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LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Fonemas e Letras
Os fonemas são sons livres em que o ar sai pela boca.
Vogais orais: o ar sai apenas pela boca.
Vogais nasais: o ar sai pela boca e pelo nariz
Exp: Romã; santa
Consoantes: sons que pronunciamos com ajuda das vogais.
DitongosSão um grupo de duas vogais que s pronunciam como se fosse apenas um som.
Orais: ai, ei, eu …
Nasais: são assinalados por um til ou pela presença de uma vogal seguida de m ou n.
DígradosSão grupos de letras que representam apenas um som: lh; nh; ch
TranslineaçãoQuando escreves, às vezes, acontece que a palavra não caiba toda no fim da linha.
Dividir a palavra de acordo com as sílabas
Colocar um hífen no final da linha
Quando surge ss, rr, cc, etc., separam-se as duas con
Acentos no portuguêsHá duas ocasiões para pôr um acento no Português:
Acentuação gráfica - Quando o objectivo do acento é marcar a sílaba tónica (pronunciada com mais força do que as outras). O Acento Agudo e o Acento Circunflexo desempenham esta função.
Acentuação fonética - Quando o acento é uma característica da letra, ou seja, quando o som da letra é modificado por este. O Til, o Acento Agudo, o Acento Grave, o Acento Circunflexo e o Trema (somente no Brasil) podem desempenhar esta função.
Acentos no Português
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
VogaisAcentoAgudo ( ´ )
AcentoGrave ( ` )
AcentoCircunflexo ( ^ )
AcentoTil ( ~ )
AcentoTrema ( ¨ )
A Á À Â Ã -
E É - Ê - -
I Í - - - -
O Ó - Ô Õ -
U Ú - - - Ü
Sinais auxiliares da escritaSão aqueles sinais que, não sendo acentos, de alguma forma tentam aproximar a escrita da pronúncia.
Hífen e Cedilha
Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
Número de sílabas Exemplos
Monossílabas 1 a, é, eu, há, teu, sim, quais
Dissílabas 2 a-í, me-sa, u-va, ma-nhã, ru-a, qual-quer
Trissílabas 3 a-ba-no, or-gu-lhar, ar-tis-ta, fu-ra-cão
Polissílabas mais de 3so-bre-tu-do, an-ti-ga-men-te, in-com-pre-en-sí-vel
Sílabas Definição Exemplos
Abertas Terminam em vogal apagado
Fechadas Terminam em consoante altar; optar
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Classificação de palavras quanto à acentuação a sílaba tónica: a que se pronuncia com maior intensidade (mais força);
a(s) silaba(s) átonas: a(s) que se pronuncia(m) com menor intensidade.
Conforme a posição da sílaba tónica, as palavras podem classificar-se em:
Agudas - a sílaba tónica é a ultima. Ex.: avó
Graves - a sílaba tónica é a penúltima. Ex.: lápis
Esdrúxulas - a sílaba tónica é a antepenúltima. Ex.: consciência.
Como usar o dicionário
Para uma correcta utilização do dicionário, convém que domines a ordem alfabética, o significado das abreviaturas nele utilizadas e a forma como a informação está estruturada. Cada página do dicionário tem, na parte superior, duas palavras ou apenas parte delas: a da esquerda é ou inicia a primeira palavra; a da direita é ou inicia a última.
Por exemplo: "destruído - desvairar" estão na mesma página do dicionário. Se procurares a palavra "desunião", sabes que está nessa página.
Observação: há dicionários que só têm uma palavra em cada página.
Outro exemplo: "isc - ism" - a primeira palavra dessa página começa por "isc" (isca), a última começa por "ism" (ismaelita".
Como se organiza um texto
Texto - Conjunto das palavras de algum livro ou escrito; conjunto de palavras que se citam em apoio de opinião ou doutrina; citação.
Parágrafo - Pequena divisão de um texto escrito, assinalada graficamente por mudança de linha.
Frase - Reunião de palavras que forma um sentido completo; locução; expressão.
Palavra - Som articulado com uma significação; vocábulo; termo.
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Sinal Utilização
Ponto (.)Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo e nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.); marca uma pausa absoluta
Vírgula (,)
Marca uma pequena pausa. É usada para separar: o oposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou,nem; as coordenadas assindéticas não ligadas por conjunções; as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia e porém.
Ponto e vírgula (;)
Sinal intermédio entre o ponto e a vírgula que indica que a frase não está finalizada. Usa-se: em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.
Dois pontos (:)Marcam uma pausa e anunciam: uma citação; uma fala; uma enumeração; um esclarecimento; uma síntese
Ponto de interrogação (?)
Usa-se no final de uma frase interrogativa directa e indica uma pergunta
Ponto de exclamação (!)
Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, ironia e surpresa
Reticências (...) Marcam uma interrupção na frase indicando que o sentido da oração ficou incompleto
Aspas ("...")Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão
Parênteses (...) Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto
Parágrafo (§)Constitui cada uma das secções de frases de um escrito; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.
Travessão (-)Marca o início e o fim das falas, no diálogo para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Substitui os parênteses.
Sinais de Pontuação
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Relações de significado e de forma entre as palavras
Relação de significadoPalavras sinónimas – têm significado idêntico
Palavras antónimas – têm significado diferente
Relação de formaPalavras homónimas – escrevem-se do mesmo modo e lêem-se do mesmo modo, mas têm significado diferente
Palavras homógrafas – escrevem-se do mesmo modo mas lêem-se de forma diferente.
Palavras homófonas – lêem-se do mesmo modo mas escrevem-se de forma diferente.
O texto narrativo
O Texto Narrativo é aquele através do qual um narrador conta uma «história» em que entram personagens que se envolvem numa acção, situada num determinado tempo e num determinado espaço.
O Texto Narrativo pode ser em prosa ou em verso, escrito ou oral (narrativa de tradição oral).
1. Categorias ou Elementos do Texto Narrativo
1.1 Acção – Conjunto dos acontecimentos que constituem a «história». Estes acontecimentos sãoconsiderados principais ou secundários, conforme o seu grau de importância. Assim:
• Acção Central – constituída pelo(s) acontecimento(s) principal(ais).• Acção Secundária – constituída pelos acontecimentos menos importantes que, normalmente, completam e esclarecem a acção central.
– Organização das acções
A Acção pode ser constituída por várias acções, sempre relacionadas entre si. A relação entre as acções pode fazer-se: por encadeamento (as acções organizam-se diacronicamente), por encaixe (uma acção insere-se dentro de outra) ou por alternância (as acções desenrolam-se alternadamente).
– «Momentos» (ou Partes) da Acção
Uma narrativa fechada organiza-se, em regra, em três «momentos» ou partes:• Situação inicial (introdução);• Peripécias e ponto culminante (desenvolvimento);• Desenlace (conclusão).
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
– Acção Fechada e Acção Aberta
• Fechada (o desenlace é conhecido);• Aberta (a «história» não apresenta desenlace, cabe ao leitor/ouvinte imaginar o que entender e várias hipóteses podem ser equacionadas).
1.2 Espaço – Lugar onde decorre a acção.
1.3 Tempo – Momento em que ocorre a acção.
1.4 Personagens – Agentes ou intervenientes na acção.
– Relevância
• Principal ou protagonista — Desempenha o papel de maior importância.• Secundária – Desempenha papéis de menor relevo.• Figurante – Não desempenha qualquer papel específico, embora a sua existênciaseja importante para a compreensão da acção.
– Caracterização (Modos ou Processos de)
As características das personagens podem ser:• Fornecidas ao leitor, pela fala do narrador ou das personagens – caracterização directa.• Deduzidas, pelo leitor, a partir do comportamento das personagens – caracterização indirecta.
1.5 Narrador – Aquele que conta a «história».
• O narrador pode estar presente na acção como personagem principal ou secundária – narrador participante.Neste caso, a narração é feita na 1.ª pessoa.• O narrador pode estar ausente e não desempenhar qualquer papel na acção – narrador não participante.Neste caso, a narração é feita na 3.ª pessoa.• O narrador pode ser parcial – narrador subjectivo.• O narrador pode ser absolutamente imparcial – narrador objectivo.
2. Modos de «Apresentação»
2.1 Narração – Apresentação de acções e acontecimentos reais ou imaginários.
2.2 Descrição – Apresentação das personagens, dos objectos, dos ambientes, etc. Integra-se na narração.
2.3 Diálogo – Conversa entre personagens. Dá à «história» mais vivacidade e autenticidade.
2.4 Monólogo – A personagem «fala» consigo própria.
Adjectivação, comparação e personificação
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Adjectivação: Recurso estilístico que consiste no uso mais ou menos abundante de adjectivos.Comparação: Recurso estilístico que estabelece uma relação entre duas realidades contextualmente semelhantes, ligando os dois termos através de um elemento comparativo (como, parece, semelhante, dir-se-ia, ou outro equivalente).Personificação: É uma figura de estilo que consiste em atribuir, a seres irracionais ou inanimados, sentimentos e acções próprios de pessoas.
O texto informativo
RecadoÉ uma mensagem curta, escrita normalmente à pressa. Contém apenas ideias principais em poucas palavras.
ConviteUm convite pode ser mais cerimonioso ou mais descontraído. Serve para convidar alguém ou um grupo de pessoas para um evento.
Carta
(Localidade e data) Local e Data - Odivelas, 10 de Novembro de 1999
Carta registada com aviso de recepção (Descrição sucinta do assunto da carta)Assunto: demora na entrega de sofá. Exmo(s). Senhor(es), (saudação inicial) (Antecedentes: descrição sucinta dos factos que levaram ao envio da carta) No passado dia 16 de Outubro, dirigi-me ao seu estabelecimento, sito na morada acima indicada, com a intenção de adquirir um sofá. Após escolher o modelo que me interessava, assinei a nota de encomenda e paguei o sinal exigido, no valor de 20.000$00 (vinte mil escudos). No dia 21, foi-me entregue o sofá encomendado, mas, após breve análise, percebi que o mesmo tinha um defeito: um dos pés estava rachado!
(Caracterização da situação actual)
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Perante tal facto, recusei o sofá, solicitando que me fosse entregue outro exemplar, em bom estado, o mais depressa possível. No entanto, apesar de me dizerem que não haveria problema e que a entrega seria feita, o mais tardar, até ao final do mês, ainda continuo à espera. (Exposição clara do que se pretende)Como é evidente, o atraso na resolução do problema tem trazido diversos transtornos à minha família. Por isso, venho exigir que o sofá me seja entregue, sem falta, dentro dos próximos 8 dias. Caso contrário, tenciono anular a referida encomenda e exigir a devolução do sinal. (Fecho)Sem outro assunto de momento, (Assinatura)
António Luís Guimarães
Classes de palavrasO Vocabulário / Léxico é o conjunto de todas as palavras (= vocábulos) pertencentes a uma determinada língua falada ou escrita. Estas palavras pertencem a diferentes classes gramaticais. Há dez classes gramaticais:
Classes Abertas:
São constituídas por um número potencialmente ilimitado de palavras e à qual a evolução da língua acrescenta constantemente novos membros. É praticamente impossível enumerar todos os membros de uma classe aberta de palavras num dado momento da evolução da língua.
NomesNomes de pessoas, animais, objectos, ideias, sentimentos, qualidades.
Ex.: João, rapaz, baralho, ideia, amor.
VerbosPalavras que indicam acções, qualidades ou estados de um sujeito.
Ex.: ele aplaude (acção); ele é simpático (qualidade); ele está doente (estado).
AdjectivosPalavras que caracterizam os nomes.
Ex.: o rapaz capaz, uns alunos inteligentes, a ideia genial.
Interjeições
Têm uma função exclusivamente emotiva, por isso o valor de cada interjeição depende do contexto de enunciação e corresponde a uma atitude do falante ou enunciador.
Ex.: De alegria: ah!, oh!, .../ De animação: eia!, vamos!, .../ De aplauso: bravo!, viva!, .../ De desejo: oh!, oxalá!, .../ De dor: ai!, ui!, ...
AdvérbiosPalavras que caracterizam os verbos, adjectivos ou outros advérbios.
Ex.: aplaudir fortemente; dar pouco; muito bem.
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Classes Fechadas:
São constituídas por um número limitado (normalmente pequeno) de palavras e à qual a evolução da língua só muito raramente acrescenta novos membros. É normalmente fácil enumerar todos os membros de uma classe fechada de palavras.
Preposições
Palavras que estabelecem ligação entre duas palavras (dois substantivos, um substantivo e um verbo, dois verbos).
Ex.: poço de petróleo; salto em altura; ir à praia.
Conjunções
Palavras que estabelecem ligação entre duas orações (podem estar entre as duas orações, mas também podem estar no início da frase).
Ex.: A mulher fala e os homens ouvem. / Joana despede-se do amigoporque o pai está à sua espera.
Determinantes
Palavras que estão sempre à esquerda de um nome e têm o mesmo género e número desse nome.
Ex.: o João, outro rapaz, uns lápis.
PronomesPalavras que substituem os nomes, evitando a sua repetição contínua.
Ex.: este, ele, aquele.
Quantificadores
Palavra ou locução cujo significado expressa informação relacionada com número, quantidade ou parte. Os quantificadores podem ser ainda usados para expressar informação de natureza quantitativa sobre expressões que não denotam entidades, mas sim situações.
Ex.: Todos os livros foram vendidos./A maioria dos livros foi vendida.
Comprei um litro de leite. (a expressão “um litro de” quantifica sobre o nome “leite”, fazendo uma medição) / Fumo poucas vezes.
Nestas dez classes de palavras existem palavras variáveis, ou seja, cuja forma varia. As palavras podem variar em género, número, grau, tempo, etc. Aspalavras invariáveis têm sempre a mesma forma. A variação da forma das palavras chama-se flexão.
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Classes de Palavras Variáveis Classes de Palavras Invariáveis
§ Nome
§ Determinante
§ Pronome
§ Adjectivo
§ Verbo
§ Quantificador
§ Advérbio
§ Preposição
§ Conjunção
§ Interjeição
Classificar morfologicamente as palavras é indicar a classe gramatical a que pertencem. Ex.: O pardal ladino não saía do ninho.
O determinante artigo definido, masculino, singular;
pardal nome comum, masculino, singular;
ladino adjectivo no grau normal, masculino, singular;
não advérbio;
saía verbo “sair” na 3ª p. do sing., no Pret. Imperf. do Ind.;
do contracção da preposição de com o det. art. def. o;
ninho nome comum, masculino, singular.
Tipos e formas de frasesQualquer frase representa um tipo, de acordo com a intenção de quem a usa.
Existem quatro tipos de frases:
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Declarativa - serve para darmos uma informação (quando declaramos ou informamos alguma coisa).
Interrogativa - tem como intenção formular uma pergunta (quando perguntamos ou interrogamos).
Imperativa - tem como função dar uma ordem, um conselho, fazer um pedido (quando damos uma ordem).
Exclamativa - serve para transmitirmos sentimentos, sensações (quando mostramos admiração ou exclamamos algo).
A cada um dos tipos de frase corresponde um ou mais sinais de pontuação. Este sinal de pontuação corresponde, na oralidade, à entoação com que a dizemos.
Ao tipo interrogativo corresponde o «?», ao imperativo corresponde o «.» ou o «!», ao exclamativo corresponde o «!» e ao declarativo corresponde o «.» ou o «!».
Cada frase só pode pertencer a um tipo, mas cada tipo de frase pode ter uma das seguintes formas:
Forma afirmativa - quando afirmamos alguma coisa (ex.: A Joana canta bem.).
Forma negativa - quando negamos alguma coisa (ex.: A Joana não canta bem.).
O substantivoConcretosdesignam nomes de coisas, animais, pessoas e instituições, ou seja, tudo o que tem existência propriamente dita.EXºIsabel, rapaz, Igreja, Paris, porção, árvore
Abstractosdesignam acções, noções, qualidades e estados, ou seja, representações do nosso pensamento.EXºEstado, justiça, saúde, inteligência, profundidade
Própriosdesignam uma pessoa, animal ou coisa de forma individual, ou seja, um indivíduo de uma dada espécie.EXJoão, Portugal, Porto, Tejo
Comunsdesignam todas as pessoas, animais ou coisas de uma espécie ou de um grupo.EXºhomem, país, cidade, rio, casa, gato
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Colectivossubstantivos comuns que, embora estando no singular, designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie.EXºalcateia, batalhão, bando, cardume, exército, enxame, horda, magote, moda, multidão, vara (ver tabela dos substantivos colectivos).
Podem variar quanto ao:
género: masculino ou feminino
numero: singular ou plural
grau: normal, aumentativo ou diminutivo
Os determinantesPalavra pertencente a uma classe fechada, que especifica um nome, precedendo-o, e que contribui para a construção do seu valor referencial, com informações sobre propriedades sintácticas e semânticas dos objectos ou entidades designados.
Os determinantes têm um comportamento sintáctico distinto dos quantificadores e classificam-se em duas subclasses: a dos artigos (i) e a dos determinantes demonstrativos (ii) e possessivos (iii).
São artigos definidos:
o / os a /as
São artigos indefinidos:
um / uns uma / umas
São determinantes demonstrativos:
este / estes / esta / estas
esse / esses / essa / essas
aquele / aqueles / aquela / aquelas
São determinantes possessivos:
Um possuidor:
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
meu, minha, meus, minhas
teu, tua, teus, tuas
seu, sua, seus, suas
Vários possuidores:
nosso, nossa, nossos, nossas
vosso, vossa, vossos, vossas
seu, sua, seus, suas
Artigos
Palavra pertencente a uma subclasse dos determinantes e que tem duas subclasses: a dos artigos definidos (i) e a dos artigos indefinidos (ii).
Os artigos têm uma distribuição diferente dos determinantes, sendo que o artigo precede sempre o determinante possessivo (iii) e não pode co-ocorrer com o determinante demonstrativo (iv).
São artigos definidos:
o / os
a /as
São artigos indefinidos:
um / uns
uma / umas
Artigo definido vs indefinido
Os artigos definidos e os indefinidos ocorrem indistintamente nos grupos nominais com a função de sujeito ou de complemento directo, conforme (i) e (ii).
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
O artigo definido exprime um valor de referência definida e, por essa razão, alguns nomes próprios, que exprimem referentes únicos, não admitem a presença de artigo definido (iii). Pelo contrário, o artigo indefinido exprime um valor de referência indefinida, pelo que a sua co-ocorrência com nomes próprios está em geral excluída (iv).
Exemplos:
(i) O rapaz comeu o bolo.
(ii) Um rapaz comeu um bolo.
(iii) Portugal / *O Portugal é um país europeu.
(iv) *Um Afonso é o meu filho.
Determinante demonstrativo
Determinante que admite variação em género e número e que tem um valor deíctico, na medida em que estabelece a sua referência através de um mecanismo de localização que toma como ponto de referência as pessoas da enunciação (i).
Ao contrário dos pronomes demonstrativos, os determinantes demonstrativos co-ocorrem com nomes, em posição pré-nominal, especificando-os (ii).
O determinante demonstrativo não pode co-ocorrer com o artigo, conforme (iii), e, em caso de co-ocorrência com o determinante possessivo, precede-o obrigatoriamente (iv).
Os determinantes demonstrativos podem ser precedidos de certos quantificadores (v).
São determinantes demonstrativos:
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
este / estes / esta / estas
esse / esses / essa / essas
aquele / aqueles / aquela / aquelas
tal / tais
Exemplos:
(ii)
(a) Este carro é o melhor. ("este" é um determinante)
(b) Este é o melhor. ("este" é um pronome)
(iii) * O este / *Este o aluno chega sempre atrasado.
(iv) Este meu / *Meu [este] aluno chega sempre atrasado.
(v) Todos estes alunos chegaram atrasados.
Os determinantes demonstrativos também são denominados "adjectivos demonstrativos".
Determinante nulo
Determinante sem realização lexical que ocorre em grupos nominais e cujo núcleo é um nome comum não contável no singular, como em (i), ou um nome comum contável no plural, como em (ii).
A aceitabilidade de (iii) deve-se a uma leitura do nome como "parte qualitativa de areia" (ver "nome não contável").
Exemplos:
(i)
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
(a) Quero [-] areia para construir a minha casa.
(b) *Quero [a] areia para construir a minha casa.
(ii) Quero [-] flores bonitas. =/= Quero as flores bonitas.
(iii) Quero [essa] areia para construir a minha casa. (=quero essa parte da areia para construir a minha casa.).
Determinante possessivo
Determinante que admite variação em pessoa, género e número e que tem um valor deíctico, na medida em que estabelece a sua referência através de um mecanismo de localização que toma como ponto de referência os participantes do discurso tomados como possuidores (i).
Ao contrário dos pronomes possessivos, os determinantes possessivos co-ocorrem com nomes, em posição pré-nominal, especificando-os (ii).
O determinante possessivo é obrigatoriamente precedido pelo artigo definido ou pelo demonstrativo (iii), a não ser em contextos em que o grupo nominal tem a função de vocativo (iv) ou de modificador apositivo nominal (v).
Os determinantes possessivos podem ser precedidos de certos quantificadores (vi).
São determinantes possessivos:
Um possuidor:
meu, minha, meus, minhas
teu, tua, teus, tuas
seu, sua, seus, suas
Vários possuidores:
nosso, nossa, nossos, nossas
vosso, vossa, vossos, vossas
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
seu, sua, seus, suas
Exemplos:
(ii)
(a) O meu carro é o melhor. ("meu" é um determinante)
(b) O meu é o melhor. ("meu" é um pronome)
(iii)
(a) {Este / O} [meu] aluno chega sempre atrasado.
(b) *[Meu] {este / O} aluno chega sempre atrasado.
(iv) Meu filho, vem comer a sopa.
(v) ...a D. Afonso Henriques, D. Sancho I, seu filho primogénito, sucedeu-lhe.
(vi) Todos {estes / os } meus alunos chegaram atrasados.
Os determinantes possessivos também são denominados "adjectivos possessivos".
Família de palavrasUma FAMÍLIA DE PALAVRAS é um conjunto de palavras que derivam de uma só palavra, a que se dá o nome de palavra primitiva. A partir da sua raiz ou radical podem formar-se novas palavras.
Campo – campinho – camponês
Formação de palavras
DERIVAÇÃO:
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Mas agora quero falar-te de outro tipo de formação de palavras , a DERIVAÇÃO .
Podes formar várias palavras a partir de uma palavra primitiva, acrescentando apenas alguns elementos à mesma, os quais designamos por afixos.
Os afixos dividem-se em prefixos (acrescentam-se antes da palavra primitiva) e sufixos acrescentam-se depois da palavra primitiva). Há ainda palavras que contêm os dois afixos.
Exemplos: Palavra primitiva: feliz
Palavra derivada por prefixação : in feliz
Palavra derivada por sufixação : feliz mente
Palavra derivada por sufixação e prefixação : in feliz mente
COMPOSIÇÃO:
Existe ainda outro processo de formação de palavras, denominado COMPOSIÇÃO .
Quando ligamos as palavras por meio de um hífen ( - ) , sem as alterar, formamos novas palavras compostas por justaposição .
Exemplo: couve-flor (couve + - + flor)
Ao ligarmos as palavras, modificando a sua forma inicial, formamos palavras compostas por aglutinação (as palavras unem-se completamente).
Exemplo: fidalgo (filho de algo)
O adjectivo
Grau normal
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
O Rabanete é alto. Grau comparativo
inferioridadeA Valéria é menos alta do que o pato.igualdadeA árvore é tão alta como o pato.superioridadeA árvore é mais alta do que a Valéria.
Grau superlativo
RelativoinferioridadeA Valéria é a menos alta.superioridadeO Rabanete é o mais alto.
AbsolutosintéticoO Rabanete é altí ssimo . analíticoO Rabanete é muito alto alto .
Tempos e modos verbaisO MODO INDICATIVO é o modo da realidade, das certezas, em relação ao presente, passado e futuro.
O Presente do Indicativo refere factos actuais:Ex. Faço; ponho; dou;
O Pretérito Imperfeito pode traduzir uma acção que durava ou que era habitual; (usa mentalmente a expressão“antigamente eu...” para colocar o verbo nesse tempo)Ex. Fazia; punha; dava;
O Pretérito Perfeito traduz uma acção pontual passada; (usa mentalmente a expressão “ontem eu...”, e nãoesqueças de confirmar se a terminação da 2ª pessoa do singular é –ste – repara no exemplo...)Ex. Fiz/ fizeste; pus /puseste; dei /deste;
O Pretérito mais-que-perfeito só se usa para traduzir uma acção anterior a outra, também passada e o temposimples pertence a um nível de língua cuidado. ( a sua terminação é sempre em – ra;Ex. fizera; pusera; dera;
O Futuro Simples usa-se para exprimir uma acção posterior ao momento da fala ou da escrita, muitas vezes ésubstituído pelo Presente (a sua terminação é sempre em – rão);Ex. farão; porão; darão;
O MODO CONJUNTIVO exprime, não a realidade, mas a possibilidade, o desejo ou a dúvida e normalmente
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
integra umaoração subordinada.
Para colocares o verbo no Presente do Conjuntivo, usa mentalmente a expressão “queres que eu hoje...” ecolocarás o verbo nesse tempo)Ex. faça; ponha; dê;
O Pretérito Imperfeito do Conjuntivo escreve-se sempre com ss (e encontra-lo se mentalmente usares a expressão“ se eu ontem...”)Ex. fizesse; pusesse; desse...
O Futuro do Conjuntivo coloca a acção como muito provável, ou com valor condicional. (Se mentalmente usares aexpressão “Quando eu...” transporás o verbo para esse tempo)Ex. fizer; puser; der.
O MODO IMPERATIVO é usado para formular um pedido ou dar uma ordem.Só possui duas pessoas verbais (tu / vós ) e vai buscar ao Presente do Conjuntivo as pessoas verbais que nãopossui ( Faça! Façamos! Façam!)Ex. Faz!; Põe! ; Dá!
O MODO CONDICIONAL é usado para traduzir a possibilidade de realização de uma acção sob condição, concretizada ounão. ( Reconhece-lo facilmente pela terminação em – ria)Ex. faria; poria; diria;
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Há e à
Já vimos de onde surgiu a palavra à. No entanto, ela é facilmente confundida com a sua homófona há. Ora, este segundo vocábulo, é uma forma do presente do indicativo (3.ª pessoa do singular) do verbo haver. Este verbo tem várias significações e uma das formas de termos a certeza de que se trata da forma verbal, é substitui-la por um sinónimo, como "existe".
Exemplificando: Ele disse que há/ à um acento na palavra
Ele disse que existe um acento na palavra
= Ele disse que há um acento na palavra.
O exemplo tenta demonstrar, que sendo possível substituir-se a palavra pela forma verbal "existe", ficamos a saber que devemos utilizar a forma do verbo haver, ou seja, "há".
Veja-se outro exemplo:
O João vai à/há escola.
O João vai existe escola (não faz sentido) = O João vai à escola.
O resumoCaracterísticas de um bom resumo
Brevidade: só contém as ideias principais;
Rigor e clareza: exprime as ideias fundamentais do texto de uma forma coerente, clara e que
respeite o pensamento do autor;
Linguagem pessoal: não se copia frases do texto, exprime-se as ideias por palavras nossas.
Para fazeres um bom resumo, deves:
1 Ler o texto
➔ Ler calmamente todo o texto;
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
➔ Reler uma ou mais vezes o texto, sublinhando frases ou palavras importantes;
➔ Distinguir ideias principais de informações acessórias ou exemplos;
➔ Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um apresenta uma ideia
diferente.
2 Redigir o resumo
Escrever o resumo, respeitando sempre o conteúdo do texto e o pensamento do
autor;
Procurar não incluir pormenores desnecessários;
Substituir ideias repetidas ou semelhantes por uma que as englobe;
Utilizar termos genéricos em vez de listas;
Utilizar uma linguagem pessoal;
Respeitar as indicações quanto ao tamanho do resumo. Se não houver indicações nesse
sentido, o resumo deve corresponder a um quarto do texto;
3. Ler o resumo
Verificar se:
contém as ideias principais;
foram respeitadas as ideias do autor;
não há pormenores nem repetições;
as ideias ficaram bem interligadas;
o texto se percebe bem;
4. Conclusão
Fazer resumos é uma estratégia fundamental:
–facilita uma melhor compreensão e assimilação dos textos de qualquer matéria;
–permite que treines a tua capacidade de síntese;
–exercita a tua capacidade de comunicar com mais rigor.
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
Classificação morfológica
O Ricardo ofereceu uma linda rosa à Sónia.
O – determinante, artigo definido, masculino, singular
Ricardo – nome, próprio, masculino, singular
ofereceu – verbo, transitivo directo e indirecto, modo indicativo, pretérito perfeito, 3ªpessoa singular
uma – determinante, artigo indefinido, feminino, singular
linda – adjectivo, biforme quanto ao género e ao número, feminino, singular, grau normal.
rosa – nome, comum, feminino, singular, grau normal.
à – contracção da preposição a com o determinante artigo definido a.
PreposiçõesPalavras invariáveis que exprimem relações entre duas partes de uma oração que dependem uma da outra.
a
anteapósaté
comconforme
contraconsoante
dedesde
durante
emexcepto
entremediante
paraperante
porsalvosem
segundosob
sobretrás
As preposições podem contrair-se e formar preposições contraídas (ex.: a+a = à). Existem ainda Locuções Prepositivas (abaixo de, acerca, de, diante de, à volta de, em vez de...).
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
AdvérbiosSão palavras invariáveis que servem para determinar ou intensificar o sentido de verbos, adjectivos ou
outros advérbios.
Advérbios de Lugar : abaixo, acima, acolá, adiante, aí, além, algures, ali, antes, aqui... Advérbios de Tempo : agora, ainda, amanha, anteontem, antes, cedo, tarde, hoje... Advérbios de Modo : assim, bem, como, depressa, devagar, mal, bem, sobretudo, simplesmente,
bruscamente (e outros com o sufixo –mente, os quais nunca levam acentuação!) Advérbios de Intensidade ou Quantidade: bastante, bem, demasiado, muito, pouco, tanto... Advérbios de Afirmação : já, sim, certamente, efectivamente, também... Advérbios de Negação : jamais, nunca, não... Advérbios de Inclusão : ainda, também, mesmo... Advérbios de Exclusão : apenas, somente, só, unicamente... Advérbios de Dúvida : acaso, porventura, possivelmente, talvez Advérbios de Designação : eis Advérbios Interrogativos : onde, quando, porque, porquê
Locuções Adverbiais (preposição + nome/advérbio): à antiga, a cada, de manhã, de novo, em breve, por vezes...
Subordinação/Coordenação
Orações Subordinadas – Estas orações exigem sempre a existência de uma oração subordinante ou coordenada na frase e são introduzidas por locuções ou locuções conjuncionais. Principais relações de subordinação:
- Sub. Causais: Relação de causa (visto que, porque, dado que);
- Sub. Temporais: Relação de tempo (quando, assim que);
- Sub. Condicionais: Relação de condição (se);
- Sub. Finais: Relação de fim, de objectivo (a fim de que, para que);
- Sub. Comparativas: Relação de comparação (bem como, tal como, assim como);
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
- Concessivas: Indicam uma circunstância que se opõe à acção, mas não a impede (ainda que, mesmo que);
- Sub. Consecutivas: Introduzem uma consequência (de maneira que, de forma que);
- Sub. Completivas: Completam o sentido da oração anterior (que);
- Sub. Relativas Restritivas: Limitam o significado da oração anterior (que – no interior da frase);
- Sub. Relativas Explicativas: Introduzem uma ideia adicional (que – separado por virgulas).
Orações Coordenadas – Estas orações têm sentido mesmo sem oração subordinante, embora algumas peçam a presença de outra oração coordenada. Principais relações de coordenação:
- Cood. Copulativas: Ideia de adição (e, nem, também, não só... como também, tanto... como ).
- Cood. Adversativas: Ideia de oposição (mas, porém, no entanto, contudo, apesar disso, ainda assim)
- Cood. Disjuntivas: Ideia de alternativa (nem...nem, ou...ou, ou)
- Cood. Conclusivas: Ideia de conclusão (logo, por isso, então, portanto)
ConjunçõesPalavras invariáveis que servem para relacionar orações dentro da frase.
Coordenativas
- Copulativas
- Adversativas
- Disjuntivas
- Conclusivas
Subordinativas
- Causais
LÍNGUA PORTUGUESA – RESUMO
- Temporais
- Condicionais
- Finais
- Comparativas
- Concessivas
- Consecutivas
- Completivas/Integrantes
Discurso Directo e IndirectoDiscurso Directo Discurso IndirectoSinais de pontuação: o dois pontos (:), o travessão (-), as aspas ("…"), o ponto de esclamação (!) e o ponto final (.).
Geralmente, o ponto final (.).
Verbos intrudutórios: dizer, afirmar, declarar, acrescentar, responder, inquirir, pedir, perguntar… seguidos de ":" e um "-"
Verbos Intrudutórios: dizer, afirmar, declarar, contar, acrescentar, responder, inquirir, pedir, perguntar… seguidos de "que" ou "se"
Tempos Verbais: Tempos Verbais:Presente do Indicativo Pretérito Imperfeito do IndicativoPretérito Perfeito Pretérito Mais-Que-Perfeito IndicativoFuturo do Indicativo CondicionalPresesnte do Conjuntivo Pretérito Imperfeito ConjuntivoModo Imperativo Pretérito Imperfeito Conjuntivo/Infinitivo