Formação Catequese

Sacramentos

Paróquia Nossa Senhora da ConceiçãoSão Mamede-PB

Vemos o Senhor na ação sacramental!

• Sacramento é um sinal visível de uma realidade invisível, é um sinal sensível de uma Graça que supera nossos sentidos, é um meio eficaz que nos transmite verdadeiramente os mistérios de Deus. O Sacramento não apenas aponta para o alto, ele faz com que as coisas do Céu venham, de verdade, ao nosso encontro. Quando recebemos com fé, permitimos que o Sacramento aja e opere de forma maravilhosa em nossas vidas.

• Cristo quis prolongar sua permanência na Igreja por meio dos Sacramentos, “fazei isso em memória de mim” (Lc 22,19), “batizando-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 19-20). Muitos católicos se deixam levar em sua busca de Deus por métodos protestantes. É verdade que o Espírito Santo nos leva ao ecumenismo, mas não podemos negar a riqueza da doutrina, da teologia e da história bimilenar da Igreja Católica. Ecumenismo é respeito aos diferentes, e não negação das diferenças e das identidades particulares. Reconhecemos as qualidades dos irmãos de outras religiões, mas não podemos abrir mão da Tradição Apostólica. Temos mais de dois mil anos de história, essa é a maior prova de que o Espirito Santo subsiste de forma espetacular na Igreja Católica (Leiam Rm 16,17-18; 2Tm 4,2-5).

• Muitos católicos aderem ao protestantismo sem ao menos conhecer a profundíssima teologia católica. Daí a importância do estudo do Magistério (ensinamentos) da Igreja, da Tradição Apostólica e das Sagradas Escrituras. “Guarde o bom Depósito da Fé com o auxílio do Espírito Santo que habita em nós” (2Tm 1,14).

• Dentre as inúmeras riquezas da nossa fé, estão os Sacramentos. É preciso redescobrir o valor deles. Se em alguns casos não vemos a eficácia do Sacramento é porque o vivenciamos de forma errada. Quando assumirmos o Batismo de verdade, atualizando a Graça santificante em nós; vivermos de verdade nossa Confirmação em Cristo; aperfeiçoarmos nossas Confissões; mergulharmos mais na Eucaristia; santificarmos nosso Matrimônio; prepararmo-nos piedosamente para a Unção dos Enfermos; e entendermos mais a missão do Sacramento da Ordem; estaremos prontos para experimentarmos o poder misericordioso, regenerador e transformador dos Sacramentos. Estaremos prontos para servir o Reino de Paz, Amor e Justiça que Cristo veio instaurar.

BATISMO• Pelo Batismo começamos a fazer

parte da Família de Deus. É, portanto, de fundamental importância assumirmos os compromissos batismais, crescendo na fé professada, cultivando-a e comunicando-a a todos os homens. No Batismo somos tocados pela Graça de Deus. O termo Graça santificante indica a presença do Espírito santo vivificador em nossa vida. É preciso compreender essa realidade e permitir que Deus continue agindo em nós, “templos e moradas do Espírito Santo” (1Cor 6,19).

• Como viver nosso Batismo hoje? Como assumir nosso Batismo

se fomos batizados sem ao menos ser consultados ou estar conscientes? Muitos questionam o fato da Igreja batizar crianças. Muitos dizem que isso é um condicionamento prejudicial para a criança, que seria, dessa forma, desrespeitada e forçada, pelos pais, a assumir uma fé arcaica e cheia de tradições obsoletas. A meu ver, os que pensam assim deveriam também deixar que o filho cresça para optar se quer comer ou não, se quer tomar banho ou não, se quer ir à escola ou não, se quer aquela família ou não, se quer aquele tipo de educação ou não..... Esse argumento não tem valor algum, é contraditório. Afinal de contas todo ser humano, necessariamente, a partir do momento que nasce, já é introduzido numa forma específica de ver, julgar, experimentar e celebrar a vida.

• O homem não é só um ser biológico, físico e racional; ele tem

emoções, sentimentos, espírito. É impossível que ele se torne pessoa sem que haja uma introdução e um crescimento também na sua dimensão contemplativa, mística, espiritual. No mundo de hoje, existem muitas pessoas desajustadas, desequilibradas, pessoas com muitos traumas, complexos, síndromes... A experiência leva-nos a conclusão que essas pessoas não foram educadas de forma integradora, foram educadas de forma fragmentada; não houve nelas um crescimento espiritual adequado. Nessa era da tecnologia avançadíssima, ou o homem olha para todas as suas dimensões, ou ele terá sempre uma personalidade doentia. O computador trabalha por ele, pensa por ele, fala por ele, mas ainda não inventaram um computador que ame por ele. O amor é indispensável para o home ser sadio e feliz.

• O homem, sem o Batismo, não tem capacidade de amar

verdadeiramente, porque o amor vem do Espírito do Amor que recebemos no mergulho das águas batismais. O homem sem o Batismo poderá, no máximo, gostar muito de alguém, mas amar mesmo será impossível, pois sem Deus, fonte e origem de todo o amor, é impossível amar. Só Deus é Amor Pleno ( 1Jo 4, 8.16). Assumido e vivenciado no dia-a-dia, o Batismo desenvolve no homem a capacidade de doar-se, perdoar e ser solidário; inserido em Cristo, pelo Espírito derramado em nossos corações, o homem vive o verdadeiro Amor. “[...] o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).

• Um homem que só se preocupa com seu crescimento físico e intelectual, jamais se tornará uma pessoa realizada. Uma sociedade que nega ao homem o direito de crescer na espiritualidade do amor gratuito, nega a humanização das relações e lança o homem num humanismo estéril que já levou muitos jovens ao desespero, ao suicídio, à morte. É, portanto, uma sociedade assassina. O homem sem alma é uma amontoado de matéria fria, sem sentido e sem vida . É urgente a vivência mais séria e responsável do nosso Batismo.

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• O Batismo, antes de ser uma iniciação religiosa (o que é verdade também), é um novo nascimento, que permite ao homem torna-se gente, íntegro, sem recalques e sem transtornos psíquico-emocionais. Mas, alguns poderiam perguntar: então, por que, entre cristãos praticantes, encontramos também, pessoas complexadas, desestruturadas e amarguradas com a vida? Por que, entre os cristãos, nem sempre vemos esse processo de humanização, já que ser cristão é tornar-se profundamente humano? A resposta está no fato que muitos não vivenciam de verdade o seu Batismo e não se deixam ser guiados pelo Espírito. Para muitos o Batismo não passa de uma lembrança, às vezes num retrato ou numa moldura da parede do quarto. Para muitos o Batismo foi um ato pontual, não se tornou uma atitude de vida, não se torno algo existencial.

• Sem a vivência profunda do Batismo, é impossível para o

homem tocar espiritualmente o Senhor. No Batismo, somos tocados pelo amor de Deus e convidados a experienciar esse amor durante toda a nossa vida. Por serem batizados alguns pensam que já estão salvos. Sem dúvida, o Batismo é condição fundamental para a nossa salvação, mas isso não significa que baste o rito em si para que sejamos salvos. Jesus disse: “Se alguém não nascer do alto, não poderá ver o Reino de Deus” ( Jo 3,3). Não basta nascer para ser gente, para se realizar como pessoa. É preciso crescer em todos os aspectos da vida. Pensar que o simples rito batismal “salva” é o mesmo que achar que basta fazer vestibular de engenharia para tornar-se engenheiro.

• Batizado não é apenas aquele que foi imerso nas águas, e sim aquele que assume, no seu dia-a-dia, tudo aquilo

que o Batismo lhe conferiu. Daí que é impossível falarmos de Batismo sem falar na totalidade da vida

sacramental. O Batismo é o sacramento básico para que possamos tocar o Senhor. Ele nos purifica do pecado e

nos torna filhos amados de Deus.

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