Folder Reeducacao Vesical Feminina
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Manual de Orientaes para o
Paciente Lesado Medular
Reeducao vesical
Cateterismo Feminino
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REEDUCAO VESICAL
A Leso Medular consiste em trauma ou doena, que altera a funo da medula e produz
como conseqncia, dificuldades na rea motora (movimento), sensitiva (sentir), sexual,
alteraes no controle do intestino, bexiga e dos esfncteres (vlvulas que controlam a sada
da urina).
As pessoas que sofrem alguma leso na medula podem ter: reteno da urina, dificuldade
para segurar a urina (incontinncia, perdas involuntrias), esvaziamento incompleto da
bexiga, infeces urinrias, clculos (pedras) problemas renais.
SISTEMA URINRIO
CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO (CIL)
o mtodo mais utilizado para o esvaziamento correto da bexiga, de pessoas com leso
medular, que no controlam a urina, ou que aps urinarem ficam com urina dentro da
bexiga (urina residual).
Consiste em passar uma sonda (pequeno tubo) limpo atravs da uretra (canal da urina), para
esvaziar a bexiga.
O Cateterismo pode ser feito nas mulheres (feminino), como nos homens (masculino).
O cateterismo pode ser realizado pela prpria pessoa (auto cateterismo) ou por outra pessoa
(cateterismo assistido), algumas vezes ao dia.
A realizao do cateterismo vesical, muito importante para manter uma boa qualidade de
vida.
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A urina no saia toda hora (reeducar a bexiga); Favorece as atividades fora de casa (trabalho, lazer, escola...); Permanece seco, evitando assaduras; Permite que a bexiga funcione com baixa presso em seu interior; Evita complicaes: Infeces urinrias, refluxo vsico-uretral
(retorno da urina para os rins), clculos (pedras) na bexiga e rins...
O QUE USAR:
Sonda uretral;
Sabonete neutro;
Gaze;
Lubrificante tipo, lidocana gel;
Recipiente para colocar a urina;
Espelho, se necessrio;
Foco de luz, se necessrio.
COMO FAZER:
Lavar bem as mos com gua corrente e sabo;
Colocar o material necessrio ao seu alcance;
Lavar bem a regio genital, com gua e sabo;
Lavar bem as mos novamente;
Passar lubrificante na sonda uretral;
MULHERES
Afastar as pernas e, com uma das mos, separe e afaste os lbios da vagina, para ver o canal da urina (meato urinrio). Voc pode utilizar o espelho e foco de luz para
ajudar na localizao do meato urinrio;
Colocar a sonda no canal da urina (meato urinrio) at a urina comear a sair;
Deixar sair toda urina, em um recipiente;
Quando a urina parar de sair, respire fundo, encha a barriga de ar, segure alguns segundos, solte o ar (repita algumas vezes);
Aperte com a mo, um pouco abaixo do umbigo, para ter certeza que a bexiga esvaziou completamente.
Retire a sonda com cuidado.
Observar a quantidade, cheiro e cor da urina.
Secar a regio genital.
Lavar as mos.
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ATENO:
Ao passar a sonda se houver resistncia, tente novamente sem fazer fora.
Caso voc continue sentindo resistncia pare, no force. Procure o atendimento
mdico.
Pequenos sangramentos podem acontecer uma vez ou outra ao fazer o
cateterismo. No se assuste. Se necessrio lubrifique bem a sonda.
No caso do sangramento continuar e ou aumentar, procure seu
mdico para melhor avaliao.
LIMPEZA E DESINFECO DA SONDA
Se for necessrio voc pode reaproveitar a sonda fazendo a limpeza e desinfeco, pois o
cateterismo um procedimento limpo, no estril.
Lave a sonda com gua corrente por dentro e por fora. Coloque em soluo (250ml de gua
filtrada ou fervida fria e 1 colher de gua sanitria em recipiente escuro). A soluo deve
ser introduzida no interior da sonda. Mantenha a sonda na soluo por aproximadamente 30
minutos. Lavar bem a sonda com gua corrente por dentro e por fora, secar e guardar em
lugar seco e limpo. A soluo deve ser trocada 1 vez ao dia.
REFERNCIA BIBLIOGRFICA
Incontinncia urinria masculina e feminina, Convatec, Campanhia Bristol;
Rede SARAH de Hospitais do Aparelho Locomotor, Cateterismo masculino e feminino;
Centro de Reabilitao e Readaptao (CRER), Equipe de Enfermagem, Clnica de Leso
Medular, Auto Cateterismo para Homens, Auto Cateterismo para Mulheres;
Aplicaes Clnicas e Urodinmicas / Carlos Arturo Levi DAncona, Nelson Rodrigues Netto Jnior Campinas, S.P. (S.N., 1995) 336.P.I.L.; Paraplegia e Tetraplegia. Um Guia Terico-Prtico para Fisioterapeutas, Cuidadores e
Familiares. Ida Branley bem FCSP ed. Revinter ltda, 4 edio, 1997.
Verso 2008.
Centro Catarinense de Reabilitao CCR. Elaborao: Ana Maria Petters Enfermeira COREN 41489. Graduao: Universidade Federal de Santa Catarina UFSC. Especializao em Projetos Assistenciais de Enfermagem UFSC. Superviso: Dr Patrcia Khan.
Especialista em Medicina Fsica e Reabilitao.
Ps Graduao em Clnica de Dor.