Folheto II (Manual)

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Esclerose Múltipla Definição Tipos Causas Sinais & sintomas Tratamentos A esclerose múltipla (EM), também designada por "esclerose disseminada", é uma doençainflamatória na qual se verifica a degeneração das bainhas de mielina que envolvem os axónios do cérebro e da espinal medula, o que leva a que ocorra desmielinização e cicatrização, manifestando-se também através de um alargado quadro de sinais e sintomas O indivíduo com EM pode experimentar praticamente qualquer sinal ou sintoma neurológico, incluindo alterações sensoriais como a perda de sensibilidade táctil ou formigueiro, parestesia, fadiga muscular, clónus, espamos ou dificuldades locomotoras; dificuldades na coordenação e de equilíbrio (ataxia); dificuldades na fala (disartria) ou na deglutição (disfagia); entre outros. A esclerose múltipla é provavelmente consequência de uma determinada combinação de factores genéticos, ambientais e infecciosos. A EM não é considerada uma doença hereditária. Têm sido propostos como factores de risco de EM diversos factores ambientais, tanto de origem infecciosa como não-infecciosa. A prevalência da EM aumenta à medida que aumenta a distância em relação ao equador, embora existam numerosas excepções.Tem-se associado a pouca exposição solar a um risco acrescido de EM. A diminuição da produção e ingestão de vitamina D tem sido o principal mecanismo biológico usado para explicar o risco acrescido entre os que estão menos expostos à luz solar. A EM é classificada segundo vários subtipos, ou padrões de progressão, que permitem prever a evolução da doença através da análise do padrão de progressão passado. Existem 4 subtipos: recidivante remitente, secundária progressiva, primária progressiva e primária recidivante. O subtipo recidivante remitenteé caracterizado por recidivas imprevisíveis, seguidas de um período de tempo de relativa tranquilidade sem novos sintomas da actividade da doença. Naesclerose múltipla secundária progressivaexiste esclerose recidivante remitente durante os estágios iniciais, e que a partir de determinado momento começam a sofrer declínio neurológico entre os episódios agudos de ataques, sem existirem quaisquer períodos claros de remissão. A esclerose múltipla primária progressivacorresponde a aproximadamente 10 a 15% dos indivíduos que nunca tiveram remissão após os sintomas iniciais de EM.A esclerose Múltipla Primária Recidivante descreve os indivíduos que, desde o aparecimento da doença, demonstram um declínio neurológico constante mas para além disso sofrem ataques adicionais. Dependendo do tratamento de medicina alternativa, as evidências que demonstram a sua eficácia são mal sustentadas ou inexistentes.Entre os métodos recorrentes estão a dieta de Swank, baixa em gorduras saturadas,as plantas medicinais (incluindo o uso de cannabis medicinal),a oxigenoterapia hiperbárica e a auto-infecção com os parasitas da ancilostomíase, conhecida como terapia helmíntica.

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Esclerose Múltipla

Definição

Tipos

Causas

Sinais & sintomas Tratamentos

A esclerose múltipla (EM), também designada por

"esclerose disseminada", é uma doençainflamatória na

qual se verifica a degeneração das bainhas de mielina

que envolvem os axónios do cérebro e da espinal

medula, o que leva a que ocorra desmielinização e

cicatrização, manifestando-se também através de um

alargado quadro de sinais e sintomas

O indivíduo com EM pode experimentar praticamente

qualquer sinal ou sintoma neurológico, incluindo

alterações sensoriais como a perda de sensibilidade

táctil ou formigueiro, parestesia, fadiga muscular,

clónus, espamos ou dificuldades locomotoras;

dificuldades na coordenação e de equilíbrio (ataxia);

dificuldades na fala (disartria) ou na deglutição

(disfagia); entre outros.

A esclerose múltipla é provavelmente consequência

de uma determinada combinação de factores

genéticos, ambientais e infecciosos. A EM não é

considerada uma doença hereditária. Têm sido

propostos como factores de risco de EM diversos

factores ambientais, tanto de origem infecciosa

como não-infecciosa. A prevalência da EM aumenta

à medida que aumenta a distância em relação ao

equador, embora existam numerosas

excepções.Tem-se associado a pouca exposição solar

a um risco acrescido de EM. A diminuição da

produção e ingestão de vitamina D tem sido o

principal mecanismo biológico usado para explicar o

risco acrescido entre os que estão menos expostos à

luz solar.

A EM é classificada segundo vários subtipos, ou

padrões de progressão, que permitem prever a

evolução da doença através da análise do padrão de

progressão passado.

Existem 4 subtipos: recidivante remitente,

secundária progressiva, primária progressiva e

primária recidivante.

O subtipo recidivante remitenteé caracterizado

por recidivas imprevisíveis, seguidas de um

período de tempo de relativa tranquilidade sem

novos sintomas da actividade da doença.

Naesclerose múltipla secundária

progressivaexiste esclerose recidivante

remitente durante os estágios iniciais, e que a

partir de determinado momento começam a

sofrer declínio neurológico entre os episódios

agudos de ataques, sem existirem quaisquer

períodos claros de remissão. A esclerose múltipla

primária progressivacorresponde a

aproximadamente 10 a 15% dos indivíduos que

nunca tiveram remissão após os sintomas iniciais

de EM.A esclerose Múltipla Primária Recidivante

descreve os indivíduos que, desde o

aparecimento da doença, demonstram um

declínio neurológico constante mas para além

disso sofrem ataques adicionais.

Dependendo do tratamento de medicina

alternativa, as evidências que demonstram a sua

eficácia são mal sustentadas ou inexistentes.Entre

os métodos recorrentes estão a dieta de Swank,

baixa em gorduras saturadas,as plantas medicinais

(incluindo o uso de cannabis medicinal),a

oxigenoterapia hiperbárica e a auto-infecção

com os parasitas da ancilostomíase, conhecida

como terapia helmíntica.