Formação Ministério de Pregação

51
Grupo de Oração Frutos de Maria RCC- Paróquia Santo Antônio MINISTÉRIO DE PREGAÇÃO “A julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo, de novo necessitais que alguém vos ensine os primeiros rudimentos da Palavra de Deus. Tende necessidade de leite materno em lugar de alimento sólido. Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. O alimento sólido é para os adultos, aqueles que a experiência já exercitou para distinguir o bem e o mal.” (Hb 5, 12-14) Coordenadora do Grupo de Oração Frutos de Maria Fernanda Silva Coordenador do Ministério de Pregação Ricardo Lopes Daldegan Ministério de Formação Francisco de Assis Dias Eduardo Henrique Lopes Daldegan

description

Formação Ministério de Pregação

Transcript of Formação Ministério de Pregação

  • Grupo de Orao Frutos de MariaRCC- Parquia Santo Antnio

    MINISTRIO DE PREGAO

    A julgar pelo tempo, j deveis ser mestres! Contudo, de novo necessitais que algum vos ensine os primeiros rudimentos da Palavra de Deus. Tende necessidade de leite materno em lugar de alimento slido. Ora, quem se alimenta de leite no capaz de compreender uma doutrina profunda, porque ainda criana. O alimento slido para os adultos, aqueles que a experincia j exercitou para distinguir o bem e o mal.

    (Hb 5, 12-14)

    Coordenadora do Grupo de Orao Frutos de MariaFernanda Silva

    Coordenador do Ministrio de PregaoRicardo Lopes DaldeganMinistrio de FormaoFrancisco de Assis Dias

    Eduardo Henrique Lopes Daldegan

  • COMUNICAO

    Nada vale o nosso conhecimento se no soubermos express-lo no mundo. Os conhecimentos so processados pela inteligncia. Existem vrios tipos de inteligncia: verbal (comunicao), matemtica (raciocnio), espacial (situao de lugares), musical (msica), corporal (atitude do corpo), intrapessoal (saber lidar consigo mesmo), interpessoal ( saber lidar com os outros), emocional (lidar com as prprias emoes), espiritual (religio), etc Algumas entre elas predominante em cada pessoa. no entanto, na inteligncia interpessoal que se manifesta a habilidade da comunicao.

    Comunicao a mais bsica e vital de todas as necessidades, depois da sobrevivncia fsica. S atravs dela os conhecimentos so transmitidos e transformam o universo.

    No s por palavras que a comunicao se estabelece. A palavra representa apenas 7% da capacidade de influncia sobre as pessoas. Antes da palavra, o tom de voz (38%) e a fisiologia (55%) postura corporal formam uma estrutura que d mais poder comunicao. Usando melhor esses recursos no desperdiaremos energia em comunicao.

    Saber usar a inteligncia interpessoal na comunicao saber distinguir os vrios aspectos da troca de informaes entre as pessoas conseguindo mais poder de convencimento e de influencia.

    A linguagem humana pode ser verbal ou no-verbal, exteriorizada ou no. H cinco atos bsicos na linguagem exteriorizada:

    1. Solicitao: criao de um contexto favorvel para solicitarmos algo. Ex: confiana; autoridade

    2. Oferta: disposio de comprometimento.3. Promessa: advm da oferta aceita.4. Declarao: ato que gera ao, feita no presente e em termos positivos.5. Assero: afirmao sobre determinado fato. Poder ser falsa ou verdadeira

    conforme sua aceitao. Avaliao do fato: explicao para o fato, julgamento. (cuidado)

    Um dos primeiros passos para tornar mais positiva a comunicao, pensar sem julgar. Observar os fatos sem criar julgamento e avaliaes. As emoes residem nas interpretaes e podem ser decisivas no nosso modo de viver, de nos comunicar e de nos sintonizar com o universo.

    Olhos, janelas da alma:Quando voc se comunica com algum, todo o corpo fala. fundamental

    observar a si e aos outros, percebendo alm das palavras. O melhor ponto so os olhos. Olhos para cima: (memria visual) fazem imagens com a mente. Quando esto

    voltados para a direita, criam imagens; para a esquerda, relembram. Olhos na posio horizontal: abrem nosso canal auditivo. Para a esquerda,

    memorizam sons; para a direita, criam sons. Olhos para baixo: direita, propriocepo, emoes no crebro. esquerda,

    self-talk. Para o centro: sensaes olfativas e gustativas.Todos somos ao mesmo tempo visuais, auditivos e cinestsicos. Mas h em cada

    pessoa a predominncia de um desses componentes. O bom comunicador precisa falar as 3 linguagens simultaneamente com diferentes pessoas. importante estabelecer uma sintonia entre os interlocutores par que um confie no outro. O bom comunicador tem poder pessoal e no posicional. Atravs da comunicao positiva podemos aprender muito com as respostas que a todo instantes o mundo nos pede.

  • Exemplos de comunicao:* No foi nada (errado) eu sei que voc faria isso por mim (certo).* Vou te contar uma coisa, mas ningum pode saber agua a curiosidade e a comunicao alterada.* Autoridade no petulncia competncia, experincia (quem grita j perdeu a sua autoridade).* Confiana sinceridade, competncia, histria pessoal.

    O QUE MINISTRIO?

    Foi o Conclio Vaticano II (1962-1965) quem, de maneira inspirada e mais proftica que sistemtica, enfatizou que, a Igreja, para ser autenticamente evanglica e continuar a misso de Cristo, precisa estar inteiramente voltada para o servio, havendo de ser toda ministerial, considerando a distribuio desses servios (ou ministrios) como tese fundamental e condio essencial da sua fidelidade ao Evangelho.Tanto nos documentos papais como naqueles das conferncias episcopais e escritos aps o Conclio, pode-se afirmar que foi com certa prudente morosidade' que o assunto foi sendo tratado, e assim mesmo, a princpio, considerando acentuadamente mais os ministrios tidos como hierrquicos (conferidos pelo sacramento da Ordem) do que os ministrios em sua concepo de destinados a todos, na Igreja. Aos poucos, porm, a reflexo foi despertando interesse entre os telogos e estudiosos do mundo todo, ganhando corpo e espao nos escritos da produo literria e religiosa em geral. No mbito da Renovao Carismtica Catlica, o processo no tem sido outro, com detalhe de que o enfoque dado reflexo sobre o assunto parece ater-se mais (ainda que de maneira no exclusiva e tampouco - com excees muito aprofundada) s implicaes do uso do termo em relao aos servios especficos da prpria Renovao (entendendo-se aqui, por especfico, a maneira como a RCC organiza, nela, os ministrios). Na Igreja existe, desde suas mais remotas origens, uma importante variedade de servios, funes e tarefas que recebem o nome genrico de ministrios (do latim ministerium, servio). Estes ministrios esto na base da estruturao da Igreja e so, sem dvida alguma, um dado fundamental para essa estruturao. Neste sentido, j a primeira carta aos Tessalonicenses recorda aqueles que trabalham entre vs, que vos dirigem no Senhor e vos admoestam (1Ts 5,12). Alm disso, em diversas cartas, Paulo, enumera os dons, as atividades e as diversas funes na Igreja (Rm 12, 6-8; 1Cor 12,4 11; 28-31; 14,11-12). Dentre estas diversas atividades ou cargos, Paulo destaca trs ministrios ou servios: os apstolos, os profetas e os doutores(ou mestres) ( 1Cor 12, 28; cf. Ef 4, 11). Ministrio significa servir, prestar auxlio, prestar servio, um termo oficial, reconhecido e consagrado. Ministrio , pois, aquela organizao e misso ministerial, oficializada pela hierarquia da Igreja, quer baseada na autoridade da revelao divina ou simplesmente na autoridade eclesial.

    O SERVO Luiz Carlos Agostini

    Aprofundamento, quer dizer um comprometimento mais profundo. Se voc ao ir a um Aprofundamento ou a uma Experincia, sai sem um compromisso maior, se no muda alguma coisa naquilo que voc e faz, no houve Aprofundamento, porque

  • Aprofundamento , "vamos nos comprometer mais profundamente". Servo j um comprometido e um Aprofundamento de Servos, significa um desejo, uma disponibilidade para se comprometer mais. A maior prova de amor que Deus nos d a de se servir de ns porque o ser til a algum, o servir, que nos traz alegria e paz. O homem foi criado para o amor e amor servir. Quantos morrem por se sentirem inteis, acabados.

    Quando estou servindo a Deus, no estou sendo s seu filho, sendo algum que Ele ama, mas estou sendo algum que colabora com Ele, algum que participa da essncia do prprio Deus. Quando eu sirvo ao meu PAI, ao Deus Criador, eu estou participando da essncia de Deus Pai que a criao, ao colaborar na criao do Reino d'Ele. Quando estou propagando a Palavra eu estou colaborando com o Deus Verbo, com JESUS, estou continuando a Sua misso.

    Quando eu estou deixando me usar pelas manifestaes do Esprito Santo, estou colaborando com o ESPRITO SANTO, permitindo que Ele realize a Sua obra porque Ele se manifesta atravs de mim. Somos especiais por termos sidos chamados para servir ao Senhor.

    O servo no um instrumento, porque instrumento alguma coisa que a gente usa para realizar um fim qualquer; ex: culos que uso para ler etc... Nesse servio, no depende da vontade, nem da escolha do instrumento. E Deus, porque quer construir um mundo melhor para ns, usa de todos os instrumentos que aparecem, usa todo aquele que Ele encontra disponvel para ser usado mas no so necessariamente servos e no tm a recompensa de servo. Mt 7,21-23 .No queremos ser instrumentos mas sim servos, para ouvir uma das Palavras mais lindas que Jesus fala Mt 25,35 "Servo bom e fiel venha alegrar-te com o teu Senhor". Ele promete isso para os servos.

    Servo algum que livremente, conscientemente , (como Maria fez) se torna um instrumento til , dcil e fiel vontade de Jesus, seu Senhor. Livremente - dar a Deus a liberdade de tomar conta da minha liberdade, porque Deus, Todo Poderoso, limita o seu poder nossa prpria liberdade. Conscientemente - conhecendo aquilo a que estou me propondo fazer. Precisamos tomar conscincia mais profunda daquilo que ser servo. til - instrumento til aquele capaz de realizar o seu trabalho. O instrumento til para a propagao do evangelho aquele que realiza o fim para o qual ele foi criado. No basta ser, tem que funcionar. Instrumento til aquele que funciona. Servo algum que se torna til. O servio do servo evangelizar; tudo se destina evangelizao, este o fim. Se algum tem o ministrio de cura para que com a cura a pessoa se abra a Jesus, se converta para Ele. Para que o servo possa ser til a esse servio, que evangelizar, ele precisa conhecer o Evangelho, viver o Evangelho e estudar. Jer 48,10. Negligente no fazer tudo o que pode ser feito dentro da sua capacidade. Um servo que no estuda s instrumento. Dcil - Ser dcil mais que obediente. E aquele que faz com amor, com carinho, de corao alegre a obra do Senhor. Para ser dcil eu preciso saber a vontade de Deus, o que agradvel a Ele. Tenho que tomar conscincia daquilo que Ele espera de mim. Tenho que estudar. Fiel - Ser fiel, quer dizer ser semelhante, lembrar o outro. Servo fiel, porque quando serve lembra Aquele que serviu, Jesus, que era o Servo Fiel. Tem que buscar ser a imagem viva de Jesus. Fiel tambm estar sempre pronto, constante, estar sempre de prontido. Amigo fiel o amigo de todas as horas e para todas as coisas. O servo algum que est pronto para servir, algum que no vive uma vida comum porque tem que estar sempre pronto para atender ao chamado.

  • Para eu atender a vontade de meu Senhor, eu preciso conhecer, ser capaz de perceber o que Ele quer de mim e s posso conhecer, estudando. O servo algum que conhece a vontade de Deus para ser capaz de fazer o que agradvel a Ele. Ef 5, 9.10 "Buscai o que agradvel ao Senhor", o que muitas vezes no agradvel a voc.

    Servo algum til, dcil e fiel vontade do Pai porque pergunta: - Senhor o que queres que eu faa? E a pergunta que tem que estar sempre no corao do servo. Por mais difcil que parea a vontade de Deus, quando voc se conforma ela, tudo fica mais fcil do que a sua prpria vontade e traz muitas recompensas.

    No devemos esquecer duas palavrinhas muito importantes: "ELE SABE" Ele sabe at onde voc est disposto a assumir o que voc est pregando. Ele sabe se estou querendo projeo ou fugindo dos meus problemas. Ele sabe quando h realmente amor no meu corao, quando fao o bem para os outros. Ele sabe porque conhece os rins e os coraes, conhece nossa inteno, nossa vontade, aquilo que nos move a fazer as coisas para Ele. Particularmente o corao do servo um corao esmiuado por Jesus, porque um corao mais importante do que aquele do que no servo. E um corao que Ele tem mais cuidado em tocar, conhecer at o fundo, porque um corao mais especial para Ele.

    Deus identifica Jesus como O Filho e s chama Jesus de "Meu Servo Amado" Is 42 (Paiis, do grego = servo e filho). Como, "Ele sabe", Ele no exige de voc grandes compromissos e nem grandes promessas. Ecle 5, 4 "Mais vale no fazer voto, que prometer e no cumprir". Voc no tem que fazer tudo o que h para fazer, mas sim, tudo que colocado para voc fazer, tudo que voc chamado para fazer.

    NADA PODEIS SEM MIM

    "Nada podeis fazer sem Mim, mas Eu estou aqui e vos darei meu poder." Eu tenho todo o poder do mundo quando eu deixo o poder de Jesus agir atravs de mim, me fazendo um instrumento til, dcil e fiel ou seja, um servo como Jesus. No existe para Jesus o nosso tamanho porque Ele sabe o tamanho que ns somos. O que existe o tamanho que Ele nos confere e a medida do tamanho que Jesus tem em mim. So Joo diz em Jo 3, 30 "Importa que eu diminua para que Ele cresa".

    "Nada podeis sem Mim mas aquele que permanece em Mim e Eu nele, esse produzir abundante fruto". Fruto que o resultado da ao de Jesus atravs de mim. E a manifestao do Esprito nos fazendo servos da vontade do nosso Deus. "Nos viestes chamar a ser instrumentos do amor e o Reino de Deus preparar! Isso um chamado especial, pessoal que Jesus tem para cada um de ns. Ele quer que ns continuemos o trabalho que Ele comeou. O Reino de Deus j est no meio de vocs", j est em voc mas preciso que ele saia de voc para existir em todos e por isso Ele diz: "Eu quero fazer de vocs operrios na construo deste mundo novo, deste mundo melhor, de paz, de tolerncia, de bondade etc... Deus no nos quer simplesmente instrumentos da pregao do Seu Evangelho, no basta isso, porque no adianta voc falar de amor se voc no constri o amor. Deus Amor. No adianta voc falar de perdo, se voc no exercita o perdo. Jesus no falava daquilo que Ele sabia e conhecia, mas daquilo que Ele era. Quando falava em paz, Ele era a paz falando; quando falava em poder, Ele era o poder agindo.

    a isso que somos chamados; no falar de amor mas ser amor. Quando colocamos o amor em prtica, estamos sendo operrios desse reino de amor com todas as nossas fraquezas.

  • Jesus quer que cada um de ns seja seu amigo, que quer dizer, conhecedor das coisas do Pai. Ele fala para ns -"Vocs vo ser operrios comigo", Ele quer trabalhar em mim e comigo. Jesus no me quer a Seu servio mas me quer servindo com Ele e por isso Ele prometeu Mt 28 "Eu estarei convosco at o final dos tempos", e "mandou dois a dois a lugares para onde Ele tinha de ir" Lc 10,1 e Jesus no foi porque Ele foi em voc, foi com voc. Jesus quer que a Sua Palavra seja pregada com poder e ns temos que comear a assumir, a tomar posse dessas promessas de Jesus. Precisamos orar pelos ministrios dos irmos. No vamos poder construir nada sem o poder de Jesus.

    CARACTERSTICAS DO SERVO

    1- CONSCINCIA DA RESPONSABILIDADE: Somos mais responsveis do que os outros porque quanto mais eu creso no conhecimento das coisas de Deus mais responsvel eu me torno. Quanto mais carismas, mais responsabilidade voc tem. muito srio quando Jesus diz: "A quem mais foi dado, mais ser cobrado". Voc, um servo, tem que tomar conscincia da sua responsabilidade, tomar conscincia de que h tantas pessoas que dependem de voc porque na bondade de Deus j experimentou tanta coisa boa d'Ele que pode transmitir para as outras pessoas.

    2- COMPROMISSO: No se comprometa se no pode cumprir, mas uma vez que voc se aproxima de Jesus para se comprometer com Ele. Testemunha compromisso. Mt 10,37 "Quem ama seu pai ou sua me mais que a mim, no digno de mim", esse o tipo de compromisso que Ele quer. Primeiro Ele, sempre. O compromisso com Jesus tem uma caracterstica: sempre crescente. Ele nunca est satisfeito porque Ele sempre quer que voc seja mais e voc mais, na medida que se compromete mais. Recebemos a graa e a presena do Esprito Santo para assumirmos os nossos compromissos, para realizar aquilo que nossa responsabilidade. O que Jesus pede para ns que ponhamos em ao os talentos que ns temos dirigidos pela presena do Esprito Santo. So os meus talentos naturais, aperfeioados pela ao do Esp. Santo que vo me fazer servos da vontade d'Ele. A cada um Ele deu os talentos necessrios para realizar a obra que desde sempre Ele escolheu para ns. Ef 2,10 "Somos obras suas criadas em Jesus". E vemos na parbola dos talentos, o que Ele diz para aquele que no usou os talentos - Servo intil! E um dia Ele vai cobrar. No atoa que Ele diz que: "0 reino de Deus no consiste em palavras mas em atos" e em Mt 16,27 "um dia vir o Senhor e julgar cada um segundo o seu comportamento e no aquele que diz Senhor, Senhor, que vai para o reino do cu mas aquele que faz a vontade do Pai" Ento, sempre tem que fazer alguma coisa. "No te apresentars diante do teu Deus de mos vazias".

    3- HUMILDADE: a humildade que se ensina a abaixar a cabea e dizer: - Sim, Senhor. Porque ela que me ensina a colocar a minha esperana, minha confiana na mo de Algum que mais poderoso do que eu. O humilde aquele que reconhece que precisa e por isto se torna grande. Humildade o reconhecimento das prprias deficincias, mas das prprias qualidades tambm. Humilde aquele que reconhece o seu valor, mas na justa medida do seu valor e sabe a quem atribuir; a Deus, de onde vem todo o seu valor. Maria teve a humildade de reconhecer a grandeza da obra que Deus fazia nela e disse: "De hoje em diante me chamaro Bendita". E o prprio Jesus: "Vocs me chamam mestre e Senhor e fazem bem porque eu sou". A humildade comea pelo reconhecimento da verdade, por isso to importante conhecer a verdade, reconhecer aquilo que ele no capaz de fazer e aceitar e se alegrar por aquilo que capaz de fazer. Humildade, ento, reconhecer as prprias dimenses na grandeza e na pequenez. E

  • porque reconhece e aceita as suas dimenses, reconhece e aceita a dimenso do outro; reconhece que em muitas coisas o outro melhor, tem mais talento do que eu e por isso devo colocar a servio dele os talentos que eu tenho e que faltam a ele e tambm aceitar a ajuda daquele que tem talentos, que faltam a mim. outra qualidade da humildade, aceitar a mo que se estende para voc, mesmo de algum menor, de algum que tem menos talentos do que voc. Ser sensvel para o momento do outro, para a necessidade do outro. No procurar o primeiro plano, porque humilde aquele que no servio de Deus no procura mostrar a si, mas mostrar a presena de Jesus. humilde aquele que aceita o 1 lugar quando ali o lugar dele, assim como o que vai para o ltimo lugar quando no precisa estar no primeiro.

    A humildade to importante que Jesus chegou a dizer: "Aprendei de Mim que sou manso e humilde de corao" e nessa hora, Jesus estava sendo honesto e verdadeiro. Humildade a gente exercita. Abertura para a crtica, mesmo aquela que injusta porque at da crtica injusta, voc pode tirar algum benefcio, humildade. Deixar o outro receber os aplausos por alguma coisa que voc fez. O corao humilde aquele capaz de acolher tudo que vem, de examinar e separar aquilo que pode aproveitar. O orgulho exatamente a nossa incapacidade de acolher, de aceitar. A humildade nos leva a estender a mo para receber, como estendemos para dar.

    O que impede Jesus de agir quando Ele encontra aquele que diz: - Eu? Quem sou eu para fazer isso? Por que eu? Permitir que Deus aja atravs de mim aceitando aquilo que eu tenho porque Ele me deu. A medida que nos tornamos humildes, Jesus cresce em ns e o Esp. Santo nos ajuda com alegria a sermos humildes porque nos assemelha a Jesus. E quando ficar muito difcil, s olhar para aquela que foi capaz de assumir tudo isso, que se comprometeu sem medir as conseqncias do compromisso que estava fazendo, aquela que confiou tanto em Deus que teve coragem e a humildade de aceitar a grandiosidade do plano que Deus tinha para ela, sem jamais se envaidecer e jamais deixar de dizer: - Sim. Faa em mim a Sua vontade, meu Deus. MARIA, que se deixou possuir pela graa de Deus e se tornou cheia da graa de Deus. "Que ela rogue sempre por ns ao Esprito Santo para que possamos assumir um compromisso pleno e real com o nosso Deus.

    PRUDNCIA: Ser prudente fazer o que oportuno no momento adequado. fazer a coisa certa na hora certa. Nem tudo que adequado oportuno. Um louvor em lnguas, por exemplo, sempre adequado, mas nem sempre oportuno. Faz-lo, em voz alta. Num lugar, pode trazer crescimento e no outro, escndalo. preciso haver sempre prudncia e simplicidade.

    SIMPLICIDADE: Simples o corao de criana. O corao de criana no exagera, nem tem medo das coisas porque faz tudo com naturalidade. Voc, para ser um servo tem que estar aberto aos carismas, mas ao mesmo tempo tem que ter prudncia e simplicidade no uso desses carismas. Precisamos tomar posse dos ministrios que Jesus quer nos dar mas com a prudncia e simplicidade que vai nos dar autoridade no uso e na manifestao desses ministrios. Em caso de dvida, pergunta ao grupo porque prprio da Comunidade o dom do discernimento.

    CONFIANA: Ningum pode realizar bem uma coisa em que no acredita. O estudo me ajuda a crescer na f e no foi atoa que So Paulo falou: "Crescei na graa e no conhecimento". Estudando, aumento meu conhecimento e este me ajuda a aumentar a minha f. Confiana de sair do barco como fez Pedro porque ele confiou e quando afundou teve a mo pessoal de Jesus o levantando. Muitas vezes o Senhor pede para ns

  • coisas difceis mas contamos com Ele. "Tudo posso com Ele". Servir a Jesus exige de ns um passo na f e no fcil. Aquilo que eu sou capaz de fazer mais fcil, mas aquilo que eu no sei se sou capaz, aquilo que tenho medo, dvida, que vai ser a exigncia de Jesus e que vai fazer a diferena entre aquele que confia no seu Deus e se atreve a participar da Sua obra. S a confiana em Deus me permite isso, sair da barca como saiu Pedro e andar sobre as guas. Os outros ficando na barca no gozaram dessa maravilha que Pedro gozou. a coragem de dar o passo na f a coragem de correr o risco. Tudo isso ns vamos tentar viver alicerados em trs coisas que dependem de ns.

    ESTUDO: Eu tenho que crescer no conhecimento das coisas de Deus. Se voc sai por ai a falar o que quer, sem ter estudado, vai falar bobagem. O estudo nossa obrigao pessoal mas muito mais como servos. E a pessoa que cresce no conhecimento vai mudando, porque medida que cresce no conhecimento vai crescer a f, porque a minha f se alicera intelectualmente no conhecimento. Quanto mais eu conheo das promessas de Deus, das realizaes d'Ele, mais f eu tenho, mais confiana e por isso mais eu posso ser til ao Seu servio.

    F: Quanto mais eu creso na f, mais eu amo e busco o conhecimento. Tanto o estudo, quanto a f vo fazer crescer em mim, um desejo e uma capacidade de realizar a outra coisa que eu preciso para servir, que a orao.

    ORAO: Quanto mais voc cresce no estudo, no conhecimento das coisas de Deus graas Sua ao, mais a sua orao se enriquece e mais simples e humilde ela se torna, porque mais verdadeira ela se torna. Parece absurdo mas nas coisas de Deus assim. Quanto mais voc conhece a Deus, mais fcil, mais simples a orao. E ningum pode ser orante se no for estudioso, assim como, ningum pode crescer no conhecimento das coisas de Deus se no for orante. E tudo isso, estudo, f e orao, depende da minha vontade, no s da graa. aquela vida de orao que uma atitude constante de orao; estar constantemente aberto a escutar o que Deus quer falar. E Deus fala a qualquer hora. a atitude de estar sempre atento voz do Senhor.

    Outra maneira importante e comum, que Deus usa para nos orientar no seu servio a voz do meu irmo e temos dificuldade em aceitar a orientao do irmo, principalmente se ele mais jovem na Renovao. Essa atitude de orao, no uma atitude, eu e Deus apenas, mas uma atitude de escuta em todos os meios que Deus usa para se comunicar: a voz da palavra da Igreja, a voz dos documentos da Igreja, a voz do irmo etc...

    Vimos at agora algumas caractersticas do servo, conscincia da responsabilidade, confiana, humildade, compromisso, a graa e o poder realizando esse compromisso na graa e com o poder do Esprito Santo e ao, algum que faz alguma coisa. Vimos que isso tudo realizado, apoiado em trs coisas: CONHECIMENTO, F e ORAO.

    AMOR: Ler e meditar sobre o que so Paulo fala I Cor 13. O servo antes de tudo algum que distribui o amor que recebeu de Deus. Se voc no tiver ministrio nenhum, no for capaz de pregar, de orar mas for capaz de amar, voc est fazendo tudo o que o servo precisa fazer, porque o servo algum que distribui o amor de Deus. No simples como parece, porque amor quer dizer: sacrifcio, doao, renncia, entrega, a morte de si mesmo. So Joo d uma receita para nos: I Jo 3,16 "Jesus morreu por voc, agora vai voc e faz o mesmo" e no vers 1 "no vos amei com palavras mas com atos e

  • em verdade". Esse amar em atos o que d razo a tudo aquilo que falamos e ao mesmo tempo o que fortalece o homem para poder fazer tudo aquilo: assumir a responsabilidade, para se comprometer, para exercer a humildade, para receber a graa e o poder para agir, para conhecer, porque no adianta nada eu estudar as coisas de Deus se eu no tiver amor porque sem amor no vou entender nunca a linguagem que Ele fala, porque Ele fala a linguagem do amor. Amor no um sentimento.

    Amor e um ato de vontade e que se realiza em trs verbos: Ver, Querer e Fazer o bem. So Francisco de Talles diz : "Eu vejo o bem no meu irmo, me alegro por causa disso e fao alguma coisa para que este bem cresa" . Servo algum que procura fazer crescer o bem que j existe, que ele percebe no seu irmo. Gal 6,4 "cada um examine o seu procedimento" e importante que a gente pare para se examinar e perguntar: - Por que que eu estou servindo? E se a resposta for: - Porque eu quero o bem do meu irmo e por isso fao o bem ao meu irmo, eu posso ter a certeza de estar sendo agradvel a Deus. Por incrvel que parea, o homem foi criado para o amor, no amor, a vocao do homem o amor mas no entanto o ato de amor no prprio do homem, este ato de querer o bem e fazer o bem, s porque v o bem no outro.

    Com a entrada do mal no corao do homem, ele foi perdendo a conscincia da sua vocao que o amor. Aquele que no realiza a sua vocao um frustrado, insatisfeito e o servio uma oportunidade que Deus nos da de realizar nossa vocao que o amor. E o amor cura o corao, traz a paz. Servo algum que distribui o amor de Deus. Ns importamos o amor de Deus, para poder exporta-lo em seguida. O amor a nica coisa capaz de realizar o homem e capaz de levar o homem a realizar o servio que Deus tem para ele.

    No existe carisma sem amor porque carisma e o Espirito Santo em ao e Deus amor. o querer o bem sempre e fazer o bem sempre. Precisamos ter olhos limpos, um corao simples, de criana, um corao luminoso para receber a bno de Deus nas criaturas. Todas as criaturas fazem o bem que pensamos ou o mal que associamos. Por isso, to importante parar e se examinar. - Por que que eu sirvo? - Por que que eu estou servindo?

    Por gratido, pela salvao, porque faz bem, pelo compromisso, por vocao, por necessidade, por vaidade, auto-realizao, orgulho, 'status', por fuga de problemas, por interesse, por medo de dizer no a Deus etc... - O quanto eu gosto de ser servo, desde que seja servo no ncleo, porque no me chamam de servo mas de lder, de dirigente? - Quanto eu gosto de servir porque me faz bem minha realizao pessoal? - Quantas vezes estamos querendo nos servir em vez de servirmos. - Quantas vezes pensando que estamos servindo a Jesus, ns nos servimos d'Ele.

    quase impossvel servir s pelas boas coisas, porque a vaidade, o orgulho fazem parte da nossa humanidade, do nosso corao. Os grandes santos, tambm, como ns, possuam os defeitos da natureza humana, e deixam para ns o exemplo de lutadores, de persistncia, de constncia, de perseverana. Lutavam a cada dia pela superao dos seus defeitos e foi isso que fez deles grandes santos, e isso que devemos fazer com os nossos defeitos: Combat-los. E para isso e preciso reconhece-los e lutar. a luta que vai nos enchendo de amor e nos tornando santos.

    esse o segredo da santidade, essa busca do amor, porque servo e algum que distribui o amor de Deus, no s o amor, mas o amor de Deus, porque esse, no acaba, no tem limite. E como e difcil aceitar a crtica, aquilo que nos mostra a nossa verdade. Caminhar nos caminhos do Senhor tem que ser com uma vigilncia constante. "Vigiai" mas a si mesmo, no o outro. Vigiar constantemente o motivo pelo qual eu fao as coisas, muito importante e vai permitir que eu caminhe mais pelo lado do Senhor.

  • Outra coisa importante para gravar: "Meu reino no deste mundo". Se o reino do nosso chefe no e deste mundo, a recompensa que este Rei d no a recompensa do mundo. O servio de Deus uma coisa to boa, to gratificante mas to perigosa tambm, porque com que facilidade, o homem se sente no lugar de Deus e o pior que no percebemos e um belo dia, estamos entregues a vaidade, a intolerncia, ao radicalismo.

    - Por que somos intolerantes e radicais?

    Porque sou dono da verdade. Como comum isso na R.C.C. A tendncia da R.C.C. no aceitar nada que no seja da R.C.C. (oficina de orao, evangelizao 2.000 etc...) fruto da auto-suficincia, do orgulho... Quantos dirigentes a gente conhece, que no larga a mo da direo e prejudica o andamento do grupo, impede o crescimento dos outros. preciso ter sempre a preocupao de estar sendo mensagem de Deus, porque se voc est procurando ser esta mensagem, voc esta servindo a Deus. O servo, tem que se desprender de tudo o que ele e vamos ficar muito tristes porque temos tantas coisas em que somos ns. Ao homem no e possvel ele se desprender dessas coisas, mas Deus vem em nosso socorro. Mt 20,25.26.

    Nos temos que encarar nossa realidade e quando voc encara a sua verdade, aceitando as suas mentiras que so muito mais que as verdades, voc capaz de aceitar as do outro e dar aquele abrao de corao. Quando voc tolerante com voc, voc passa a ser tolerante com o outro. No posso amar sem compreender, sem aceitar, nem amar a mim mesmo, se no me compreendo, se no me tolero. E tantos esto doentes porque no se amam.

    Este formar-se para o servio, quer dizer, formar-se para o amor e a orao que me coloca com este Deus que o amor e eu posso colocar aquele meu conhecimento a servio do amor, porque Deus amor. Vivemos numa R.C.C., renovao que busca a construo, cuja misso a construo de uma Igreja nova, de um mundo novo. A renovao um instrumento de Deus para que a Igreja reaprenda o amor, para que o homem reaprenda o amor, porque essa renovao significa uma abertura a ao do Espirito Santo e o Espirito Santo amor.

    Nosso papel exercer o amor, isso o que temos que guardar, o que importa, porque servo algum que distribui o amor de Deus.

    OS AMORES DO SERVO: O homem ama : o reconhecimento, a recompensa, o elogio, o aplauso, os primeiros lugares, a emoo. O servo ama : a injustia, a ingratido, a incompreenso, a perseguio, o esquecimento de si, os ltimos lugares, o desprezo.

    Mt 5,11 "Bem aventurados sereis quando fores perseguidos, caluniados por causa de Mim", no por causa das suas coisas. O que faz bem a ingratido, porque quando os homens so ingratos a voc, Deus mais generoso na sua recompensa. "Que tua mo direita no saiba o que faz a esquerda", porque se os homens te aplaudirem, Deus cruza os braos. O que Jesus falava que tudo isso seria o resultado do trabalho com Ele.

    Se voc for castigado por coisas que voc no tem culpa, isso voc oferece para Jesus porque ningum foi mais castigado sem culpa do que Ele. Eclo 2 "prepara o corao para as perseguies, ingratides ..." Se voc entra para o servio de Deus, prepara o corao, porque este o fruto e o que voc deve esperar. No aceitar a perseguio de braos cruzados, como Jesus no aceitou. Ele disse tudo que precisava

  • ser dito, Mt 21, mas continuou sendo perseguido. E perdoou! tomar conhecimento de que isso decorrncia do seu servio e se no est acontecendo, desconfia. se preparar e os amores do servo so um sinal de que voc est no caminho certo, voc um servo. Estamos vendo aonde nos leva o servio de Deus.

    Esse servio nos leva muita paz em Deus, muita alegria de Deus, muita felicidade que s Deus capaz de dar, muita sade do esprito, vida, mas tambm, nos leva ao encontro de tudo isso que acabamos de ver. E quanto mais voc est servindo, mais isso voc vai receber.

    Servo um profeta de Deus, no sentido de, aquele que leva a Palavra de Deus, no o que tem o dom carismtico da profecia. Profeta, aquele que anuncia as coisas de Deus e ao longo da histria os profetas s tiveram incompreenso, perseguio etc... a recompensa do servo, porque todo o servo tem que ser um profeta. O servo no s algum que transmite uma mensagem de Deus, este instrumento, mas algum que procura ser a mensagem de Deus.

    Se voc um pregador das coisas de Deus, aquilo que voc transmite fica na cabea de quem as ouve, mas se voc uma mensagem de Deus, voc leva a pessoa ao questionamento, leva a uma deciso de mudar alguma coisa e na graa de Deus leva a uma mudana de vida. II Cor 3,2 "somos cartas vivas escritas no no papel, mas com sangue, no corao". Cartas vivas, no simplesmente mensageiros, que leva uma carta, mas somos a mensagem da carta.

    Muitas vezes temos medo de servir mas Paulo tambm tinha. ICor 2, 3 "foi com desassossego, com temor e angstia que eu me apresentei diante de vocs". Ele tambm tremia. "Trabalhai com tremor e temor na salvao". No privativo nosso, porque as coisas de Deus so muito srias. Todos tremem. Mas no podemos esquecer que se o homem deve tremer, ele tambm deve confiar e ir em frente na fora e na graa de Deus. "Tudo posso n'Aquele que me fortalece.

    Nossa pregao no se exerce em funo da sabedoria humana, mas em funo da sabedoria do Esp. Santo que est em ns. Temos que caminhar no temor e no tremor e quanto mais eu temer, mais eu vou me preocupar em me preparar, at atingir a estatura de Cristo, pois o objetivo do servo. I Cor 9,25 "o atleta que se prepara, sua a camisa, quanto mais ns, por uma coroa incorruptvel". A caminhada feita de sangue, suor e lgrimas de esforo.

    E o pior de tudo que eu sei que se eu no fizer tudo aquilo que eu sou capaz de fazer, Ele ainda vai dizer: " Voc foi negligente com as minhas coisas". Isso assusta mesmo, mas promessa d'Ele que estar conosco sempre, agindo atravs de ns. Temos que ter uma viso realista dessas coisas, no uma lua de mel constante. No comeo, a gente sente tudo o que fala, ouve muito mais a Deus, tudo fica mais fcil, mas medida que voc vai chegando perto d'Ele, Ele vai falando mais baixo, mais devagar. A fase da emoo passa, s o anzol que Jesus usa para pegar a gente e depois que fisgou: - "Agora, voc vai caminhar como eu caminhei". E Jesus caminhou na injustia, na ingratido, na incompreenso.

    Tudo isso difcil de aceitar porque somos humanos e no compreendemos muita coisa, e no nos conformamos por no compreender, dai tanto sofrimento humanamente falando, mas h tanto consolo, tanto conforto, tanta alegria que Jesus d, que passa a ser absurdo mas a gente acha ate bom a ingratido, a incompreenso, porque a recompensa de Jesus no tem tamanho. O momento mais alegre de Jesus foi o momento da cruz, porque naquele momento, Jesus estava servindo at o fim vontade do Pai. No sofrimento maior, Ele estava conquistando a felicidade maior, a Salvao. Naquele momento em que Ele entregou ao Pai o Seu Espirito, Ele entregou salvos,

  • todos ns e seu corao exultava de alegria no meio de tanta dor que Ele sentia como homem. Exultava de alegria por ter sido til ao plano de amor do Pai.

    O prprio Jesus falou: "Pai, afasta de mim este clice... " Ele sentia a injustia, o medo mas maior do que tudo isso, foi o conforto, o carinho dos anjos que vieram confortar Jesus naquela hora, e "Seja feita a Sua vontade" e a vontade de Deus era que Ele salvasse o homem at s custas da cruz. E no fazer a vontade de Deus que Ele encontrou a realizao mxima, a recompensa maior. O servo prepara o corao para a provao, toma a sua cruz de cada dia (e carrega com amor) e Jesus ajuda; essa a cruz do servo. Se no fosse o conforto do Esprito ningum agentaria.

    O trabalho de Jesus, jamais vai prejudicar nossa vida pessoal e familiar. Mas preciso que seja o chamado do Senhor, porque se for o meu , vai criar problema. Muitos comeam a servir para se ver livre do trabalho de casa, de sua famlia e de si mesmo e isso no funciona. - Senhor, o que queres que eu faa? isso o que voc quer para mim ou eu estou caindo no ativismo, que significa a fuga dos meus problemas. Quando Jesus que chama, no vai haver problema, pelo contrrio, vai servir para tornar voc um instrumento da paz d'Ele dentro de casa, mesmo voc no estando.

    FUNDAMENTOS DA ORATRIA SACRA

    1 Conceito da Oratria Sacra: Oratria: arte de falar em pblico. uma parte da retrica, significa o estudo do uso persuasivo da linguagem, em

    especial para o treinamento de oradores. Oratria Sacra: um mtodo de pregao que, com docilidade ao Esprito Santo

    e dependendo dele e de sua uno, anuncia o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo empregando as tcnicas e os recursos de comunicao ensinados pela retrica e utilizados pela oratria.

    Sua raiz remota so as homilias feitas pelos primeiros cristos. Nasceu quando os pregadores cristos perceberam que podiam usar a retrica

    grega ou a oratria romana. Seu objetivo veicular uma mensagem religiosa.

    2 Diviso da oratria:a) Diviso antiga:

    Inventio (inveno): descoberta de argumentos. Despositio (disposio): arranjo das idias. Elocutio: descoberta da melhor forma de expor as idias, emprego de figuras e

    tropos. Memria: memorizao. Pronuntiatio (pronunciao): apresentao oral.

    b) Diviso moderna: Inveno: planejamento estratgico (busca de idias, provas, argumentos),

    acolhimento da revelao para a pregao e para o ensino. Disposio: organizao da forma mais didtica possvel. Elocuo: exposio das idias de forma esttica e convincente

    c) Eloqncia:

  • Habilidade de falar e exprimir-se com facilidade. a arte e o talento de persuadir, convencer, deleitar ou comover por meio da palavra.

    Em estudos da linguagem a arte de falar bem.d) Oratria: mtodo da pregao:

    Mtodo um processo ou tcnica de ensino. A oratria a tcnica natural para o pregador evangelizar, pelos seguintes

    motivos:1. apresentar uma tese, sustenta-la e deixar os ouvintes em condies de decidir por

    ela;2. cada tema de pregao assemelha-se a uma tese.

    e) Declogo do orador sacro: Docilidade ao Esprito Santo Orar diariamente Zelar pela prpria santidade Amar as pessoas Aprender com os bons pregadores Pregar o que se vive Simplicidade na exposio e profundidade nas idias Escolher cuidadosamente o tema e as idias principais para compor o roteiro Treinar exclusivamente Comear a pregao com serenidade (os arroubos so para depois).

    3- Rudos da comunicao: Rudos da comunicao so todas as coisas que dispersam a ateno das pessoas,

    os mais comuns so: M articulao ambigidade desconhecimento da norma gramatical inadequao vocabular inibio nervosismo insegurana desconhecimento das leis da comunicao verbal coletiva emprego inadequado da conciso (falta ou excesso de conciso) prolixidade exagero de expresses desconhecidas e de palavras difceis discurso decorado de forma mecanizada usar a imaginao em desfavor de si mesmo velocidade vocal inadequada mau uso do aparelho fonador exagero de citaes comentadas exagero de citaes sem comentrios exagero de ilustraes e exemplos imitao inconsciente de outro pregador excesso de cortesias exagero no uso das figuras de linguagem excesso de movimento imobilidade expresso de abatimento e de inferioridade

  • expresso de superioridade repetio constante de um mesmo gesto citar fontes sem variedade retrica levar os ouvintes para trechos e no para a idias central olhos voltados para dentro da pregao e no para dentro da realidade do

    ouvinte inobservncia de simples combinaes do vesturio falar de forma montona mau uso da aparelhagem de som vulgaridade negatividade falsa humildade belicosidade prepotncia vaidade competio descrena preconceito viso limitada

    4- Qualidade da oratria Sacra: Uno eloqncia clareza linguagem direta e atual mensagem coerente, bem fundamentada, concatenada, concisa, convincente,

    confivel, coloquial, comovente empatia (desenvolve empatia com os ouvintes) tem um piloto: voc (orador sacro) circunstancial congratulao (ambiente de fraternidade) sinal de contradio comunicativa adequada aos ouvintes frutfera conceitual criativa conveniente geradora de ao bilateral liberal lgica amorosa.

    5- Vitria sobre o medo: Reconhecer que todo ser humano normal tem medo. Momentos do medo: antes da pregao, no inicio da pregao, durante a

    pregao (no normal, precisa de tratamento). Batalhas contra o medo:

  • falar a sua lngua conhecer as regaras, porm sem se escravizar medida que repetir a mesma pregao, buscar em Jesus novas coisas preparar a pregao para voc e preparar-se para ela comear a pregao de maneira serena confessar o medo, criativa e sabiamente, no incio da pregao conhecer suas qualidades e limitaes vencer a inibio (inibio sim, silencia jamais) no cair na tentao de combater os defeitos de comunicao enquanto

    prega manter o bom humor vencer o olhar da assemblia deixar-se avaliar pregar sob uno entregar o medo a Jesus.

    6- Utilizao dos equipamentos com sabedoria: Aparelhagem de som (som claro e agradvel ao ouvinte) Documentos escritos; documentos da Igreja; livros espirituais; apostilas;

    roteiros.

    A ELOQNCIA DO CORPO

    1 A linguagem do corpo: O corpo fala, vrias partes do corpo expressam as emoes, os pensamentos e as

    intenes.

    2 Partes do corpo importantes na oratria sacra:a) Corpo:

    Postura (cabea, queixo, corpo)b) Rosto:

    Expressa os pensamentos, as emoes e os sentimentosc) Olhos:

    Aproveitar o olhar para se comunicar (expresso dos olhos) Lucas 22,61-62

    d) Mos: Gestos (seu significado, como e quando faze-los, a emoo dirige os gestos do

    orador, a uno dirige os gestos do pregador; mos no bolso: o que fazer quando se surpreender com este gesto)

    Jo 13,24 e At 21,40e) Ps:

    Abertura Jo 20,3-8

    f) Adereos e vesturio: Roupas (calados, roupas, enfeites masculinos, barba, e femininos)

    3 - A linguagem do corpo convence: A sinceridade do corpo

  • O corpo desmascara a mentira dos lbios. Para no ser desmentido pela sinceridade do corpo, bom pregar o que se vive.

    4- Concluso: A eloqncia do corpo nos lembra a necessidade de praticarmos a palavra de

    Deus, com vistas converso do corao, isto , objetivando a mudana da mentalidade mundana pela proposta de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para abreviar a converso, podemos orar constantemente, estudar a Santa palavra e praticar a orao de cura interior, a fim de cultivarmos a pureza de corao que os ajudar a sermos mais santos e mais sinceros. Assim, quando pregarmos, no correremos o risco de proclamar uma idia com palavras e desmenti-la com o corpo. Sendo puros e sinceros nosso corpo ser nosso aliado na evangelizao, pois confirmar com sinais visveis cada palavra que anunciarmos.

    O MTODO DA ORATRIA SACRA

    1 Conceito: Mtodo ou tcnica de ensino. Modo jeito de realizar algum trabalho.

    2 Composio do mtodo: Orao , pesquisa, planejamento, organizao do pensamento, treinamento,

    roteirizao, didtica, emprego adequado da voz, emprego correto da linguagem.

    3 Emprego dos roteiros: fundamental Composio

    Introduo (saudao, ateno pra uma frase marcante) Desenvolvimento Perorao (novamente uma frase forte e agradecimento), explicitar

    demonstrando uma perorao.

    4 Emprego da voz: Tom Volume Dico Respirao Impostao (colocao e projeo da voz, a modificao deliberada com a

    finalidade de torna-la mais agradvel, mais audvel e melhor entendida) Entonao: modulao na voz de quem fala. Variao de tom. Entonao.

    nfase (em palavras em frases) Treinamentos (observar bons modelos).

    5 Emprego da dramatizao como recurso de comunicao: A oratria uma arte Interpretao (melhora a esttica, atrai a ateno, melhora a comunicao,

    aumenta a eficcia da pregao).

    6 Linguagem, voz, conhecimento e uno, parceria da vitria:

  • Linguagem (comunicao-linguagem: simples, direta, precisa, concisa e clara; evitar vcios, gagueira, pronncias truncadas etc.)

    Ritmo da fala: o movimento regrado e medido. Nas artes no cinema, etc., a disposio ou o desenvolvimento harmonioso, no espao ou no tempo, de elementos expressivos e estticos, com alternncia de valores de diferente intensidade.

    Cadencia: o compasso e harmonia na disposio da palavra. Velocidade da fala. Como obter uma boa linguagem?

    Voz: Carto de visitas do pregador Cuidados teraputicos e sanitrios Treinamento para melhor-la

    Conhecimento Uno

    7 Concluso: A oratria sacra um ser composto de corpo, alma e esprito. O corpo a voz, a

    alma o conhecimento e o esprito a uno.

    APLICAO DA ORATRIA SACRA

    1 Aplicao da Oratria Sacra:a) Finalidades da Oratria Sacra:

    Imediata: Evangelizao (Experincia). Encurtar o caminho entre o homem e Deus

    Mediata: converso (entrega de si a Jesus) ensino/instruo, cura, libertao.b) Aplicao:

    Nos ensinos Nas pregaes (principalmente).

    2 Espcie de elocuo: Conferencia Discurso poltico Discurso acadmico Discurso forense Palestra Ensino (pregao + palestra) Pregao (proclamao feita por arautos grito).

    3 Requisitos para a boa aplicao da Oratria Sacra: Amor Orao Ter a mente imbuda do assunto Fidelidade ao tema Praticar e treinar Dar vida pregao sabedoria no emprego da tcnica Obedincia ao tempo

  • Dependncia do Esprito Santo e ser conduzido por Ele. Durante o planejamento e durante a pregao propriamente dita, realiza suas atividades crendo e Deus, amando-o, adorando-o, glorificando-o.

    4 Recursos para potencializar a Oratria Sacra:a) Escolha o melhor recurso: (para a escolha observe os seguintes fatores)

    Tema da pregao Espcie de elocuo (ensino, pregao) Natureza (querigma, catequese) Local Espcie de encontro Pblico Instrumentos disponveis

    b) Espcies de recursos: Orao (pessoal, diria e vida de orao) Zelar pela santidade pessoal Testemunho de vida, tambm como tcnica de evangelizao Parbolas (Sagrada escritura) Eloqncia Dramatizao (Mt 17,23-26) Repetio (Mr 4,26-32) Indagao (Mr 4,21; Mt 6,25-31) No dar todas as respostas (Jo 3,1-15) Aguar a curiosidade (suspense, anncios escatolgicos feitos por Jesus,

    anncios sobre sua morte) Descrio (Mt 14,24; Jo 13,4-12) Narrao Dissertao Movimentao do pregador Anedotas (departamento de propagandas) Histrias (Lc 16,19-31 os dois irmos) Sinais e prodgios Emprego dos dons carismticos Emprego de figuras de linguagem (forma de expresso que foge norma,

    apresentando alteraes fonticas, morfolgicas ou sintticas. Cada uma das formas de elocuo suscitadas pela imaginao e pelos afetos, e que emprestam ao pensamento mais energia, mais vivacidade e conferem frase mais beleza e graa. Exemplo: hiprbole o camelo no fundo da agulha)

    Emprego de tropos (metfora) Quebra brusca do pensamento.

    ARDOR MISSIONRIO

    1 Conceito de ardor missionrio: Arder vem de queimar, de fogo, donde vem ardor Significa tambm entusiasmo, paixo, vivacidade, fora, vigor

  • Ardor missionrio um dom do Esprito Santo que faz o nosso ser queimar de desejo de anunciar a palavra do Senhor em todos os lugares, a tempo e a destempo, mesmo que sejamos perseguidos, maltratados, mortos.

    2 Fonte do ardor missionrio: O ardor est relacionado com fogo, o Fogo do Esprito Santo (Deu 4,24; Ex

    13,21; Ex 3,2; 14,24; 19,18; 24,17). Esprito Santo o fogo Divino (Mt 3,11; At 2,1-4) Santssima Trindade

    3 Necessidade do ardor missionrio: O ardor missionrio dado pelo Esprito Santo para vencermos os obstculos

    que tentam impedir a evangelizao Obstculos:

    Medos Apegos prpria imagem Incapacitao tcnica Dvida Incerteza a respeito da vocao Incerteza a respeito da RCC Inseguranas Desconfiana excessiva em si mesmo Autoconfiana Projetos pessoais Depresso missionria Independncia de Deus

    4 Frutos do ardor missionrio Aceitao da misso (1 Cor 9,16; Lc 24,33-35) Zelo pelo evangelho, zelo do Senhor (Sl 78/79,5; Is 37,32; Jo 2,17) Manifestaes de amor (gape) a Deus e aos irmos (Jo 21,15-17) Desejo de fazer o melhor para o Senhor e no para si Ao evangelizadora ungida, eloqente e com poder.

    5 Condies para receber o ardor missionrio: Encontro pessoal com Jesus (receber Jesus como Salvador pessoal, aceitar o

    senhorio de Jesus, converter-se, vida de santidade), (Jo 1,35-42; Jo 4,39-42; At 9,1-24)

    Experincia de Salvao F (aceitar que a Sagrada Escritura verdade) Resumir a experincia dos Apstolos com Jesus carpinteiro, profeta, morto,

    sepultado, ressuscitado e glorificado. Intimidade com Jesus (Lc 24,25-32; Jo 15,1-8) Batismo no Esprito Santo e docilidade ao Esprito santo.

    6 Concluso: Ardor missionrio um carisma mais que necessrio para realizarmos nossa

    misso evangelizadora. Sem ardor missionrio impossvel levar avante o

  • mandato missionrio que diz: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.

    JESUS, MISSIONRIO DO PAI

    1 Jesus: Enviado para executar uma misso: Dar-nos vida, e vida em abundncia (Jo 10,10): significa, salvao, viver como

    filhos de Deus, viver a justia e a paz, ser filho de Deus (Jo 1,12)

    2 Metodologia missionria de Jesus: Anncio da Boa Nova com vigor obras e palavras (Lc 24,19; Mt 7,28-29; 15,30-

    31) (vigor: fora, robustez, eficcia) Encarnao (inculturao) Formao de discpulos para continuar sua misso.

    3 Motivao de Jesus: Amor (gape) ao Pai (Jo 15,10) Amor (gape) aos irmos (Jo 15,9) Certeza da misso (Lc 4,16-21; Mt 16,21-23; Jo 12,27) Obedincia ao Pai (Lc 22,42)

    4 Concluso: Jesus, verdadeiro missionrio. Jesus, nosso modelo de missionrio.

    O PREGADOR, O MISSIONRIO

    1 Conceito de missionrio: uma pessoa escolhida por Deus para uma misso que exerce sob a uno do

    Esprito Santo.

    2 Caractersticas desejveis ao missionrio: Amor Insero na realidade do seu povo (Mt 5,13) Pacincia e perseverana (2 Cor 12,12; Eclo 2,1ss) Intimidade com Deus (Hb 11,6; 1Sm 3,7) F (Mc 16,16-20) Cumpridor do cdigo das bem-aventuranas (Mt 5,1-12 Missionrio o

    homem das bem-aventuranas) Praticante dos carismas (Mc 16,15-20; At 4,29ss) Eclesialidade (Jo 15,1-8; 17; Ef 5,25) Seguidor da direo de Deus (At 10,9-48; 16,6-10; 26,12-19; 1 Cor 1,17; Gl

    1,11-23) Zelo pelo evangelho (1 Cor 9,16ss; Lc 4,3s.14-30; 6,12; Jo 4,31-39) Resumo: O verdadeiro missionrio o santo.

    3 Misso:a) Vocao:

    A misso do pregador est em sua vocao.

  • A vida s ter sentido quando se est realizando a vocao a que se destina. Vocao: Quando uma necessidade do mundo se cruza com uma de nossas

    aptides, a estar nossa vocao (Aristteles).b) Vocao do pregador: Pregar a Boa Nova

    O pregador no tem sossego enquanto no estiver cumprindo sua misso. Mesmo sofrendo Jeremias profetizava (Jr 1,4-10; 15,10-21) Anunciar o Evangelho no glria par mim; uma obrigao que se me impe.

    Ai de mim, se eu no anunciar o Evangelho (1 Cor 9,16) A f vem quando se ouve uma pregao (Rm 10,9-17). Quem crer ser salvo,

    pois receber o poder (Rm 8,14-16) de se tornar filho de Deus (Jo 1,12). S haver filhos de Deus e salvao se os pregadores cumprirem sua misso (Mc

    16,15-16).c) A vocao se realiza quando cumprida conforme a vontade de Jesus:

    Em santidade (Mt 5,48) Com ardor (Lc 24,29; At 1,8; 2,14-47) Em unidade com o Esprito Santo (At 8,26-40; 10,9-48; 16,6-10) O Esprito nos leva a cumprir a misso do jeito que Deus deseja, quando Ele

    deseja, onde Ele deseja, com quem Ele deseja e para quem Ele deseja (At 13,2)d) A misso do pregador representar Jesus Cristo (ser seu embaixador).

    4 Concluso: Rm 15,18-21.

    O MANDATO MISSIONRIO

    1 Mandato:a) Conceito de mandato:

    Autorizao que algum da a outrem, para, em seu nome, praticar certos atos; procurao; delegao.

    Mandato a autorizao que algum da a outrem para agir em seu nome.b) Sujeitos do mandato:

    Outorgante e outorgado (mandante e mandatrio/procurador, pessoa de confiana).

    c) Contedo do mandato: Identificao dos outorgantes e outorgados. Descrio de atos. Condies de execuo.

    d) Efeitos do mandato: Vincula o outorgante, o procurador e terceiros entre si. Confere poderes ao procurador. Vincula o outorgante aos atos do procurador. O outorgante no pode conceder mais poderes do que possui. Efeitos dos mandatos no onerosos (voluntrios).

    e) Limites do mandato: Origem dos limites (a lei e a vontade das partes, com base na prpria lei). Espcies:

    Temporal: vale por um determinado tempo; Contratual: vale conforme o combinado pelas partes; Pessoal: limita-se pelos poderes do outorgante.

  • 2 Mandato Missionrio:a) Conceito:

    o ato solenemente Divino pelo qual Jesus, Missionrio do Pai, constitui os discpulos como seus procuradores encarregando-lhes de continuarem sua misso. (Jo 20,21; Mc 16,15; At 1,8; Mt 10,8-10).

    Mandato Missionrio um mandamento: Fonte: Deus Destinatrios: Homens Via de transmisso: Homens, Sagrada Escritura Forma verbal no imperativo (Dt 5,16-17) Trazem em si uma ordem (Mc 16,15)

    b) Elementos do mandato missionrio: Sujeitos: Jesus e os missionrios (parceria) Poderes

    Fonte: Deus (Jesus) Expressos na Sagrada Escritura (Lei de Deus) So os poderes de Jesus (Jo 20,21-22; At 2,22; Mt 28,18)

    Contedo: Pregar o Evangelho, testemunhar a favor de Jesus, orar pelos enfermos, realizar curas e milagres, expulsar os demnios, pastorear, administrar, perdoar pecados (sacerdotes), enfim evangelizar como Jesus evangelizou.

    Condies: Buscar primeiro as ovelhas perdidas, servir de graa, isto , generosamente, confiar na providencia divina, abrir-se aos sinais e prodgios.

    Efeitos: Intermedirios:

    Autorizao para falar em nome de Jesus Pregaes ungidas (que manifestam autoridade) Sinais e prodgios Parceria que se forma entre o missionrio e Jesus

    Final: Um mundo salvo. Limites:

    No conformao vontade de Jesus Ausncia de uma procurao (envio para misso) Pouca f (dvida) No ser conduzido pelo Esprito Santo na evangelizao Falta de oraes, jejuns, carismas, amor, doao Discriminao de pessoas e lugares, com sentido de rejeio.

    3 Urgncia do mandato Missionrio:a) uma obra do Senhorb) O Senhor voltar

    Mt 21,33-41; Lc 10,30-35; Mt 25,31-46; Mt 25,14-30c) O mundo passa fome de Deusd) Ns temos Jesus, o po que Deus d ao mundo (Devemos d-lo ao mundo que passa fome)

    RENOVAO PENTECOSTAL CATLICA MISSIONRIA

    1 Fundamentos:

  • A misso integra a prxis da Renovao. Nossa prtica tem sido missionria. A RCC repete a mesma experincia dos Apstolos (com sinais e prodgios), a

    Renovao totalmente integrada Igreja, por isso como a Igreja missionria, a RCC tambm o . O Esprito Santo torna Missionria toda a Igreja.

    Sentimos queimar em nosso ser a chama do Esprito Santo que nos faz anunciar o Evangelho, desde o Batismo no Esprito Santo.

    A Renovao realiza sua misso evangelizando com ardor missionrio, essa prtica pode ser melhora e aperfeioada.

    2 RCC e Igreja primitiva:a) Vigor missionrio da Igreja Primitiva (evangelizao de Jerusalm a Roma ainda durante o primeiro sculo):

    So Tom nas ndias, Maria Madalena ns Frana.b) Vigoroso impulso que o Esprito Santo d RCC:

    Incio em 18/02/67. Em junho de 1969 j estava no Brasil. A mesma rapidez aconteceu em todas as partes do mundo. Em breve j existia em todos os continentes (e sempre evangelizando).

    3 Missionrio da RCC: V-se nossa missionariedade em nossas prticas. Evangelizamos continuamente por todos os meios que conseguimos, seja perto

    de ns, seja longe. Enviamos e recebemos missionrios.

    4 RCC em terra de misso:a) Conceito de terra de misso:

    Corao dos filhos de Deus. Local onde haja um pessoa que no tenha se entregado a Cristo (que no

    testemunhe Cristo em sua vida).b) Igreja particular relacionada como anncio da Palavra:

    Igreja particular: diocese Deus confiou o povo da diocese ao pastoreio de um bispo, para que receba o

    verdadeiro alimento (Palavra de Deus e Eucaristia); para que seja evangelizado. Terra de Misso: a diocese do pregador.

    5 Evangelizando com Ardor Missionrio: Metodologia de Jesus. Desejo de Jesus (Lc 24,32 e At 1,8). Na palavra da Igreja, o Esprito renova o desejo de Jesus: um renovado

    empenho missionrio.

    6 RCC, instrumento eficaz de evangelizao:a) Criada pelo Esprito Santo para ser seu canal.b) Caminho da eficcia:

    Formao espiritual. Formao metodolgica. Santidade. Abertura prtica dos carismas.

  • Unidade com a Igreja. Obedincia autoridade divina (Direta e Delegada)

    c) Autenticidade da evangelizao da RCC.

    RENOVAO CARISMTICA CATLICA, MINISTRIO EVANGELIZADOR

    1 Conceito de Ministrio Eclesial Leigo:a) Conceito:

    Ministrio , antes de tudo, um carisma, ou seja, um dom do Alto, do Pai, pelo Filho, no Esprito, que torna seu portador apto a desempenhar determinadas atividades, servios e ministrios em ordem salvao. Numa perspectiva trinitria, preciso ressaltar aqui a unidade na variedade e a variedade na unidade.

    Nem todo carisma porem ministrio. Certamente, a dimenso do servio deve caracterizar todo carisma, e seu portador deve aspirar ao dom maior, que o amor. Mas s pode ser considerado ministrio o carisma que, na comunidade e em vista da misso na Igreja e no mundo, assume a forma de servio bem determinado, envolvendo um conjunto mais ou menos amplo de funes, que responda a exigncias permanentes da comunidade e da misso, seja assumido com estabilidade, comporte verdadeira responsabilidade e seja acolhido e reconhecido pela comunidade eclesial.

    b) Elementos do conceito: Carisma Unidade na variedade e variedade na unidade Servio bem determinado Conjunto amplo de funes Atendimento a exigncias permanentes Estabilidade Responsabilidade e amor como exigncias Acolhimento pela comunidade eclesial

    c) Diferena entre atividades, servios e ministrios: Atividade: ao praticada na realizao de um servio. Servio: Conjunto de atividades que se realizam de forma organizada. Ministrios: organizao para prestar servios mais complexos ou mais amplos.

    Um ministrio pode ter mais de um servio.

    2 Evangelizao no Brasil e a Renovao: Inicialmente os planos da CNBB visavam s pastorais de conjunto e aos

    organismos que a integravam (a CNBB). Novas tendncias: admitir o trabalho dos movimentos na evangelizao.

    3 A Renovao, Executora na Evangelizao no Brasil:a) O que a Igreja pede:

    Anncio do Evangelho a todas as pessoas e me todos os lugares. Nova evangelizao, isso o que a RCC tem feito.

    b) Obra Evangelizadora da RCC no Brasil:b.1) Organizao administrativa:

  • Organiza-se localmente em pequenas comunidades conhecidas como grupos de orao. Estrutura simples, dotados de equipes de servios, nele se proclama o querigma constantemente. O grupo nossa Escola do Esprito Santo.

    Os grupos de cidades ou dioceses se agrupam em torno de organizaes maiores, denominados de conselhos. Esse conselhos formam as coordenaes diocesanas.

    As coordenaes agrupadas formam os conselhos estaduais. As coordenaes estaduais formam o conselho nacional.

    b.2) Organizao para o servio: Ministrios (prestam servios), pregao, msica, intercesso, etc. Ministrios ministram a formao e executam a evangelizao

    b.3) Contedos: Querigma: a) Amor de Deus, b) Pecado, c) Jesus Salvador, d) F e Converso, e)

    Doutrinas Contrrias F Crist, f) Restaurao da pessoa humana (cura interior), g) Batismo no Esprito Santo, h) Amor aos irmos e i) Comunidade, Fruto do Esprito Santo. ministrado nos grupos de orao e nos SVES.

    Modulo Bsico de Formao (doutrinria): a) Identidade da RCC, b) Carismas, c) Grupo de orao, d) Vida de orao, e) Liderana, f) Santidade, g) Igreja e h) Doutrina Social da Igreja.

    Formao para os servios : Ministrada pelos ministrios. Formao de coordenadores : Ministrio de formao. Contedo especfico:

    Noes administrativas, formao para o pastoreio, para a nova evangelizao, para a liderana e um estudo especfico sobre a formao.

    4 Grupo de Orao: instrumento ministerial de evangelizaoa) Escola do Esprito Santob) Monte Taborc) Refrigrio para a alma de muitosd) Estalagem para os feridos do caminho de Jeric

    Boa hospitalidade Boa comida (anncio da palavra) Com repouso Remdio para as feridas Experincia de salvao (vida eterna pela f; f com boas obras) A Igreja A palavra proclamada, celebrada e vivida Libertao (do maligno e das injustias).

    5 Concluso: A RCC no o nico jeito de ser Igreja. Mas, sem dvida, uma boa opo.

    Muitos que esto conosco testemunham que ela uma opo do Esprito Santo para os tempos de hoje. Abramos o corao par compreendermos a vontade de Deus para a RCC e para acolhermos a obra que o Esprito Santo j fez por meio dela e que certamente ainda far.

    A Igreja pede que coloquemos nossa organizao moderna a servio da evangelizao (Doc. da CNBB 61, n 289). Infelizmente no temos estruturas modernas o quanto necessitamos, mas o pouco que possumos oferecemos com alegria.

    Agora, irms e irmos, podemos concluir este ensino dizendo que a RCC um movimento que tem se esforado para render aos apelos do Senhor, que hoje nos

  • feito por intermdio da Igreja, no que diz respeito a executar uma nova evangelizao. E, para encerrar este assunto, um trecho do CELAM realizado em Medeln:

    Finalmente, no possvel desconhecer os valiosos servios que prestaram e continuam prestando com renovado vigor os movimentos leigos promoo crist do homem latino-americano. Sua presena em muitos ambientes, apesar dos obstculos e das dolorosas crises de crescimento, cada vez mais efetiva e notria. Por outro lado, na elaborao de muitas renovaes acolhidas e confirmadas pelo Vaticano II, no se pode deixar de ver o trabalho e a reflexo de muitas geraes de militantes cristos.

    MISSO UNGIDA PELO ESPRITO SANTO

    1 Conceito de uno do Esprito Santo:a) Sentido geral do termo uno:

    Dinmica do leo (primeira parte: passar leo nas mos de algum dos ouvintes) Aplicar leos consagrados.

    b) Uno do Esprito Santo: o revestimento pela Terceira Pessoa da Santssima Trindade. Quando estamos revestidos pelo Esprito Santo, dizemos que estamos ungidos

    por Ele.

    2 Uno na Bblia:a) Antigo Testamento:

    Sempre com leo. Ungiam-se reis, profetas, sacerdotes. Uno para o enviado de Deus.

    b) Novo Testamento: Lc 1,31 (O Esprito Santo gera Jesus Cristo, o Filho de Deus). Lc 4,18 (O Esprito Santo a uno do prprio Filho de Deus). No Novo

    Testamento, a uno no somente com leo, mas com o prprio Esprito Santo.

    3 Efeitos da Uno:a) Efeitos da uno na vida de Davi:

    Primeira uno de Davi: Davi, ungido,l foi chamado para ser escudeiro do Rei (1 Sm 16,14-32) e expulsa o esprito maligno que dominava Saul.

    Segunda misso de Davi: vencer Golias (1 Sm 17,40-51). Expulsou os opressores do povo (os filisteus). Davi no conseguiu usar armaduras nem as armas modernas que o Rei lhe ofereceu. Quem ungido no precisa ser outra pessoa. Davi era s Davi.

    Terceira misso: Chefiar mil soldados (1 Sm 18,6-16). Mil soldados, no dias de hoje, sobram do que se exige para formar um batalho. Um batalho comandado por um coronel, posto imediatamente abaixo do general de brigada.

    b) Dinmica do leo (2 parte: pedir a quem estiver com as mos ungidas para tocar as pessoas a analisar os efeitos deste toque ungido com o leo).c) Ardor missionrio.d) Coragem: o ungido no teme a morte, as perseguies, as crticas.e) Fortaleza.f) Sinais e prodgios: At 3,1-8; 5,12-16.g) Abertura do nosso entendimento: Lc 24,45; 1 Jo 2,27.

  • h) Filiao divina como efeito prtico na vida do cristo. Somente pela uno do Esprito Santo viveremos como filhos de Deus. Tambm pela uno do Esprito Santo poderemos colaborar na gerao de filhos

    espirituais para Deus.

    4 Acolhimento da uno do Esprito Santo:a) Condies essenciais para viver sob uno:

    Acolher o Esprito Santo Desejar a uno Acolher a uno A uno diretamente proporcional ao acolhimento que se d ao Esprito Santo Quanto maior o acolhimento, maior a uno.

    5 Perda da Uno do Esprito Santo: Dinmica do leo (terceira parte: pedir a pessoa que est com as mos ungidas,

    para bater as mos nos outros, simbolizando mgoas, ressentimentos, ira, falta de perdo, etc.)

    A uno perdida quando se perde a comunho com Deus (Pai, Filho e Esprito Santo, Ef 4,17-31; Jo 15, 1-8; 1Ts 5,19-22)

    O amor ao pecado nos desliga de Deus, assim tambm o desprezo santidade. Isso faz perder a uno irremediavelmente.

    6 Conservao da Uno:a) Permanecer cheio do Esprito Santo.

    Para permanecer cheio do Esprito Santo, preciso estar ligado a Jesus (Jo 15,1-8)

    Jesus a fonte da Seiva Divina (o Esprito Santo) que nos alimenta. A seiva s poder ser transmitida ao galho que est no tronco. Para estar ligado a Jesus necessrio estar em estado de santidade. Vigiar, contar sempre com a graa de Deus (junto com nossa boa vontade) e

    PHN.b) Vigiar (vigiar a uno, sempre).

    Para perceber quando ela est se esvaziando se perdendo. Sinais que demonstram nosso esvaziamento: tristeza, mornido, dio,

    ressentimento, derrota nas tentaes, desnimo, apatia, falta de entusiasmo.c) Pedir a Jesus um novo Batismo no Esprito Santo, quando estiver sem uno. (Lc 1,1-13) Frmula do pedido:

    1 passo: Seguir a estrutura do Pai-nosso: Reconciliar-se com Deus e am-lo Reconciliar-se com os irmos e am-los 2 Passo: Pedir o Esprito Santo: Pedir sempre que se encontrar vazio Pedir sem ter vergonha das conseqncias do pedido Pedir at receber Pedir confiantemente

    d) Assumir uma misso: A uno dada tendo em vista o cumprimento de uma misso: Davi a recebeu para ser rei, profeta e sacerdote.

  • Pedro, para ser o prncipe dos apstolos e vigrio de Jesus, perante a Igreja. Paulo, par evangelizar os que no pertenciam ao judasmo. Podemos acolher a misso que o Senhor nos indicar: Pregador, intercessor, msico, servi-lo colaborando nas estruturas dos trabalhos

    da RCC. Profissional liberal, empregado, pai, me, etc. O importante no ficar sem uma misso. No Reino no h lugar par o cio.

    O MINISTRIO DA PREGAO

    Texto: I Tessalonicenses 2:1-13

    Neste texto o apstolo Paulo nos esclarece acerca de dois aspectos que distinguem o ministrio da pregao do Evangelho do Reino de Deus: a tarefa mais difcil e rdua dentre todos os labores do mundo; o trabalho mais gratificante e glorioso que se pode fazer neste mundo! Ao mesmo tempo que deixa claro as dificuldades e desafios que enfrenta um pregador, esclarece tambm a gratificao que este colhe quando cumpre bem o seu ministrio. Aprendamos, ento, acerca deste difcil mais glorioso ofcio com o relato do querido servo do Senhor Jesus:

    a) O MINISTRIO DE PREGAO RDUO COMO A LUTA DE UM SOLDADO v. 2 havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis, tivemos a confiana em nosso Deus para vos falar o Evangelho de Deus em meio de grande combate Atos 16 narra as dificuldades enfrentadas por Paulo e Silas em Filipos. No captulo 17 encontramos as informaes que Paulo aqui considera conhecidas dos tessalonisences. Durante trs semanas pde pregar na sinagoga daquela cidade. Alguns judeus creram, muitos gentios e muitas mulheres de posio (At 17:4). Isto gerou cimes e mobilizou uma multido de judeus enfurecidos e de homens maus e vadios. Paulo e Silas deixaram Tessalnica de noite, evitando as represlias dos enfurecidos judeus. Foram-se para Beria. Ser pregador ser soldado da linha de frente! II Tm 2:3-4 Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em servio se embaraa com negcios desta vida, a fim de agradar quele que o alistou para a guerra. II Tm 4:7 (o soldado que encerra a carreira) Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a f.

    b) O PREGADOR PRECISA RESISTIR S TENTAES ESPECFICAS DO MIN.: i. a tentao de querer ser agradvel aos homens: v. 4 assim falamos no para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos coraes Jeremias 28: Hananias X Jeremias Ambos profetizam na casa do Senhor, na presena dos sacerdotes e de todo o povo. Hananias afirma: Assim fala o Senhor dos Exrcitos, o Deus de Israel: Eu quebrarei o jugo do rei da Babilnia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utenslios da casa do Senhor... bem como todos os cativos... nos vs. 15 e 16 Jeremias profetiza ao profeta Hananias: Ouve agora, Hananias, o Senhor no te enviou, mas tu fazes que este povo confie numa mentira. Pelo que assim diz o Senhor: eis que te lanarei de sobre a face da terra. Este ano morrers, porque pregaste rebelio contra o Senhor. (dois meses depois este morreu)

    - evitando assuntos que incomodam, - rebaixando padres morais estabelecidos na Bblia, etc.

    - usando palavras lisonjeiras (vs. 5a) ii. a tentao de agir com intuitos gananciosos (5b) nem agimos com intuitos gananciosos Paulo fala do seu labor dia e noite (talvez fazendo tendas) para no serem pesados aos crentes. Estavam prontos a compartilharem suas prprias vidas! I Pedro 5:2 apascentai o rebanho de Deus, que est entre vs, no por fora, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganncia, mas de boa vontade iii. a tentao de buscar glria de homens (6) nem buscamos glria de homens Lc 6:26 Ai de vs quando todos os homens vos louvarem! Porque assim faziam os seus pais aos falsos profetas

    c) O PREGADOR PRECISA RECONHECER QUE SEU CARTER SEU BEM MAIS PRECIOSO!

  • v. 10 vs e Deus sois testemunhas de quo santa e irrepreensivelmente nos portamos para convosco que credes... Pv 22:1 Mais digno de ser escolhido o bom nome do que muitas riquezas... Ec 7:1 Melhor o bom nome do que o melhor unguento... Uma citao usada por uma aluno, de um comentrio de A. N. Mesquita: O que me rouba a bolsa, rouba um pedao de pano, mas o que me rouba o meu bom nome, rouba-me do que mais me enriquece e deixa-me inteiramente pobre. d) O PREGADOR DEVE DESEMPENHAR BEM OS TRS OBJETIVOS DA PREGAO: v. 12 exortando-vos e consolando-vos, instando que andsseis de um modo digno de Deus... i. exortando: encorajar para uma determinada linha de comportamento.ii. consolando: encorajar a continuar num tipo de conduta. iii. instando: convocar para testemunhar, convocar solenemente. Concluso: quo difcil, porm gloriosa a tarefa de pregar o evangelho. O vs. 13 expressa esta dupla caracterstica: ...havendo recebido a palavra de Deus que de ns ouvistes, a recebestes, no como palavra de homens, mas como palavra de Deus, a qual tambm opera em vs que credes.

    BBLIA

    Prlogo

    A Bblia um livro difcil. Difcil porque antigo, foi escrito por orientais, que tm uma mentalidade bem diferente da greco-romana, da qual ns descendemos. Diversos foram os seus escritores, que viveram entre os anos 1200 a.C. a 100 d.C. Isso, sem contar que foi escrita em lnguas hoje inexistentes ou totalmente modificadas, como o hebraico, o grego, o aramaico, fato este que dificulta enormemente uma traduo, pois muitas vezes no se encontram palavras adequadas.

    Outra razo para se considerar a Bblia um livro difcil que ela foi escrita por muitas pessoas, s vezes at desconhecidas e em situaes concretas as mais diversas. Por isso, para bem entend-la necessrio colocar-se dentro das situaes vividas pelo escritor, o que de todo impraticvel. Quando muito, consegue-se uma aproximao metodolgica deste entendimento.

    Alm do mais, a Bblia um livro inspirado e muito importante saber entender esta inspirao, para haurir com proveito a mensagem subjacente em suas palavras. Dizer que a Bblia inspirada no quer dizer que o escritor sagrado (ou hagigrafo) foi um mero instrumento nas mos de Deus, recebendo mensagens ao modo psicogrfico. necessrio entender o significado mais prprio da 'inspirao' bblica, assunto que ser abordado na continuao.

    Entre os catlicos, o interesse por conhecer a Bblia praticamente comeou aps o Conclio Vaticano II, ou seja, a partir dos anos '60, enquanto os Protestantes h muito se interessam por estud-la. No quero adentrar aqui na histrica polmica religiosa que cerca a leitura e a interpretao da Bblia, ressuscitando vetustas divergncias. Apenas vale salientar que uma srie de enganos podem advir de uma interpretao bblica literal, porque uma interpretao ao "p da letra" no revela o sentido mais adequado de todas as palavras.

    Para que no acontea conosco incidir neste equvoco, devemos aprender a nos colocar na situao histrica de cada escritor em cada livro, conhecer a situao social concreta da sociedade em que ele viveu, procurar entender o que aquilo significou no seu tempo e s ento tentar aplicar a sua mensagem s nossas circunstncias atuais.

    1. O que a Bblia?Definio do Concilio Vaticano II: "A Bblia o conjunto de livros que, tendo

    sido escritos sob a inspirao do Espirito Santo, tm Deus como autor, e como tais

  • foram entregues Igreja". TESTAMENTO (novo ou antigo): a traduo da palavra hebraica "berite" que significa a aliana de Deus com o povo por Moiss. Na traduo dos 70 a palavra "berite" foi traduzida por "diatheke", que em grego quer dizer aliana, contrato, testamento. OBS: A 'traduo dos 70' uma das verses mais antigas da Bblia. Segundo a tradio, este trabalho teria sido realizado por 70 sbios da antiguidade.

    2. Quais as partes que compem a Bblia?A Bblia se divide em duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo

    Testamento. O Antigo refere-se ao perodo anterior a Jesus Cristo e o Novo se refere ao perodo cristo. Cada uma destas partes se compe de diversos 'livros', escritos em pocas histricas diferentes. A seguir, a relao dos livros com uma breve referncia ao contedo deles.

    LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO

    1. Pentateuco (cinco primeiros livros: Gnesis, xodo, Levitico, Nmeros, Deuteronmio)

    2. Josu (narra a entrada do povo de Deus na Palestina) 3. Juizes (narra a conquista da Palestina) 4. I e II de Samuel (relatos da poca de Saul e Davi, continuao da conquista) 5. I e II dos Reis (relatos sobre Salomo e seus sucessores) 6. I e II das Crnicas (continuao dos relatos sobre os outros Reis) 7. I e II dos Macabeus (continuao do perodo dos Reis) 8. Livro de Rute (faz aluso ao universalismo. Noemi era pag e se inseriu no povo

    de Deus). 9. Livro de Tobias, Livro de Judite, Livro de Ester (pertencem ao gnero de contos.

    So livros do tempo do exlio, quando se apresentavam exemplos de abnegao ao povo oprimido, convidando-os a suportar o sofrimento).

    10. Livro de Isaas (cap.l a 39 so do prprio escritor; cap. 40 a 55 so de discpulos; cap.56 a 66 so de outros escritores posteriores)

    11. Livro de Jeremias (ditado por este a Baruc, seu secretrio) 12. Livro de Ezequiel (um dos profetas maiores) 13. Livro de Daniel (tem um contedo apocalptico ) 14. Livro de J (do gnero conto, procura demonstrar que no s os bons so felizes.

    Tem por objetivo combater uma idia comum de que s os ricos eram os abenoados por Deus).

    15. Livros Sapienciais (Eclesiastes ou Qohelet; Eclesistico ou Sirside; Provrbios, Sabedoria e Cntico dos Cnticos). So reflexes de cunho acentuadamente humanstico, aproveitamento do saber oriental.

    16. Livro dos Salmos (coleo de cantos litrgicos). 17. Profetas Menores: Osias, Joel, Ams, Abdias, Jonas, Miquias, Naum,

    Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias (chamados menores no com relao sua importncia, mas ao tamanho de seus escritos).

    LIVROS DO NOVO TESTAMENTO

    1. Evangelhos sinpticos (Mateus, Marcos e Lucas - tm muitas semelhanas entre si ).

    2. Evangelho de Joo (maior desenvolvimento terico, influncia filosfica de poca)

  • 3. Atos dos Apstolos (narram a misso dos apstolos aps a Ressurreio de Cristo)

    4. Epstolas de Paulo (historicamente, os primeiros escritos do NT) 5. Epstolas Catlicas (Pedro, Tiago, Judas): dirigidas a todos os fiis, por isso,

    universais. 6. Apocalipse (escrito por Joo, na base de cdigos, smbolos).

    Origem e Formao da Bblia1. Indcios e evidncias histricas:

    O perodo histrico da formao da Bblia situa-se entre 1100 a. C. ou 1200 a. C. a 100 d. C. Provavelmente, a mais antiga parte escrita da Bblia o Cntico de Dbora, que se encontra no livro dos Juzes (Jz, 5). Quando os hebreus chegaram a Cana, j havia na terra um certo desenvolvimento literrio, como por exemplo, o alfabeto fencio (do qual se derivou o hebraico), que j existia no sculo XIV a. C. Os judeus chegaram l por volta do sculo XIII a.C. Outro documento desta poca o calendrio de Gezr, que data mais ou menos do ano 1000 a.C. uma indicao de datas para uso dos agricultores. o documento mais antigo encontrado na Palestina. Outro documento tambm muito antigo o sarcfago do Rei Airam, que contm uma inscrio e foi encontrado nos sculos XIV ou XV a. C., em Biblos. H ainda umas tabuletas encontradas em Ugarit (em 1929), onde esto escritos uns poemas semelhantes aos salmos, datando dos sculos XIV ou XV a. C.

    Alm destes, h outros documentos provando que j havia uma escrita na Palestina, antes dos hebreus chegarem l. A inscrio do tmulo de Silo (700 a. C.), explicando como foi feito; os "stracon", de Samaria, onde h uma espcie de carta diplomtica, so documentos que provam a continuidade de uma atividade literria. Em Juizes 8,14, o autor descreve um acontecimento ocorrido mais ou menos em 1100 a.C. E em que lngua foi escrito este fato pela primeira vez, na poca em que aconteceu? Provavelmente no alfabeto fencio (pr-hebraico).

    2. A tradio oral e a tradio escrita:

    A parte mais antiga da Bblia remonta justamente deste tempo (1100 a.C.), quando a escrita ainda no estava bem definida, e oral. Desde este tempo j se fora criando uma tradio, que existia oralmente e era transmitida aos novos pelos mais velhos nas reunies que havia nos santurios. Por este tempo, s eram relatados os acontecimentos do deserto, do Sinai, da aliana de Deus com o povo. Mas os jovens queriam saber o que havia acontecido antes disto. Ento foram sendo compostas as histrias dos Patriarcas. Mas, e antes deles, antes de Abrao? Passaram histria da criao do mundo. Por isso, se afirma que a parte mais antiga da Bblia o Cntico de Dbora, no livro dos Juizes. A partir da, fez-se um retrospecto didtico-histrico.

    Como dissemos, estas histrias iam sendo passadas oralmente de pai a filho, nos santurios. Acontece que nem todos iam para os mesmos santurios, o que motivou a existncia de pequenas diferenas na catequese do norte e na do sul. A tradio do sul foi chamada de JAVISTA (J), pois Deus era tratado sempre por Jav; a do norte se chamou ELOISTA (E), porque Deus era tratado como Eloi.

    A tradio oral existiu at os tempos de Dav, quando foi escrita a tradio javista; meio sculo depois, foi escrita tambm a eloista. Por volta de 721 a.C., na poca, da diviso dos reinos, quando Samaria foi destruda pelos assrios, muitos sacerdotes do norte fugiram para o sul e levaram consigo a sua tradio. A partir de ento, as duas foram compiladas num s escrito.

  • Falamos das duas tradies: uma do norte e outra do sul. Mas no existiam apenas estas duas, que so as principais. H ainda a DEUTERONOMICA (D), encontrada casualmente em 622 a. C. por pedreiros, que trabalhavam num templo. Corresponde ao livro Deuteronmio da Bblia atual. Aps esta, surgiu a SACERDOTAL (P), nova compilao das catequeses antigas de Israel, datada do sculo VI a.C. Ao fim, estas quatro tradies foram combinadas entre si e compiladas em 5 volumes, dando origem ao Pentateuco da Bblia atual. Na tradio Javista, Deus antropomrfico. Na Sacerdotal, Deus poderoso, est acima do tempo, o que significa um progresso no conceito de Deus que o povo tinha. A redao do Pentateuco se deu pelo ano 398 a.C. e compreendia a primeira parte da Bblia judaica.

    A partir de Josu, a tradio continuou oral, para ser escrita somente por volta de 550 a.C. E foram escritas do modo como o povo contava. Por isso no se pode dar a mesma importncia histrica aos fatos descritos nestes livros em relao a outros posteriores, pois alguns fatos narrados foram baseados na tradio popular, enquanto que outros foram baseados em documentos de arquivos (anais do Reino). Este um grande desafio para os estudiosos e tambm uma fonte de divergncias.

    3. Os Intrpretes - Profetas e Sbios:

    Durante muito tempo, os profetas foram os orientadores do povo de Deus. Os livros profticos resumem os seus ensinamentos, e na sua maioria foram escritos s mais tarde, por seus seguidores. Somente por volta do ano 200 a.C. que foram redigidos os livros profticos. Os livros Sapienciais foram o resultado de um estilo literrio que esteve em moda durante muito tempo, na poca posterior ao exlio. So umas reflexes humanistico-religiosas. Passados os profetas, surgiram os sbios que raciocinavam sobre as coisas da natureza, tirando delas ensinamentos para a vida. Foram acrescentados aos livros sagrados nos ltimos sculos a.C., sendo os mais recentes livros do AT.

    4. A nova tradio da era crist:

    O NT no foi escrito com a finalidade de ser acrescentado Bblia. No tempo de Cristo e dos Apstolos, o livro sagrado era apenas o AT. O prprio Jesus Cristo se baseava nele em suas pregaes. E Ele mandou apenas pregar, e no escrever. Foi quando uma nova tradio oral foi se formando. E aps a morte de Cristo, os apstolos saram pregando.

    Mas veio a necessidade de congregar outras pessoas para o anncio, em vista do grande nmero de comunidades existentes. Ento, comearam a escrever. Mais tarde, com a aceitao tambm de cidados estrangeiros nas comunidades, a mensagem precisou ser traduzida e adaptada. Alm disso, o prprio povo necessitava de uma escrita (doutrina escrita) para se conservar una, aps a morte dos Apstolos. Esta redao, no incio, era apenas de alguns escritos esparsos, que s depois de algum tempo foram juntos em livros. Exemplo disso est em Mc 2, uma srie de disputas de JC com os Judeus, onde se v claramente que foi recolhida de escritos separados. Tambm em Joo se l: "Muitas outras coisas Jesus fez que no foram escritas..." (Jo 21,24) Isto significa que s foram escritas aquelas mensagens que teriam utilidade, conforme as necessidades momentneas.

    O evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, data dos anos 60 ou 70 d.C.; os de Lucas e Mateus, so de 70 ou 80, o que significa que somente aps uns 40 anos da morte de JC sua palavra comeou a ser escrita. 0 Evangelho de Joo s foi escrito em

  • torno do ano 100 d.C. Antigamente, se acreditava ser Mateus o autor do primeiro Evangelho. Mas a critica histrica mostra que o de Marcos foi anterior. Alis, a respeito deste evangelho de Mateus, no se sabe ao certo quem o seu autor. Foi atribudo a Mateus, apenas por uma tradio e tambm por uma praxe da poca de se atribuir um escrito a algum mais conhecido e famoso, para que a obra tivesse mais autoridade.

    5. Entendendo algumas dificuldades concretas:

    Durante o tempo anterior escrita dos Evangelhos, havia apenas a pregao dos Apstolos, recordando os fatos da vida de Cristo, todavia eram fatos esparsos, sem nenhuma preocupao com seqncia ou unidade. Por isso os Evangelhos, que foram esta pregao escrita, se contradizem em algumas datas, o que mostra a pouca importncia dada cronologia. Os fatos eram recordados e aplicados, conforme as necessidades. Assim, at entre os Evangelhos sinticos, que seguiram a mesma fonte, h diversificaes. Por exemplo, no Sermo da Montanha, em Lucas fala "bem aventurados os pobres"; e em Mateus, "bem aventurados os pobres de esprito". A diferena consiste no seguinte: Lucas deu um sentido social, mais importante para as comunidades gregas, para as quais escrevia. Mas o de Mateus destinava-se s comunidades judias e queria combater uma doutrina dos judeus que tinham uma idia falsa de pobreza. Para eles, o prprio fato de a pessoa ser pobre, j lhe garantia a salvao, enquanto outra pessoa, pelo simples fato de ser rica, j estava condenada. Por causa disso ele escreveu "pobres de esprito".

    Outro ponto de discordncia o caso da cura de um cego. Mateus diz "um cego, na sada de Jeric"; e Lucas "dois cegos, na entrada de Jeric". 0 fato da 'entrada' e 'sada' pode ser explicado pela existncia de duas cidades chamadas Jeric. 0 fato de serem um ou mais cegos explica-se pelo seguinte: era comum naquele tempo os cegos formarem grupos em torno de um cego-lider; e o nome deste geralmente era o do grupo. No entanto, estes detalhes pouco importam ao evangelho. 0 seu interesse a apresentao da mensagem (evanglion = boa nova).

    6. A fonte comum:

    Os Evangelistas sinticos se basearam no Evangelho de Marcos e noutra fonte, convencionada por fonte "Q", simbolizando os inmeros escritos esparsos de que j tratamos. Espalharam cpias destes por outras partes do mundo. Lucas, Mateus, cada um em lugares diferentes, se inspiraram nos escritos disponveis e inclusive no evangelho de Marcos, que na poca j havia sido escrito. O fato do primeiro Evangelho ser atribudo anteriormente a Mateus se deve a uma afirmao de Eusbio de que Mateus escrevera a "logia" do Senhor em aramaico. Mas a crtica histrica provou que o Evangelho que conhecemos no traz apenas a "logia" do Senhor e no foi escrito em aramaico, e sim em grego. Portanto a noticia de Eusbio se refere a outro escrito, e no a este evangelho. Nada impede, porm, que tenha sido escrito por discpulos de Mateus e atribudo ao Mestre. Alis, a respeito de "Evangelho", o primeiro a usar esta palavra para indicar as memrias dos Apstolos foi S. Justino, em 130 d.C.

    7. As Cartas:

    As cartas de Paulo foram enviadas para serem lidas em pblico. Em I Tes 5, 27 h uma aluso a isto. Havia tambm o intercmbio das cartas, como se l em Col 4,16: "mostrem esta carta para Laodicia e tragam a de l para vocs". Aos poucos as cartas

  • foram colecionadas, e no fim do I sculo j se tem notcia delas, quando em II Ped 3,15 se l: "...nosso irmo Paulo vos escreveu conforme o dom que lhe foi dado... " As cartas de Paulo foram os primeiros escritos do NT. No se sabe quando os Evangelhos e elas foram acoplados, mas j no fim do I sculo estavam reunidos num s livro.

    As Epistolas Catlicas (universais) so chamadas assim por se destinarem Igreja em geral, e no a tal ou qual comunidade, como fizera Paulo. Elas tambm se originaram da necessidade pastoral, e j no comeo do II sculo estavam incorporadas aos outros escritos do NT. Os Atos dos Apstolos podem ser considerados a continuao do terceiro Evangelho, pois tambm foi escrito por Lucas. E o Apocalipse de S.Joo, livro proftico, foi acrescentado por ltimo.

    Nos escritos do NT, freqentemente se encontram citaes do AT. que muitas vezes os Apstolos queriam tirar dvidas sobre certas passagens, que tinham falsa interpretao. Nas assemblias, eram lidos escritos do AT e do NT, para explic-los. Exemplo disto temos em I Tes 4,15; I Cor 7,10.25.40; At 15, 28; I Tim 5,18; Lc 10,7.

    8. O Cnon Sagrado:

    No sculo IV, a Igreja se reuniu em Concilio em Nicia, e uma das tarefas era organizar o "cnon", ou a lista de livros sagrados considerados autnticos. Neste Concilio, os livros foram estudados e se investigou quais os que sempre foram lidos nos cultos e sempre foram considerados legtimos. E se estabeleceu a ordem ainda hoje conservada. O motivo pelo qual alguns livros foram postos em dvida era a grande quantidade de livros apcrifos, que fazia com que se duvidasse dos verdadeiros. Havia muitos livros que os judeus no aceitavam. Ento os Ss. Padres ponderaram os prs e contras e definiram a lista que foi aprovada.

    Inspirao

    Um dos principais conceitos a ser examinado para uma melhor compreenso da Bblia o de inspirao. O que significa dizer que os livros bblicos so inspirados, de onde vem esta inspirao, at que ponto o