Floresta Mediterrânica –abordagens inovadoras na gestão e ... · UNAC em números 7...

Floresta Mediterrânica – abordagens inovadoras na gestão e nos mercados | SIAG| CNEMA | SANTARÉM

UNAC - União da Floresta Mediterrânica | 28 . 03 . 2012

“Mercados Florestais Mediterrânicos”

Agenda

1. A UNAC

2. Enquadramento

3. Desempenho setor florestal

4. Mercado da Pinha

2

4. Mercado da Pinha

5. Mercado da Cortiça

6. Conclusões

UNAC - União da Floresta Mediterrânica

UNAC em números

� 7 associações de produtores florestais� ACHAR – Associação de Agricultores da Charneca

� AFLOBEI – Assoc. de Produtores Florestais da Beira Interior

� AFLOPS – Associação de Produtores Florestais

AFLOSOR –

3

� AFLOSOR – Assoc. de Prod. Florestais da Região de Ponte de Sôr

� ANSUB – Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado

� APFC – Assoc. dos Prod. Florestais do Concelho de Coruche e Limítrofes

� SUBERÉVORA – Associação de Produtores Florestais


UNAC em números

� Área de intervenção abrange os principais sistemas/produtos florestais portugueses:� Montado/cortiça

� Pinhal bravo/madeira

4

� Pinhal bravo/madeira

� Eucalipto/pasta

� Pinhal manso/pinhão

� 700.000 ha de área associada em 2.000.000 ha de espaços agro-florestais


UNAC inovação

� Seguro de incêndios florestais

� Inquéritos à comercialização de produtos florestais

Ideia e Parceria técnica com a Terraprima no

5

� Ideia e Parceria técnica com a Terraprima no âmbito do Projeto do Fundo Português de Carbono (PROGRAMA - Sequestro de Carbono por alteração de

métodos de controlo de vegetação espontânea)


73.818

90.361

60.000

70.000

80.000

90.000

100.000

Certificação Associadas UNAC

5 grupos de certificação FSC90.361 ha

31,8% área nacional certificada

6

2 grupos de certificação PEFC15.530 ha


0

9.181

24.507

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

Jan-08 Jan-09 Jan-10 Jan-11 Jan-12

(ha)



Investimento PRODER (até 31/12/2011)

� Cerca de 47,4 milhões € de investimento aprovadoem OPF’s da UNAC (21,9% do total Proder Med.1.3 e 2.3)

7

30.000.000 €

35.000.000 € 41%


- €

5.000.000 €

10.000.000 €

15.000.000 €

20.000.000 €

25.000.000 €

30.000.000 €

1.3.1 1.3.2 1.3.3 2.3.1 2.3.2 2.3.3

22%

6,4%

7,8%

26%26%

Investimento PRODER (até 31/12/2011)

� 47,4 milhões € de investimento aprovado em OPF’sda UNAC:

� Investimento privado = 50%

� Investimento OE (Portugal) = 13%

8

� 1,7 milhões € de investimento em análise

� 5,2 milhões € de investimento em carteira

� 19,9 milhões € de expectativas de investimento(2012-2013)


UNAC próximas atividades

� Corknow-how: Conhecimento Suberícola emRede

� Divulgação de métodos e práticas inovadoras aplicados àsvárias fases do processo produtivo e de comercialização damatéria-prima.

9

matéria-prima.

� Programa de Valorização da Fileira daPinha/Pinhão

� Melhoria da Competitividade da fileira da pinha/pinhãona região do Alentejo, Fomento da Cultura do Pinhão,Promoção, Comunicação e Marketing, e Transferência eDifusão do Conhecimento.


Enquadramento10


Enquadramento

� Atividade económica (florestal) enfrentaenormes desafios:

11

Rentabilidade


Riscos

Eficiência

na Gestão

Custos energéticos

� Aumento dos custos energéticos

12


Custos de gestão

� Evolução dos consumos intermédios/produçãosilvícola (INE/CES)

29%

31%

Fonte: INE (2011)

13

Aumento de 7,9% no

período 2004-2009

(devido a aumento custo de 32% dos

consumos intermédios)

15%

17%

19%

21%

23%

25%

27%

29%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009p


3,50

4,00

4,50

5,00

Custos de exploração

� Evolução do custo da extracção (€/@)

14

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

CUSTO EXTRACÇÃO (€/@)

Aumento de 39,8% no período 2000-2011


350,00

400,00

450,00

Valor do produto

� Evolução do valor da produção de cortiça(INE/CES)

Quebra de 56,6% no

15

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009p

Milhões

de

Euro

s

56,6% no período

2000-2009


Efeito dos agentes bióticos

� Aumento dos riscos bióticos,associado à perda devitalidade dos montados.

� Destaca-se a cobrilha pelo

16

� Destaca-se a cobrilha peloelevado efeito que tem nadesvalorização da cortiça.


Efeito da irregularidade climática

� Precipitação média do novénio

658,8669,6

659,2646,9

633,8

600,0

650,0

700,0

17

574,0584,1

565,8577,8

400,0

450,0

500,0

550,0

600,0

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

P (mm)

Quebra de 81 mm(- 12,3% face a 2002)


918,9977,2

889,09

1000

1200

Efeito da irregularidade climática

� Precipitação total anual (Coruche)

18

548,3509,3 501,9

414,6

621,2

769,3

622,7

704,7656

405379

788,5

378,8

516,2

437,9

0

200

400

600

800

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Precipitação Total Anual


Desempenho Setor (2000-2011)19


Exportações Setor Florestal

� Valor das exportações totais (8,3% total)

20

3.530.214

3.400.000,00

3.600.000,00

3.800.000,00

Aumento de 30% no período


2.000.000,00

2.200.000,00

2.400.000,00

2.600.000,00

2.800.000,00

3.000.000,00

3.200.000,00

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Milhare

s €

período 2000-2011

1.592.069

1.200.000,00

1.400.000,00

1.600.000,00

1.800.000,00

Exportações Setor Florestal

� Valor das exportações totais

21

+105%

806.057

602.441529.645,

0,00

200.000,00

400.000,00

600.000,00

800.000,00

1.000.000,00

1.200.000,00

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Milhare

s de

Euro

s

Papel e cartão, obras de pasta de celulose Cortiça e suas obras

Madeira, carvão vegetal e obras de madeira Pastas de madeira ou de outras matérias fibrosas celulósicas


-13%

-12%

+47%

Exportações (2004-2010)22


Exportações de Pinhão

� A maioria das exportações é de pinha (e nãopinhão) mas não existem registos individualizados

� Consulta das saídas nos portos a nível nacional:� Só porto de Sines ainda não respondeu

23

� Setúbal/Sesimbra confirmam o transporte de pinha(embora classificada na designação “frutos secos de cascarija, fresca ou secas, mesmo sem casca ou peladas”):� 2010 = 19.454 ton (INE regista 1.039 ton pinhão, isto é cerca de 25.975

ton pinha)

� 2011 = 25.529 ton (INE regista 1.504 ton pinhão, isto é cerca de 37.600ton pinha)


1504

1.200

1.400

1.600


� Exportações de pinhão(ton)

94% do pinhão (ton) vai

para Espanha (73%) e

24

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Ton

para Espanha (73%) e

Itália (21%)


22.000.000

27.000.000


� Exportações de pinhão (€)

89,4% do valor dos pinhões (€) vai

para Espanha (60%) e Itália (30%)

25

2.000.000

7.000.000

12.000.000

17.000.000

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Euro

para Espanha (60%) e Itália (30%)


20,00

25,00


� Exportações de pinhão (€/kg)

26

0,00

5,00

10,00

15,00

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

€/kg

Espanha (12,85 €/kg)

Itália (22,74 €/kg


Exportações (2000-2011)27


Exportações da Cortiça 2011

� Volume das exportações totais (ton)� Acréscimo do volume das exportações (+ 7,0% face a 2010)

� Ano de maior volume de exportações

28

180.000


120.000

130.000

140.000

150.000

160.000

170.000

180.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Tonel

adas

950


� Valor das exportações totais (Milhões €)� Aumento de 6,9% face a 2010 (+51 Milhões €)

� Perda de 12% do valor das exportações desde 2000

29

600

650

700

750

800

850

900

950

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Milhões

de

€



� Valor das exportações totais (€)

69% são rolhas (cilíndricas);

44% são rolhas naturais;

30

Em bruto4,7%

Outros25,5%


Rolhas cortiça natural43,6%

Rolhas cilíndricas vinhos espumantes (aglom.)

12,7%

Outras rolhas cilíndricas (aglom.)12,2%

Rolhas, (excepto cilíndricas), em cortiça

aglomerada1,3%

25,5%


� Comparação rolhas de cortiça natural vsrolhas cilíndricas aglomeradas – volume

Rolhas

31

23.000

25.000

Rolhas cortiça natural

Rolhas cilíndricas

aglomeradas representam

56% do volume total

de rolhas (vinhos)

exportadas


5.000

7.000

9.000

11.000

13.000

15.000

17.000

19.000

21.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Tonel

adas

Outras rolhas cilíndricas (aglom.)


� Comparação rolhas de cortiça natural vsrolhas cilíndricas aglomeradas – valor

Rolhas cilíndricas

32

500

600Rolhas cortiça natural

Outras rolhas cilíndricas cilíndricas aglomeradas representam

22% do valor total de

rolhas (vinhos)

exportadas (era 10% em

2005)


0

100

200

300

400

500

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Tonel

adas

Outras rolhas cilíndricas (aglom.)

Mercado da Pinha33


Enquadramento

� O Alentejo possui cerca de 15% da produçãomundial de pinha, com uma capacidadeprodutiva com um valor económico de 50 a 70milhões de euros/ano;

34

milhões de euros/ano;

� Mercado vocacionado principalmente paraexportação;

� Exportação principal é da pinha (e não dopinhão negro ou do pinhão);


Mercado da Pinha

� Rentabilidade da pinha e do pinhão:� Taxa de rentabilidade da pinha (pinha – pinhão

negro) = 20,5%

� Taxa de rentabilidade do pinhão (pinha – miolode pinhão) = 4%

35

Taxa de rentabilidade do pinhão (pinha – miolode pinhão) = 4%

� Produtividade do pinhão:� Viáveis – 89,4%

� Secos – 8,9%

� Inviáveis – 3,2%


Mercado da Pinha

Campanha 2010/2011

� Elevada produção de pinha

� Forte presença de compradores Italianos eEspanhóis

36

Espanhóis

� Maior difusão da colheita mecânica

� Maior envolvimento do SEPNA no controlo dosroubos


Resultados do Inquérito

� 29 inquéritos� 18,5% inquéritos - venda na árvore

� 81,5% inquéritos - pesagem

� Venda (pesagem) 1.673 ton (80% de Alcácer

37

� Venda (pesagem) 1.673 ton (80% de Alcácere Grândola)

� Apanha a cargo do produtor – 59%

� Apanha manual – 90%

� Preço médio (pesagem) 0,56 €/kg


Mercado da Pinha

Campanha 2011/2012� Reduzida produção e muita procura� “Efeito” leptoglossus

� Preços iniciais de 0,85€/kg a 0,90 €/kg

38

� Preços iniciais de 0,85€/kg a 0,90 €/kg� Preços médios deverão rondar os 0,65€/kg


Mercado da Cortiça39


Expectativas iniciais

� Informação recolhida no universo deprodutores filiados nas associações da UNAC

� Produção de cortiça – 1,6 Milhões de @

40

CORTIÇA A

EXTRAIR (%)

CORTIÇA A

EXTRAIR SE

VENDIDA ANTES

(%)

c/ DÚVIDAS (%) NÃO TIRAM (%)

2009 36,8% 50% 3,8% 9,4%

2010 58,3% 10,7% 29,4% 1,7%

2011 93% 1,6% 5,4% 0,0%


Resultados do inquérito

� 152 inquéritos respondidos (82 ano passado)

� Respostas provenientes de 24 concelhos

� Quantidade média de cortiça vendida porinquérito:

41

inquérito:� 10.278 @

� Quantidade total de cortiça vendida:� 1.490.327 @

� 87% dos produtores extraiu por conta própria



� Forma de comercialização:� Aumento no recurso à pesagem (com ou sem

empilhamento)

� Tendência de redução na cubicagem

42

� Tendência de redução na cubicagem

Forma de Comercialização Ano 2009 Ano 2010 2011

Carregamento

(não empilhada mas pesada)22,5% 24,4% 37,0%

Cubicagem

(empilhada e cubicada)17,5% 14,6% 5,6%

Pesagem

(empilhada e pesada)60% 61,0% 57,4%



� Forma de pagamento:� Aumento dos pagamentos a pronto

� Aumento de prazos de pagamento superiores a 1 ano

43

Forma de Pagamento Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011

Pronto pagamento 2% 0,9% 9,3%

Até 6 meses 39% 35,0% 48,8%

Até 1 ano 58,9% 58,4% 32,6%

Superior a 1 ano 0% 5,7% 9,3%



� Custo de Extracção

Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011

44

Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011

Custo de Extracção (€/@) 3,76 € 3,93 € 4,37 €



� Preço médio de venda:� Aumento de 5,5% em 2011 (face a 2010)

� Recuperação inexistente face a 2008 (32,84€/@)

45

Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011

Preço médio de venda (€/@) 23,68 € 24,36 € 25,77 €


� Cortiça vendida por classes de preços:� 30% da cortiça vendida entre os 25,01 e 30,00 €/@

� 43,6% da cortiça vendida abaixo dos 25,00 €/@


450.000

46

@

€

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

10,01-15 15,01-20 20,01-25 25,01-30 30,01-35 35,01-40UNAC - União da Floresta Mediterrânica


� Cortiça vendida por classes de preços:� Aumento nas classes de preços de 25 €/@ a 35 €/@

Classes de preço (€) 2009 (%) 2010 (%) 2011 (%)

10,01-15,00 10,3% 1,4% 1,9%

47

15,01-20,00 8,7% 10,1% 14,1%

20,01-25,00 32,3% 51,4% 27,6%

25,01-30,00 23,0% 23,6% 30,2%

30,01-35,00 25,8% 11,4% 23,6%

35,01-40,00 0,0% 0,0% 2,7%

40,01-45,00 0,0% 1,9% 0,0%

45,01-50,00 0,0% 0,2% 0,0%

TOTAL 100,0% 100,0% 100,0%



� Variação Regional dos Preços

RegiõesQuantidade

(@)

Preço Médio

(€/@)

Preço Médio

2010 (€/@)

48

(@)

Alcácer, Montemor-o-Novo, Setúbal, Palmela,

Estremoz, Sines331.977 23,40 €

Coruche, Benavente, Mora, Montijo 408.901 26,51 €

Évora, Alvito e Portel 328.000 24,50 €

Grândola, Santiago do Cacém, Ferreira do

Alentejo, Odemira, Ourique, Beja84.200 28,92 €

Avis, Ponte de Sôr, Portalegre 181.749 28,29 €

21,15

24,84

25,44

27,24

28,00


40,00 €

45,00 €

Preço Médio da Cortiça na Pilha

Mercado da Cortiça - Portugal

� Evolução do preço

49

0,00 €

5,00 €

10,00 €

15,00 €

20,00 €

25,00 €

30,00 €

35,00 €

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

€/@

Quebra de 35% no período

2003-2011


Conclusões50


Conclusões

� Os desafios são extremos e abrangemadaptações a alterações de caráctersocioeconómico, a alterações climáticas, aalterações de mercado, num contexto

51

alterações de mercado, num contextocrescente de exigência e de responsabilizaçãodos proprietários e gestores dos espaçosflorestais mediterrânicos.


Conclusões

� Quadro de condicionantes de gestãoflorestal e de mercado é exigente:

� Depreciação dos preços das matérias-primasflorestais;

52

florestais;

� Baixa rentabilidade desta atividade (agravadapelos atuais preços das matérias-primas florestais);

� Longos prazos de recuperação do capital;

� Deficientes condições de acesso dos produtoresflorestais ao financiamento bancário;

� Enquadramento fiscal totalmente desadequado.UNAC - União da Floresta Mediterrânica

Conclusões

� Integração de investimentos

� Rentabilidade

� Criação de valor

Processos/Abordagens Inovadores Respostas

53

� Instrumento de mercado

� Cadeia de valor

� Organização da oferta

Criação de valor

� Adaptação

� Resiliência


[email protected]

www.unac.pt

Muito Obrigado!54

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