltadas à obtenção de produtos de qualidade, especialmente no que se refere a produtos livres de resíduos de agrotóxicos e mínimo impacto ambiental no sistema de produção. A implantação do programa de PI propicia a redução do número de pulverizações de agrotó-xicos, a preservação da biodiversidade e do agroecossistema, a garantia da qua-lidade e a rastreabilidade dos produtos, bem como a garantia de redução dos ris-cos de contaminação do solo, da água, do produto colhido e do próprio homem.

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O êxito conseguido na PIF impulsio-nou o surgimento de outros projetos, nos quais, além de frutas, estão inclu-sos grãos, cereais, olerícolas, flores e também a produção animal. A produção integrada compõe o chamado Sistema Agropecuário de Produção Integrada, política pública do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), constituindo-se em sistema oficial de certificação, com a chancela do governo brasileiro (Hoffmann et al., 2008; Lima et al., 2008).

Produção integradaO Projeto de Produção Integrada

de Feijão-Comum (PI Feijão-Comum), foi coordenado pela Embrapa Arroz e Feijão e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), finalizado em 2010. O PI Feijão-Comum teve como desafio transformar a produção conven-cional (PC) em produção sustentável, rastreável e certificada.

Histórico da implantação e validação da produção integrada do feijão-comum

Resultados obtidos no projeto de produção integrada em Cristalina, GO e Unaí, MG

Na safra 2009/2010 foram instala-das quatro Unidades Demonstrativas (UDs) em Cristalina, GO, e uma em Unaí, MG, municípios que se desta-cam no cenário nacional na produção

de feijão. Foram importantes parceiros na implantação e condução do proje-to: O Mapa, a Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí, a Cooperativa Agrícola Serra dos Cristais, a Cooperativa Agropecuária do Noroeste Mineiro Ltda., a Cooperativa Agrícola de Unaí Ltda. e a Empresa de Planejamento Agrícola e Revenda de Insumos (Brava). O apoio dos produtores rurais foi imprescindível para a condução das cinco UDs em áreas comerciais, onde as tecnologias propostas para a PI de feijão-comum foram comparadas, lado a lado, com a PC. Na PC todos os tratos culturais e manejo da cultura foram realizados pelo produtor, sem que houvesse inter-ferência da equipe de PI.

Em Cristalina, em áreas irrigadas, na terceira época de plantio (maio-ju-nho), foram instaladas quatro UDs (1, 2, 3 e 4) e a UD 5 em Unaí, na época das águas (outubro-novembro). Nas UDs 1 e 3, os pivôs-centrais, com 81 ha e 40 ha, respectivamente, foram conduzidos metade no sistema de PI e metade no de PC. Nas UDs 2 e 4, os pivôs-centrais, respectivamente com 86 ha e 100 ha, foram divididos em quadrantes, sendo três conduzidos no sistema de PC e um no de PI, enquanto na UD 5 haviam 27 ha, em ambos os sistemas.

Foram realizadas análises de fertili-dade do solo, da capacidade de reten-ção de água (nas áreas sob irrigação) e dos danos provocados por perceve-jos e resíduos de agrotóxicos. Foram

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monitorados a lâmina de água a ser aplicada na irrigação, o teor de nitrogê-nio, os insetos-praga e seus inimigos naturais e as doenças. Foram observa-dos ainda, a incidência e as espécies de plantas daninhas.

No sistema de PI a decisão quanto aos herbicidas utilizados foi baseada nas espécies e na quantidade de plan-tas daninhas presentes nas diferentes áreas. As recomendações de calagem e adubação foram definidas de acordo com a análise do solo dos diferentes locais e com as exigências da cultura. As sementes foram tratadas com inse-ticida e fungicida. O espaçamento en-tre linhas de plantio variou de 0,45 m a 0,50 m. Foram semeadas 12 semen-tes/m2, na profundidade de 3 cm, com velocidade da máquina de semeadura de 6 km/h (Paula Júnior et al., 2008; Barbosa et al., 2009b). A adubação nitrogenada foi realizada com base na leitura do clorofilômetro (Silveira et al., 2003). A lâmina de água aplicada na ir-rigação foi determinada pela utilização do irrigâmetro (Silveira et al., 2009).

Insumos (agroaditivos) utilizados na PC, como aminoácidos, noduladores, estimulantes de crescimento e adubos foliares, não foram aplicados na PI. Quando necessário o controle químico, foram empregados somente produtos registrados pelo Mapa (Brasil, 2009) para a cultura do feijoeiro.

O monitoramento de doenças, pragas e seus inimigos naturais foi

realizado semanalmente, conforme metodologia do Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP/MID). Para a decisão do controle de doenças foram avaliados o histórico da área, a presen-ça do patógeno, o estádio fenológico da cultura e as condições climáticas. O controle de pragas foi realizado apenas quando o nível de ação foi atingido (Quintela et al., 2005).

A PI não objetiva o aumento da produtividade e sim a manutenção dos níveis obtidos pela PC, porém de forma segura e com reduzido impacto ao meio ambiente. Contudo, em função das tec-nologias aplicadas e acompanhamento das atividades durante o processo pro-dutivo, a produtividade pode aumentar (Martins, 2016).

Quando comparados os dois siste-mas de produção, observaram-se ex-pressivas reduções no uso de insumos nas UDs 2, 3 e 5. No caso da UD1, o técnico responsável pela área comer-cial optou por seguir o indicado na PI, não havendo assim diferença entre os dois sistemas. Contudo, houve casos em que se utilizou maior quantidade de adubo na PI do que na PC, como acon-teceu na UD2, para o fósforo (+67%) e na UD3, para o nitrogênio (+27,1%) (Tabela 1). Com relação à racionaliza-ção do uso da água de irrigação houve redução de 22% na quantidade aplica-da na PI em relação à PC. Os custos com irrigação variaram de 8% a 12% do custo total de produção (Barbosa et al., 2010).

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Entre o sistema proposto, PI, e o convencional, PC, as produtividades foram semelhantes, exceto na Unidade 4, onde o PI produziu 14,9% mais. As produtividades obtidas nas áreas 1, 2 e 4 foram acima de 3.000 kg/ha, se-melhantes às comumente obtidas na região, pois foram conduzidas sob irriga-ção. A Unidade 3 foi colhida antes que pudesse ser avaliada. As produtividades na Unidade 5, conduzida no regime de sequeiro, também foram semelhantes e condizem com a realidade da região, tendo em vista a ocorrência de verani-cos. Contudo, o custo dos insumos na PI foi 19% inferior ao da PC (Tabela 2).

Tabela 2. Comparação das produtividades nas Unidades Piloto 1, 2, 4 e 5, na Produção Integrada (PI) x Produção Comercial (PC) e dos custos dos insumos por hectare, nas Unidades 4 e 5. Cristalina, GO, e Unaí, MG, 2009/2010.

Unidade piloto

Produtividade (kg/ha)

Custos (R$)

PC PI PC PI1 3.435 3.470 - -2 3.511 3.432 - -4 3.015 3.465 1.411,21 866,435 1.534 1.489 1.281,08 1.037,06

A análise dos danos provocados por percevejos e dos resíduos de agrotó-xicos indicaram não haver diferenças entre os sistemas PC e PI. Os laudos expedidos pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco indicaram a presença de resíduos de fungicidas em ambos os sistemas, contudo, abaixo dos limites máximos de resíduos permitidos pela Anvisa (Barbosa et al., 2010).

A análise econômica da PI de feijão--comum, nas validações realizadas em Cristalina, GO, e Unaí, MG, indica que a PI apresentou um desempenho econômi-co melhor do que a PC, principalmente em razão de seu menor custo operacio-nal de produção (Silva et al., 2012).

Avaliação de sistemas de produção integrada na região Sul de Minas Gerais

O sistema de produção integrada proposto por Barbosa et al. (2009b) foi validado na região Sul de Minas Gerais, entre 2012 e 2015, nos municípios de Lavras, Ijaci e Machado. Baseando-se em planilhas de recomendação, utiliza-das por consultores de revendas de de-fensivos que atuam na região, o sistema de PI foi comparado ao sistema de PC. Avaliaram-se efeitos técnicos e econô-micos de sua adoção, comparativamen-te ao convencional (Martins, 2016).

Nas parcelas da PI a adubação de base foi feita de acordo com a inter-pretação da análise de solo, em função da recomendação oficial para o estado de Minas Gerais (Chagas et al., 1999). Todas as demais ações foram realizadas de acordo com Barbosa et al. (2009b).

Em Lavras o cultivo ocorreu no perí-odo de agosto a novembro de 2013, em área comercial. Em Ijaci, de fevereiro a maio de 2014, na Fazenda Palmital, da Universidade Federal de Lavras. Em Machado, de novembro de 2014 a fevereiro de 2015, no campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais.

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Em Lavras e em Ijaci os ensaios foram conduzidos em condições de se-queiro, com irrigação suplementar. Em Machado o ensaio foi apenas em condi-ções de sequeiro. O ensaio realizado em Machado sofreu com a falta de chuva em estádios fenológicos chaves para a cultura e com o excesso de chuva por ocasião da colheita, o que resultou em produtividade inferior à esperada.

Em Lavras, cada parcela contou com 12 linhas de 10 m de comprimen-to, com espaçamento de 0,60 m entre linhas. Em Ijaci foram utilizadas parcelas com 12 linhas de 7 m de comprimento,

com 0,60 m de espaçamento. Já em Machado, as parcelas tinham 12 linhas de 5 m, com espaçamento entre linhas de 0,50 m.

Quando os dois sistemas foram com-parados, observou-se que na PI houve significativa redução na utilização de insumos e, consequentemente, menor necessidade de atividades mecanizadas. Na PI não foram utilizados fertilizantes foliares e houve redução no número de pulverizações de até 70%. Em Lavras, a redução foi de dez para quatro, em Ijaci de 11 para cinco e em Machado de dez para três pulverizações (Tabela 3).

Tabela 3. Resumo das operações realizadas e insumos utilizados nos sistemas de Produção Conven-cional (PC) e Produção Integrada (PI), nos municípios de Lavras, Ijaci e Machado, em Minas Gerais.

Atividade/insumoLavras Ijaci Machado

PC PI V (%)1 PC PI V (%)1 PC PI V (%)1

Gradagem pesada 0 0 0 0 1 1Gradagem leve 0 0 0 0 1 1Escarificação 0 0 1 1 0 0Pulverização 10 4 -60 11 5 -54,5 10 3 -70Semeadura/adubação 1 1 1 1 1 1Adubação de cobertura 1 1 1 1 1 1Colheita 1 1 1 1 1 1Fertilizantes

NPK 08-28-16 0 0 400 0 -100 400 0 -100Superfosfato triplo 216 158,4 -26,7 0 297,3 0 112Cloreto de potássio 86,4 25,4 -70,6 0 86,2 0 34Ureia 186 98,8 -46,9 186 100,75 -45,8 186 45 -75,8Ácido bórico 11,52 4,32 -62,5 15 0 -100 15 0 -100Fertilizantes foliares

MAP purificado 4 0 -100 4 0 -100 4 0 -100Co e Mo 0,2 0 -100 0,2 0 -100 0,2 0 -100Mn 2 0 -100 2 0 -100 2 0 -100

continua...

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Atividade/insumoLavras Ijaci Machado

PC PI V (%)1 PC PI V (%)1 PC PI V (%)1

Aminoácidos 1 0 -100 1 0 -100 1 0 -100

Nitrato de potássio 4 0 -100 4 0 -100 6 0 -100

Herbicidas

Glifosato 480 g/L 4 4 5 5 0 0

Fomesafem (250 g/L) 0,6 0,3 -50 1,3 0 -100 0,3 0,3

Bentazona (480 g/L) 1,5 1,5 1,2 1,2 2,4 1,2 -50,0

Fluazifope-P-butílico (250 g/L) 0,5 0,5 0,75 0,75 1,25 1,05 -16,0(Fluazifope-p-butílico - 200 g/L) + (fomesafem 250 g/L) 0 0 0,5 0,5 0 01,1’-dimetil-4,4’-bipiridilio dicloreto, íon (paraquat) (200 g/L) 2 2 2,5 2,5 2,5 0 -100

Fungicidas

Azoxistrobina + difenoconazol (200 + 820 g/L) 0 0 0 0 0,3 0 -100

Trifloxistrobia + protioconazol (150 + 175 g/L) 0 0 0 0 1,5 0 -100

Fludioxonil + metalaxil-M (25 + 10 g/L) 0,12 0,12 0,12 0,12 0,12 0 -100

Difenoconazol (150 g/L) 0,24 0 -100 0,24 0,24 0,24 0,12 +400,0

Trichoderma asperellum (280 g/kg) 0,1 0 -100 0,1 0 -100 0,1 0,24 -76

Hidróxido de fentina ( 400 g/L) 1,8 0 -100 1,8 0 -100 1,8 0 -100

Tiofanato-metílico (700 g/kg) 2 0 -100 2 0 -100 2 0 -100

Azoxistrobina (500 g/kg) 0 0 0,24 0 -100 0 0

Azoxistrobina (200 g/L) + ciproconazol (82 g/L) 0 0 0,6 0 -100 0 0

Fluazinam (500 g/L) 1,5 0 -100 1,5 0 -100 1,5 0 -100

Inseticidas/acaricidas

Tiametoxam + lambdacialotrina (141 + 106 g/L) 0 0 0 0 0,7 0 -100

Tiametoxam (250 g/kg) 0,4 0 -100 0,58 0,18 -69,0 0,58 0,38 -34,5

Abamectina (18 g/L) 1 0 -100 1 0 -100 1 0 -100

Clorpirifós (480 g/L) 2,5 0 -100 2,5 0 -100 2,5 0 -100

Imidacloprido + beta-ciflutrina (100 + 12,5 g/L) 4,3 0,3 -93,0 2,3 0 -100 3,3 0 -100

Clorantraniliprole + lambda-cialotrina (100 + 50 g/L) 0,2 0 -100 0,6 0 -100 0,6 0 -100

Adjuvantes e outrosRegulador crescimento (citocinina + giberilina + ácido indolcanóico) 1 0 -100 0,75 0 -100 1 0 -100

Óleo mineral (428 g/L) 1,3 0,5 -61,5 0,8 0,5 -37,5 0,8 0,5 -37,5

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Sementes de feijão carioca 60 60 60 60 60 60 0

1V (%) Refere-se à variação na utilização do insumo.

Tabela 3. Resumo das operações realizadas e insumos utilizados nos sistemas de Produção Convencional (PC) e Produ-ção Integrada (PI), nos municípios de Lavras, Ijaci e Machado, em Minas Gerais.

Continuação...

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As produtividades na produção convencional foram de 1.977 kg/ha em Lavras, 1.798 kg/ha em Ijaci, e 681 kg/ha em Machado, contra 1.722 kg/ha em Lavras, 1.636 kg/ha em Ijaci, e 959 kg/ha em Machado, para a produção integrada, respectivamente. Contudo, os custos de produção foram, no mínimo, 32,8% me-nores e a lucratividade superior, quando o cultivo obedeceu aos preceitos da PI (Martins, 2016).

Outra informação importante diz respeito ao impacto dos diferentes com-ponentes nos custos de produção da lavoura, pois, na PI, o impacto percen-tual das diferentes categorias de custo é melhor distribuído, diminuindo princi-palmente as despesas com insumos, tornando a atividade produtiva menos sensível a eventuais distorções merca-dológicas que podem estar ligadas ao regime cambial e a crises econômicas, permitindo maior segurança para os envolvidos na atividade (Martins, 2016).

Como aderir à produção integrada do feijão-comum

De acordo com o Mapa, os passos para adoção da PI são:

1) Adesão - Os produtores podem ini-ciar o processo de adesão à PI por meio da adoção da Norma Técnica Específica (NTE), homologada, publicada e dis-ponível na página do Mapa na internet (Brasil, 2018).

2) Adoção das NTEs - As normas téc-nicas específicas são recomendações

técnicas com boas práticas agrícolas a serem seguidas pelos produtores. Essas normas são construídas em parceria en-tre a pesquisa, a extensão, o ensino e os produtores rurais, e apresentam como resultado de aplicação, além da garantia de um produto diferenciado, a redução dos custos de produção e, consequen-temente, maior rentabilidade.

3) Avaliação de conformidade - Depois de implementadas as NTEs e atendidos os critérios estabelecidos, o produtor rural poderá ter sua propriedade auditada por certificadoras acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e submetida à avaliação de conformidade, de acordo com os requisitos de avalia-ção da conformidade para Produção Integrada Agropecuária - PI Brasil.

4) Certificação PI Brasil e selo de iden-tificação de conformidade - A certificação PI-Brasil e a obtenção do Selo Brasil Certificado Agricultura de Qualidade são concedidos ao produtor rural que for aprovado na avaliação de conformida-de, na forma da legislação do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro), no qual o Mapa atua como órgão regulamenta-dor e fomentador, cabendo ao Inmetro, vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), entre outras atividades, as atribuições de acreditações, reacreditações e audi-tagens no Organismo de Certificação de Produtos - OCP, que, por sua vez, atesta a conformidade do produto a receber o selo oficial “Brasil Certificado”.

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Norma Técnica Específica (NTE) para a produção integrada do feijão-comum

A NTE para produção integrada de feijão-comum (Brasil, 2016) pode ser implementada por qualquer produtor, independentemente do seu porte. Como todas as normas dos demais produtos da PI, é formulada considerando as pre-missas das boas práticas agrícolas. Está de acordo com a Instrução Normativa nº 27, de 30 de agosto de 2010, que se refere à etapa Fazenda da Produção Integrada do Feijão, que abrange todos os processos conduzidos na produção agrícola, a colheita e a pós-colheita, conforme fixado pelo Anexo da Portaria nº 443, de 23 de novembro de 2011, do Inmetro (Anexo 1). Visando a atualiza-ção tecnológica, as normas são passí-veis de revisão.

De forma geral, são contempladas as seguintes etapas de produção: implan-tação da cultura, manejo e conservação do solo, escolha da cultivar, fertilidade e nutrição, manejo de água e irrigação, proteção integrada da cultura, colheita e armazenamento e transporte do pro-duto, produzido em PI. Além disso, são abordados temas como capacitação, assistência técnica, infraestrutura e responsabilidade social do estabeleci-mento, segurança, saúde e bem-estar do trabalhador, gestão ambiental e re-quisitos para a certificação e emissão do certificado de conformidade.

O processo de certificação da pro-dução está diretamente relacionado

ao cumprimento das NTEs. Para tal, o processo produtivo será auditado por um técnico habilitado, cujo processo passa pela verificação de um caderno de campo, documento no qual se re-gistra todas as intervenções realizadas durante o ciclo da cultura. De acordo com a NTE, alguns requisitos verificados são de cumprimento obrigatório, outros recomendados e outros proibidos. A certificação da produção será concedida quando todos os requisitos obrigatórios forem cumpridos.

Atualmente, a Certifica (http://www.institutocertifica.com.br/novo/) é a única certificadora acreditada junto ao Inmetro para fazer a certificação do feijão-comum.

Considerações finaisA adoção desse sistema de produção

contribuirá para a sustentabilidade do cultivo do feijoeiro-comum, garantindo o atendimento a mercados exigen-tes em qualidade e com garantia de rastreabilidade.

A oferta de grãos certificados repre-senta uma oportunidade de incremen-to do preço de venda do produto em mercados cuja percepção do consumi-dor sinalize que o feijão da PI é mais seguro e sustentável. De acordo com pesquisa realizada por Silva (2016), em Goiânia, GO, os consumidores estariam dispostos a pagar um sobre-preço pelo feijão produzido dentro das normas da PI.

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O menor número de pulverizações, na PI, resulta em maior quantidade de inimigos naturais, favorecendo o con-trole biológico das pragas e doenças presentes nesse sistema.

ReferênciasBARBOSA, F. R.; GONZAGA, A. C. de O. (Ed.). Informações técnicas para o cultivo do feijoeiro-comum na região central-brasileira: 2012-2014. Santo Antônio de Goiás, Embrapa Arroz e Feijão, 2012. 247 p. (Embrapa Arroz e Feijão. Documentos, 272).

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to da

legis

lação

am

bienta

l.

5.2. P

roteç

ão am

bienta

l

5.2.1.

Arm

azen

ar e

trans

porta

r agr

otóxic

os,

emba

lagen

s, ins

umos

, com

bustí

veis

e seu

s der

ivado

s de

acor

do co

m a l

egisl

ação

de ag

rotóx

icos.

5.2.2.

Lava

r as e

mbala

gens

e eq

uipam

entos

de

agro

tóxico

s e ou

tros i

nsum

os, e

m loc

ais ap

ropr

iados

, de

acor

do co

m a l

egisl

ação

.

5.2.3.

Dev

olver

as em

balag

ens v

azias

de ag

rotóx

icos

nas c

entra

is de

rece

bimen

to.

5.2.4.

Apr

esen

tar do

cume

nto co

mpro

batór

io, em

itido

pelo

órgã

o com

peten

te, do

cump

rimen

to da

legis

lação

am

bienta

l qua

nto ao

s esta

belec

imen

tos de

prod

ução

e be

nefic

iamen

to de

agro

tóxico

s.

5.2.5.

Apr

esen

tar do

cume

nto co

mpro

batór

io, em

itido

pelo

órgã

o com

peten

te, re

feren

te ao

cump

rimen

to da

leg

islaç

ão pe

rtinen

te à p

rese

rvaçã

o e à

manu

tençã

o de

Áre

as de

Pre

serva

ção P

erma

nente

(APP

s) e

rese

rvas l

egais

.

5.2.6.

Reu

tiliza

r emb

alage

ns

de ag

rotóx

icos.

5.2.7.

Que

imar

ou en

terrar

as

emba

lagen

s vaz

ias de

ag

rotóx

icos,

bem

como

a sa

caria

de se

mente

s trat

adas

.

5.2.8.

Arm

azen

ar

ester

co, in

stalar

área

de

comp

ostag

em, a

baste

cer

e lav

ar pu

lveriz

ador

es e

emba

lagen

s de a

grotó

xicos

a u

ma di

stânc

ia inf

erior

à pe

rmitid

a pela

legis

lação

vig

ente,

em re

lação

às

nasc

entes

, red

es flu

viais

e re

serva

tórios

de ág

ua.

5.2.9.

Cap

tar ág

ua pa

ra

pulve

rizaç

ão di

retam

ente

do

curso

d’ág

ua.

5.3. U

so ra

ciona

l e fo

ntes a

ltern

ativa

s de

ener

gia5.3

.1. U

tiliza

r, de f

orma

racio

nal, o

s com

bustí

veis

fósse

is, su

bstitu

indo-

os po

r fon

tes al

terna

tivas

de

ener

gia re

nová

vel, s

empr

e que

poss

ível.

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176.

Infr

aest

rutu

ra d

o es

tabe

leci

men

to

6.1. A

rmaz

enam

ento

de ag

rotóx

icos

6.1.1.

Arm

azen

ar pr

oduto

s e em

balag

ens u

tiliza

das

confo

rme a

legis

lação

de ag

rotóx

icos.

6.1.2.

Arm

azen

ar os

agro

tóxico

s em

local

espe

cífico

, ve

ntilad

o, co

m ac

esso

restr

ito e

prep

arad

o par

a con

ter

vaza

mento

s, infi

ltraçõ

es ou

conta

mina

ções

para

o ex

terior

.

6.1.3.

Ado

tar as

BPA

para

sepa

rar, a

rmaz

enar,

ma

nuse

ar e

identi

ficar

os ag

rotóx

icos e

man

ter

regis

tro si

stemá

tico d

a mov

imen

tação

de es

toque

na

unida

de de

prod

ução

.

6.1.4.

Arm

azen

ar os

agro

tóxico

s líqu

idos n

as

prate

leira

s infe

riore

s.

6.1.5.

Man

ter se

para

dos o

s pro

dutos

infla

máve

is.

6.1.6.

Man

ter as

emba

lagen

s fec

hada

s sob

re

palle

ts (e

strad

os).

6.2. D

estin

ação

de em

balag

ens v

azias

de

agro

tóxico

s

6.2.1.

Rea

lizar

a trí

plice

lava

gem

manu

al ou

sob

pres

são,

confo

rme o

tipo d

e emb

alage

m.

6.2.2.

Inuti

lizar

e en

cami

nhar

aos p

ostos

de

reco

lhime

nto, c

onfor

me or

ientaç

ão do

Insti

tuto

Nacio

nal d

e Pro

cess

amen

to de

Emb

alage

ns V

azias

- I

npev

.

6.2.3.

Reu

tiliza

r as

emba

lagen

s de a

grotó

xicos

.

6.3. S

inaliz

ação

6.3.1.

Sina

lizar

com

aviso

s de p

erigo

poten

cial o

s loc

ais de

aces

so às

insta

laçõe

s de a

rmaz

enam

ento

de

agro

tóxico

s e ou

tros i

nsum

os.

6.3.2.

Sina

lizar

a pr

oprie

dade

e a u

nidad

e ar

maze

nado

ra pa

ra in

forma

r visi

tantes

e co

nscie

ntiza

r qua

nto à

segu

ranç

a pes

soal.

6.4. A

lojam

ento

e loc

ais pa

ra

alime

ntaçã

o6.4

.1. O

ferec

er es

trutur

as ap

ropr

iadas

para

habit

ação

e a

limen

tação

dos t

raba

lhado

res.

6.5. In

stalaç

ões s

anitá

rias

6.5.1.

Disp

onibi

lizar

insta

laçõe

s san

itária

s e de

lav

agem

das m

ãos a

men

os de

500 m

etros

do lo

cal

de tr

abalh

o.

7. Im

plan

taçã

o da

cul

tura

7.1. E

scolh

a da á

rea

7.1.1.

Utili

zar r

otaçã

o de c

ultur

as.

7.1.2.

Cult

ivar e

m so

los nã

o com

pacta

dos,

com

baixa

decli

vidad

e, pla

nos,

friáve

is, be

m dr

enad

os e

de bo

a fer

tilida

de na

tural.

7.1.3.

For

mar p

alhad

a de c

ober

tura,

antec

eden

do

o cult

ivo.

7.1.4.

Rep

etir o

cultiv

o na

mesm

a áre

a, de

ntro d

o me

smo a

no.

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18

7.2. Id

entifi

caçã

o de p

arce

la pa

ra os

re

gistro

s de d

ados

de ra

strea

bilida

de

7.2.1.

Insti

tuir c

ader

no de

camp

o par

a reg

istra

r BPA

e os

dado

s de r

astre

abilid

ade.

7.2.2.

Iden

tifica

r a un

idade

de pr

oduç

ão qu

e ap

rese

nte a

mesm

a cult

ivar, c

om a

mesm

a épo

ca

de pl

antio

, sub

metid

a aos

mes

mos t

ratos

cultu

rais

e fitos

sanit

ários

, de a

cord

o com

o pr

econ

izado

pela

PI do

feijã

o e co

m as

resp

ectiv

as co

orde

nada

s ge

ográ

ficas

.

7.2.3.

Sina

lizar

na pr

oprie

dade

, por

meio

de pl

acas

ou

outro

símb

olo, a

s par

celas

desti

nada

s à P

I do f

eijão

.

7.2.4.

Deli

mitar

as un

idade

s de p

rodu

ção,

por m

eio de

ge

orre

feren

ciame

nto, p

laneja

ndo o

uso d

as pa

rcelas

.

7.3. É

poca

de se

mead

ura

7.3.1.

Aten

der à

s rec

omen

daçõ

es do

zone

amen

to ag

rocli

mátic

o par

a a cu

ltura

.

7.3.2.

Aten

der à

s rec

omen

daçõ

es do

vazio

sanit

ário

para

o fei

joeiro

-comu

m, vi

sand

o o co

ntrole

da m

osca

-br

anca

, de a

cord

o com

a leg

islaç

ão vi

gente

do M

apa.

7.3.3.

Evit

ar a

seme

adur

a em

époc

a de m

aior

infes

tação

da m

osca

-bra

nca.

7.4. S

emen

tes7.4

.1. U

tiliza

r sem

entes

prod

uzida

s em

confo

rmida

de

com

a leg

islaç

ão vi

gente

do M

apa.

7.5. C

ultiva

r

7.5.1.

Utili

zar c

ultiva

res r

ecom

enda

das p

ara a

regiã

o, ins

critas

no R

egist

ro N

acion

al de

Cult

ivare

s (RN

C/Ma

pa).

7.5.2.

Iden

tifica

r se a

cultiv

ar é

gene

ticam

ente

modifi

cada

.

7.5.3.

Utili

zar, p

refer

encia

lmen

te, cu

ltivar

es

resis

tentes

e/ou

toler

antes

às pr

incipa

is pr

agas

e do

ença

s que

ocor

rem

na re

gião o

u loc

al.

7.5.4.

Utili

zar m

ais de

uma c

ultiva

r em

área

s dif

eren

tes e

identi

ficad

as.

7.6. S

emea

dura

7.6.1.

Utili

zar o

Sist

ema P

lantio

Dire

to (S

PD).

7.6.2.

Rea

lizar

o tra

tamen

to de

seme

ntes.

7.6.3.

Utili

zar s

emea

dura

em ní

vel, e

spaç

amen

to e d

ensid

ade i

ndica

dos p

ara a

cultiv

ar, co

nform

e re

come

ndaç

ão té

cnica

das i

nstitu

ições

de pe

squis

a ofi

ciais

ou do

s obte

ntore

s das

cultiv

ares

.

8. M

anej

o e

cons

erva

ção

do s

olo

8.1. P

rátic

as co

nser

vacio

nistas

8.1.1.

Ado

tar pr

ática

s con

serva

cionis

tas de

contr

ole do

pr

oces

so de

eros

ão e

melho

ria bi

ológic

a do s

olo.

8.1.2.

Utili

zar r

otaçã

o de c

ultur

as.

8.1.3.

For

mar p

alhad

a de c

ober

tura.

Page 19: Foto: Sebastião José de Araújoainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/188985/1/35344.pdf · mas de produção, observaram-se ex-pressivas reduções no uso de insumos nas

199.

Fer

tilid

ade

e nu

triç

ão

9.1. A

valia

ção d

a fer

tilida

de do

solo

9.1.1.

Rea

lizar

análi

se qu

ímica

do so

lo, no

míni

mo a

cada

dois

anos

, par

a refe

renc

iar a

reco

mend

ação

da

adub

ação

com

base

na ex

pecta

tiva d

e pro

duçã

o.

9.1.2.

Seg

uir as

reco

mend

açõe

s reg

ionais

, par

a a c

orre

ção d

a acid

ez e

a rec

omen

daçã

o de

adub

ação

com

macro

e mi

cronu

triente

s.

9.1.3.

Mon

itora

r a efi

ciênc

ia da

adub

ação

e o e

stado

nutric

ional

das p

lantas

por m

eio da

dia

gnos

e foli

ar.

9.2. E

scolh

a de c

orre

tivos

e fer

tiliza

ntes

9.2.1.

Esc

olher

os co

rretiv

os e

fertili

zante

s de a

cord

o co

m a a

nális

e do s

olo.

9.2.2.

Qua

ndo p

ossív

el, ut

ilizar

a ad

ubaç

ão

orgâ

nica,

em su

bstitu

ição à

adub

ação

quím

ica.

9.3. A

plica

ção d

e cor

retiv

os e

fertili

zante

s

9.3.1.

Rea

lizar

a co

rreçã

o da a

cidez

do so

lo, pe

lo me

nos t

rês m

eses

antes

da se

mead

ura.

9.3.2.

Leva

r em

cons

idera

ção o

histó

rico d

a áre

a (cu

ltura

s ante

riore

s).

10. M

anej

o de

águ

a e

irrig

ação

10.1.

Disp

onibi

lidad

e de á

gua

10.1.

1. Ob

ter au

toriza

ção d

o órg

ão co

mpete

nte pa

ra a

instal

ação

de eq

uipam

ento

de irr

igaçã

o.10

.1.2.

Disp

onibi

lizar

água

em

quan

tidad

e sup

erior

à re

quer

ida.

10.2.

Irrig

ação

10.2.

1. Ad

minis

trar a

irriga

ção e

m fun

ção d

o bala

nço

hídric

o, da

capa

cidad

e de r

etenç

ão de

água

no so

lo e

da de

mand

a da c

ultur

a.

10.2.

2. Ad

otar s

istem

a de m

onito

rame

nto da

irr

igaçã

o que

perm

ita in

dicar

quan

do e

quan

to irr

igar (

utiliz

ar ap

arelh

os co

mo te

nsiôm

etro,

Tanq

ue

Clas

se A

).

11. P

rote

ção

inte

grad

a da

cul

tura

11.1.

Mon

itora

mento

de pl

antas

da

ninha

s, do

ença

s e pr

agas

11.1.

1. Ut

ilizar

as té

cnica

s pre

coniz

adas

no m

anejo

int

egra

do de

plan

tas da

ninha

s, do

ença

s e pr

agas

.

11.1.

2. Ad

otar a

s rec

omen

daçõ

es té

cnica

s das

ins

tituiçõ

es ofi

ciais

de pe

squis

a par

a a cu

ltura

, pr

oced

endo

ao re

gistro

no ca

dern

o de c

ampo

.

11.1.

3. Ut

ilizar

arma

dilha

s que

poss

ibilite

m afe

rir a

ocor

rênc

ia e fl

utuaç

ão de

prag

as.

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20

11.2.

Esc

olha d

o méto

do de

contr

ole

11.2.

1. Pr

ioriza

r o us

o de m

étodo

de co

ntrole

cu

ltura

l biol

ógico

e pr

oduto

s sele

tivos

aos i

nimigo

s na

turais

, e co

m me

nor t

oxici

dade

para

o am

biente

e p

ara o

aplic

ador.

11.2.

2. Na

s táti

cas d

e con

trole

de pl

antas

danin

has

prior

izar o

uso d

o méto

do cu

ltura

l (prin

cipalm

ente

a cob

ertur

a mor

ta), c

omple

menta

do pe

lo co

ntrole

qu

ímico

e me

cânic

o.

11.2.

3. No

contr

ole qu

ímico

, pre

ferir o

s pro

dutos

de

men

or to

xicida

de (c

lasse

s III e

IV),

e rota

ciona

r me

canis

mos d

e açã

o dos

agro

tóxico

s.

11.3.

Apli

caçã

o de a

grotó

xicos

11.3.

1. Ut

ilizar

some

nte pr

oduto

s reg

istra

dos n

o Map

a, me

diante

rece

ituár

io ag

ronô

mico

.

11.3.

2. A

decis

ão de

aplic

ar de

verá

ser b

asea

da

em am

ostra

gens

, em

funçã

o dos

níve

is de

dano

s ec

onôm

icos,

confo

rme o

man

ejo in

tegra

do de

prag

as,

doen

ças e

plan

tas da

ninha

s.

11.3.

3. Ut

ilizar

a do

sage

m do

agro

tóxico

e re

speit

ar o

inter

valo

de se

gura

nça e

de ca

rênc

ia ind

icado

s.

11.3.

4. Ob

edec

er às

reco

mend

açõe

s téc

nicas

sobre

ma

nipula

ção d

e agro

tóxico

s, co

nform

e leg

islaç

ão vi

gente

.

11.3.

5. Ma

nter r

egist

ros d

e tod

as as

oper

açõe

s (da

ta da

aplic

ação

, agr

otóxic

o utili

zado

, dos

e, mé

todo d

e ap

licaç

ão, id

entifi

caçã

o do o

pera

dor),

junta

mente

com

o rec

eituá

rio ag

ronô

mico

.

11.3.

6. Mo

nitor

ar as

cond

ições

agro

climá

ticas

, pa

ra o

conh

ecim

ento

dos f

atore

s que

favo

rece

m a

incidê

ncia

de pl

antas

danin

has,

prag

as e

doen

ças.

11.3.

7. Ef

etuar

a ap

licaç

ão do

agro

tóxico

em

cond

ições

clim

ática

s fav

oráv

eis (t

empe

ratur

a, um

idade

relat

iva do

ar, v

elocid

ade d

o ven

to).

11.3.

8. Le

var e

m co

nside

raçã

o a efi

ciênc

ia e

a sele

tivida

de do

s agr

otóxic

os, o

s risc

os de

su

rgim

ento

de re

sistên

cia, a

persi

stênc

ia, a

toxici

dade

, os r

esídu

os no

s grã

os e

os im

pacto

s no

ambie

nte.

11.3.

9. Al

terna

r prin

cípios

ativo

s e o

modo

de aç

ão

dos a

grotó

xicos

, par

a evit

ar re

sistên

cia.

11.3.

10. M

anipu

lar e

aplic

ar

agro

tóxico

s na p

rese

nça d

e pe

ssoa

s não

prote

gidas

.

11.3.

11. A

plica

r fun

gicida

s e i

nseti

cidas

em da

tas

pré-

defin

idas s

em cr

itério

s téc

nicos

.

11.4.

Equ

ipame

ntos

11.4.

1. Ut

ilizar

EPI

s, co

nform

e a le

gislaç

ão vi

gente

.

11.4.

2. Us

ar do

sado

res a

prop

riado

s par

a med

ir as

quan

tidad

es re

come

ndad

as no

rótul

o dos

agro

tóxico

s.

11.4.

3. Re

aliza

r a m

anute

nção

e a a

feriçã

o de

máqu

inas e

dema

is eq

uipam

entos

antes

da

aplic

ação

de fe

rtiliza

ntes o

u agr

otóxic

os.

11.4.

4. Ap

licar

agro

tóxico

s utili

zand

o tra

tores

do

tados

de ca

bine.

11.5.

Tran

spor

te e d

esca

rte de

em

balag

em

11.5.

1. Ap

ós a

utiliz

ação

total

do ag

rotóx

ico, r

ealiz

ar a

trípli

ce la

vage

m ou

lava

gem

sob p

ress

ão, c

onfor

me o

tipo d

e emb

alage

m.

11.5.

2. Ma

nter a

s emb

alage

ns va

zias e

m loc

al pr

óprio

e s

egur

o até

o mom

ento

de tr

ansp

ortá-

las ao

s pos

tos

de re

cebim

ento,

confo

rme d

eterm

inaçã

o na n

ota fis

cal.

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2112

. Col

heita

12.1.

Colh

eita

12.1.

1. Ef

etuar

a lim

peza

e a r

egula

gem

da co

lhedo

ra,

antes

da co

lheita

.

12.1.

2. Co

lher a

prod

ução

de fe

ijão d

o sist

ema

integ

rado

sepa

rada

mente

do fe

ijão d

e outr

os si

stema

s.

12.1.

3. Ut

ilizar

agro

tóxico

s rec

omen

dado

s par

a a

dess

ecaç

ão da

lavo

ura,

quan

do ne

cess

ário.

12.1.

4. Mo

nitor

ar as

perd

as du

rante

o pr

oces

so de

co

lheita

e pr

oced

er ao

s ajus

tes ne

cess

ários

.

12.1.

5. Em

caso

s de a

lta in

festaç

ão de

plan

tas

danin

has o

u des

unifo

rmida

de fis

iológ

ica da

cultu

ra,

reali

zar a

dess

ecaç

ão qu

ando

as pl

antas

ating

irem

a plen

a matu

raçã

o.

13. P

ós-c

olhe

ita

13.1.

Sist

ema d

e ras

treab

ilidad

e

13.1.

1. Ins

tituir c

ader

nos d

e pós

-colhe

ita pa

ra o

regis

tro de

dado

s sob

re a

aplic

ação

de bo

as pr

ática

s, a p

artir

da sa

ída do

feijã

o do c

ampo

até a

expe

dição

do

prod

uto.

13.1.

2. Co

mpro

var a

rastr

eabil

idade

, a pa

rtir da

saída

do

feijã

o do c

ampo

até a

expe

dição

do pr

oduto

.

13.2.

Iden

tifica

ção e

tran

spor

te

13.2.

1. Re

aliza

r o tr

ansp

orte

desd

e o ca

mpo a

té a

unida

de ar

maze

nado

ra em

veícu

los ap

ropr

iados

e de

vidam

ente

higien

izado

s.

13.2.

2. A

carg

a de g

rãos

deve

estar

acom

panh

ada d

e ide

ntific

ação

da pr

oprie

dade

, da p

arce

la e d

a cult

ivar.

13.2.

3. Ut

ilizar

méto

dos,

técnic

as e

proc

esso

s de

logíst

ica, d

uran

te o t

rans

porte

, que

asse

gure

m a

quali

dade

e a r

astre

abilid

ade d

o pro

duto,

desd

e a s

aída d

a colh

edor

a até

a rec

epçã

o na u

nidad

e ar

maze

nado

ra.

13.2.

4. Ao

tran

spor

tar os

grão

s oriu

ndos

da pr

oduç

ão

integ

rada

do fe

ijão j

unto

com

outro

tipo d

e mer

cado

ria,

esse

s dev

erão

estar

devid

amen

te ide

ntific

ados

e iso

lados

.

13.3.

Higi

ene e

prev

ençã

o de

conta

mina

ções

13.3.

1. Fa

zer a

higie

nizaç

ão do

s equ

ipame

ntos

utiliz

ados

na pr

oduç

ão, n

a colh

eita,

no tr

ansp

orte

e no b

enefi

ciame

nto, a

ntes d

e ser

em ut

ilizad

os na

pr

oduç

ão in

tegra

da do

feijã

o.

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22

13.4.

Rec

epçã

o13

.4.1.

Segr

egar

os lo

tes de

feijã

o pro

duzid

os no

sis

tema d

e pro

duçã

o inte

grad

a daq

ueles

prov

enien

tes

de ou

tros s

istem

as, m

anten

do a

identi

ficaç

ão da

pr

oprie

dade

, da á

rea e

da cu

ltivar.

13.5.

Pré

-limpe

za13

.5.1.

Reali

zar a

pré-

limpe

za do

s grã

os.

13.6.

Sec

agem

13.6.

1. Se

car o

s grã

os at

é que

o teo

r de u

mida

de

atinja

valor

igua

l ou i

nferio

r a 14

%.

13.6.

2. Re

gistra

r a te

mper

atura

de se

cage

m no

ca

dern

o de p

ós-co

lheita

.

13.7.

Clas

sifica

ção

13.7.

1. Cl

assifi

car e

arma

zena

r os g

rãos

segu

indo

a leg

islaç

ão vi

gente

quan

to ao

s lim

ites m

áxim

os

perm

itidos

de de

feitos

e im

pure

zas.

13.8.

Arm

azen

amen

to

13.8.

1. Ar

maze

nar, d

evida

mente

sepa

rado

s e

identi

ficad

os, o

s grã

os or

iundo

s do s

istem

a de

prod

ução

integ

rada

.

13.8.

2. Hi

gieniz

ar as

insta

laçõe

s da u

nidad

e ar

maze

nado

ra, a

ntes d

o iníc

io do

arma

zena

mento

, ma

ntend

o-a l

impa

dura

nte to

do o

perío

do.

13.8.

3. Ad

otar o

prog

rama

de m

anejo

integ

rado

de

prag

as de

grão

s arm

azen

ados

e mo

nitor

ar po

ssíve

is co

ntami

naçõ

es po

r mate

riais

inerte

s e po

r anim

ais,

dura

nte o

perío

do de

arma

zena

mento

.

13.8.

4. Ut

ilizar

para

o co

ntrole

de pr

agas

de gr

ãos

arma

zena

dos,

some

nte pr

oduto

s reg

istra

dos n

o Map

a, me

diante

rece

ituár

io ag

ronô

mico

, de a

cord

o com

a leg

islaç

ão vi

gente

.

13.8.

5. Ar

maze

nar n

o mes

mo es

paço

, se

nece

ssár

io, o

feijão

de ou

tros s

istem

as de

pr

oduç

ão, c

om a

devid

a ide

ntific

ação

.

13.8.

6. Im

pleme

ntar B

PA e

os pr

incípi

os do

sis

tema d

e Aná

lise d

e Per

igos e

Pon

tos C

rítico

s de

Contr

ole (A

PPCC

).

13.9.

Emp

acota

mento

13.9.

1. Ide

ntific

ar as

emba

lagen

s con

tendo

o fei

jão

oriun

do da

PI.

13.9.

2. Fa

zer, r

egula

rmen

te, a

higien

izaçã

o de

equip

amen

tos e

do lo

cal d

e tra

balho

.

13.9.

3. Em

paco

tar os

grão

s oriu

ndos

da P

I com

iso

lamen

to ad

equa

do do

empa

cotam

ento

de fe

ijão

oriun

do de

outro

siste

ma de

cultiv

o.

13.9.

4. Im

pleme

ntar o

siste

ma A

PPCC

.

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23

13.10

. Aná

lise d

e res

íduos

de

agro

tóxico

s e de

mico

toxina

s

13.10

.1. R

ealiz

ar a

análi

se de

resíd

uos d

e agr

otóxic

os

e mico

toxina

s con

forme

deter

mina

do pe

la Po

rtaria

Inm

etro n

º 443

, de 2

3 de n

ovem

bro d

e 201

1.

13.10

.2. M

anter

disp

oníve

is os

resu

ltado

s das

análi

ses.

13.10

.3. E

labor

ar pl

ano d

e açã

o com

vista

s a el

imina

r as

caus

as do

s pro

blema

s nas

safra

s futu

ras q

uand

o o

Limite

Máx

imo d

e Res

íduos

(LMR

) dos

grão

s exc

eder

os

limite

s da l

egisl

ação

vige

nte.

13.10

.4. C

oletar

porçõ

es de

350 g

de gr

ãos,

direta

mente

na co

lhedo

ra, e

m de

z pon

tos da

lavo

ura,

ao ac

aso,

dura

nte a

colhe

ita em

camp

os co

m até

50

ha, h

omog

eneiz

ando

-as p

ara a

cons

tituiçã

o de

amos

tra ún

ica.

13.10

.5. C

oletar

amos

tras n

a unid

ade a

rmaz

enad

ora,

em si

lo ind

ividu

aliza

do, r

etira

ndo p

elo m

enos

uma

porçã

o de 3

50 g

a cad

a cinc

o ton

elada

s, as

quais

se

rão h

omog

eneiz

adas

, form

ando

uma ú

nica a

mostr

a co

mpos

ta, e

desta

retira

r uma

amos

tra re

pres

entat

iva

do lo

te.

13.10

.7. C

omer

cializ

ar

grão

s qua

ndo o

LMR

de ag

rotóx

icos e

de

mico

toxina

s exc

eder

em

os lim

ites p

ermi

tidos

, em

cump

rimen

to à l

egisl

ação

vig

ente.

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2414

. Aud

itoria

14.1.

Geo

rrefer

encia

mento

e ab

rang

ência

da ra

strea

bilida

de

14.1.

1. Ge

orre

feren

ciar a

área

onde

foi re

aliza

do o

proc

esso

de pr

oduç

ão.

14.1.

2. Ra

strea

r a ár

ea de

prod

ução

, no c

ampo

.

14.1.

3. Ma

nter a

iden

tidad

e da c

arga

dura

nte o

trans

porte

.

14.1.

4. Ind

ividu

aliza

r cad

a lote

na un

idade

ar

maze

nado

ra de

grão

s.

14.1.

5. Ma

nter r

egist

ros a

tualiz

ados

e fid

edign

os.

14.1.

6. Ma

nter o

s reg

istro

s das

infor

maçõ

es po

r um

perío

do m

ínimo

de do

is an

os, p

ara fi

ns de

ra

strea

mento

de to

das a

s etap

as do

proc

esso

.

14.1.

7. Ut

ilizar

um si

stema

que p

ermi

ta a

identi

ficaç

ão rá

pida d

os gr

ãos o

riund

os do

s dif

eren

tes ca

mpos

de P

I do f

eijão

.

14.2.

Cad

erno

de ca

mpo (

manu

al ou

inf

orma

tizad

o)

14.2.

1. Re

gistra

r, man

ual o

u elet

ronic

amen

te, to

dos o

s pr

oced

imen

tos té

cnico

s rea

lizad

os du

rante

o pr

oces

so

de pr

oduç

ão, d

esde

a se

mead

ura a

té a e

ntreg

a dos

gr

ãos n

a unid

ade a

rmaz

enad

ora/e

mpac

otado

ra.

14.3.

Agr

otóxic

os

14.3.

1. Re

aliza

r o re

gistro

das a

plica

ções

conte

ndo,

pelo

meno

s, as

infor

maçõ

es: d

ata, h

ora, á

rea, p

roduto

come

rcial,

do

sage

m, re

spon

sáve

l técn

ico, re

spon

sáve

l pela

aplica

ção,

modo

de ap

licaçã

o, qu

antid

ade d

e cald

a por

hecta

re,

perío

do de

carên

cia e

interv

alo de

segu

rança

.

14.3.

2. Re

aliza

r o re

gistro

siste

mátic

o da

movim

entaç

ão de

estoq

ue, v

isand

o o pr

oces

so de

ra

strea

bilida

de.

14.4.

Plan

tas da

ninha

s, pr

agas

e do

ença

s14

.4.1.

Efetu

ar, re

gular

mente

, o re

gistro

da in

cidên

cia e

da se

verid

ade d

e plan

tas da

ninha

s, pr

agas

e do

ença

s na

lavo

ura.

14.5.

Cor

retiv

os e

fertili

zante

s14

.5.1.

Efetu

ar o

regis

tro da

s apli

caçõ

es co

ntend

o, pe

lo me

nos,

as in

forma

ções

: áre

a de p

rodu

ção,

prod

uto co

merci

al, do

sage

m, re

spon

sáve

l pela

ap

licaç

ão e

o mod

o de a

plica

ção.

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25

14.6.

Irrig

ação

14.6.

1. Ef

etuar

o re

gistro

das i

rriga

ções

, qua

ndo

efetua

das,

conte

ndo,

pelo

meno

s: ár

ea de

prod

ução

, da

ta, lâ

mina

aplic

ada,

resp

onsá

vel p

ela irr

igaçã

o e o

sistem

a utili

zado

.

14.7.

Equ

ipame

ntos

14.7.

1. Ef

etuar

o re

gistro

das m

anute

nçõe

s e c

alibr

açõe

s con

tendo

, pelo

men

os: d

ata,

proc

edim

entos

e re

spon

sáve

is.

14.8.

Cad

erno

de pó

s-colh

eita (

manu

al ou

infor

matiz

ada)

14.8.

1. Re

gistra

r, de m

odo s

istem

ático

, no c

ader

no

de pó

s-colh

eita,

os pr

oces

sos r

ealiz

ados

, des

de a

rece

pção

na un

idade

arma

zena

dora

até a

expe

dição

.

14.8.

2. Ma

nter a

s info

rmaç

ões q

ue pe

rmita

m a

rastre

abilid

ade a

té o p

onto

de en

trega

ao co

mprad

or fin

al.

14.8.

3. Co

mpati

biliza

r a co

leta e

a tra

nsmi

ssão

de

infor

maçõ

es co

m a d

eman

da de

siste

mas d

e ga

ranti

a da q

ualid

ade,

na fa

se de

pós-c

olheit

a, co

mo o

sistem

a APP

CC e

a ISO

2200

0.

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2615

. Cer

tifica

ção

15.1.

Aud

itoria

s exte

rnas

15.1.

1. A a

udito

ria po

derá

ser in

dividu

al ou

em gr

upo.

15.1.

2. A

amos

trage

m pa

ra au

ditor

ia efe

tuada

em

grup

o dev

erá s

er re

aliza

da ao

acas

o, de

acor

do co

m os

se

guint

es cr

itério

s:Pr

oduto

res e

m gr

upo

%

a se

r aud

itada

Até 1

00

10De

101 a

500

8

De 50

1 a 5.

000

6

Acim

a de 5

.001

4

15.1.

3. De

termi

nar a

s pro

pried

ades

a se

rem

audit

adas

, po

r sor

teio o

u sist

ema d

e rod

ízio,

inter

calan

do as

au

ditor

ias na

s dife

rente

s pro

pried

ades

a ca

da an

o.15

.1.4.

O pr

oduto

r inter

essa

do em

certifi

car a

prod

ução

de

feijã

o-co

mum

ou de

prod

utos d

eriva

dos,

de ac

ordo

co

m o s

istem

a PI-B

rasil

, dev

erá e

ncam

inhar

o for

mulár

io de

solic

itaçã

o, co

nform

e esta

belec

ido na

Por

taria

nº 27

4, de

21 de

junh

o de 2

011,

do In

metro

.15

.1.5.

A aud

itoria

de m

anute

nção

deve

rá se

r anu

al.15

.1.6.

As au

ditor

ias de

verã

o ser

reali

zada

s em

todas

as

unida

des a

rmaz

enad

oras

e em

paco

tador

as.

15.1.

7. A c

ompro

vaçã

o do c

umpri

mento

dos r

equis

itos d

e av

aliaç

ão re

sulta

na em

issão

do ce

rtifica

do de

confo

rmida

de,

emitid

o por

um O

rganis

mo de

Cert

ificaç

ão de

Prod

uto

(OCP

), com

valid

ade d

e cinc

o ano

s. No

caso

de pr

oduto

s fin

ais, ta

mbém

pode

rão se

r utiliz

ados

selos

de id

entifi

caçã

o de

confo

rmida

de na

emba

lagem

.15

.1.8.

O pe

ríodo

de ca

rênc

ia em

PI-B

rasil

para

fins d

e so

licita

ção d

e cer

tifica

ção p

ara f

eijoe

iro-co

mum

é de u

ma

safra

agríc

ola.

15.1.

9. A

equip

e aud

itora

do O

CP de

verá

comp

rova

r a

capa

citaç

ão em

PI-B

rasil

e na

s nor

mas d

e pro

duçã

o int

egra

da do

feijã

o, co

nform

e a P

ortar

ia nº

274,

de 21

de

junho

de 20

11, d

o Inm

etro.

15.1.

10. R

ealiz

ar, na

prod

ução

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Por

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Fonte

: Bra

sil (2

016)

.

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CG

PE 1

4868

Exemplares desta edição podem ser adquiridos na:

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1ª ediçãoOn-line (2018)

1ª impressão (2018): 1.000 exemplares

Comitê de Publicações da Embrapa Arroz e Feijão

PresidenteAndré Ribeiro Coutinho

Secretária-ExecutivaTereza Cristina de Oliveira Borba

MembrosAluísio Goulart Silva, Ana Lúcia Delalibera de Faria, Fábio Fernandes Nolêto, Luiz Roberto

Rocha da Silva, Luciene Fróes Camarano de Oliveira, Luís Fernando Stone, Márcia

Gonzaga de Castro Oliveira, José Manoel Colombari Filho, Roselene de Queiroz Chaves

Supervisão editorialLuiz Roberto R. da Silva

Revisão de textoLuiz Roberto R. da Silva

Normalização bibliográficaAna Lúcia D. de Faria (CRB 1/324)

Editoração eletrônicaFabiano Severino

Foto da capaSebastião José de Araújo