Folha da Ilha - Ano I - Ed. 09

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Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 Ano I - Edição nº 09 - R$ 2,50 ILHA SOLTEIRA “Ilha do Medo”, de Martin Scorsese Feijoada do Bem é sucesso de público e arrecadação Pg. 04 Uma boa noite de sono pode fazer diferença Pg. 07 Pg. 06 Diretor Responsável - Rafael Martins Encontro aproxima ATISA e Fundação Casa de Araçatuba Pg. 02 Prefeitura leva cinema aos bairros Pg. 02 ETEC forma técnicos em vendas Pg. 03 Definida a programação da 1ª Mostra de Teatro Pg. 05 Leia também A história de Pedro e a eficácia do sistema de saúde de Ilha Solteira A complexidade da vida é, em alguns casos, um dos maiores motivos do desenvolvimento da frustração. Muitas pessoas, dian- te de problemas enfrentados, se entregam e reagem de maneira passiva, aceitando a sua “sorte”. Ficar reclamando o dia inteiro não é exatamente a solução. Re- agir ao problema e enfrentar é o mais aceitável. Olhando assim não dá pra per- ceber direito, mas o menino Pe- dro não é uma pessoa comum. Pedro Henrique da Silva Barbo- sa, de 15 anos, um adolescente em fase de crescimento, entra com seu pai Marco Henrique da Silva Barbosa, 36, pela porta do “ônibus da saúde”, um serviço concedido ao cidadão ilhense que necessita viajar para outras cidades em busca de atendimen- to médico. Pg. 02

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Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 Ano I - Edição nº 09 - R$ 2,50ILHA SOLTEIRA

“Ilha do Medo”, de Martin Scorsese

Feijoada do Bem é sucesso de público e arrecadação

Pg. 04

Uma boa noite de sono pode fazer diferença

Pg. 07Pg. 06

Diretor Responsável - Rafael Martins

Encontro aproxima ATISA e Fundação Casa de Araçatuba

Pg. 02

Prefeitura leva cinema aos bairros

Pg. 02

ETEC forma técnicos em vendas

Pg. 03

Definida a programação da 1ª Mostra de Teatro

Pg. 05

Leia tambémA história de Pedro e a eficácia do sistema de saúde de Ilha Solteira

A complexidade da vida é, em alguns casos, um dos maiores motivos do desenvolvimento da frustração. Muitas pessoas, dian-te de problemas enfrentados, se entregam e reagem de maneira passiva, aceitando a sua “sorte”. Ficar reclamando o dia inteiro não é exatamente a solução. Re-agir ao problema e enfrentar é o mais aceitável.

Olhando assim não dá pra per-ceber direito, mas o menino Pe-dro não é uma pessoa comum. Pedro Henrique da Silva Barbo-sa, de 15 anos, um adolescente em fase de crescimento, entra com seu pai Marco Henrique da Silva Barbosa, 36, pela porta do “ônibus da saúde”, um serviço concedido ao cidadão ilhense que necessita viajar para outras cidades em busca de atendimen-to médico.

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Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 PRIMEIRO CADERNO 02

EXPEDIENTE

Av. Brasil Norte, 367 CIlha Solteira - SP18 . 3743 [email protected]

Diretor Responsável: Rafael MartinsJornalista Responsável: André SantanaRedação: Junior SagsterFotografia: Rodrigo LopesArte e Diagramação: Rafael MartinsImpressão: Editora Ferjal

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, e são de inteira responsabilidade de seus autores.

MENINA ESTRICNINAAntes, durante, nunca mais...

Aconteceu...

Precisava ver seus olhos tocarem os meus. Encontrarem os meus.Degustar da força do pulsar de seu peito contra o meu.Sentir seu abraço quente envolver meu corpo.Provar do gosto do café amargo, ainda sem açúcar, sem creme.Preciso do cheiro, do tato, do gosto.

Tenho...

Já posso sentir o pulsar forte do coração, apertando o peito.O brilho dos olhos. A força do abraço. O gosto do café.

Sim... Aconteceu.

Foi melhor do que esperava, foi algo novo. Algo que me faltava, que me completou.Senti você.Sua respiração ofegante. Seu calor. Seu amor.Provei do gosto de cafeina. Do cheiro mo-lhado de seu suor.Da força de sua respiração.Da sua mão, da ternura.

Acontece...

O ritmo do pulsar aumenta.A frisson também...O quarto se tinge de azul, amarelo, rosa, violeta, e, em pouco tempo, um verdadeiro arco íris se forma em sua volta.Somos dois.

São apenas corpos.Ocupamos o mesmo lugar no espaço.Estava ali.

Ainda quero o abraço, o beijo, o eu te amo, o estava com saudade.O peso do seu corpo.A força da sua respiração.O misto do seu desejo com minha ansie-dade.Sim, quero você.E peço: “Vem sentir o calor dos lábios meus, à procura dos teus.Vem matar esta paixão que me devora o coração”.

Vem, com panamá, sem panamá.Com amor, sem amor.Vem com saudades, sem saudades.Apaixonado ou não.Vem... Apenas quero você.Completo.Pra mim.

Agora sim, estava tudo ali.Tudo da forma que imaginei.Sim, imaginei...Você não estava, não sabia do meu desejo, não partilhava daquele momento comigo.Não, não senti o gosto bruto do café.Não peguei sua respiração.Não provei seu corpo.Seu gosto.

Imaginei...

Isso ainda não me consola por completo, mas me alegro em saber que foi bom pra você também.

Janaína Moraes é jornalista ilhense e traba-lha no jornal Bom Dia, em S. J. do Rio Preto

[email protected]

por Janaína Moraes Encontro aproxima ATISA e Fundação Casa de Araçatuba

Por André Santana

Na manhã da última quarta-feira, 4, na sede da ATISA, aconteceu uma reunião envolvendo a Fun-dação Casa de Araçatuba, a equipe da ATISA e a delega-cia de polícia de Ilha Soltei-ra. O objetivo do encontro foi promover uma aproxi-mação entre a Fundação e a ATISA, de modo a criar um programa em conjunto no tratamento de adolescentes usuários de drogas.

Na ocasião, os presentes debateram sobre as experi-ências das entidades. A dro-ga, que foi considerada pe-los participantes “um grave problema social”, foi o mote da conversa, levando a dis-cussões acerca do papel da família na sociedade mo-derna e de como a educação deficiente é a força motriz que alimenta o problema.

O delegado de polícia de Ilha Solteira Miguel Ângelo Micas ressaltou que o aten-

dimento da cidade é dife-renciado, pois todas as esfe-ras do poder trabalham em conjunto. “Aqui, quem pre-cisa de ajuda não encontra uma porta fechada”, disse. O delegado também falou sobre a importância da mo-bilização da comunidade. “Nós precisamos mudar o foco de cobrar do poder pú-blico. Primeiro, temos que nos mobilizar como socie-dade”, comentou.

Daniela, a assistente so-cial encarregada da área técnica da Fundação Casa de Araçatuba, e a equipe formada por um psicólo-go, duas pedagogas, uma enfermeira e uma assisten-te social, falaram sobre o trabalho desenvolvido na unidade araçatubense. Eles contaram que a Fundação oferece cursos de iniciação profissional e qualificação, como de salgadeiro e do-ceiro, garçom e auxiliar ad-ministrativo, entre outros, além dos cursos escolares

regulares. Também são re-alizadas oficinas culturais, que ensinam instrumentos musicais, dança, teatro, desenho e literatura, entre outros, de modo a colabo-rar com a recuperação dos internos.

A equipe da Fundação Casa disse ainda que espera que o encontro com a ATI-SA possa gerar parcerias no âmbito da capacitação profissional de seus fun-cionários, ressaltando que a entidade araçatubense necessita do apoio e da ex-periência do trabalho rea-lizado em Ilha Solteira. As-sim, essa aproximação deve gerar uma complementação no trabalho de ambos, de modo a montar uma forma para que o adolescente te-nha um trabalho efetivo. A equipe araçatubense ainda aproveitou a oportunida-de para convidar a equipe ilhense para visitar unidade da Fundação Casa.

A manhã da última terça-feira, 03, pode ficar mar-cada como um divisor de águas no tratamento dado aos andarilhos que habi-tam as ruas de Ilha Soltei-ra. Isto porque esta foi a data da primeira reunião de um força tarefa liderada pelo delegado de polícia e presidente da ATISA - As-sociação de Atendimento aos Toxicômanos de Ilha Solteira, Miguel Ângelo Mi-cas, que buscará soluções inovadoras e efetivas para o problema dos moradores de rua.

Nesta primeira etapa fo-ram discutidas as metas e o plano de ação do proje-to. Segundo Micas, a força tarefa deverá realizar um trabalho diferenciado do que já foi feito antes. “Que-remos curar a ferida que ninguém quis por a mão”, disse o delegado. Para tan-

to, a equipe deverá realizar um estudo sobre as pecu-liaridades do problema em Ilha Solteira e aplicar as so-luções mais eficazes.

A equipe multidiscipli-nar que atuará no projeto é formada pelo delegado Mi-guel Ângelo Micas, o chefe da guarda municipal Gil-mar Batista, Renato Alves, membro da guarda muni-cipal e vice-presidente da ATISA, missionário Marcos Vasconcelos, a psicotera-peuta Joseane Tavares, o psicopedagogo Profº Regi-naldo, assistentes sociais Heidi e Maria Inês da Silva, Sandra e Patrícia, educado-ras da ATISA, e a diretora do serviço social de Ilha Solteira, Cida Augusta.

Entre os trabalhos já re-alizados pela equipe, estão a alimentação e higiene, feitas pelo missionário Marcos com o apoio e in-

fra-estrutura da ATISA , o acolhimento noturno em área coberta e a realização de pequenos trabalhos pe-los moradores de rua no pátio da delegacia. Estas ações iniciam o processo de ressocialização destes indi-víduos e os aproximam da equipe, facilitando assim a evolução do tratamento.

O projeto de ressocializa-ção dos moradores de rua de Ilha Solteira pretende tratar o problema com uma visão mais humana e de for-ma definitiva, entendendo os motivos que levam à tal degradação. Desta forma, conta com a colaboração de toda a população e apoio do empresariado local. Outras informações sobre o pro-jeto e como você pode aju-dar, entre em contato com a ATISA, pelo telefone (18) 3743-6039 ou 3743-4334.

Prefeitura leva cinema aos bairrosApós a doação de equipa-

mentos de exibição de fil-mes doados pela Secretaria de Estado da Cultura, a pre-feitura municipal, por meio do departamento da cultu-ra, levará cinema nacional gratuito para os bairros do município. O objetivo é le-var filmes nacionais para

os alunos das escolas muni-cipais e estaduais, melhor idade e a comunidade como um todo nos bairros. A ini-ciativa é estimular o hábito de ir ao cinema como uma experiência cultural e de lazer. “Além de favorecer a população com cinema gratuito, vamos promover

a formação de público, es-timulando a cadeia produ-tiva de audiovisual. O lan-çamento do projeto será no dia 27 de agosto, de frente com a escola Paulo Freire, a partir das 20 horas”, fi-nalizou o diretor da cultura Nilson Nantes.

Quadrilha ilhense é bicampeã em AndradinaA Quadrilha Rastapé, da

Cia Darci Dance, é bicam-peã na cidade de Andra-dina. Na semana passada, a quadrilha disputou com quatro cidades da região. O concurso, por vários anos, vem sendo organizado pelo Clube Roda Vida da melhor idade da cidade de Andra-dina. Pelo segundo ano consecutivo, a quadrilha re-presentou a cidade de Ilha

Solteira, onde conseguiu se classificar e ser campeã. Para o coreógrafo Darci, é motivo de orgulho para a nossa cidade ter um grupo que represente a cidade, e mais, mostra a cultura tra-dicional.

Participaram do concur-so as cidades de Andradina, Birigui, Sud Menucci e Ilha Solteira. A Quadrilha Rasta-pé Darci Dance é composta

por jovens, adolescentes e a maioria de idosos. Desde 2005, a Quadrilha é consti-tuída e representa a cidade, e é motivo de orgulho. Sud Menucci ficou em quarto lugar, com 125 pontos; em terceiro Birigui, com 129 pontos; em segundo lugar Araçatuba com 134 pontos; e a campeã Ilha Solteira, com 149 pontos.

Projeto inovador visa amparar moradores de rua

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Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 PRIMEIRO CADERNO 03

ETEC forma técnicos em vendasFoi realizada na noi-

te da última terça-feira, 3, a solenidade de for-matura dos alunos con-cluintes do Curso de Técnicas em Vendas, ministrado na Esco-la Técnica Estadual-ETEC da cidade de Ilha Solteira.

Os professores dos cursos, Flávio Apareci-do dos Santos e Moni-que Dias Pinto, fizeram a entrega dos certifica-dos aos que compare-ceram ao salão nobre da Escola Municipal ABBS- Aparecida Be-nedita Brito da Silva.

O prefeito municipal Edson Gomes e a vere-adora Soely Zinezi, re-presentando a Câmara Municipal, foram al-gumas das autoridades

presentes à formatura dos novos técni-cos.

A diretora da ETEC Cla-ra Magalhães explicou que o curso faz parte do Programa Estadual de Qualificação Profissional, cujo objetivo é formar mão de obra que vem sendo reclamada pelo mercado de traba-lho.

O prefeito Edson Gomes lembrou, em seu discurso, que a formação é a condição básica para se conse-guir um bom empre-go atualmente. Para o

prefeito, os estudantes que procuram cursos na ETEC ou na FUNE-DISA-CEMA ampliam suas chances de serem absorvidos no mercado de trabalho, porque “o mundo de hoje exige qualificação”.

A formanda Jéssica

Christini Leal Santos falou em nome de seus colegas, agradecendo o apoio dos professores, da ETEC e da prefeitu-ra para que todos pu-dessem estudar e con-cluir o curso.

Agência Visão

A complexidade da vida é, em alguns casos, um dos maiores motivos do desen-volvimento da frustração. Muitas pessoas, diante de problemas enfrentados, se entregam e reagem de ma-neira passiva, aceitando a sua “sorte”. Ficar reclaman-do o dia inteiro não é exa-tamente a solução. Reagir ao problema e enfrentar é o mais aceitável.

Olhando assim não dá pra perceber direito, mas o menino Pedro não é uma pessoa comum. Pedro Hen-rique da Silva Barbosa, de 15 anos, um adolescente em fase de crescimento, entra com seu pai Marco Henri-que da Silva Barbosa, 36, pela porta do “ônibus da saúde”, um serviço conce-dido ao cidadão ilhense que necessita viajar para outras cidades em busca de atendi-mento médico. No caso de Pedro e seu pai, a viagem é até a capital paulista, com periodicidade mensal, va-riando, vez ou outra de se-mana a semana, há 13 anos. Na Unifesp, em São Paulo, Pedro é acompanhado por um médico de pneumo.

“Há 13 anos, ele teve uma pneumonia e foi acometi-do por um vírus influenza, que praticamente destruiu os dois pulmões dele. O pulmão direito é pratica-mente todo acometido de uma sequela pulmonar, e o esquerdo tem vários fo-cos que comprometem a função pulmonar dele”, ex-plica Francisleide da Silva Barbosa, mãe de Pedro, que recebeu a nossa equipe para falar sobre o caso.

Mas o adolescente Pedro não é uma pessoa incomum por ter este “problemaço”, e sim por enfrentar este “pro-blemaço” com o auxílio de sua família e com a força que não é encontrada em muitas pessoas. Não ape-

nas em adolescentes, mas em todas as faixas de ida-de, que perdem seus dias reclamando da vida e per-dem a oportunidade de ter no rosto sempre um sorriso aberto, como é encontrado no jovem Pedro, que ainda pratica esportes. “Gosto de jogar vôlei e odeio faltar à aula”, diz Pedro, logo em nosso primeiro encontro.

Desde que foi diagnos-ticado, Pedro passou por fisioterapias diárias para exercícios respiratórios e para drenar as secreções que existiam em seu pul-mão. Pedro ficou internado por quase um mês, e neste tempo foi acompanhado pelo médico pediatra Dr. Raul Fernando Barros, que se dedicou chegando a dor-mir no hospital para acom-panhar o caso. O pediatra que acompanhou Pedro de perto em Ilha Solteira foi quem o encaminhou para uma pneumologista em São Paulo. “Agradecemos mui-to ao Dr. Raul, a dedicação dele. Após os 30 dias, ele encaminhou a uma pneu-mologista em São Paulo e lá foram diagnosticados outros problemas junto a essa sequela pulmonar, que é chamada de bronquio-lite obliterante, (uma in-flamação dos bronquíolos associada a obstrução dos mesmos ou por uma fibro-se frouxa dentro da luz, ou uma fibrose mais dura em sua parede) uma sequela ir-reversível”, relata a mãe de Pedro.

Essa doença, bronquiolite obliterante, é rara e pouco explorada, ainda em fase de estudos conforme a mãe de Pedro explica. “Tínhamos a expectativa de que acon-tecesse uma redução da sequela com o crescimento dele, mas isso não ocorreu, ela fibrosou o pulmão dele e não tem cura, não se sabe

como o paciente termina”, disse.

As consecutivas consul-tas acontecem conforme os médicos determinam. As visitas aos médicos em São Paulo já viraram rotina para a família de Pedro, que teve que usar corticoides por 13 anos e isso afetou o desen-volvimento do garoto. Ain-da segundo Francisleide, “a medicação foi retirada agora, por isso ele teve esse crescimento. E, além disso, ele tem uma intolerância ao leite de vaca e acabou ten-do uma deficiência mineral óssea, e nos últimos exames foi diagnosticado que ele elimina cálcio pela urina. E não se encontra a razão des-sa perda de cálcio dos ossos. Por isso também temos que ir sempre a São Paulo”.

As consultas, que eram espaçadas no início, se transformaram há cerca de dois anos em algo mensal e, em muitas vezes, sema-nal. Os gastos seriam muito maiores caso não existisse o

trabalho ativo do departa-mento de saúde de Ilha Sol-teira e o SUS (Sistema Úni-co de Saúde). “A medicação que ele usava era muito cara e eu não tinha conhecimen-to de que o governo tem uma lista de medicamentos que é direito da população, e através de contatos, de uma amiga farmacêutica, do Dr. Raul e da prefeitura eu consegui que ele obtives-se este medicamento de alto custo, até que ele não neces-sitasse mais do uso”, conta a mãe de Pedro.

Através dos investimen-tos da prefeitura e, princi-palmente, da atual gestão, o setor de saúde de Ilha Sol-teira tem sido visto como um exemplo em toda a re-gião.

No caso de Pedro e em outros casos, quando o médico avalia o estado de saúde da pessoa e vê que os recursos municipais não são os adequados para o tratamento, ele preenche o encaminhamento e vai para

um hospital de referência, e este encaminhamento vem para a diretoria de saúde e, de acordo com a especiali-dade, é agendado o trata-mento fora e é acompanha-da pelo médico responsável do município e a prefeitura oferece o transporte. Isso é garantido a todas as pesso-as que necessitam o trata-mento fora do município.

Desde a gestão passada, para suprir a dificuldade de agendamento pelo SUS, foi feito um consórcio em Andradina com médicos contratados e, através des-te consórcios, a prefeitura paga consultas e agiliza o tratamento da pessoa quan-do o município de Ilha Sol-teira não tem este especia-lista.

Uma pessoa que é atendi-da pela rede particular não tem o direito e não pode obter este tipo de benefí-cio. “Todos os serviços pelo SUS, seja de atendimentos, de exames, ou dificuldade de agendamento, a pre-

feitura tem arcado com o pagamento dos exames, e acho que hoje em dia é mui-to difícil que uma pessoa não seja atendida” diz Kari-ne Miguel, chefe do setor de atenção básica.

Ainda segundo Karine, “o investimento de Ilha Soltei-ra é um dos maiores da re-gião e prova que o dinheiro tem sido bem investido pela administração pública e que estamos progredindo.”

O município tem uma far-mácia que tem abastecido bem e suprido as necessida-des da população, “medica-mentos de alto custo, o mu-nicípio vai comprar e doa ao paciente, medicamentos de alta complexidade que não são encontrados nem nas farmácias particulares”, diz Carlos Buzolla, diretor de saúde.

A ação mobiliza ainda uma importante unidade dentro do município, que é o setor de transportes. Pessoas como o motorista Molina, que fazem as via-gens para São Paulo, Bar-retos e outras cidades em prol deste serviço. Chegam a ser, segundo informações do departamento, aproxi-madamente, entre oito e dez viagens por dia de toda a equipe de motoristas do departamento de saúde. Por estarem todos traba-lhando em viagem pela saúde de nosso município, nossa equipe infelizmen-te não conseguiu falar com nenhum deles até o fecha-mento de nossa edição.

Pedro, ao contrário do que pensa ou imagina quem está lendo esta matéria, é um adolescente aparente-mente comum. Aparente-mente pois, para muitos, Pedro é um herói.

Junior Sagster

A história de Pedro e a eficácia do sistema de saúde de Ilha Solteira

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Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 SOCIAL 04

Feijoada do Bem é sucesso de público e de arrecadaçãoAconteceu no último domin-

go, 1°, a primeira edição do evento beneficente que prome-te entrar para o calendário per-manete de eventos da sociedade ilhense, a Feijoada do Bem.

Idealizado pela rádio Band FM, em parceria com entidades e empresas da cidade, o even-to foi um verdadeiro sucesso. A sociedade comprou a ideia e

a quadra da APAE recebeu um público de mais de 700 pessoas.

O cardápio contou com uma feijoada completa, preparada pela equipe do competentíssi-mo cozinheiro Edmon e rece-beu o apoio da equipe do buffet do Irmão e do vereador CIDO.

Os que compareceram ao evento não pouparam elogios à comida e à organização. Duran-

te toda a tarde foram realizados sorteios de brindes e pequenos bingos, que terão toda a renda revertida para a ACAFISA.

A animação da tarde ficou por conta da dupla ilhense Ro-naldo San & Márcio e do grupo Samba Nosso.

É importante ressaltar que a grande maioria dos envolvidos na realização da festa trabalha-

ram voluntariamente e gran-de parte da estrutura, comida e bebidas foram recebidos em doação.

A arrecadação superou as ex-pectativas dos organizadores e será repassada ao Hospital de Ilha Solteira e à famílias que possuem filhos em tratamento no Hospital de Câncer de Bar-retos.

AS COMPRAS DO GOVERNO As compras governamentais, envolvendo as esferas federal, estadual e municipal, atin-

gem a cifra astronômica de R$ 350 bilhões por ano, o que contribuiu substancialmente para o aquecimento da economia do País, num momento pós-crise mundial.

Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que passou a exigir dos administra-dores maior seriedade na gestão da coisa pública, as empresas privadas passaram a fornecer seus serviços e produtos com maior freqüência, participando ativamente dos processos de licitação.

Acrescente-se a isso, o fato de dispormos de uma elogiável legislação sobre contra-tação, ou seja, o Estatuto Federal de Licitações, instituído pela Lei 8.666/93, e que, com o decorrer do tempo, foi se aprimorando, servindo de modelo para outros países, ainda que necessário corrigir algumas deficiências.

Para assegurar uma maior economia e ampliar a disputa por melhores preços foi in-troduzida, no direito brasileiro pela lei 10.520/02, uma nova modalidade de licitação, o Pregão, que além de possibilitar a redução das propostas, por meio de lances verbais, garantiu uma maior rapidez no anda-mento processual, pois há uma inversão de fases de julgamento em relação às modalidades convencionais, onde o julgamento de habilitação limita-se apenas à empresa vencedora.

A utilização de recursos da tecnologia da informação nas compras feitas pela Adminis-tração Pública contribuiu sobremaneira para garantir maior transparência nos negócios. A verdade é que os pregões, realizados na forma eletrônica, impedem até mesmo a identificação antecipada dos competi-dores, fato que ocorre somente após a realização da disputa, o que elimina a possibilidade dos licitantes frustrarem o caráter competitivo, mediante acordos.

Muito embora se tenha verificado uma expansão dos portais eletrônicos, como Com-pras Net do Governo Federal, a Bolsa Eletrônica de Compras do Estado de São Paulo (BEC), Cidade Com-pras e o Sistema do Banco do Brasil, há que registrar uma lastimável constatação; no ano de 2007 o gover-no efetuou 70% de suas compras via pregão eletrônico e atualmente esse percentual reduziu para pouco mais de 40%.

Através de incentivos criados pela Lei Complementar 123/06 o governo tratou de dar tratamento privilegiado às micro e empresas de pequeno porte – ME ou EPP, quando de sua participação em licitações, pois ainda que os micros e pequenos negócios representem 99% das empresas formalmente constituídas e empreguem 58% da mão de obra brasileira, apenas 20% delas transacionam com a Adminis-tração Pública.

Para modificar esse quadro, entidades como o SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa realizaram vários eventos com o propósito de capacitar as ME ou EPP, mostran-do as exigências legais e condições para participar dos processos de compras dos órgãos governamentais, pois a meta é atingir 30% até 2011.

De todos os Estados, o que mais realiza licitações é o Estado de São Paulo, com quase 50 mil processos/ano, seguido de Minas Gerais com pouco mais de 20 mil e do Rio Grande do Sul com 17 mil processos. Em nível nacional, o pregão é a modalidade mais utilizada, foram 76 mil processos/ano e, em segundo lugar, o convite, que é a forma mais singela, com quase 60 mil processos.

Conclui-se que participar das compras dos órgãos da Administração Pública represen-ta uma importante fatia do mercado, mas para isso é preciso atentar-se para algumas dicas: obter por meio eletrônico, as certidões de regularidade de tributos, estarem em dia com a documentação da empresa (con-trato social e suas alterações) e consulta constante nos sites e publicações acerca da abertura de licitações.

Marcia Regina de AlmeidaPós-graduanda em Gestão Pública pelas Faculdades Integradas Urubupungá - FIU

Folha da Ilha terá consultora de modaA consultora de moda

Carla Cândida Moraes D’Almeida, gerente da loja Zutts, do grupo Édio Ca-beleireiro, será a nova co-laboradora do FOLHA DA ILHA. Toda semana, Carla trará dicas às leitoras do jornal, referentes à como se vestir melhor.

“A ideia é oferecer, to-das as semanas, novidades relacionadas ao mundo da moda, trazendo informa-

ções para que nossas leito-ras aprendam a valorizar suas peças de roupas e fi-quem ainda mais bonitas”, explicou Carla.

Carla trabalha como consultora de moda há dez anos, tendo acumulado ex-periências atendendo em lojas e atuando como co-ordenadora de eventos em geral, além de oferecer as-sessoria de moda persona-lizada. À frente da Zutts, da

equipe Édio, ela já oferece às clientes um atendimento personalizado. “Quero mos-trar que estar bonita não significa gastar muito. Por muito pouco, pode-se ficar elegante”, ressaltou.

O espaço de moda de Carla Cândido Moraes D’Almeida estreia na edição número 10 da FOLHA, na próxima quinta-feira, 12.

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Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 ESPORTES 05

Partes estão acertadas e volante vai defender a Lazio por três temporadas

São Paulo, Lazio, Her-nanes e seu agente já estão acertados. O volante vai mesmo defender o clube italiano pelas próximas cin-co temporadas.

“Só vai depois da Liber-tadores, e, se não passar (semifinal), após defender a Seleção Brasileira. As três partes estão acertadas e quando isso acontece a chance de não dar certo é muito pequena. Nada pode segurar e deve se concreti-zar”, afirmou Joseph Lee,

empresário do jogador.Na terça-feira, 3, a Traffic

divulgou oficialmente a ne-gociação do meia Hernanes com a Lazio, da Itália, mas o São Paulo não gostou da atitude. Segundo a direto-ria do clube tricolor, ainda faltam detalhes, e o anún-cio foi uma precipitação e mostrou um despreparo da parceira. Minutos de-pois, a Traffic tirou do ar a nota oficial que confirma-va a transferência. “Agora, lógico, é preciso esperar o anúncio”, revelou Lee.

A Lazio pagará cerca de 13,5 milhões de euros (R$

30,9 milhões) por um con-trato de cinco anos. O São Paulo, detentor de 75% dos direitos econômicos de Hernanes, receberá R$ 25 milhões, enquanto o res-tante será dividido entre a Traffic e o próprio jogador.

Para a transação ser ofi-cial, só falta o anúncio de compra da Lazio (ITA) e da venda por parte do São Pau-lo, o que deve acontecer até o fim desta semana. Porém, para preservar o atleta, a equipe tricolor anunciará a venda somente após o final da Libertadores.

Hernanes joga

Mesmo com a saída ga-rantida, Hernanes estará em campo contra o Inter-nacional, hoje, 5. Em outras oportunidades, Ricardo Go-mes, quando algum jogador esteve em negociação (Cle-ber Santana e Washington) os mesmos foram afastados.

“Já falei com ele sobre isso hoje (terça-feira) pela manhã. Está tudo certo, ele joga”, revelou o treinador.

Junior Sagster

Partes estão acertadas e volante vai defender a Lazio por três temporadas

Neymar e as meninices da VilaParadinhaNeymar utilizou por seis vezes o recurso. A primeira

vítima foi Rogério Ceni, que também caiu na semifinal do Paulistão. Joia perdeu um pênalti assim, contra o Ce-ará.

Saco de golsContra o Guarani, atacante fez cinco gols na vitória

por 8 a 1, pela Copa do Brasil. Com 11 gols, é o artilheiro da atual edição do torneio.

DancinhasAs comemorações também marcaram o jogador,

apontado, ao lado de André, como o coreógrafo do time. Alguns rivais entenderam como desrespeito e moleca-gem. O clássico contra o Palmeiras, pelo Paulistão, foi o de maior polêmica.

1, 2, 3, 4...Contra o Naviraiense, pela Copa do Brasil, Neymar

enfileirou três jogadores e mais o goleiro antes de con-cluir. A partida terminou com goleada por 10 a 0, a se-gunda maior de toda a História da competição.

CavadinhaA primeira foi em amistoso contra a Ferroviária,

quando foi chamado de Loco Neymar, alusão ao uru-guaio Loco Abreu. Depois, a diabrura terminou em cho-ro após o erro na primeira final contra o Vitória.

Junior Sagster

O sonho de todo treina-dor de futebol é ter tempo para trabalhar e preparar o time. Luiz Felipe Scola-ri chegou ao Palmeiras há menos de um mês e a últi-ma semana foi a primeira que teve livre para treinar a equipe.

Com o período sem jogos, o treinador começou a co-locar o Verdão nos moldes que deseja e a definir um esquema de jogo. No due-lo contra o Corinthians, no último domingo, 1º, ele teve apenas o zagueiro Léo como desfalque de linha e pen-sa em repetir a escalação na próxima partida. “Não começamos bem. Depois, equilibramos e jogamos de acordo com aquilo que esta-va combinado. Existe a boa

possibilidade que a gente repita este time no próximo jogo”.

Mesmo já tendo um time ideal, o treinador ainda es-pera pela contratação de reforços. Os mais próximos de chegar são o zagueiro Fabrício, do Flamengo, e o volante Rivaldo, do Avaí. O chileno Valdivia, já contra-tado, ainda não foi apresen-tado.

A chegada do Fabrício, aliás, pode possibilitar Scolari de montar a equipe com três zagueiros, com o reforço atuando pelo lado esquerdo. Com essa forma-ção, o técnico conquistou a Copa do Mundo de 2002 pela Seleção Brasileira.

“Os atletas estão se posi-cionando bem, tendo alter-

nativas de jogar em mais de um esquema. Agora, pode-mos até testar o time com três zagueiros. Com mais alternativas, podemos me-lhorar”, disse ele.

Já com Rivaldo, Felipão terá um jogador canhoto no meio de campo, que é um de seus principais pedidos desde que chegou ao clube. No clássico de domingo, o destro Márcio Araújo jogou no lado esquerdo e recebeu elogios do comandante.

Finalmente Valdivia che-ga

Valdivia finalmente che-gou a São Paulo na última quarta-feira, 4. Anunciado como reforço do Palmeiras no dia 26 de julho, o chileno

atrapalhou-se com questões pessoais, perdeu um voo e foi atrapalhado até por uma gripe, mas já está em São Paulo para assinar com o clube alviverde.

A data da apresentação ainda não foi decidida pelo Palmeiras. Valdivia nem mesmo assinou contrato com o clube, apenas a sua rescisão de contrato com o Al Ain. A resolução da par-te burocrática, no entanto, não deve garantir a rapidez de seu retorno.

Segundo Luiz Felipe Sco-lari, Valdivia não está nas condições físicas ideais e levará pelo menos 15 dias para entrar em forma e ain-da levará algum tempo ate entrar em ritmo de jogo.

Junior Sagster

Scolari monta time ideal, mas espera pela chegada de reforços

No embalo da torcida, que vai lotar o Morumbi hoje, quinta-feira,5, o São Paulo vai para cima do In-ternacional, para tentar inverter a vantagem ad-quirida pelo adversário no Beira-Rio (1 a 0).

Comissão técnica e joga-dores sabem da dificuldade para avançar na Libertado-res, mas também são unâ-nimes em manter a con-fiança.

“Não é questão de ser mais forte, mas sim de aproveitar que jogamos em casa. Na primeira partida, ficamos muito abaixo do que podemos produzir. A certeza de jogar no Morum-bi, com a qualidade que te-mos, a expectativa é a de vencer e avançar”, analisou Fernandão.

“Parto do princípio de Rogério. Se eu não acre-ditar que posso vencer no Morumbi, nem vou na quinta-feira. O Inter vem com a vantagem do empa-te em relação a marcar gols fora de casa, mas confio, acredito nos meus compa-nheiros, no meu time, isso vai ser o mais importante para sair com o resultado positivo”, completou o ata-cante tricolor.

Nos últimos anos, pela Libertadores, o Tricolor

passou por dificuldades nos jogos da ida e depois, em seus domínios, conse-guiu vencer e avançou no torneio. Recentemente, em 2006, quando foi vice, perdeu por 1 a 0 para o Estudiantes (ARG) e, pelo mesmo placar, venceu no Morumbi e avançou após se dar bem nas cobranças de pênaltis (leia mais abaixo).

Assim como nas outras oportunidades, quando teve de lutar contra uma desvantagem, o Sampa, com o apoio dos torcedo-res, quer novamente dar o troco após uma derrota. A tarefa não será fácil, o que é reconhecido pelos são-pau-linos, mas todos acreditam na vaga para a decisão.

Relembre outras viradas na Libertadores:

São Paulo 1x0 Newell’s O. Boys17/6/1992 Depois de ser

derrotado em Buenos Ai-res, na Argentina, por 1 a 0, repetiu o mesmo placar na volta e levou a decisão para os pênaltis. Venceu por 3 a 2 e conquistou o primeiro título da competição.

São Paulo 4x0 Newell’s O. Boys14/4/1993 Em novo con-

fronto frente aos argenti-nos, desta vez pelas oitavas

de final, nova derrota fora de casa. Depois de perder por 2 a 0 em Buenos Aires, goleou por 4 a 0 no Mo-rumbi e avançou na com-petição.

São Paulo 2x1 Rosário Central12/5/2004 Depois de

perder por 1 a 0 em Rosá-rio, na Argentina, venceu por 2 a 1 no Morumbi e levou a decisão para os pê-naltis. Por 5 a 4, garantiu vaga nas quartas de final.

São Paulo 1x0 Estudiantes19/7/2006 Após perder

por 1 a 0 em Quilmes, na Argentina, deu o troco com o mesmo placar no Mo-rumbi, com gol de Edcar-los. Nos pênaltis, fez 4 a 3 e avançou para a semifinal. Acabou sendo vice da com-petição.

São Paulo x Internacional5/8 No Beira-Rio, der-

rota por 1 a 0, com gol do meia Giuliano. Agora, pre-cisa repetir o mesmo placar para levar a decisão para os pênaltis ou então conseguir dois gols de diferença para avançar e disputar a final – contra Universidad (CHI) ou Chivas (MEX). Se sofrer um gol vai precisar balan-çar a rede três vezes.

Junior Sagster

Histórico é favorável ao São Paulo

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Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 CIÊNCIA & TECNOLOGIA 06

Uma boa noite de sono pode fazer diferençapor Junior Sagster

O sono é uma atividade fisiológica essencial à nossa saúde e à nossa sobrevivên-cia. É durante o sono que ocorrem diversos processos metabólicos, através dos quais o corpo se recupera e se desenvolve. Pesquisas demonstram que repousar, sem dormir, não apresenta os mesmos resultados de uma boa noite de sono.

A privação do sono leva, entre outras coisas, a uma queda na atenção, dificul-dades em aprender novas tarefas motoras, alterações emocionais e dificuldades de memorização.

Mas, o que é o sono?

O ciclo de sono e vigília se repete a cada 24 horas, ou seja, apresenta o que cha-mamos de ritmo circadiano. Estudos demonstram que esse ciclo se mantém mes-mo em condições nas quais não se possui acesso à pas-sagem do tempo. Pessoas mantidas em salas escuras continuaram dormindo e acordando aproximada-mente a cada 24 horas.

Isso sugere que o con-trole do sono não depende apenas de fatores externos, e mas também de meca-nismos internos (endóge-nos) do organismo. Esses mecanismos são chamados de relógios biológicos e são capazes de controlar os rit-mos biológicos mesmo na ausência de estímulos am-bientais.

Em média, adul-tos devem dormir entre sete e nove horas diárias. Este número varia con-forme a idade, as atividades realiza-das e outras caracte-rísticas individuais. Crianças precisam dormir um número maior de horas.

Um bebê recém-nascido dorme cerca de 18 horas; com um ano de idade, entre 13 e 14 horas. Ou seja, o número de horas tende a dimi-nuir com o aumento da idade, até atingir uma média de 8 horas diá-rias.

Acordando

Existem duas maneiras de acordar. Uma delas é ser despertado por estímulos externos intensos, como sons, sensações táteis ou luz intensa. Esses estímulos tiram de sincronia os im-pulsos nervosos do córtex cerebral e nos despertam. A outra forma é despertar espontaneamente e isso ge-ralmente ocorre após o tér-mino de um ciclo completo de sono.

As fases do sono

O sono não é um fenôme-no homogêneo. Ele ocorre de forma cíclica e cada ciclo apresenta vários estágios, alternando fases de sono profundo e leve. Em média,

cada ciclo dura entre 60 e 90 minutos e é dividido nos seguintes estágios:

Estágio 1: é a fase inicial do sono, ou seja, a transi-ção entre o estado de vigí-lia e o sono. Pode durar de alguns segundos a até cerca de cinco minutos. É carac-terizado pelo sono leve, do qual somos facilmente des-pertados. O estado de cons-ciência é baixo e a atenção, reduzida. Nessa fase, o in-divíduo pode ouvir e falar, mas, provavelmente, não irá se lembrar depois que acordar. Corresponde a cer-ca de 5% do tempo total de sono e pode ocorrer tam-bém durante a mudança de estágios.

Estágio 2: ainda é uma fase de sono leve, mas não tanto como no estágio 1. Dura de 10 a 20 minutos.

Estágio 3: é o início do sono profundo. A atividade cerebral se torna mais lenta e o processo de recuperação fisiológica do organismo se inicia. Dura de alguns se-gundos até cerca de cinco minutos.

Estágio 4: sono profun-do. Nesta fase diminuem a frequência cardíaca, a respiração e a temperatura corporal. É neste estágio que ocorre a produção de hormônios. Dura cerca de 20 minutos.

Sono REM: conhecido como estágio 5 ou sono paradoxal, acontece cerca de 90 minutos depois de adormecer. No sono REM, os olhos se mexem rapida-mente por baixo das pál-pebras fechadas, porém o restante da musculatura do

corpo permanece to-talmente relaxada. O REM é vital para a memória, a apren-dizagem e a recupe-ração das energias físicas e mentais. O nome REM vem da sigla em inglês para movimentos rápidos dos olhos (rapid eyes movements). Nesta fase, embora a pes-soa esteja dormin-do profundamente, as ondas cerebrais possuem um padrão de atividade similar àquele da vigília, daí o nome sono para-doxal. Este estágio

dura de 15 a 20 minutos e é nele que ocorrem os so-nhos.

Distúrbios

Os distúrbios do sono são alterações que afetam o iní-cio ou todo o sono e podem ter origem emocional ou fi-siológica. Alguns destes dis-túrbios são a insônia, a nar-colepsia, a apnéia do sono e o terror noturno.

A insônia é caracterizada pela dificuldade em pegar no sono ou por manter o sono por um período contí-nuo, levando à fadiga, falta de atenção e indisposição durante o dia. Pode ter ori-gem emocional, como o es-tresse, ou fisiológica, como distúrbios hormonais ou neurológicos.

A narcolepsia é um dis-túrbio pouco comum, mar-cado por episódios de sono

súbito e incontrolável ao longo do dia, mesmo em situações inesperadas. Este sono possui curta duração e, geralmente, não ultrapas-sa 30 minutos. As causas da doença ainda não foram descobertas, mas, como costuma afetar vários mem-bros de uma mesma família, acredita-se que exista uma predisposição genética.

A apnéia do sono é carac-terizada por paradas curtas e repetitivas da respiração durante o sono. Costuma-se classificar este distúrbio em dois tipos, dependendo da origem. Quando a ap-néia é causada por disfun-ção no controle neurológico da respiração, é chamada de apnéia do sono central. Quando é provocada por obstrução das vias aéreas, é chamada de apnéia do sono obstrutiva.

O terror noturno é con-siderado uma manifestação severa do sonambulismo. Geralmente, o portador do distúrbio se levanta no meio do sono profundo, muito agitado, com a respiração e os batimentos cardíacos acelerados e, por vezes, gri-tando como se estivesse aterrorizado. Ao acordar, a pessoa geralmente não se lembra de nada.

É importante procurar ajuda médica ao sentir di-ficuldade para dormir ou alguma outra disfunção du-rante o sono, pois somen-te um especialista poderá fazer o diagnóstico correto e prescrever o tratamento adequado.

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Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 CULTURA E ENTRETENIMENTO 07

Tardes abandonadas na TV

Por André Santana

As tardes da TV brasileira estão abandonadas. Nos ca-nais abertos, as opções são poucas e de qualidade bas-tante duvidosas. Reprises, enlatados e papos-furados fazem parte do cardápio ves-pertino na TV.

Na Record, desde o fi-nal do intragável “Geraldo Brasil”, as tardes estão às moscas. Sua principal atra-ção neste horário é o “Tudo a Ver”, atração que recicla material de outros progra-mas da emissora. Matérias feitas para telejornais, para o “Câmera Record” ou “Do-mingo Espetacular”, ou qua-dros de programas como o “Hoje Em Dia” são requen-tados no horário da tarde. Ou seja, é um programa com claro propósito de tapar bu-raco na grade e “enrolar” a audiência.

Na Band, a novidade é o “Popcorn TV”. Apresentado por Otávio Mesquita e Luize Altenhofen, a atração tenta fazer graça com uma pegada

mais juvenil. “Popcorn” se sustenta com as chamadas “pegadinhas”, brincadeiras feitas com câmeras suposta-mente escondidas. Material estrangeiro, com cheiro de armação e que não tem mui-ta graça.

No SBT, saíram as repri-ses de filmes do “Cinema em Casa” e entraram as reprises de novelas. “Pérola Negra”, de 1998, ganha seu segun-do repeteco. “Esmeralda”, de 2004, é reprisada pela primeira vez. Aos fãs de no-velas, há a opção pela trama mexicana inédita, que aten-de pelo inusitado título de “As Tontas Não Vão ao Céu”. No fim da tarde, as brigas em família entram em cena no “Casos de Família”, onde populares vão lavar roupa suja na TV.

Já na RedeTV!, a conver-sa começa mais cedo. No “A Tarde É Sua”, a apresenta-dora Sonia Abrão explora os assuntos mais mórbidos possível. Tragédias, mortes e histórias tristes entram entre uma ação de merchan-

dising e outra.E na Globo, não há in-

vestimento neste período. A emissora ocupa sua grade vespertina com as tradicio-nais reprises de novelas no “Vale a Pena Ver de Novo”. Ao final do repeteco da no-vela, tem repeteco de filme na “Sessão da Tarde”. Sal-vo uma ou outra produção, os cartazes da sessão já são velhos conhecidos dos es-pectadores. “A Lagoa Azul”? Pois é.

A tarde é um período de difícil investimento para as emissoras. Com público formado, principalmente, por adolescentes e donas de casa, o período sofre com baixo número de es-pectadores. Daí, a mentali-dade das emissoras de não investir muito, apostando em reprises, ou preencher a tarde com programas que mais servem para fazer mer-chandising do que entreter. Pobre daquele que quer des-cansar pela tarde, mas não consegue relaxar diante da TV.

Foto: Divulgação/SBT

“Ilha do Medo”, de Martin ScorsesePor André Santana

Leonardo DiCaprio e Martin Scorsese realmen-te funcionam juntos. Em-placaram sucessos como “Gangues de Nova York” e “Os Infiltrados”, e ago-ra repetem a parceria em “Ilha do Medo”. Pela pri-meira vez à frente de um terror, Scorsese homena-geia o cinema noir nesta produção já disponível em DVD.

“Ilha do Medo” gira em torno do agente federal Teddy Daniels (DiCaprio), um homem atormentado que, ao lado do parceiro Chuck Aule (Mark Ruffa-lo), vai investigar o mis-terioso desaparecimento de Rachel Solando (Emily Mortimer), uma paciente de um sanatório localiza-do numa ilha sombria. A

mulher assassinou os pró-prios filhos e desaparece, misteriosamente, de um quarto totalmente fecha-do. O sanatório é dirigido pelo doutor John Cawley (Ben Kingsley) e é conhe-cido por adotar métodos experimentais em seus tratamentos. O clima som-brio e tenebroso do local atormenta mais ainda Da-niels, que começa a ficar obcecado pelo caso, e a achar que o sumiço de Ra-chel tem a ver com forças sobrenaturais.

Ambientado em 1954, “Ilha do Medo” carrega ca-racterísticas de filmes des-sa época, utilizando uma trilha sonora orquestrada aos enquadramentos e o clima noir.

“Ilha do Medo” é ba-seado no livro “Paciente 67”, do escritor Dennis

Lehane. O autor, que é o produtor executivo do longa, também assinou a obra “Sobre Meninos e Lobos”, que ganhou uma versão para as telonas em 2003 dirigida por Clint Eastwood. Esta produção recebeu seis indicações ao Oscar, levando a estatueta de melhor ator para Sean Penn e de ator coadjuvan-te para Tim Robbins.

Reprodução

“O Prédio, o Tédio e o Menino Cego”, de Santiago Nazarian

O brasileiro Santiago Naza-rian, de 33 anos, foi eleito um dos autores jovens mais im-portantes da América Latina. Isso se deve ao estilo bastante particular e a maneira como Nazarian enxerga a vida. Consi-derado até estranho e sangui-nolento, o autor é dono de uma bibliografia um tanto bizarra, mas muito interessante.

Seu mais recente romance, “O Prédio, o Tédio e o Menino Cego”, resume bem a narra-tiva de Nazarian. Trata-se da história de sete meninos, que moram num prédio de frente para o mar. O prédio já é um cenário surreal: está inclinado e prestes a desabar. Os meni-nos encaram a dura fase da adolescência, num momento

em que os pais estão longe e a escola está em greve (daí o “tédio” do título). A falta do que fazer gera perigosas possibili-dades de mudança.

Os meninos são o Cego, o Gordo, o Atleta, o Negro, o Nar-ciso, o Andrógino e o Junkie. Mais do que estereótipos, seus nomes (ou a falta deles) sugerem a eterna busca pela identidade. E os meninos que-rem deixar de serem meninos quando surge Regina, a profes-sora.

A entrada de Regina tam-bém é surreal. Ela chega pelo oceano, quando o mar conge-la. Do tipo irritante e com áu-rea de inacessível, ela mexe com os meninos. Regina causa uma transformação tão grande

na vida deles que, num de-terminado mo-mento, eles deixam de carregar nomes estereotipados e ganham um “nome real”, tendo que buscar novas posições dentro da hie-rarquia social. Uma maneira bizarra de simbolizar a passa-gem para a vida adulta. E como bizarrice pouca é bobagem, a chegada de Regina marca o iní-cio de uma série de situações estranhas, incluindo assassi-natos e até zumbis!

Lançado em 2009, o livro “O Prédio, o Tédio e o Menino Cego” trata de descobertas, e o impacto delas na vida desses adolescentes. Uma publicação da editora Record.

Por André Santana

Page 8: Folha da Ilha - Ano I - Ed. 09

Por André Santana

A Globo continua reser-vando suas noites de terça para a exibição de séries nacionais. Depois de “For-ça-Tarefa” e “Na Forma da Lei”, a emissora deixa o policial de lado e parte para o drama com a série “A Cura”, de João Emanuel Carneiro (autor de “A Favo-rita”) e Marcos Bernstein.

A série conta a história de Silvério (Carmo Dalla Vec-chia), um cruel minerador do século 18 que adora ma-tar, e de Dimas Bevilláqua (Selton Mello), médico que saiu de Minas Gerais ainda jovem, depois de ser acu-sado de matar um colegui-nha de escola. Mais tarde, vai descobrir que consegue curar pessoas sem fazer uso da medicina tradicional. Silvério é um antepassado de Dimas e as histórias de cruzam ao longo do cami-

nho.Ao voltar para Diamanti-

na, Dimas passa a trabalhar no hospital dirigido pelo Dr. Turíbio Guedes (Ary Fontoura) e começa a fazer diagnósticos espetaculares. No entanto, muita gente na cidade ainda acha que Di-mas é um assassino. Já no século 18, Silvério comete atos terríveis em busca de riqueza, maltratando escra-vos e enganando oficiais da Coroa. Mas um dia, Silvério se dá mal. Ele é amaldiço-ado por um pajé e passa a sofrer fortes dores. É aí que ele encontra Ezequiel (Dyjhan Henrique), jovem com o dom da cura. Silvé-rio acredita que o pequeno curandeiro vá salvá-lo, mas Ezequiel se recusa a curá-lo.

“Aos poucos, as histórias vão se explicando. É uma espécie de trajetória cár-mica, um ajuste de contas

através dos séculos”, disse João Emmanuel Carneiro, em coletiva de lançamento da série.

“A Cura” terá oito episó-dios dirigidos por Ricardo Waddington, e será exibida sempre às terças-feiras, de-pois de “Casseta e Planeta”, a partir do dia 10 de agosto.

Quinta-feira, 05 de Agosto de 2010 08CULTURA E ENTRETENIMENTO

“Passione”: Totó chega ao Brasil

Por André Santana

Depois de tentar matar Totó (Tony Ramos) e de-sistir no meio do caminho, Clara (Mariana Ximenes) resolve mudar de tática. Nos próximos capítulos de “Passione” (Globo, 21h), ela deixará o marido e voltará ao Brasil, forçando o italia-no a cruzar o oceano.

Ao encontrar a carta de despedida de Clara, Totó fica desesperado, sem en-tender o motivo de ter sido abandonada pela vilã. Assim, ele avisa a família que virá ao Brasil atrás da amada. Gemma (Aracy Ba-labanian) e Alfredo (Miguel Roncato) vêm com ele. Che-gando ao Brasil, Totó reen-contra Clara e se muda com

a esposa para um hotel.Toda essa movimenta-

ção pode juntar novamen-te Clara e Fred (Reynaldo Gianecchini). Isso porque Totó decide visitar a mãe brasileira, deixando Bete (Fernanda Montenegro) emocionada. Em meio à emoção, Bete mostra ao filho o dossiê onde reúne todas as falcatruas de Fred. É o que basta para que o italiano encerre a parceria e destrua a procuração que dava plenos poderes ao gol-pista. Clara vibra ao saber que o ex-parceiro se deu mal.

E Bete fica muito feliz ao saber que o filho casou-se novamente. Bastante sur-presa e emocionada com os acontecimentos, ela co-meça a planejar um jantar

para conhecer a nova nora, sem nem desconfiar de que se trata de Clara. Será que Fred deixará barato ao sa-ber que a ex-amante está por trás de sua ruína?

Foto: Divulgação/TV Globo

“A Cura”: nova série da Globo

Foto: Alex Carvalho/Rede Globo

Inscrições abertas para concurso de fotografiaA prefeitura municipal,

por meio do departamento da cultura, torna pública a abertura de inscrições e convoca os interessados a participarem do 2º Concur-so de Fotografia, a partir do dia 16 de Agosto. Para este ano, o tema escolhido é “Um Olhar Para a Família”.

Segundo o diretor da cul-tura Nilson Nantes, pode-rão participar do concurso fotógrafos profissionais e amadores. A premiação conferirá os seguintes prê-

mios: R$ 800,00 ao pri-meiro lugar; R$ 500,00 ao segundo lugar; R$ 300,00 ao terceiro lugar. Haverá ainda o prêmio júri popu-lar, que será dado à fotogra-fia que obtiver maior vota-ção pela internet, cujo valor é de R$ 500,00. “Na edição anterior tivemos mais de 20 inscrições, e para este ano a expectativa é maior. A avaliação será julgada por uma comissão formada por especialistas em fotografia, sociologia e arte indicada

pelo departamento da cul-tura”, explicou Nantes.

Encontra-se a disposição a ficha de inscrição no de-partamento da cultura, lo-calizado no centro Cultural, praça dos Paiaguás, 135. Outras informações pelo te-lefone 3743-6022.

O departamento de cul-tura definiu nesta semana a programação da 1ª Mostra de Teatro de Ilha Solteira.

O primeiro espetáculo acontecerá no dia 20 de agosto. Será a peça “Vá-cuo”, da Companhia Grupo Traia, da cidade de Pená-polis, no palco da Praça da Integração, a partir das 20 horas. No dia seguinte, 21, a Cia Herdeiros da Arte apre-senta o teatro de rua “O Batuque da Alegria” às 10 horas, nas avenidas Brasil Sul e Norte. No mesmo dia, às 20 horas, na Praça da In-tegração, será apresentada

a peça “Desejo Catirina”, do grupo Os Itinerantes da ci-dade de São Paulo. A mos-tra termina no dia 22, com a apresentação de “Melo-dramas”, da Cia Palhaços Noturnos, às 20 horas no clube Seis.

O departamento de cul-tura espera reunir, duran-te estes três dias, atrações culturais de toda a região. Além disso, a 1ª Mostra de-verá movimentar a cidade, já que são quatro apresen-tações diferenciadas. “Pela primeira vez, vamos repre-sentar um apanhado cultu-ral das produções que acon-

tecem na região e estado, e mostra um quadro amplo das produções artísticas contemporâneas e profis-sionais ligados às artes que realizam projetos expondo a heterogeneidade de ati-vidades que, em diferen-tes eventos, formam uma programação recheada de criatividade e fértil em qua-lidade”, disse o diretor de cultura Nilson Nantes.

O departamento de cul-tura contará com o apoio da prefeitura municipal, câmara municipal, secreta-ria do estado da cultura e Abaçaí Cultura e Arte.

Definida a programação da 1ª Mostra de Teatro