Folha da Ufersa - Edição 10

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AV .FRANCISCO MOTA, 572 BAIRRO COSTA E SILVA MOSSORÓ-RN | CEP: 59.625-900 F OLHA DA UFERSA PRODUZIDO PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA www.ufersa.edu.br Com quatro pavimentos, a Ufersa constrói no Câmpus Oeste, um moderno complexo de laboratórios. As obras estão avançadas e devem ser concuídas até o mês de julho de 2015. Pag.5 FRUTICULTURA Pomar da Ufersa é campo de pesquisa para estudo das frutas. Pág.04 TRADIÇÃO Capoeira preserva na Ufersa a cultura afrodescendente. Pág.08 QUEM FAZ A UFERSA: PRÓREITOR DE EXTENSÃO E CULTURA, PROF. FELIPE RIBEIRO; PÁG. 02 HOSPITAL VETERINÁRIO AMPLIA VAGAS PARA RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA; PAG. 07 PROJETO DE EXTENSÃO BUSCA MELHORIAS PARA MOBILIDADE EM MOSSORÓ; PAG.6 PESQUISA DA UFERSA SOBRE RACIONAMENTO DE ÁGUA VENCE PRÊMIO DO BANCO SANTANDER. PÁG.3 IRRIGAÇÃO E DRENAGAM Três linhas de pesquisas voltadas para o manejo de solo e água do semiárido. Pág. 07

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Transcript of Folha da Ufersa - Edição 10

AV. FRANCISCO MOTA, 572BAIRRO COSTA E SILVA

MOSSORÓ-RN | CEP: 59.625-900

FOLHA DA UFERSAInFRAESTRUTURA

NOVE/DEZ DE 2014ED. Nº10 - MOSSORÓ/RN

INFORMATIVO INTERNO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PRODUZIDO PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA

www.ufersa.edu.br

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Com quatro pavimentos, a Ufersa constrói noCâmpus Oeste, um moderno complexo delaboratórios. As obras estão avançadas e devem serconcuídas até o mês de julho de 2015. Pag.5

FRUTICULTURAPomar da Ufersa é campode pesquisa para estudodas frutas. Pág.04

TRADIÇÃOCapoeira preserva na Ufersa acultura afrodescendente.Pág.08

­ QUEM FAZ A UFERSA: PRÓ­REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA, PROF. FELIPE RIBEIRO; PÁG. 02­ HOSPITAL VETERINÁRIO AMPLIA VAGAS PARA RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA; PAG. 07­ PROJETO DE EXTENSÃO BUSCA MELHORIAS PARA MOBILIDADE EMMOSSORÓ; PAG.6­ PESQUISA DA UFERSA SOBRE RACIONAMENTO DE ÁGUA VENCE PRÊMIO DO BANCO SANTANDER.PÁG.3

E Mais:

IRRIGAÇÃO EDRENAGAMTrês linhas de pesquisasvoltadas para o manejo de soloe água do semiárido. Pág. 07

O tempo tem sido curto, daí, alguns atrasos na nossa tiragem do Folhada Ufersa. Enfim, o bom mesmo é que estamos mais uma vez chegando acomunidade acadêmica, dessa vez, com a décima edição do Folha da Ufersa,com o mesmo próposito de mostrar um recorte do que acontece e tambémumpouco do trabalho desenvolvido na nossaUniversidade.Por sinal, uma instituição que continua com rítmo acelerado de crescimento.

Trazemos na capa mais uma importante obra realizada na UfersaMossoró que é o Complexo de Laboratório para os cursos de engenharias.Na área da pesquisa, o Programa de Pós­Graduação em Irrigação eDrenagem, o pomar da Ufersa e o prémio nacional conquistado peladoutoranda da Ufersa, Jucirema Ferreira da Silva, sob a orientação doprofessorNildoDias.

Damos destaque ainda ao projeto de extensão voltado para melhoriada mobilidade urbana, realizado em parceria com a Prefeitura deMossoró e,também para a parte cultural com a capoeira e o coral da Ufersa. É isso, boaleitura e aguardamos as sugestões. Boas Festas!

Passos Jú[email protected] | Editor

EXPEDIENTE

Felipe Ribeiro

Os dois tipos de servidorespúblicos do Século XXI:WindowseLinux.

Profissionais "Windows"

Cerca de 70% das organizações sãocompostas por profissionais "Windows". Temmaior compatibilidade com as organizaçõestradicionais, pois estão de acordo com osparadigmas do século passado. Por outro lado,esses profissionais têm um custo rela­tivamente elevado de aquisição e apri­moramento, são mais vulneráveis a contrairos vírus institucionais da mesmice e apatia,adoram a estabilidade, mas quando umprocedimento que requer maior potencial ésolicitado, aí eles travam.

Profissionais "Linux"

Esses são baseado no paradigma (so­ftware) livre, as empresas que os contratamnão estão preocupadas com a locação da “mãode obra”, mas estão interessadas no “cérebro”que gera oportunidades de produção sináptica(aprendizado). São estáveis na instabilidadecompartilhada e auto aprendente. Pratica­mente não travam. Trabalham como verda­deiros profissionaismultitarefas.

Os profissionais "Windows" têm umacerta incompatibilidade operacional com osprofissionais "Linux", principalmente nasquestões de relacionamento e comunicação.

Você pode se perguntar: e agora, José?Oque fazer?

Quanto às organizações, devem provi­denciar uma plataforma multitarefa em queambos os profissionais possam se desenvolverjá que versões novas sempre aparecem emqualquer dos tipos. Quanto aos profissionais,devemos reconhecer nossos paradigmas elimites operacionais e investir em constantes“Up grades” uma vez que omar turbulento emque estamos não dá a mínima para osproblemas existenciais murmurados pelobarco. Enfrente ou afunde.Você pode estar pensando:­ Puxa vida, esse Século XXI é estressante econfuso. Já estou ficando comdor de cabeça.Eu te digo:­ Calma, ainda existe o "Ctrl+Alt+Del".

pRÊMIO

RRaaddaammééssDDaannttaass

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: PASSOS JÚNIOR. TEXTOS: PASSOS JÚNIOR, HIGO LIMA E LUANA LAISE. PROJETO GRÁFICO: AMANDA FREITAS.DIAGRAMAÇÃO: LUANA LAISE. FOTOS: EDUARDO MENDONÇA E CARLOS ADAMS. REVISÃO: DIEGO FARIAS. ESTAGIÁRIA : LUANA LAISE

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: JOSÉ DE ARIMATEA DE MATOS. VICE-REITOR: FRANCISCO ODOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: MÁRCIA DE JESUSXAVIER. PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO: PROF. AUGUSTO CARLOS PAVÃO. PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO: GEORGE BEZERRA RIBEIRO. PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: ANAKLÉA MÉLO

SILVEIRA DA CRUZ COSTA. PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE OLIVEIRA CAVALCANTE. PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: PROF. RUI SALES JÚNIOR. PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: PROF. FELIPE DE AZEVEDO SILVA RIBEIRO. PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: PROF. RODRIGO SÉRGIO FERREIRA DE MOURA.

EDITORIAL

Pró-reitor de Extensão e Cultura

QUEM FAZ A UFERSA

2 FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014

Sou zootecnistas com mestrado edoutorado em Aquicultura, pelaUnesp. Durante minha formação tiveoportunidades que foram decisivas parao sucesso em minha atuação profissio­nal, como ser bolsista do PET Zootec­nia, coordenar a Semana de Ciência eTecnologia Agropecuária, estruturar oLaboratório de Piscicultura Ornamentale ser representante discente do colegia­dode curso depós.

Entrei em janeiro de 2009 naUfersa e minha primeira preocupaçãofoi com o preparo das disciplinas da En­genharia de Pesca. Aprendi muito nosanos iniciais para estabelecer o conteú­do e a forma das aulas, que hoje acredi­to estaremconsolidadas.

Quando assumi o Setor de Aqui­cultura, ainda em 2009, meu desafio foitransformar essa unidade em um localideal para a condução de pesquisas, es­pecialmente através de recursos de pro­jetos em rede que conseguimosdesenvolver até 2014. Felizmente tive­mos uma equipe comprometida e al­cançamos esse objetivo.

Meu mergulho na extensão se deuem 2011, quando iniciamos o "CiênciaPara Todos no Semiárido Potiguar", ho­je um programa institucional de exten­são que já levou alunos da rede públicado Estado para São Paulo, Pernambuco,Ceará, Rio Grande do Sul e para paísescomo Equador, Peru e Reino Unido e

que atua em todos os câmpus da Ufersa.Tive o prazer de ser coordenador geraldoprogramapor três anos seguidos.

Através da extensão acredito queconseguimos perceber de uma maneiramais real nossa contribuição para a so­ciedade. Esse é o sentimento que memove para desenvolver um bom traba­lho à frente da equipe da PROEC, res­ponsabilidade me confiada há seismeses pelo Prof. Arimatea. Já temosuma política interna de fomento a pro­jetos de extensão que pretendemos es­tender aos eventos. Além dissopretendemos institucionalizar um nú­mero significativo de programas de ex­tensão já desenvolvidos na Ufersa efomentar atividades culturais em todosos câmpus da Universidade. Muito já foifeito, mas ainda há mais o que fazer. Is­so é o quemaismemotiva!

Pesquisa da Ufersa encontra alternativasde convívio com a água no Semiárido

pRÊMIO

FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014 3

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: PASSOS JÚNIOR. TEXTOS: PASSOS JÚNIOR, HIGO LIMA E LUANA LAISE. PROJETO GRÁFICO: AMANDA FREITAS.DIAGRAMAÇÃO: LUANA LAISE. FOTOS: EDUARDO MENDONÇA E CARLOS ADAMS. REVISÃO: DIEGO FARIAS. ESTAGIÁRIA : LUANA LAISE

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: JOSÉ DE ARIMATEA DE MATOS. VICE-REITOR: FRANCISCO ODOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: MÁRCIA DE JESUSXAVIER. PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO: PROF. AUGUSTO CARLOS PAVÃO. PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO: GEORGE BEZERRA RIBEIRO. PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: ANAKLÉA MÉLO

SILVEIRA DA CRUZ COSTA. PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE OLIVEIRA CAVALCANTE. PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: PROF. RUI SALES JÚNIOR. PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: PROF. FELIPE DE AZEVEDO SILVA RIBEIRO. PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: PROF. RODRIGO SÉRGIO FERREIRA DE MOURA.

Na região castigada pela estiagem, Assentamento do Semiárido recebe daUniversidade alternativas que asseguram o convívio sustentável com osrecursos hídricos.

Um destino sustentável aos resíduos

Na Acrevi, o projeto éencabeçado pelo servidorJúnior Souto, que visa trans­formar os resíduos orgânicoscoletados pela Acrevi em a­dubo para hortas. “Por en­quanto, as hortaliças produ­zidas com esse adubo são co­mercializadas com os própri­os associados, mas a nossaintenção é ampliar”, an­tecipa Souto. A entidade estásediada em Mossoró e éreferência no trabalho decoleta seletiva. Boa parte dasações da Acrevi conta com aparceria de projetos e açõesdaUfersa.

Nos Estados Unidos, oprofessor Nildo Dias, queorienta as duas propostas,comemorou a premiação eressalta a importância daspesquisas para o desenvol­

vimento sustentável na regi­ão do Semiárido. “Nossosprojetos foram bastante e­logiados pelas Universidadespresentes na cerimônia depremiação. Quero agradecero empenho de todos navotação, pois tivemos ajudade todo o Brasil, inclusive debrasileiros morando no exte­rior”, transmite ele.

Hoje, a região massa­crada pelo histórico de estia­gem conta com a parceria daUniversidade por meio depesquisas e ações que aju­dam o homem do campo aconviver sem tanto sofri­mento com as característicasclimáticas da nossa região,sobretudo, assegurando apermanência e fortalecendoaeconomiadoSemiárido.

Acompanhados doReitor, JoséArimateia, pesquisadores recebemprêmioSantanderO projeto de estu­

dantes do Programa de Pós­graduação em Manejo de Soloe Água da Universidade Fe­deral Rural do Semi­Áridochega à fase final do PrêmioSatander Universidades sen­do o segundo mais votado en­tre as mais de 20 mil pro­postas submetidas ao comitêtécnico.

O maior prêmio veiopara o Projeto de Assenta­mento Santa Agostinha, sedi­ado em Caraúbas/RN,desenvolvida pela pós­gra­duanda Jucirema Ferreira daSilva e o orientador Nildo daSilva Dias desenvolveram ainiciativa com intuito depossibilitar que os agricul­tores não sofram tanto com osdanos da estiagem.

A proposta pilototem ações que envolvem aimplantação e a comprovaçãode práticas integradas de con­vivência com a seca. E mais:saneamento rural; alterna­

tivas à piscicultura, infra­estrutura; vegetação, manejoda água; produção de energia;resíduos sólidos; capacitaçãoprofissional; assistência téc­nica e sensibilização da co­munidade.

As perspectivas tam­bém passam por melhoriassociais, de infraestrutura e e­conômica ­ mais autonomia esustentabilidade aos morado­res. Os pesquisadores defen­dem que “a oportunidade denegócio que o produto or­gânico traz é o atributo devalor e é reconhecido e valo­rizado pelo consumidor, po­dendo ser inserido em váriosmercados, trazendo diferen­ciação no negócio e fideli­zação de clientes”, diz o textoda proposta.

A execução do pro­jeto, juntamente com o perí­odo para avaliação, prevê du­ração de 24 meses, com prazode retorno variando entre 6 a12 meses. Jucirema Ferreiravai além e defende o impactona vida dos agricultores. “Oque nos inspirou foi a questãode minimizar os efeitos daseca na produção agrícola noSemi­árido. A ideia é possi­bilitar que os agricultores te­nham água para produção enão sofram tanto com os da­nos da estiagem”, explica Ju­cirema.

A proposta foi sub­metida à 10ª edição do Prê­mio Santander Universidadesque, além do segundo lugar,também trouxe para casa oprêmio principal na categoriaUniversidade Solidária, com oreconhecimento em primeirolugar do projeto “Avaliação deum modelo de gestão sus­tentável dos resíduos or­gânicos para a AssociaçãoComunitária Reciclando paraVida”, na Acrevi Mossoró.

Commais de trinta cultu­ras, a Universidade FederalRural do Semi­Árido mantémno Câmpus Leste da UfersaMossoró, um Pomar Didático.Cultivado numa área de doishectares, o local serve para au­las práticas dos cursos de gra­duação em Agronomia e,Engenharia Agrícola e Flores­tal, principalmente, as discipli­nas relacionadas a produçãofrutífera. O Pomar Didáticotambém abriga diversas pes­quisas dos alunos de iniciaçãocientífica, mestrado e doutora­do.

Segundo o professorVander Mendonça, coordena­dor da pós­graduação em Fito­tecnia, o Pomar foi criado hácinco anos, mas ainda está sen­do estruturado. “É que as plan­tas frutíferas demoram mais aproduzir”, afirmou. No pomarda Ufersa encontramos planta­ções de goiaba, banana, manga,caju, mamão, acerola, romã,

abacaxi, limão, entre outrasfruteiras.

A plantação dos canteirose a manutenção do espaço sãode responsabilidade dos pró­prios estudantes que integramo Grupo de Pesquisa em Fruti­cultura – GPE –, que contacom a participação de 15 alunosde graduação e da pós­gradua­ção. A maior parte das mudasforam doadas por produtoresou vindas daEmbrapa.

Além das aulas de fru­ticultura, no espaço são minis­tradas aulas práticas deirrigação e drenagem, agricul­tura geral e tratos culturais, queenvolve adubação e podas. “Opomar é aberto a toda comuni­dade acadêmica que queira de­senvolver trabalho de pes­quisa”, esclarece o professorVander Mendonça. Atualmen­te, estão em andamento 16 pro­jetos de pesquisas no PomarDidático daUfersa.

4 FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014

INFRAESTRUTURA

Pesquisa com sabor de frutasNo Pomar da Ufersa são realizadas atualmente 16 pesquisas com plantasfrutíferas. Mais de 30 espécies são cultivadas para fins didáticos.

O figo roxo­de­vali­nhos, predominante no inte­rior de São Paulo –Valinhos,é um dos frutos que vemsendo pesquisado no PomarDidático da Ufersa. A pes­quisa é para saber a via­bilidade da expansão dessacultura na região do se­miárido norte­rio­granden­se. O experimento inicialconta com 16 plantas, mas apartir do próximo ano, seráampliado para 200 mudas.“Temos todas as condiçõesfavoráveis como tempera­tura alta, baixa umidaderelativa e baixa incidência depragas”, adianta o professorVanderMendonça.

Os pesquisadores jáfizeram a primeira colheitade figo, realizaram a podas

das plantas e, agora,prosseguem com a estarquiapara aumentar o expe­rimento para 200 plantas.“Queremos saber a vi­bilidade econômica dessacultura na nossa região, bemcomo a qualidade dos frutosproduzidos”, comenta o pro­fessor.

Figo no semiárido potiguar

FigonoSemi­ÁridoPotiguar

ProfessorVanderMendonça, coordena oGrupodePesquisa emFruticultura daUfersa quedesenvolve pesquisas commais de dezesseis espécies de plantas

FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014 5

INFRAESTRUTURA

Engenharia voltada para engenhariasModerno prédio de três andares, todo em concreto pré-moldado, está sendocontruídos no Câmpus da Ufersa Mossoró para abrigar os laboratórios dequatro cursos de engenharias.

A partirdo segundo se­mestre do próxi­mo ano (2015), osestudantes das en­genharias Civil,Petróleo, Químicae Mecânica da U­niversidade Fede­ral Rural do Semi­Árido,Câmpus Mossoró, vão usufruirde um moderno complexo delaboratórios. A obra, que seencontra em ritmo acelerado,deve ser entregue até o mês dejunho. O prédio conta comquatro pavimentos e três an­

dares, será o mais alto daUniversidade, ocupando 7 milm² de área construída.

Para o reitor da Ufer­sa, professor José de Arimateade Matos, a construção repre­senta a consolidação dos cur­sos de engenharias da Ufersa.

“Trata­se de uma obra degrande importância uma vezque representa melhores con­dições para o aprendizadodos alunos e, consequente­mente, irá impulsionar pes­quisas com resultados posi­tivos para a Universidade”,afirmou.

O reitor adianta quetambém estão sendo licita­dos mais de R$ 5 milhõesem novos equipamentos pa­ra os laboratórios. O com­plexo vai dispor ainda deum grande laboratório deinformática para as disciplinasExpressão Gráfica e ProgramaAuxiliado por Computador(PAC), do curso Bachareladoem Ciência e Tecnologia. Oprédio comportará ainda a

parte administrativa e a coor­denação dos cursos. O quartopavimento será destinado pa­ra salas de professores.

A estrutura é toda emconcreto pré­moldado comvedações em alvenaria e tam­bém em concreto (parte ex­terna) e, parede em drywall,na parte interna. Ao todo sãomais de 1.800 m³ de concretoarmado. Totalmente acessível,o prédio terá dois elevadores.Um guindaste com capacidadepara erguer até 70 toneladasestá sendo utilizado na co­locação das vigas de concretopara a montagem da estruturae cerca de 50 operários tra­balham na obra.

Aobra do complexode laboratórios é realizada comestrutura emconcreto pré­moldado

Concluída, a obra consolida os cursos de engenharias

1 ­ Quais são os maioresproblemas de Mossoróem relação à Mobilida­de?R­Um dos maiores desafiospara Mossoró é estruturaro transporte coletivo demodo a oferecer um serviçode qualidade, com cober­tura espacial satisfatória,inclusive social e ambien­talmente justo.

2 ­ Qual a importânciada Universidade paraauxiliar na resoluçãodessa problemática?R­Discutimos e propomos.Por exemplo, o sistemaviário das calçadas é outrogrande desafio para a ci­dade na medida em que omaior número de viagens éa pé, ficará ainda mais ne­cessária na medida em quea sociedade vai envelhe­

cendo e as dificuldades delocomoção da populaçãoidosa vão­se acentuando.

3 ­ O nosso problemaainda tem solução? Co­mo?Há sim solução para oproblema da mobilidadeurbana. O fortalecimento ecapacitação dos órgãos pú­blicos é peça fundamentalpara que uma nova aborda­gem sobre as questões damobilidade seja desenvol­vida localmente pensandoglobalmente.

Há exatos 9 anoscirculavam pelo RN poucomais de 400 mil veículos. Oi­to anos depois esse númerosaltou para 965.824 veículoscirculando nas cidades poti­guares. Os números do De­

partamento Estadual deTransito do RN (Detran) a­lém de alimentarem a plani­lha do Registro Nacional deVeículos Automotores (RE­NAVAM) também revelamum sério problema de mo­

bilidade urbana quecomeça a não ser maisexclusividade apenasdas grandes cidades.Somente nos pri­

meiros seis meses de2014 foram para as ruasquase 33 mil novoscarros zero quilômetros.Deveremos fechar o anopela primeira vez nacasa de um milhão deautomóveis.Conforme a

Projeção da Populaçãoapontada pelo IBGEpara 2014 no RN, temos

algo em torno de 1 carro paracada três pessoas. Aproporção já se aproxima damédia nacional, de 1 carropara cada 4 brasileiros.

Como solucionar es­sa equação? Esse é o desafiodo projeto de extensão “Pla­taforma para o gerenciamen­to da acidentalidade eeducação para o trânsito nacidade de Mossoró”, de­senvolvido pela Ufersa emparceria com a Secretaria deMobilidade Urbana daPrefeitura de Mossoró, quefecha em dezembro umamaratona de atividades comos servidores do Município.

Discutir mobilidadeurbana é indissociavelmentenecessário pensar a ocupa­ção do espaço público. O

professor Eric Amaral Ferre­ira, coordenador do Projeto,alerta que “os carros, mais doque máquinas de transporte,são verdadeiras máquinas deconsumo do espaço público”.Por isso a necessidade decasar as ações de melhores damobilidade com o planeja­mento das políticas de urba­nismo. De modo que paraplanejar o espaço públicocom vistas ao convívioharmônico é necessário açõesque perpassem também pelasegurança pública, constru­ção adequada das calçadas,solução para os estaciona­mentos, infraestrutura dasvias. “Não pode haver açõesisoladas”, corrobora Charle­jandro Rustayne MarcelinoPontes, titular da pasta deMobilidade Urbana.

O professor daUfersa alerta que Mossoróterá, inevitavelmente, queplanejar ações para o trans­porte público. Segundo ele, asituação ainda não aparentaser preocupante porque nãotemos níveis caóticos de con­gestionamentos. Esse é omaior desafio da cidade e amissão dos gestores será o deestruturar o transporte cole­tivo “com cobertura espacialsatisfatória, inclusive social eambientalmente justo”, alertaEric Amaral.

CIDADES ENSINO

6 FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014

Desafios da mobilidade passam pelamelhor ocupação do espaço público

ENTREVISTA: pROFESSOR eRIC aMARAL

Projeto de extensão da Ufersa aproxima discussão da mobilidade com agestão municipal, através de capacitação e busca de resolutividade

O segredo éplanejar

Agentes de trânsito recebemcapacitaçãonaUniversidade, da prefeitura deMossoró.

Parceria em númerosA Mobilidade Urbana

é um dos cinco projetos deExtensão que existem naUfersa em parceria com agestão municipal. São in­vestidos mais de 850 milreais nessas propostas queatendem várias áreas doconhecimento e atingem di­retamente mais de 6 milpessoas e outras 150pessoas da Universidade,entrealunose servidores.

Somente no projeto de

Mobilidade Urbana, a Uni­versidade investe a fatia deR$ 138.247,50, por meiodo Edital do Ministério daEducação. De pois da açãode capacitação dosservidores, esse conteúdoserá disseminado nasescolas da rede municipal,quando cerca de 2 milalunos do Ensino Fun­damental deverão seratendidos.

O Hospital Veteri­nário da Universidade FederalRural do Semi­Árido foi con­templado com 20 bolsas de

Residência em Saú­de pelo Processo deSeleção em ÁreaProfissional da Saú­de do Ministério daEducação. As vagasestão distribuídasem oito diferentesprogramas voltadospara capacitaçãoprofissional emtreinamento e ser­viço de MedicinaVeteri­nária.

É a primeiravez que a Ufersa écontemplada comeste edital para atu­ar com Residênciano Hospital Veteri­nário e já começacom destaque. Ainstituição angariou

em torno de 60% do total debolsas disponibilizadas para asinstituições do Nordeste. Asvagas serão ocupadas por

meio de seleção pública abertaaos profissionais graduadosem medicina veterinária.

O primeiro editalserá publicado já no início de2015, de modo que os se­lecionados entrem na ativa nomês de março. Cada residentereceberá uma bolsa no valorde R$ 2.976,26 durante operíodo de capacitação, comduração prevista para 2 anos.João Marcelo Azevedo émédico veterinário do HosVetda Ufersa e detalha que agrade de formação da resi­dência está dividida em 80%de atividades práticas e outras20% para conhecimento teó­rico.

Com essa conquista,o Hospital Veterinário da U­fersa também deverá ampliara oferta de atendimento à co­munidade, uma vez que pas­sará a funcionar durante 24horas com a implantação de

serviços de urgência e emer­gência.

Para o professorEraldo Barbosa Calado, dire­tor do HosVet, a conquista daUfersa representa um avançona consolidação do hospital dauniversidade. “A chegada daResidência Médica Veterináriarepresenta uma melhora naqualidade do atendimento, doensino e irá proporcionar, so­bretudo, uma qualidade de vi­da e bem­estar do animal a­tendido”, ressalta o diretor.

ENSINO

FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014 7

Pesquisa

Pós em solo e águaCriado em 2011 de­

pois da junção do Programa dePós­Graduação em Irrigaçãocom o de Drenagem e Ciênciado Solo, ambos em nível deMestrado, o atual Programa dePós­Graduação em Manejo deSolo e Água é o terceiro cursode doutorado da UniversidadeFederal Rural do Semi­Árido.

Atualmente contacom Nível 4 de recomendaçãopela Coordenação de Aperfei­çoamento de Pessoal de NívelSuperior (CAPES). Os doiscursos foram unificados com oobjetivo de fortalecer o con­ceito da CAPES e ainda viabi­lizar a abertura do terceirocurso de doutorado da Univer­sidade. Por isso, é indissociá­vel falar sobre o atual progra­ma sem o reconhecimento do

legado dos dois anteriores.O Programa de Pós­

Graduação em Ciência doSolo, em nível de MestradoAcadêmico, criado a partir dainiciativa de professores doDepartamento de CiênciasAmbientais, no ano de 2007.Neste mesmo ano, a CAPES,aprovou o projeto autorizandoo seu funcionamento, a partirde 2008, com conceito 3. Ocorpo docente do Programa écomposto por professores dosDepartamentos de CiênciasAmbientais e Ciências Vegeta­is da Ufersa e de pesquisa­dores da Embrapa, noSemiárido. Possui uma área deconcentra­ção: Ciência dosolo, e três linhas de pesquisa:Manejo e conservação do solo;Química e fertilidade do solo e

Impactos ambien­tais pelo uso dossolos.

Já o Pro­grama de Pós­Gra­duação em Irriga­ção e Drenagem(Mestrado Acadê­mico) foi criadoem setembro de2003, com o nomede Engenharia A­grícola, o qual foialterado em 2005 paraatender as recomen­dações daCAPES, passando paraPrograma de Pós­graduaçãoem Irrigação e Drenagem. Ocurso iniciou suas atividadesem março de 2006, sendo omesmo re­comendado pelaCAPES em setembro de 2005,com o conceito 3. A área de

con­centração é Irrigação eDrena­gem, e as linhas depesquisas são: Engenharia deIrrigação e Drenagem;Necessidade Hídrica dasCulturas e Manejo da lr­rigação; e Impactos daIrrigação e da Fertirrigação noSolo e na Planta.

Pós realiza pesquisas demestrado edoutorado

Com mais essa conquista, o HosVet, passará a funcionar 24 horas prestandomelhor atendimento à população que procura serviço médico animal

Mais 20 vagas para ResidênciaMédica no Hospital Veterinário

AtendimentonoHosvet é feito de segunda à sexta

sERVIÇO

Hospital VeterinárioDix­Huit Rosado Maia ­Ufersa Mossoró / CâmpusOesteHorário de consultas: 7h às11h; e das 13 às 17h.Telefone: (84) 3317­1810

Uma mistura dedança, música ecorpos. A capoeira éuma porta de en­trada para a culturaafrobrasileira. Recen­temente, consideradapela Unesco – Or­ganização das Na­ções Unidas para aEducação, a Ciência ea Cultura – a verda­deira expressividadeda resistência negrano Brasil durante aescravidão. Na Uni­versidade FederalRural do Semi­Áridoprofessores, alunosde graduação e mestrado sãoseduzidos pelo molejo, mo­vimentos e canto da capoeira. OGrupo Quibungo existe naUfersa há quatro anos.

Segundo Denis Cavalheiro,estudante de Ecologia da Ufer­sa, o esporte mexe com oestado espiritual, traz energiapositiva, além de ensinar a seauto respeitar. “A capoeira é

um desafio diário” comenta ouniversitário. Já para o mestrede capoeira, JohnWeyne, é umesporte transformador. “Acapoeira me transformou. Eubebia, usava drogas, mas

depois de começar alutar, sou outro ho­mem”, declara. Cri­anças e adolescentesdas escolas públicasde Mossoró tambémpodem participar daRoda de Capoeira daUfersa.

A equipe decapoeira reúne aotodo 22 alunos dasmais variadas etnias.O grupo conta com aparceria da Pró­Rei­toria de AssuntosComunitários quetodo ano organiza

um evento para o batizado detroca de corda, momento emque o mestre faz a troca degraduação de seus alunos eentrega o abadá­capoeira.

Presente nos melhoresmomentos da vida, amúsica é comprovada­mente responsável porinúmeros benefícios parao ser humano, tanto parao corpo, quanto para aalma. O canto diminuitensões e combate oestresse. Para estimular aarte do canto entre acomunicade acadêmica,a Pró­Reitoria de Exten­são e Cultura mantém oCorofersa como projetode extensão, coordenadopor Daniel Fernandes eFelipe Ribeiro. Na regên­cia Cláudia Max. Umprojeto teve início em2013 e conta atualmentecom 26 integrantesalunosdaUniversidade.Começando a se a­

presentar nos eventos in­

ternos da universidade, ocoral já recebe convitespara apresentações ex­ternas. Sua primeira a­presentação fora da uni­versidade foi na Feira doLivro, em 2013, recém­criado. A partir daí oCoral da Ufersa vem sedestacando, tendo inclu­sive, se apresentado noTeatro Municipal Dix­Huit Rosado, o maior deMossoró.

O Projeto é umconjunto de ações volta­do para a formação deum grupo de canto co­letivo performático. Se­gundo Daniel Fernan­des, o Coral busca “pro­piciar à comunidade ummomento lúdico e cul­tural”, comenta.

8 FOLHA DA UFERSA | NOV/DEZ DE 2014

Quem canta, os males espanta ...

pROGRAME-SE

Paranauê, Paranauê Paraná ...

GrupoQuibungo reúneuniversitários daUfersa e estudantes de escolas públicas deMossoró

ESPORTE

Além de prática esportiva, Roda de Capoeira preserva cultura afrodescendente

Convite para apresentações já acontecem fora daUfersa

CláudiaMax regeCoral daCorofersa