Floresta Densa Equatorial (Floresta Virgem ou Floresta Ombrófila)
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Leonardo
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FLORESTA PLANTADA,
DENDROMETRIA,
INVENTÁRIO E INCÊNDIO
FLORESTAL
3
SUMÁRIO pg.
INTRODUÇÃO .......................................................................... 04
1. Apresentação ..................................................................... 05
2. O que vamos estudar neste curso? .................................... 06
3. manejo de floresta plantada ............................................... 10
4. biomas e florestas ......................................................... 15
5. gestão pública das floresta ................................................. 21
6 . Programa nacional de floresta ........................................... 22
7 . sistema de manejo para floresta plantada .......................... 25
8. manejo de alto fuste .......................................................... 27
9. talhadia .............................................................................. 29
10. sistema silviculturais ......................................................... 36
11. Questões comentadas........................................................ 42
13. Gabarito............................................................................. 61
14. Bibiografia........................................................................ 62
4
Olá, meus amigos e amigas!
Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito bom tê-los
aqui. Nossas aulas visam preencher uma lacuna no mundo dos concursos com
relação as áreas agrícolas, onde faltam materiais de qualidade para que
possamos estudar os temas pedidos nos editais, nosso objetivo e preencher
esta lacuna e preparando os alunos a disputar uma vaga, e estar entre os
classificados. Assim, teremos aulas voltadas para os principais concursos
nacionais como: FISCAL AGROPECUÁRIO - (MAPA) (Agronomia,
veterinária, zootecnia), PERÍTO DA POLÍCIA FEDERAL (Agronomia,
engenharia florestal, engenharia elétrica, etc), POLÍCIA CIENTÍFICA,
INCRA E MUITOS OUTROS. Estaremos elaborando aulas de acordo com os
editais, com muitos exercícios, para que possamos gabaritar estas provas.
Queremos abordar várias áreas, como engenharia agrícola, florestal,
ambiental, engenharia civil, engenharia elétrica, arquitetura etc.
ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO
O curso de fertilidade do solo compõem-se de seis aulas em pdf totalmente
explicadas contemplando vários exercícios de concursos anteriores visando o
treinamento do candidato, esse material objetiva ser a única fonte do aluno
contemplando toda a matéria solicitada no edital CODESAIMA. Então, não
precisará de livros, apostilas, ou qualquer outro material. Em caso de
5
dúvidas, teremos um FÓRUM diretamente ligado aos professores, no
qual você pode entrar em contato, quando julgar necessário, para
esclarecimento de pontos da aula que não ficaram tão claros ou precisam de
um aprofundamento. O site foi feito pensando em você, para que alcance
seus sonhos, passar em um bom concurso. Para isso precisamos de
excelentes materiais, o que era uma raridade nas áreas específicas, hoje
temos AGRONOMIACONCURSOS vindo a preencher está lacuna.
Acompanhe nossa página no Facebook com as novidade no mundo dos concurso.
Agronomia concursos
APRESENTAÇÃO
Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na Universidade
Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG (Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais). Tenho pós-
graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o Desenvolvimento
Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o mestrado em Agricultura
Tropical, na área de conservação de solos. Fui professor do curso técnico
agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e forragicultura, fertilidade do
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solo e culturas anuais e olericultura. Sou professor de matemática e física do
ensino médio. Ministro vários cursos para agricultura familiar, entre eles
fertilidade do solo, culturas anuais, olericultura, mecanização agrícola,
cafeicultura e manejo da bovinocultura de leite. Trabalho com crédito rural
(custeio e investimento), elaborando projeto e prestando orientação aos
agricultores há 10 anos. Sou responsável pela elaboração da Declaração de
Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP)
e correspondente bancário pelo sistema COPAN.
Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização
agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,
Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em outros,
mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou até hoje.
O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro, nosso
espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia. Aproveite
todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem nossos
cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a linguagem e os
temas que não ficarem tão claros. Espero que vocês também aprovem e
gostem do nosso material, e que ele possa ajudar na sua aprovação!
O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO?
ANÁLISE DO EDITAL
Analisemos agora a química e fertilidade do solo
conforme edital lançado. Inicialmente, transcrevo o
conteúdo programático do edital
PERITO CRIMINAL: MEIO AMBIENTE Botânica: Morfologia e anatomia veget
7
al; Taxonomia vegetal; Solos: Química e fertilidade do solo; Física do solo;
Gênese do solo; Morfologia do solo; Sistema brasileiro de classificação de so
los; Principais domínios pedológicos brasileiros; Análise e remediação da co
ntaminação do solo; Recuperação de áreas degradadas; Evolução e cl
assificação das formas de relevo; Microflora, micro e mesofauna do so
lo; Geofísica forense; Geofísica de águas subterrâneas; Mineralogia; Gemo
logia; Erosão e conservação de solos; Riscos geológicos e impactos ambie
ntais; Inseticidas; Preservação, conservação e manejo de recursos naturais r
enováveis; Noções de ecologia; Poluição em agroecossistemas; Manejo de fl
orestas plantadas; Dendrometria e inventário florestal; Métodos de estimaç
ão de volumes de madeira; Taxonomia e identificação anatômica de madeira
s: espécies madeireiras com restrição de corte; Processos
de amostragem; Rendimento de serraria; rendimento de carvoaria. Inc
êndios florestais: causas, efeitos e dinâmica; Hidrologia e
Manejo de bacias hidrográficas; Influência das florestas no regime dos rios;
Avaliação de impactos ambientais e valoração de danos ambientais; Morfolo
gia, fisiologia, genética e taxonomia de microrganismos de importância agrí
cola; Transformações bioquímicas
envolvendo microrganismos do solo; Associações simbióticas entre microrga
nismos do solo e plantas; Caracterização e ocupação dos biomas brasileiros;
Zoneamento ambiental; Estudos ambientais: tipos e aplicações; Cartografi
a básica: Conceitos. Representação da Terra no plano. Sistemas de coorden
adas. Projeções cartográficas. Projeção UTM. Cartografia temática. Leitura d
e cartas e mapas. Topografia: Conceitos. métodos de levantamento topográ
fico e aplicações na área rural, Medida de distâncias e ângulos. Orientação.
Posicionamento planimétrico e altimétrico. Levantamentos planialtimétricos.
Locação. Terraplenagem. Cálculo de áreas e volumes. Divisão de áreas. I
nstrumentos e métodos de medição. Fotogrametria: Conceitos. Noções
de técnica fotogramétrica. Modelo estereoscópico: obtenção, uso, geomet
ria. Fundamentos matemáticos da fotogrametria. Erros na fotogrametria. Aer
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otriangulação. Geodésia: Conceitos. Modelos terrestres geometria do eli
psoide. Sistemas de referência. Datum. Transporte de coordenadas. De
terminação do elipsoide. Sistema de coordenadas: SAD 69. WGS 84, SIRGA
S. Métodos de medida e posicionamento em geodésia. Geodésia celeste. Po
sicionamento GNSS (GPS, GLONASS e Galileo). Conceitos sobre a teoria GPS
: Características gerais. Estrutura do sinal GPS. Cálculo das coordenadas do
receptor. DOP. Fontes de erros GPS. Degradação da precisão. Tipos de rece
ptores: Principais características de um receptor. Aplicações de GPS. C
artografia automatizada. Elementos matemáticos de computação gráfica
. Estrutura de computação gráfica. Métodos digitais. Cartografia digital: con
ceito. Tecnologia de produção cartográfica. Sistemas deInformações geográfi
cas –
SIGs: Fundamentos em SIGs. Elementos de SIG. Sensoriamento remoto; Ge
oprocessamento. Aquisição de dados espaciais. Qualidade de dados e dos m
apas digitais. Interpretação de fotografia aéreas, imagens de radar, imagen
s a nível orbital. Fauna brasileira. Anatomia, fisiologia e patologia dos anima
is domésticos e dos animais silvestres; Defesa animal; Noções de classificaç
ão taxonômica da fauna silvestre brasileira. Manejo de animais da fauna silv
estre brasileira; Legislação específica e normas técnicas: Lei Federal no 1
2.651/2012 e suas alterações, Lei Federal no 6.938/1981, Lei Federal
no 7.802/1989, Lei Federal no 9.605/1998, Lei Federal no 9.985/2000, L
ei Federal no 12.305/2010, Lei Federal nº 11.428/2006. Resoluções CONAM
A no 1/1986 (alterada pelas Resoluções no 11/1986, no 5/1987 e no
237/1997), no 357/2005 (alterada pelas Resoluções no 370/2006, no
397/2008, no 410/2009 e no 430/2011), nº 417/2009, nº 004/1994 e nº 26
1/1999. Normas da ABNT: NBR nº 10.151:2000 (versão corrigida:2003), N
BR no 14.653‐1:2001 (versão corrigida 2:2005) e NBR 14.653‐3:2004.
Assim, vamos montar nosso cronograma.
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Cronograma das aulas
AULA MATÉRIA DATA
00 MANEJO DE FLORESTA PLANTADA 06/10/2017
01 MANEJO DE FLORESTA PLANTADA: SERVIÇOS
AMBIENTAIS: SISTEMA AGROFLORESTAL 13/10/2017
02 INTRODUÇÃO À DENDROMETRIA. EVOLUÇÃO
HISTÓRICA, IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES. TIPOS DE MEDIDAS. ESTUDO DO DIÂMETRO,
INSTRUMENTOS USUAIS NA MENSURAÇÃO DO
DIÂMETRO
20/10/2017
03 ESTUDO DA ÁREA BASAl, ESTUDO DA ALTURA,
VOLUME E ESTUDO DA FORMA DAS ÁRVORES. 30/10/2017
04 INTRODUÇÃO AO INVENTÁRIO FLORESTAL,INVENTÁRIO FLORESTAL: TIPOS DE
INVENTÁRIOS
03/11/2017
05 TECNICA DE COLETA DE DADOS, TECNICA DE
AMOSTRAGEM
RENDIMENTO DE SERRARIA; RENDIMENTO DE
CARVOARIA
10/11/2017
06 INCÊNDIOS FLORESTAIS 17/11/2017
10
MANEJO DE FLORESTA PLANTADA
No Brasil, os plantios de florestas começaram há mais de um século. Em
1903, o pioneiro Navarro de Andrade trouxe mudas de Eucalipto
(Eucalyptus spp.) para plantios que produziriam madeira para dormentes das
estradas de ferro. Em 1947 foi a vez do Pinus (Pinus spp.). Essas espécies se
desenvolveram bem nas regiões onde foram introduzidas, o Eucalipto nos
cerrados paulistas e o Pinus no sul do Brasil. Como os recursos naturais da
Mata Atlântica há muito vinham sendo dilapidados, o plantio dessas espécies
tornou-se alternativa viável para suprir a demanda de madeira.
A década de 70 foi marcada pela política de incentivos fiscais para o
reflorestamento, que começaram ainda na década de 60. Com esses
incentivos foi possível ampliar consideravelmente o estoque de madeira
nesses plantios (Bracelpa, 2009). Desde então se investiu em pesquisa sobre
a silvicultura dessas espécies, consolidando seu uso em plantios comerciais.
O Brasil detém hoje as melhores tecnologias na silvicultura do eucalipto,
atingindo cerca de 60m³/ha de produtividade, em rotações de sete anos.
Existem plantios comerciais de outras espécies, como Acácia (Acacia
mearnsii), Seringueira (Hevea spp.), Teca (Tectona grandis), Paricá
(Schizolobium parahyba), Araucária (Araucaria angustifólia) e Álamo
(Populus sp.).
Os plantios florestais apresentam-se em sua maior parte em sistema de
monocultura. As pesquisas têm avançado na área de sistemas agroflorestais
e silvipastoris que têm demonstrado resultados positivos nos aspectos
econômicos, ambientais e sociais. Algumas importantes funções das florestas
plantadas são:
Diminuição da pressão sobre florestas nativas;
Reaproveitamento de terras degradas pela agricultura;
Sequestro de carbono;
11
Proteção do solo e da água;
Ciclos de rotação mais curtos em relação aos países com clima
temperado;
Maior homogeneidade dos produtos, facilitando a adequação de
máquinas na indústria
Assim, as florestas são uma das atividade mais adequada para proteger
o solo e a água nas áreas impróprias para as culturas anuais. A floresta
comercial corretamente manejada constitui fonte de renda para o agricultor
e cria empregos no meio rural, sem agredir o meio ambiente. Topos de
morros, canhadas, matas ciliares (cursos de água, lagoas e nascentes) e as
áreas muito inclinadas (mais de 45% de declividade) deverão permanecer
com vegetação nativa de preservação permanente.
Normalmente, denominamos "floresta" como sendo qualquer vegetação
que apresente predominância de indivíduos lenhosos, onde as copas das
árvores se tocam formando um dossel. Sinônimos populares para florestas
são: mata, mato, bosque, capoeira, selva. O Serviço Florestal Brasileiro, no
desenvolvimento de seus trabalhos e na elaboração dos relatórios nacionais e
internacionais sobre os recursos florestais do país, tem considerado como
floresta as tipologias de vegetação lenhosas que mais se aproximam da
definição de florestas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO):
"Floresta corresponde a uma área medindo mais de 0,5 ha com árvores
maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%, ou árvores
capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Isso não inclui terra que está
predominantemente sob uso agrícola ou urbano."
Um outro conceito de floresta adotado pela UNFCCC – United Nations
Framework Convention on Climate Change
12
“Floresta é uma área de no mínimo 0,05-1,0 ha com cobertura de copa (ou
nível de estoque equivalente) de mais de 10-30% com árvores com o potencial
de atingir a altura mínima de 2-5 m na maturidade in situ. Uma floresta pode
consistir ou de formações florestais fechadas (densas) onde árvores de vários
estratos e suprimidas cobrem uma alta proporção do solo ou florestas abertas.
Povoamentos naturais jovens e todas as plantações que ainda podem atingir
densidade de 10-30% ou uma altura das árvores de 2-5 m são incluídos como
floresta, assim como áreas que normalmente fazem parte da área florestal,
que estão temporariamente desflorestadas como resultado da intervenção
humana, como a colheita ou causas naturais, mas cuja reversão a floresta é
esperada.”
Assim, podemos que o Brasil é um país florestal com 463 milhões de
hectares (54,4% do seu território) de florestas naturais e plantadas - o que
representa a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas da
Rússia, (fig.:1 e 2). As informações sobre as Florestas Plantadas no Brasil são
fornecidas pelo IBGE (a partir do relatório Produção da Extração Vegetal e da
Silvicultura - PEVS), e pela Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). A partir da
análise desses dados, o SNIF disponibiliza painéis dinâmicos que apresentam
a área de floresta plantada, evolução das áreas plantadas, entre outras
informações.
O tema Recursos Florestais, apresentado no Sistema Nacional de
Informações Florestais, aborda os itens Biomas e Suas Florestas, Estoque das
Florestas,Conservação das Florestas, Monitoramento das Florestas, Espécies
Florestais e Florestas Plantadas.
13
Fig .; 1 - Área de florestas plantadas (ha), por cultura e por ano (Ibá)
14
1 - COPEL - Técnico Florestal I - UFPR - 2015
Com relação às florestas plantadas para fins de produção no Brasil, é correto
afirmar:
a) O gênero Pinus ocupa a maior área de florestas plantadas nas regiões Sul
e Sudeste.
b) O gênero Eucalyptus apresenta sua maior área plantada na região Sul.
c) Os gêneros Pinus e Eucalyptus somam, ao todo, cerca de 15 milhões de
hectares plantados no Brasil.
d) No Brasil, a área com plantios do gênero Pinus supera a área dos plantios
de Eucalyptus.
e) O gênero Eucalyptus apresenta, no Brasil, sua maior área plantada na
região Sudeste.
SOLUÇÃO
As áreas de plantios florestais com eucalipto no Brasil estão distribuídas em
todo território nacional, sendo a região Sudeste (54,2%) aquela que apresenta
15
maior quantidade de áreas plantadas, seguida pelas regiões Nordeste
(16,4%), Centro-Oeste (12,2%), Sul (11,8%) e Norte (5,5%) (ABRAF, 2014).
RESPOSTA E
O setor florestal brasileiro de florestas plantadas vem apresentando
aumento de produtividade florestal. Além dos fatores ambientais favoráveis
para a silvicultura, novas tecnologias são utilizadas para aumentar a
produtividade, tais como melhoramento genético de sementes e clonagem de
espécies florestais. Esse aprimoramento leva o Brasil a se destacar na
produtividade florestal tanto de coníferas como de folhosas.
BIOMAS E SUAS FLORESTAS
O Brasil é um país florestal com aproximadamente 493,5 milhões de
hectares (58% do seu território) cobertos por florestas naturais e plantadas -
o que representa a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas
da Rússia. Desses 493,5 milhões de hectares 485,8 milhões de hectares são
florestas nativas e 7,7 milhões de hectares de florestas plantadas.
Além das áreas de preservação permanente, segundo as leis vigentes,
cada propriedade deve reservar parte da sua área com floresta nativa (reserva
legal). Esta floresta pode ser explorada sob a forma de manejo sustentado,
mediante projeto aprovado pelos órgãos ambientais. Desta forma, o Serviço
Florestal Brasileiro, no desenvolvimento de seus trabalhos e na elaboração
dos relatórios nacionais e internacionais sobre os recursos florestais do país,
considera como floresta as tipologias de vegetação lenhosas, isso de acordo
com a definição da FAO, essas tipologias agrupam as florestas e outras
vegetações lenhosas agrupando nas seguintes categorias de vegetação do
Sistema de Classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE):
Floresta Ombrófila Densa;
16
Floresta Ombrófila Aberta;
Floresta Ombrófila Mista;
Floresta Estacional Semidecidual;
Floresta Estacional Decidual;
Campinarana (florestada e arborizada);
Savana (florestada e arborizada) - Cerradão e Campo- -Cerrado;
Savana Estépica (florestada e arborizada) - Caatinga arbórea;
Estepe (arborizada);
Vegetação com influência marinha, fluviomarinha (arbóreas);
Vegetação remanescente em contatos em que pelo menos uma
formação seja florestal;
Vegetação secundária em áreas florestais;
Reflorestamento.
Segundo o IBGE, Bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal)
constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis
em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história
compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica
própria. O Brasil tem a distribuição de suas florestas em seis biomas
continentais, sendo que a Amazônia, o Cerrado e a Caatinga representam
93% do total da cobertura florestal do país.
O Brasil abriga seis biomas continentais: Amazônia, Cerrado, Mata
Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.
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AMAZÔNIA
O bioma Amazônia representa cerca de 30% de todas as florestas tropicais
remanescentes do mundo. Sua importância é reconhecida nacionalmente e
internacionalmente. Isso se deve principalmente à sua larga extensão (4,2
milhões de km2) e enorme diversidade de ambientes, com 53 grandes
ecossistemas (SAYRE et al., 2008) e mais de 600 tipos diferentes de habitat
terrestre e de água doce, o que resulta numa riquíssima biodiversidade, com
cerca de 45.000 espécies de plantas e vertebrados. As vegetações que
caracterizam o bioma Amazônia são a floresta ombrófila densa e a floresta
ombrófila aberta. Além das florestas, são encontradas no bioma Amazônia
tipologias vegetacionais típicas de savana, campinaranas, formações pioneiras
e de refúgio vegetacional (IBGE, 2004a). A Amazônia abriga vastos estoques
de madeira comercial e de carbono. Possui uma grande variedade de produtos
florestais não madeireiros, que sustenta diversas comunidades locais.
CERRADO
O Cerrado é o segundo maior bioma do país. Possui uma área de cerca de dois
milhões de km2 (24% do território nacional) e ocupa a porção central do Brasil, se
estendendo até o litoral nordeste do estado do Maranhão e norte do estado do Paraná
18
(BRASIL. MMA, 2007a). O Cerrado é uma das regiões de maior biodiversidade do
planeta. Calcula-se que mais de 40% das espécies de plantas lenhosas e 50% das
espécies de abelhas sejam endêmicas, isto é, só ocorrem nas savanas brasileiras
(KLINK; MACHADO, 2005). Devido a essa excepcional riqueza biológica, o Cerrado,
ao lado da Mata Atlântica, é considerado um dos hotspots mundiais, isto é, um dos
biomas mais ricos e amea- çados do planeta. O Cerrado caracteriza-se como uma
formação do tipo savana tropical, com destacada sazonalidade, apresentando
fisionomias que englobam formações florestais, savânicas e campestres (RIBEIRO;
WALTER, 1998). Em sentido fisionômico, floresta representa áreas com
predominância de espécies arbóreas, onde há formação de dossel, contínuo ou
descontínuo. O termo savana refere-se a áreas com árvores e arbustos espalhados
sobre um estrato graminoso, sem a formação de dossel contínuo. Já o termo campo
designa áreas com predomínio de espécies herbáceas e algumas arbustivas, faltando
árvores na paisagem. A mata de galeria caracteriza-se pela vegetação florestal que
acompanha os rios de pequeno porte e córregos dos planaltos do Brasil Central,
formando corredores fechados (galerias) sobre o curso de água (RIBEIRO; WALTER,
1998). Seis (Araguaia, Tocantins, Xingu, Tapajós, Paraguai e São Francisco) das oito
grandes bacias hidrográficas brasileiras têm nascentes na região.
Mata Atlântica
O bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados envolvem uma
área de 1,1 milhão de km2 (13% do território brasileiro). Contudo, em virtude
de séculos de destruição ambiental, a área florestal da Mata Atlântica foi
reduzida a apenas 300 mil km2 altamente fragmentados. Não obstante, a Mata
Atlântica ainda abriga parcela significativa de diversidade biológica do Brasil.
Esse bioma é composto por diversidade de formações florestais, como floresta
ombrófila (densa, mista e aberta), mata estacional semidecidual e estacional
decidual, manguezais, restingas e campos de altitude associados e brejos
interioranos no Nordeste. As florestas com Araucária (ombrófila mista)
ocorrem nos planaltos da região Sul situados a oeste da Serra do Mar.
Observa-se, no entanto, elevado número de espécies ameaçadas de extinção
nesse bioma.
19
CAATINGA
O bioma Caatinga ocupa uma área de 844.453 km2 (10% do território
nacional) e é o único bioma exclusivamente brasileiro. A Caatinga é um
mosaico de arbustos espinhosos e florestas sazonalmente secas, que cobre a
maior parte dos estados da região Nordeste e a parte nordeste do estado de
Minas Gerais, no vale do Jequitinhonha (LEAL; SILVA; LANCHER JR, 2005).
Apesar de ser uma região semiárida, com índices pluviométricos baixos (entre
300 e 800 mm por ano), a Caatinga é extremamente heterogênea. A
vegetação lenhosa caducifólia espinhosa (savana estépica), regionalmente
chamada de “Caatinga,” domina nas terras baixas do complexo cristalino e
vertentes com sombra de chuvas de serras e chapadas distantes do litoral
(VELOSO; RANGEL FILHO; LIMA, 1991, ANDRADE-LIMA, 1981; SAMPAIO,
1995). As florestas perenifólias (matas úmidas serranas) situam-se nas
vertentes a barlavento das serras e chapadas próximas do litoral, enquanto
as florestas semidecíduas e decíduas (matas secas) ocorrem nas vertentes a
sotavento das serras e chapadas próximas da costa ou nas serras e chapadas
situadas no interior da área semiárida (FERRAZ; RODA; SAMPAIO, 2003). A
Caatinga sofre alto grau de degradação ambiental, particularmente no que se
refere aos processos de desertificação e altos índices de pobreza humana.
PAMPA
O Pampa, também conhecido como campos do sul, ocorre no estado no
Rio Grande do Sul e se estende pelo Uruguai e Argentina. A vegetação
dominante é de gramíneas entremeadas por florestas mesófilas, florestas
subtropicais (especialmente floresta com araucária) e florestas estacionais.
Caracteriza-se pela grande riqueza de espécies herbáceas e várias tipologias
campestres, compondo, em algumas regiões, ambientes integrados com a
floresta de araucária. Atualmente, este bioma sofre forte pressão sobre seus
ecossistemas, com introdução de espécies forrageiras e com a atividade
pecuária.
20
PANTANAL
O Pantanal é uma das maiores áreas alagáveis contí- nuas do planeta. Cobre
aproximadamente 150.000 km² da Bacia do Alto Rio Paraguai e seus
tributários. O fator ecológico que determina os padrões e processos no
Pantanal é o pulso da inundação, que segue um ciclo anual monomodal, com
amplitudes que variam entre dois e cinco metros e com duração de três a seis
meses (JUNK; SILVA, 1999; OLIVEIRA; CALHEIROS, 2000). A vegetação é
heterogênea e influenciada por quatro biomas: Floresta Amazônica, Cerrado,
Pampa e Floresta Atlântica (ADÁMOLI, 1981). Diferentes habitats, tipos de
solos e regimes de inundação são responsá- veis pela grande variedade de
formações vegetais e pela heterogeneidade da paisagem, que abriga uma
riquíssima biota terrestre e aquática (POTT; ADÁMOLI, 1999). A formação
vegetacional predominante é o tipo savana, sendo um mosaico de campos
(31%), cerradão (22%), cerrado (14%), campos inundáveis (7%), floresta
semidecídua (4%), mata de galeria (2,4%) e tapetes de vegetação flutuante
(2,4%) (HARRIS et al. 2005). A região é notável pela sua extraordinária
concentração e abundância de vida selvagem. No entanto, os ecossistemas
que o bioma abriga são extremamente frágeis e estão sob a ameaça das atuais
tendências de desenvolvimento econômico.
Como resultado da pressão sobre as florestas, muitos ecossistemas são
alterados ou até mesmo destruídos, o que leva muitas espécies a condições
críticas de sobrevivência. Para avaliar quais e quantas espécies encontram-se
ameaçadas, pesquisas sobre a ecologia e estado da arte de espécies da fauna
e da flora são desenvolvidas através de parcerias entre governos, instituições
de pesquisas e ONGs. Periodicamente são divulgadas listas de espécies
ameaçadas.
21
GESTÃO PÚBLICA DAS FLORESTAS
A gestão das florestas do Brasil envolve diferentes instituições e os três
níveis de governo:
Federal
estadual
municipal.
No governo federal, a gestão florestal está sob a responsabilidade direta
de quatro instituições.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é responsável pela
formulação das políticas florestais. Atua como poder concedente
para produção florestal sustentável e é o responsável pela
assinatura dos contratos de concessão florestal
(www.mma.gov.br).
O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) é o órgão gestor das florestas
públicas federais para a produção sustentável de bens e serviços.
Possui também a responsabilidade de geração de informações,
capacitação e fomento na área florestal (www.florestal.gov.br).
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) é o órgão de controle e fiscalização ambiental
responsável pelo licenciamento e controle ambiental das florestas
brasileiras (www.ibama.gov.br).
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) é responsável por propor, implantar, gerir, proteger,
fiscalizar e monitorar as Unidades de Conservação instituí- das
pela União (www.icmbio.gov.br).
PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS
O governo brasileiro tem implementado diversos planos visando ao
desenvolvimento sustentável, à diminuição do desmatamento e à mitigação
22
das emissões de gases de efeito estufa, que afetam diretamente a gestão das
florestas do país. O Programa Nacional de Florestas (PNF) foi criado
pelo Decreto nº 3.420, de 20 de abril de 2000, com o objetivo de articular as
políticas públicas setoriais para promover o desenvolvimento sustentável,
conciliando o uso com a conservação das florestas brasileiras. É constituído
de projetos que são concebidos e executados de forma participativa e
integrada pelos governos federal, estaduais, distrital e municipais e a
sociedade civil organizada. Esta articulação é feita pelo Ministério do Meio
Ambiente.
Com a publicação do Decreto nº 6.101 de 26 de abril de 2007, que definiu a
nova estrutura regimental do Ministério do Meio Ambiente, o PNF passou a ser
coordenado pelo Departamento de Florestas (DFLOR).
No Art. 2o O PNF tem os seguintes objetivos:
estimular o uso sustentável de florestas nativas e plantadas;
fomentar as atividades de reflorestamento, notadamente em pequenas
propriedades rurais;
recuperar florestas de preservação permanente, de reserva legal e áreas
alteradas;
apoiar as iniciativas econômicas e sociais das populações que vivem em
florestas;
reprimir desmatamentos ilegais e a extração predatória de produtos e
subprodutos florestais, conter queimadas acidentais e prevenir incêndios
florestais;
promover o uso sustentável das florestas de produção, sejam nacionais,
estaduais, distrital ou municipais;
apoiar o desenvolvimento das indústrias de base florestal;
ampliar os mercados interno e externo de produtos e subprodutos
florestais;
valorizar os aspectos ambientais, sociais e econômicos dos serviços e dos
benefícios proporcionados pelas florestas públicas e privadas;
23
estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas florestais.
2 - Prefeitura de Santana - AP - Engenheiro Florestal - NCE - 2007
O Programa Nacional de Florestas - PNF, criado pelo Decreto 3.420, de
20/04/2000, tem os seguintes objetivos:
I-estimular o uso sustentável de florestas nativas e plantadas.
II-fomentar as atividades de reflorestamento.
III - recuperar florestas de preservação permanente, de reserva legal e áreas
alteradas.
IV - apoiar as iniciativas econômicas e sociais das populações que vivem em
florestas.
V - controlar a proteção da biodiversidade e planejar os ecossistemas
florestais.
O objetivos corretos são:
A.I, II, III e IV;
B.II, III e V, apenas;
C.III, IV e V, apenas;
D.III e V, apenas;
E.IV e V, apenas.
SOLUÇÃO
O correto do V é estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas
florestais.
RESPOSTA A
A CONAFLOR, colegiado de caráter consultivo, com setenta e seis
membros, entre titulares e suplentes, com entidades dos governos federais e
24
estaduais, industriais, empresariais, sindicatos, associações estudantis,
confederações de trabalhadores, entidades indígenas e ONGs, foi criado pelo
mesmo Decreto nº 3.420, de 20 de abril de 2000 e possui atribuições
estreitamente ligadas aos objetivos do PNF. São elas:
propor recomendações ao planejamento das ações do PNF;
propor medidas de articulação entre programas, projetos e atividades de
implementação dos objetivos do PNF, bem como promover a integração de
políticas setoriais;
propor, apoiar e acompanhar a execução dos objetivos previstos no PNF e
identificar demandas e fontes de recursos financeiros; e
sugerir critérios gerais de seleção de projetos no âmbito do PNF,
relacionados à proteção e ao uso sustentável das florestas.
Além dos acima relacionados explicitamente ao PNF, a CONAFLOR também
deve:
propor e avaliar medidas para o cumprimento dos princípios e diretrizes da
política pública do setor florestal em observância aos ditames da Política
Nacional do Meio Ambiente, estabelecida pela Lei no 6.938, de 31 de
agosto de 1981, e da Lei Florestal Brasileira, instituída pela Lei nº 12.651,
de 25 de maio de 2012, estimulando a descentralização da execução das
ações e assegurando a participação dos setores interessados;
propor o desenvolvimento de projetos, pesquisas e estudos voltados ao
manejo e plantio florestal, bem como ações de capacitação de recursos
humanos, fortalecimento institucional e sensibilização pública; e
acompanhar o processo de implementação da gestão florestal
compartilhada.
SISTEMA DE MANEJO PARA FLORESTA PLANTADA
O manejo florestal objetiva manter a produtividade da floresta. De
acordo com DAVIS (1966), o termo manejo para produção sustentável é
aplicado no sentido de se obterem colheitas contínuas de uma propriedade
25
florestal, por meio de um balanço aproximado entre crescimento líquido e
colheita anual ou periódica. Segundo MEYER et al. (1961), produção
sustentável “é uma produção contínua de madeira de qualidade
comercialmente utilizável, extraída de áreas regionais em quantidades anuais
ou periódicas de igual ou crescente volume”. Esse conceito pode ser entendido
à matéria-prima florestal como um todo, em virtude do uso múltiplo que se
pode dar a ela.
O verdadeiro manejo natural, segundo FAO (1989), não envolve
praticamente nenhuma intervenção humana nos estágios de regeneração e
de crescimento. Portanto, a concepção de manejo só existirá se a exploração
for limitada ao incremento e se houver tempo suficiente para a reposição
natural. Com o aumento na intensidade de exploração, torna-se necessário
investir trabalho e recursos na manutenção de um sistema silvicultural.
De maneira geral, um sistema silvicultural consiste em três fases
principais:
a) colheita ou exploração de um crescimento prévio ;
b) regeneração ou recobrimento das áreas de colheita;
c) favorecimento dessa regeneração.
Assim sendo, os sistemas silviculturais são distinguidos com base na
intensidade, na natureza e na combinação das operações em cada uma dessas
fases. As variações na combinação das operações podem ir muito além dos
fatores que influenciam os objetivos do manejo e das características da
floresta a ser manejada. Segundo FAO (1989), as práticas variam de país para
país e, até mesmo, dentro de cada país, com opiniões que defendem ora a
regeneração natural, para artificial ou, ainda, ora um sistema silvicultural, ora
outro. Existem vários sistemas silviculturais que podem ser utilizados de
acordo com os diferentes produtos da floresta. O sistema silvicultural adotado
determina a distribuição das idades das árvores, ou seja, a estrutura do
povoamento. Assim, podemos entender o sistema silvicultural como um
processo pelo qual os constituintes de uma floresta são assistidos, removidos
26
e substituídos por nova colheita, resultando na produção de madeira de uma
forma distinta (TROUP, 1966). Segundo Matthews (1996) os sistemas
silviculturais representam o processo de condução das florestas, exploração e
regeneração, dentro dos quais pode se estabelecer diferentes regimes de
manejo, de acordo com cada tipo de produto que se quer obter. Podemos
também definir sistema silviculturais como sendo um conjunto de
intervenções (desbaste, desrama, remoção, regeneração, etc...) de modo a
aumentar a produtividade (e forma das árvores). É caracterizado pelo
método de regeneração e arranjo estrutural da floresta, facilitando sua
proteção e colheita. (Scolforo, J.R.S. et al . 1998. Capítulo Sistemas
Silviculturais no seu livro Manejo Florestal.)
Assim, abordaremos dois regimes de regeneração sendo o alto fuste e
talhadia, nos quais se aplicam sistemas de exploração caracterizados por corte
raso e desbastes, onde se pode utilizar de trato cultural caracterizado como
desrama.
No manejo do alto fuste são necessários apenas tratos culturais à formação
da floresta (preparo do solo, plantio, irrigação, adubação, controle de pragas,
doenças e da mato-competição) e obtém-se normalmente somente um
produto com o corte raso da floresta. Entretanto, para formação de florestas
visando diversos produtos, faz-se necessário o uso de outras técnicas que
permitirão a obtenção de madeira com maior valor agregado. Esse maior valor
é obtido com melhorias da qualidade da madeira que depende de três fatores:
forma da árvore, dimensões e características físicas. Isto é, estes efeitos
podem ser resumidos na obtenção de toras com maior diâmetro e livre de
nós, em que é necessário o manejo adequado da floresta através das práticas
de desrama e desbaste.
MANEJO DE ALTO FUSTE
Existem vários sistemas silviculturais que podem ser utilizados de
acordo com os diferentes produtos da floresta. O sistema silvicultural adotado
27
determina a distribuição das idades das árvores, ou seja, a estrutura do
povoamento. Segundo Matthews (1996) os sistemas silviculturais
representam o processo de condução das florestas, exploração e regeneração,
dentro dos quais pode se estabelecer diferentes regimes de manejo, de acordo
com cada tipo de produto que se quer obter. Neste sentido, serão abordados
dois regimes de regeneração - alto fuste e talhadia, nos quais se aplicam
sistemas de exploração caracterizados por corte raso e desbastes, onde se
pode utilizar de trato cultural caracterizado como desrama. No manejo do alto
fuste são necessários apenas tratos culturais à formação da floresta (preparo
do solo, plantio, irrigação, adubação, controle de pragas, doenças e da mato-
competição) e obtém-se normalmente somente um produto com o corte raso
da floresta. Entretanto, para formação de florestas visando diversos produtos,
faz-se necessário o uso de outras técnicas que permitirão a obtenção de
madeira com maior valor agregado. Esse maior valor é obtido com melhorias
da qualidade da madeira que depende de três fatores: forma da árvore,
dimensões e características físicas. Isto é, estes efeitos podem ser resumidos
na obtenção de toras com maior diâmetro e livre de nós, em que é necessário
o manejo adequado da floresta através das práticas de desrama e desbaste
(SIXEL, 2008).
Assim, este regime de manejo prioriza a produção de madeira de
menores diâmetros, sendo usado para maximizar a produção por unidade de
área. É o manejo utilizado para obtenção de matéria prima nas grandes
empresas para produção de celulose, painéis de madeira reconstituída, carvão
e energia. Sua característica é de não promover intervenções de desbaste ou
desrama na floresta até o corte final (corte raso), variando com a qualidade
do sitio e a espécie: eucalipto em torno de 7 anos e pinus em torno de 14
anos (SCOLFORO e MAESTRI, 1998). Neste sistema, após o corte da floresta
realiza-se o replantio (reforma) que normalmente é realizado com a troca de
material genético e na entrelinha do plantio antigo. Deve-se manter o resíduo
28
da colheita sobre a linha de tocos do plantio anterior, de modo a facilitar o
preparo da entrelinha para o novo plantio. Recomenda-se, também, a retirada
da madeira deixando a cepa o mais rente possível ao solo. Segundo Scolforo
e Maestri (1998), o sistema de alto fuste é compatível para manejos em sítios
poucos produtivos não se recomendam o manejo com desbastes, pois as
receitas proporcionadas pelo acréscimo de madeira advindo com este manejo
são menores que os custos do mesmo.
3 - SUFRAMA - Engenheiro Florestal - CESPE – 2014
Com relação ao manejo de florestas plantadas, julgue o item a seguir.
O sistema de alto fuste é adequado para manejar sítios pouco produtivos, os
quais devem ser manejados sem desbastes, pois as receitas proporcionadas
pelo acréscimo de madeira advindo do uso desse método são menores que
seus custos.
o Errado
o Certo
SOLUÇÃO
Segundo Scolforo e Maestri (1998), o sistema de alto fuste é compatível para
manejos em sítios poucos produtivos não se recomendam o manejo com
desbastes, pois as receitas proporcionadas pelo acréscimo de madeira advindo
com este manejo são menores que os custos do mesmo.
RESPOSTA CERTA
TALHADIA
O sistema de talhadia, ou de brotação, fundamente-se na capacidade
de brotação das cepas de espécies arbóreas e tem como principal objetivo à
produção de madeira de pequenas dimensões, como lenha para
abastecimento industrial e para uso doméstico. É a condução do crescimento
dos brotos nas cepas da floresta recém cortada, dando-se início a um novo
29
ciclo florestal, sendo somente aplicável às espécies florestais que tenham
capacidade de brotar após o seu corte. A utilização deste sistema justifica-se
por proporcionar menores custos na produção madeireira, produção de
madeira de menores dimensões, dispensa de preparo de solo e aquisição de
mudas, e ciclos de cortes mais curtos com antecipação de retornos financeiros
mais rápidos (LAMPRECHT, 1990; EVANS, 1992).
FAO (1989) apresenta três variações para o sistema: talhadia simples,
talhadia composta e talhadia com reservas. Dependendo, ainda, da
quantidade de touçeiras no povoamento, a talhada simples pode ser dividida
em talhadia regular e talhadia de seleção (FLOR, 1985). À adoção do sistema
de talhadia recomenda-se a escolha de espécies com boa capacidade de
rebrotar, áreas com baixa mortalidade, material genético de qualidade e
espaçamento adequado.
Segundo Stape (1997) são três os fatores condicionantes ao
desenvolvimento das cepas: genéticos, operacionais e ambientais. Estes
fatores determinam três fases de brotação das cepas: fase de emissão,
estabelecimento e crescimento. E em cada uma destas fases são
caracterizados fatores influentes ao desenvolvimento dos brotos. Assim, na
primeira fase, os fatores de influência são: espécie/procedência/clone,
estresse hídrico e nutricional. Na fase de estabelecimento das cepas, deve-se
atentar para altura das cepas, formigas e cupins, sombreamento, danos de
colheita e densidade de plantas. Por fim, na última fase, os fatores de
influência são: regime térmico, regime hídrico, condição edafo-fisiográfica,
fertilização/irrigação, mato-competição.
4 - SUFRAMA - Engenheiro Florestal - CESPE – 2014
Com relação ao manejo de florestas plantadas, julgue o item a seguir.
Espécie/procedência/clone e estresses hídrico e nutricional são fatores de
influência na fase de emissão na brotação das cepas.
30
o Errado
o Certo
SOLUÇÃO
Os fatores de influência na brotação das cepas são:
espécie/procedência/clone, estresse hídrico e nutricional
RESPOSTA CERTA
As seguintes condições são essenciais para a aplicação do Sistema de
Talhadia (STA) (FAO, 1989):
a) o objetivo do manejo é a produção de lenha e de madeira de pequeno
porte;
b) alta capacidade de brotação das espécies manejadas;
c) baixo custo e rápido retorno em relação aos sistemas de floresta alta;
d) flexibilidade para incorporar diferentes objetivos.
VAMOS EXERCITAR!!
5 - Pampa - RS - Engenharia Florestal - UNIPAMPA/RS -CESPE – 2013
O sistema de talhadia ou de brotação fundamenta-se na capacidade de
brotação das cepas de espécies arbóreas. É intensivamente aplicado no
manejo de plantações de eucaliptos destinados à produção de energia e
celulose. A respeito da regeneração de povoados florestais, julgue o item
subsequente.
As condições para a aplicação do sistema de talhadia incluem produção
de lenha e de madeira de pequeno porte; alta capacidade de brotação das
espécies manejadas; baixo custo e rápido retorno em relação aos sistemas de
floresta alta
o Certo
o Errado
31
SOLUÇÃO
As seguintes condições são essenciais para a aplicação do STA (FAO, 1989):
a) o objetivo do manejo é a produção de lenha e de madeira de pequeno
porte;
b) alta capacidade de brotação das espécies manejadas;
c) baixo custo e rápido retorno em relação aos sistemas de floresta alta;
d) flexibilidade para incorporar diferentes objetivos.
RESPOSTA CERTA
Conforme Stape (1997) são três os fatores condicionantes ao
desenvolvimento das cepas: genéticos, operacionais e ambientais. Estes
fatores determinam três fases de brotação das cepas: fase de emissão,
estabelecimento e crescimento. E em cada uma destas fases são
caracterizados fatores influentes ao desenvolvimento dos brotos. Assim, na
primeira fase, os fatores de influência são: espécie/procedência/clone,
estresse hídrico e nutricional. Na fase de estabelecimento das cepas, deve-se
atentar para altura das cepas, formigas e cupins, sombreamento, danos de
colheita e densidade de plantas. Por fim, na última fase, os fatores de
influencia são: regime térmico, regime hídrico, condição edafo-fisiográfica,
fertilização/irrigação, mato-competição.
Um aspecto importante deste sistema, diz respeito ao manejo de resíduo da
colheita. Este deve ser mantido sobre a entrelinha de plantio, pois a rebrota
ficará comprometida se as cepas forem cobertas ou danificadas. Além disso,
a execução da colheita com maquinário pode causar danos a regeneração das
cepas, devido à compactação do solo que é agravada por não se realizar o
preparo de solo, danos ao sistema radicular, e os danos diretos sobre as
cepas. Esses danos se refletem na capacidade de rebrota e desenvolvimento
dos novos fustes.
Para esse sistema, recomenda-se a retirada da madeira deixando a cepa
32
com 10 a 15 cm de altura. Para a condução da talhadia é aconselhável realizar
adubação semelhante àquela recomendada no plantio e o combate às
formigas cortadeiras é de suma importância para evitar drástica redução na
sobrevivência das cepas. Para otimização da produção, realiza-se o manejo
da brotação visando à recuperação da população original que consiste na
retirada dos brotos inferiores, deixando 1 ou 2 por cepa para compensar as
falhas, quando apresentarem aproximadamente 7 a 8 m de altura (SCOLFORO
e MAESTRI, 1998). Os brotos escolhidos devem estar bem inseridos na cepa,
ter boa forma e sanidade. A desbrota pode ser realizada de maneira manual
ou semi-mecanizada, utilizando-se uma moto-roçadora. O rendimento do
sistema semi-mecanizado é cerca de três vezes superior ao sistema manual e
com as vantagens de menor desgaste físico do trabalhador, melhor qualidade
e maior segurança. Esse sistema permite obter duas ou três rotações
sucessivas de um único plantio.
6 - Pampa - RS - Engenharia Florestal - UNIPAMPA/RS -CESPE - 2013
O sistema de talhadia ou de brotação fundamenta-se na capacidade de
brotação das cepas de espécies arbóreas. É intensivamente aplicado no
manejo de plantações de eucaliptos destinados à produção de energia e
celulose. A respeito da regeneração de povoados florestais, julgue o item
subsequente.
Os tratamentos silviculturais recomendados para promover e estimular
a regeneração das cepas incluem rebaixamento de tocos com mais de 10 cm
de altura; corte de mudas malformadas e redução no número de brotos para
cinco ou seis por cepa
SOLUÇÃO
Após o abate, os seguintes tratamentos silviculturais, segundo FAO (1989),
são recomendados para promover e estimular a regeneração das cepas:
a) rebaixamento de tocos maiores que 15 cm;
33
b) corte de árvores danificadas;
c) assistência às mudas, mediante corte de cipós, limpeza, etc.;
d) corte de mudas malformadas e redução no número de brotos a dois ou três
por cepa.
RESPOSTA ERRADO
O manejo dos povoamentos de eucalipto por talhadia pode tornar-se
vantajoso, pois a taxa de crescimento inicial de brotações é superior à de
povoamentos com alto fuste, em mesma idade, o que pode resultar em
antecipação da produtividade máxima (KAUPPI et al., 1988; TEWARI et al.,
2004). Sendo que maior taxa inicial de crescimento da brotação, em
comparação à de plantas estabelecidas a partir de mudas, se deve,
principalmente, à presença de um sistema radicular já estabelecido, o que
facilita a absorção de água e nutrientes e o uso de reservas orgânicas e
inorgânicas, presentes na cepa ou nas raízes (BLAKE, 1983; REIS e KIMMINS,
1986; TEIXEIRA et al., 2002; KABEYA e SAKAI, 2005; WALTERS et al., 2005).
A utilização da talhadia em eucalipto se justifica, dentre outros, pela
produção de madeira de pequenas a médias dimensões; simplicidade de
execução do corte; dispensa a produção de mudas, o preparo de solo e o novo
plantio; facilidade de planejamento da produção madeireira a curto e médio
prazo; menores custos por volume de madeira produzido e; ciclos de cortes
mais curtos com antecipação de retornos financeiros (LAMPRECHT, 1990;
EVANS, 1992). Como aspectos negativos da talhadia, MATTHEWS (1994)
relaciona: madeiras de baixo valor devido a suas menores dimensões;
remoção de nutrientes a cada ciclo curto de colheita; danos às cepas e às
brotações pela colheita e manejo de paisagem, em geral, monótona e
desagradável. Outro inconveniente deste sistema, segundo SIMÕES et al.
(1980) é a oscilação de produtividade florestal obtida na segunda rotação de
Eucalyptus comparativamente àquela obtida na primeira rotação, devido às
inúmeras espécies/ procedências utilizadas, à diversidade de sítios edafo-
34
climáticos implantados, e aos diferentes níveis tecnológicos de implantação e
de colheita adotados. Esta produtividade variável é, em geral, menor, em
função principalmente do aumento do percentual de falhas, o que leva as
empresas florestais verticalizadas, comprometidas com o abastecimento de
unidades fabris, a iniciarem um processo de erradicação das cepas e reforma
de seus povoamentos (GRAÇA, 1989).
Figura 1: Efeito da presença do nó na madeira
VAMOS EXERCITAR!!
7 - Pampa - RS - Engenharia Florestal - UNIPAMPA/RS -CESPE - 2013
O sistema de talhadia ou de brotação fundamenta-se na capacidade de
brotação das cepas de espécies arbóreas. É intensivamente aplicado no
manejo de plantações de eucaliptos destinados à produção de energia e
celulose. A respeito da regeneração de povoados florestais, julgue o item
subsequentes.
O sistema de talhadia provoca forte degradação do sítio florestal,
principalmente onde a pressão biótica e antropogênica reflete forte demanda
de produtos florestais. Quando isso acontece, há aumento no ciclo de corte e,
35
dessa forma, extraem-se do sítio produtos com pequenas proporções de
nutrientes minerais.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
De maneira geral, o STA provoca forte degradação do sítio, principalmente
onde a pressão biótica e antropogênica reflete forte demanda de produtos
florestais, quando isso acontece, há redução no ciclo de corte e, dessa forma,
extrai-se do sítio um produto que, de acordo com REIS e BARROS (1990),
contém grandes proporções de nutrientes minerais. Essa exportação de
nutrientes é ainda mais prejudicial, porque, em virtude da especificidade do
produto, concentra-se em determinados nutrientes às vezes naturalmente
deficientes no solo. Aparentemente, a sustentabilidade do sistema depende
muito das condições socioeconômicas, e, ilícitos ou mesmo por redução na
rotação, trabalhos de reabilitação da área têm sido necessários.
RESPOSTA ERRADO
Os principais sistemas silviculturais que têm sido aplicados na América
tropical são os seguintes:
a) sistema de corte raso – aplicado no Brasil, Peru e em Honduras;
b) sistema de enriquecimento – usado no Brasil e na Venezuela;
c) sistema uniforme malaio – aplicado na Colômbia e no Suriname;
d) sistema de seleção – utilizado no Brasil, na Colômbia, na Costa Rica, nas
Guianas e no Suriname;
e) sistema de cobertura nos trópicos - usado no Brasil (com modificação em
Curuá-Una), em Trinidad-Tobago e na Venezuela.
SISTEMAS SILVICULTURAIS: DESRAMA
36
A desrama ou poda consiste na eliminação dos ramos laterais do tronco
da árvore, com o objetivo de produção de madeira livre de nós. Embora muitas
espécies de Eucalyptus apresentem desrama natural, a permanência dos
ramos secos nas idades jovens ou a retirada dos mesmos ocasionam
problemas de nós na madeira e a formação de bolsas de resina. Tanto a
presença de nós como as bolsas de resina diminuem a resistência física das
peças de madeira e prejudicam a aparência. A poda nas plantações industriais
de eucalipto melhora a qualidade da madeira, livrando-a dos nós e diminuindo
a conicidade do tronco.
Na realização da desrama, o corte deve ser bem rente ao fuste, pois
mesmo que seja cortado o galho a 1cm do fuste, este 1 cm ficará marcado na
madeira, pois a árvore só produzirá madeira livre de nó quando seu
crescimento em diâmetro suplantar esta medida. Como a desrama é uma
prática que causa diminuição na área foliar da planta (recomenda-se a retirada
de até 1/3 da altura da copa), se não conduzida de madeira adequada pode
provocar o retardamento do crescimento da planta, além de ser via acesso a
contaminação por patógenos, caso na realização da atividade seja feita
feridas. Por isso, recomenda-se o uso de uma serra, não se devendo tentar
quebrá-lo ou arrancá-lo.
As florestas devem receber a desrama quando o diâmetro do tronco
estiver com o tamanho apropriado para a finalidade desejada, ou seja, inicia-
se quando a base do segmento do tronco a ser desramado atingir o diâmetro
máximo aceitável para o núcleo nodoso. Não se deve esperar muito tempo
para retirar os galhos mortos, pois esses irão transforma-se em sérios defeitos
da madeira, pois quando secos podem se desprender da peça.
Por ser tratar de uma operação cara, em função da quantidade de mão-
de-obra envolvida, a desrama deve ser limitada aos indivíduos que
apresentam as melhores características para a serraria ou laminação. Na
maioria dos casos, realiza-se apenas a desrama das árvores que serão
37
conduzidas até o final do ciclo de corte, correspondente a aproximadamente
400 árvores/ha. Ocasionalmente, pode-se desramar um grande número de
árvores antes do primeiro desbaste, pois se trabalha em uma altura que é
facilmente atingida e a seleção das árvores superiores, na fase inicial do
plantio, é complicada.
Figura 2 – Primeira desrama do plantio de Pinus
As toras de maiores diâmetros são obtidas na parte inferior do fuste e é
apenas dessa região que devem ser retirados os galhos. A altura máxima da
desrama varia de 4 a 8 metros do solo. A retirada dos galhos mortos e secos
(poda seca) pode ser realizada em qualquer período do ano. Para a retirada
dos galhos vivos (poda verde) recomenda-se realizá-la no período de maior
crescimento vegetativo, quando a cicatrização é mais rápida.
VAMOS EXERCITAR!!
8 - CEEERS - Engenheiro Agrônomo - CESPE - 2005
Considerando as técnicas de manejo e as formas de propagação de espécies
florestais, julgue o item a seguir.
A poda, ou desrama, é uma operação silvicultural imprescindível quando o
objetivo é produzir madeira livre de nós para o processamento em serrarias e
laminadoras.
o Certo
38
o Errado
SOLUÇÃO
É uma operação visa à obtenção de toras sem a presença de nós, melhorando
a qualidade e aumentando o valor da madeira
RESPOSTA CERTO
SISTEMAS SILVICULTURAIS: DESBASTE
O desbaste é uma atividade silvicultural que tem como objetivo a
remoção de algumas árvores de forma a favorecer o crescimento das árvores
remanescentes. Essa retirada visa, portanto, diminuir a competição existente
entre as plantas, disponibilizando maior quantidade de recursos,
principalmente água e luz. Com maior quantidade de recursos as árvores
remanescentes irão apresentar maiores taxas de crescimento, produzindo
toras com maiores diâmetros em um menor período de tempo, deste modo
essa atividade deve ser compatível com os objetivos de produção. Um aspecto
muito importante desta atividade é a relação entre o volume em crescimento
e o volume existente, pois deve existir um equilíbrio entre a produção e o
estoque para assegurar o máximo retorno do capital investido.
Assim, devemos intervir na floresta de modo que o potencial disponível
para crescimento seja totalmente utilizado. O programa de desbastes é
realizado em ciclos longos de corte, no qual se retiram gradativamente as
árvores, não deixando a floresta totalmente exposta. Segundo Scolforo e
Maestri (1998), o desbaste tem por finalidade a produção intermediária de
madeira ao longo do ciclo florestal; melhorar o padrão das florestas
remanescentes, através da retirada de árvores de menor padrão e proteger
as árvores do ataque de pragas e doenças, por meio da diminuição do estresse
das mesmas, evitando-se também a taxa de mortalidade. A atividade de
desbaste acarreta em maiores investimentos, sendo necessário um
planejamento de sua execução, considerando os custos do corte e retirada, e
39
o valor da venda da madeira. A tendência é realizar menos desbastes com
maiores intensidades.
9 - Banco da Amazônia - Engenharia Florestal - CESPE - 2012
Julgue o item seguinte, relativos à elaboração de projetos florestais de
florestamento e reflorestamento.
O desbaste, operação de maior importância para as florestas de ciclo de corte
longo, tem por objetivo a produção de madeira e consiste nos cortes parciais
em povoamentos imaturos, visando estimular o crescimento das árvores
remanescentes criteriosamente selecionadas que se tornarão fonte de
material nobre, fornecendo renda durante a rotação.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
Os desbastes são cortes parciais feitos em povoamentos imaturos, com o
objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e aumentar a
produção de madeira de melhor qualidade. Entende-se como melhor
qualidade árvores de maiores dimensões, possibilitando a utilização em
produtos sólidos, como serraria e laminação.
RESPOSTA CERTO
Desta forma, no planejamento, deve-se levar e consideração o tipo de
desbaste, o inicio do desbaste (avaliando as condições de crescimento da
floresta), a intensidade dos desbastes e intervalo entre possíveis desbastes
sucessivos. Complementando, deve-se dar preferência a este manejo em
sítios mais produtivos, pois os retornos podem ser comprometidos
(SCOLFORO e MAESTRI, 1998).
Nas florestas plantadas, podem ser utilizados dois tipos de desbaste: o
sistemático e o seletivo.
40
DESBASTE SISTEMÁTICO
Consiste na retirada das plantas sem prévia avaliação, por exemplo,
retirada de uma em cada 4 linhas de plantio. Os desbastes sistemáticos são
mais recomendáveis para povoamentos altamente uniformes, nos quais as
árvores pouco se diferenciaram entre si. Por isso, caso seja aplicado em
povoamentos de menor uniformidade, a sua utilização acarreta em perda de
indivíduos superiores. Esse sistema é mais simples e as principais vantagens
são a facilidade de execução, sem a necessidade de selecionar as árvores e
menos custo de extração. A desvantagem é a menor produtividade do plantio,
pois sem seleção, são retiradas também árvores com bom crescimento.
DESBASTE SELETIVO
Consiste na retirada de plantas segundo certas características pré-
estabelecidas, que variam de acordo com o propósito a que se destina a
produção. Para a escolha dessas árvores, é necessária a prévia seleção no
campo, o que não ocorre no desbaste sistemático. O sistema mais empregado
é o seletivo por baixo, que consiste na remoção das árvores inferiores
(dominadas ou defeituosas), deixando as árvores de maiores diâmetros. Esse
método é mais trabalhoso, porém permite melhores resultados na produção
e na qualidade da madeira. As desvantagens é o alto custo da operação, maior
dificuldade de extração das árvores. É necessário também o treinamento de
mão de obra para realização da seleção e marcação prévia nas árvores antes
do corte.
A variação no diâmetro das árvores induzida pelos desbastes é muito
ampla. Desbastes leves podem não causar efeito algum sobre o crescimento.
Desbastes muito intensos conseguem o aumento na produção individual das
árvores, mas com algumas desvantagens, entre elas: o menor crescimento
em altura, o formato do tronco mais cônico e o aparecimento de mato-
competição e de galhos. Para determinar a época da intervenção é necessário
o acompanhamento do crescimento da floresta, sendo a realização do
41
desbaste no momento em que a competição entre as árvores começa a
provocar o decréscimo do incremento individual.
Atualmente, um dos métodos mais aplicados com sucesso em todo o
mundo é o CCT( Tendências das Curvas de Crescimento Correlacionadas), que
permite definir, com relativa precisão, a freqüência e a intensidade dos
desbastes. Através de parcelas experimentais de acompanhamento, onde são
feitas comparações de desbastes e cujos resultados são extrapolados para
todo o povoamento. O princípio básico é evitar que o povoamento entre em
competição, permitindo que as árvores cresçam livremente, em ritmo
acelerado, resultando em madeira mais homogênea e mais estável, além de
maiores volumes finais.
42
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS
1 - COPEL - Técnico Florestal I - UFPR - 2015
Com relação às florestas plantadas para fins de produção no Brasil, é correto
afirmar:
a) O gênero Pinus ocupa a maior área de florestas plantadas nas regiões Sul
e Sudeste.
b) O gênero Eucalyptus apresenta sua maior área plantada na região Sul.
c) Os gêneros Pinus e Eucalyptus somam, ao todo, cerca de 15 milhões de
hectares plantados no Brasil.
d) No Brasil, a área com plantios do gênero Pinus supera a área dos plantios
de Eucalyptus.
e) O gênero Eucalyptus apresenta, no Brasil, sua maior área plantada na
região Sudeste.
SOLUÇÃO
As áreas de plantios florestais com eucalipto no Brasil estão distribuídas em
todo território nacional, sendo a região Sudeste (54,2%) aquela que apresenta
maior quantidade de áreas plantadas, seguida pelas regiões Nordeste
(16,4%), Centro-Oeste (12,2%), Sul (11,8%) e Norte (5,5%) (ABRAF, 2014).
RESPOSTA E
2 - Prefeitura de Santana - AP - Engenheiro Florestal - NCE - 2007
O Programa Nacional de Florestas - PNF, criado pelo Decreto 3.420, de
20/04/2000, tem os seguintes objetivos:
I-estimular o uso sustentável de florestas nativas e plantadas.
II-fomentar as atividades de reflorestamento.
III - recuperar florestas de preservação permanente, de reserva legal e áreas
alteradas.
43
IV - apoiar as iniciativas econômicas e sociais das populações que vivem em
florestas.
V - controlar a proteção da biodiversidade e planejar os ecossistemas
florestais.
O objetivos corretos são:
A.I, II, III e IV;
B.II, III e V, apenas;
C.III, IV e V, apenas;
D.III e V, apenas;
E.IV e V, apenas.
SOLUÇÃO
O correto do V é estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas
florestais.
3 - SUFRAMA - Engenheiro Florestal - CESPE – 2014
Com relação ao manejo de florestas plantadas, julgue o item a seguir.
O sistema de alto fuste é adequado para manejar sítios pouco produtivos, os
quais devem ser manejados sem desbastes, pois as receitas proporcionadas
pelo acréscimo de madeira advindo do uso desse método são menores que
seus custos.
o Errado
o Certo
SOLUÇÃO
Segundo Scolforo e Maestri (1998), o sistema de alto fuste é compatível para
manejos em sítios poucos produtivos não se recomendam o manejo com
RESPOSTA A
44
desbastes, pois as receitas proporcionadas pelo acréscimo de madeira advindo
com este manejo são menores que os custos do mesmo.
RESPOSTA CERTA
4 - SUFRAMA - Engenheiro Florestal - CESPE – 2014
Com relação ao manejo de florestas plantadas, julgue o item a seguir.
Espécie/procedência/clone e estresses hídrico e nutricional são fatores de
influência na fase de emissão na brotação das cepas.
o Errado
o Certo
SOLUÇÃO
Os fatores de influência na brotação das cepas são:
espécie/procedência/clone, estresse hídrico e nutricional
RESPOSTA CERTA
5 - Pampa - RS - Engenharia Florestal - UNIPAMPA/RS -CESPE – 2013
O sistema de talhadia ou de brotação fundamenta-se na capacidade de
brotação das cepas de espécies arbóreas. É intensivamente aplicado no
manejo de plantações de eucaliptos destinados à produção de energia e
celulose. A respeito da regeneração de povoados florestais, julgue o item
subsequente.
As condições para a aplicação do sistema de talhadia incluem produção
de lenha e de madeira de pequeno porte; alta capacidade de brotação das
espécies manejadas; baixo custo e rápido retorno em relação aos sistemas de
floresta alta
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
45
As seguintes condições são essenciais para a aplicação do STA (FAO, 1989):
a) o objetivo do manejo é a produção de lenha e de madeira de pequeno
porte;
b) alta capacidade de brotação das espécies manejadas;
c) baixo custo e rápido retorno em relação aos sistemas de floresta alta;
d) flexibilidade para incorporar diferentes objetivos.
RESPOSTA CERTA
6 - Pampa - RS - Engenharia Florestal - UNIPAMPA/RS -CESPE - 2013
O sistema de talhadia ou de brotação fundamenta-se na capacidade de
brotação das cepas de espécies arbóreas. É intensivamente aplicado no
manejo de plantações de eucaliptos destinados à produção de energia e
celulose. A respeito da regeneração de povoados florestais, julgue o item
subsequente.
Os tratamentos silviculturais recomendados para promover e estimular
a regeneração das cepas incluem rebaixamento de tocos com mais de 10 cm
de altura; corte de mudas malformadas e redução no número de brotos para
cinco ou seis por cepa
SOLUÇÃO
Após o abate, os seguintes tratamentos silviculturais, segundo FAO (1989),
são recomendados para promover e estimular a regeneração das cepas:
a) rebaixamento de tocos maiores que 15 cm;
b) corte de árvores danificadas;
c) assistência às mudas, mediante corte de cipós, limpeza, etc.;
d) corte de mudas malformadas e redução no número de brotos a dois ou três
por cepa.
RESPOSTA ERRADO
46
7 - Pampa - RS - Engenharia Florestal - UNIPAMPA/RS -CESPE - 2013
O sistema de talhadia ou de brotação fundamenta-se na capacidade de
brotação das cepas de espécies arbóreas. É intensivamente aplicado no
manejo de plantações de eucaliptos destinados à produção de energia e
celulose. A respeito da regeneração de povoados florestais, julgue o item
subsequentes.
O sistema de talhadia provoca forte degradação do sítio florestal,
principalmente onde a pressão biótica e antropogênica reflete forte demanda
de produtos florestais. Quando isso acontece, há aumento no ciclo de corte e,
dessa forma, extraem-se do sítio produtos com pequenas proporções de
nutrientes minerais.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
De maneira geral, o STA provoca forte degradação do sítio, principalmente
onde a pressão biótica e antropogênica reflete forte demanda de produtos
florestais, quando isso acontece, há redução no ciclo de corte e, dessa forma,
extrai-se do sítio um produto que, de acordo com REIS e BARROS (1990),
contém grandes proporções de nutrientes minerais. Essa exportação de
nutrientes é ainda mais prejudicial, porque, em virtude da especificidade do
produto, concentra-se em determinados nutrientes às vezes naturalmente
deficientes no solo. Aparentemente, a sustentabilidade do sistema depende
muito das condições socioeconômicas, e, ilícitos ou mesmo por redução na
rotação, trabalhos de reabilitação da área têm sido necessários.
RESPOSTA ERRADO
47
8 - CEEERS - Engenheiro Agrônomo - CESPE - 2005
Considerando as técnicas de manejo e as formas de propagação de espécies
florestais, julgue o item a seguir.
A poda, ou desrama, é uma operação silvicultural imprescindível quando o
objetivo é produzir madeira livre de nós para o processamento em serrarias e
laminadoras.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
É uma operação visa à obtenção de toras sem a presença de nós, melhorando
a qualidade e aumentando o valor da madeira
RESPOSTA CERTO
9 - Banco da Amazônia - Engenharia Florestal - CESPE - 2012
Julgue o item seguinte, relativos à elaboração de projetos florestais de
florestamento e reflorestamento.
O desbaste, operação de maior importância para as florestas de ciclo de corte
longo, tem por objetivo a produção de madeira e consiste nos cortes parciais
em povoamentos imaturos, visando estimular o crescimento das árvores
remanescentes criteriosamente selecionadas que se tornarão fonte de
material nobre, fornecendo renda durante a rotação.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
Os desbastes são cortes parciais feitos em povoamentos imaturos, com o
objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e aumentar a
produção de madeira de melhor qualidade. Entende-se como melhor
48
qualidade árvores de maiores dimensões, possibilitando a utilização em
produtos sólidos, como serraria e laminação.
RESPOSTA CERTO
10 - Professor – Solos - IF/MG- 2009
As florestas, principalmente as tropicais, possuem papel fundamental no
equilíbrio ecossistêmico e na provisão de inúmeros serviços ambientais, sendo
uma de suas funções, com grande notoriedade, a assimilação de carbono.
Sabe-se que a temática, acerca do aquecimento global, tem sido debatida
amplamente com perspectivas diversas. Neste contexto, o manejo florestal
torna-se essencial no sequestro de carbono. De acordo com o enunciado,
pode-se afirmar que
a) a plantação de eucalipto possui forte contribuição para a formação de
serapilheira.
b) os serviços ambientais não são tão essenciais para a sustentabilidade
ecossistêmica.
c) uma floresta, na fase inicial do estágio sucessional, atua como um grande
reservatório, estocando carbono.
d) durante todo ciclo de vida das árvores das florestas, a taxa de incremento
de biomassa é maior na fase inicial do estágio sucessional.
e) apesar de as florestas serem provedoras de inúmeros serviços ambientais,
pouco se sabe a respeito da taxa de assimilação de carbono, nas fases iniciais
da sucessão florestal, como também na fase madura da floresta.
SOLUÇÃO
Durante a fase inicial de desenvolvimento de uma floresta, grande parte dos
carboidratos é direcionada à produção da biomassa da copa e das raízes.
Entretanto, com o passar do tempo, a produção relativa de biomassa do tronco
aumenta e a das folhas e dos ramos diminui gradativamente (SCHUMACHER,
49
1996). O aumento de biomassa aérea e subterrânea num plantio de árvores
é elevado nos dez primeiros anos, sendo que a biomassa aérea nesse caso
apresenta incremento lenhoso e foliar mais rápido até os 20 anos,
apresentando uma pequena desaceleração, mas, com algum acréscimo até
sua maturação (Brown & Lugo, 1990).
RESPOSTA D
11- Engenheiro Florestal - Pref. Palmas/TO - UFT/COPESE - 2014
Considerando o setor florestal brasileiro, assinale a afirmativa CORRETA.
(A) Tem importância como fornecedor de energia ou matéria prima para a
indústria da construção civil e de transformação.
(B) A cadeia produtiva com base no setor florestal constitui uma atividade
econômica de baixa complexidade, porém diversificada de produtos e
aplicações.
(C) As florestas plantadas no Brasil se estendem por mais de 7 milhões de
hectares, principalmente de pinus, eucalipto, acácia negra e seringueira. A
acácia negra e a seringueira são absolutamente dominantes em área de
cultivo.
(D) Os produtos florestais não madeireiros são provenientes apenas de
florestas plantadas.
SOLUÇÃO
No mundo inteiro, o setor florestal tem importância como fornecedor de
energia ou matéria-prima para a indústria da construção civil e de
transformação. No Brasil, apresenta-se ainda características mais singulares
pelo fato de o País estar entre os principais detentores de recursos florestais
abundantes, sendo o único que possui extensa área de florestas tropicais.
O Brasil possui uma grande cobertura florestal, a segunda maior cobertura
florestal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. O Ministério do Meio
50
Ambiente estima que 69% dessa cobertura tenham potencial produtivo. Em
decorrência disso, o país desenvolveu uma estrutura produtiva complexa no
setor florestal, incluindo as florestas plantadas, especialmente com pinus e
eucaliptos, e suas relações com produtores de equipamentos, insumos,
projetos de engenharia e empresas de produtos florestais.
Apesar de sua relevância na economia nacional é um setor contraditório,
que ao mesmo tempo desenvolveu a silvicultura de florestas plantadas com
produção integrada e estrutura produtiva sofisticada, e ainda convive com
altos índices de desmatamento ilegal de florestas nativas.
Cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas pelas quais
passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos desde
a pré-produção até o consumo final de um bem ou serviço. A cadeia produtiva
com base no setor florestal constitui uma atividade econômica complexa e
diversificada de produtos e aplicações energéticas e industriais.
RESPOSTA A
12 - Engenheiro Florestal - Pref. Palmas/TO - UFT/COPESE - 2014
A desrama ou poda é a eliminação dos ramos laterais do tronco de árvore com
o objetivo de produção de madeira livre de nós que:
I. permite o acesso ao talhão para inspeção e marcação do desbaste.
II. reduz o risco de fogo, diminuindo a chance do fogo de chão atingir a copa
da árvore.
III. facilita o corte das árvores nas operações de desbaste.
IV. produz madeira livre de nós na base da árvore onde se concentra a tora
de maior diâmetro.
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
(B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
(C) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
51
(D) Todas as afirmativas estão corretas.
SOLUÇÃO
A desrama deve ser realizada logo após o fechamento da copa e a uma altura
mínima de 2 metros com as seguintes vantagens:
a) permitir o acesso ao talhão para acesso ao talhão para inspeção e marcação
do desbaste;
b) reduzir o risco de incêndios, diminuindo a chance do fogo atingir a copa
das árvores;
c) facilitar o corta das árvores nas operações de desbaste e
d) produzir madeira livre de nós na base da árvore, onde se concentra a tora
de maior diâmetro. A poda pode ser feita em todo o talhão ou em algumas
árvores seletivamente. Em geral, a poda é feita nos primeiros anos do plantio
de eucalipto e, como ainda na fase jovem não há como selecionar os melhores
fenótipos, recomenda-se a poda em todas as árvores.
RESPOSTA D
13–Engenheiro Florestal - Pref. Palmas/TO - UFT/COPESE - 2014
Assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Dentre as inúmeras espécies arbóreas plantadas no Brasil, o eucalipto é a
mais extensivamente utilizada em plantios florestais, devido às características
de rápido crescimento, alta produtividade, ampla diversidade de espécies,
grande capacidade de adaptação e por ter aplicações diversificadas.
(B) O PRONAF Florestal é uma linha de crédito destinada, principalmente, para
os agricultores familiares. Os investimentos são voltados para apoiar a
implantação e manutenção de projetos silviculturais, sistemas agroflorestais
(SAF), tendo como principais objetivos o reflorestamento e a silvicultura para
produtos madeireiros e não madeireiros, a recuperação de áreas de
preservação ambiental, conservação da biodiversidade e recuperação do solo
52
e da água.
(C) Nas plantações de eucalipto, normalmente, o corte para industrialização
ocorre aos 12 anos de idade, num regime que permite até 3 rotações
sucessivas e econômicas, com ciclo total de até 36 anos.
(D) No Brasil, os projetos de reflorestamento tiveram início com a introdução
do eucalipto em 1904, como matéria prima destinada à produção de lenha e
dormentes no Estado de São Paulo e estenderam-se para todo o Centro e Sul
do País.
SOLUÇÃO
O corte do eucalipto para industrialização ocorre normalmente aos 7 anos de
idade, num regime que permite até 3 cortes sucessivos, com ciclo final de até
21 anos. Os reflorestamentos tradicionais de eucalipto são representados por
densos maciços florestais, plantados em espaçamentos regulares e,
normalmente, com uma única espécie.
RESPOSTA C
14 - Engenheiro Florestal - Pref. Palmas/TO - UFT/COPESE - 2014
Analise as afirmativas a seguir e marque a INCORRETA. Com relação ao
advento dos desequilíbrios ambientais e as preocupações crescentes com as
mudanças climáticas globais e regionais:
(A) as florestas tropicais são grandes reservatórios naturais de carbono.
(B) a expansão e proteção das florestas (naturais, regeneradas e plantadas),
assim como a indústria de base florestal, ganharam nova importância no
contexto político internacional.
(C) REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal)
não seria uma alternativa de política governamental, que promoveria a
redução do desmatamento.
(D) o plantio de florestas no Brasil torna-se estratégico, pois, propicia a
captura de CO2, a preservação da biodiversidade e proteção dos mananciais.
53
SOLUÇÃO
O REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal
ou, em inglês, Reducing Emissions from Deforestation and Forest
Degradation) é um conjunto de incentivos econômicos, com o fim de reduzir
as emissões de gases de efeito estufa resultantes do desmatamento e da
degradação florestal, as mudanças que prejudicam a floresta e limitam seus
serviços ambientais. O conceito parte da ideia de incluir na contabilidade das
emissões de gases de efeito estufa aquelas que são evitadas pela redução do
desmatamento e a degradação florestal.
15 - Engenheiro Florestal - Pref. Palmas/TO - UFT/COPESE - 2014
O Programa Nacional de Florestas (PNF) foi criado com o objetivo de articular
as políticas públicas setoriais para promover o desenvolvimento sustentável,
conciliando o uso com a conservação das florestas brasileiras. Analise as
afirmativas a seguir em relação ao PNF.
I. Estimular o uso sustentável de florestas nativas e plantadas; apoiar o
desenvolvimento das indústrias de base florestal e apoiar as iniciativas
econômicas e sociais das populações que vivem em florestas, são alguns
exemplos dos objetivos do PNF.
II. Deve ser constituído de projetos que são concebidos e executados de forma
participativa e integrada pelos governos federal, estaduais, distrital e
municipais e a sociedade civil organizada.
III. A Comissão Nacional de Florestas (CONAFLOR), órgão colegiado de
natureza consultiva, está vinculada à estrutura organizacional do Ministério
do Desenvolvimento Agrário.
IV. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente promover a articulação institucional,
com vista à elaboração e implementação dos projetos que integrarão o PNF,
RESPOSTA C
54
e exercer a sua coordenação.
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
(B) Apenas afirmativas I e II estão corretas.
(C) Apenas afirmativas I, II e IV estão corretas.
(D) Todas as afirmativas estão corretas.
SOLUÇÃO
A Comissão Nacional de Florestas (CONAFLOR) é um colegiado de caráter
consultivo, estabelecido pelo Decreto nº 4.864, de 24 de outubro de 2003, e
cujas atribuições principais encontram estreita consonância com os objetivos
do Programa Nacional de Florestas – PNF. E um órgãos colegiados do
Ministério do Meio Ambiente (MMA).
RESPOSTA C
16 - Engenheiro Florestal - Pref. Palmas/TO - UFT/COPESE - 2014
São espécies utilizadas em plantios florestais comerciais, EXCETO.
(A) Calophyllum brasiliense Cambess.; Swietenia macrophylla King,
Eucalyptus alba Reinw. ex Blume e Eucalyptus camaldulensis Dehnh..
(B) Oryza sativa L.; Solanum lycopersicum Lam.; Cyperus rotundus L.;
Cucumis sativus L..
(C) Pinus patula Seem.; Eucalyptus globulus Labill.; Corymbia citriodora
(Hook.) K.D. Hill & L.A.S. Johnson; Eucalyptus saligna Sm..
(D) Pinus caribaea var. caribaea; Pinus alba Aiton; Acacia mangium Willd.;
Eucalyptus urophylla S.T. Blake.
SOLUÇÃO
Arroz - Nome científico: Oryza sativa
TOMATE - Solanum lycopersicum Lam
55
Cyperus rotundus, mais conhecida como tiririca
Pepino - Cucumis sativus L
RESPOSTA B
17 - FUNRIO - UFRB - Técnico de Laboratório - 2015
Analise as afirmativas a seguir, em relação às contribuições do Setor Florestal
ao desenvolvimento do país.
I. Crescimento econômico por meio de produção de matéria prima e de
produtos acabados.
II. Uso racional da terra, utilizando extensas áreas de solos degradados, foram
recuperados por áreas reflorestadas.
III. Diminuição das áreas agricultáveis comprometendo a produtividade
brasileira de alimentos.
IV. Absorção de mão-de-obra, promovendo uma melhor distribuição de renda
para a população.
Assinale a alternativa CORRETA.
(A) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
(B) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
(C) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
(D) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
SOLUÇÃO
Conforme veremos nas reflexões que se seguem, a base ou a motivação
central para as mudanças propostas não está relacionada à preocupação com a
sustentabilidade ambiental ou com as mudanças climáticas, temas fundamentais na
agenda política mundial e pautas da Rio+20. Ao contrário, todas as propostas de
alteração, como, por exemplo, a redução das Áreas de Preservação Permanente
(APPs) ou da Reserva Legal - quando não de sua total supressão - partem do princípio
de que a natureza (a floresta ou a mata) é um empecilho ao desenvolvimento,
entendido apenas como crescimento econômico. Sustentadas por princípios avessos
56
a qualquer preservacionismo, as propostas e a defesa de mudanças têm como
justificativa a necessidade de manter ou ampliar a área de cultivo para a
agropecuária, aproveitando as oportunidades de negócios e dando maior
competitividade ao setor. Em outras palavras, justificam-se para não "escorraçar
plantações" e "colocar mata no lugar" (Rebelo, 2011a).
RESPOSTA D
18 - Engenheiro Florestal - Cabo de Santo Agostinho/PE - AOCP - 2010
As afirmativas abaixo referem-se às operações silviculturais e de manejo de
plantações florestais para fins comerciais. Julgue o item a seguir.
A poda ou desrama se justifica sempre que existir o interesse na produção de
toras, com madeira limpa e livre de nós, para processamento mecânico, em
serrarias ou laminadoras.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
A poda dos galhos, denominada tecnicamente de desrama, deve ser realizada
até determinada altura do tronco para melhorar a qualidade da madeira, pois
elimina a formação de nós provocados pelos galhos não retirados. A madeira
sem nó apresenta maior qualidade e normalmente é melhor remunerada pelas
serrarias.
RESPOSTA CERTO
As afirmativas abaixo referem-se às operações silviculturais e de manejo de
plantações florestais para fins comerciais. Julgue o item a seguir.
O sistema de talhadia consiste na condução do crescimento dos brotos nas cepas de
uma floresta recém-cortada, dando-se início a um novo ciclo florestal.
19 - Engenheiro Florestal - Cabo de Santo Agostinho/PE - AOCP - 2010
57
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
É o sistema de manejo dos brotos das cepas de um povoamento florestal
desbastado. Essas brotações dão origem a um novo ciclo do plantio florestal.
Este sistema é usado para diminuir os custos de implantação de uma nova
plantação e quando o propósito deste novo ciclo é o de gerar madeira de
menores dimensões. Este sistema é pouco empregado pelas empresas
florestais devido à grande oscilação do volume das brotações, que por sua vez
compromete o planejamento florestal e industrial
RESPOSTA CERTO
20 - Engenheiro Florestal - Cabo de Santo Agostinho/PE - AOCP - 2010
As afirmativas abaixo referem-se às operações silviculturais e de manejo de
plantações florestais para fins comerciais. Julgue o item a seguir.
O benefício principal do desbaste é estimular o crescimento em altura das
árvores remanescentes.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
Os desbastes consistem em colheitas antecipadas e parciais das árvores, a
fim de diminuir a população original e o número de árvores por área. Esta
prática favorece a entrada de maior luminosidade e aumenta a disponibilidade
de água e nutrientes, favorecendo o crescimento das árvores remanescentes.
58
RESPOSTA ERRADO
21 - Engenheiro Florestal - Cabo de Santo Agostinho/PE - AOCP - 2010
As afirmativas abaixo referem-se às operações silviculturais e de manejo de
plantações florestais para fins comerciais. Julgue o item a seguir.
O método de desbaste sistemático, geralmente, é aplicado em povoamentos
florestais altamente heterogêneos.
o Certo
o Errado
SOLUÇÃO
O desbaste sistemático consiste em retirar as árvores de forma ordenada ou
de acordo com um espaçamento preestabelecido. Por exemplo, pode-se optar
por retirar uma árvore a cada três plantas na mesma linha. Ou então, remover
uma fileira inteira de árvores, intercalada com outras que permanecem
intactas.
RESPOSTA ERRADO
As afirmativas abaixo referem-se às operações silviculturais e de manejo de
plantações florestais para fins comerciais. Julgue o item a seguir.
A desbrota é uma operação para conduzir uma plantação de eucalipto
adotando-se o sistema de talhadia.
SOLUÇÃO
É o sistema de manejo dos brotos das cepas de um povoamento florestal
desbastado. Essas brotações dão origem a um novo ciclo do plantio florestal.
Este sistema é usado para diminuir os custos de implantação de uma nova
22 - Engenheiro Florestal - Cabo de Santo Agostinho/PE - AOCP - 2010
59
plantação e quando o propósito deste novo ciclo é o de gerar madeira de
menores dimensões. Este sistema é pouco empregado pelas empresas
florestais devido à grande oscilação do volume das brotações, que por sua vez
compromete o planejamento florestal e industrial.
RESPOSTA CERTO
23 - Engenheiro Florestal - Cabo de Santo Agostinho/PE - AOCP - 2010
Anualmente, o detentor do Plano de Manejo Florestal Sustentável deve
apresentar um documento referente às próximas atividades que realizará,
como condição para receber a Autorização para Exploração. Esse documento
é denominado
(A) Plano de Acompanhamento Florestal − PAF.
(B) Análise Técnica de Plano de Manejo Florestal − APAT.
(C) Plano de Manejo Florestal Sustentável Atualizado − PMFSA.
(D) Plano Operacional Anual − POA.
(E) Plano Florestal Anual Licenciado − PFAL.
SOLUÇÃO
O principal objetivo do manejo florestal sustentado é produzir matéria-
prima de maneira sustentável trazendo benefícios econômicos, sociais e
ambientais à região, temos que o Plano Operacional Anual (POA) é um
documento que define o cronograma de atividades, os procedimentos de
operação da exploração e manejo florestal a serem aplicados durante a
colheita dentro de um Plano de Manejo Florestal - PMF. O plano operacional
anual (POA) tem como objetivo quantificar e qualificar o estoque de matéria-
prima comercialmente explorável de corte e o seu estoque remanescente
através do plaqueteamento de cem por cento da população do talhão no ano,
seguindo rigorosamente as recomendações técnicas e a legislação vigente,
60
além de que é um instrumento valoroso para ordenamento e redução de
impactos ambientais na exploração florestal (DUBOIS, 1983). O POA e válido
por um ano, podendo ser renovado por mais um ano.
RESPOSTA D
61
GABARITO
1 - E 2 - A 3 - CERTA 4 - CERTO 5 - CERTO
6 - ERRADO 7 - ERRADO 8 - CERTO 9 - CERTO 10 - D
11 - A 12 - D 13 - C 14 - C 15 - C
16 - B 17 - D 18 -
CERTO 19 - CERTO 20 - ERRADO
21 - ERRADO 22 - CERTO 23 - D
62
BIBLIOGRAFIA
1. BRASIL. Serviço Nacional de Formação Profissional Rural. Silvicultor.
Brasília: 1979. 1v. (Senar, Coleção Básica Rural, 13).
2. CHRISTMANN, A.; RAMOS, M.G.; CORDINI, S.; FARIAS, J.A.C.; FOSSATI,
L.C. Módulo I: Plantio e manejo de florestas plantadas. Florianópolis: Epagri, 1997. 77p. (Epagri. Boletim Didático,17).
3. EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. Zoneamento
ecológico para plantios florestais no Estado de Santa Catarina. Curitiba,
1988. 113 p. (Embrapa–CNPF. Documentos, 21).