Folha Humanitária - Junho 2011

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Mudanças climáticas podem aumentar ocorrências de desastres naturais C Catástrofes naturais sempre fizeram parte da vida do planeta. Mas recentemente, o número destas ocorrências tem aumentado ano a ano, e de acordo com espe- cialistas, o aquecimento global pode ser uma das causas. Segundo a Fede- ração Internacional da Cruz Vermelha, em 2010, foram realizados pela instituição cerca de 30 milhões de atendimentos a pessoas afetadas por catástrofes em todo o mundo. E pelo visto, em 2011 não será diferente. A urbanização cres- cente e desordenada, com uma população ur- bana cada vez maior, também afeta o meio am- biente e contribui para o acontecimento de novas tragédias, com um nú- mero maior de vítimas. A exemplo do Haiti, o gran- de número de vítimas foi uma consequência não só do potencial destru- tivo do terremoto, mas também pela falta de infraestrutura dos locais atingidos. A capital Porto Príncipe, por exemplo, foi projetada para 250 mil pessoas, mas tinha mais de 2 milhões de habitan- tes. As cidades mais po- bres sofrerão os mesmos problemas enfrentados pelo Haiti, pela falta de facilidades sanitárias, de água potável e por suas condições precárias. Mais de noventa por cento da população mun- dial em risco, estão em países em desenvolvi- mento. A estratégia de redução de desastres precisa ser acompanha- da do desenvolvimento social e econômico e de um gerenciamento am- biental. A preocupação é se as economias destes países vão crescer o suficiente para ajudar as pessoas a não ficarem tão expostas a tragédias ou até mesmo minimizar seus efeitos. No Brasil, a cada ano o problema se repete Desastres naturais serão cada vez mais frequentes com enchentes e des- lizamentos, e com um aumento no número de Leia nesta edição: Pág. 3 - História de Dunant (2ª parte) - Informações sobre cursos Pág. 4 - Entrevista com o comandante do 28º BPM Coronel Antônio Jorge Pág. 5 - O significado de uma morte Pág. 9 - Um brinde à vida Pág. 11 - O trabalho do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no RJ - Flumisul: Bons negócios para o Sul do Estado Foto: Divulgação vítimas. Muitos desses desastres poderiam ser evitados ou amenizados, se o Estatuto das Cida- des, que é um conjunto de leis que ordena a ocu- pação do território nos municípios, fosse cum- prido. Se a legislação não for mais rígida quanto ao uso do solo, vamos continuar a contabilizar, a cada ano, mais vítimas e prejuízos econômicos. Investimentos em ações preventivas também de- vem ser prioridade, evi- tando a ocupação das áreas de risco. Leia mais na página 9 Distribuição dirigida: Volta Redonda, Resende, Piraí, Pinheiral e Mendes - Junho 2011 - Ano I - Nº 02 Informativo da Cruz Vermelha Brasileira de Volta Redonda-RJ

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Impresso da Cruz Vermelha de Volta Redonda - RJ

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Mudanças climáticas podem aumentar ocorrências de desastres naturais

CCatástrofes naturais

sempre fizeram parte da vida do planeta. Mas recentemente, o número destas ocorrências tem aumentado ano a ano, e de acordo com espe-cialistas, o aquecimento global pode ser uma das causas.

Segundo a Fede-ração Internacional da Cruz Vermelha, em 2010, foram realizados pela instituição cerca de 30 milhões de atendimentos a pessoas afetadas por catástrofes em todo o mundo. E pelo visto, em 2011 não será diferente.

A urbanização cres-cente e desordenada, com uma população ur-bana cada vez maior, também afeta o meio am-biente e contribui para o acontecimento de novas tragédias, com um nú-mero maior de vítimas. A exemplo do Haiti, o gran-de número de vítimas foi uma consequência não só do potencial destru-tivo do terremoto, mas

também pela falta de infraestrutura dos locais atingidos. A capital Porto Príncipe, por exemplo, foi projetada para 250 mil pessoas, mas tinha mais de 2 milhões de habitan-tes. As cidades mais po-bres sofrerão os mesmos problemas enfrentados pelo Haiti, pela falta de facilidades sanitárias, de água potável e por suas condições precárias.

Mais de noventa por cento da população mun-dial em risco, estão em

países em desenvolvi-mento. A estratégia de redução de desastres precisa ser acompanha-da do desenvolvimento social e econômico e de um gerenciamento am-biental. A preocupação é se as economias destes países vão crescer o suficiente para ajudar as pessoas a não ficarem tão expostas a tragédias ou até mesmo minimizar seus efeitos.

No Brasil, a cada ano o problema se repete

Desastres naturais serão cada vez mais frequentes

com enchentes e des-lizamentos, e com um aumento no número de

Leia nesta edição:

Pág. 3 - História de Dunant (2ª parte) - Informações sobre cursosPág. 4 - Entrevista com o comandante do 28º BPM Coronel Antônio JorgePág. 5 - O significado de uma mortePág. 9 - Um brinde à vidaPág. 11 - O trabalho do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no RJ - Flumisul: Bons negócios para o Sul do Estado

Foto: Divulgação

vítimas. Muitos desses desastres poderiam ser evitados ou amenizados, se o Estatuto das Cida-des, que é um conjunto de leis que ordena a ocu-pação do território nos municípios, fosse cum-prido. Se a legislação não for mais rígida quanto ao uso do solo, vamos continuar a contabilizar, a cada ano, mais vítimas e prejuízos econômicos. Investimentos em ações preventivas também de-vem ser prioridade, evi-tando a ocupação das áreas de risco.

Leia mais na página 9

Distribuição dirigida: Volta Redonda, Resende, Piraí, Pinheiral e Mendes - Junho 2011 - Ano I - Nº 02Informativo da Cruz Vermelha Brasileira de Volta Redonda-RJ

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O Setor de Ensi-no da Filial de Volta Redonda promoveu no dia 28 de maio uma excursão para o Instituto Butantan (SP), com os alu-nos dos cursos de primeiros socorros e resgate.

Os alunos visi-taram os museus e partici-param de uma aula prática de identificação e captura de animais peçonhentos, ministrada pela bióloga e

Silvia Travaglia, bióloga do Butantan ensinando como capturar animais peçonhentos

Palavrado Presidente

Visita ao Instituto Butantan

Atendimento Psicossocial para crianças e

adultos nas seguintes especialidades:

Um convite a participação

É com muita satisfação que entregamos a segunda edição da Folha Humani-tária. Neste número vamos abordar sobre as mudanças climáticas e sobre os desa-fios diante das catástrofes naturais cada vez mais fre-quentes. Segurança pública é o tema de nossa entrevista e um dos artigos discorre sobre o terrorismo na atua-lidade.

Não queremos esgotar os assuntos a cada edição, queremos que os leitores

Presidente: Luís Henrique Veloso Malta Vice-Presidente: Angela Maria Moura Brasil Tolomelli Diretor Tesoureiro: Paulo Pereira TiburcioDiretor Tesoureiro Adjunto: Francisco Severino

EXPEDIENTE

Luís Henrique Veloso MaltaPresidente da Cruz Vermelha

de Volta Redonda

participem com opiniões, promovendo o debate. Fa-çam seus comentários atra-vés do Fale Conosco do nosso site www.cruzverme-lhavr.org.br.

Lembramos que já ini-ciamos a Campanha do Agasalho. Estamos rece-bendo casacos, cober-tores e roupas de cama. Participe.

Em julho próximo, va-mos comemorar os 28 anos da Filial, contamos com a presença de todos em nosso evento. Até a próxima e boa leitura.

Psicologia, Fonoaudiologia,Fisioterapia, Psicopedagogia,

Parapsicologia.Informações: (24) 3076-2500

ramal: 218,Setor de Assistência Social.

Atenção!Colabore com a

Campanha do Agasalho Doe cobertores,

agasalhos e roupasde cama.

Contato para sugestão de matérias:Jornalista Responsável: Carla Beatriz de Souza Tiburcio MTB/DRT 17923/88 Assessoria de Comunicação SocialTel: 3076-2500 – ramal: 206 - E-mail: [email protected].: Rua 40, nº 13 - Vila Santa Cecília - Volta Redonda - RJ

Agência Por Aqui - [email protected] Geral: Diego Campos RaffideDiretor de Arte: Eduardo AvilaWeb Developer: Marcus Jordan

Anuncie no jornal Folha Humanitá[email protected]ão: Gráfica Diário do Vale Tiragem: 4 mil exemplaresColaboradores: Flávio Tolomelli | Diego Batista | Danilo Spinola Caruso

pesquisadora Silvia Regina Travaglia Cardoso.

Veja no site www.cru-zvermelhavr.org.br mais fo-tos e detalhes da viagem.

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CURSOS

O sonho de Dunant

HISTÓRIA DE UMA IDEIA

Primeiros SocorrosCarga horária: 40 horasHorário: sábado de 8h30 às 17hInvestimento: R$80,00 + 1Kg de alimento

Cuidador de IdososCarga horária: 60 horasHorário: sábado de 9h às 16hInvestimento: R$120,00 + 1Kg de alimento

Resgate Carga horária: 60 horasHorário: sábado de 8h30 às 17hInvestimento: R$130,00 + 1Kg de alimentoPré-requisito: ter o certifi cado do cursoprimeiros socorros.

Técnicas de CurativosCarga horária: 16 horas

Horário: sábado de 9h às 17hInvestimento: R$70,00 + 1Kg de alimento

Aplicação de InjetáveisCarga horária: 12 horasHorário: sábado de 8h30 às 17h domingo: de 8h às 12hInvestimento: R$100,00 + 1Kg de alimento Público alvo: profi ssionais da área de saúde.

ABatalha de Sol-ferino (Norte da Itália), no ano de 1859, produziu cenas e imagens

comparáveis às de um in-ferno medieval . Teve a duração de 16 horas, extra-ordinariamente sangrentas, que resul tou em 40 mi l homens mortos ou feridos.

Henry Dunant foi, de certa forma, uma das ví-t imas de Solferino, pois não conseguiu esquecer os gritos de pavor e agonia dos feridos. Ao lançar seu livro (Recordações de Solferino) no ano de 1862, Dunant relata sua experiência e destaca, sobretudo, o pouco preparo dos exércitos para assistência aos soldados fe-ridos no campo de batalha. A partir desse momento, Dunant se dedica a mate-rializar algumas ideias.

Suas ideias entusias-maram todo o mundo, mas era preciso começar o tra-balho árduo de transformá--las num sistema prático e eficiente.

Em 17 de fevereiro de 1863, Henry Dunant, ao lado do presidente da so-ciedade genebriana, o ad-vogado Gustave Moynier; do general Guillaume Henry Dufour e dos médicos Louis Appia e Théodore Maunoir, fundaram o Comitê Inter-nacional de Socorros aos Militares Feridos, conhe-cido na época por Comitê dos Cinco ou Comitê de Genebra e, a partir de 1876, por Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

A ideia de que tanta desgraça poderia ser evita-da parecia não querer dei-xar o pensamento de Du-nant. De certo, havia pesso-

as dispostas a ajudar, mas precisavam de organização e de treinamento para tais fins. Havia suprimentos para os socorros, havia voluntários, porém faltava boa organização. Cente-nas de homens morriam, dia após dia. A solução foi surgindo pouco a pouco: voluntários qualif icados, podiam facilmente vencer todas aquelas dificuldades. O que hoje parece óbvio e evidente, não tinha sido sequer imaginado anterior-mente a Solferino.

Atualmente milhões de funcionários e voluntários no mundo todo ajudam a transformar o sonho de Dunant de cronstruir um mundo melhor, em realida-de, prevenindo e atenuando o sofrimento humano onde quer que ele se verifique, através da Cruz Vermelha.

Diego BatistaResponsável pelo Setor de

Voluntariado da Filial de Volta Redonda

Foto: Divulgação

2ª Parte

Clube Rio Sul é um dos parceiros da Cruz Vermelha de Volta Redonda

Juntos unimos força!

ESTÃO INCLUÍDOS NOS VALORES: INSCRIÇÃO, APOSTILA E CERTIFICADO AOS APROVADOS.

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“O policial é um servidor público, é um servidor do cidadão”

Há oito meses no comando do 28º Batalhão de Polícia Militar, o coronel Antônio

Jorge Gonçalves Moreira realiza um trabalho voltado para redução dos índices de violência na região que abrange Volta Redonda, Barra Mansa, Porto Real e Quatis. Dentro da nova filo-sofia operacional da Secre-taria de Segurança Pública, o policiamento é planejado de acordo com a incidência de delitos ocorridos. Confira.

FH - Fale sobre a atu-ação do 28º BPM na região.

Quando assumi o co-mando do 28º BPM em 14 de outubro de 2010, os núme-ros de ocorrências estavam acima das metas estabele-cidas. A partir daí, seguindo a nova filosofia operacional da Secretaria de Segurança Pública do Es-tado do Rio de Janeiro, come-çamos um tra-balho de cons-cientização da corporação.

P a s s a -mos a fazer um acompanhamento diário das ocorrências, observando as manchas criminais, que são os locais onde há mais inci-dência de delitos. Através da seção de análises criminais, fazemos um planejamento da aplicação do policiamento

naquela área.FH - Parece que exis-

te um processo de gestão no trabalho da polícia. O senhor acredita que essa mudança tem contribuído para redução dos índices de violência?

Com certeza. Verifica-mos desde o início do traba-lho que houve uma redução nas ocorrências. Roubo de rua, por exemplo, caiu cer-ca de 80% em comparação ao mesmo período no ano passado. Temos recebido elogios pela boa conduta dos policiais, e nosso ba-talhão tem obtido ótimas colocações no ranking entre os demais do estado.

FH - Explique o que é esse ranking?

Os batalhões precisam atingir 18 pontos mensais com a redução dos se-

guintes deli-tos: letalidade violenta (ho-micídios, la-trocínio, entre outros); roubo de veículos e roubo de rua. Os batalhões que f icarem nos primeiros

lugares no ranking e/ou atingirem as metas, seus policiais recebem uma gra-tificação.

FH - Além do incen-tivo financeiro, tem o as-pecto do reconhecimento pelo trabalho realizado, o

Coronel Antônio Jorge Gonçalves Moreira

A comunidadeé a essênciae o objetivoda polícia

que melhora a auto-estima do policial.

É verdade. Ganha a corporação, ganha a comu-nidade. O policial é um ser-vidor público, é um servidor do cidadão.

FH - O senhor vê a necessidade da instalação de UPPs (Unidade de Polí-cia Pacificadora), em Volta Redonda?

As UPPs são para uma realidade de capital, quando o objetivo é a retomada de um território dominado pelo tráfico, onde os serviços públicos não entram. Não é o caso de Volta Redonda.

FH - Como o senhor avalia essa aproximação en-tre a população e a polícia?

A comunidade é a essência e o objetivo da polícia. Este afastamento da farda aconteceu pela influência do militarismo. Por

um tempo a polícia foi mais uma força do estado do que do cidadão.

FH - O senhor conhe-ce o trabalho do Comitê Internacional da Cruz Ver-melha, no Rio de Janeiro, realizado desde 2008?

Sim, conheço. Antes de vir para cá, eu estava no Complexo do Alemão, e vi o trabalho realizado com mães adolescentes e também de primeiros socorros.

FH - Na sua avaliação há espaço em VR para um trabalho como este?

Sim, principalmente no aspecto da prevenção, na questão das drogas, que con-sidero um flagelo da humani-dade. Fico preocupado com o futuro do país. O uso de crack, e agora o oxi, gera pessoas improdutivas. Temos que pen-sar no futuro, nas crianças, em formar bons cidadãos.

FH - Qual é o papel das ONGs na prevenção ou redução da violência urbana?

É fundamental num país em desenvolvimento, para preencher a ausência do poder público. É impor-tante trazer a criança para conhecer o trabalho da po-lícia. Realizar parcerias. A PM desenvolve há 18 anos o PROERD (Programa Edu-cacional de Resistência às Drogas) nas escolas, com alunos de 10 a 15 anos. São policiais capacitados para a prevenção do uso de drogas lícitas e ilícitas.

FH - Suas considera-ções finais:

Só tenho a agradecer pela oportunidade de mos-trar nosso trabalho e divulgar nossas ideias. O 28º BPM está disposição da Cruz Vermelha.

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Por Danilo Spinola CarusoProfessor de História do Instituto Federal de Educação e Ciência e Tecnologia do RJ, mestre em História pela

Universidade Federal Fluminense

O SIGNIFICADODE UMA MORTE

Muitas dúvidas cerca-ram o anúncio recente da morte de Osama Bin La-den, no dia 2 de maio de 2011, em Abbottabad, no Paquistão. Um consenso, no entanto, foi repetido por diversos líderes mundiais: a ideia de que, como afirmou o chanceler alemão Guido Westerwelle, a morte de Bin Laden era “uma boa notícia para os amantes da paz e livre pensadores do mundo”.

Será mesmo? No mundo de hoje, cada vez mais, as coisas nem sempre são

como parecem. A anun-ciada morte de Bin Laden em território paquistanês poderá recrudescer o funda-mentalismo religioso neste país – que possui armas nucleares. Além disso, não está clara a participação das forças armadas paquis-tanesas no episódio. Teriam elas, sem o conhecimento dos EUA, acobertado o líder terrorista a apenas 800 me-tros da maior base militar do país? Ou, ao contrário, en-tregaram Laden de bandeja para a CIA, para não terem

que arcar com o ônus, pe-rante os fundamentalistas, de eliminá-lo?

Os EUA, por sua vez, alegam sem maiores pu-dores que parte das infor-mações sobre o paradeiro de Laden foram obt idas mediante tortura de prisio-neiros, na base de Guantá-namo – a qual, a despeito das promessas de Oba-ma, segue funcionando. A “Guerra ao Terror” fez da tortura uma prática legal nos EUA, assim como eli-minou o direito ao hábeas

corpus para acusados de terrorismo, dentro e mesmo fora do território nortea-mericano.

Sendo assim, qual o significado histórico da opera-ção que assassinou Bin Laden? A aurora de um mundo mais seguro, ou a confir-mação de que nos afastamos cada vez mais da paz e dos direitos humanos? Vol-taremos a este assunto nos próximos números.

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Um brinde à vida!

Quanto mais pobre o país, mais vulnerável às mudanças climáticas

“E a vida, e a vida o que é, diga lá, meu irmão...”

“Gostaria que soubesse que tive a alegria de participar do 32º CN do CVV, em Gua-rulhos. Entre os trabalhos nos quais escolhi participar estava a Cruz Vermelha, e foi com orgulho que compartilhei com eles as ações da Cruz Vermelha de Volta Redonda. Todos sempre ficam muito admirados quando sabem que o apoio que recebemos

inclui até um espaço espe-cialmente construído pela Cruz Vermelha para o CVV. Mais uma vez, nosso profun-do agradecimento.”

O texto acima é parte de uma simpática carta nos enviada pela senhora Marina, voluntária do CVV, em que a mesma externa a gratidão daqueles voluntários por ter a Cruz Vermelha de Volta Redonda construído, e ce-dido, um espaço para eles.

Quando o fizemos, tínhamos a única intenção de ajudar a manter a chama da vida para seus assistidos.

No dia 23 de abril, mor-reu, após longa enfermidade, a Solange, grande amiga, funcionária da Cruz Verme-lha, voluntária de todas as horas e para o que desse e viesse, e que durante muitos anos trabalhou diretamente comigo, vibrando com cada pequena ou grande conquista

da Cruz Vermelha.Logo após a morte dela,

recebi a notícia de que serei vovô. A vida é assim, cheia de altos e baixos, boas e más notícias, gratidão e in-gratidão. O que precisamos é aceitar com resignação o que de bom vier, e com alegria as boas notícias.

“Eu fico com a beleza da resposta das crianças, é bonita, é bonita, e é bonita...”

Pois que venham os netos!

A•R•G•U•M•E•N•T•O•S

Flávio TolomelliSecretário Geral da Cruz

Vermelha de Volta Redonda

Os países que ocupam os primeiros lugares na lista de 170 avaliados pelo Índice de Vulnerabilidade a Mudanças Climáticas, apresentam altos índices de pobreza, como Bangladesh, o primeiro colo-cado.

O Brasil está em 81º lugar e apresenta alto risco. O Pla-no Municipal de Redução de Riscos, do governo federal, é um importante instrumento para a elaboração de políticas de gerenciamento de risco, que devem estar aliadas a programas habitacionais, e articuladas com o Sistema Nacional de Defesa Civil.

Neste contexto, a Cruz Vermelha Brasileira (CVB) tem um importante papel. Através de seu Departamento de Socorro e Desastres busca

garantir proteção, saúde e dignidade das pessoas vulne-ráveis. Em âmbito internacio-nal, a CVB está envolvida em vários programas de desen-volvimento e emergência, de forma direta ou no quadro do

Movimento Internacional da Cruz Vermelha.

Enquanto a redução das emissões de gases estufa se esbarra em interesses econômicos e políticos (e é bom lembrar que a quantidade

de CO2 emitida atingiu 30,6 gigatoneladas em 2010, com-prometendo as metas globais para 2020), a participação comunitária e a capacidade de enfrentamento da população são consideradas elementos

chave no entendimento do risco de desastre. Precisamos nos mobilizar pela saúde do planeta e da humanidade.

Foto: Flickr CC/trokil inochchi

Países com maior risco de exposição a desastres naturais têm os mais altos índices de pobreza

Fontes: www.rnw.nl/potugues/article Terra.com.br - www.igeologico.sp.gov.br agenciabrasil.ebc.com.br – www.ifcr.org

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Brasil: O minuto que vale uma vida

Socorrer uma víti-ma durante uma emergênc ia é s e m p r e u m a prova. Mas mo-

mento difícil mesmo passou Eliézer Lima, responsável pelo programa Primeiros Soco r ros Comun i tá r i os (PSC) do CICV no Rio de Janeiro, ao ver aquele bebê de apenas um mês de idade sem ar, em estado grave.

Primeiro ele tentou rea-nimá-lo com tapas leves no corpinho frágil para livrá-lo de um possível engasgo, porém o neném continu-ava roxo. Eliézer sentia o esforço dele para respirar, a luta para viver. Nesse instante, o bebê teve uma parada cardiorespiratória. Foi quando decid iu que teria de levá-lo ao hospital mais próximo na Kombi do CICV, junto com a mãe, a avó e um vizinho. No cami-

Out ro t raba lho do CICV no Rio de Janei-ro é o projeto “Abrindo Espaços Humanitários”, realizado nas escolas das comunidades que atua (Cantagalo/Pavão-Pavão-zinho, Cidade de Deus, Complexo da Maré, Com-plexo do Alemão, Parada de Lucas, Vigário Geral e Vila Vintém), em parceria com a Secretaria Estadu-al de Educação. As ativi-dades são desenvolvidas com os alunos através de oficinas, dinâmicas e jo-gos, promovendo noções básicas de princípios e valores humanitários, tais como o respeito à vida e à dignidade humana.

A 13ª FLUMISUL – Fei-ra Internacional de Negó-c ios do Sul F luminense - vai acontecer entre os dias 26 e 30 de julho no Pa rque da C idade , em Barra Mansa, sendo, mais uma vez, um evento de ex-celência com o objetivo de oferecer oportunidade aos comerciantes e industriais e, por extensão, a todos os

mais diversos setores pro-dutivos e econômicos do Vale do Paraíba. Estarão reunidas, em estandes bem elaborados e distribuídos, empresas da região, da capital do estado e também de estados vizinhos, já que a loca l ização de nossa região é privilegiada, entre as principais cidades do Brasi l : Rio de Janeiro e

São Paulo.Aproveito a oportunida-

de para informar que pelo segundo ano consecutivo a Por Aqui será a revista oficial da feira, responsável pela elaboração da edição especial IMPRESSO FLU-MISUL 2011, com tiragem expressiva e que será dis-tribuída durante o evento. Nesta edição, as empresas

participantes da feira serão destacadas; lembrando que esta publicação também está aberta à empresas e entidades que não vão participar da FLUMISUL.

Para saber deta lhes sobre a part ic ipação da revista IMPRESSO FLU-MISUL 2011, informe-se através do e-mail [email protected]

nho, fez diversas tentativas de reanimação cardiopul-monar (RCP). A criança foi logo atendida com parada cardíaca e hospital izada com os cuidados médicos necessários. Hoje, está fora de perigo.

A emergência ocorreu no Complexo da Maré , durante uma das visitas fre-quentes da Cruz Vermelha

ao local, uma das comuni-dades do Rio de Janeiro onde o CICV desenvolve at iv idades humani tár ias desde 2008.

Os cursos de PSC, mi-nistrados em conjunto com a Cruz Vermelha Brasileira (CVB), são as primeiras atividades realizadas pelo CICV em comunidades ca-riocas a fim de reduzir as

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha realiza atividades no Rio desde 2008, em comunidades consideradas ‘zonas de vulnerabilidade social’

Foto: ©CICV/Patrícia Santos

Fonte: Comitê Internacional da Cruz Vermelha - www.cicr.org

consequências humanitárias da violência armada. Nes-ses cursos, são oferecidas noções básicas de socorris-mo para que os moradores possam atender as emer-gências nas comunidades.

Mais de 300 moradores se formaram em Noções Básicas de Primeiros So-corros nos ú l t imos dois anos. As aulas são minis-tradas por 80 instrutores formados nas instalações da CVB desde 2009 – dos quais 43 são moradores das comunidades.

São 20 horas de aula ao longo de quatro sábados. O curso ensina como agir em casos de perfurações por armas de fogo (PAF), aci-dentes domésticos, aciden-tes de trânsito, queimaduras e engasgo, entre outras situações. Essas técnicas básicas permitem que os residentes possam melhorar

os cuidados com a saúde e até mesmo salvar vidas, em casos de emergência.

Flumisul Bons negócios para o Sul do Estado

Diego RaffideDiretor Geral da revista

e agência Por Aqui

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