FORMAS EXPRESSIVAS DA CONTEMPORANEIDAE

Arlindo Machado

• Mediações tecnológicas.• Proposta – Critérios para compreender a

Estética produzida pela relação entre arte mídia.• Pressuposto:Novas sensibilidades• Novos problemas de

representação• Novos conceitos estéticos• Novas formas de compreender o

mundo

• MULTIPLICIDADE• Calvino- conjunto de “redes de conexões entre os fatos,entre as

pessoas,entre as coisas do mundo”.Mundo visto e representado como uma trama de relações complexas, em que cada instante está marcado pela presença simultânea de elementos heterogêneos, o que torna mutantes os acontecimentos.

• Parabolic People- (Sandra Kogut) poéticas tecnológicas da contemporaneidade.tela –espaço híbrido de múltiplas imagens.

• Nam June Paik-desintegração de qualquer uniddae ou homogeneidade discursiva.

• Técnica da escritura múltipla - vozes,textos,ruídos e imagens simultâneas que se combinam e se entrechocam.

• Estética da Saturação,do EXCESSO (máxima concentração de informação num mínimo espaço de tempo e da INSTABILIDADE ausência de integridade estrutural).

• Neo Barroco - recusa de formas unitárias.• Eisenstein-montagem dentro do quadro-montagem vertical ou

polifônica.• (enquadramento de elementos contraditórios)./desconstruídos pela

imagem eletrônica.• Passagem do espaço isotópico ( baseado na continuidade e na

homogeneidade dos elementos representados)ao espaço politópico- elementos constitutivos do quadro migram de contextos diferentes em configurações híbridas.

• Exigem do receptor uma nova postura de compreensão.

• Bellour- Passagens da Imagem.Dissolução das fronteiras entre fotografia,filme,desenho.

• Planos híbridos.• Desafios estéticos.• -Processamento e síntese- Novas possibilidades da

imagem fotográfica.• -manipulação• -fim da referência• Imagem eletrônica se mostra ao espectador não mais

como um atestado da existência prévia das coisas visíveis,mas explicitamente como uma produção do visível,como um efeito de MEDIAÇÃO

• METAMORFOSE• Quadro videográfico- não existe mais no espaço e sim

no tempo.• Em cada intervalo mínimo do tempo- presença de pixels.• Imagem eletrônica- síntese temporal de um conjunto de

formas em mutação.• Sujeita a transformações, metamorfoses e anamorfoses.• Edição e processamento digital.Imbricamento de

imagens umas nas outras,colagens.• Pressupõe uma arte da relação e do sentido, não do

olhar e da ilusão.

• O vídeo Parabolic People, da cineasta brasileira Sandra Kogut, realizado em 1991, foi um desdobramento da instalação Videocabines são caixas pretas, feita por Kogut no Rio de Janeiro no ano anterior. Para realizar Videocabines, a cineasta convidava pessoas que passavam pelo centro da cidade a entrar nas cabines improvisadas. Cada participante tinha um minuto para fazer o que quisesse em frente à câmera. Os homens, mulheres e crianças que aparecem na tela confiaram à câmera "seus pequenos segredos, suas receitas de cozinha, seus expedientes para chegar a Deus, ajudar o governo a sair da crise, segurar seus parceiros amorosos, conjurar suas inquietudes." 1

Em seguida, Kogut estendeu a experiência das videocabines a cinco continentes para "realizar uma série de televisão experimental, trans-nacional, multilíngue, com vocação universal". 2 Para o vídeo Parabolic People, Kogut instalou novamente cabines em espaços públicos – desta vez, além do Rio, em Paris, Tóquio, Dakar, Moscou e Nova Iorque. A edição digital permitiu à cineasta acumular numerosas imagens dentro do quadro da tela da televisão. Kogut levou quatro meses para editar Parabolic People e chegar ao seu formato final de quarenta e cinco minutos.

A

• A edição digital permite ultrapassar a construção formal da narrativa cinematográfica, tornando possível sair de uma estrutura linear para uma multiplicação da narrativa nas diferentes camadas de imagem. Cada camada traz, portanto, um nível preciso de sentido, e vibra em relação à todas as outras, permitindo milhares de conexões possíveis, provocando assim múltiplas associações mentais. Kogut dizia querer colocar "de volta no quadro" – tornar presente – o que estava ausente. Não queria apresentar um tableaux plano, mas uma visão ampla:

Nam June Paik

• Autor e receptor.• A tecnologia coloca de modo técnico várias

experiências propostas neste campo.• Móbiles de Calder,Bichos de Lygia

Clark,Parangolés de Hélio Oiticica.• Computador:Armazenamento de dados- o

receptor organiza os dados a partir de seu recorte.Segue a direção que quiser e retorna a qualquer endereço percorrido.

INTERATIVIDADE, POTENCIALIDADE, COMPLEXIDADE

Eden

• Disponibilidade das possibilidades do texto áudio-visual/arquitetura não-linear das memórias do computador.

• Autor- disponibilidade de elementos /Receptor- realiza a obra.

• Texto hipermidiático-expressão da inversão de papéis,em que o leitor recupera (tal como nos primórdios da narrativa oral)o seu papel fundante como co-criador e contribui para realizar a obra.

• A complexidade dos temas que se abre para a experiência e não mais para o conceito.É um processo vivo que joga com os dados disponíveis.

• Mostra que a escritura é plural,ao expor as diversas fases de sua realização.

• 1- LABIRINTO arquitetura representativa da complexidade máxima que a imaginação do homem da Antiguidade podia conceber.

• Desafio para o participante.• Metáfora para a hipermídia e também para o

pensamento.• 2-exploração sem mapa e a vista desarmada.O

navegante tem que fazer cálculos locais,de curto alcance,para decidir o que fazer em seguida.(Rizoma)

• 3-Inteligência astuciosa- é necessário pensar em cada fase como um desafio.E a cada fase ele vai se tornando mais capaz de enfrentar os desafios seguintes.

• Estratégias- Fio de Ariadne- percorrer o labirinto,matar o minotauro,e retornar pelo caminho através do fio.

• Dança dos Gêranos – rapazes e moças alternados e com as mãos dadas em fila simulam o percurso do labirinto,por meio de uma dança típica.há uma guia puxando o grupo para cada uma das pontas das fila.percorrer o maior número de caminhos e possibilidades e possibilita a vivência de tempos e espaços simultâneos.

Bruce Nauman

Em exemplos de filme narrativo e/ou metanarrativo, o recurso videográfico se presta à mediação: trata-se de performances concebidas para serem encenadas diante do vídeo; são trabalhos propriamente de vídeo (ou película), pensados para a especificidade deste meio.

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Gary Hill