Formação on-line

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22º Congresso Internacional Bibliotecas Escolares e a Web 2.0 Feira Internacional de Lisboa A formação online: conceitos e potencialidades Resumos das intervenções Alfa e ómega de Maio de 2010 Rede de Bibliotecas Escolares

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Sintese de trabalhos realizados por formandos na acção BE e a Web 2.0, sessão 1, cujos objectivos passavam por: 1. Precisar o conceito de formação on-line comparando-o com o conceito de formação presencial 2. Identificar potencialidades/limitações/factores críticos da formação on-line

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Page 1: Formação on-line

22º Congresso Internacional

Bibliotecas Escolares e a Web 2.0 Feira Internacional de Lisboa

A formação online: conceitos e potencialidades

Resumos das intervenções

Alfa e ómega de Maio de 2010

Rede de Bibliotecas Escolares

Page 2: Formação on-line

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[COMITÉ CIENTÍFICO] João Paulo Proença (RBE)

Carlos Pinheiro (CIBE)

[COMITÉ ORGANIZADOR] Fátima Sebastião (RBE)

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[Alfa de Maio] [Auditório n.º 1 FIL]

8h15 – 9h00 Recepção dos Participantes 9h00 – 9h30 Abertura do Colóquio

Srª Ministra da Educação Conselho Científico da Formação Domingos Boieiro Maria José Palmeira

9h30 – 11h00 Conferência 1 QUAIS AS DIFERENÇAS SUBSTANCIAIS ENTRE FORMAÇÃO PRESENCIAL E FORMAÇÃO À DISTÂNCIA Ana Farrajota Ruth Gomes

11h00 – 11h30 Pausa 11h30 – 13h15 Conferência 2

QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA UM? Esperança Alfaiate Magda Fernandes

13h15 – 14h30 Almoço 14h30 – 16h30

Conferência 3 TODA A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA É ON-LINE Cristiana Lopes Lúcia Monteiro

16h30 – 16h45 Pausa 16h45- 18h15 Conferência 4

QUE MODELOS DE EDUCAÇÃO ONLINE EXISTEM? (E-LEARNING; B-LEARNING; ...?) Gonçalo Silva José Cruz

20h00 Saurau Festivo

[PROGRAMA]

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[Ómega de Maio] [Auditório n.º 1 FIL]

9h00 – 10h30 Conferência 5 QUAIS OS FACTORES CRÍTICOS A TER EM CONTA QUANDO SE OPTA PELO E-LEARNING António Nogueira José Morujão

10h30 – 11h00 Pausa 11h00 – 13h00 Conferência 6

EM QUE CONDIÇÕES E EM QUE SITUAÇÕES SERÁ MAIS ÚTIL UM OU OUTRO TIPO DE FORMAÇÃO Fátima Sebastião Susana Silva

13h00 – 14h30 Almoço 14h30 – 16h30 Conferência 7

INTERACÇÃO E PRESENÇA SOCIAL EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM Paulo Reis, Universidade do Saber, Portugal Maria João Raimundo, Universidade do Conhecimento, Portugal

16h30 – 16h45 Pausa 16h45- 18h15 Síntese dos trabalhos

Jornalistas – Isabel Marques e Alcina Correia Entrevistas aos oradores Jornalistas – Fátima Dias e Elisa Almeida

18h15 Encerramento

[PROGRAMA]

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Desafios do século XXI: e-Learning e Web 2.0

Maria José Palmeira

Domingos Boieiro

Pela primeira vez em Portugal, entre os dias 29 de Abril e 2 de Maio

de 2010, na FIL, especialistas de renome internacional da cultura

tecnológica e

digital, falam sobre a temática do momento, desafios do século XXI:

elearning e Web2.0, mais concretamente sobre a implementação do

e-learning, na escola, e das ferramentas Web 2.0 no ensino, em

especial na biblioteca escolar.

No primeiro dia de trabalhos os oradores procuram centrar a

discussão em torno destas questões estruturantes: Quais as

diferenças substanciais entre formação presencial e formação à

distância? Quais as vantagens e desvantagens de cada um? Toda a

educação à distância é on-line? Que Modelos de educação online

existem? (e-learning; b-learning; ...?), Quais os factores críticos a ter

em conta quando se opta pelo e-learning? Em que condições e em

que situações será mais útil um ou outro tipo de formação?

O e-learning foi apresentado como uma modalidade de ensino à

distância que facilita a auto-aprendizagem, recorrendo a recursos

didácticos, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de

informação, utilizados isoladamente ou articulados entre si e

difundidos através da internet. Aponta-se como grandes objectivos

desta modalidade de ensino a democratização do acesso à

educação; a redução de custos; o aumento da autonomia e

independência dos alunos; a contextualização do ensino e o

incentivo à educação permanente.

Na sua essência, esta modalidade de ensino aparenta consistir na

aplicação de recursos tecnológicos e de multimédia para o

Desafios do século XXI: e-

Learning e Web 2.0

Maria José

Palmeira Domingos

Boieiro

[Enquadramento do Congresso] ngressoROGRAMA]

Page 6: Formação on-line

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enriquecimento da aprendizagem. Fazendo prevalecer a qualidade

dos conteúdos e o incentivo ao desenvolvimento de uma cultura de

aprendizagem permanente.

Pela intervenção da Srª Ministra da Educação, este tipo de

modalidade de ensino é facilitadora de uma aprendizagem que se

realiza de uma forma mais rápida face aos programas tradicionais

pelo facto do aluno poder avançar nos conteúdos de acordo com o

seu próprio ritmo. Além disso o aluno pode estruturar o seu tempo e

tirar maior aproveitamento do mesmo.

Defendem também que a emergência vertiginosa das novas

tecnologias de informação e da comunicação, nomeadamente a

Social Media Web 2.0, irão revolucionar a gestão da informação e do

conhecimento, obrigando os diferentes actores e agentes educativos

- alunos, professores e organizações a repensar os processos,

estratégias e metodologias de ensino. Reforça o conceito de troca de

informações e colaboração dos “internautas” com sites e serviços

virtuais. Destaca-se um conjunto de ferramentas de colaboração,

conteúdos de áudio e vídeo, uma mais valia para a partilha de

conhecimento.

Assim sendo, o desafio que se coloca às bibliotecas escolares será o

de potenciar os novos recursos interactivos de informação e

comunicação que caracterizam a WEB 2.0, para produzir, difundir e

partilhar informação e conhecimentos, implicando professores e

alunos num trabalho conjunto com a BE: construção de portefólios,

apresentações multimédias, webquests, wikis, blogs, podcasts, entre

outros.

Pelo resumo das comunicações dos oradores, há um denominador

comum: todos defendem a perspectiva de que as novas tecnologias

da informação e da comunicação só fazem sentido se permitirem

uma maior democratização no acesso às fontes de informação e

conhecimento, contribuindo assim para o aumento das capacidades

Desafios do século XXI: e-Learning e Web 2.0 Maria José Palmeira Domingos Boieiro

[Enquadramento do Congresso] ngressoROGRAMA]

Page 7: Formação on-line

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multiliterácicas dos cidadãos e consequente desenvolvimento das

sociedades.

Curioso foi o resumo de um dos oradores que apontou a biblioteca

escolar como o centro nevrálgico para experimentar diferentes

modos de aprender e fazer, conferindo-lhe um papel de indutora da

mudança para integrar estas ferramentas no “abcedário” das escolas

e da sociedade. Este especialista atribui à BE o papel de plataforma

de gestão da informação e do conhecimento. Assim sendo, à escola

e à biblioteca escolar em particular, caberá o papel de recorrer às

novas tecnologias, em especial à WWW (World Wide Web), para

quebrar as barreiras de espaço e tempo e ampliar o acesso à

informação, como caminho para a produção de conhecimento e

ampliação das suas oportunidades.

Com a internet nas décadas de 70 a 80 do século passado, os

nossos comportamentos comunicacionais mudaram profundamente,

com World Wide Web na passagem para um novo milénio mudaram

também os nossos comportamentos educacionais e sociais.

Desafios do século XXI: e-Learning e Web 2.0 Maria José Palmeira Domingos Boieiro

[Enquadramento do Congresso] ngressoROGRAMA]

Page 8: Formação on-line

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Resumo: Nesta comunicação pretende-se estabelecer as diferenças

substanciais entre a formação presencial e a formação à distância.

Questionamos o tempo, o espaço, a qualidade dos materiais e os

suportes, a relação formador/formando, a actualização da informação,

os tipos de formação e os custos de ambas as modalidades de ensino.

Palavras chave: formação presencial ; formação à distancia

A formação presencial é ainda considerada por muitos como uma

formação de qualidade. Por oposição, a formação à distância é ainda

relegada para segundo plano, sendo vista por muitos com algum

cepticismo.

No entanto, a web2.0 proporciona novos ambientes e novas

experiências a nível temporal. A facilidade e rapidez de publicação e de

armazenamento de textos e ficheiros tornam a WEB um ambiente

social e acessível a todos os utilizadores e permite a cada um deles

seleccionar e controlar a informação de acordo com as suas

necessidades e interesses.

Quais são então as diferenças substanciais entre a formação

presencial (FP) e a formação à distância (FAD)?

Em primeiro lugar, a questão do tempo. Na FP, o acesso é limitado no

tempo. Na FAD temos acesso 24 horas, sete dias por semana. Há

flexibilidade temporal na interacção (temporalidade síncrona que, em

conjunto com a temporalidade assíncrona, produz uma temporalidade

multisíncrona).

Em segundo lugar, o espaço. Na FP o espaço é físico, em geral uma

sala de aula presencial. A FAD processa-se em ambiente virtual,

projectado para a interacção colectiva, havendo flexibilidade e distância

física e geográfica entre os indivíduos

QUAIS AS

DIFERENÇAS

SUBSTANCIAIS

ENTRE FORMAÇÃO

PRESENCIAL E

FORMAÇÃO À

DISTÂNCIA

Ana Farrajota Ruth Gomes

[CONFERÊNCIA 1] [9h30m | 11h00m]

Page 9: Formação on-line

9

Em terceiro lugar, a questão da qualidade dos materiais e os suportes.

Na FP ela pode ser variável, pois o formador expõe os assuntos.

Existem, maioritariamente, documentos escritos. Os outros suportes

como o vídeo, o computador, a TV, o data show, continuam a ser

usados como suporte de um ensino de carácter expositivo, em que o

computador e a Internet são apenas usados como instrumentos de

consulta e de trabalho para realizar pesquisas e projectos. Pelo

contrário, na FAD ela é consistente, recorrendo a variados materiais e

tecnologias interactivas. Os materiais são em quantidade adequada e

actualizados com muita regularidade, uma vez que são o principal meio

que o formando tem para atingir os seus objectivos. Há um forte

investimento feito em hardware, software e na conectividade.

Em quarto lugar, importa referir relação formador/formando. Na FP, o

formando está na presença física do formador, estando mais

dependente dele, visto que este é o centro do processo

ensino/aprendizagem e a fonte principal de informação. Na FAD o

formando aprende de uma forma mais autónoma, o formador

direcciona os estudantes para os recursos a partir dos quais podem

aprender. A progressão na aprendizagem é de acordo com o seu

próprio ritmo de trabalho.

Em quinto lugar, a forma como é feita a actualização da informação. Na

FP é difícil, necessita de ser feita de forma presencial, directa. Na FAD

é fácil, pois não é necessário o contacto pessoal. Esta actualização é

mediada pelo computador, em espaço virtual e de forma assíncrona ou

síncrona.

Em sexto lugar, importa referir o tipo de formação. Na FP as aulas são

expositivas e teóricas, centradas no ensino, sendo a aprendizagem

individual. Na FAD, a utilização das novas tecnologias permite novas

formas de interacção, em que formando e formador aprendem (todos

[CONFERÊNCIA 1] [9h30m | 11h00m]

QUAIS AS

DIFERENÇAS

SUBSTANCIAIS

ENTRE FORMAÇÃO

PRESENCIAL E

FORMAÇÃO À

DISTÂNCIA

Ana Farrajota Ruth Gomes

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ensinam a todos). É um processo pedagógico que desenvolve

actividades de auto-aprendizagem e de trabalho colaborativo.

Por último, mas não menos importante, a questão dos custos. Na

Formação presencial os custos são grandes. Na formação à distância

os custos são baixos.

Para concluir, é indiscutível que o desenvolvimento das Novas

Tecnologias está a dar lugar a novas alternativas educacionais e cria

formas de aprendizagem inovadoras e mais aliciantes. Podemos,

assim, referir alguns argumentos de peso para o investimento no

ensino à distância:

Facilita o acesso à educação a um maior número de pessoas,

alargando o nível cultural da população, democratizando o acesso às

fontes de informação e conhecimento. Num mundo global, em que a

aprendizagem e o conhecimento são os instrumentos mais eficazes

para evitar a exclusão social, os alunos devem ser preparados

trabalhando numa abordagem multidisciplinar; por seu lado, os

professores devem dominar uma série de novas competências e

devem receber formação nesse sentido;

Proporciona formação profissional a pessoas que estão afastadas de

centros de formação presencial, evitando-se a necessidade de

deslocação e reduzindo-se os custos;

Prepara e forma os cidadãos ao longo da vida, sendo as TIC

facilitadoras da partilha de recursos e da criação de comunidades de

aprendizagem, e comunidades de prática.

QUAIS AS

DIFERENÇAS

SUBSTANCIAIS

ENTRE FORMAÇÃO

PRESENCIAL E

FORMAÇÃO À

DISTÂNCIA

Ana Farrajota Ruth Gomes

[Conferência 1 ] [9h30m | 11h00m]

Page 11: Formação on-line

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VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FORMAÇÃO PRESENCIAL E DA FORMAÇÃO À DISTÂNCIA

Resumo: Pretendemos, com esta comunicação, delinear as principais

vantagens e desvantagens da formação presencial e da formação à

distância.

Introdução:

Com o desenvolvimento das tecnologias de informação, o ensino dito

tradicional (presencial) vai dando lugar, cada vez com maior ênfase, ao

ensino à distância. O nascimento do ensino à distância teve, como

objectivo, suprimir as carências do ensino tradicional (Santos, 2000).

O ensino à distância pretende assim, reduzir as desigualdades de

oportunidades educativas servindo populações afastadas dos locais de

ensino, quer por motivos geográficos quer profissionais.

Temos como exemplos, de ensinos já realizados em Portugal: a

telescola, em 1964, as Universiades de ensino à distância (UNIABE), e

mais recentemente o e-learning, o b-learning e as ferramentas Web

2.0.

Relativamente à terminologia utilizada podemos designar por

Professor, no ensino presencial e Formador no ensino à distância;

aluno, na formação presencial e formando no ensino à distância.

Iremos apresentar, as vantagens e desvantagens da formação à

distância e presencial.

A Formação à Distância apresenta como vantagens: (i) A

possibilidade de flexibilizar a frequência da formação, quer no Espaço,

quer no Tempo. Por exemplo, duas horas de formação podem ser

extensíveis para uma semana; (ii) É possível reunir formandos

provenientes de locais geograficamente distantes. (Não há o

constrangimento da distância). (iii) Permite economia de tempo e de

QUAIS AS VANTAGENS E

DESVANTAGENS Formação

presencial / formação à

distância Esperança Alfaiate Magda Fernandes

[Conferência 2] [11h30m | 13h15m]

Page 12: Formação on-line

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deslocação; (iv) É possível, através da formação em modo assíncrono,

fazer a formação ao longo de um Tempo, que pode ser gerido pelo

formando; (v) A possibilidade de se fazer a formação para grupos

minoritários; (vi) Propicia a aprendizagem colaborativa e/ou de auto-

aprendizagem. Todos aprendem com todos; (vii) Desenvolver

programas virtuais (simulações) do real. Temos como exemplo os

laboratórios virtuais e os laboratórios de controle remoto.

Desvantagens: (i) Limitada interacção humana por falta de contacto

social; (ii) O problema da conexão, que muitas vezes não é possível

estabelecer e que leva a algum desencanto por parte dos formandos;

(iii) O problema da existência de muitas pessoas ainda sem internet em

casa; (iv) Dificuldades ligadas ao domínio das TIC em geral e da Net

em particular, por parte dos formandos que, quando não

acompanhados por um líder, pode tornar penosa a participação na

formação, pois não há o feedback que existe na formação presencial;

(v) A falta da afectividade que normalmente se estabelece na formação

em sala, onde formador e formandos estabelecem o seu

relacionamento; (vi) Ausência de manipulação directa dos elementos

em estudo; (vii) O modelo totalmente on-line exige do professor uma

disponibilidade total; (viii) O educador necessita de desenvolver skills e

ser o elemento integrador dos diversos elementos da comunidade

virtual; (ix) Existência de mecanismos que proporcionem um ensino

individualizado aos estudantes; (x) Desconfiança e falta de

credibilidade dos educadores por este método de ensino; (xi)

Necessidade de alteração de hábitos tradicionais de trabalho, por parte

dos professores, que deve ampliar o método colaborativo; (xii) O

professor deve dominar, para além dos métodos de ensino tradicional,

os métodos de ensino à distância.

A Formação Presencial apresenta como principais vantagens: (i)

Existe Feedback em cada formação presencial; (ii) Existe afectividade

QUAIS AS VANTAGENS E

DESVANTAGENS Formação

presencial / formação à

distância Esperança Alfaiate Magda Fernandes

[Conferência 2] [11h30m | 13h15m]

Page 13: Formação on-line

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que normalmente se estabelece na formação em sala, onde formador e

formandos estabelecem o seu relacionamento.

Desvantagens: (i) Não existe a possibilidade de flexibilizar a

frequência da formação, quer no Espaço, quer no Tempo; (ii) É

impossível reunir formandos provenientes de vários pontos do país (Há

o constrangimento da distância).

Existe formação, o “Blended Learning” (b-learning), que envolve a

combinação dos dois tipos de ensino e tenta beneficiar os pontos fortes

das duas modalidades de ensino.

Referências Bibliográficas

Santos, A. (2000). Ensino à Distância e tecnologias de Informação – e-

Learning. Editora Lidl.

QUAIS AS VANTAGENS E

DESVANTAGENS Formação

presencial / formação à

distância Esperança Alfaiate Magda Fernandes

[Conferência 2] [11h30m | 13h15m]

Page 14: Formação on-line

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Toda a educação à distância é on-line?

O ensino à distância e o e-learning

É um novo paradigma no campo educacional - o e-learning. Poderemos

dizer que é a "versão optimizada” da educação à distância. Em Portugal,

tivemos como exemplo de educação à distância a extinta telescola, alguns

cursos técnicos específicos (secretariado, técnico de televisão, etc.) ou

alguns cursos de línguas. Na educação à distância, o objectivo acaba por

centrar-se na instrução, na transmissão de conhecimentos. Não se cria

interacção entre o instrutor e o instruendo. No e-learning, o ensino, apesar

de à distância, proporciona essa interacção e até permite colaboração entre

os vários intervenientes. Promove uma aprendizagem autónoma,

fomentando um espírito de constante procura do saber - base da nossa

nova Sociedade da Informação e do Conhecimento.

História – Evolução - Futuro

As primeiras experiências de ensino à distância surgem com o ensino por

correspondência, em meados do século XIX. A utilização de materiais e

documentos em diferentes suportes surge por volta de 1970, com manuais

impressos, emissões de rádio e televisão e ainda cassetes (áudio e vídeo).

A interacção possível era entre o aluno e o professor, via telefone. A

evolução para o uso de multimédia interactivo surge com o correio

electrónico e a comunicação professor-aluno passa a ser frequente.

Só a partir de finais do século XX, podemos falar de educação à distância

on-line, a e-learning. Com a evolução da internet, os documentos são

distribuídos em rede e são utilizados fóruns electrónicos, blogues,

videoconferências, correio electrónico etc. A comunicação professor-aluno é

muito frequente e passa a existir a comunicação aluno-aluno(s). Essa

comunicação pode ser instantânea entre o emissor e o receptor (síncrona)

ou não (assíncrona), recorrendo-se a registo electrónico.

A constante evolução da tecnologia de suporte, com ferramentas e

funcionalidades várias, faz surgir novas gerações no conceito de educação à

TODA A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA É

ON-LINE? Cristiana Lopes

Lúcia Monteiro

[Conferência 3] [14h30m | 16h30m]

Page 15: Formação on-line

15

distância, cada vez mais “on-line”. É a já chamada a geração m-learning,

com conteúdos distribuídos em sistemas wireless e que recorre a podcasts e

a dispositivos móveis (telemóveis, PDAs, leitores de Mp3, etc). A

comunicação entre todos os intervenientes no processo ensino-

aprendizagem é muito frequente, significativa e fundamental.

O caminho que a educação on-line seguirá, paralelamente ao

desenvolvimento da Web 2.0, com certeza, será no sentido de que essa

comunicação entre os intervenientes possa proporcionar um trabalho cada

vez mais colaborativo. Todos os participantes se tornam produtores de

material de conhecimento e formam uma verdadeira comunidade de

aprendizagem.

Lúcia Monteiro

Cristiana Lopes

TODA A EDUCAÇÃO À

DISTÂNCIA É ON-LINE?

Cristiana Lopes Lúcia

Monteiro

[Conferência 3] [14h30m | 16h30m]

Page 16: Formação on-line

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Modelos de Educação

Embora nos encontremos ainda nos «primórdios da criação de uma

pedagogia online», é já possível reconhecer que a literatura da

especialidade distingue várias modalidades de educação online tendo em

conta o seu grau de virtualidade e de “assincronia”.

Fala-se, assim, por um lado, numa modalidade totalmente online e, por

outro, em modalidades híbridas, ecléticas ou mistas.

À primeira vista, o e-Learning corresponderá à primeira modalidade,

podendo ainda ser designada por uma panóplia de termos que não

interessa agora referir, e o b-Learning corresponderá ao segundo modelo

porquanto inclui, necessariamente, aulas presenciais.

Carol Twigg (2003) identifica cinco modelos de educação/formação online:

o modelo suplemento, que se caracteriza por ser presencial

complementado com tecnologia;

o modelo substituição, que reduz o tempo presencial substituindo-o por

tempo online;

o modelo emporium, que troca as aulas presenciais por um centro de

recursos online assistido por tutores;

o modelo totalmente online, cujas actividades de aprendizagem são

totalmente virtuais;

o modelo buffet, que personaliza o ambiente de aprendizagem para dar

uma resposta individual a cada formando.

Portugal tem vindo a fazer, progressivamente, um grande esforço na

implementação de diversas modalidades de ensino presencial, a distância

e online, particularmente na sua modalidade híbrida, como é o caso desta

oficina de formação promovida pela DGIDC.

Queremos acreditar que a utilização correcta destes recursos e

plataformas promoverão nos formandos uma maior performance no

domínio das tecnologias para além dos ganhos específicos da área do

saber.

Que modelos de educação online

existem? (e-learning; b-learning, …)

Gonçalo Silva

José Cruz

[Conferência 4] [16h45m | 18h15m]

Page 17: Formação on-line

17

Quanto à natureza mais ou menos híbrida da educação online,

entendemos que o equilíbrio é a chave para o sucesso. A existência de

uma sessão inicial e de uma sessão final promovem o degelo, o

sentimento de pertença e o reconhecimento mais humano dos respectivos

formadores.

Gonçalo Silva

José Cruz

Que modelos de educação online

existem? (e-learning; b-learning, …)

Gonçalo Silva

José Cruz

[Conferência 4] [16h45m | 18h15m]

Page 18: Formação on-line

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O Modelo de aprendizagem e-learning: factores de sucesso e aspectos críticos na sociedade do século XXI Vivemos na sociedade da informação e do conhecimento. Nesta sociedade, a característica mais marcante é que o conhecimento e os serviços baseados no conhecimento são os principais componentes de qualquer actividade económica. Para que se tenha sucesso neste novo mundo, que exige flexibilidade nas atitudes, trabalho criativo e cooperativo e uma permanente “reciclagem” de conhecimentos e competências temos que implementar uma nova sociedade: a “sociedade de aprendizagem”. A aprendizagem é o motor que nos permitirá acompanhar as sociedades mais evoluídas no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável e, consequentemente, a uma melhor qualidade de vida. Verifica-se, no entanto, nos modelos de ensino tradicionais, uma rigidez na sequenciação de conteúdos e de horários, o que impossibilita muitos jovens de progredirem de forma mais rápida, de se actualizarem e de aumentarem as suas qualificações. Também os alunos do ensino regular, não obstante o uso de recursos informáticos em algumas aulas, continuam, a maior parte das vezes, sujeitos a um ensino massificado e não respeitador do ritmo e das necessidades individuais. Há modelos de aprendizagem à distância que, com redução de custos, com muito melhor acessibilidade e rapidez na actualização e distribuição de informação deram já provas de ser tanto ou mais eficazes que os modelos tradicionais. Carlos Adão e Jorge Bernardino, professores do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, publicaram um artigo em que descrevem a estratégia de implementação de um modelo de Blended-Learning (ensino combinado em que predomina a aprendizagem online, que é complementada com algumas, poucas, sessões presenciais) aplicado a uma disciplina nuclear de um curso de engenharia. Nesta experiência piloto, os alunos puderam optar pelo formato tradicional/presencial ou por um processo de aprendizagem à distância usando a metodologia de Blended-Learning. Este modelo de Blended-Learning foi implementado não como um complemento à actividade lectiva normal, mas sim como um sistema planeado para decorrer à distância. Embora não fosse muito significativo, registaram-se melhores resultados entre os alunos que frequentaram a disciplina em regime de b-Learning. Há a considerar, além disso, que alguns dos alunos do regime de b-Learning não teriam possibilidade de frequentar a disciplina no formato tradicional. Assim, a existência da opção de b-Learning, por si só, permitiu um incremento da taxa de sucesso na disciplina. Hoje em dia, a formação à distância funciona através de plataformas de gestão da aprendizagem que é o interface físico entre o formando/aluno e a entidade formadora, muitas vezes com tutores dinamizadores da formação. Estas plataformas dispõem de ferramentas de comunicação (essenciais num processo de formação) e que contrariam a ideia da falta de interacção, muito

Quais os factores críticos

a ter em conta quando se opta

pelo e-learning?

António Nogueira José Morujão

[Conferência 5] [9h00m | 10h30m]

Page 19: Formação on-line

19

disseminada pelos adversários do e-learning (formação/ensino online). De facto regista-se a possibilidade de comunicação síncrona, através de chats, e assíncrona, via fóruns, email, entre outros. Uma iniciativa de e-learning bem desenhada deve promover a interacção não só entre os alunos mas, também, entre alunos e professores, promovendo deste modo uma cultura e trabalho colaborativos. A utilização das novas tecnologias não está, porém, isenta de dificuldades e obstáculos que importa minimizar. Um desses obstáculos diz respeito à disseminação da informação e-learning. A falta de hábito e de competências quanto ao uso proficiente das tecnologias era, de facto, uma questão primordial. Porém, este problema está praticamente superado, não só porque as TIC têm vindo a ser progressivamente utilizadas no meio escolar, mas também pela facilidade com que os jovens integram estas tecnologias nas suas práticas. O e-learning exige, antes de tudo, a adopção de novos modelos paradigmáticos no contexto do processo de ensino-aprendizagem. Uma das suas grandes virtualidades é o facto de procurar obter o máximo proveito das Tecnologias de Informação e Comunicação disponíveis, colocando-as ao serviço dos alunos, como suporte na formação mas também no seu desenvolvimento pessoal. Outra grande vantagem do e-learning é que possibilita através de um simples portátil a integração de várias linguagens e formas comunicacionais, no plano de estudos: música, filme, fotografia, texto, apresentações, … o que permite o enriquecimento, a potenciação das aprendizagens. Os programas de e-learning poderão também permitir uma aprendizagem mais rápida uma vez que o aluno pode avançar no plano de estudos ao seu próprio ritmo. Além disso pode gerir o tempo de acordo com as suas disponibilidades e necessidades. Revela-se, pois, mais ágil que os programas tradicionais. O e-learning desenvolve a autonomia e estimula, nos alunos, o autodidactismo e a responsabilização pelo processo de aprendizagem. Permite, além disso, reduzir as taxas de absentismo. Em certos níveis de ensino, particularmente no Universitário, poderá proporcionar formas alternativas de frequência das disciplinas, onde os alunos possam escolher a que melhor se adequa ao seu perfil e estilo de aprendizagem. O e-learning incentiva ainda a educação permanente. Ao nível das bibliotecas, o e-learning apresenta enormes potencialidades. É possível, em paralelo com o currículo, e com ele articulado, implementar programas, nomeadamente ao nível das literacias. O e-learning e o blended learning agilizam, facilitam e enriquecem as aprendizagens. Democratizam o acesso à formação/educação. Permitem formar mais jovens, independentemente da sua localização geográfica, com menos custos e, provavelmente, com maior eficácia. Todas estas potencialidades não estão, porém, isentas de alguns riscos que, se forem devidamente calculados, constituem a matéria-prima para uma sólida

Quais os factores críticos

a ter em conta quando se opta

pelo e-learning?

António Nogueira José Morujão

[Conferência 5] [9h00m | 10h30m]

Page 20: Formação on-line

20

formação humana. É o caso da disciplina e da auto-organização que o paradigma e-learning exige dos respectivos utilizadores. Outro aspecto critico pode ser a dificuldade de socialização que estes ambientes de aprendizagem à distancia proporcionam. A consciência destes constrangimentos permitiram o desenvolvimento de formas activas para minimizar os efeitos da ausência da interacção física. É o caso da constituição das comunidades virtuais de aprendizagem, onde a colaboração é a regra básica da reciprocidade e , portanto , da socialização. Estamos indubitavelmente perante uma revolução que não é só tecnológica mas, educativa e sociológica. Uma revolução que modifica o modo como nos relacionamos com a informação e com o conhecimento. Uma revolução em permanente devir, à qual a escola não pode virar as costas se quiser continuar a ser construtora do futuro.

Quais os factores críticos

a ter em conta quando se opta

pelo e-learning?

António Nogueira José Morujão

[Conferência 5] [9h00m | 10h30m]

Page 21: Formação on-line

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Esta comunicação resulta de uma reflexão sobre as condições ou

situações em que será mais útil a formação à distância ou a formação

em presença.

A formação à distância pode ser útil quando se dirige a adultos com

uma escolaridade de base sólida. Ela permite, entre outras coisas:

flexibilidade de horários; economia de tempo e de recursos

económicos; a frequência de uma acção que não esteja disponível na

nossa área geográfica; permite que todos aprendam com todos.

A formação à distância é útil no caso de adultos, uma vez que exige um

grau de maturidade e de responsabilidade elevado. Na verdade, esta

formação requer do formando uma capacidade de gestão da

informação e do tempo e até de selecção e organização de conteúdos

e de metodologias, para além de capacidade de colaborar de forma

eficiente com os outros formandos.

Já a formação em presença é útil quando se trata de indivíduos que

não possuem uma escolaridade de base sólida, incapazes, por isso, de

aprender sozinhos, com pouca ou nenhuma auto-disciplina e com

pouca capacidade de motivação.

Pensamos também que o ensino em presença é indispensável no caso

de crianças e adolescentes. Estão ainda em formação e a presença do

professor é essencial, uma vez que o professor transmite não só

informação mas também valores, educa através do que diz, de como

diz e da sua forma de estar.

Quanto ao ensino tradicional, presencial, também pode ser útil em

situações em que os alunos precisam do contacto humano, directo,

para se apoiar ou até motivar para as aprendizagens. Além disso, o

professor, no ensino tradicional, pode conhecer melhor os alunos e,

consequentemente, detectar melhor as suas dificuldades para reajustar

as metodologias ou até o programa da formação. Pode também

responder de modo mais adequado e mais imediato a situações ou

reacções imprevistas. A interacção com os outros alunos, o simples

Em que condições e em

que situações será mais útil

um ou outro tipo de formação?

Fátima Sebastião

Susana Silva

[Conferência 6] [11h00m | 13h00m]

Page 22: Formação on-line

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contacto visual e presença podem ser importantes em situações em

que é importante a coesão e identificação de grupo.

Para além disso, a formação à distância em ambientes virtuais requer

ambientação aos novos espaços de aprendizagem e domínio de

competências operativas na área das TIC. Portanto, há ainda

resistência a este modelo de formação e situações em que se pode

revelar mais útil um modelo presencial.

Nas nossas escolas básicas e secundárias, o ideal seria generalizar o

uso de ferramentas e instrumentos tecnológicos que permitissem aos

alunos desenvolver outras competências relacionadas com a

autonomia, a iniciativa, a capacidade de construir conhecimento e de

produzir, para ultrapassar o modelo de ensino tradicional, que apela

ainda muito à reprodução e memorização de conteúdos. O aluno do

ensino tradicional tem tendência a assumir um papel mais passivo face

à sua própria aprendizagem e a esperar que o professor seja de facto

aquele que ensina e não aquele que orienta.

Seria importante a implementação de um ensino misto que recorresse

ao ensino presencial e a modalidades de aprendizagem em suporte

informático e em ambientes virtuais. Assim os mais jovens ficariam

melhor preparados para encarar, no futuro, com grande naturalidade a

formação à distância.

Em segundo lugar, a formação à distância é útil sobretudo quando se

trata de adultos que precisam de fazer formação contínua e podem

assim fazer a gestão do seu tempo e trabalhar ao seu ritmo, quando se

trata de formandos que, sem essa flexibilidade temporal que o ensino à

distância permite, dificilmente poderiam comprometer-se em processos

de aprendizagem demasiado rígidos para serem compatíveis com

horários de trabalho, horários familiares, etc.

Em terceiro lugar, a formação à distância apresenta-se útil do ponto de

vista económico, uma vez que abrange muitas pessoas, reduzindo

Em que condições e em

que situações será mais útil

um ou outro tipo de formação?

Fátima Sebastião

Susana Silva

[Conferência 6] [11h00m | 13h00m]

Page 23: Formação on-line

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custos e permitindo uma economia de tempo e de recursos

orçamentais.

Em quarto lugar, a formação à distância é útil quando pretendemos

integrar-nos numa comunidade de pessoas com os mesmos interesses

sem estarmos condicionados por factores de proximidade geográfica,

sem estarmos dependentes da identificação local, como no tradicional

conceito sociológico de "comunidade".

Por último, o ensino à distância é útil quando se pretende que todos

ensinem a todos, todos aprendam com todos e todos sejam

construtores da sua aprendizagem e não meros receptores passivos;

quando se procura potenciar o contributo de todos para a

aprendizagem final; quando se procura criar espaços alternativos de

construção do conhecimento.

Na verdade, um dos aspectos principais que distingue a formação

presencial e a formação à distância é sem dúvida o modo de

transmissão dos conteúdos e, consequentemente, a interacção e

relação educativa que se estabelece entre formadores e formandos,

professores e alunos e alunos entre si. Durante muito tempo, o modelo

mais tradicional enfatizou sobretudo o processo de ensino. O processo

educacional centrou-se sobretudo no modo de ensinar e não nos

modos de aprender. As novas tecnologias da informação e

comunicação vieram permitir a alteração deste paradigma e introduzir

novas metodologias na pesquisa e tratamento de informação e na

produção de conhecimento. No processo educativo, os aprendentes já

não podem ser apenas reprodutores de informação, antes sendo

construtores do seu conhecimento. A educação on-line permite a

existência de comunidades virtuais de aprendizagem colaborativa,

onde a interacção entre formandos e formadores e entre formandos

entre si é de grande importância para o desenvolvimento da autonomia

e responsabilização do aluno no próprio processo de aprendizagem.

Em que condições e em

que situações será mais útil

um ou outro tipo de formação?

Fátima Sebastião

Susana Silva

[Conferência 6] [11h00m | 13h00m]

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Este artigo parte da ideia que a presença social é possível de existir em ambientes virtuais de aprendizagem. Contudo, interrogarmo-nos em que medida a utilização de ferramentas Web 2.0 num curso on-line potencia a criação de ambientes sociais, interactivos e culturais, promovendo uma aprendizagem em contexto.

A presença social consiste na criação de um clima social agradável, onde todos os participantes do processo de ensino e de aprendizagem sejam capazes de exprimir as suas dúvidas, ideias e sugestões, sem receio de ser incompreendidos e com a certeza de que com a sua participação estão a colaborar na construção deste processo. As situações de aprendizagem que procuram uma presença social não estão reféns de que elas sejam presenciais ou virtuais.

A adopção de ambientes virtuais de aprendizagem em contexto educativo tem vindo a mostrar um enorme potencial, sobretudo ao nível da comunicação e interacção entre formadores e formandos. O ensino e a aprendizagem on-line é uma alternativa ao ensino presencial que permite reflectir as diferentes funções que os actores educativos são chamados a desempenhar nos recentes ambientes de aprendizagem, bem como o estabelecimento de uma nova relação pedagógica dentro de um paradigma emergente estruturado em torno da interacção e colaboração.

O que diferencia o sucesso do processo de ensino e de aprendizagem presencial ou virtual é a interacção entre formador e formandos e entre formandos, não o facto de um curso ser on-line e à distância ou numa sala de aula convencional.

Nesta problemática estão subjacentes diversas questões que se prendem com a utilização de ferramentas Web 2.0: potencia a interacção online, a socialização online, a construção colaborativa do conhecimento e uma aprendizagem em contexto.

Recorrendo a Azevedo (s/d); Francisco, Morgado, Machado & Mendes (s/d); Fernandes (2002) podemos afirmar que as interacções ocorridas entre formandos e formadores evidenciaram a Web 2.0 como um conceito social, colaborativo e dinâmico, que vive da participação e da interacção entre indivíduos e conteúdos, em espaços construídos e partilhados.

Figueiredo & Afonso (2005) refere que nestes contextos, desde que apropriados pelos participantes, a utilização de ferramentas Web 2.0 na construção de conhecimento proporciona a emergência de uma inteligência colectiva.

Palavras-chave: Presença social em ambientes virtuais, b-learning, comunicação, interacção.

Interacção e presença social

em ambientes virtuais de

aprendizagem

Paulo Reis Universidade

do Saber, Portugal Maria João Raimundo,

Universidade do Conhecimento,

Portugal

[Conferência 7] [14h30m | 16h30m]

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As interacções entre participantes contribuem para a construção do conhecimento e para a socialização entre aprendentes. Contudo, a utilização da tecnologia por si só não é suficiente para promover a aprendizagem. O papel do tutor é fundamental neste processo, na medida em que acompanha os aprendentes e a construção e evolução do contexto. Para além do papel de facilitador da aprendizagem, há que ter em consideração todo o planeamento da actividade, recorrendo às ferramentas Web 2.0. Assim, o tutor deverá criar o espaço e torná-lo acessível, planear tarefas de socialização e de construção do conhecimento, acompanhar a evolução do contexto e desenhar novas tarefas de acordo com esta evolução.

As características das ferramentas Web 2.0 vão ao encontro dos princípios de uma aprendizagem em contexto. As contribuições e as interacções dos aprendentes constroem o contexto onde decorre a aprendizagem.

A Web 2.0 é um ambiente que potencia a aprendizagem personalizada, permitindo comunicar, socializar e interagir com conteúdos e aprendentes, desenvolvendo uma comunidade de aprendizagem que participa activamente na construção do conhecimento, ou seja, possibilita a socialização, a colaboração e a partilha num ambiente interactivo e dinâmico, construído pelos seus utilizadores.

Estas características intrínsecas da Web 2.0 potenciam contextos de aprendizagem, na medida em que promovem a socialização, a interacção e a construção colaborativa do conhecimento.

Em suma, a Web 2.0 potencia a aprendizagem personalizada, permitindo comunicar, socializar e interagir com conteúdos e aprendentes, desenvolvendo uma comunidade de aprendizagem que participa activamente na construção do conhecimento, indo ao encontro das exigências da sociedade de conhecimento em que vivemos.

Bibliografia

Azevedo, Wilson (s/d). E-Learning como elemento de interacção no processo educacional. Banco de Textos de Elton Vergara Nunes

Francisco, Deise; Morgado, Lina; Machado, Glaucio & Mendes, António (s/d). Interacção e presença social em ambientes virtuais de aprendizagem. Centro de Estudos em Educação & Inovação, Universidade Aberta.

Figueiredo, A. D. & Afonso, A. P. (2005). Context and Learning: a Philosophical Framework, in Figueiredo, A. D. & A. P. Afonso, Managing Learning in Virtual Settings: The Role of Context, Information Science Publishing, Hershey, USA, pp.1-22.

Figueiredo, A. D. (2002). Redes e educação: a surpreendente riqueza de um conceito, in Conselho Nacional de Educação (2002), Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação, Lisboa. Disponível em: [http://eden.dei.uc.pt/~adf/cne2002.pdf]

Interacção e presença

social em ambientes

virtuais de aprendizagem

Paulo Reis

Universidade do Saber,

Portugal Maria João Raimundo,

Universidade do Conhecimento,

Portugal

[Conferência 7] [14h30m | 16h30m]

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Num mundo onde tudo acontece à velocidade de um clik, as novas tecnologias tomaram conta da vida de grande parte: no emprego, em família, com os amigos. Estamos fisicamente mais distantes, mas inevitavelmente mais próximos, ou pelo menos mais contactáveis. Nos dias de hoje já é preciso sair do conforto da nossa casa para aprendermos, para desenvolvermos competências de vária ordem, para nos tornarmos mais eficientes e, deseja-se, cidadãos de pleno direito. Foi com os olhos postos nestes novos paradigmas que entre os dias 29 de Abril e 2 de Maio de 2010, na FIL, decorreu um Congresso subordinado ao tema: elearning e Web2.0. Durante essa semana, oradores de renome internacional, discutiram assuntos como: diferenças substanciais entre formação presencial e formação à distância; vantagens e desvantagens de cada uma; modelos de educação existentes online; factores críticos a ter em conta quando se opta pelo e-learning; condições e situações em que será mais útil um ou outro tipo de formação; entre muitos outros. Depois da conferência de abertura levada a cabo pela Dr.ª Maria João Raimundo e Dr. Paulo Reis, a Dr.ª Ana Farrajota e a Dr.ª Ruth Gomes debruçaram a sua atenção sobre as diferenças entre a formação presencial e a formação à distância. Estas duas oradoras salientaram o facto de a formação à distância ser ainda vista com algum cepticismo. Contudo, não deixaram de salientar que as novas tecnologias estão a dar lugar a novas possibilidades de aprendizagem, possibilitando que todos tenham acesso à informação. Referiram ainda algumas das diferenças entre uma formação e outra, como o tempo que na formação à distância é mais flexível; o espaço que a formação à distância transforma em espaço virtual; a relação do formando com o formador, que na formação presencial é de maior dependência, pois o formador é a fonte de informação; o tipo de formação, expositivo na presencial, favorecendo a auto-aprendizagem e o trabalho colaborativo na formação à distância. Ao início da tarde a Dr.ª Esperança Alfaiate e a Dr.ª Magda Fernandes apresentaram algumas da diferenças entre a formação presencial e à distância. Na formação à distância salientaram que ela possibilita a flexibilização da formação no espaço e no tempo, permitindo reunir formandos de locais geograficamente distantes, assim como fazer formação para grupos minoritários. Referiram contudo que há algumas desvantagens neste tipo de formação, desde logo a limitada interacção humana e falta de afectividade que normalmente se estabelece na

Jornalistas Isabel Marques

Alcina correia

Síntese dos trabalhos ] [16h45m | 18h15m]

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sala. Salientaram também que a formação à distância implica a existência de alguns “dispositivos” (computador, internet, algum domínio das TIC), que não estão disponíveis para todos. A Dr.ª Cristiana Lopes e a Dr.ª Lúcia Monteiro clarificaram a ideia de que formação à distância e formação on-line não são obrigatoriamente a mesma coisa. Ao longo da sua intervenção ficou clara a ideia de que os novos paradigmas educacionais exigem que professores/formadores e alunos/formandos se adaptem a novas realidades e que configurem os seus perfis, pois têm de ser mais interventivos, competentes e dominar as Novas Tecnologias, independentemente de estarmos a falar de ensino à distância ou on-line. Os modelos de educação existentes on-line constituíram o assunto trazido pelo Dr. Gonçalo Silva e pelo Dr. José Cruz. Na opinião destes dois oradores, apesar de a formação on-line estar ainda no seu início, a literatura da especialidade distingue várias modalidades de educação online, ou seja, fala-se em modalidade totalmente online e em modalidades híbridas, ecléticas ou mistas, correspondendo o e-Learning à primeira modalidade e o b-Learning à segunda, pois inclui, necessariamente, aulas presenciais. Na comunicação O Modelo de aprendizagem e-learning: factores de sucesso e aspectos críticos na sociedade do século XXI, o Dr. José Morujão e Dr. António Nogueira realçaram a ideia de que, para que todos os modelos apresentados obtenham os resultados desejados, há que mudar de atitude e formas de trabalhar, adoptando as estratégias e modelos que nos permitam a construção de uma verdadeira “sociedade de aprendizagem”. Essas mudanças passam então pela rentabilização das TIC, na modalidade e e-learning. Apontaram como grandes vantagens da sua utilização o suporte à formação e ao desenvolvimento pessoal, a integração de várias linguagens e formas comunicacionais, maior rapidez de aprendizagem, respeito pelo ritmo de aprendizagem próprio de cada um, a gestão do tempo, o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade, o contributo para a redução do absentismo, o fomento da aprendizagem ao longo da vida, o combate a obstáculos geográficos, entre outros. Sem descurar algumas desvantagens também apresentadas por outros oradores, salientaram também o papel das bibliotecas na implementação deste modelo de aprendizagem. A Dr.ª Susana Silva e a Dr.ª Fátima Sebastião identificaram as condições ou situações em que a formação à distância ou a formação em presença se revelam mais pertinentes. Focando as vantagens de ambas, consideraram que a formação à distância se revela mais adequada a adultos com uma escolaridade de base sólida, enquanto a

Jornalistas Isabel Marques

Alcina correia

Síntese dos trabalhos ] [16h45m | 18h15m]

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formação em presença será mais pertinente para aqueles não possuem uma escolaridade de base sólida, com dificuldade em aprender sozinhos, com algum défice de auto-disciplina e de auto-motivação. Neste último grupo incluem as crianças, visto que consideram que a educação para os valores deve ser feita presencialmente, através da presença física do adulto. Referiram também a interacção e o contacto visual como aspectos favoráveis ao ensino presencial. No que concerne o ensino em Portugal, defenderam a implementação de um ensino misto que potencializasse as vantagens de ambas as modalidades, possibilitando uma formação mais completa. Concluíram referindo que o modo de transmissão dos conteúdos e a interacção e relação educativa que se estabelece entre formadores e formandos, professores e alunos e alunos entre si são os factores primordiais na distinção entre a formação presencial e a formação à distância. Sobre a interacção e presença social em ambientes virtuais de aprendizagem, o Dr. Paulo Reis e a Dr.ª Maria João Raimundo clarificaram o conceito de presença social, conducente à interacção em ambientes virtuais. A interacção entre formador e formandos e entre formandos foi apontada como sendo a grande diferença entre o sucesso no ensino e aprendizagem presencial ou virtual. Fazendo referência à utilização das ferramentas Web 2.0, concluem que essas interacções contribuem para a construção do conhecimento e para a socialização. Sublinham que para que isso seja possível, não bastará a utilização das TIC, reforçando assim o papel dos tutores/formadores. Ponderando todas as vantagens e eventuais constrangimentos, concluíram afirmando que “a Web 2.0 potencia a aprendizagem personalizada, permitindo comunicar, socializar e interagir com conteúdos e aprendentes, desenvolvendo uma comunidade de aprendizagem que participa activamente na construção do conhecimento, indo ao encontro das exigências da sociedade de conhecimento em que vivemos”.

Jornalistas Isabel Marques

Alcina correia

Jornalistas Isabel Marques

Alcina correia

Síntese dos trabalhos ] [16h45m | 18h15m]

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Interacção e presença social em ambientes virtuais de aprendizagem

Aproveitando a circunstância de estar a decorrer na FIL um Congresso sob o lema do e-learning e da Web 2.0, conceitos com que os nossos leitores estão pouco familiarizados, aproveitámos a presença dos Professores Doutores Mª João Raimundo e Paulo Reis, investigadores de renome internacional em

representação do CEIPSAVA (Centro de Estudos e Investigação em Interacção e Presença Social em Ambientes Virtuais de Aprendizagem) para nos ajudarem a clarificar de que forma as novas tecnologias de informação e da comunicação estão a revolucionar a gestão da informação e do conhecimento, obrigando os diferentes actores a repensar os processos, estratégias e metodologias de ensino num novo paradigma educacional. e-glocal - Partindo do pressuposto, assumido pelos eminentes conferencistas, de que a presença social é possível em ambientes virtuais, gostaríamos de saber como se constrói o sentimento de pertença à comunidade virtual de aprendizagem, uma vez que estão ausentes da comunicação a observação facial e a linguagem corporal. MJR e PR - Pertencer a uma comunidade pressupõe o estabelecimento de relações no grupo. Julgamos que as relações sociais, tal como o acto educativo, têm subjacente um acto de comunicação mas não cremos que este acto de comunicação fique, num ambiente virtual, fatalmente prejudicado pela ausência de alguns mecanismos, nomeadamente, a linguagem corporal ou a oralidade. Na ausência da linguagem corporal e da expressividade oral, poder-se-ão utilizar outras convenções, como os vulgo “smiles”, elucidativas de, por exemplo, um estado de humor. Por outro lado, o sentimento de pertença deverá ser motivado pelo formador, através de estratégias próprias, enquanto intervenção inicial numa comunidade virtual de aprendizagem.

Esta perspectiva está fortemente marcada na nossa intervenção - o papel do formador no desenvolvimento de uma presença social em contexto virtual.

O seu papel é fundamental no processo, na medida em que acompanha os aprendentes e a construção e evolução do contexto. Para além do papel de facilitador da aprendizagem, há que ter em consideração todo o planeamento da actividade, recorrendo às ferramentas Web 2.0. Assim, o formador deverá criar o espaço e torná-lo acessível, planear tarefas de socialização e de construção do

Jornalistas Fátima Dias

Elisa Almeida

[ Entrevistas … ]

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conhecimento, acompanhar a evolução do contexto e desenhar novas tarefas de acordo com esta evolução.

e-glocal - «A presença social consiste na criação de um clima social agradável». Que estratégias são utilizadas pelos formadores/animadores das comunidades de aprendizagem para fomentar esse clima?

MJR e PR - Alguns autores já estudaram o perfil ideal para um formador em comunidades virtuais de aprendizagem. Invariavelmente, neste perfil é mencionada a necessária capacidade de promover a interacção social entre os indivíduos.

Berge (1995) crê que um ambiente amigável é facilitador da aprendizagem, motivo pelo qual o formador deverá incentivar as relações humanas, desenvolvendo trabalho e coesão de grupo.

Salmon (2000) propõe um modelo em que num primeiro nível os formandos devem ser acolhidos e apoiados pelo formador no desenvolvimento do acesso/relação com a plataforma e motivação para o tema, esclarecendo todas as suas dúvidas e incertezas; num segundo nível, o formador deve promover o estabelecimento da identidade on-line de cada formando e a interacção entre eles, reforçando, por exemplo experiências e vivências em comum ou enriquecedoras para o grupo. A partir deste momento os formandos poderão, e deverão, sentir-se motivados a trocarem informações entre si, sendo que a promoção de discussões focadas em determinado tema, tornam a interacção colaborativa. Este autor defende mesmo que se o e-moderador não for capaz de promover a sociabilização entre pares, a maioria nunca chegarão funcionar enquanto grupo.

Thomas, referido em Shepard (2003) estabelece que o formador deverá ter uma atitude positiva, estabelecendo ligações, gerando entusiasmo, mantendo interesse e ajudando nas dificuldades e proactiva, fazendo acontecer, catalisando e agindo sempre que necessário.

Em suma, as intervenções iniciais do formador são fundamentais no processo de criação do espírito de grupo e inerente clima social, acolhendo participantes, incentivando o estabelecimento de identidades, motivando trabalho cooperativo, apoiando nos momentos de dificuldade, ou dito de outra forma, afastando a sensação de solidão e promovendo o sentimento de grupo.

e-glocal - Se o que diferencia «o sucesso do processo de ensino e de aprendizagem presencial ou virtual é a interacção entre formador e formandos e entre formandos, não o fato de um curso ser on-line e à distância ou numa sala de aula convencional», podemos deduzir que podem também ocorrer casos de insucesso ou problemas de indisciplina ou até de bullying em comunidades de aprendizagem virtuais. Como lidar com essas situações (a existirem)?

Jornalistas Isabel Marques

Alcina correia

[ Entrevistas … ]

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MJR e PR -Sempre que se criam relações há lugar a comportamentos desviantes. Numa comunidade, seja ela um grupo presencial ou virtual, podem acontecer actos violentos ou de indisciplina. A maior diferença prende-se com o facto de que, na presencial acresce-se a possibilidade de violência física, e na virtual, esta é, obviamente, inviável. De toda a maneira, a violência/ofensa à integridade psicológica não será menos agressiva e as palavras escritas serão capazes de injurias não menos gravosas que as palavras faladas…

Relativamente à forma de lidar com uma situação destas, tal como na presencial, na virtual não tem resposta fácil! Julgamos que, à semelhança da presencial, dependerá do tipo de abuso ou agressão e da sensibilidade do formador para a resolver. O melhor será sempre que se estabeleçam regras de participação claras e objectivamente bem definidas, logo na constituição do grupo, de forma a antecipar e inviabilizar este tipo de episódio.

e-glocal -Interacção, comunicação e colaboração parecem ser três conceitos que valorizam, de sobremaneira, nesta comunicação. Gostaríamos que concretizassem a sua mais-valia em contextos de aprendizagem virtual.

MJR e PR - Em ambientes colaborativos os intervenientes estarão envolvidos na sua própria aprendizagem e as actividades propostas devem, preferencialmente, estar direccionadas para situações de aplicação prática à sua vivência, articulando aprendizagem com o contexto e as experiências.

Parece-nos consensual que a comunicação é um factor fundamental em qualquer forma de aprendizagem, quer seja presencial ou virtual, constituindo-se a maior diferença na forma – oral/corporal versus escrita.

A interacção e o trabalho cooperativo são um caminho, não só para encontrar um produto colectivo, como para desenvolver uma visão mais ampla, identificando incoerências e incompletudes, estimulando criatividade, novas descobertas e diferentes alternativas. Em suma, os alunos serão co-autores de uma construção de conhecimento e processo de aprendizagem, que se resultado de fontes comunitárias será, invariavelmente, mais enriquecedor.

Neste contexto, emerge um novo paradigma de avaliação - a avaliação contextual – a que corresponde ao vulgarmente designado na literatura de “avaliação autêntica”. Neste tipo de avaliação destaca-se o facto de não incidir apenas nos produtos finais, mas nas tarefas e procedimentos que acompanham o desenvolvimento da actividade. Estamos na presença de uma verdadeira avaliação formadora que implica interacção, comunicação e colaboração entre as partes, formador e formandos.

Foi no seguimento deste panorama que as ferramentas da Web 2.0 contribuíram para o aparecimento de um novo conceito de e-Portfolios. A elaboração de um e-

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Portfolio permite um grau de interacção elevado, uma vez que possibilita a comunicação, interacção e colaboração online, promovendo o desenvolvimento de competências e a construção de conhecimento.

e-glocal - Agradecemos a valiosa colaboração dos nossos entrevistados, certas de que contribuirá para a clarificação desta temática, na actual sociedade da informação e do conhecimento (e do relacionamento). Porque, também nas nossas Bibliotecas Escolares, o futuro será em rede, porque o futuro será portátil, e-learning e Web 2.0 farão parte do nosso quotidiano e o que agora se discute passará a ser apenas um novo padrão comunicativo e de relacionamento.

Neste dia alfa e ómega de Maio de 2010, neste 22º Congresso Internacional «Bibliotecas Escolares e a Web 2.0», demos mais um passo no futuro. Dia a dia vamos construindo comunidades virtuais de aprendizagem com base em afinidades de interesses, de conhecimentos, de partilha de projectos, num processo de cooperação e permuta, independentemente das proximidades geográficas e pertenças institucionais.

Jornalistas Isabel Marques

Alcina correia

[ Entrevistas … ]