FOLHA EXTRA ED 1033 A

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QUINTA-FEIRA 10 DE OUTUBRO DE 2013 nº 1033, ANO 10 R$ 2,00 O aposentado José Savogin é um desses casos que provam que dom não vem com formação acadêmica ou instrução (embora o artista faça questão de res- saltar a falta que o ensino lhe fez). Um pouco pintor, um pouco desenhista, um pouco artista plástico e um pou- co até arquiteto e urbanista. Somando tudo: um artista nato. Dos caminhões construídos ainda na infância até telas premiadas, o autodidata Savogim é um ícone da arte no Norte Pioneiro. PÁGINA A6 - Por Lucas Aleixo JOSÉ SAVOGIN: A TRAJETÓRIA DE UM ARTISTA Secretaria da Agricultura fecha mais uma etapa do curso de piscicultura A secretaria municipal de Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e Turismo de Ibaiti, a prefeitura local, através do prefeito Roberto Regazzo, o Be- tão (PSB), em parceria com o Sistema Faep/Senar e Sindicato Rural Patronal de Ibaiti capacitaram mais turmas de produtores com o Curso de Piscicul- tura. O curso foi estendido também na Vila Guay, com a capacitação pro- movida no salão paroquial e a prática na propriedade do senhor Mauro An- tônio Santa Rosa. Braz assina convênio para pavimentar estradas rurais O prefeito de Arapoti, Braz Rizzi (DEM), assinou nesta terça-feira (8), convênio para pavimentação com pedras irre- gulares de seis quilômetros da estrada rural que dá acesso ao distrito Cerrado das Cinzas. A assinatura foi realizada no gabinete do secretário de Agricultura e Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, em Curitiba. As obras terão um investimento de R$ 900 mil e integram o programa Caminhos das Pedras, que é desenvolvido pela Seab e pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil). PÁGINA A3 Tela O Lixo é a preferida de Savogin e participou de exposições até em Foz do Iguaçu LUCAS ALEIXO - FOLHA EXTRA DIVULGAÇÃO PÁGINA A3 IBAITI Curso de Direito da UENP é o melhor do Paraná e o 2º do Brasil Professores destacam compromisso e comprometimento como segredo para estar no topo PÁGINA A4 Filhos da Terra

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A 1Q U I N T A - F E I R A , 1 0 D E O U T U B R O D E 2 0 1 3 - E D. 1 0 3 3

QUINTA-FEIRA

10 DE OUTUBRODE 2013

nº 1033, ANO 10R$ 2,00

O aposentado José Savogin é um desses casos que provam que dom não vem com formação acadêmica ou instrução (embora o artista faça questão de res-saltar a falta que o ensino lhe fez). Um pouco pintor, um pouco desenhista, um pouco artista plástico e um pou-co até arquiteto e urbanista. Somando tudo: um artista nato. Dos caminhões construídos ainda na infância até telas premiadas, o autodidata Savogim é um ícone da arte no Norte Pioneiro. PÁGINA A6 - Por Lucas Aleixo

José savogin: a traJetória de um artista

Secretaria da Agricultura fecha mais uma etapa do curso de piscicultura

A secretaria municipal de Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e Turismo de Ibaiti, a prefeitura local, através do prefeito Roberto Regazzo, o Be-tão (PSB), em parceria com o Sistema Faep/Senar e Sindicato Rural Patronal de Ibaiti capacitaram mais turmas de produtores com o Curso de Piscicul-tura. O curso foi estendido também na Vila Guay, com a capacitação pro-movida no salão paroquial e a prática na propriedade do senhor Mauro An-tônio Santa Rosa.

Braz assina convênio para pavimentar estradas ruraisO prefeito de Arapoti, Braz Rizzi (DEM), assinou nesta terça-feira (8), convênio para pavimentação com pedras irre-gulares de seis quilômetros da estrada rural que dá acesso ao distrito Cerrado das Cinzas. A assinatura foi realizada no gabinete do secretário de Agricultura e Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, em Curitiba. As obras terão um investimento de R$ 900 mil e integram o programa Caminhos das Pedras, que é desenvolvido pela Seab e pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil). PÁGINA A3

Tela O Lixo é a preferida de Savogin e participou de exposições até em Foz do Iguaçu

LUcAs ALEIxO - FOLhA ExTRA

DIvULgAçãO

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IBAITI

Curso de Direito da UENP é o melhor do Paraná e o 2º do BrasilProfessores destacam compromisso e comprometimento como segredo para estar no topo

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Filhos da terra

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comida caseira de sabor único

OPINIÃO

Tenho uma enorme dificuldade em começar o ano: o frenesim festivo angustia-me, não o en-tendo. Nunca consegui ser feliz por decreto, creio que é por isso que tenho menos queixas da vida do que o comum dos portugueses. Não tenho um temperamento enevoado nem cultivo o cepticismo desampara-do que serve de sedutor cenário ao pós-guerra da emancipação das mulheres: detesto gente lamurienta, gosto da festa quo-tidiana do amor e da alegria – por isso embirro com os rituais de festejo obrigatório: as doze passas (quem tem doze dese-jos assim tão organizadinhos e independentes?), o pé no ar, os abraços e beijos convencionais, o demônio das resmas de sms de pessoas que durante o resto do ano não querem saber se es-tou viva ou morta, tudo isso me dá cabo do juízo. E, sobretudo mata-me os bons sentimentos, o que é triste e nem sequer é fado. Não podemos candidatar os bons sentimentos a patrimônio imaterial da humanidade? Sem-pre serviam para alguma coisa, porque para a literatura parece que deixaram de servir assim que o Cervantes morreu, o que me faz pena.Assim, nesta passagem de ano, fugi para dentro do mundo de Clarice Lispector – um mundo de uma lucidez alucinante, que nos instiga a desbravar o tuta-no da vida. As frases de Clarice são relâmpagos que iluminam a mais bruta e profunda maté-ria do humano. Todos os seus livros são prodigiosos, no sen-tido literal: a cada releitura tra-zem novas descobertas – e, ao contrário do que tantas vezes se diz, não é necessário ser-se «in-telectual» para aceder a Clarice. É necessário, sim, ser-se uma coisa mais difícil: livre, como Clarice profundamente foi. Essa liberdade exige inocência, a capacidade de olhar para o já visto e já nomeado como se não o conhecêssemos. O dom da sua escrita é o de iluminar os objetos e os seres mais simples, interrogando-os para os enten-der, sem juízos prévios. A força da sua voz advém dessa inocên-cia inexpugnável, valente, ilimi-tadamente ousada. Releio Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres porque é o mais perfei-to e feliz livro que conheço so-bre a paixão como conhecimen-

to em crescendo e intensidade física que perdura – contra sé-culos de literatura que choram a sua tragédia e brevidade. Este romance não começa nem aca-ba: abre com uma vírgula e uma mulher excessivamente ocupa-da, termina com dois pontos depois dos quais Ulisses conti-nuaria a dizer a Loreley o que estava a pensar. Deste modo, Clarice diz-nos que a conver-sa íntima entre dois amantes é infinita e particular – e diz-nos simultaneamente que o que se segue será da nossa responsabi-lidade, será o nosso livro, o nos-so romance. Se todos podemos ser Ulisses e Loreley, cada um o será a seu modo – esta mistura de individualidade e impesso-alidade extremas é a pedra de toque da modernidade global e fragmentária em que vivemos, e é também a qualidade suprema da escrita de Clarice: tudo aqui-lo de que ela fala nos rasga as entranhas, por muito estranho que pareça – e nessa estranheza entranhada a nossa alegria e a nossa dor são também a desco-berta do mundo. A vírgula, acumulativa, digressi-va, buliçosa, sinaliza a mulher. Os dois pontos, defensivos, re-flexivos, narcísicos, sinalizam o homem. O que se passa duran-te o romance é a aproximação entre estes dois mundos, até à fusão. A relação entre Loreley e Ulisses faz-se de silêncios, espe-ras, um trajeto de noite e soli-dão em que tudo o que ambos sabiam antes de se encontrarem se transfigura e prepara para a sabedoria maior do amor. O erotismo cresce, página a pá-gina, de um modo sinfônico perfeitamente orquestrado, até esse clímax em que os amantes «se amaram tão profundamente que tiveram medo da própria grandeza deles». O que é raro e belo é que continuam ainda a amar-se, para lá da página e da pontuação. Em 2012, sei que Clarice estará ao meu lado, noite após noite, com o coração selvagem que nunca perdeu– e, afinal, só isso importa.

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meu modo de vida?Parece que o fazer, às vezes é tra-tado como da ordem do privado. Talvez porque o que se faz traz consigo uma espécie de denúncia da nossa posição no mundo que nunca será igual a do outro, é sempre passível de outra aborda-gem. É quase um se expor à reali-dade e correr o risco de frustrar e se decepcionar. Mas isto é o que chamamos de teste de realidade, de ir à cultura, é o que nos faz humanos diferentes e semelhan-tes, nunca iguais. Só nossa raça humana é igual! Portanto vamos fazer, criar, poetizar, sonhar, com-partilhar…Quero partir então do pensar so-bre o modo de vida humana e a necessidade última de um diag-nóstico para tudo, porém nem tudo tem diagnóstico. Modo de vida é uma maneira de ser no mundo, ou seja, configurações de afetos, de tempo, de lugar, das relações, percepções focais e genéricas que podem tomar um sujeito, um grupo, um coletivo dentro das composições que vão se desenhando as relações huma-nas, podemos chamar de socieda-des e comunidades. Hoje em dia para tudo se tem diagnóstico: se meu carro quebra o mecânico diz: “preciso fazer um diagnóstico do seu veículo, uma checagem”, vai fazer diagnóstico para consertar a torneira porque não sabemos porque não sai a água” e se é com nossa saúde, aí complica! Fiquei perguntando-me qual o valor, ne-cessidade, vontade, expectativas, consequências, desejo de buscar

enho ideias, mas que fa-zer com elas, partilhar, pensar alto, prosear, como fui inventando T

A questão do diagnóstico na vida

Por INÊS PEDROSA

o diagnóstico como uma verda-de ou será apenas um caminho?! Para que serve o diagnóstico? De onde veio isto? Da nossa cultura evoluída, mas compartimentada, que separa, categoriza, observa o fenômeno, experiência, qualifi-

Cronista

ca, quantifica e intervém quando é possível. A isto chamamos de modelo científico ou ciência. Está ligada a nossa capacidade humana de pensar, refletir, agir e evoluir. Não tem nada de errado nisto, só poderá ser um complicador quan-do ficamos nesta única posição. Vamos ver o verbete diagnose: co-nhecimento ou determinação de uma doença; termo da linguagem internacional, discernimento, exa-me. Vamos então para o verbete diagnóstico: capaz de ser discer-nível. Portanto definições abertas e fechadas.O diagnóstico na vida atual desa-fia os profissionais de saúde, do quotidiano, em vários níveis epis-temológicos, teóricos, técnico, in-vestigativo. Para uma elaboração adequada e sensível, o diagnós-tico que envolve a vida humana precisa ser deveras cuidadoso, pois entra em jogo a vida deste ser, de indivíduos ou grupos, por-tanto entendo como uma respon-sabilidade social. No contato com o ser humano precisamos desen-

volver nossa capacidade de distin-gui-lo como ser único, mas social, uma ação recíproca e dialéctica do interno e externo, da mente e corpo, considerando o problema, queixa, em seus aspectos multifa-cetados. Frente a um ser humano

complexo, não há uma coisa a ser feita, tratada, diagnosticada, medi-cada, mas muitas… nossa tarefa (profissionais) é mudar a manei-ra de pensar, falar e agir nestes sofrimentos humanos que apare-cem nesta realidade que insere a subjetividade humana. Portanto, é pensar de que maneira aquilo que aprendemos com as experiências anteriores possa ser útil, sensível e eficiente a fim de que possamos intervir no cenário atual. A Psica-nálise durante estes cem anos tem contemplado estes estados de sofrimento humano e redimen-sionou as formas de continência e cuidados. Dizemos em Psicanálise que ela a teoria não está com pro-blemas, seu corpo teórico tem se desenvolvido, que são os analistas que estão com dificuldades de re-aliza-la na prática do quotidiano. Hoje tenho dúvidas sobre isso. Apesar dos avanços da psicanálise talvez ela precise transgredir ela própria e encontrar novos para-digmas! Na sociedade pós-moder-na, caracterizada pela cultura do

narcisismo e pela sociedade do espetáculo, temos “um modelo de subjetividade em que se silenciam as possibilidades de reinvenção do sujeito e do mundo”. Na cul-tura do narcisismo e na sociedade do espetáculo, a fragmentação da

subjetividade leva ao paradoxo en-tre “autocentramento” e exteriori-dade. Trata-se de uma nova forma de subjetivação, por meio da qual são criadas outras modalidades de subjetivação na atualidade, o que constitui o fundamento da atual psicopatologia e portando diag-nósticos. Caímos na hegemonia da aparência, parece que ficou curado, que resolveu os proble-mas, etc.… Curar na linguagem psicológica, quer dizer “capacida-de de cuidar-se de ter cuidado”, portanto muito diferente no que entendemos no cotidiano, na me-dicina! A única coisa que sabemos é que o homem continua em seu sofrimento, a maneira pela qual aparece sua dor de crescimento ou adoecimento é que precisamos entender neste contexto histórico chamada de sociedade da infor-mação e do espetáculo narcísico.

Fiquei perguntando-me qual o valor, necessidade, vontade, expectativas, consequências, desejo de buscar o diagnóstico como uma verdade ou será apenas um caminho?! Para que serve o diagnóstico? De onde veio isto? Da nossa cultura evoluída, mas compartimentada, que separa, categoriza, observa o fenômeno, experiência, qualifica, quantifica e intervém quando é possível.

espaço considerável nas mentes e nas ações das pessoas. Em tempo algum foi feita referência de sua inexistência em qualquer socieda-de. O que existe mesmo é apenas a presença de indivíduo ou grupo de pessoas pacatas, passivas, evi-denciando aqueles que controlam suas emoções, apesar dos desafios. Ela deve ser continuamente con-testada, constantemente prevenida e se necessária, usar da repressão de toda ordem para barrar sua dis-persão ainda in-loco. Como não se consegue extingui-la, minimizar em números aceitáveis é sempre cogente, porém, deve ser avaliada judicialmente para que essa vio-lência não se propague pela via da impunidade. Ela acompanha a humanidade continuamente des-de as suas rudimentares práticas entre as tribos, em razão da então existência do homem no meio na-tural, lá nos seus primórdios, razão da luta pela sobrevivência. Mesmo assim, não se pode mais aceitá-la como uma qualidade intrínseca da pessoa humana no atual estágio da civilização, pois as sociedades, nos mais diversos continentes do globo terrestre já superaram inúmeros desafios, minimizando as batalhas, as guerras e as contendas menores, como tal, a nossa violência deve ter seu enfoque trabalhado nas suas mais diferentes diversidades, assim, visando alcançar para que se torne apenas atávica, pois ainda não se alcançou a mutação desse instinto num fator notadamente recessivo. O domínio do DNA, os

violência em si é abo-minável, mas ela existe e persiste em todas as sociedades ocupando

A

Violência, um diagnóstico de difícil terapiaPor MANOEL DAMASCENO

transgênicos, a utilização da célula-mãe, as células tronco, a clonagem, a medicina de transplante, o co-nhecimento do código genético, a biotecnologia, a análise do ge-noma, etc, nada disso ainda não conseguiu alcançar uma mutação no elemento humano em minimi-zar o fator violência que existe no seu âmago. Apesar do esforço da ciência isso não vem se mostrando reversível, pois os atos de violên-cia vêm se tornando dominantes mesmo entre aqueles indivíduos que conquistaram cultura, gozam de poder econômico e estabelece-ram notória projeção social. Há até quem pratique violência contra a vida justificando que foi por amor. Se o seu ato criminoso não fosse por amor, certamente cometeria um genocídio.Mas os métodos e estratégias dos aparelhos policiais, nem o arqué-tipo político e nem a cegueira da justiça, mesmo tudo isso em con-junto, não estão mostrando efici-ência na inversão da tendência da abjeta violência praticada por um indivíduo ou por grupos, na moda-lidade de ação ou por uma passiva omissão. Enquanto isso, a violência se propaga por todos os campos da existência em todos os segmentos humanos. Hoje a violência difere em muito da violência quase ani-mal que então era praticada pelos nossos ancestrais como forma de sobrevivência. Modernamente a totalidade dos atos violentos obe-dece a um planejamento, na forma de crime organizado ou planejado. Sendo a violência um fato mutável e em ascensão, observando a sua tendência, consultando a curva das estatísticas e as suas diversas moda-

lidades e tendência é provável que se possa estabelecer uma previsão da elevação do seu índice, da sua evolução e da sua propagação, no tempo e no espaço, logo, também se poderá criar as estratégia de con-trole e de prevenção, progressivas.Como não se consegue inverter a violência, há de se aproveitar esta defasagem humana para se encon-trar uma aplicação para cada tipo identificado e isolado dos índices dessas agressões. Como essa vio-lência poderia ser aproveitada e utilizada para o benefício de todos? Eis uma nova indagação. Após diag-nosticar a incidência, seus autores, a finalidade de cada abuso, é pro-vável que no atua estágio da huma-nidade que se possa prescrever um tratamento com uma medicação tó-pica ou uma cirurgia invasiva, po-rém, sempre com uma terapia in-

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dividualizada, pois os motivos que levam aos diversos tipos de violên-cia não são sempre os mesmos, como assim são diferenciados os encaminhamentos dos fatos da fe-rocidade de cada indivíduo ou gru-po. Precisamos avaliar e enquadrar as diversidades violentas, conhecê-las profundamente e condensa-las em laboratório e submetê-las às diversas reações até encontrar a equação social que mais se identi-fique com as motivações.

CHARGE DA EXTRA

No escuro, com Clarice

Escritor do Recanto das Letras

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Por MARINA S. RODRIGUES ALMEIDAPsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga, Consultora em Educação Inclusiva

CRÔNICA

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A 3Q U I N T A - F E I R A , 1 0 D E O U T U B R O D E 2 0 1 3 - E D. 1 0 3 3 VIDA PUBLICA

A secretaria municipal de Agri-cultura, Pecuária, Meio Ambiente e Turismo de Ibaiti, a prefeitura local, através do prefeito Roberto Regazzo, o Betão (PSB), em par-ceria com o Sistema Faep/Senar e Sindicato Rural Patronal de Ibaiti capacitaram mais turmas de pro-dutores com o Curso de Piscicul-

Secretaria da Agricultura fecha mais uma etapa do curso de piscicultura

tura. Ministrado pela engenheira do SENAR Janete Armstrong, o curso contou com a parte teóri-ca, realizada no Sindicato Patro-nal e a parte prática realizada em diversas propriedades, entre elas Chigueto, Pesqueiro Lago Azul, entre outros. O curso foi estendi-do também na Vila Guay, com a capacitação promovida no salão paroquial e a prática na proprie-dade do senhor Mauro Antônio Santa Rosa. O objetivo da capacitação foi de fornecer aos piscicultores dire-trizes para que estejam aptos a participar do Programa de Incen-

tivo a Piscicultura, do Ministério da Pesca e Aquicultura em par-ceria com a prefeitura de Ibaiti. Foram abordando os aspectos técnicos e comerciais. O conteú-do programático incluiu situação atual da piscicultura; sistemas de criação de peixes, sistemas intensivos e produtivos, princí-pios de construção de viveiros e represas, espécies de peixes; qualidade de água; controles; e mercado. Na parte prática, foram mostrados aspectos básicos de manejo e medição de qualidade de água.De acordo com o técnico agro-

pecuário Jeferson Roberto Qui-queto. “Estamos aguardando agendamento para marcarmos os próximos cursos de piscicul-tura”, disse, aproveitando para agradecer a todos os pesqueiros e produtores que cederam toda estrutura de suas propriedades para a realização da parte práti-ca.A equipe da secretaria da Agri-cultura, juntamente com os pro-dutores agradecem o apoio do prefeito Beto Regazzo, que tem se empenhado em promover uma melhor qualidade de vida aos agricultores familiares.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, admitiu nesta quarta-feira (9) que pode decretar a prisão dos conde-nados no julgamento do mensalão assim que o processo transitar em julgado, o que para alguns dos réus deve ocorrer ainda neste mês. A de-claração ocorre no mesmo dia em que o Supremo divulgou a ementa do acórdão dos primeiros recursos apresentados.“Um dia vai ocorrer. Quem decide é o colegiado, mas essa é a tradição do tribunal (decretar a prisão após o trânsito em julgado)”, disse Bar-bosa antes da sessão plenária do STF.Barbosa afirmou que a Corte deve julgar ainda em outubro os segun-dos embargos de declaração. Como o acórdão deve ser divulgado na

sua íntegra hoje, o prazo para a apresentação de novos recursos se inicia na sexta-feira. A partir de en-tão, as defesas terão cinco dias para apresentar os segundos embargos de declaração e 30 dias para os em-bargos infringentes.No caso dos embargos de declara-ção, todos os 25 condenados po-derão apresentar novos recursos. Como eles servem apenas para sanar eventuais omissões, contra-dições ou obscuridades durante o julgamento e não têm poder de alterar as condenações, o Supremo poderá decretar, então, o trânsito em julgado logo após a sua análi-se. Entram nesse caso réus como os deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT).Para outros 12 condenados, no en-tanto, a definição sobre o pedido de prisão ainda terá de aguardar o julgamento dos infringentes. É o caso do ex-ministro José Dirceu, dos deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), além do operador do mensalão, o empresário Marcos Valério. Será um julgamento diferente, ainda sem data para ocorrer, uma vez que o novo relator, o ministro Luiz Fux, ainda terá de analisar o caso.

Barbosa admite prisão de mensaleiros ainda este ano

DA ASSESSORIAIbaiti

O prefeito de Arapoti, Braz Rizzi (DEM), assinou nesta terça-feira (8), convênio para pavimentação com pedras irregulares de seis quilômetros da estrada rural que dá acesso ao distrito Cerrado das Cinzas. A assinatura foi rea-lizada no gabinete do secretário de Agricultura e Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, em Curitiba. As obras terão um in-vestimento de R$ 900 mil e inte-gram o programa Caminhos das Pedras, que é desenvolvido pela Seab e pela Secretaria de Esta-do de Infraestrutura e Logística (Seil).O deputado Plauto Miró (DEM), 1º secretário da Assembleia Le-gislativa, que reivindicou a obra

junto ao Governo do Estado, destacou a importância do proje-to. “A pavimentação com pedras irregulares ajuda a melhorar e conservar as estradas rurais. É uma excelente ação que traz be-nefícios para todos e melhora a qualidade de vida dos paranaen-ses”, disse.

Rizzi explicou que a obra trará muitos benefícios para a região. “A estrada que leva ao Cerrado das Cinzas começa na PR-092 e tem um tráfego intenso. O calça-mento melhorará a vida dos pe-quenos agricultores que vivem na região e também de estudan-tes que frequentam as duas esco-las da localidade”.Ortigara lembrou que a agri-cultura paranaense é mantida principalmente por pequenos e médios agricultores e que a pa-vimentação e manutenção das estradas permitem o transporte de insumos e o escoamento da produção de forma adequada.

DA ASSESSORIAArapoti

Braz assina convênio para pavimentar estradas ruraisAs obras terão um investimento de R$ 900 mil e integram o programa Caminhos das Pedras, que é desenvolvido pela Seab e pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil).

DIvULgAçãO

Prefeito Rizzi em Curitiba

DAS AGÊNCIAS

Capacitação teve aulas teóricas e práticas

IBAITI

DIvULgAçãO

Presidente da STF, Joaquim Barbosa

DIvULgAçãO

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A 4Q U I N T A - F E I R A , 1 0 D E O U T U B R O D E 2 0 1 3 - E D. 1 0 3 3 CIDADES

Professores destacam compromisso e comprometimento como segredo para estar no topo

COLUNA DA PÁGINA

SUSTENTABILIDADE

As novas fábricas do setor auto-mobilístico irão criar mais 3.000 empregos diretos no Paraná. Os investimentos anunciados pelas montadoras Audi e Volkswagen, e as unidades da Paccar/DAF e da Sumitomo, que já estão em pro-dução, somam R$ 2,2 bilhões. Os empreendimentos foram be-neficiados pelo programa Paraná Competitivo, do governo estadual.

O governador Beto Richa (PSDB) afirma que a criação de empregos é o resultado mais almejado pela política de industrialização adota-da pelo governo estadual. “Nosso governo tem como foco as pesso-as. O esforço feito para fortalecer a economia e disseminar o desen-volvimento é para melhorar cada vez mais as condições de vida da população”, diz Richa. “É impor-tante ressaltar que os jovens e trabalhadores têm de fazer a sua parte para aproveitar as oportuni-dades, buscando a qualificação”,

afirma o governador. A criação das novas vagas indus-triais gera um estímulo nas eco-nomias locais, aumentando tanto a poupança como o consumo. "Os novos empregos multiplicam o fluxo da renda. Em média, o sa-lário do empregado da indústria é 40% superior ao dos setores de comércio e serviço", afirma pre-sidente Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) Gilmar Mendes Lourenço. "O emprego industrial ativa o cir-

cuito de negócios e aumenta a capacidade de investimentos da região, na medida em que uma boa parte do dos salários vira poupança", acrescenta Louren-ço.Estudos técnicos apontam que para cada emprego direto criado no setor automobilístico, outros dez são gerados indiretamente, nas fornecedoras de peças e in-sumos, e também por meio do efeito renda (consumo privado do salário do trabalhador indus-trial).

AEN

O que é um projeto sustentável?Hoje os edifícios são os principais responsáveis pelos impactos causados à natureza, pois consomem mais da metade de toda a energia usada nos países desen-volvidos e produzem mais da metade de todos os ga-ses que vem modificando o clima.O projeto de arquitetura sustentável contesta a idéia do edifício como obra de arte e o compreende como parte do habitat vivo, estreitamente ligado ao sítio, à sociedade, ao clima, a região e ao planeta. Se com-promete a difundir maneiras de construir com menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais, sem con-tudo, ser inviável economicamente.A elaboração de um projeto de arquitetura na busca por uma maior sustentabilidade deve considerar todo o ciclo de vida da edificação, incluindo seu uso, ma-nutenção e sua reciclagem ou demolição. O caminho para a sustentabilidade não é único e muito menos possui receitas, e sim depende do conhecimento e da criatividade de cada parte envolvida.“É extremamente importante que o profissional tenha em mente que todas as soluções encontradas não são perfeitas, sendo apenas uma tentativa de busca em direção a uma arquitetura mais sustentável. Com o avanço tecnológico sempre surgirão novas soluções mais eficientes.” ( YEANG,1999)

PRINCíPIOS BáSICOS QUE DEVEM NORTEAR O PROJETO:- Avaliação do impacto sobre o meio em toda e qual-quer decisão, buscando evitar danos ao meio ambien-te, considerando o ar, a água, o solo, a flora, a fauna e o ecossistema;- Implantação e análise do entorno;- Seleção de materiais atóxicos, recicláveis e reutilizá-veis;- Minimização e redução de resíduos;- Valorização da inteligência nas edificações para oti-mizar o uso;- Promoção da eficiência energética com ênfase em fontes alternativas;- Redução do consumo de água;- Promoção da qualidade ambiental interna;- Uso de arquitetura bioclimática.

CONSTRUçãO SUSTENTáVEL CUSTA MAIS CARO?A adoção de soluções ambientalmente sustentáveis na construção não acarreta em um aumento de preço, principalmente quando adotadas durante as fases de concepção do projeto. Em alguns casos, podem atére-duzir custos. Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas ambientalmente sustentáveis em um edifício verde gere um custo cerca de 5% maior do que um edifício convencional, sua utilização pode re-presentar uma economia de 30% de recursos, durante o uso e ocupação do imóvel.Um sistema de aquecimento solar, por exemplo, se instalado em boas condições de orientação das placas, pode ser pago, pela economia que gera, em apenas um ano de uso. Edifícios que empregam sistema de reuso de água (a água dos chuveiros e lavatórios, após tratamento, volta para abastecer os sanitários e as tor-neiras das áreas comuns) podem ter uma economia de água da ordem de 35%. Por princípio, a viabilidade econômica é uma das três condições para a sustenta-bilidade.

CENáRIO DA CONSTRUçãO CIVIL E CONCEITO DE CONSTRUçãO SUSTENTáVELAs cidades e seu metabolismo são as grandes respon-sáveis pelo consumo de materiais, água e energia, sen-do assim razoável pensar que, em um futuro próximo, continuarão a produzir grandes impactos negativos sobre o meio natural.Muitos destes impactos negativos são gerados pelo setor da construção civil, que responde por 40% do consumo mundial de energia e por 16% da água uti-lizada no mundo. De acordo com dados do Worldwa-tch Institute, a construção de edifícios consome 40% das pedras e areia utilizados no mundo por ano, além de ser responsável por 25% da extração de madeira anualmente. É natural que a sustentabilidade assuma, gradualmente, uma posição de cada vez mais impor-tância neste cenário.O conceito de Construção Sustentável baseia-se no desenvolvimento de modelos que permitam à cons-trução civil enfrentar e propor soluções aos principais problemas ambientais de nossa época, sem renunciar à moderna tecnologia e a criação de edificações que atendam as necessidades de seus usuários.

Novas fábricas do setor automotivo abrem mais três mil empregos no Paraná

O curso de Direito do Centro de Ci-ências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus Jacarezinho, alcançou nota 5 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A nota máxima na avalia-ção comprova a excelência da qua-lidade do ensino e destaca o curso da UENP como referência nacional. Os dados do Enade de 2012, divul-gados na segunda-feira (07), pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Tei-xeira), indicam ainda que o curso de Direito da Instituição ficou em 2º lu-gar na classificação geral do Brasil e 1º lugar do Paraná.

Os conceitos 5 no Enade nas três avaliações das quais participou o cur-so de Direito da UENP (2006, 2009 e 2012) são antecedidas por oito conceitos “A” consecutivos do provão do MEC. Além disso, o curso possui três selos de excelência de qualida-de da OAB Federal e índice sempre superior a 50 % de aprovação na Or-dem. O diretor do CCSA, professor-mestre Allaymer Ronaldo Régis dos Bernardos Bonesso, lembra que a conquista do presente é resultado de um trabalho feito com compromisso por todos. “Parabenizo alunos, pro-fessores e funcionários por mais esta conquista de nosso Centro de Estu-dos que tem se destacado sempre pela excelência no ensino, com reco-nhecimento nacional. Isso é sempre grande motivo de orgulho para todos nós”. O coordenador do curso, professor-doutor Sérgio Vaz, partilha a satisfa-ção ao saber do resultado e destaca que “Isso se deve ao comprometi-mento dos alunos, dos professores e

de todos que lutam pelo desenvol-vimento da Universidade”. O profes-sor ressalta ainda que o nível de ex-celência tem sido alcançado também pela seleção dos alunos no vestibular da Universidade. “Nossos estudantes apresentam um nível muito bom de aproveitamento e a frequência às aulas, que é maciça, ajuda com que esse desenvolvimento seja eficiente e eficaz”.O reitor em exercício da UENP, pro-fessor-doutor Rinaldo Bernardelli Ju-nior, parabeniza mais esta conquista do curso de Direito que se mantém há mais de 40 anos como um curso de excelência no Brasil. “Seriedade, compromisso, comprometimento são, certamente, valores que leva-ram o curso de Direito da UENP ao lugar que ocupa entre os melhores cursos do Brasil. Parabenizo a todos os envolvidos nesta conquista, pois não se chega ao topo sem grandes esforços e muito trabalho. Esse cur-so é um orgulho para UENP”, enalte-ce Rinaldo.

DA ASSESSORIAJacarezinho

Curso de Direito da UENP é o melhor do Paraná e o 2º do Brasil

Programa Paraná Competitivo ajudou na atração de novos investimentos

ENADEParticiparam do exame, realizado no dia 25 de novembro de 2012, 65 estudantes do último ano do cur-so de Direito da UENP. A prova foi composta de questões objetivas e discursivas, de formação geral e de componente específico. A nota dos estudantes no Enade influencia no índice que mede a qualidade dos cursos, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), sendo ainda calculados para a nota final titulação e regi-me de trabalho dos professores, organização didático-pedagógica e infraestrutura da instituição. Como no Enade, a gradação do CPC varia entre 1 e 5.O objetivo do ENADE é avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáti-cos, o desenvolvimento de compe-tências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualiza-ção dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

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Campus de Direito da UENP fica em Jacarezinho

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A 5Q U I N T A - F E I R A , 1 0 D E O U T U B R O D E 2 0 1 3 - E D. 1 0 3 3 OCORRÊNCIASCOLUNA DA PÁGINAOCORRÊNCIAS

COLUNA DA PÁGINA

RAPIDINHAS

ESPORTES

Nadal vence ucranianoAlexandr Dolgopolov foi o primeiro a enfrentar Ra-fael Nadal de volta à condição oficial de número 1 do mundo, na segunda rodada do Masters 1.000 de Xangai. O 34º do ranking da ATP jogou de igual para igual com o espanhol no começo do jogo des-ta quarta-feira, mas não foi páreo para a grande su-perioridade do Touro Miúra. O melhor tenista da temporada obteve três quebras consecutivas, abriu ampla vantagem e se classificou para as oitavas de final com as parciais de 6/3 e 6/2, em 58 minutos. O argentino Carlos Berlocq (#44), que derrotou o americano John Isner (#13) por 6/4 e 7/6(4), será o próximo oponente em solo chinês, nesta quinta.

Polícia Militar apreende Cocaína em Jacarezinho

Policiais Militares realizaram a prisão de um rapaz de 19 anos e apreensão de um menor (14 anos), ambos acusados de tráfico de drogas, na noite desta segunda-feira (07) em Jacarezinho.Em pesquisa sobre o tráfico de drogas, os PMs se depararam com quatro suspeitos saindo de uma residência, que tentaram fugir ao verem a viatura policial, mas dois deles foram detidos.Na casa em que estavam os rapazes, os PMs en-contraram 180 buchas de maconha, 79 papelo-tes de cocaína, 01 balança de precisão, além de documentos e um depósito bancário no valor de R$1.200,00.Os dois indivíduos que fugiram foram identi-ficados e, segundo os detidos, eles residem em Londrina. O maior recebeu voz de prisão e, junta-mente com o menor infrator, foi encaminhado à delegacia polícia de Jacarezinho. NP AGORA

DAS AGÊNCIAS

Sete jogos depois, o Coritiba vol-tou a sentir o gosto da vitória. Nes-ta quarta-feira, no Couto Pereira, a equipe alviverde derrotou o Santos por 1 a 0, gol marcado por Júlio Cé-sar, e se reabilitou no Campeonato Brasileiro. O time paranaense não sabia o que era um triunfo desde que superou o São Paulo por 2 a 0 no mesmo estádio em 8 de setem-bro. Desde então, viu a contratação do técnico Péricles Chamusca, que saboreia seus primeiros três pon-tos.A fase complicada fez com que o Coritiba despencasse na tabela. Se no começo do Brasileiro a equipe alviverde brigou para permanecer no G-4, atualmente a zona do re-baixamento era uma realidade mais próxima. Com o triunfo desta quar-ta, o time de Chamusca chega a 34 pontos e abre vantagem de cinco em relação ao Criciúma, que está em 17º colocado.Enquanto o Coritiba assume a 14ª posição, o Santos fica em oitavo, com 36 pontos, e vê a disputa pelo

G-4 mais distante. O time paulista acumula sua segunda derrota se-guida - ambas como visitante, sen-do que a anterior foi 3 a 0 contra a Portuguesa - e tenta a recuperação em partida contra a Ponte Preta, no Pacaembu, no próximo sábado, às 21h.Já o Coritiba tem desafio duro na próxima rodada. Também no sába-do, às 18h30, o time paranaense visitará o Vitória de Ney Franco no Barradão para tentar firmar sua rea-bilitação no Brasileiro.O Coritiba foi dono do primeiro tempo, trocando passes em seu campo de ataque e pressionando a defesa santista desde os primeiros minutos. Logo aos 2min, Alex teve chance de abrir o placar em cabeça-da, mas Aranha fez a defesa. O meia buscava bastante o jogo e contava com a movimentação de seus com-panheiros de frente para envolver a marcação adversária.O Santos tentava ameaçar em con-tra-ataques, mas tinha pouca pro-dutividade. Cícero era o único joga-dor que criava algum perigo, como aos 26min, em que bateu falta de longe e obrigou o goleiro Vander-lei a espalmar a bola por cima do gol. A resposta do Coritiba saiu aos 34min, quando Júlio César surgiu

pela direita e acertou o travessão de Aranha.Depois do intervalo, o time da casa seguiu melhor e apostava nos avanços pelas alas para pressionar o Santos. Vendo que o time não res-pondia, Claudinei Oliveira sacou o nulo Everton Costa para a entrada do jovem Neílton. O Coritiba, en-tretanto, não esperou o visitante melhorar e abriu o placar. Aos 17min, Victor Ferraz cruzou pela direita e encontrou Júlio César do

outro lado, que completou para o fundo das redes.Mesmo com a desvantagem no pla-car, o Santos não foi capaz de assu-mir o controle do jogo para tentar a reação. O Coritiba ainda era mais contundente, e nem as entradas de Giva e Pedro Castro mudaram o cenário para a equipe visitante. Os paulistas ainda tiveram chance de igualar o placar em cobrança de falta aos 44min, mas a equipe não soube aproveitar.

Brasil vence Egito em mundial Sub-23Depois de uma noite de tensão, outra de calmaria. Bem diferente do duelo da véspera contra a Argen-tina, o Brasil não deu margem para o Egito gostar do jogo. Mesmo sem Lucarelli, poupado, a seleção imprimiu um ritmo forte desde o princípio e contou com ótimas atuações de Matheus e Lucas Loh para selar a vitória arrasadora. Em apenas 51 minutos, o time verde-amarelo fechou o placar em 3 sets a 0, com parciais de 21/9, 21/15 e 21/16.

Coritiba supera Santos e encerra jejum de vitórias no Brasileiro

O coronel César Vinicius Kogut, atualmente no 2º. Comando Regio-nal da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região Norte do Estado, é o novo comandante da corporação no Paraná. O anún-cio oficial foi feito pelo governo do Estado nesta quarta-feira (9). Kogut assume a função em substi-tuição ao coronel Roberson Bon-daruk, que pediu afastamento do cargo por razões particulares.O secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, afirmou que o coro-nel Bondaruk cumpriu um impor-tante papel no comando da PM. “O

governo entende que deve haver uma transição no comando da PM depois de dois anos de excelentes serviços prestados pelo coronel Bondaruk - que vive um momen-to pessoal muito peculiar - e que

essas mudanças fazem parte do cotidiano de toda e qualquer ins-tituição”, afirmou o secretário. Coronel Kogut estava a frente do 2º Comando Regional desde de-zembro de 2012. Antes disso, foi

corregedor e diretor de Ensino da PM. Tem 34 anos na corporação e também foi comandante do 8º Batalhão da PM (Paranavaí); 10 º Batalhão da PM (Apucarana) e 5º Batalhão da PM (Londrina).

DAS AGÊNCIAS

PM do Paraná tem novo comandanteO anúncio oficial foi feito pelo governo do Estado nesta quarta-feira (9). Kogut assume a função em substituição ao coronel Roberson Bondaruk, que pediu afastamento do cargo por razões particulares

Coronel César Vinicius Kogut

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A 6Q U I N T A - F E I R A , 1 0 D E O U T U B R O D E 2 0 1 3 - E D. 1 0 3 3 DESTAQUE

José Savogin seria mais um cida-dão aposentado normal como qualquer outro de Wenceslau Braz se não fosse por um dife-rencial: a arte. Humilde, pacato, fala serena, pregador de princípios fami-liares e de honestidade. Tudo

o talento e simplicidade

de José savogin

muito próximo a quem que já passou da casa dos 70 anos com bom caráter e boa índole. Mas a arte deste ex-bancário e ex-comerciante o torna uma figura especial entre os demais. Artista nato, sequer sem ter mui-to estudo regular, quanto mais uma instrução propriamente da arte. O que sabe, aprendeu sozi-nho, seja observando, seja tiran-do de livros ou revistas. O começo da história entre José Savogin e a arte remete à sua infância, parte no município de Andirá, parte no município de Apucarana. De família humil-de, não tinha condições de ter

brinquedos comprados e aí a solução foi simples: construir os próprios. Começou com carrinhos, passou para caminhões e até trens Savo-gin fabricou usando madeiras e as ferramentas do pai – isso no auge dos sete para oito anos de idade. “Como a gente não tinha condição de comprar um brin-quedo, eu via as outras crianças com carrinhos e então tentava construir os meus próprios. No começo não ficavam tão bons, mas depois fui aprimorando, inclusive até vendia eles”, relem-bra, visivelmente emocionado com as lembranças que parecem

tão claras e próximas. “Depois nos mudamos para um lugar bem próximo de uma estação ferroviária, e aí que eu comecei a fazer pequenos trens também”.A primeira grande obra do apo-sentado, de acordo com sua própria auto avaliação, foi com 11 anos. “Uma vez parou um ca-minhão perto de casa e eu entrei por baixo para ver como era e poder fazer igual mesmo, e en-tão fiz em detalhes com chassi, carroceria, molas e suspensão, rodas, tudo certinho e realmente igual a um caminhão de verda-de”, conta orgulhoso.Infelizmente a primeira obra de arte de Savogin teve um final trá-gico. “Quando eu fiz 13 anos co-mecei a ter vergonha de brincar de carrinho, então guardei esse caminhão embaixo do assoalho de casa, mas um dia quando eu fui procurar ele tinha sumido. Infelizmente roubaram, mas de qualquer forma eu não teria a consciência de guardar e com certeza eu não teria ele até hoje”. Os desenhos também já faziam parte do gosto do artista, que sempre tentava reproduzir aqui-lo que observava a sua volta. “Sempre gostei de desenhar. Certa época eu trabalhava em um açougue do meu avô e quan-do não tinha movimento meu passatempo era ficar desenhan-do. Também fazia todos os traba-lhos de desenhos da escola dos meus irmãos, primos e amigos. Já desenhava o Santos Dumont e o Dom Pedro de olhos fechados, de tantas vezes que fiz esses de-senhos para a escola”, brinca. Aos 16 anos Savogin começou a trabalhar no extinto Banco Co-mercial e aí teve oportunidade de poder estudar mais a respei-to da arte, comprando revistas e livros. Aos 19 anos comprou a primeira tela, tintas e pincel para finalmente pintar um quadro. “Comprei tudo em Ourinhos e peguei carona com um cami-nhão para Andirá. Naquela época era normal, todo mundo andava de carona. E conversando com o caminhoneiro, distraído, desci na minha cidade e esqueci tudo que eu tinha comprado no cami-nhão. Perdi tudo”, conta. “Mas não fiquei chateado não. Pouco tempo depois comprei tudo de novo e aí sim comecei a pintar”Nas primeiras telas o artista con-ta que a dificuldade foi grande,

LUCAS ALEIXOWenceslau Braz

Savogin ao lado de sua tela O Lixo e duas obras em madeira

Jogadores de Tomazina postam fotos em redes sociais com as lesões sofridas no jogo

Autodidata, o aposentado morador de Wenceslau

Braz tem na arte uma companheira da vida toda

em virtude de pouquíssimo co-nhecimento teórico que tinha na época. “Fazia uns borrões, tinha muita dificuldade até para fazer uma paisagem, que é o mais simples. Com o tempo deu para melhorar, aprender algumas técnicas, mas até hoje tenho di-ficuldade”, afirma com extrema humildade, já que além de ter o talento reconhecido ainda le-cionou para dezenas de pessoas durante todos estes anos. Das telas de Savogin duas ganha-ram projeção: O Lixo e Amor em Chamas, porém a primeira é a preferida do artista. “O Lixo eu fiz em 1977 e foi uma criação minha. Estava cansado de ape-nas copiar coisas e queria uma criação própria. Então estava an-dando em Andirá e vi um terreno baldio onde era depositado lixo. Depois fui para o fundo da mi-nha casa e tentei visualizar algo do tipo. E veio a inspiração e eu comecei a pintar”. Esta obra ainda conseguiu, além

Pinto porque gosto, não para ga-nhar dinheiro ou ser premiado”, destaca o artista. Outro trabalho que Savogin gos-ta é a pintura de uma cidade ima-ginária criada por ele, sem copiar nada de ninguém, mesclando um “lado arquiteto e urbanista” do artista. “Eu gostaria de ver esse trabalho exposto para alu-nos de cursos como engenharia ou coisas do tipo, apenas para ver o que diriam. É algo que eu comecei muito antigamente, e recentemente dei continuidade, e que eu gosto bastante”.Tanto que gosta que algumas das edificações pintadas por ele nes-te trabalho, como uma biblioteca em forma de livro e prédios com formatos diferentes do trivial, mereceram ser reproduzidos em esculturas de madeira. Atualmente o artista continua pintando, inclusive sob enco-menda. “Claro que agora tenho um ritmo mais calmo, mas con-tinuo fazendo minhas telas. Sem-

FOTOs: LUcAs ALEIxO - FOLhA ExTRA

Filhos da terra

do reconhecimento, render uma história cômica para seu cria-dor. “Houve uma exposição em Foz do Iguaçu e eu inscrevi três obras, sendo que duas delas fo-ram selecionadas entre mais de 900 inscritas. E saiu no jornal O Estado do Paraná que essa tela (O Lixo) tinha sido uma das premiadas. Quando eu cheguei lá em Foz descobri que ela não havia sido premiada, mas o jor-nalista responsável por cobrir o evento ficou tão indignado por ela não ser escolhida que brigou com os organizadores da exposi-ção e colocou no jornal que ela havia sido premiada”, conta en-tre sorrisos. Já a tela Amor em Chamas aca-bou premiada (de verdade) em uma exposição em Jaguariaíva, após concorrer com mais de 600 obras. “Eu fico feliz de ter um trabalho premiado, mas nun-ca me baseei nisso para pintar.

pre recebo encomendas para pintar casas antigas ou pessoas e vou fazendo”.Savogin estima ter pintado entre 160 a 180 telas e mostra alguma frustração – ainda que pequena – por não ter estudado mais, tan-to no ensino regular quanto na própria arte. “Talvez se eu esti-vesse estudado mais tivesse algu-ma chance como artista. Eu sem-pre quis ser um artista, mas sabia que para alguém no interior e com pouquíssimas condições fi-nanceiras era muito complicado, quase impossível. Mas também não tenho do que reclamar”. Para o futuro o artista ainda pro-jeta uma grande exposição com suas obras. “Fiz uma exposição só com minhas obras em 1998, apesar de ter participado de vá-rias exposições, mas acho que já está na hora de fazer outra até para incentivar quem gosta de arte”.

Como a gente não tinha condição de comprar um brinquedo, eu via as outras crianças com carrinhos e então tentava construir os meus próprios. No começo não ficavam tão bons, mas depois fui aprimorando, inclusive até vendia eles”