Foto: Reprodução do livro - Lume Arquitetura · Durante o dia, a cidade e seus edifícios são...

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L U M E A R Q U I T E T U R A 22 Foto: Reprodução do livro Lyon Lumière

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City BeautificationIluminação para o embelezamento das cidades

p o n t o d e v i s t a

Por Plínio Godoy

Ópera de Lyon (acima), Ponte de Lyon (ao lado) eO Castelo do Morro (página à esquerda).

Monumentos de uma cidade que vem sendoconsiderada referência no conceito

de City Beautification.

O CONCEITO DE PLANEJAMENTO URBANO ABRANGE

todos os aspectos da vida na cidade. O uso funcional e

seguro das áreas públicas durante a noite; a percepção

dos espaços, volumes, estruturas e elementos destas

áreas por parte dos cidadãos e visitantes, enfim, os

aspectos do urbanismo relacionados com o ambiente

noturno são os pontos de partida para o Embelezamento

de Cidades - expressão que se originou do termo em

inglês City Beautification, característico das intervenções

urbanas que produzem benefícios relacionados com o

destaque e a valorização histórica, cultural, social e

econômica das urbes.

Graças aos avanços da tecnologia e o surgimento de

sistemas mais eficientes, com maior vida útil, compactos e

inteligentes, as aplicações das técnicas da iluminação

urbana ganham força no contexto da valorização dos

espaços e monumentos, inspirando respeito, admiração e

orgulho aos cidadãos.

O Embelezamento de Cidades é uma abordagem integra-

da, que considera:

● Funcionalidade do sistema de iluminação (tais como

níveis de iluminância, uniformidade e ofuscamento);

● Efeitos estéticos e emocionais;

● Tridimensão do cenário urbano, sua arquitetura, massas

e formas;

● Iluminação dos espaços públicos que canalizam os

movimentos de veículos e pedestres, e os espaços para os

quais os mesmos são direcionados;

● Iluminação para sinalização;

● Paisagismo (o chamado Landscape Lighting, que

contempla a valorização dos recursos naturais ou elementos

construídos pelo homem, tais como parques, praças, jardins,

árvores e áreas verdes em geral);

● Valorização dos espaços urbanos, através da ilumina-

ção funcional e decorativa de vias de tráfego de pedestres,

zonas de comércio, calçadões etc;

● Iluminação festiva e de entretenimento em datas

específicas;

● Iluminação para publicidade;

● Iluminação conjugada ao mobiliário urbano.

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Benefícios da IluminaçãoBenefícios da IluminaçãoBenefícios da IluminaçãoBenefícios da IluminaçãoBenefícios da Iluminaçãopara o Embelezamento das Cidadespara o Embelezamento das Cidadespara o Embelezamento das Cidadespara o Embelezamento das Cidadespara o Embelezamento das Cidades

São inquestionáveis os benefícios proporcio-

nados pela iluminação para o embelezamento das

cidades, que visa atender, de forma simultânea e

integrada, o interesse da Administração Pública e

dos cidadãos quanto a:

● Segurança dos cidadãos e do tráfego

● Preservação do patrimônio histórico e

cultural

● Proteção do Meio Ambiente

● Ambiência urbana e interação social

● Promoção do turismo

● Visibilidade das ações do Poder Público

● Atração de investimentos e estímulo às

atividades comerciais e de lazer

A luz revela a beleza do cenário urbano

noturno, propiciando efeitos e percepções visuais

diferentes daqueles observados durante o dia. Além

disso, ela cria uma identidade cívica, tornando as

cidades mais atrativas, receptivas, carismáticas e

convidativas aos visitantes e turistas.

Durante o dia, a cidade e seus edifícios são

iluminados pela luz solar direta e pela luz indireta

e difusa do céu, ou por ambas ao mesmo tempo,

mudando constantemente a direção, a cor e as

relações de luz e sombra. Esses mesmos

volumes iluminados com luz artificial contrastam-

se com a escuridão da noite, tornando-se

dramaticamente destacados e belos.

A imagem de uma cidadeA imagem de uma cidadeA imagem de uma cidadeA imagem de uma cidadeA imagem de uma cidadee de seus elementose de seus elementose de seus elementose de seus elementose de seus elementos

A boa imagem de uma cidade é resultante do

processo de causa e efeito entre observador e

elementos observados.

O meio urbano sugere diferentes sensações

visuais e as relações entre elas são percebidas

pelo observador, que seleciona, organiza e

valoriza essas informações. O processo da

formação das imagens, assim como o nível de

satisfação pela percepção das mesmas, varia de

acordo com as características do observador.

A imagem do meio urbano pode ser analisa-

da, considerando-se os seus três componentes

principais:

● Identidade

● Estrutura

● Significado

Em seu conteúdo, a imagem urbana é

constituída, fundamentalmente, por:

CaminhosCaminhosCaminhosCaminhosCaminhos - são os canais pelos quais o

observador se desloca, podendo ser avenidas,

ruas, alamedas, passeios, calçadões, estradas

etc. Para muitos, estes são considerados os

principais elementos da formação da imagem

urbana, pois a observação da cidade é feita

durante a passagem e utilização de caminhos.

Para o Embelezamento de Cidades, o destaque

de elementos do entorno e adjacentes a estes

caminhos é uma importante ferramenta.

LimitesLimitesLimitesLimitesLimites - são elementos lineares, não consi-

derados como caminhos pelo observador, que

normalmente definem as bordas físicas de

A iluminação urbana ganha força no contexto

da valorização dos espaços e monumentos,

inspirando respeito, admiração e orgulho aos cidadãos.

Simulação de iluminaçãoda Avenida Paulista,exemplificando canaispelos quais o observadorse desloca - caminhos.

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observação. Nesta categoria estão as estradas,

rios, linhas férreas, bordas de desenvolvimento

urbano, muros etc. Os limites dão ao observador

referências laterais, podendo ser barreiras mais ou

menos penetráveis que encerram uma região.

ZonasZonasZonasZonasZonas - são áreas, relativamente, grandes,

em cuja imagem o observador pode identificar

características diferenciadas, reconhecendo-as

através de referências urbanas, topografia,

edifícios históricos ou monumentos, igrejas ou

templos.

NósNósNósNósNós - são pontos específicos, muitas vezes

estrategicamente localizados, considerados como

Quai du Rhône - LyonLimites são

elementos lineares,não considerados como

caminho pelo observador.Podem ser estradas, rios,

linhas férreas,entre outros.

pontos de referência. Os nós podem ser criados

pela concentração ou cruzamentos de caminhos

importantes do contexto urbano.

MarcosMarcosMarcosMarcosMarcos - são referências externas, emblemáti-

cas das cidades, não acessadas por pessoas ou

veículos, constituídas por edificações, monumen-

tos, elementos da natureza ou acidentes geográfi-

cos. Alguns marcos são distantes, podendo ser

vistos de vários ângulos da cidade, sendo utiliza-

dos pela população como elemento de referência.

O Plano Diretor de IluminaçãoO Plano Diretor de IluminaçãoO Plano Diretor de IluminaçãoO Plano Diretor de IluminaçãoO Plano Diretor de Iluminaçãopara o Embelezamento Urbanopara o Embelezamento Urbanopara o Embelezamento Urbanopara o Embelezamento Urbanopara o Embelezamento Urbano

O Plano Diretor de Iluminação de uma cidade

deve contemplar projetos a serem concebidos por

profissionais especializados a partir da análise dos

elementos que caracterizam os diversos aspectos

urbanos. Entre outros componentes, este Plano

deve levar em consideração os caminhos, limites,

zonas, nós e marcos, além de requisitos relaciona-

dos à segurança, eficiência energética e transfor-

mações urbanas decorrentes de intervenções

impetradas pelo Poder Público.

O Plano Diretor de Iluminação é fundamental

para a criação de condições apropriadas de uso

coerente das cidades, sob diferentes pontos de

vista. É também importante para a implementação

das políticas de iluminação urbana, compostas

pela gestão da Iluminação Pública (IP) e das

intervenções a serem realizadas para o embeleza-

mento urbano.

Alguns marcossão distantes,podendo ser vistosde vários ângulosda cidade.São utilizados pelapopulação comoelemento de referência.É o caso do Pãode Açúcar, no Riode Janeiro

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"Uma estratégia para abordagem da ilumina-

ção urbana é a quebra dos padrões do espaço

urbano e a sua reconstrução de maneira coerente.

Não é um trabalho que possa ser feito em estúdio,

exige muito tempo de análise da cidade, todos os

dias, andando pelas vias e rotas, sendo uma

experiência que deve ser vivenciada na própria

cidade". (Steven Power, lighting designer - UK).

"O Plano Diretor de Iluminação deve estar no

topo das decisões estratégicas, no topo da

hierarquia da luz. Deve definir o que se deseja

atingir em termos de luz nos diferentes ambientes

urbanos. Deve proporcionar parâmetros para

designers e engenheiros trabalharem em conjunto

e em paralelo, buscando um mesmo objetivo

comum". (Graham Phoenix, lighting designer - UK).

Estágios de Implementação

Análise da cidade como um todoAnálise da cidade como um todoAnálise da cidade como um todoAnálise da cidade como um todoAnálise da cidade como um todo

O Plano Diretor de Iluminação deve conside-

rar, num primeiro estágio, a cidade como um todo.

Esta análise, a priori, deve definir as características

básicas da cidade (histórica, moderna, balneário,

estação de águas), além de identificar as regiões

ou áreas que a tornam atrativa durante o período

noturno.

No contexto global, a cidade deve ser analisa-

da quanto à imagem, fluxos, nós internos, rotas de

aproximação, topografia, clima, sazonalidade,

elementos aquáticos, verdes, características

arquitetônicas, históricas, pontos de visão e a

iluminação existente.

Análise das zonasAnálise das zonasAnálise das zonasAnálise das zonasAnálise das zonas

No segundo estágio, todas as zonas selecio-

nadas por meio do critério acima devem ser

analisadas em detalhes. Nesta análise, os aspec-

tos ligados à iluminação devem ser examinados

separadamente, considerando-se cada elemento

isoladamente e o entorno associado ao mesmo.

As zonas podem ser:

● Históricas (regiões de arte, cultura e

entretenimento);

● Industriais;

● Comerciais, regiões de compras, áreas de

exibições;

● Áreas residenciais;

● Parques, áreas verdes etc...

Análise individual dos elementos

● Função

● Significado Histórico

● Aparência

● Imagem

● Simbolismo

● Características arquitetônicas

● Mérito artístico

● Visão pelo todo

● Efeitos na silhueta urbana

● Direções

● Perspectivas

● Distâncias

● Facilidade do reconhecimento

● Formas

● Dimensões

● Cores

Elaboração das DiretrizesElaboração das DiretrizesElaboração das DiretrizesElaboração das DiretrizesElaboração das Diretrizes

Na terceira etapa, procede-se à definição das

diretrizes e à determinação dos critérios pertinen-

tes aos projetos considerados.

O Plano Diretor deve considerar

a cidade como um todo,

identificando regiões

que a tornam atrativa

durante o período noturno.

FrankfurtZonas são áreas grandes,

em cuja imagemo observador pode

identificar característicasdiferenciadas,

reconhecendo-as atravésde topografia,

edifícios históricosou monumentos.

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Os objetivos específicos da cidade noturna

têm como fonte de referência a cidade diurna,

sendo a visão noturna ao mesmo tempo específi-

ca e complementar à visão diurna.

Os objetivos podem ser o de assinatura, visão

noturna, percepção, valorização, expressão, visão

turística, ambientação ao investimento e segurança.

A preparação da composição luminosa da

cidade depende dos vários cenários iluminados,

utilizando a iluminação como uma ferramenta

artística, ao mesmo tempo em que utiliza-a como

uma ferramenta técnica, provendo os ambientes

com as necessidades lumínicas específicas para

cada aplicação.

Diretrizes da Iluminação de Destaque:

A iluminação é uma ferramenta muito eficiente

quando tratamos da valorização de patrimônio,

tornando-se assim uma ferramenta artística no

sentido da valorização de uma das características

de uma cidade, que é seu acervo arquitetônico.

Deve fazer parte do Plano Diretor as diretrizes

de implantação de qualquer valorização urbana,

orientando, assim, desde ações públicas até

ações privadas, criando uma unidade visual,

principalmente quando tratamos de edifícios de

relevância histórica, cultural ou arquitetônica.

Poluição luminosa

● Ofuscamento

● Luz invasora

● Observação astronômica

● Efeitos na população

● Efeitos nos pedestres

● Efeitos nos sistemas de transporte

● Efeitos em plantas e animais

Um ambiente bem iluminado deve utilizar as

apropriadas tecnologias disponíveis, baseando-se

nas condições sociais e econômicas da cidade,

suficientemente definidas, objetivando as seguin-

tes questões:

● Utilização somente da quantidade de luz

necessária e suficiente para cada aplicação;

● Utilização de sistemas que não prejudiquem

a visão noturna;

● Eliminação do ofuscamento;

● Controle do fluxo luminoso em função da

aplicação, do local e do período noturno.

O uso eficiente da energia

As despesas com o consumo de energia de

um sistema de iluminação dependem da forma

como o mesmo é projetado. Este projeto deve ser

elaborado de acordo com as diretrizes estabeleci-

das no Plano Diretor.

Os fatores básicos que influenciam no

consumo de energia do sistema são:

· Seleção dos tipos e quantidades de elementos a

serem iluminados por região da cidade, sem

produção desnecessária de luz;

· Determinação da distribuição adequada das

luminâncias para a apreciação do elemento

iluminado e do seu entorno, com níveis mínimos e

máximos pré-estabelecidos.

Definições das característicasDefinições das característicasDefinições das característicasDefinições das característicasDefinições das características

do sistema de iluminaçãodo sistema de iluminaçãodo sistema de iluminaçãodo sistema de iluminaçãodo sistema de iluminação

Seleção dos Tipos de Lâmpadas:

Quando o uso eficiente da energia é conside-

São inquestionáveis os benefícios

proporcionados pela iluminação

para o embelezamento das cidades,

que visa atender, de forma simultânea

e integrada, o interesse da Administração Pública

e dos cidadãos.

Museu do Ipiranga - SP Projeto Luminotécnico:

Senzi & Godoy Projeto Cenográfico:

Yara Candotti Instalações: Siemens

Service Patrocínio: Siemens

Lâmpadas: Osram

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rado, é desejável a seleção de um tipo de lâmpa-

da com elevada eficácia luminosa (relação entre o

fluxo luminoso e a energia consumida). Todavia,

outros fatores como o preço, a cor da luz, a vida

da lâmpada e facilidade de manutenção, devem

ser levados em consideração.

Assim, por exemplo, não é conveniente a

iluminação de toda cidade com lâmpadas que

produzem luz de cor amarelada, apesar das

lâmpadas a vapor de sódio serem mais baratas e

possuírem eficácia elevada em relação a outros

tipos de lâmpadas. A tabela acima mostra as

características dos diferentes tipos de lâmpadas.

A cor da luz é uma propriedade muito impor-

tante, especialmente, para a visualização das

imagens urbanas. Apesar das lâmpadas incan-

descentes serem adequadas para aplicações

onde é desejável uma boa reprodução das cores,

o seu emprego é limitado devido aos seus baixos

valores de eficácia luminosa e de vida útil.

O emprego de lâmpadas fluorescentes

também é restrito em aplicações de iluminação

urbana. As lâmpadas fluorescentes compactas

podem ser utilizadas em lugar das incandescen-

tes, em alguns casos, como iluminação de

parques, jardins, áreas de pedestres, praças etc.

As lâmpadas a vapor de mercúrio, vapor de

sódio e vapor metálico halógeno são largamente

empregadas em iluminação urbana, sendo

indicadas para diversas aplicações, de acordo

com os requisitos especificados.

Seleção dos Tipos de Luminárias:

A escolha das luminárias é também um fator

básico para a implementação de um projeto de

eficiência energética. As luminárias são projetadas

Características dosdiferentes tipos de

lâmpadas

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Nos sistemas de iluminação para o embelezamento de cidades,

a maior preocupação deve ser a de enfatizar os objetos

e superfícies a serem iluminadas, sem que as luminárias

e instalações correspondentes sejam visíveis para o observador.

para controlar a distribuição espacial do fluxo

luminoso da lâmpada, direcionando-o para os

objetos e superfícies, sem produção de ofusca-

mento e poluição luminosa.

As luminárias têm também a função de

proteger as lâmpadas contra danos provocados

pela ação das intempéries e contra choques

mecânicos, propiciando o espaço necessário para

as conexões elétricas e acomodação dos compo-

nentes auxiliares necessários à sua operação.

Nos sistemas de iluminação para o embeleza-

mento de cidades, a maior preocupação deve ser

a de enfatizar os objetos e superfícies a serem

iluminadas, sem que as luminárias e instalações

correspondentes sejam visíveis para o observador.

Por este motivo, as especificações técnicas destes

equipamentos devem enfatizar mais o desempe-

nho do que a aparência estética dos mesmos.

Conseqüentemente, a eficiência luminosa dessas

luminárias (relação entre o fluxo luminoso emitido

pela luminária e o fluxo luminoso total emitido pela

lâmpada) é uma característica primordial para a

eficiência energética da instalação.

Os efeitos negativos provocados pela luz

direcionada para fora do objetivo pretendido, tal

como a luz ascendente, estão intimamente

relacionados com os tipos de luminárias utilizados

numa instalação. Esta situação, que caracteriza a

chamada "poluição luminosa", é prejudicial ao

meio ambiente, além de causar desperdício de

energia. A poluição luminosa produzida por fontes

de luz artificiais prejudica a observação dos astros

no espaço celeste, além de causar ofuscamento e

efeitos danosos às fauna e à flora.

ConclusãoConclusãoConclusãoConclusãoConclusão

A iluminação tanto pública quanto para o

chamado Embelezamento das Cidades é uma

ferramenta poderosa no sentido da valorização

urbana, da relação entre a cidade e seus morado-

res, da geração do sentimento de cuidado,

atenção do poder público e segurança.

O desenvolvimento de soluções no sentido

não somente de prover quantidade correta de luz,

mas também de uma iluminação agradável,

valorizando aspectos arquitetônicos e culturais

JoinvileUm ambiente bemiluminado deve utilizaras apropriadastecnologias disponíveis,baseando-se nascondições sociaise econômicas da cidade.

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das cidades passa a ser considerado como

estratégia urbana, já implantada em muitas

cidades no mundo, melhorando, significativamen-

te, a imagem do poder público, uma vez que

demonstra claramente sua atenção, cuidado e

respeito para com as cidades, que é, no final das

contas, onde todos moramos.�

Plínio Godoy, engenheiro eletricista, atua desde

1994 como consultor independente na área de ilumina-

ção, coordenador adjunto da Divisão 5 da CIE -

Comissão Internacional de Iluminação (Commission

Internationale de l´Éclairage) - "Iluminação Externa e

outras Aplicações da Iluminação" e membro titular do

Comitê Técnico TC 5-21 "Embelezamento de Cidades"

Referências BibliográficasReferências BibliográficasReferências BibliográficasReferências BibliográficasReferências Bibliográficas

Serefhanoglu Sozen M., 2000, "City Beautification",

CIE Division 5, TC 21, Technical Report, Toronto, Canada.

ABNT - Norma Brasileira NBR IEC 60662 - "Lâmpa-

das a vapor de sódio a alta pressão", 1997

Sozen, M. S. et al. - "City Beautification and Use of

Efficient Energy", Reunião da Divisão 5 da CIE, Istanbul,

Turquia, 2001

Henry Chabert, Roger Monnami, Robert Durdilly,

Laurence Jaillard, Frédéric Guinnard Perret, François Guy,

“Lyon Lumière”, Mémoire Active.

Museu do Ipiranga - SPA iluminação parao Embelezamento

das Cidades é umaferramenta poderosa

na valorização da relaçãoentre a cidade

e seus moradores.

CBA - SP: A escolha das luminárias é fator básico para a implementação de um projeto de eficiênciaenergética. As luminárias são projetadas para controlar a distribuição espacial do fluxo luminoso epara proteger as lâmpadas contra intempéries.

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