FLIP 07/11/2012

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Quarta-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XV NATAL-RN, 7 DE NOVEMBRO DE 2012 Nº 4.485 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,03 Dólar turismo R$ 2,09 Dólar/Real R$ 2,03 Euro x real R$ 2,59 Poupança 0,50%/0,42% Taxa Selic 7,25% INDICADORES: Túlio Lemos Página 3 ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE OPINIÃO - Página 2 Sebrae abre licitação para es- colher agência que adminis- trará sua conta de publicidade. Marcos A. de Sá Página 7 Paulo Correia Juarez Chagas João da Mata Costa Homero de Oliveira Costa Elísio Augusto de M. e Silva Um elefante muito desenvol- vido que anda por aí a vender riqueza e prosperidade. Vicente Serejo Página 13 Todos os secretários de Mi- carla eram comandados pelo todo poderoso Antonio Luna. Desde que Carlos Augusto assumiu, prefeitos e deputados circulam pela Governadoria... Daniela Freire Página 12 Comovia o heroísmo solitário de Dinamite contra a constela- ção comandada por Zico. Rubens Lemos F. Esporte 16 Micarla era quem comandava as negociações para desviar dinheiro da Prefeitura de Natal > MP DIVULGA CAUSA DO AFASTAMENTO PELA DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO, A PREFEITA SEMPRE DETEVE O COMANDO DAS NEGOCIAÇÕES REALIZADAS PELO GRUPO CRIMINOSO ESTRUTURADO NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL E TAMBÉM REQUEREU BENESSESCanindé Santos Campanha lançada hoje convoca garis para intensificar a limpeza em todos os bairros de Natal. Urbana também pede conscientização da população Urbana promete acabar com o acúmulo de lixo nas ruas > “LIMPA NATAL” CIDADE 8 Wellington Rocha Etapa que está acontecendo em Natal, no Hotel Imirá, reúne os semifinalistas na categoria Crônica. Alunos e professores são da rede pública Quatro estudantes do RN participam da Olimpíada de Língua Portuguesa > ESCREVENDO O FUTURO CIDADE 6 Desembargadores mantêm Micarla fora da Prefeitura > JULGAMENTO NO TJ POLÍTICA 4 Durante abertura, esta manhã, magistrados destacaram importância da conciliação CIDADE 6 Tropeço no Frasqueirão adia “dia do fico” do ABC > SÉRIE B Derrota em casa para o Avaí leva o ABC a continuar fazendo contas, na luta con- tra o rebaixamento. ESPORTE 15 POLÍTICA 3 E 4 Justiça pretende superar R$ 16 milhões em acordos > SEMANA DE CONCILIAÇÃO NO RN Dupla armada invade loja do ABC no fim da tarde > INSEGURANÇA Assalto aconteceu por volta das 17h30 desta terça-feira, quando a movimentação de torcedores estava intensa. CIDADE 10 Canindé Santos

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Cidades, cultura, esportes e politica

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Quarta-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XV w NATAL-RN, 7 DE NOVEMBRO DE 2012 w Nº 4.485

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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Dólar comercial R$ 2,03Dólar turismo R$ 2,09Dólar/Real R$ 2,03

Euro x real R$ 2,59Poupança 0,50%/0,42%Taxa Selic 7,25%

INDICADORES:

TúlioLemos

Página 3

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

w Sebrae abre licitação para es-colher agência que adminis-trará sua conta de publicidade.

MarcosA. de Sá

Página 7

Paulo Correia

Juarez Chagas

João da Mata Costa

Homero de Oliveira Costa

Elísio Augusto de M. e Silva

w Um elefante muito desenvol-vido que anda por aí a venderriqueza e prosperidade.

VicenteSerejo

Página 13

w Todos os secretários de Mi-carla eram comandados pelotodo poderoso Antonio Luna.

w Desde que Carlos Augustoassumiu, prefeitos e deputadoscirculam pela Governadoria...

DanielaFreire

Página 12

w Comovia o heroísmo solitáriode Dinamite contra a constela-ção comandada por Zico.

RubensLemos F.

Esporte 16

Micarla era quem comandava as negociaçõespara desviar dinheiro da Prefeitura de Natal

> MP DIVULGA CAUSA DO AFASTAMENTO

PELA DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO, A PREFEITA “SEMPRE DETEVE O COMANDO DAS NEGOCIAÇÕES REALIZADAS

PELO GRUPO CRIMINOSO ESTRUTURADO NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL” E TAMBÉM “REQUEREU BENESSES”

Canindé Santos

Campanha lançada hoje convoca garis para intensificar a limpeza em todos os bairros de Natal. Urbana também pede conscientização da população

Urbana promete acabar como acúmulo de lixo nas ruas

> “LIMPA NATAL”

CIDADE 8

Wellington Rocha

Etapa que está acontecendo em Natal, no Hotel Imirá, reúne os semifinalistas na categoria Crônica. Alunos e professores são da rede pública

Quatro estudantes do RNparticipam da Olimpíada de Língua Portuguesa

> ESCREVENDO O FUTURO

CIDADE 6

Desembargadores mantêm Micarla fora da Prefeitura

> JULGAMENTO NO TJ

POLÍTICA 4

Durante abertura, esta manhã, magistrados destacaram importância da conciliação CIDADE 6

Tropeço noFrasqueirão adia “dia do fico” do ABC

> SÉRIE B

Derrota em casa para o Avaí leva o ABCa continuar fazendo contas, na luta con-tra o rebaixamento. ESPORTE 15

POLÍTICA 3 E 4

Justiça pretende superarR$ 16 milhões em acordos

> SEMANA DE CONCILIAÇÃO NO RN

Dupla armadainvade loja do ABC no fim da tarde

> INSEGURANÇA

Assalto aconteceu por volta das 17h30desta terça-feira, quando a movimentaçãode torcedores estava intensa. CIDADE 10

Canindé Santos

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Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012 Opinião

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Eleições, coligações e reforma políticaArtigo HOMERO DE OLIVEIRA COSTA, prof. de Ciência Política da UFRN ([email protected])

Uma das características mais mar-cantes das recentes eleições foi o agra-vamento da perda de identidade dospartidos políticos. A expressão maiordesta afirmativa foram as mais diferen-tes (e disparatadas) coligações eleito-rais - sem qualquer princípio programá-tico ou ideológico, movidas fundamen-talmente por interesses locais e expres-saram, mais uma vez, as fragilidades econtradições do sistema partidário eeleitoral brasileiro.

Vejamos alguns dados sobre coliga-ções em eleições para prefeito de algu-mas cidades. Em Natal, o candidato vi-torioso foi Carlos Eduardo do PDT, cujacoligação "União por Natal" teve o PC doB, PRB, PTN, PPS, PHS, PPLe PSD, en-quanto o PMDB ("Natal merece respei-to") se coligou com o PSC, PR, PMN,PRTB, PTC, PP e PSDC. O PT concor-reu sozinho. No entanto, em Parnami-rim, os três estavam juntos na coligação"Vitória da continuidade" do candidato doPDT, Maurício Marques (reeleito), commais 12 partidos: PRB-PPS-PSDC-PRTB-PHS-PMN-PSB-PRP-PPL-PSD-PC DO B e PT do B.

Em João Pessoa, a coligação "ParaSeguir em Frente" (Estelizabel Bezerrado PMDB) tinha DEM, PDT, PSB, PV,PRP, PTN e PSD. E o candidato (vito-rioso) do PT na coligação "Unidos porJoão Pessoa", se coligou com o PPS ePRB (que em Natal apoiaram o candida-to do PDT), o PP e PSC (que em Natalapoiaram o candidato do PMDB), en-quanto que a coligação "Por amor a JoãoPessoa" (Cícero Lucena, do PSDB) tinhao PSL, PTN, PSC, PSDC, PRTB, PHS,e PT do B.

Em Recife, a coligação "Para Reci-fe Seguir Mudando", o PT fez uma coli-gação com o PP-PSDC-PHS, enquanto a"Frente Popular de Recife" do candida-to (vitorioso) Geraldo Júlio foi formadapor 14 partidos (PSB, PC do B, PTB,PSD, PR, PV, PMDB, PTN, PSC, PRP,PRB, PDT, PSL e PTC).

Em São Paulo, o PSD, do prefeitoGilberto Kassab, que é da base aliada dogoverno federal, apoiou a candidatura deJosé Serra (PSDB) contra o petista Fer-nando Haddad. Ao mesmo tempo, o par-tido foi aliado do PT em Campinas, cujocandidato foi derrotado pelo aliado emSão Paulo, o PSB (que também é aliadodo governo em âmbito federal) e em Gua-rulhos, no 1º. Turno, o PT se coligou como PRB, PMDB, PSL, PTN, PSC, PR,

PRTB, PHS, PSB, PRP, PPL, PSD e PCdo B e no 2º turno, contou com adesãodo DEM e do PP.

Em Curitiba, Gustavo Fruet, do PDT,da coligação "Curitiba quer mais" (PDT-PT-PV) disputou (e venceu) o segundoturno (contra Ratinho Jr., do PSC) que tinhana coligação o PC do B, PR e PT do B.

Em Porto Alegre, os candidatos dasprincipais coligações eram todos da basealiada do governo Dilma Rousseff, ouseja, PDT, PT e PC do B. o candidato vi-torioso foi José Fortunati o do PDT (ree-leito em primeiro turno) cuja coligação"Por amor a Porto Alegre", tinha o PRB-PTB-PMDB-PTN-PPS-DEM e PMN. OPC do B, da segunda colocada, Manue-la D'Ávila, da coligação "Junto por PortoAlegre", tinha o PSC-PHS-PSB e PSD eo PT de Adão Villaverde fez coligaçãocom o PR-PTC-PV-PPL-PRTB e PT doB (e cada município fez coligações com-pletamente distintas).

Esses são apenas alguns exemplos(que se multiplicam nas coligações paraeleições proporcionais) que mostram a maiscompleta ausência de coerência programá-tico-ideológica dos partidos políticos.

Se para alguns analistas há aspectospositivos, como maior liberdade de es-colha dos eleitores e mais autonomiados partidos em Estados e municípios,ou seja, uma descentralização em rela-ção às direções nacionais, o lado nega-tivo, é um grande número de partidos,que leva à fragmentação partidária, comcoligações feitas sem qualquer principioprogramático.

Os críticos do sistema eleitoral e par-tidário, tanto na sociedade civil, como noCongresso Nacional, têm apresentado,ao longo dos anos, um conjunto de pro-postas alternativas. O relatório da maisrecente Comissão Especial de ReformaPolítica, apresentado pelo deputado Hen-rique Fontana (PT/RS) em março de2012, propõe a transformação das atuaiscoligações partidárias, em Federações.Na proposta do relator, durante os três pri-meiros anos de mandato, os partidos co-ligados nas eleições proporcionais (ve-reador, deputado estadual, distrital e fe-deral) ficam obrigados a atuar como sefossem uma única agremiação partidária.O projeto não muda as regras de coliga-ções para eleições majoritárias. A lei emvigor possibilita que as coligações sejamfeitas nas eleições proporcionais paraque os partidos possam somar votos eassim atingir o chamado quociente elei-

toral (número mínimo de votos necessá-rios para eleger um candidato). APropos-ta da Comissão é que as federaçõesdevem ser registradas no Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE), com abrangêncianacional ou estadual. Os partidos podemingressar em federações distintas em di-ferentes estados do País. Dentro domesmo estado, contudo, uma vez cons-tituída a federação estadual, em todas aseleições que disputarem pelos próximostrês anos, os partidos federados devemestar aliados. Para o relator "É uma es-pécie de coligação mais forte e progra-mática que respeita a vontade do eleitorde forma perene, enquanto dura seuvoto". Para ele a mudança dá mais esta-bilidade ao sistema político-partidário,porque obriga os partidos a ter progra-mas mais sólidos – e, na prática, "podedesestimular as coligações ocasionais epor conveniência".

O problema não é apenas o fim dascoligações nas eleições proporcionais,mas a necessidade de uma mudança maisampla no sistema partidário e eleitoraldo país. O que existe é uma crise maisgeral dos partidos políticos. Para TarsoGenro "A crise dos partidos não se ori-gina (...) de "traições" de líderes políticos,mas ocorre principalmente pela reduçãoda força constitutiva de todas as decisõesna órbita da política. A política perde acapacidade de incidir sobre o já decidi-do no mundo das finanças, se as suaspropostas não estiverem – inclusive asmais elementares – pelo menos em acor-do com os caminhos oferecidos pelo poderdo capital financeiro, a saber: os grandesbancos, as agências de risco, os bancoscentrais". Para ele, a reforma política, es-tabelecendo o financiamento público dascampanhas, é o único antídoto à vistapara esta situação crítica. ("Crise dos par-tidos no ajuste neoliberal", Carta Maior,25/11/2005).

De fato, uma reforma política ampla,que não se restrinja apenas a instituir ofim das coligações em eleições propor-cionais e o financiamento público de cam-panhas, mas também um conjunto de pro-postas que poderiam, em princípio, con-tribuir para melhorar não apenas a qua-lidade da representação política, mas o for-talecimento dos partidos políticos. Propos-tas, portanto, existem. O Problema temsido ao longo do tempo, o Congresso Na-cional votar e, nesse sentido, tem preva-lecido o pessimismo de que isto possaocorrer com a sua atual composição.

Uma noite em um cabaré da RibeiraArtigo ELÍSIO AUGUSTO DE M. E SILVA, empresário, escritor e presidente da Fundação Amigos da Ribeira

([email protected])

Na Rua Almino Afonso, o salão da-quele cabaré ficava logo na entrada, aondechegavam os reflexos vermelhos da placaluminosa da fachada. Um muro baixo se-parava-lhe da calçada da estreita rua. Nosalão havia inúmeros homens de "slack"sentados, a maioria apenas bebendo.

Os frequentadores do bordel eramnormalmente os mesmos que observa-vam as mulheres com olhares famintos desexo, até se decidirem pela companhia dealguma delas.

Pelo jeito, frequentavam a casa hámuito tempo, pois os garçons bastante fa-miliarizados tratavam os clientes pelosseus nomes.

Algumas raparigas antigas na casa, derostos exageradamente pintados, dança-vam um "fox" junto às mesas, na esperan-ça de serem convidadas a sentar por algumdos clientes.

Um pouco afastado do dancing, doissenhores de meia-idade, bem vestidos, en-tretinham-se com várias mulheres namesa. Elas usavam bijuterias baratas,vestidos colados e curtos, decotes longose maquiagem excessiva. Quase todas fu-mavam em longas piteiras escuras. Os se-nhores não cansavam de soltar piadinhase entornarem os seus copos de cerveja ge-lada.

Outras mulheres, talvez pelo exces-so de bebidas, vagavam atordoadas pelosalão, em busca de companhia. Àquelahora da noite qualquer um servia, o im-portante era ganhar algum dinheiro.

De repente, ao som de um "swing",a mulher novata que todos esperavam en-trou no salão esfumaçado. Aparentava ofrescor de uma rosa. Trabalhava com ves-

tido prateado, com estampas de rosas ver-melhas, botas douradas de cano alto euma echarpe colorida solta ao redor dopescoço. Na mão direita um anel que exi-bia orgulhosa (...) talvez, um presente dealgum cliente apaixonado. Os cabelos lou-ros oxigenados, presos por uma fita pra-teada, causavam um bom efeito visual.

Logo depois, a radiola de fichas ini-ciou uma marchinha alegre que a moçaacompanhou com passinhos ritmados.Todos os olhares se voltaram para ela,que exibia suas curvas com trejeitos sen-suais bem no centro do salão.

Dirigiu-se manhosa a uma mesa, ondeum cidadão que aparentava ter uns 60anos, de terno risca de giz, tamborilava namesa o ritmo da música e acenava-lhecom um gordo maço de notas de 10 e 20mil réis. Naquele ano de 1942 um dólarvalia 20 mil réis. Ela apenas olhou e des-denhou: Não quero! Só aceito dólares!

Naquele tempo da II Guerra, é opor-tuno esclarecer que as mulheres da zonadavam preferência a receberem seus pa-gamentos pelos serviços amorosos emdólares, que corriam solto em Natal, de-vido à presença dos soldados americanos,que não mediam gastos com diversão.

Àquela hora da madrugada, o movi-mento da casa noturna diminuía bastan-te e os automóveis de praça chegavampara levar os clientes de volta para casa.

No interior do cabaré, os garçons seesforçavam para atender os últimos clien-tes da noite - nas mesas viam-se carteirasde Marlboro, Lucky Strike, Chesterfield,ao lado de marcas nacionais como Selma,Continental, Luiz XV.

Em dado momento, um dos "grin-

gos" levantou a cabeça que estava apoia-da na mesa e gritou: – Waiter! A drink!A drink! (Garçom! Um drinque! Umdrinque!).

Vários olhos se viraram na sua dire-ção, com ares de reprovação pelo tom devoz. O garçom apareceu e ficou paradoem frente à mesa, aguardando o pedido.

– Fill it! (Encha aí!). Disse o cliente,apontando para o copo vazio.

– No need to scream that way! (Nãoprecisava gritar daquele jeito!).... Res-mungou o tímido garçom, enchendo ocopo de gelo e uísque.

– Speak in the tone that I want! (Falono tom que eu quiser!). Respondeu ohomem, bastante alcoolizado. Tomou adose de um gole e levantou-se. Pagou aconta, jogando uma nota amassada de 20dólares sobre a mesa. Change is your! (Otroco é seu!). Falou.

– Thank you! (Obrigado!). Disse ogarçom, que, como muitas pessoas, já es-tava bastante familiarizado com o idiomainglês.

Do cabaré o "gringo" seguiu a pé atéo Grande Hotel, que ficava próximo.Caminhava devagar, meio trôpego, sempressa. Na porta do hotel, os degrausque separavam o saguão principal da ar-cada foram vencidos um a um, com certadificuldade. O hotel ribeirinho, compouco tempo de inaugurado, era o me-lhor de Natal.

Cruzando a recepção, deu uma rá-pida olhada em direção ao bar que, àque-la hora, estava fechado – observou comcuriosidade o elevador, mas preferiusubir ao quarto pela escada, que lhe erafamiliar.

Lisboa triste...Artigo JUAREZ CHAGAS, professor do Centro de Biociências da UFRN

([email protected])

Estudantes que se mudam para cida-des diferentes e deixam sua terra natalpara estudarem em outras instituições,tanto em seu próprio país como no ex-terior, vivem uma experiência única.Adaptação e reconhecimento da "novamorada", são as duas primeiras e princi-pais preocupações do novo habitante.

Apesar de todo avanço da internet,com suas informações através de suasredes sociais e sites de pesquisas, nadasubstitui o conhecimento e a vivência inloco, o que somente ocorre quando sechega ao lugar escolhido ou determina-do para o novo aluno recém-chegado àinstituição para a qual foi selecionado.

Eu mesmo não poderia esquecer asduas experiências vividas, uma no Bra-sil mesmo e outra no exterior, quando fuiselecionado para o Mestrado e Doutora-do, em São Paulo (UNESP, Escola Pau-lista de Medicina) e em Lisboa (Univer-sidade Aberta), respectivamente.

Em São Paulo enfrentei, de imedia-to, o primeiro problema de residência,pois não consegui casa ou apart-hotelpróximo da Escola Paulista de Medicinaque fica na Vila Mariana, área bastantedisputada. Consegui, com um amigo deAlagoas, dividir uma bela e boa casa, auns 20 km de distância. A vantagem eraque era uma casa completamente mobi-liada, pois pertencia a um casal que erapaciente deste meu amigo e, ainda desobra, só arcávamos com a manutenção,não pagávamos qualquer aluguel. Maisvale amigo na praça...

O problema era o transporte, pois tí-nhamos que acordar às 4:30h da manhãpra chegar antes da 6h e estarmos pron-tos para as disciplinas e pesquisas quenormalmente iniciavam às 7h, isso quan-do não cumpríamos algumas disciplinasna USP, que ficava ao dobro da distân-cia. Mas, depois Luiz Carlos, o amigodo qual falei, trouxe seu carro de Ala-goas e solucionamos mais um problema.Agora, era só se adaptar na "selva depedra", como eu costumeiramente chama-va São Paulo.

Em Lisboa foi tudo diferente e pra me-lhor, graças a Deus! Pra começar fiqueiem casa de amigos, durante todo o tempo

que lá estive e que, por conta de minhasatividades na UFRN, foram períodos in-termitentes, embora a primeira vez tenhasido quase dois anos, entre 2007 e 2009,quando cumpria minha Licença Prêmio ouLicença Sabática, como é conhecida.

Mas, toda essa introdução (que de-pois de escrever, concordo ter sido des-necessária, exceto quando mostra quenada se consegue sem sacrifício) é parachegar em Lisboa e dizer de suas mara-vilhas, inclusive a própria. É claro que nãotroco Natal por lugar nenhum do mundoe isso é uma frase repetitiva minha, poisusando os cinco sentidos, mais a percep-ção e o espiritual, Natal está em todoseles, isso em minha opinião. Mas, Lisboaque, hoje conheço e por ela sei andar apé ou de transporte, é uma das cidadesenigmáticas e fantásticas do continente eu-ropeu e por que não dizer, do mundo!

Só que, lá estive no mês passado e,quase não reconheço Lisboa, mesmo sa-bendo da crise europeia, fiquei muito tris-te com a Lisboa que reencontrei. A cida-de parece chorar com as pessoas, com odesalento, com o abatimento. É claro quenem se compara com o terremoto de 1775que devastou a cidade que teve que serreconstruída. Porém, sérios prenúnciosatestam que a crise empurra Portugal paraa classificação de país pobre em 2015, ouseja, a crise se agravará mais ainda. Acrise é geral, o serviço público arqueja,o governo demite em vários segmentose a instabilidade é visível.

No momento, é possível se andar decarro com certa tranquilidade no centrode Lisboa, pois muita gente não temmais como pagar pelo combustível. Osshoppings já não atraem tanto comoantes e o lazer ficou para terceiro planoou nenhum plano.

Vendo aquilo, sem sentir qualquersatisfação com a miséria dos outros, dissea mim mesmo "Viva o Brasil, país é onosso!" Mas, ao mesmo tempo pondereique a crise certamente chegará em nossopaís, um dia. Portanto, fiquemos atentos,principalmente com os políticos, porqueessa crise européia é coisa de político,disso não tenho dúvidas! (http://juarez-chagas.blogspot.com/).

Adeus a Alcino Alvesda Costa (1940/2012)

Artigo JOÃO DA MATA COSTA, professor do Depto de Física - UFRN([email protected])

Na véspera do dia de finados, dia deTodos os Santos, faleceu um grande es-tudioso do cangaço e da cultura sertane-ja. Alcino Alves Costa - sobrinho docangaceiro-poeta Manoel Marques daSila, o Zabelê -, nasceu em Poço Re-dondo/SE, e aí viveu intensamente comoativo protagonista e guardião de sua his-tória contada numa dezena de livros.Filho de Ermerindo Alves da Costa e deEmeliana Marques da Costa, Alcino foium político que amava sua terra e cos-tumes. Foi prefeito por três vezes domunicípio de Poço Branco, deixou a po-lítica para se dedicar ao estudo do can-gaço e das ricas tradições culturais de suaterra natal amada. Grande contador decausos, um caipira como gostava de serchamado, é referência obrigatória em setratando de cangaço. Mesmo sendo umprofundo conhecedor da saga lampiô-nica, não tinha a presunção daqueles quese consideram dono da verdade. Gosta-va de dizer, essa é a minha versão. O seuprimeiro livro sobre o cangaço, já em ter-ceira edição, teve o prefácio da profes-sora antropóloga Luitgarde Barros, queescreve: "este livro não é de ficção",pelo contrário, o livro tem como objeti-vo a desmistificação de alguns detalhesenvolvendo um dos fenômenos sociaismais estudado do Brasil, o cangaço. Al-cino é um grande contador de estóriasou histórias. Seus livros são muito bemescritos e referenciados com outros es-critores da mesma saga. Muitas vezes Al-cino corrige informações contidas emoutros livros referência da saga do can-gaço. É um escritor que escreve compaixão a dura realidade de um nordesteexsicado pelas longas secas onde sobre-vivem as plantas cactáceas: xiquexique,macambira, quipá, mandacaru, cabeça-de-frade e facheiro. E por que não falarda árvore sagrada do sertão, o umbuzei-ro. Arvore que mata a sede, serve desombra e de refúgio para beatos e can-gaceiros. A crueldade do bando de Lam-pião não é maior que a dos volantes.Muitas vezes existe uma migração deum lado para outro. Os nazarenos foramos grandes combatentes dos temidos can-gaceiros. Mané Neto, o temido vesgode Nazaré/PE, luta contra o bandido Sa-bonete. "um bandido pula para a frentedos inimigos. Está enlouquecido Comum punhal na mão corre na direção deMané Véio. Parece que quer sangrá-lo.O cangaceiro está tão próximo do naza-reno que este não tem dificuldade nenhu-ma em acertá-lo com um tiro certeirona cabeça. O assecla cai morto aos seuspés". Morto de sede o nazareno toma aágua com sangue na cabaça do "cabra".(Fogo de Maranduba. Lampião Além daVersão pp. 168). Nas Batalhas de Ma-randuba e Serra Grande os cangaceirosdesafiaram seus algozes.

Lampião só pode surgir num sertãoesquecido pelo poder, numa terra deso-lada e esturricada por tenebrosas secas,onde reinavam os grandes latifúndios

governados por coronéis. Lampião tevedesavença com poucos coronéis e a suapresença fez tremer o poder e riqueza dossenhores das terras que remonta às ca-pitanias hereditárias.

O cangaço era poder e muitos filhosde famílias entraram para esse mundosem nenhuma motivação provocada pormortes ou vinganças. Muitas vezes as de-savenças surgiam por uma intriga, fuxi-co ou delação (veja o terrível caso damorte de Zé Vaqueiro). Cangaceiro detes-ta fuxico e covardia. Outras vezes as bri-gas aconteciam por vinganças entres fa-mílias ou traição. "O traidor sempre foi afigura mais odienta dentro do mundo cai-pira e do meio do cangaceiro. Para o de-lator não havia perdão" (op. Cit. pp. 239).

Um homem simples apaixonado pelavida e pelas mulheres. Apaixão pelo can-gaço e Sergipe, só perdia para elas. Casoumuitas vezes e deixou muitas viúvas. Alémdos livros que conseguiu publicar, deixououtros inéditos. No início de 2012 estive-mos visitando o Alcino em sua casa emPoço Redondo. Ele se queixava de gotae andava com dificuldade, mesmo assimnos atendeu e tivemos uma bela prosa co-letiva onde bebíamos a largos goles tantasabedoria feita de um longo e laboriosoviver cantando e glosando as coisas do cin-zento sergipano, palco da morte de Lam-pião na grota de Angicos. Na ocasião danossa visita ele me autografou vários li-vros de sua autoria. "Lampião além daversão - mentiras e mistérios de Angico"(3ª edição 2011), "O Sertão de Lampião"(2ª edição 2008); e "Poço Redondo, a sagade um povo" (2009).

No prefácio ao livro Lampião Alémda Versão, ele repte: Estimado João daMata, nas páginas deste livro a história deLampião além da versão. Do amigo eautor Alcino Costa 25/01/2012.

Na dedicatória ao livro "O sertão deLampião", ele escreve: Na história brasi-leira a saga de Lampião tem lugar de des-taque e o nosso sertão "O sertão de Lam-pião" o seu principal e social cenário.

Alcino Alves Costa viveu toda a suavida num dos principais cenários, palcoda saga de Lampião. Ouvindo pessoas epesquisando os lugares e refúgios ondeforam travadas as batalhas ele pode reu-nir muitas histórias e versões contadasdos embates entre coronéis, volantes, coi-teiros e beatos.

Pode não ser a versão verdadeira, masé uma versão que precisa ser ouvida elida. Seus livros ficam e são imprescindí-veis para quem estuda o cangaço e os cos-tumes e cultura dos nordestinos.

O autor ainda escreveu um livro queele considerava o seu melhor trabalho."Maria do Sertão", seu primeiro roman-ce ficional.

História e Lendas do Sertão, SertãoViola e Amor, Preces ao Velho Chico entreoutros livros escritos por Alcino Costa,enriquecem a etnografia nordestina e acultura brasileira. Vai em paz meu queri-do amigo Saudades

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

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Artigo

Panfletose sexo

PAULO CORREIA, Jornalista([email protected])

Hoje acordei com o sol já forte.Passava e muito do meio-dia. Levan-tei e o corpo já pedia calma. A boca es-tava com o gosto da cerveja e do uísquede ontem à noite. A maquiagem esta-va ainda na face, mas a desconstruçãoda mulher fatal já tinha ocorrido. Domeu lado dormia a minha amiga de tra-balho e de baladas. Amiga não, isso émuito profundo, colega mesmo. Umagarota bonita, morena, e com um cor-pão de fazer parar o trânsito. Duasmeninas sem muito conteúdo e dis-postas a quase tudo por uma noite deloucuras.

Trabalhamos juntas. Fazemos a en-trega de panfletos de festas em boatese bares freqüentados pela chamada elitede Natal. Uma rotina que começa cedo.Assim que recebemos a ligação donosso "agente", Carlos, temos poucashoras para produzir nossa imagem, eisso quer dizer: colocar muitamaquiagem no rosto, roupas provo-cantes e curtas no corpo e fazer carase bocas quando necessário. Uma roti-na que já começa na quarta-feira, quan-do as primeiras concentrações debaladeiros saem de suas tocas para cur-tir a noite da cidade, e somente termi-nam no sábado, quando os últimos baresestão fechando as portas.

Jess, ela não gosta que a chamemde Jéssica, está de rolo com Carlos.Parece que não é garota de rua comoeu, que não sabe as malandragens desseescroto. Coitada. Pior que mulher in-gênua é piriguete querendo ser ingênua.Eu já contei para ela o que ele faz nashoras vagas, quando não está no carroesperando a gente nas intermináveisnoites de festas. Já lhe contei do seu sujocontato com policiais em roubos deveículos e tráfico de drogas. Já lhe con-tei da sua fuga de Pernambuco porconta de um assassinato na periferia deRecife. Ela que descubra o verdadeiroCarlos como quiser. Só espero que nãoseja através de tapas no rosto, nemmuito menos roubada por ele.

Mas voltando para as nossas noites.Ontem tivemos que fazer dois bares, en-tregando CDs promocionais de umadessas milhares de bandas de forró queestão por aí. Depois fomos para umacidade próxima, distribuir gracejos emuma vaquejada comandada com mãosde ferro por um empresário do ramo decarros usados e um prefeito sebosoacompanhado de dois vereadores maisasquerosos ainda.

Na festa, o prefeito sugeriu ao Car-los que ficássemos um pouco mais. Queas lindas meninas curtissem o forrózãoalguma coisa que tava no palco e queera o maior sucesso da temporada. Umsucesso baseado em músicas que falamde carros 4x4, raparigas e bebidas. Nadade novo para essa danada aqui, que jáouviu esses repertórios incontáveisvezes. Que já sabia todos os passosdaquela noite planejada na cabeça doprefeito e seus asseclas. O forró para elesera o de menos, o que eles queriam erasexo e putaria até altas horas. E tudo issoà custa das duas meninas-panfletos alido lado. Eu e a Jess.

Depois de muito beber, cair e lev-antar, Jéssica já estava para lá de Bagdá.Ela foi presa fácil para os admin-istradores locais. Eu, que já tinha lev-ado muita porrada dessa vida ao longodos anos, bebi pouco e soube enrolarmuito até a madrugada. Observei queum dos vereadores era mais calado etímido, e foquei minhas garras nele.Fiz de tudo para que ele me escolhessee me levasse para algum lugar sozin-ho. Assim seria mais fácil embebedá-lo e conseguir trabalhar bem menosnaquela noite. Se é que vocês me en-tendem.

Dito e feito. O nobre caiu deamores por mim. Queria sexo, isso é in-egável. Mas não da forma selvagemcomo o prefeito e o outro vereador.Esses ficaram com Jéssica, que foi lib-erada pelo Carlos. Esse fez cara dehomem ciumento na frente dela, masassim que a largou com os dois brutosno motel, foi logo para o forró e pegouuma menina de 17 anos para ficar.

Eu fiquei mesmo com o edil maistranqüilo, que gosta de romancear tudoo que vê e que é fraco para bebidas.Aproveitei e enchi seu copo váriasvezes, e o meu também. Mas o nossolegislador foi mole na balada, caiu rápi-do num sono profundo, e eu que nãosou besta, e no fundo queria issomesmo, aproveitei para pegar a minhabolsa e me mandar.

O táxi me deixou na porta de casaàs 5 da manhã. Jess só chegou às 9h, eestá apagada até agora.

E aqui estou eu esquentando umavelha pizza para o nosso almoço. Umalmoço de baladeiras.

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 7 de novembro de 2012Política

Túlio LemosPOLÍTICA - TÚLIO LEMOS - [email protected] / www.tuliolemos.com.br / @tuliolemosrn

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

A falta de dinheiro que contri-buiu para que a gestão Micarla deSousa fosse desaprovada por 90%dos natalenses não foi conseqüên-cia apenas do aperto nos repassesfinanceiros feitos ao Município.Segundo o Mi-nistério Público,essas dificulda-des também sãoresultantes da"desastrosa e cri-minosa gestão"que seria lidera-da pela prefeitaafastada. Essa,por sinal, é ape-nas uma das vá-rias classifica-ções negativasque o procura-dor-geral de Jus-tiça, ManoelOnofre Neto, fazà gestora municipal ao pedir - econseguir - o afastamento dela naJustiça.

Isso porque, segundo o procu-rador, Micarla não só sabia do es-quema de corrupção instalado naSecretaria Municipal de Saúde(SMS) e denunciado na OperaçãoAssepsia, em julho (pelo próprioMP), como também era uma daslideres do esquema. Utilizava osrecursos, inclusive, para pagar seusaltos gastos pessoais, que ultra-passavam os R$ 150 mil mensais.

"Micarla de Sousa, ora inves-tigada, sempre deteve o comandodas negociações realizadas pelogrupo criminoso estruturado noâmbito do Poder Executivo Mu-nicipal, como também que reque-reu, em diversos momentos, be-nesses aos contratados envolvidos

no esquema, comprovando suatotal ciência do tipo de acordo quecom eles era firmado, afora as de-mais tratativas que ficavam porconta de seus comparsas", apontao Ministério Público.

Baseado nisso, o MP acreditaque "fica patente que o caos admi-nistrativo e financeiro pelo qual

passa atualmen-te todo o Municí-pio de Natal é re-sultado da desas-trosa e criminosagestão capitanea-da pela PrefeitaMicarla de Sousae conduzida poragentes públicose pessoas estra-nhas à adminis-tração, vocacio-nadas apenaspara a prática deilícitos, sem ne-nhum zelo pela

conservação da coisa pública epelo bem estar da sociedade nata-lense".

Não era para menos. Além deexercer o comando da organiza-ção criminosa, segundo o MP, Mi-carla de Sousa também a operavacom total apoio do primeiro esca-lão de gestão municipal. Destaquepara Antônio Luna, secretário mu-nicipal de Planejamento que che-gou a ser preso na Operação As-sepsia em julho. Na casa dele,foram encontradas listas com osgastos pessoais da prefeita afasta-da, o que fizeram o MP acreditarque elas eram pagas com recursospúblicos.

"A interceptação telefônica e osdiálogos que revelam que as des-pesas da investigada e prefeita deNatal e seu esposo, Miguel Weber,são pagas por Francisco de Assis

Rocha Viana (coordenador finan-ceiro da SMS) e Antônio CarlosSoares Luna (Secretário de Plane-jamento do Município)", aponta oMP, ressaltando que essas consta-tações foram feitas a "partir docruzamento dos elementos colhi-dos na quebra de sigilo bancário ena interceptação das comunica-ções telefônicas".

Para o Ministério Público, "éfácil perceber que toda a vida fi-nanceira de Micarla de Sousa écontrolada por Francisco de AssisViana. As movimentações bancá-rias da prefeita, seus cartões decrédito, os contatos com os geren-tes e funcionários dos bancos, autilização de contas laranjas, aburla aos sistemas de controle dos

bancos, tudo isso exsurge da inter-ceptação telefônica".

Assis Viana, em seu interro-gatório durante a investigação, valelembrar, negou qualquer partici-pação no esquema e que não cui-dava das finanças de qualquer pes-soa da família da prefeita afasta-da. Porém, para o Ministério Pú-blico, no depoimento prestado,"Assis quis ocultar em seu inter-rogatório o fato de ele ser a pes-soa que não só movimenta, mastambém supre financeiramente ascontas bancárias dos investigadosMicarla de Sousa e Miguel Web-ber".

Entre as interceptações que de-monstram isso, o MP ressalta estetelefonema: "Bira diz que está com

um boleto de Micarla para pagare queria ver se ele paga e depoispega o dinheiro com Assis e Assisresponde que até sexta-feira elevai dá para resolver, então Biradiz que vai pagar e na quinta ligapara Assis". Para o MP, é possívelobservar que Assis e Luna nãopedem dinheiro a Micarla para cus-tear esses gastos, mas Micarla équem recorre ao dinheiro admi-nistrado por eles para quitá-los,mostrando a condição dela de li-derança.

O MP ainda ressalta que "nabusca e apreensão realizada na re-sidência de Antônio Luna e AssisViana foram apreendidos docu-mentos que revelam que a reque-rida detinha um padrão de vida to-

talmente incompatível com as suasreceitas discriminadas em sua de-claração de imposto de renda. Isso,mesmo considerando que a reque-rida é empresária e provêm de umafamília com bom padrão financei-ro, pela análise de seus rendimen-tos é possível concluir que nãoexiste qualquer possibilidade dese ostentar gastos dessa magnitu-de, sem que haja uma fonte derenda clandestina e ilícita que lhedê suporte".

Segundo o MP, as planilhasencontradas revelam que a inves-tigada possui elevados gastos men-sais. De fato, atente-se que, segun-do as planilhas, nos meses identi-ficados as despesas pessoais da in-vestigada os valores de R$ 136mil, R$ 186,9 mil, R$ 187,9 mil.Outros gastos pessoais e pagamen-tos de funcionários também foramidentificados nos documentosapreendidos, no montante aproxi-mado de R$ 24 mil.

"Nas planilhas apreendidas empoder de Antônio Luna e AssisViana demonstram um gasto médiomensal superior a R$ 150 mil,quantia próxima do valor anualdos rendimentos declarados pelaprefeita" - R$ 168 mil foram de-clarados em 2010. Os dois funcio-nários, por sinal, segundo o MP,com suas realidades financeiras,também não teriam dinheiro dosustentar os gastos de Micarla deSousa, confirmando a idéia de re-curso ilícito.

O procurador-geral, ManoelOnofre, aponta que "essa falta delimites entre o público e o priva-do é a tônica da gestão da inves-tigada, fato comprovado tanto pelanomeação da sua pastora quantopela utilização de recursos ilícitospara custear seu elevado padrãode vida".

Com o aprofundamento das in-vestigações da Operação Assep-sia, o Ministério Público do RNpôde constatar que a SecretariaMunicipal de Saúde (SMS) nãoera o único local onde a corrupçãoacontecia na Prefeitura Municipal.No entanto, para Manoel Onofre,que assinou a petição pedindo oafastamento da prefeita, era de láonde mais se desviava recursos.

"Foram as pessoas de ThiagoBarbosa Trindade e AlexandreMagno Alves de Souza, engenho-samente escolhidos pela PrefeitaMicarla de Sousa para operaciona-lizar a rede de corrupção articula-da nos interiores da SMS, os res-ponsáveis pelos desmandos ocor-ridos sob a espreita desse novomodelo de gestão implementado,cujo montante direcionado paracusteio dessas contratações fraudu-lentas e superfaturadas chegou àcifra de R$ 65 milhões", classifi-ca o MP logo no início da petição.

Thiago Trindade é o ex-secre-tário municipal de Saúde (SMS),que primeiro assinou os contratospara a contratação das organiza-ções sociais, agora questionadospelo MP. Alexandre Magno é pro-curador municipal e foi tambémapontado pelo Ministério Públicocomo um dos líderes da organiza-

ção criminosa e que conseguiu, in-clusive, levar a Associação Marcaa administrar o Hospital da Mulher(em Mossoró), assinando contra-to com o Governo do Estado.

Para demonstrar que Micarlasabia do esquema, Manoel Onofreressalta trechos de conversas inter-ceptadas durante as investigações.

Em uma delas, Rosi Bravo, apon-tada como administradora da As-sociação Marca em Natal, afirma:"Creio q não tenha problemaalgum repassar para o marido.Trato é trato e realmente eles nãoestão cumprindo a parte deles equem + vem se perdendo e se des-gastando (depois de nos, é claro)

é a esposa! O momento q ela vivee fragil, porem com todas as con-dicoes de se reerguer!", afirmaRosi Bravo.

Segundo o MP, sem sombra dedúvidas, e diante de todo o conjun-to probatório colhido com as me-didas investigatórias cautelares de-feridas em primeiro grau, pode-se

afirmar com segurança que o "ma-rido" e a "esposa" são MiguelWeber e Micarla de Sousa. "Alémdisso, a utilização dos termos'trato', 'combinado' e 'parceiros' re-vela inequivocamente a existên-cia de uma parceria secreta, de na-tureza econômica e com termosbastante claros, entre Tufi Meres(apontado como o líder do esque-ma) e o casal Miguel e Micarla".

Claro que Micarla não agia so-zinha e, na visão do MP, o 'modusoperandi' escolhido pela gestorapara comandar o esquema de des-vio de recursos públicos era se valerde interpostas pessoas para trans-mitir suas decisões, suas vontades,suas necessidades. Neste papel,Manoel Onofre destaca Jean Valé-rio, que na época era secretário deComunicação, como sendo um dosprincipais "porta-vozes da chefedo Executivo potiguar em diver-sas oportunidades". Nas conversasinterceptadas pelo MP, destaca-sea fala de Jean Valério afirmando ereafirmando que "to sendo cobra-do" ou "ela me cobra isso".

Em determinado trecho da con-versa, por sinal, Rosi Bravo afir-ma: "Acho q so poderemos pagar1 vez aquele valor! Q justifiquesomente a agenda de agosto". JeanValerio parece concordar e afir-

ma: "absurdo isso. Descaso com oque ela determina". Depois afir-ma "povo incompetente". Segun-do o MP "nesses diálogos, verifi-ca-se uma solicitação da prefeitaMicarla de Sousa, feita através deJean Valério, por uma 'agenda' quetem ser aprovada por Rosi Bravo,porque já foi 'gravada', já foi 'feita'.Essas solicitações não retratamações da saúde e nem de serviçosque constam na planilha da UPAou das AMES. São simplesmenteacertos financeiros à parte".

Para reforçar, o MP ainda des-taca a fala de Rosi quando ela dizafirma: "estou reavaliando a suasituacao, tendo em vista a naovotacao da Lei e consequente-mente o encerramento do contra-to em 30 dias, ou seja, acho q oMP ou outros orgaos fiscalizado-res vao achar estranho gastaonessa proporcao nessa altura!Estou vendo q outra saida nostemos". O MP acrescenta quetrata-se de um gasto que nãohavia sido acertado anteriormen-te, e nem ao menos constava noplanejamento da AssociaçãoMarca, como se evidencia poresta frase: "Nao posso expor umorçamento ao projeto q nao foiimaginado se qer", dita por RosiBravo.

“Caos de Natal é resultado da criminosagestão capitaneada por Micarla de Sousa”

Procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre, foi o autor do pedido de afastamento de Micarla de Sousa da Prefeitura de Natal

MP: Contratos fraudados e superfaturados daPrefeitura de Natal podem chegar a R$ 65 milhões

Micarla de Sousa teria “engenhosamente” escolhido seus auxiliares para operacionalizar rede de corrupção na Saúde Municipal

AO PEDIR AFASTAMENTO DA PREFEITA, MP APONTA QUE ELA UTILIZOU DINHEIRO PÚBLICO PARA CUSTEAR GASTOS PESSOAS

COMANDODurante a gestão, todos os se-

cretários da prefeita Micarla de Sousaeram comandados pelo todo podero-so Antonio Luna. Ele decidia o quedevia ou não pagar. E ela apoiavatodas as ações de Luna. Agora, omotivo foi descoberto: Luna opera-va para ela; era o homem que sabiatudo da vida da prefeita. Por isso,mandava e desmandava na gestão.

PAPÉISOs assessores Luna e Assis, eram

cargo comissionados da Prefeiturade Natal, mas ficaram com a'responsabilidade' de gerenciar as fi-nanças pessoais da prefeita Micarlade Sousa; e, segundo o MP, mistura-vam dinheiro público com privado.

FIMA prefeita Micarla de Sousa já

encerraria o mandato sob a forte enegativa impressão de incompeten-te. Com a investigação do MP, alémde sair como uma gestora desastra-da, acrescenta a corrupção em sua

biografia. Triste fim para uma boni-ta vitória.

MALDITAQuando perdeu uma eleição e

precisou se dedicar ao fortalecimen-to da TV Ponta Negra, Carlos Alber-to, pai de Micarla, diria mais tarde,após consolidar a emissora comoempresa: "Bendita derrota". Micar-la, jornalista competente e respeita-da, venceu uma eleição inimaginá-vel. Após quase quatro anos, afas-tada sob suspeita de corrupção e re-

jeitada pela população, Micarla devepensar: "Maldita vitória".

DECISÃOA decisão do TJ, mesmo sendo

parcial e sem conclusão, confirma oafastamento da prefeita Micarla deSousa da gestão municipal. E, dian-te dos últimos fatos divulgados, équase impossível seu retorno.

PAVIMENTAÇÃOMicarla escolheu Carlos Eduar-

do como seu principal inimigo. Ele-

vou-o à condição de antagonista dagestão. Se tivesse dado certo, o ex-prefeito teria sido eliminado politi-camente. Como tudo deu errado, elevoltou por cima, ganhou a eleição evai assumir com o caos instaladoem relação à imagem de sua adver-sária. Ela pavimentou seu bom re-torno.

DECISÃOA decisão do ministro Dias Tó-

foli, do TSE, de manter a decisão to-mada pelo TRE Potiguar, reforçou

o que já havia decidido o juiz Ver-lano Medeiros. Será que Tófoli vaiser considerado 'suspeito' pela deci-são que tomou?

FECHAMENTOO Governo Rosalba Ciarlini con-

segue se superar: A última da ges-tão Rosa é o fechamento das farmá-cias populares, que atendiam a po-pulação carente. O pior é que o pro-grama recebe dinheiro do GovernoFederal, mas o Estado não repassa-va o pagamento.

“Micarla de Sousa sempre deteve o

comando das negociações realizadaspelo grupo criminosoestruturado no âmbitodo Poder Executivo”Manoel Onofre Neto

Heracles Dantas

Heracles Dantas

Page 4: FLIP  07/11/2012

Mais uma semana de expecta-tiva. Por ora, o Pleno do Tribunalde Justiça do Rio Grande do Nortemanteve, por sete votos favoráveis,o afastamento da prefeita de Natal,Micarla de Sousa (PV), em decor-rência de participação em supostoesquema de corrupção na Prefeitu-ra de Natal. Hoje, durante aprecia-ção do recurso do advogado PauloLopo Saraiva, defensor jurídico daprefeita afastada, seis desembar-gadores decidiram acompanhar ovoto do relator, Amaury Moura So-brinho. A propósito, os seis, juízessubstitutos: Artur Cortez, Sueli Sil-veira, Fábio Filgueira, GuilhermeCortez, Berenice Capuchu, Tatia-na Sokoloski.

A sessão desta quarta foi in-terrompida com o pedido de vis-tas do desembargador Assis Bra-sil. O desembargador Vivaldo Pi-nheiro, que votaria em seguida,disse que iria aguardar o voto deAssis para proferir o seu. Na prá-tica, mesmo com a maioria acom-panhando o relator, o julgamentoainda não acabou. Só terminaquando todos votarem. Isso porqueos desembargadores poderãomudar o voto. Embora improvávelque haja mudança, tecnicamenteé possível. O Pleno do TJ só voltaa se reunir na próxima quarta-feira.

"Fiz a defesa que pude fazer eestou indo para Brasília ajuizar umareclamação perante o Supremo Tri-bunal Federal", afirmou o advoga-do Paulo Lopo Saraiva, já na salade embarque do aeroporto Augus-to Severo, em Parnamirim. Eleficou feliz ao saber, pela reporta-gem, que Assis Brasil havia pedi-do vista ao processo. "Não termi-

nou. Foi bom. Se pede vista, é bompara nós. Podem mudar, se argu-mentar de maneira a convencer osoutros", disse Saraiva.

Mais cedo, Saraiva teve umaprimeira derrota no Pleno do TJ,

quando teve seu requerimento parafazer uma sustentação oral no TJ ne-gado pela maioria dos desembarga-dores. Ele pediu 15 minutos e re-cebeu apenas cinco. Apenas doisdesembargadores acataram seu plei-to: Artur Cortez e Assis Brasil.

Mesmo sem que o julgamen-to tenha chegado ao fim, PauloLopo seguiria no começo destatarde para Brasília, onde preten-dia ingressar com uma reclama-ção perante o Supremo TribunalFederal (STF), sobre quebra deprincípios constitucionais (direitode defesa e presunção da inocên-cia). Além disso, a novidade é anova tese defendida por Paulo: ade que o MP não tem competên-cia para fazer investigação.

"Tem um recurso no próprioSupremo que não foi terminado,onde um prefeito de Minas Ge-rais questiona o MP, que só emcasos excepcionais pode fazer in-vestigação. Na verdade, a Cons-tituição só permite ao MP a re-quisição de informações. Apenascom base num procedimento ad-ministrativo o órgão não pode cas-sar", justificou.

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012 Política

LEITURA DINÂMICA

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

w Líder (ainda) do go-verno no Congresso e re-lator, na Comissão de As-suntos Econômicos doSenado, da proposta queeleva a 10% do PIB o in-vestimento obrigatório naeducação, José Pimentel(PT-CE) é a favor do pro-jeto.

wO PSD oficializa, próxi-ma semana, o apoio à eleiçãode Henrique Eduardo Alves(PMDB-RN) para presidenteda Câmara Federal.

wAntonio Luís Espíno-la Salgado prepara-se paraassumir a embaixada doBrasil na Turquia. Em mo-mento conturbado das re-lações com o Irã, ele che-fiou a missão diplomáticaem Teerã.

wIndicado para o Tribunalde Contas do Rio de Janei-ro, Carlos Lupi terá de dei-xar a presidência nacionaldo PDT. Ele foi ministro doTrabalho de Lula da Silva ede Dilma Rousseff.

wDividido, o PSDB doParaná complica a reno-

vação do mandato de Ál-varo Dias, em 2014. Ogrupo hostil ao líder da so-cial-democracia no Sena-do trabalha pela candida-tura do presidente da As-sembleia Legislativa, Val-dir Rossoni, ligado ao go-vernador Beto Richa, ad-versário interno de Dias.

wMarconi Perillo (PSDB)anuncia a recandidatura aoExecutivo de Goiás. O go-vernador vai ser apontadono relatório da CPMI do Ca-choeira como associado aosinteresses ilícitos do contra-ventor que dá nome á co-missão de inquérito.

w José Serra, tucanoem fase de meditação, foicurtir em Buenos Aires aderrota para prefeito deSão Paulo. No fim do ano,vai circular pela Europa.Parada inicial: Paris.

wPara refletir: “Nunca sa-berás o que é suficiente, en-quanto não souberes o queé mais que suficiente” (Wil-liam Blake, ilustrador e poetainglês).

Fatos e bastidoresEmbora com discrição, a presidente Dilma Rousseff torceu

pela reeleição de Barack Obama. Está previsto um telefonema aodemocrata estadunidense.

Quando o debate refere-se ao crescimento do PIB (ProdutoInterno Bruto) brasileiro, uma proposta de consenso é a que elevaos investimentos públicos e privados. Assim falam economistasdo governo e do mercado. A tentativa de compensar as deficiên-cias via aumento do consumo é repetir o erro cometido nosEstados Unidos e na Zona do Euro, adverte Pedro Malan. Ministroda Fazenda sob o governo Fernando Henrique Cardoso, ele lembraa criação de bolhas de crédito, cuja explosão em cadeia, a partirdo setor imobiliário, resultou na crise que perdura naqueles países.

Surpresa: Eduardo Braga (PMDB-AM), apesar de criticado,deve continuar líder do governo no Senado. Não surgiu nenhuminteressado no cargo que foi exercido, durante anos, por RomeroJucá, peemedebista de Roraima.

Conforme o previsto, a Câmara dos Deputados ignorou a posi-ção do governo no caso dos royalties do petróleo. Por maioria de142 votos, seguiu o texto que fora aprovado pelos senadores.Redistribuiu os valores com os estados não produtores e incluiu oDistrito Federal entre os beneficiários. O projeto vai ser encaminha-do ao Palácio do Planalto para a sanção presidencial. Com umacumulado de polêmicas, é possível que o assunto seja levado àconsideração do Supremo Tribunal Federal.

Já não se fala na substituição de Ideli Salvatti (PT-SC), minis-tra das Relações Institucionais, denominação pomposa para afraca coordenação (?) política do Executivo com o Legislativo.

Convidado pela Presidente e esperado pelos comensais dojantar de ontem, no Palácio da Alvorada, Lula da Silva preferiuausentar-se. Explica que permanece na reserve técnica para cuidarde “incêndios” na base do governo. Na noite dessa terça-feira, nãohouve necessidade de “bombeiro”, disse ao prefeito (reeleito) deSão Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), seu preferido para sercandidato a governador de São Paulo, em 2014.

Ação de protestoRenan Calheiros não

será candidato único à pre-sidência do Senado.

A oposição, com a so-lidariedade da dissidênciado PMDB, legenda do ala-goano favorito, vai contes-tar o retorno dele ao cargo.

>>>Representantes de

cinco partidos, 13 são osintegrantes do grupo rebel-de, mas a liderança do mo-vimento crê em algumas adesões até a eleição do suces-sor de José Sarney, primeira semana de fevereiro do pró-ximo ano.

O sexteto peemedebista: Pedro Simon (RS), Luiz Hen-rique da Silveira (SC), Roberto Requião (PR), Ricardo Fer-raço (ES), Waldemar Moka (MS) e o pernambucano Jar-bas Vasconcelos (foto), possível desafiante de Calheiros.Três tucanos: Aloysio Nunes Ferreira (SP), Aécio Neves (MG)e Cássio Cunha Lima (PB). Dois do PDT: Cristovam Buar-que (DF) e Pedro Taques (MT), outro cotado para concor-rer à presidência. Ana Amélia (RS) é do PP; e Randolfe Ro-drigues (AP), do PSOL.

>>>

Pós-escrito: em 2005, quando Renan Calheiros ganhoua direção do Senado, o candidato da oposição foi o poti-guar José Agripino, à época do PFL hoje rebatizado DEM.

MP: Esquema também erapraticado na Educação e UrbanaDENÚNCIA ACRESCENTA OUTROS ÓRGÃOS ENVOLVIDOS EM CORRUPÇÃO

A Secretaria Municipal deSaúde (SMS) é, até o momento,onde há mais irregularidades cons-tadas pelo MP. Porém, não foi ape-nas lá que houve contratação deempresas terceirizadas de formaquestionável pelo Ministério Pú-blico. Segundo o órgão, a partir doselementos de informação e das pro-vas produzidas antecipadamente,foi possível elucidar a formação deum verdadeiro "balcão de negó-cios" no âmbito da Urbana.

"O acervo probatório revelasérios indícios de desvios de re-cursos públicos em benefício deempresas prestadores de serviçoà Urbana, quais sejam a Cons-trutora Marquise S.A., LíderLimpeza Urbana e Molok Servi-ços Ambientais LTDA., bemcomo descortina negociações es-púrias e pagamentos de vanta-gem indevida à Prefeita de Natale a agentes públicos municipais",aponta o MP.

Na Urbana, vale ressaltar, oentão secretário de Planejamento,Antônio Luna, também era res-ponsável por boa parte das nego-ciações de contrato, o que o co-loca como um dos principais ope-radores do esquema - até porqueele também foi apontado pelo MPcomo aquele que liberava os re-cursos para gastos pessoais daprefeita.

Além da Saúde e da Urbana,

esses recursos também eram retira-dos da Educação. De lá, seriam re-tirados recursos do fardamento es-colar e da merenda para custear osgastos pessoais de Micarla deSousa. "Destaque-se, nesse momen-to, para o item 'sugestão', constan-te no final do documento. Isso por-que, do total do contrato para for-necimento dos fardamentos escola-res para o Município de Natal, ouseja, dos R$ 801.705, 10% do valor

bruto = M, enquanto 5% = W".Nessa condição, o MP relaciona o"M" como sendo Micarla de Sousae o "W" como referente ao titularda Secretaria de Educação, WalterFonseca.

"Em outro documento, relacio-nado ao contrato da merenda esco-lar, afigura-se razoável concluir quesegue o mesmo 'modus operandi',do relativo ao fardamento. Destafeita, os percentuais do valor do

contrato são de 10% e 2%".

SEGREDO DE JUSTIÇAÉ importante lembrar que ape-

nas nesta terça-feira que a Justiçadecidiu retirar a petição feita peloMinistério Público e a aceitação dopedido de afastamento da condi-ção de "segredo de Justiça". A de-cisão foi baseada no fato de queparte do conteúdo já havia sido di-vulgado pela imprensa.

Antonio Luna é considerado o coordenador operacional do esquema de corrupção montado na Prefeitura de Natal

Tribunal de Justiça mantém Micarlaafastada da Prefeitura de Natal

Voto do relator Amaury Moura Sobrinho foi acompanhado por seis magistrados

Wellington Rocha

Wellington Rocha

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 7 de novembro de 2012Política

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O advogado André Castro, de-fensor jurídico das coligações "NatalOlha pra Frente" e "TransformarNatal", afirmou esta manhã que adeterminação da 1ª Zona Eleitoral deNatal que resultou no cancelamen-to dos votos da coligação "Uniãopor Natal II", deixando fora da Câ-mara Municipal, a partir de 2013, osvereadores Raniere Barbosa (PRB)e George Câmara, transitou em jul-gado, o que significa, em sua ava-liação, que "a decisão, hoje, é imu-tável".

O advogado se manifesta a pro-pósito do noticiário do dia em tornodas decisões do ministro do Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), JoséDias Toffoli. "É preciso esclarecerque foram decididos dois RecursosEspeciais, o de número 11187 (ma-joritária) e o de número 14732 (pro-porcional). No Recuso Especial daproporcional, o Ministro manteve adecisão do Tribunal Regional Elei-toral do Rio Grande do Norte na suaíntegra, ou seja, com a determinaçãode aplicação do artigo 69 da Reso-lução TSE n° 23.373, que determi-na o cancelamento de todos os pe-

didos de registro efetuados pela Co-ligação União por Natal II. O fatodo Ministro Toffoli não mencionara aplicação do artigo 69 da Resolu-ção TSE n° 23.373 se deve a com-pleta ausência de recurso nesse par-ticular. Ressalto que a ColigaçãoUnião por Natal não recorreu docancelamento dos seus registros,mas, somente, da retirada do PT doB, no que restou novamente venci-

da", explicou o advogado.Quanto ao trecho da decisão ci-

tada na imprensa, esta, segundoAndré Castro, se refere ao recursoda majoritária, onde o TRE/RN nãoaplicou o artigo 69 da ResoluçãoTSE n° 23.373. "Nesse caso, o Mi-nistro Toffoli somente assim deci-diu porque não considerou a exis-tência da anulação da convenção.Isto está explícito na decisão dada

no Recurso Especial n° 11187", ex-plicou o advogado. "Inclusive, aoobservar o acórdão que o Ministrousa como paradigma (precedentejurisprudencial), fica claro que adecisão não aplica o artigo 69 pornão ter considerado a anulação daconvenção do PT do B, discussãoque será provocada por meio de re-curso apropriado".

De qualquer modo, segundo o

advogado André Castro, a decisãodada nos autos do recurso da coli-gação majoritária não interfere noque foi decidido pelo TRE/RN paraa coligação proporcional. "Nesse ul-timo caso, houve uma determina-ção de aplicação do artigo 69 da Re-solução TSE n° 23.373 que sequerfoi objeto de recurso, razão pela qualnão pode ser mais alterada".

Ademais, segundo o advogado,

a 1ª Zona Eleitoral de Natal deter-minou a exclusão dos votos da Co-ligação União por Natal II em 03(três) processos distintos (Petiçõesn°s 29468, 29553, 29638), sendoque somente houve recurso na últi-ma delas, havendo verdadeiro trân-sito em julgado dessa determinaçãonas outras duas Reclamações. "Oque significa que esta decisão é,hoje, imutável", afirmou.

Advogado afirma que decisão que exclui Raniere e George “é imutável”

O defensor jurídico do vereadorRaniere Barbosa, advogado Rodri-go Alves, afirmou nesta manhã queo TSE decidiu única e exclusiva-mente que o PT do B não faz parteda coligação proporcional, como,aliás, já constava das urnas. "Não

houve decisão indeferindo a coliga-ção, ou recusando os votos dos can-didatos indicados pelos demais par-tidos da coligação proporcional. Aocontrário, o TSE reafirmou que háorientação firme segundo a qual oart. 69, da Resolução, que cuida da

matéria, determina que somentedevem ser indeferidos os registrosdos candidatos do partido excluídoda coligação, e não dos demais".

Na avaliação do advogado, issobeneficia Raniere e George, quedevem ser empossados vereado-

res da Câmara Municipal de Natal."No tocante à situação dos verea-dores, houve decisão do TRE-RN,que excluiu o PT do B e seus can-didatos da Coligação União porNatal II, o que foi cumprido antesdo pleito. Tanto foi assim que os

candidatos do PT do B, indicadosna deliberação questionada, nãotiveram os seus nomes na urnaeleitoral. Após a proclamação doresultado, houve impugnação aoresultado do pleito, e o Juiz daZona eleitoral entendeu que os can-

didatos dos demais partidos nãodeveriam ter os seus votos compu-tados. Sobre essa matéria, há umareclamação, um recurso, com açãocautelar, e um mandado de segu-rança, em tramite no TRE-RN",afirmou o advogado.

André Castro aponta que decisão transitou em julgado: “Na minha avaliação, decisão, hoje, é imutável” Ministro do TSE, Dias Toffoli confirmou decisão que havia sido tomada pelo Tribunal Regional Eleitoral

Rodrigo Alves: “TSE decidiu que só deve indeferir registros dos candidatos do PT do B”

ANDRÉ CASTRO COMEMORA DECISÃO DO MINISTRO DO TSE, DIAS TOFFOLI, QUE NEGOU RECURSO DE VEREADORES

> PREFEITURA DE NATAL

Mineiro espera que Carlos Eduardoresponda demandas da sociedade

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O deputado Fernando Mineiro,do PT, afirmou a O Jornal de Hojeque o seu partido espera que o fu-turo prefeito de Natal, Carlos Eduar-do, do PDT, responda as deman-das da sociedade e cumpra com-promissos assumidos com a popu-lação natalense durante a últimacampanha eleitoral. Com relaçãoao posicionamento do Partido dosTrabalhadores, o deputado, que dis-putou a Prefeitura de Natal, masnão conseguiu ir para o segundoturno, disse que será de autonomia,criticando quando o prefeito come-ter erros e votando favorável quan-

do houver interesse do povo e osprojetos do Poder Executivo te-nham como objetivo o bemcomum. Ele reiterou também, queo PT não participará da equipe deauxiliares do futuro prefeito. "A de-cisão é resultado de uma resoluçãodo partido", disse o petista.

Fernando Mineiro não confir-ma candidaturas do PT para 2014,entretanto, lembra que o partidoconta com bons nomes, a exemploda deputada Fátima Bezerra, que se-gundo ele, poderá disputar qualquermandato eletivo. Dentro do PT, étida como praticamente certa a can-didatura da petista para o Senado,mas o partido não descarta uma can-didatura de Fátima Bezerra ao Go-

verno do Estado, dependendo dascoligações e alianças que forem fei-tas. "Acredito que 2014 será resul-tado de 2013, quando o PT será or-ganizado e preparado para novosdesafios", disse o deputado, que se-gundo integrantes do Partido dosTrabalhadores, saiu fortalecido nadisputa pela Prefeitura de Natal. "Apolítica é uma construção e não temnada definido. O nome de FátimaBezerra é forte para qualquer cargo",reitera o petista, acrescentando quesaiu da disputa eleitoral deste anocom mais conhecimento sobre Natal.

CAMPANHA COM ÉTICAO deputado Fernando Mineiro,

que iniciou a campanha com bai-

xos índices nas pesquisas de opiniãopública, cresceu muito durante oprocesso e por pouco não disputouo segundo turno com o candidatoCarlos Eduardo, do PDT, que foi oeleito no segundo turno disputan-do com o peemedebista HermanoMorais. Sobre a campanha, o petis-ta Fernando Mineiro assim se ex-pressou: "Ficou provado que é pos-sível fazer uma campanha ética esem compra de votos. Sem baixa-ria e sem atacar ninguém. Acredi-to que cumpri aquilo que me com-prometi", ressaltou, concluindo comuma frase sobre o prefeito PaulinhoFreire: "Espero que ele diminua osdesmandos e não deixe bomba deefeito retardado". Candidato em 2012, Fernando Mineiro não confirma candidaturas do PT para 2014

> CORTE DE CONTAS

TCE implanta processo eletrônico, tornando papel coisa do passadoO presidente do TCE, conse-

lheiro Valério Mesquita, entregou namanhã desta segunda-feira (04/11)mais uma importante ferramentapara a modernização do órgão: aimplantação do primeiro processoeletrônico. A nova tecnologia per-mitirá que o TCE dê agilidade àtramitação de processos, à comuni-cação de atos e à elaboração depeças no formato eletrônico, commaior segurança e garantias impos-tas pelo uso da certificação digital.

No ato de implantação, o pre-sidente afirmou que a inovação co-locará o TCE no patamar dos gran-des Tribunais do país quando o as-sunto for tecnologia da informa-ção. "O trabalho vai inserir o TCEentre os melhores do Brasil. Qual-quer pessoa poderá ter acesso aosatos internos da Corte de Contas",explicou com entusiasmo. A ceri-mônia informal contou com a pre-sença dos conselheiros, procurado-res, diretores e funcionários doTCE.

Valério explica que, para viabi-lizar o processo eletrônico, foramfeitos investimentos com pessoal,maquinário, link de Internet e cer-tificação digital. "Tivemos queempreender melhorias em todos ossetores para imprimir maior agili-dade na tramitação".

Segundo Mesquita, as vanta-gens do processo eletrônico sãomuitas. "Elimina-se, no mínimo,todo o tempo necessário à movi-mentação dos autos da origem aoTCE e aos movimentos internos,além de eliminarmos os custos comimpressão, transporte, envio (cor-reios) e viagens", festeja.

Cerca de 800 órgãos serão be-neficiados com a resolução nº24/2012-TCE, publicada do Diá-rio Eletrônico do TCE no dia 02de novembro, que normatizou acriação do processo. "No prazo deaté 150 dias após a publicação destaResolução, os processos poderãoser remetidos ao Tribunal através doPortal do TCE/RN", esclarece Va-lério Mesquita. Entretanto, o TCEcomunicará previamente aos juris-dicionados a data a partir da qualsomente recepcionará processos edocumentos em formato eletrônico.

TCE JULGA CONTAS, DESA-PROVA RELATÓRIOS E CON-DENA EX-GESTORES À DE-VOLUÇÃO DE RECURSOS

A Segunda Câmara de Contasdo Tribunal, em sessão na manhãdesta terça-feira (06/11), julgou 38processos de ex-gestores munici-pais, entre ex-prefeitos e ex-presi-dentes de Câmaras. A condenação

que envolveu a maior soma de re-cursos foi a do ex-prefeito de Dou-tor Severiano, Francisco Lopes daSilva, que deverá restituir aos co-fres públicos a importância de R$

102.269,63, em decorrência da au-sência em prestar contas (Processonº 013633/2001-TC). O ex-gestortambém foi responsabilizado a de-volver R$ 69.124,90, valor encon-

trado no somatório de despesas semdestinação específica efetuadas noano de 2001, como mostra o pro-cesso nº 002059/2002-TC.

A omissão levou os conselhei-ros a votarem pela remessa dosautos ao Ministério Público Esta-dual para apuração dos fatos.

O conselheiro Tarcisio Costafoi o relator do processo, como tam-bém foi dele o voto pela devoluçãode R$ 61.799,26 ao ex-prefeito domunicípio de Rio do Fogo, TúlioAntônio de Paiva Fagundes, quedeixou de apresentar a documenta-ção comprobatória no processo nº008709/2002-TC.

Pela realização de despesas"destoadas da finalidade pública",palavras do relator, o ex-prefeitode Espírito Santo, Manoel GomesTeixeira, vai devolver aos cofresdo município o valor de R$13.445,00, devidamente corrigidos(Processo nº 009095/2002-TC).

CONTAS ANUAISOs conselheiros votaram pela

aprovação, com ressalvas, do Re-latório Anual referente a 2006 doex-prefeito de Nísia Floresta, Geor-ge Ney Ferreira (Processo nº004078/2007-TC). Além disso,houve o parecer prévio favorável àaprovação das contas de 2011 do

prefeito Egídio Dantas de Medei-ros Filho, do município de Rio doFogo (Processo nº 004574/2012-TC).

Já o prefeito Ivanaldo Fernan-des de Oliveira, do município deBento Fernandes, teve as contasanuais de 2010 desaprovadas pelaSegunda Câmara. Do mesmomodo, foram desaprovadas as con-tas de 2010 do prefeito de SãoGonçalo do Amarante, Jaime Ca-lado Pereira dos Santos (Proces-so nº 004203/2011). Referente aoano de 2009, a Segunda Câmarado TCE desaprovou as contasanuais do Poder Executivo do mu-nicípio de Cerro-Corá, na gestãodo prefeito Raimundo MarcelinoBorges (Processo nº004452/2010).

Na lista das contas considera-das desfavoráveis à aprovação,ainda constam: a prefeitura deIpueira, gestão do prefeito EdgarHorácio de Medeiros, referente anode 2004, e o poder executivo domunicípio de Espírito Santo, na ad-ministração de Manoel Gomes Tei-xeira, no mesmo ano (Processo nº006398/2005-TC).

Todos os processos serão sub-metidos à apreciação das Câmarasde Vereadores dos referidos muni-cípios.

Presidente do Tribunal de Contas, Valério Mesquita: “TCE entre os melhores do país”

ABr/DivulgaçãoDivulgação

Heracles Dantas

José Aldenir

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Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012 Cidade

De hoje (7) até o próximo dia14, a Justiça Federal, Justiça do Tra-balho e o Tribunal de Justiça do RioGrande do Norte estarão reunidospara reduzir o grande estoque de pro-cessos na Justiça brasileira. Ainicia-tiva faz parte da Semana Nacional deConciliação, que este ano está emsua 7ª edição, uma campanha doConselho Nacional de Justiça (CNJ).Em 2011 foram realizados, no RN,durante a Semana Nacional de Con-ciliação 6.705 acordos, cerca de 80%,e uma movimentação financeira deR$ 15.796.380,46. Aexpectativa paraesta edição é que esses númerossejam superados. A solenidade deabertura foi realizada na manhã dedesta quarta-feira (7), no auditório daEscola de Magistratura do Estadodo Rio Grande do Norte (Esmarn).

Este ano, a Semana Nacional deConciliação traz várias novidades.Aprimeira delas é a parceria entre oTribunal de Justiça do RN, TribunalRegional do Trabalho 21ª região eJustiça Federal vão trabalhar juntaspara realizar o maior número de au-diências possíveis, além de incenti-var a política de conciliação. O Tri-bunal de Justiça agendou 1.4 mil au-diências só em Natal, além dos pro-cessos do interior do Estado. O Tri-bunal Regional do Trabalho progra-mou mais de 2,5 mil audiências deconciliação para o período. Na Jus-tiça Federal, as audiências de conci-liação ficarão a critério de cada Vara.

O conselheiro Emmanuel Cam-pelo, titular do Conselho Nacionalde Justiça, elogiou a iniciativa daSemana Nacional de Conciliaçãodiante do índice de litigiosidade quesempre foi muito alto na Justiça. Se-gundo ele, a Justiça tem cerca de 90

milhões de processos, o que repre-senta um processo para cada doishabitantes. "Isso é um alerta paraque o Poder Judiciário possa criarnovas iniciativas e práticas paramudar essa realidade. E a Semanade Conciliação vem diminuir essacarga, que já é tão pesada para aJustiça", destacou.

Emmanuel Campelo disse que aSemana de Conciliação é uma opor-tunidade de aproximar o Judiciárioda população, além de despertar namagistratura, nos advogados e nasociedade a importância de adoçãode formas alternativas de soluçãode conflitos. O conselheiro conta

que está sendo implantada, a Esco-la Nacional de Conciliação, comoforma de incrementar essa prática.

A desembargadora Zeneide Be-zerra, coordenadora da Semana daConciliação, reforçou que o grandediferencial desta edição é a uniãodas justiças e que em todo o Estadoa Justiça já vem realizando conci-liações. "Tudo o que eu peço nessespróximos dias é que as partes saiamde casa com vontade de conciliar,para que no final possamos levantara grande bandeira branca", afirmou.Zeneide conta que no mutirãoDPVAT, realizado no último mês, oíndice de acordos ultrapassou os 70%

e ultrapassou os R$ 7 milhões. A coordenadora destacou a par-

ceria com o Seturn, que disponibi-lizará os ônibus que partirão de doispontos fixos: a Rodoviária Nova,em Cidade da Esperança, e o Shop-ping Via Direta, em direção à Es-marn. "Foi uma forma de propor-cionar as partes um melhor meio dese chegar à Esmarn, onde estão rea-lizadas as principais atividades, masos ônibus também circularão peloTRT e pela Justiça do Trabalho",afirmou a desembargadora.

Zeneide Bezerra também res-saltou a presença do plantão jurídi-co, que irá contar com a presença de

advogados, defensores públicos erepresentantes do Ministério Públi-co, além de 12 juízes, para atendera população, em especial, nos casosde divórcio. "A distância do PoderJudiciário em relação à populaçãotem que ser diminuída e eventoscomo este aproximam, cada vezmais, a Justiça da sociedade", des-tacou a coordenadora da Semana.

O juiz do trabalho e coordena-dor da Semana Nacional de Conci-liação no Tribunal Regional do Tra-balho (TRT) da 21ª Região, Ale-xandre Érico, confirmou que a con-ciliação é uma obrigação legal quedeve ser proposta em cada proces-so na Justiça do Trabalho. "Precisa-mos implantar uma cultura conci-liatória, pois nela não se resolveapenas o processo, mas também oconflito. No acordo, as partes che-gam a um meio termo, onde todossaem ganhando".

Em relação à paralisação dosjuízes do trabalho, que ameaçamboicotar a Semana de Conciliação,Alexandre Érico, ressaltou que estanão é a posição do TRT da 21ª Re-gião. "Independente da paralisação,nenhum cliente vai deixar de seratendido e ter seu acordo efetuado.É bom deixar claro que o acordopode ser realizado em qualquer mo-mento, independentemente da rea-lização da Semana", afirmou o juizdo Trabalho.

O diretor do Foro da Seção Ju-diciária do RN, Manuel Maia deVasconcelos Neto, disse que naJustiça Federal, como a parte résempre é um ente público, natu-ralmente há mais dificuldade derealizar a conciliação, mas que aSemana de Conciliação é uma

oportunidade de "manter acesa achama de que é importante de con-ciliação em todas as esferas da Jus-tiça". "Além disso, a conciliação éuma chance de abreviar a angústianormalmente ocasionada pela de-mora do processo. Mas, o princi-pal é deixar a mensagem da im-portância da conciliação", afirmou.

EVENTOSPela primeira vez, a Semana

Nacional de Conciliação do Tribu-nal de Justiça do RN realizará ummutirão para processos judiciais demedicamento e procedimentos hos-pitalares. Essa é uma iniciativa doJuizado Especial da Fazenda Pú-blica junto com o Comitê Estadualde Saúde. Serão pautados, nos dias12 e 13 de novembro, 150 proces-sos que têm como réus o municí-pio de Natal e o Estado.

"Em média, damos entrada em100 processos por mês com essetipo de pedido. É uma demanda altae, geralmente, urgente. Anossa ideiacom esse mutirão é dar mais celeri-dade a esses processos e, consequen-temente, aos pedidos da população",explicou a juíza do Juizado Especialda Fazenda Pública, Valéria MariaLacerda Rocha.

Além disso, serão realizadosexames de reconhecimento de pater-nidade, dentro da Campanha 'PaiPresente' do TJRN. O objetivo é pro-mover o diálogo e solucionar con-flitos da sociedade. Os exames, queserão realizados pelo laboratórioDNA Center, são referentes a pro-cessos já existentes e outros 30 exa-mes de DNA serão oferecidos paraos casos que porventura venhamsurgir durante a Semana.

Ao mesmo tempo em que aeducação se mostra como uma áreapromissora para enfrentar proble-mas sociais e econômicos, tambémapresenta muitos desafios no Bra-sil para seu pleno desenvolvimen-to. A partir de uma iniciativa doMinistério da Educação (MEC) e daFundação Itaú Social, a Olimpíadade Língua Portuguesa Escrevendoo Futuro realiza em Natal o primei-ro de quatro encontros que prome-te contribuir para a formação deprofessores da rede pública.

Quatro alunos e seus respecti-vos professores das redes munici-pais de ensino do Rio Grande doNorte, advindos dos municípios deFlorânia, Assú, São Miguel eMacau, estão representando o Es-tado nas Olimpíadas, que conta coma participação de 125 estudantes detodo o País. Na etapa que aconte-ce em Natal só estão presentes ossemifinalistas das Olimpíadas nacategoria Crônica. Nesta quarta-feira, serão conhecidos 38 finalis-tas que irão para a etapa nacionaldo concurso, a ser realizado emBrasília no dia 10 de dezembro.

Além da categoria crônica, as

Olimpíadas de Língua PortuguesaEscrevendo o Futuro ainda incluicompetições educacionais nas ca-tegorias Poema, Memórias Literá-rias e Artigo de Opinião. O progra-ma tem a coordenação técnica doCentro de Estudos e Pesquisas emEducação, Cultura e Ação Comu-nitária (Cenpec) e conta com a par-ceria da União Nacional dos Diri-gentes Municipais de Educação(Undime), do Conselho Nacionaldos Secretários de Educação (Con-sed) e do Canal Futura.

De acordo com Camila Feud-berg, coordenadora geral dos pro-gramas da Fundação Itaú Social, aOlimpíada de Língua Portuguesatem como estratégia de mobilizaçãoum concurso de textos para estudan-tes de todo o País. "O evento acon-tece em duas fases. Nos anos pares,os professores são estimulados amelhorar seus métodos de ensinopara desenvolver em seus estudan-tes habilidades na escrita, por meiode oficinas em sala de aula, na lei-tura e produção de textos, que sãoavaliados em cinco etapas (esco-lar, municipal, estadual, regional enacional)", explica Camila.

Para participar da etapa regio-nal são escolhidos 500 semifina-listas, distribuídos nas quatro cate-gorias. Desses, 152 são seleciona-dos para concorrer à final das Olim-píadas. Nesta etapa, são escolhidosos 20 vencedores nacionais, incluin-do alunos e seus respectivos profes-sores, além da escola de cada repre-sentante. "Alunos e professores re-ceberão um notebook e a escolamunicipal que eles representam ga-nhará dez computadores, impres-sora, projetor, telão e livros para abiblioteca", disse Camila.

Nos anos ímpares, que repre-senta a segunda etapa, as ações deformação aos professores são in-tensificadas por meio de seminá-rios, cursos presenciais e à distân-cia, espaços para reflexão sobre aprática pedagógica e entrega de ma-terial didático. Podem participardas Olimpíadas de Língua Portu-guesa alunos do 5º ano do EnsinoFundamental ao 3º ano do EnsinoMédio, que se inscrevam entre osquatro gêneros textuais diferentes.

Para trabalhar os conteúdos des-ses gêneros em sala de aula, todasas escolas públicas brasileiras que

participam do programa receberama Coleção Olimpíada, composta decadernos de orientação ao profes-sor, coletânea com textos literáriose um CD-ROM, que traz textoslidos em voz alta e sonorizados.

Para Klívia Maria e ViníciusHenrique, representantes do RN nacompetição, ambos com 14 anos, o

maior ganho do concurso é a socia-lização. "A competição é o demenos. O que mais aproveitamosaqui é o contato com alunos de ou-tros estados, que é muito enrique-cedor para a gente. É muita emo-ção em estar aqui e ver que a edu-cação pode nos proporcionar mo-mentos como esse", disse Klívia, es-

tudante de Assú que conquistouuma vaga para a seletiva regionalatravés de uma crônica sobre a ruaem que mora.

Vinícius, jovem do municípiode São Miguel e preocupado comas causas sociais, disse que suacrônica representou algo muitoalém que ele podia imaginar. "Es-crevi sobre o açude de São Mi-guel e o problema de falta de águada cidade. Tentei personificar oaçude e falar sobre o sentimentode algo que serviria para abaste-cer 10 mil pessoas, quando cria-da, e hoje precisa abastecer maisde 30 mil. Nunca imaginei queessa minha história poderia merender um momento tão especialcomo este. Tivemos a oportuni-dade de conhecer novas pessoas,novas culturas e aprender commuitas delas", afirmou.

A cerimônia de premiação daseletiva regional das Olimpíadasde Língua Portuguesa será realiza-da no hotel Imirá Plaza, na Via Cos-teira, a partir das 18h. Os alunos eprofessores que irão para a seleti-va final em Brasília, receberão, cadaum, um Tablet.

Semana Nacional de Conciliação começa hoje epretende superar os R$ 16 milhões em acordosMAGISTRADOS PROMETEM REALIZAR O MAIOR NÚMERO DE AUDIÊNCIAS POSSÍVEIS E INCENTIVAR POLÍTICA DE CONCILIAÇÃO

Solenidade de abertura foi realizada nesta manhã, no auditório da Esmarn, onde aconterá maioria das audiências de conciliação

> REGIONAL

RN sedia etapa da Olímpiada de Língua Portuguesa

Os vendedores ambulantes quetrabalham nas dependências doshopping Midway Mall, no bairro deLagoa Nova, receberam licença de-finitiva da Secretaria Municipal deServiços Urbanos (Semsur) que con-cede a permissão do exercício desuas funções no local. Amedida im-pede a aglomeração dos trabalha-dores no entorno do shopping, alémde garantir mais segurança paraquem trafega na área. A partir deagora, a organização dos ambulan-tes cadastrados na secretaria seráfeita através de coletes e de um do-cumento de identificação.

De acordo com o secretário daSemsur, Luís Antônio Lopes, essemodelo de fiscalização deverá serestendido para outros pontos da ci-dade. "A ideia é evitar maiores pro-blemas por questões de segurança,permitindo que todos tenham os seusdireitos assegurados. Essa foi aforma que encontramos para os am-bulantes continuarem com o seu co-

mércio, que fonte de renda para mui-tos deles. Futuramente faremos ocadastramento de ambulantes quetrabalham em outros locais de gran-de movimento na cidade", disse Luís.

O secretário alega que, no mo-

mento, a secretaria está voltada paraas mudanças e ordenamento da ci-dade para o Carnatal, evento quenecessita de uma fiscalização maisurgente em relação aos ambulantesque irão trabalhar nos quatro dias

de festa. "A proximidade do even-to impede que façamos esse cadas-tramento em outros locais da cida-de. Mas, passado o Carnatal, iremosadotar essa licença em espaços comoo Via Direta e Natal Shopping, porexemplo", disse.

Dos mais de 70 ambulantes quetrabalhavam na confluência das ave-nidas Salgado Filho e Bernardo Viei-ra, apenas 40 adquiriram a autoriza-ção. "Foram contemplados com alicença definitiva os ambulantes quevieram comparecendo regularmen-te em seus pontos de trabalho e aque-les que realizaram a entrega de todaa documentação necessária para ocontrole cadastral. Desses 40 am-bulantes, nove não comparecerampara o recebimento dos objetos", ex-plica Luís Antônio.

A Semsur estabeleceu, na con-cessão da licença, os locais e horá-rios para o exercício da atividade. Osambulantes que adquirirem o cole-te na cor azul, só estão habilitados

para trabalhar no local nas segundas,quartas e sextas-feiras. O colete ver-melho dá direito a outros ambulan-tes para ocupação do espaço nas ter-ças, quintas-feiras e sábados. No do-mingo haverá uma escala entre ostrabalhadores.

De acordo com as regras gerais,o espaço deverá ser mantido em per-feitas condições de limpeza e o am-bulante precisa estar com a possedo documento que demonstra a per-missão regular da atividade, alémda utilização obrigatória do coleteque o identifique. Será proibida amão de obra infanto-juvenil, a uti-lização de produtos de origem ilíci-ta, além dos que contribuem paradegradação ambiental e os que usamcombustível, carvão, água ou óleofervente.

Para Daniel Roberto de Souza,35, as condições de trabalho estavambagunçadas antes do ordenamentoestabelecido pela Semsur. "Ficoumelhor para trabalhar, mas prejudi-

cou o nosso rendimento, já que otrabalho será em escala. Assim comoeu, muitos ambulantes que ficampor aqui precisam dessa fonte derenda, pois temos uma família paracuidar. Eu tenho dois filhos, umdeles com problema cerebral. Comofarei para comprar os medicamen-tos? Ele tomará seu remédio um diasim e outro não?", reflete Daniel.

Segundo o ambulante, que tra-balha no ponto já há dois anos, houveuma tentativa de negociação com aSemsur para considerar que todospossam voltar a comercializar noponto todos os dias. "Todos os am-bulantes se reuniram com os res-ponsáveis pela ordem para tentarreorganizar esse sistema, mas elesnão puderam fazer nada alegandoque estão seguindo um decreto.Como foi uma medida de urgência,nós aceitamos. Mas vamos lutar paramudar isso", conta Daniel, que erao único ambulante presente no localna manhã desta quarta-feira.

> PERMISSÃO

Semsur concede licença definitiva para ambulantes

Klívia e Vinícius, de Assú e São Miguel, são dois dos 4 representantes do RN

Ambulantes serão identificados por documento e uso de colete de cor definida

Canindé Santos

Wellington Rocha

Canindé Santos

Page 7: FLIP  07/11/2012

Sebrae abre licitação para escolher agênciaque administrará sua conta de publicidaden O Sebrae/RN - Serviço de Apoio às Micro ePequenas Empresas do Rio Grande do Norte -dispõe em seu Orçamento/2013 da verba de R$1,7 milhão para ser investida no exercício emcampanhas publicitárias que estimulem o em-preendedorismo em nosso meio.n E para definir qual será a agência de propa-ganda que administrará essa conta nada despre-zível a instituição já publicou nos jornais, desdea semana passada, edital anunciando a aberturado processo de concorrência pública, do podemparticipar todas as empresas do setor que aten-dam os pré-requisitos de capacidade técnica e es-tejam em dia com as suas obrigações fiscais esociais.n As propostas serão abertas no dia 30 destemês. Porém, até o final da manhã de hoje, ape-nas uma agência, com sede em Natal, havia ex-ternado à Diretoria do Sebrae o interesse em par-ticipar da licitação e tomado a providência decomprar o edital.n Sabendo-se que o prazo é bastante curto paraa formulação de uma proposta que atenda todasas exigências especificadas no edital, as quaisserão analisadas e julgadas por uma comissão,é de se imaginar que tem gente comendo mosca.n Da parte do Sebrae/RN, o superintendenteJosé Ferreira de Melo Neto garante que o dese-jo do órgão é que o maior número possível deagências participe da disputa da conta e quevença a que apresentar a melhor proposta.n Ele ainda informa que a empresa vencedoraterá grandes chances de renovar o contrato e ad-ministrar a conta por mais de um exercício.

n Portanto, dirigentes de agências publicitá-rias... apressem-se, pelo menos para a conquis-ta de um grande cliente!

Relações bancos/consumidores estão virandoofensa ao princípio do equilíbrio contratualn Na opinião do advogado Ribamar de Aguiar,um dos principais causídicos do Rio Grande doNorte na área do Direito Comercial, "muitos doscasos vindos à tona ultimamente em Natal sobreas relações entre bancos e consumidores estãose constituindo em verdadeiras afrontas à legis-lação brasileira, especialmente no que se refereao desrespeito do princípio básico das relaçõescontratuais, que deve se pautar pelo equilíbrioentre as partes".n Para ele, os casos se tornam ainda mais gra-ves quando se observa, principalmente nas re-negociações de operações de crédito vencidas oua vencer, certas imposições impostas pelas ins-tituições financeiras, aproveitando-se do fato deque o consumidor se tornou parte frágil por nãoconhecer seus direitos e sujeita-se, assim, às re-gras imperativas de contratos de adesão.n Para Ribamar, "além de vários ilícitos que al-guns bancos cometem através desse tipo de ação,eles acabam quase sempre por se apropriarem,de forma injusta, do patrimônio e das econo-mias de pessoas físicas ou de empresas, levan-do-as muitas vezes a uma situação de desespe-ro e até mesmo à falência, "o que é feito deforma inescrupulosa através da transmutaçãodos contratos, pelo inexplicavelmente abusivoefeito multiplicador inserido no cálculo dos dé-bitos renegociados".

Hapvida premia vendedores-estrelasn O Sistema Hapvida Saúdeencerrará oficialmente ama-nhã, em Natal, a avaliação dosresultados do seu trimestre devendas referente aos meses demaio a julho deste ano.n No evento, previsto para seiniciar às 17:00 horas no res-taurante "Sal e Brasa", serãoapresentados os números al-cançados no período e anuncia-da a premiação para 30 parti-cipantes divididos em "con-cessionários", "vendedores-es-trelas" e "equipe de vendas", osquais serão classificados em3, 4 ou 5 estrelas.n Além da divulgação do vo-lume de vendas de cada um, osvendedores que mais se desta-caram durante o trimestre ga-nharão pontos que, de acordocom a classificação, poderãoser trocados por produtos e ser-viços no site criado pela ope-radora do plano de saúde ex-clusivamente para os vende-dores: o "Viver Hapvida"(www.viverhapvida.com.br).

Ibis inaugura 1º. hotel darede mundial em Mossorón Com investimento de R$17 milhões, financiados peloBanco do Nordeste, o grupoempresarial paraibano Vitrine(presidido por Carlos Frede-rico Nóbrega Farias) inaugu-rou ontem a primeira unida-de da rede hoteleira interna-cional Accor - com a bandei-ra Ibis - em Mossoró, am-pliando a oferta de leitos nacidade em mais 154 aparta-mentos e criando um centrode convenções para 350 pes-soas.n A bandeira Ibis é líder naAmérica Latina na chamadahotelaria econômica, possuin-do 70 hotéis no Brasil, 8 dosquais no Nordeste. Com suainstalação no principal cen-tro urbano do Oeste Potiguar,a empresa dá continuidade aoseu projeto de cobrir as gran-des cidades do interior nor-destino, que se incluem hojeentre os principais polos dedesenvolvimento do país, se-gundo explicou o diretor deOperações da rede, FranckPruvost, que participou da so-lenidade inaugural.n O dirigente do grupo Vitri-ne (que também possui umIbis em João Pessoa) diz estarfeliz com a implantação daunidade mossoroense e tercerteza de que a iniciativa serábem sucedida, servindo paraincrementar o turismo na re-gião e promover a geração deempregos.

n Faz parte dos planos deCarlos Frederico Nóbrega Fa-rias também trazer uma fran-quia do Ibis para Natal, o quedeverá acontecer no segundosemestre de 2013.

Contemporâneo adota Sistema Anglo de Ensinon A partir do próximo ano, oComplexo Educacional Con-temporâneo adotará o SistemaAnglo de Ensino, método queé referência em educação noBrasil.n Em sala de aula, os alunosdos ensinos Fundamental 2 eMédio passarão a utilizarnovo material didático e a in-corporar estratégias de apren-dizado que visam a contex-tualização.n O novo método educativoé desenvolvido em parceriacom a Editora Abril e já é pra-ticado com sucesso há quase70 anos no Estado de SãoPaulo. A eficácia desse mé-todo é comprovada nos dadosde aprovação da capital pau-lista, onde o maior númerode aprovação nas principaisuniversidades é de alunos doAnglo.n No corrente ano, em SãoPaulo, o Sistema Anglo con-seguiu aprovação de 87 porcento dos seus alunos queconcorreram ao Vestibular deMedicina da USP, além de 60por cento de aprovação emCiências Contábeis, 50 porcento em Economia e 44 porcento em Direito.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 7 de novembro de 2012Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

MARCELO HOLLANDA

[email protected]

O anúncio feito há um ano pelaPetrobras, de que finalmente desa-tivará sua área de armazenamentode combustíveis no bairro de San-tos Reis, na região Leste de Natal,acaba de render sua primeira con-sequência prática. O navio da com-panhia, o NT Marta, um dos quefazem o transporte de gasolina eóleo diesel para o pier das Dunas,no Canto do Mangue, a cada oitoa 10 dias, pode ter feito sua últimaparada em Natal há quatro dias.

A notícia trazida pela tripula-ção do Marta correu com um ras-tilho de pólvora entre a praticagemdo Porto de Natal, cuja conclusãodesanimadora é que ficará commenos trabalho a partir de agora.Mas a informação traz também ou-tras implicações, pois está relacio-nada à logística de abastecimentode combustíveis da Transpetro noEstado. O combustível desembar-cado no pier das Dunas abastece omercado local e os próprios rebo-cadores a serviço da Petrobras. Nasuposição de um fechamento, agoranão se sabe exatamente como esseabastecimento se daria.

O JORNAL DE HOJE, em e-mail enviado esta manhã à asses-soria de comunicação da Petro-bras, no Rio de Janeiro, tentou con-firmar a informação e obter maio-res detalhes, mas não obteve res-posta até o fechamento desta edi-ção. Uma fonte da Transpetro emNatal informou apenas que essa éuma questão tratada no Rio de Ja-neiro. Não confirmou e nem des-mentiu a notícia. "Tem muito zun-zum sobre esse assunto, a gentesó fica mesmo sabendo pela im-prensa", comentou.

A desativação dos tanques daPetrobras em Santos Reis, que ar-mazenam o combustível desem-barcado no Pier das Dunas, é uma

reivindicação antiga da comuni-dade e foi até um dos temas dacampanha política para a prefeitu-ra de Natal. Até 2011, o assuntotambém estava na pauta da expan-são do Porto de Natal, pois a pró-pria Companhia Docas do RioGrande do Norte (Codern), res-ponsável pela administração doterminal, divulgava a possibilida-de de realocar os moradores dascomunidades do Maruim, Vietname Brasília Teimosa, para aquelamesma área.

Mas a Petrobras se encarregoude por uma ‘pá de cal’ no assuntoao anunciar, em outubro do anopassado, que instalará ali um par-que temático e um Museu do Pe-tróleo. Essa decisão da Transpe-tro foi comunicada na ocasião paraa prefeitura pelo diretor de abas-tecimento da Petrobras, Paulo Ro-berto Chaves.

PACOTEEssa informação chega no mo-

mento em que o governo federalcogita cortar tarifas portuárias ereduzir exigências para que os prá-ticos (profissionais que manobramos navios) atuem nos portos doPaís. Fazem parte do elenco demedidas que a presidenta DilmaRousseff pretende anunciar na pró-xima terça-feira. Elas estão atrela-das a investimentos emergenciaisnos portos e nos acessos a eles porrodovias e ferrovias.

Cogita-se cortes em tarifas dautilização de faróis e canais, alémdas obras pela Polícia Federal epela Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa), considera-das mais delicadas e as quais en-contram-se em análise. Hoje, comos recursos da moderna tecnologia,a presença de práticos poderia sermais restrita, segundo a lógica dogoverno, que busca competitivi-dade do custo portuário.

"Só quero ver um navio entrar

aqui sem querer a nossa ajuda",comentou hoje um dos práticos doPorto de Natal. "Ontem mesmo foipublicado um edital abrindo ad-missão devos práticos para os por-tos brasileiros e Natal ganhou maisum", acrescentou.

Hoje, existem cinco práticoshabilitados e outros três prati-cantes, que precisam concluir umestágio de um ano antes de assu-mir a responsabilidade de assu-mir a tarefa, sozinho, de guiarum navio. O salário deles não épago pelo governo, mas em acor-dos com os próprios armadorese contratantes.

Segundo o capitão dos portos,Rodolfo Góis, a dispensa do práti-co só pode ser feita mediante a umaconsulta à Capitania dos Portos, massó ocorre em operações de rotinaem embarcações menores. "Jamaisem caso de navios com capitães es-trangeiros e até por uma exigênciada Companhia de Seguros que cobreo armador", explicou Góis.

Segundo informa hoje o jor-nal "O Estado de S.Paulo", a pre-sidenta Dilma teria negociado coma Marinha a redução dos requisi-tos para que um prático atue nosportos. Hoje, para que uma pes-soa ganhe o status de prático, elaprecisa ter operado cerca de 70vezes por ano em um porto, en-quanto no porto de Roterdã, porexemplo, são necessárias apenas20 operações.

Ao todo, o País conta com 18portos ligados a sete CompanhiasDocas, 13 portos administradospor Estados, três de responsabili-dade de municípios, um porto pú-blico privado (Imbituba-SC), alémdos terminais privativos, que per-tencem a companhias como Trans-petro (da Petrobras) e Vale. Paramelhorar e padronizar a gestão, atendência é que seja criada umaautoridade portuária nos moldesda extinta Portobras.

Pier das Dunas estácom os dias contados QUESTÃO É COMO FICA O ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS

Defensas da ponte não sãomais problema da Codern

A Companhia Docas do RioGrande do Norte recebeu aliviadaa decisão do promotor João Batis-ta Machado, da 41ª Promotoria deJustiça de Defesa do Meio Ambien-te de Natal, que ajuizou ação civilpública contra o Rio Grande doNorte e município do Natal, paraque sejam feitos os reparos neces-sários na Ponte Newton Navarro,entregue em 2007 sem as proten-ções na estrutura de seus pilares.

Esse problema fez com que,recentemente, a Capitania dos Por-tos do Rio Grande do Norte ree-ditasse Portaria proibindo o trân-sito de navio ao cair do dia como objetivo de diminuir a possibi-lidade de acidentes - como o toquede um navio contra os pilares des-protegidos.

O Inquérito Civil Público paraapurar os fatos foi instaurado jus-tamente a partir de informações daCapitania dos Portos e de laudos doConselho Regional de Engenhariae Agronomia do Rio Grande doNorte, que apontaram necessida-de de outros reparos na ponte, inau-

gurada na administração da ex-go-vernadora Wilma de Faria.

Segundo o Crea-RN, a PonteNewton Navarro possui 17 notifi-cações lavradas pela fiscalizaçãodo Conselho, tendo a tramitaçãodos respectivos processos culmi-nado na emissão de petição judicialcontra o consórcio construtor doempreendimento.

O Ministério Público do Esta-do requereu na ação a concessão deliminar que determine aos réus apromoção imediata dos reparos ne-cessários no sistema de ilumina-ção aérea e sinalização da PonteNewton Navarro, conforme laudoda Capitania dos Portos, e aindapromover o reparo de todos os de-mais itens da ponte apontados peloCrea como avariados, desgastadosou tecnicamente irregulares.

De acordo com o teor da açãodo promotor de Justiça João Batis-ta Machado, iniciando a instruçãodo inquérito, foi primeiramenterequisitado à Secretaria da Infraes-trutura a realização de uma visto-ria para a verificação do atual es-

tado de conservação da obra, bemcomo sobre a presença das respec-tivas defensas contra colisão men-cionadas pela Capitania dos Portosou de outro dispositivo de proteçãoequivalente.

A resposta da Secretaria deInfraestrutura foi de que estavaadotando providências para a con-tratação de empresa especializa-da para efetuar a vistoria e emi-tir o laudo e enviá-lo à Promoto-ria de Justiça.

Sobre as defensas, que são osdispositivos de proteção dos pilaresda ponte, a Secretaria de Infraes-trutura informou que, em razão dosaumentos da capacidade de tráfegoe demanda de uso do Porto de Natal,por causa das obras de dragagemdo rio Potengi, o projeto de insta-lação das defensas contratado peloEstado teve de ser alterado, poisfora idealizado, inicialmente, ape-nas para uma demanda de tráfegoaquaviário inferior e restrita a em-barcações de menor porte.De qual-quer maneira, deixou claro que faltadinheiro para a obra.

José Aldenir

Page 8: FLIP  07/11/2012

> PRINCIPAIS CORREDORES

Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012

C M Y K

Cidade

Executado desde 2009 pela Se-cretaria Municipal de MobilidadeUrbana (Semob), o projeto ViaLivre vinha passando por dificul-dades desde o começo deste ano,com a diminuição do número deviaturas e fiscais de trânsito nasruas. Porém, o órgão pretendemudar este cenário com o anúncioda retomada de operações nas ave-nidas Romualdo Galvão, AfonsoPena, São José, Jaguarari e Antô-nio Basílio.

De acordo com o diretor defiscalização de trânsito da Semob,Kennedy Diniz, desde a última se-gunda-feira a fiscalização nas viasatendidas pelo projeto está sendointensificada de forma ostensiva.O objetivo é dar continuidade àsações que garantem a fluidez dotrânsito com medidas de discipli-namento do uso das vias. "Ava-liamos que a ausência de fiscaisnos principais corredores estavagerando transtornos e aumento donúmero de infrações. Daí a neces-sidade de retomar a fiscalizaçãomais efetiva dos condutores", afir-ma Kennedy.

Para reforçar a fiscalizaçãodas vias, o projeto contará com

um maior número de agentes emcampo, quatro viaturas de apoioe três motociclistas. "Teremosuma média de 25 a 30 fiscais nasruas, de acordo com o turno, epretendemos ampliar o raio de

atuação do Via Livre, principal-mente em pontos críticos do Ale-crim, como as avenidas 6, 8 e 10",informa o diretor.

Kennedy Diniz acredita queapenas a sinalização e as campa-

nhas educativas não têm sido efi-cazes o bastante para mudar a con-duta dos motoristas natalenses, quecontinuam a estacionar nos trechoscontemplados. Para o diretor defiscalização de trânsito da Semob,

as notificações aparecem como me-dida mais efetiva de reeducação,apesar de incomodarem muitoscondutores.

Somente na manhã desta quar-ta-feira, a agente de trânsito Maria

da Conceição Silva informou ternotificado 15 veículos por esta-cionamento em local proibido, notrecho próximo ao Banco do Bra-sil da avenida Afonso Pena."Ainda vi mais oito carros para-dos em cima do canteiro central.Não multei ainda porque meutalão de notificação acabou", com-pleta a fiscal, que esperava pelaviatura de apoio da Semob.

Para o funcionário públicoBruno Mafra, a fiscalização é impor-tante, mas é preciso tomar cuidadocom os abusos dos 'amarelinhos'."A fiscalização é necessária, umavez que sempre há quem desrespei-te as regras e atrapalhe o trânsito.Porém é necessário fazer isso deforma responsável, sem prejudicaros motoristas criando uma indústriade multas", diz ele.

A Semob garante que as açõestêm cunho educativo e que a apli-cação de multas é destinada aos mo-toristas que insistem em estacionarna faixa amarela ou em outros lo-cais proibidos. A central telefônica156 também continua funcionandocomo canal de comunicação entreos motoristas e pessoas que obser-vam infrações no trânsito.

Projeto Via Livre intensifica fiscalização de trânsito

ROBERTO CAMPELLO

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Organizar a limpeza pública deNatal e zerar os pontos de acúmulode lixo espalhados pela cidade é odesafio da Companhia de ServiçosUrbanos de Natal (Urbana) até ofim desta gestão. Para isso, a Urba-na e o Sindicato dos Empregadosem Empresas de Asseio, Conserva-ção, Higienização e Limpeza do RioGrande do Norte (Sindilimp/RN)realizaram, na manhã desta quarta-feira (7), uma assembleia para con-vocar os garis da Companhia a in-tensificar a limpeza em todos osbairros da capital, na campanha de-nominada 'Limpa Natal'.

"É um chamamento à socieda-de, e em especial aos funcionáriosda Urbana, para que possamos inten-sificar o trabalho de limpeza nos úl-timos dias da nossa gestão. A as-sembleia de hoje foi uma aclamação

para que possamos unir forças paraacabar com o acúmulo de lixo nacidade. E neste momento, a partici-pação e conscientização da popula-ção são fundamentais", destacou odiretor presidente da Companhia,João Bastos.

Durante a assembleia, o prefeitode Natal, Paulinho Freire externou oseu apoio aos servidores da Urbana,colocou-se a disposição para atendê-los e ressaltou a importância dos ser-viços prestados pela Companhia. "AUrbana é o coração da Prefeitura deNatal, vamos fazê-la funcionar cadavez mais com vigor. Conclamamosa vocês que vistam a camisa da em-presa e zelem pela nossa cidade.Quero terminar o meu mandato epoder dizer: a principal parceira danossa gestão foi a Urbana", ressaltou.

O presidente da Urbana, JoãoBastos, destacou o aumento con-cedido este ano aos trabalhadorese fez um apelo pela limpeza da ci-

dade. "É importante destacar quea data base dos servidores em 2012foi de 11,67%, unimos esforços econseguimos dar esse percentualde aumento. Faço um apelo aosnossos trabalhadores para quedêem um pouco mais de si, nãosomente por mim, nem pela em-presa, nem pelo emprego deles,mas pela nossa cidade".

João Bastos disse que até ama-nhã, o planejamento com as estra-tégias de limpeza será concluído eque o trabalho de limpeza irá se con-centrar nos principais corredores dacidade, começando pelas avenidasPrudente de Morais e Salgado Filho."Até a sexta-feira todo o efetivo es-tará nas ruas e vamos fazer o possí-vel e o impossível para deixar a ci-dade limpa", garantiu o presidenteda Urbana.

O presidente do Sindilimp/RN,Wilson Duarte, conta que o Sindi-cato decidiu apoiar a campanha da

Prefeitura de Natal, por entenderque a Urbana tem todas as condiçõesde limpar a cidade. Duarte disse queo Sindicato vai entrar com a parte demobilização, convocando todos osfuncionários a engajarem no traba-lho de limpeza da cidade. "Vamosconvocar também aqueles servido-res que estão à disposição de outrosórgãos e que são garis, para fazeremparte desse grande mutirão para lim-parmos a cidade".

Além disso, segundo WilsonDuarte, o Sindicato solicitou à Pre-feitura de Natal, por meio da Urba-na, uma junta médica para analisaros casos dos inúmeros trabalhado-res que estão afastados do trabalhopor conta de atestado médico. O pre-sidente da Companhia, João Bas-tos, disse que o afastamento dos ser-vidores por atestado médico, temcausado transtornos à Urbana, hajavista que, apenas no ano passado,foram mais de 10 mil dias de ates-

tado médico. João Bastos informouque a Secretaria Municipal de Saúde(SMS) vai disponibilizar três médi-cos para compor a Junta Médica.

Durante a reunião realizada estamanhã no pátio da Companhia, Wil-son Duarte disse que foi criada a Ban-cada do Lixo, com vereadores que as-sumirão na próxima legislatura. Abancada será formada pelos verea-dores eleitos Fernando Lucena, queé presidente licenciado do Sindilimp,Ubaldo Fernandes, servidor de car-reira da Urbana, Bertone Marinho,que já foi chefe de Gabinete da Ur-bana, Claudio Porpino, que já foi di-retor presidente da Companhia e opróprio prefeito Paulinho Freire. "Sãovereadores que estão preocupadosnão apenas com a limpeza da cida-de, mas com as condições de traba-lho dos funcionários da Urbana", afir-mou o presidente do Sindilimp.

Segundo o presidente do Sindi-cato, o grande problema da limpe-

za pública de Natal se concentra nosbairros da região Leste, que tem aLíder como a empresa responsávelpela limpeza urbana. "Vamos exi-gir das terceirizadas uma maior efi-ciência na prestação do serviço, poisnosso papel durante essa campanhatambém é de fiscalização. Iremosacompanhar de perto todo o traba-lho, de modo que possamos entre-gar para o próximo prefeito a cida-de limpa, e mostrar que a Urbana écapaz", afirmou.

Wilson Duarte explica que o mu-tirão já começa na tarde desta quar-ta-feira com a retirada de entulhos e,que a partir de amanhã, começa otrabalho de varrição e limpeza doscanteiros e pintura dos meio-fios."Esse é um serviço da Secretaria Mu-nicipal de Serviços Urbanos (Sem-sur), mas como eles não estão reali-zando, a Urbana também ficará res-ponsável por esse serviço que irá con-tribuir com a limpeza da cidade".

Campanha "Limpa Natal" pretende acabarcom o acúmulo de lixo nas ruas da cidade

Trabalho de limpeza será concentrado nas principais vias da cidade como, por exemplo, na avenida Nascimento de Castro. A partir de hoje será iniciado a retirada de entulho e, amanhã começa a limpeza e pintura de canteiros

‘BANCADA DO LIXO’ FOI CRIADA NESTA MANHÃ E SERÁ COMPOSTA POR, PELO MENOS, CINCO VEREADORES ELEITOS

Nesta manhã, muitos motoristas ainda insistiram em estacionar nos canterios. Para reforçar fiscalização, projeto contará com cerca de 30 fiscais, viaturas e motocicletas

Fotos: Canindé Santos

Fotos: Heracles Dantas

Page 9: FLIP  07/11/2012

AUniversidade Estadual do RioGrande do Norte (Uern) publicouontem o edital para o processo se-letivo que garantirá que 2.602 novosalunos ingressem em mais de 80opções de cursos de graduação, dis-tribuídos nos campus de Mossoró,Assu, Pau dos Ferros, Patu, Natal eCaicó. As inscrições podem ser fei-tas a partir do próximo dia 30 até odia 26 de dezembro, exclusivamen-te no endereço eletrônicowww.uern.br/comperve. A taxa deinscrição custa R$ 110.

De acordo com a Lei EstadualNº 8.258/2002, metade das vagasem todos os cursos, campi e turnosão destinados a alunos egressos darede pública de ensino. Ao efetuara inscrição, o candidato pode optarpelo Processo Seletivo do Vestibu-lar (PSV) integralmente ou somarcom a pontuação obtida na prova doExame Nacional do Ensino Médio(Enem).

Neste caso, a pontuação do Ves-tibular corresponderá a 80% da pon-tuação total. Os candidatos que seenquadram na condição de cotistasou aqueles que pedirem isenção dopagamento da taxa de inscrição,deve ficar atento para entregar os do-cumentos comprobatórios entre osdias 21 de janeiro de 2013 ao dia 25do mesmo mês. As provas serãoaplicadas nos dias 03 e 04 de março.

Terão direito a isenção da taxa

os candidatos que atenderem os se-guintes critérios: Ter cursado todoo ensino médio em escola públicado Estado do Rio Grande do Nortee ter concluído no biênio 2010/2011;Ser aluno do 3º ano do ensino médiode escola pública do Estado do RioGrande do Norte em 2012, tendotambém cursado o 1º e o 2º anodesse nível de ensino no referidoEstado em escola pública; Ter cur-sado todo o ensino médio em esco-la privada do Estado do Rio Gran-

de do Norte e ter concluído no biê-nio 2010/2011, na condição de alunobolsista, e o valor da bolsa nos trêsanos (1º, 2º e 3º) tenha sido igual ousuperior a 50% (cinquenta porcento) do valor da mensalidade es-colar; Ser aluno do 3º ano do ensi-no médio de escola privada do Es-tado do Rio Grande do Norte, em2012, na condição de aluno bolsis-ta, tendo também cursado o 1º e o2º ano desse nível de ensino no re-ferido Estado nessa mesma condi-

ção, e o valor da bolsa nos três anostenha sido igual ou superior a 50%(cinquenta por cento) do valor damensalidade escolar; Ser doador desangue e ter efetuado, no mínimo,3 (três) doações sanguíneas con-vencionais no período de 06 de no-vembro de 2011 a 05 de novembrode 2012 (um ano antes da publica-ção do edital).

O candidato deverá imprimiruma via do seu cartão de identifica-ção, que contém dados do candida-

to e o local de provas e será dispo-nibilizado a partir do dia 19 de fe-vereiro de 2013 na página da Comis-são Permanente de Vestibular (Com-perve) através do www.uern.br/com-perve e ficará disponível até a datada aplicação das provas. O cartão deidentificação deverá ser recortadono local indicado; o candidato devecolar a sua fotografia 3x4 recente ede frente no espaço reservado paratal fim. Adivulgação do resultado doPSV 2013 será feita pela Comper-ve/UERN, no dia 05 de abril de2013.

CAMPUS NATALEm Natal, a novidade do vesti-

bular da Uern é a implantação docurso de Ciência & Tecnologia, com50 vagas para o primeiro semestreletivo. Além desta opção, o candi-dato poderá escolher ainda entre oscursos de Ciências da Religião, quedispõe de 46 vagas, também para oprimeiro semestre; Direito, com 40vagas; Ciência da Computação, com30 vagas; e Turismo, com outras40. Estes três últimos são para o se-gundo semestre.

Apesar das obras do Campusda zona Norte da capital estaremparalisadas e sem previsão de con-clusão, a Universidade abriga 700alunos em Natal. De acordo com adiretora da Uern em Natal, AnaDantas, esse número somado aos

Núcleos Avançados de EducaçãoSuperior de Nova Cruz, Santa Cruze Touros, também integrados aoCampus Natal, chega a casa de 1 milestudantes matriculados.

Vale lembrar que no último mêsde maio, os servidores técnico-ad-ministrativos da Universidade Esta-dual do Rio Grande do Norte inicia-ram uma paralisação que durou 57dias. O resultado foi a prorrogaçãodo semestre 2012.1 até o mês pas-sado. Entre os prejudicados estãoalunos como Guilherme Rodrigues,que passou para o curso de Direitono último vestibular.

Ele concluiu seus estudos noEnsino Médio há quase dois anos,foi reprovado no primeiro vestibu-lar que tentou e só conseguiu a apro-vação no ano passado. Antes de serdeflagrada a greve, ele deveria fazersua matrícula em agosto e começaras aulas em setembro. Agora, acre-dita que no próximo 26 as aulas co-mecem de fato e sigam com o se-mestre letivo até abril. Guilhermese mostra preocupado com o futu-ro ao descrever a situação em quevive: "de todas as partes ruins, apior delas é não ter nem ideia dequando vou me formar". O estu-dante diz que vai tentar também ovestibular da Universidade Federaldo Rio Grande do Norte (UFRN)para ver se consegue ficar em umasituação mais estável.

> ENSINO SUPERIOR

Inscrições para Processo Seletivo da UERN iniciam dia 30

> EDUCAÇÃO

Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 7 de novembro de 2012Cidade

A um mês do início do maiorcarnaval fora de época do Brasil,o Carnatal já começa a ganharforma nos arredores do estádioArena das Dunas. Quem passapelas avenidas Prudente de Moraise Lima e Silva já percebe a movi-mentação de trabalhadores com aconstrução da estrutura dos cama-rotes e arquibancadas para o Car-natal 2012. A montagem começouna última quinta-feira (1º) e a ex-pectativa é de que até o dia 3 de de-zembro esteja concluída. O primei-ro pavimento de camarotes parti-culares já começou a ser implan-tado e, em seguida, começará amontagem do camarote temáticoda Skol. O Carnatal 2012 aconte-ce entre os dias 6 e 9 de dezembro.

Segundo coordenadora de Pro-

dução da Destaque Produções,Iracy Azevedo, o Carnatal vai res-gatar uma parte do glamour que éo corredor da folia "Ele será acon-chegante, iluminado, intenso. Seráa própria marginal que liga as ave-nidas Prudente de Morais com aLima e Silva e será formado por oi-tenta camarotes de um lado e dooutro o camarote Skol", disse. Agrande novidade deste ano, segun-do a coordenadora, é a localizaçãodo camarote Skol. "Ele estará lo-calizado na rótula entre a avenidaPrudente de Morais e a Lima eSilva, que dará dupla visibilidadeao folião", disse. O camarote de-verá receber aproximadamenteduas mil pessoas por dia.

As arquibancadas, que estive-ram de fora da festa no ano passa-

do, retornam este ano com todaenergia e animação que lhe são pe-culiares. "Carnatal sem pipoca esem arquibancada não é a mesmacoisa", afirmou Iracy Azevedo. Asarquibancadas serão identificadaspor cores e devem começar a sermontadas a partir do dia 19 de no-vembro. AAzul, que está situada naavenida Prudente de Morais, entreo Kartódromo e o Corredor daFolia, receberá todos os dias cercade 1,2 mil pessoas. Os foliões terãoa visão privilegiada do encontrodos blocos, além da proximidadecom seus ídolos.

A arquibancada Rosa, que fechao Corredor da Folia, será montadana avenida Lima e Silva e terá umacapacidade de abrigar cerca de 950foliões por noite. Ela terá ainda o

privilégio de recepcionar os blocosna subida da avenida RomualdoGalvão, sendo a última, na segun-da volta, a receber as atrações atéa dispersão do bloco. O percursoserá o mesmo dos últimos anos.Entretanto, o grande diferencial éo encontro de blocos que natural-mente ocorrerá no sábado.

Como nas últimas edições doevento, a empresa responsável pelamontagem é a EM4 - Estrutura &Montagem de Salvador, que tem oprazo para concluir o trabalho atéo dia 3 de dezembro. Após esseprazo, segundo Iracy Azevedo, serárealizada a vistoria técnica do Corpode Bombeiros e órgãos fiscaliza-dores, para que sejam feitas as adap-tações necessárias. Já o camaroteSkol será responsabilidade da em-

presa potiguar Prátika.O início do percurso terá cerca

de 200 metros de comprimento comdezenas de camarotes, cada um comcapacidade para 20 pessoas, alémdos temáticos. A avenida terá tam-bém os espaços especiais para asemissoras de televisão que farão atransmissão e cobertura do evento,ao vivo, para o Estado e todo oPaís. As obras seguem os padrõesde segurança e acessibilidade es-tabelecidos pelo Corpo de Bom-beiros, Ministério Público, Secre-taria Municipal de Meio Ambien-te e Urbanismo (Semurb), Coserne demais órgãos públicos.

Em relação aos blocos que des-filarão nos quatro dias de Carnatal2012, Iracy Azevedo acredita quenão haverá novidades, além das que

já foram divulgadas. A grande no-vidade deste ano será a presençade um bloco sertanejo universitário,na quinta-feira de Carnatal, puxa-dos por Jorge e Mateus, e o retor-no do Bloco Bikoka, com Netinho.

Na quinta-feira serão quatrobloco. Na sexta-feira e no sábadoserão cinco blocos por dia. E nodomingo três blocos desfilarão naavenida. "A quantidade de blocosfoi reduzida para que possamosacomodar melhor o Carnatal dian-te das mudanças que foram im-postas, mas todas as atrações dedestaque nacional do axé estarãopresentes em Natal. Não perde-mos em nada o brilho dos anosanteriores e a festa continua como mesmo brilho de sempre", afir-mou Iracy Azevedo.

Faltando um mês para o início do Carnatalestrutura de camarotes começa a ser montada

A Central de Abastecimentodo Rio Grande do Norte(Ceasa/RN) começou a promoveruma série de palestras aos seuspermissionários sobre educação,manipulação de alimentos, higie-ne e limpeza, dentro dos atuais re-quisitos da legislação atual. A pri-meira palestra foi promovida namanhã desta terça-feira (6) no Mer-cado Público V.

Na ocasião, usando recursoscomo o levantamento de questõese a dramatização, foram discuti-

dos aspectos legais de saúde públi-ca, questões sobre armazenamen-to de alimentos, higiene do local detrabalho, principalmente, prevençãocontra a dengue e roedores. "Tam-bém orientamos como deve serfeito o acondicionamento do lixoem local adequado, orientaçãoquanto à limpeza dos próprios de-pósitos e uso de sacos plásticos",detalhou o educador Ivanilson Jus-tino, um dos palestrantes.

Este trabalho conjunto daCeasa/RN e dos permissionários,

dentro de uma parceria que envol-ve ainda a Coordenadoria de Vi-gilância Sanitária de Natal (Covi-sa) e a Associação dos UsuáriosAtacadistas da Ceasa (Assucern),objetiva a prevenção de doenças,melhorias na limpeza interna, edu-cação e adequação das instalaçõesdos boxes, módulos e lojas. O tra-balho está sendo realizado deforma progressiva.

Este foi apenas o primeiro en-contro. Outras palestras estão sendoprogramadas nos demais Mercados

Livres da Ceasa. "Vamos mudaratitudes", considerou Tânia Bor-ges, auditora do SUS, que atuoudurante uma década na Covi-sa/Natal, lembrando que esta sériede palestras que se inicia é uma ati-tude inédita, nunca antes realiza-da. "Não há gestão que ande semas atitudes das pessoas mudarem.É um trabalho lento, é uma mudan-ça de paradigmas. Há muitos traba-lhos que podem ser feitos, comopalestras em auditório e mutirões,mas tudo começa assim".

Ceasa/RN inicia série de palestrasem parceria com permissionários

Por meio da dramatiza;áo, foram discutidos temas como saúde pública e higiene

A novidade em Natal será a implantação do curso de Ciência & Tecnologia que ofertará 50 vagas para o primeiro semestre

Montagem da estrutura que abrigará o Carnatal começou a ser montada na última quinta, no entorno da Arena das Dunas No ano passado, as arquibancadas ficaram de fora do evento, mas retornarão com capacidade para 1,2 mil pessoas

Heracles Dantas

Heracles Dantas

Divulgação

Arquivo

MAIOR CARNAVAL FORA DE ÉPOCA DO PAÍS ACONTECE DE 6 E 9 DE DEZEMBRO. MONTAGEM DEVE SER CONCLUÍDA ATÉ DIA 3

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Uma denúncia anônima ajudoua Polícia Militar a prender um casalapontado como responsável pelocomando do tráfico de drogas no lo-teamento Vale Dourado, no bairrode Nossa Senhora da Apresenta-ção, zona Norte de Natal. A duplafoi surpreendida pelos militares daRonda Ostensiva com Apoio deMotocicletas (Rocam), quando en-trava em Celta, com cerca de meioquilo de crack. Além do entorpecen-te, os policiais encontraram tam-bém uma pistola calibre 380 coma dupla.

Conforme relatos do tenentePM Rogério Silva, os acusadosainda tentaram enganar os policiais,mas foram desmascarados rápido,já que as pedras de crack estavamescondidas dentro do veículo. Asuspeita é que eles iriam comercia-lizar os entorpecentes nas proximi-dades do loteamento.

Após o flagrante, Max Diego deNogueira da Silva e Camila Jéssi-ca da Silva acabaram confessandoo porte da droga e, surpreendidospelos policiais militares, levaramos agentes à residência ondemoram, onde mostraram o localonde o restante do entorpecente es-tava escondido.

Ainda durante a revista na re-sidência do casal, Max Diego reve-lou aos militares que possuía umapistola em casa e que ela tambémestava escondida em um móvel. O

local foi totalmente revistado e apósa apreensão dos entorpecentes e daarma de fogo, o casal foi encami-nhado para a Delegacia de Plantãoda zona Norte, no conjunto Santa

Catarina.Ao chegarem ao local, as poli-

ciais femininas resolveram revis-tar Camila Jéssica e encontraram20 pedras de crack dentro de uma

bolsa, camuflada por dentro da ber-muda da mulher. Ao ser flagradanovamente, a acusada alegou quenão sabia de nada, que o compa-nheiro é usuário de drogas e que aspedras que estavam com ela erampara o consumo do marido.

O casal, que tem um filhomenor de idade, foi autuado em fla-grante por tráfico de drogas e porporte ilegal de armas. Camila aindadisse que não era traficante, massabia que o marido comercializavaa droga e que nunca quis se intro-meter nos negócios e na vida docompanheiro. Ambos foram autua-dos e encaminhados para um cen-tro de detenção provisória na Ca-pital, onde permanecerão à dispo-sição da Justiça.

DOIS FORAGIDOS SÃORECAPTURADOS EM NATAL

Policiais militares em patrulha-mento de rotina na zona Oeste deNatal conseguiram prender dois fo-ragidos da Justiça que estavam ca-minhando pelas ruas do bairro Pla-nalto. O primeiro a ser detido foiAndenilson Delfino da Silva, 24anos, por volta das 18 horas, na ruaParacati. Ele foi surpreendido pelosmilitares, que desconfiaram das ati-

tudes suspeitas do home.De acordo com informações do

Batalhão de Policiamento de Cho-que (BP Choque), Andernilson pos-sui mandado de prisão em aberto efugiu da Penitenciária Estadual deAlcaçuz há algum tempo. Ele foiautuado por envolvimento com otráfico de drogas no Planalto e foiencaminhado para a Delegacia dePlantão da zona Sul, no bairro daCandelária.

O segundo foragido detidoontem à noite foi Clodoaldo Hen-rique da Silva Santana, que tam-bém estava em atitude suspeita e foiabordado pelos policiais militaresdo 9º Batalhão de Polícia Militar,que estavam em patrulhamento derotina e desconfiaram do nervosis-mo do homem.

Durante a revista, os policiaisdescobriram que ele também pos-suía um mandado de prisão emaberto e que era acusado de tercometido um assassinato há al-guns anos. Clodoaldo foi julgadoe condenado a uma pena de 16anos de prisão, mas conseguiufugir antes que pudesse cumprir apena. Ele foi encaminhado paraum presídio da Região Metropo-litana de Natal.

Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012 Cidade

Wellington Rocha

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Dois homens armados invadi-ram a loja do ABC Futebol Clubee causaram minutos de pânico entrefuncionários e clientes que esta-vam no estabelecimento ontem, emNatal. Bem-vestidos, eles manti-veram as pessoas sob a mira dasarmas de fogo, enquanto recolhiamdinheiro e objetos pessoais de valordas vítimas e depois, fugiram em di-reção ao bairro de Petrópolis. Olocal permaneceu fechado durantea manhã de hoje.

Bastante abalada, uma das fun-cionárias revelou que os ladrõesforam extremamente agressivoscom as vítimas e que os ameaçaramo tempo todo, sempre pedindo di-nheiro. Uma cliente que estava che-gando ao estabelecimento e perce-beu a ação dos bandidos ainda ten-tou fugir, mas foi agarrada por umdos homens e obrigada a entrar noprédio.

A funcionária disse que eles es-tavam bem-vestidos, usando rou-pas de marca, e que não se preocu-param em esconder os rostos, dandoa entender que não tinham medo

de serem reconhecidos pelas víti-mas. Chorando, ela relembrou osminutos de pânico que viveu sob amira do revólver.

"Eles não tinham caras de ban-didos, estavam bem-vestidos e pa-reciam playboys, por isso, não des-confiamos de nada. Mas, quandoentraram, sacaram logo as armas eanunciaram o assalto, rendendoquem estava dentro da loja na hora,que estava cheia. Eles estavam tran-quilos, mas foram muito violentose agressivos, apesar de não teremmachucado ninguém", explicou amulher, que não quis se identificarpor temer represália.

No entanto, ela disse que osbandidos obrigaram alguns clientes,que estavam chegando ao local nomomento do crime, a entrarem naloja e estes também foram rouba-dos pelos homens. Após recolheremo dinheiro e objetos pessoais das ví-timas, como notebook, alianças, te-lefones celulares e uma mochila,os criminosos fugiram.

Outra funcionária da loja reve-lou que um dos clientes que esta-va na loja era delegado da PolíciaCivil e que, na hora em que perce-beu o assalto, teve que correr para

um cômodo do estabelecimentopara esconder sua arma de fogo eo distintivo. "Se eles tivessem visto,poderiam ter roubado a arma dopolicial e até atirado nele. Graçasa Deus, o delegado conseguiu des-pistar os bandidos, para evitar coisapior", afirmou.

De acordo com informaçõesdo 1º Batalhão da Polícia Militar,o assalto aconteceu por volta das17h30, quando a movimentação depessoas no local era grande. Logoapós a fuga dos bandidos, as víti-mas ligaram para o Centro Integra-do de Operações em Segurança Pú-blica (Ciosp), para comunicar ofato.

Equipes da Polícia Militarforam enviadas até o estabeleci-mento, localizado na Avenida Pru-dente de Morais, no bairro do Tirol,para atender as vítimas e iniciar asdiligências em busca de identificare localizar os dois ladrões, quepodem ter recebido ajuda de ou-tras pessoas. Até a manhã de hoje,nenhum dos envolvidos no assaltoà loja do ABC foi detido pelos po-liciais militares, que monitoramainda um telefone celular de umadas vítimas, que possui GPS.

‘Playboys’ assaltam a loja do ABCUM DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL, SEGUNDO FUNCIONÁRIA, CORREU PARA PODER ESCONDER ARMA E DISTINTIVO

Loja do ABC fica na avenida Prudente de Morais, uma das mais movimentadas da capital do Rio Grande do Nor te

> NO BAIRRO DO PLANALTO

PM flagra casal com meio quilo de crack

> POSSÍVEL ‘ACERTO DE CONTAS’

A execução de um rapaz de18 anos, ontem à noite, chamou aatenção dos moradores do con-junto Nova Natal, na zona Norteda Capital. De acordo com infor-mações da Polícia Militar, a sus-peita é que o assassinato tenhasido motivado por envolvimentoda vítima com o tráfico de drogaslocal, porque o pai de José Ro-dolfo da Silva está detido em umaunidade prisional do Estado.

O homicídio aconteceu por

volta das 22h30, na rua do Peão.Conforme relatos de testemunhas,a vítima estava com a namoradaem uma motocicleta, quandoambos foram abordados por ho-mens desconhecidos que os man-daram descer do veículo e fica-rem de costas para um muro.

Pensando que era uma aborda-gem policial, a namorada de JoséRodolfo disse que obedeceu àordem e que não suspeitou denada. Quando o casal ficou de cos-

tas para os homens, estes efetua-ram vários disparos de espingar-da calibre 12 contra o homem, quenão teve chance de defesa e mor-reu no local.

Logo após o assassinato, osdesconhecidos fugiram em dispa-rada, tomando rumo ignorado. As-sustada e em estado de choquepelo crime que presenciou, ajovem foi socorrida por várias pes-soas que, alertadas pelo barulhodos tiros, correram para ver o que

tinha acontecido.O caso foi comunicado ao Cen-

tro Integrado de Operações em Se-gurança Pública (Ciosp) e umaguarnição da Polícia Militar foienviada até o local do crime, paralevantar informações junto às tes-temunhas. A namorada da vítima,que não teve o nome revelado, foiencaminhada para um hospitallocal, mas sem ferimentos.

A notícia do crime se espa-lhou rapidamente pelo local e vá-

rios curiosos e conhecidos da ví-tima foram até a rua. Conformeinformações do oficial de serviçodo 4º Batalhão da Polícia Militar,testemunhas relataram que JoséRodolfo tinha envolvimento como tráfico local e que sua mãe eraconhecida na região por transpor-tar drogas para traficantes da re-gião.

Peritos do Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Gran-de do Norte (Itep/RN) foram ao

local e removeram o corpo da ví-tima para a sede do órgão, locali-zado no bairro da Ribeira, na zonaLeste de Natal.

Viaturas da Polícia Militarainda realizaram diligências naárea, em busca dos assassinos, masaté a manhã de hoje, ninguémhavia sido detido. A suspeita é queJosé Rodolfo tenha sido assassi-nado em um provável acerto decontas com traficantes de NovaNatal.

Rapaz de 18 anos é assassinado em Nova Natal

Cedida: PortalBO

Além da droga, policiais também apreenderam uma pistola calibre 380, em poder de Max Diego e Camila Jéssica da Silva

Page 11: FLIP  07/11/2012

Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 7 de novembro de 2012CidadeCidade

João Ricardo [email protected] / @joaoricardo_rn

No Centro de Atenção Psicossocial III, em Petrópolis, o repórter-fotográfico Heracles Dan-tas flagrou, na manhã de ontem, um dos internos dormindo no chão. A foto diz tudo. Retra-ta tudo, menos atenção.

À espera de atenção

VIOLÊNCIAO governo do Estado de

São Paulo, comandado por Ge-raldo Alckimin, esperou que 90policiais militares fossem as-sassinados, apenas em 2012,para se reunir com represen-tantes do Ministério da Justiça,em busca de ações para mini-mizar os assassinatos.

VIOLÊNCIA 2Eu só queria saber se no

lugar dos PMs estivessem de-putados, juízes, desembargado-res ou grandes empresários, setanto tempo seria esperado.

VIOLÊNCIA 3Mas o problema é nacional.

As polícias merecem respeito eprecisam de investimentos,qualificação, bons salários, dig-nidade.

VIOLÊNCIA 4Quanto aos bandidos, que

praticam os crimes e que os or-denam, na maioria das vezesde dentro de presídios, essesdevem ser penalizados comrigor e precisam ficar isoladosda sociedade, em celas indi-viduais, sem contato com a ci-vilização.

VIOLÊNCIA 5Ainda é tempo da socieda-

de protestar, ir às ruas, às As-sembleias Legislativas, ao Con-gresso Nacional, em prol decondições de trabalho para ospoliciais. É imoral o que estáacontecendo, com homens emulheres que nos protegemsendo abatidos no meio da rua,por um bando de safados ines-crupulosos que se movimen-tam pra lá e pra cá movidospela impunidade.

DOUTOR JOCAAmanhã, às 19 horas, será celebrada a missa pelos três anos de fale-

cimento do médico João Rodrigues Barbosa Filho. Será na Igreja PadreAnchieta, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. Ele foi coordenador doItep, jipeiro e excelente jogador de futebol de salão. Deixou viúva Mar-luce Medeiros Barbosa, irmã do xerife Maurílio Pinto de Medeiros. Serámais uma oportunidade de familiares e amigos prestarem homenagem aosaudoso ‘Doutor Joca’.

COMUNICADORESHoje é Dia do Radialista. Parabéns aos colegas. Antes de trabalhar

com jornal impresso, comecei no rádio, em 1992, na inesquecível RádioNordeste AM.

PARNAMIRIMPresidente da Câmara Municipal de Parnamirim, Rosano Taveira,

reeleito em 7 de outubro, prepara a Casa para receber os novos vereado-res, a partir de 1º de janeiro de 2013. Saiba mais sobre o legislativo daterceira maior cidade do RN, acessando: www.camaradeparnamirim.com.br.

NA PISADINHA DO BRASILAmanhã tem show de Alessandro Saldanha e banda no Bodega Bar.

Na sexta, será a vez do Balada Bar. Os dois na avenida Xavier da Silvei-ra, em Morro Branco. No domingo, será a vez do Gira Mundo Bar, naMaria Lacerda, em Nova Parnamirim. E no próximo dia 15, feriado na-cional, o palco será o Baviera, na avenida da Integração, em Candelária.

CONSTATAÇÃOBarack Obama disse que o então presidente Lula era ‘o cara’. E ontem

mostrou ao mundo que ele também é, sendo reeleito presidente dos Es-tados Unidos.

ARROZ E CARNEOs alimentos registraram inflação de 1,36% em outubro deste ano,

segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Éa maior alta de preços registrada em um mês, desde novembro de 2010,quando a taxa ficou em 2,2%. O arroz e a carne foram os principais re-sponsáveis, com aumentos de 9,88% e de 2,04%, respectivamente. Jun-tos, os dois produtos responderam por quase 20% do IPCA de outubro,que chegou a 0,59%. Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE, Belémapresentou a maior inflação em outubro: 1,02%. Curitiba teve a menortaxa: 0,39%.

De virara cabeça Tem ladrão sobrando, o calor aumentando. Oinferno é aqui!!!

Heracles Dantas

MACONHA COMO DIVERSÃOEnquanto a maioria dos norte-americanos focava suas

escolhas entre Barack Obama e Mitt Romney, diversosEstados aproveitaram a estrutura eleitoral em 117 plebis-citos sobre temas diversos. Maryland, uma das treze co-lônias que se rebelaram contra o domínio britânico, queculminaria com a Independência dos Estados Unidos,aprovou o casamento gay. Na Califórnia, foi mantida aPena Capital. Só 17 Estados eliminaram a pena de mortede sua legislação. Já os cinco milhões de habitantes doColorado, o oitavo Estado mais rico da nação, e os de Was-hington, autorizaram o uso da maconha como entreteni-mento – na Califórnia, fuma-se baseado com o pretextode uso medicinal.

"MELHOR ESTÁ POR VIR"O mundo acompanhou e torceu pela reeleição de

Obama. No entanto, nos Estados Unidos, ainda capengascom a crise econômica e ressabiados com a fama de bomorador, porém reticente nas ações, vingou uma espécie devoto para livrar a consciência. Quase politicamente corre-to, para manter um negro no poder.

W.A.S.P.O mórmon Romney representaria o retorno da ima-

gem reacionária e conservadora que a América quer aban-donar nesses tempos de concorrência com os chinesespela supremacia mundial e conflitos com árabes ensande-cidos. Gritar que é 'White, anglo-saxon and protestant' équeimação de filme.

SÉRIE BSerá emocionante essa reta final, com o Goiás (71 pon-

tos) praticamente garantido na Primeira Divisão do ano quevem. As outras três vagas têm quatro concorrentes: Vitó-ria (69), Criciúma (68), Atlético-PR (66) e São Caetano (64).

SÉRIE B - IIPor ter sido dirigido por Emerson Leão até semana re-

trasada e ser de São Paulo, torço contra o São Caetano. Coma iminente queda do Palmeiras para a Segundona, o equi-líbrio de forças entre Estados e regiões fica mais justo.

LIVROA Cosacnaify lançou uma das obras-chave da literatu-

ra russa: "Oblómov", clássico de Ivan Gontcharóv. É a pri-meira tradução para o português feita diretamente do idio-ma falado por Dostoievski (o encarregado foi Nelson Fi-gueiredo, que também assina a apresentação).

LIVRO - IIO romance fustigou debates acalorados, quando de seu

lançamento (1859), por revelar subterrâneos da socieda-de em questão. O preço salgado da edição (R$119,00) éjustificado pelo primoroso acabamento em capa dura,ilustrado com estampas que remetem a aristocracia russado século 19.

TEJE PRESODo síndico de prédio ao chefe do executivo, todos que-

rem meter a mão. Acham bacana a civilidade e o respeitoàs leis dos lugares onde passam férias, mas em sua pró-pria terra ou casa assumem cargos apenas com o intuitode rechear a conta bancária.

HUMORE ainda falam que humor na televisão é coisa do pas-

sado. Basta sintonizar em qualquer canal ou programaevangélico para os melhores momentos de Os Trapalhões,Casseta & Planeta e Chico City voltarem à baila.

Essa é a Natal que vejo da varanda de minhacasa. Bonita, não? Desde 1989 me abestalhocom a panorâmica que vende uma imagem deprosperidade e organização. Junto a Ponte New-ton Navarro, Ponta Negra (que também vejodaqui) e Petrópolis forma um quadro perfeito,a ponto de ludibriar quem decidiu que a cida-de participaria da próxima Copa do Mundo.Do mesmo jeito, as outras sedes.

Digo isso após ver o novo vídeo de promo-ção do Mundial de 2014. Por minutos, surfeina onda do gigantismo brasileiro e me enchi deorgulho do nosso país. Como aquilo ficou ba-cana! Vistos do alto, somos imbatíveis. Poucospaíses têm tantas cidades grandes, onde natu-reza e urbanização se misturam para criar umcenário luxuriante, multicolorido e desenvolvi-do - valeu até a clareada que deram nos prédiosdo Rio de Janeiro.

Mas, do chão, saltam imperfeições queserão difíceis de esconder dos gringos, mesmocom a especialização em maquiagem urbanaque temos - lembre-se do Pan 2007, quando ta-pumes e grafites tentaram fantasiar favelas ca-riocas para nuestros hermanos latinos. O casode Natal é emblemático. Canteiros mal cuida-dos, ruas esburacadas, fios pendurados em nos-sas cabeças, mendigos mirins e adultos emcada esquina.

Fazer uma cirurgia plástica emergencialserá como aquele menino que deixa para estu-dar todo o conteúdo do bimestre na noite queantecede a prova – pode até acertar algumasquestões, mas não ficará nada de saldo. Asdonas dos três estádios mais bonitos, Brasília,Fortaleza e Salvador, também agonizam plás-tica e socialmente. Beira o ridículo dizer queacertarão tudo em dois anos.

Agora imagine um alemão ou escandinavoque viajará quinze, vinte horas para chegar aoBrasil e ainda enfrentará o ziguezague por sedeslongínquas (o Grupo E, por exemplo, prevêjogos em Manaus, Salvador e Brasília!), atépisar em cidades feias, problemáticas (já é acei-to que teremos caos aéreo e no trânsito) e in-seguras. A Rússia, sede do Mundial seguinte,optou por criar zonas territoriais para cada grupo– e todas na parte europeia, pois ninguém querpassar dos Urais.

O estádio da Capital dos Reis Magos, aque-le cotoco à esquerda na foto acima, é invisívelno vídeo feito para satisfazer a FIFA. Assimcomo as demais obras que prometeram. Pouco,muito pouco saiu do papel. Se recebermos umaInglaterra, uma Espanha ou até mesmo o Japão,podem chegar de uma vez coisa de vinte milestrangeiros. Estamos preparados para isso? Oilusionismo oficial diz que sim. (C.C.)

PPara o mundo admirarara o mundo admirar

Alex [email protected] INTERINO - CONRADO CARLOS - [email protected]

ROBERT CRUMBUma edição especial (tiragem limitada) com

quase três mil páginas mostra desenhos prepa-ratórios de um dos deuses dos quadrinhos un-derground –- sendo seiscentos inéditos. Lança-do pela editora Dian Hanson, uma das subsidiá-rias da Taschen (aquela dos livros de arte boni-

tos e baratos), a obra custa 'singelos' 1500euros. Para os fãs de Crumb, uma pechincha.Com 69 anos, o mago dos desenhos, que fez afamosa capa de "Cheap Thrills", principal discode Janis Joplin, tem uma penca de clássicos do

gênero, como "Genesis" (foto).

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Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

w NOVO HUMOR AGREGADORDesde que o marido da governado-ra Rosalba Ciarlini, Carlos Augus-to Rosado, assumiu o comando doGabinete Civil, o que mais se vêpela Governadoria são prefeitos edeputados circulando...

>>>Coisa pouco vista antes, o fato cha-mou a atenção de quem está todo diapor lá.

>>>Dizem que tudo tem a ver com obom humor que tomou conta de Car-los Augusto desde que ele tomouposse. "Ele vem sendo elogiado portodos", contou uma fonte com livretrânsito nas hostes rosalbistas.

>>>Agora é aguardar se a burocraciagovernamental ganha a agilidadeprometida.

w HERMANO RESSURGEO deputado Hermano Morais saiuontem do mergulho pós-eleição. Esurgiu na tribuna do plenário da As-sembleia Legislativa para agrade-cer aos colaboradores e para garan-tir que fez um "bom trabalho" comcríticas apenas "nos campos da po-lítica e administração, jamais nocampo pessoal". "Fizemos uma cam-panha de forma leal e ética", disseele.

>>>Que citou os mais de 150 mil votosrecebidos nas urnas como uma vi-tória. "Com certeza essa confiançanão foi em vão".

Planos para 2014?

w TROCANDO FIGURINHASÉ maior do que se imagina a sinto-nia entre o prefeito eleito CarlosEduardo Alves com o PPS, partidopresidido pelo ex-deputado WoberJunior.

>>>Amigos desde os tempos do colegial,Carlos e Wober têm se encontradocom frequência em locais mais re-servados...

>>>Ao que tudo indica, a legenda deve-rá ter vez e voz na futura gestão mu-nicipal.

w FINCADOS NA CMNE com a mais uma vitória no TSEem prol dos vereadores Edivan Mar-tins e Cláudio Porpino, parece quaseimpossível que Raniere Barbosa eGeorge Câmara consigam assumirseus mandatos a partir de 2013 con-quistados na eleição de outubro.

>>>Tanto que no site o TRE são osnomes de Edivan e de Cláudio queaparecem como vereadores eleitos,já que os votos de Raniere e Geor-ge estão zerados.

w FALANDO NISSO......o ainda presidente da Câmara Mu-nicipal de Natal, vereador EdivanMartins, recebeu ontem uma pre-miação importante em SP. É que oLegislativo da capital potiguar foipremiado como uma das casas maisatuantes do Brasil.

>>>A premiação ocorreu durante aber-tura do I Encontro Nacional do In-terlegis, na Câmara Municipal deCampinas (SP).

Os vereadores Júlio Protásio e Al-bert Dickson, respectivamente, 1º e2º secretários da CMN, também par-ticipam da solenidade.

>>>A escolha foi feita pelo Interlegis -órgão do Senado Federal que de-senvolve iniciativas de fortalecimen-to do Poder Legislativo.

Elas por Aldo: em tempos de eleição para a presidência da OAB RN, logo mais uma legião de belas-jurídicas se

reúne no Gilson Buffet para ouvir as propostas do colega Aldo Medeiros Filho para a categoria.

Com direito a happy hour a partir das 17h

Deputada petista Fátima Bezerra na maior farra durante a come-moração dos 15 anos da Potiguar Turismo em Natal. A animaçãoda parlamentar tem explicação: no palco da festa ninguém menosque a cantora baiana Margareth Menezes, o grupo paulista Sambade Rainha e Lan Lan & dj Deeplick. O evento aconteceu no último

sábado, no Boulevard Recepções

Adriana Leal, Cris D´Alessandro e Andrea leal na abertura do Italianíssimo

Ao lado da executiva Rochelle Fernandes e da sócia Ana Claudine, o empresário-suiço da Phoenix Empreendimentos, Werner Jost,

comemora o sucesso de vendas do “Bosque das Colinas 3”, durante o Feirão Imobiliário do Via Direta

Lino Villaventura,SPFW Inverno

2013

Cedida

Cedida

Canindé Soares

Desaboya.com

MulheresnoFDS

...da vice-prefeita eleita

Wilma de Faria: "Com o

final do ano o ritmo de

contratações no comércio

aumenta. Assim, espera-se

que 3.5 mil temporários

sejam contratados no pe-

ríodo. Seguindo estas pre-

visões, só a Riachuelo vai

contratar 400 trabalhadores

no RN ainda este mês. Boa

notícia!";

...da jornalista Cristiana

Lôbo: "Dilma disse ao

PMDB que não vai vetar

lei dos royalties para não

comprometer novas roda-

das de licitação de cam-

pos. Espera RJ e ES na

Justiça".

GIRO PELO TWITTER

w SUGESTÃOUm observador atento da cenapolítica local comentou que oprefeito empossado PaulinhoFreire teria marcado um belogol se tivesse franqueado ao pre-feito eleito Carlos Eduardo apossibilidade do pedetista indi-car todo o secretariado, com ocompromisso de nomeá-lo apartir de agora.

>>>Assim, o processo de transiçãojá se iniciaria com os novos se-cretários em bom ritmo de tra-balho à frente de suas respecti-vas pastas.

w MUDANÇADE PLANOS... Existe um burburinho circulan-do no meio advocatício emtorno da eleição para a Presi-dência da OAB.

Dizem que como nas três pesqui-sas divulgadas sobre o pleito ocandidato do atual presidente daOAB Paulo Teixeira, Sérgio Frei-re não decolou nas pesquisas,estaria sendo cogitada a possibi-lidade de o próprio Paulo saircomo candidato à reeleição.

>>>Nesse caso, Sérgio viraria can-didato à vaga de ConselheiroFederal.

w FESTA MERECIDAOs decanos do Ministério Pú-blico do RN - Franciny, Sônia,Darci, Heloísa, Arly, Teresa eIvelyse - completaram, ontem,30 anos de ingresso na insti-tuição.

w BONS TEMPOSMuito felizes, celebraram a dataem jantar tipo "petit comitê".

w SUCESSOQuem está feliz da vida é o em-presário-investidor AnthonyArmstrong. Com o desempenhoda sua construtora EcohouseBrasil no feirão imobiliária quese encerrou no domingo noshopping Via Direta.

>>>Superando a expectativa ante-riormente divulgada pela colu-na, de R$ 8 milhões, a empre-sa vendeu mais de R$ 18 mi-lhões em imóveis.

w ALIÁSO sucesso de vendas obtido pelogrupo Ecohouse gerou benefí-cios para as crianças assistidaspelo hospital Varela Santiago...

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 7 de novembro de 2012

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Cidade

Acredite Senhor Redator,pois a mentira é um pe-cado sem perdão e o

elogio de boca própria é vitupé-rio: somos um pobre e cansadoelefante. Foi-se o tempo daque-le paquiderme a arrastar o pesode sua tromba a procura dos ca-minhos do desenvolvimento.Mesmo grande e desajeitado,caminhava vencendo a inércia.Hoje são dois. Um real, outro ir-real. Há um Rio Grande doNorte oficial que anda distri-buindo prosperidade pelas bocasoficiais; e outro, empobrecido,ainda amarrado à dependência.

A realidade e a irrealidade,principalmente no poder, não sãocoisas diferentes. Para isto há oshábeis prestidigitadores. São ter-ritórios tão próximos que se con-fundem. Um é feito da retóricaoficial, copiosa e criativa; outra,das verdades que estão em toda parte. Os que professama realidade inventada são bem-vindos aos salões alcatifa-dos do Palácio. Os outros, os que não acreditam, são os in-desejados de toda espécie. Uns besuntados pelo mel dasimpatia, enquanto outros amargam o fel da indiferença.

O desenvolvimento do Rio Grande do Norte, por exem-plo, não é fácil de entender. Há um Rio Grande do Nortena retórica do senhor secretário de desenvolvimento, dou-tor Benito Gama, e há outro bem diferente nos números.Não faz muito tempo - foi na edição especial de quinze anosdeste JH - Marcos Aurélio de Sá, seu diretor-editor e prin-cipal colunista de economia do Estado, reuniu um conjun-to de dados eloquentes sobre a economia do Estado. E oretrato, convenhamos, é muito ruim.

Um retrato – seria injusto omitir – que não foi pin-tado só agora, nos dois últimos dois anos, mas vem seaprofundando num ritmo mais intenso. Sempre fomosfracos na criação e implantação de fortes e sérias polí-ticas de empreendedorismo. Mas, ultimamente, a julgarpelos números, pioramos. E logo quando importamos daBahia um especialista em desenvolvimento, apresenta-

do como alguém capaz de promover uma articulaçãodas esferas pública e privada para a conquista de gran-des investimentos.

Marcos Aurélio de Sá demonstrou que estamos perden-do terreno desde as vocações tradicionais como turismo,sal, petróleo, camarão, fruticultura irrigada, minérios e in-dústria têxtil, até no volume de operações de crédito juntoaos bancos oficiais. E deu um exemplo: o Banco Brasil,responsável pelas operações de crédito nas áreas indus-trial, comercial e agrícola, encerrará este exercício finan-ceiro de 2012 com R$ 60 milhões de empréstimos no RNcontra R$ 200 milhões no vizinho estado da Paraíba.

O número desmonta o castelo retórico das fontes ofi-ciais quando falam de um ritmo diferente como justifica-tiva. Estamos perdendo a guerra do turismo para os que antesconseguíamos vencer – Pernambuco e Ceará, além daBahia, líder absoluta no Nordeste. Perdemos a liderançana produção de camarão, melão e banana. O novo RioGrande do Norte é velho, depende dos programas sociaisdo governo federal e é prisioneiro do neo-provincianismoincurável que inventou de outra vez inventar.

w FAMÍLIA - IDos três irmãos que hoje exercem secretariasno primeiro escalão – Carlos, Isaura e Beti-nho Rosado – ficam os dois primeiros, con-siderados essenciais ao governo, e sai Beti-nho que é detentor de mandato.

w SAÍDA - IIA solução resolve duas coisas ao mesmotempo: evita a presença de uma irmandade nogoverno, o que é muito provinciano, e de-volve Betinho ao lugar do qual jamais dese-jou se afastar: a Câmara Federal.

w ALIÁS - IIIA sua nomeação teve motivações política eestratégica: saiu para Rogério Marinho assu-mir e manter a aliança do PSDB-DEM; emanter sob controle as verbas da agricultu-ra, inclusive o programa do leite.

w DÚVIDA - IVResta saber se interessa ao governo manterRogério – neste caso seria nomeado para al-guma pasta em função do tempo de tevê dostucanos na campanha de 2014 – ou se serámesmo descartado logo agora.

w BALANÇO - VNum caso ou noutro, a situação de RogérioMarinho vem sendo avaliada como o resul-tado remoto do erro ao romper com o wilmis-mo. A prática pode mostrar sua orfandade nogoverno Rosalba Ciarlini.

w AULA... - IEsquisita a posição da secretária Betânia Ra-malho de informante do que fizeram os alu-nos da escola Ana Júlia, fora de sala de aula,na manifestação pública contra privatizaçãodo Hospital Onofre Lopes.

w ... FEIA - IIO gesto, além de parecer entregar o sindica-to dos alunos e os alunos, por solidariedadeà UFRN, acaba sendo uma aula feia. Uma so-ciedade livre mesmo quando radicaliza aindaerra menos do que o Estado.

w PALAVRAA Internet criou e impôs o uso de uma novapalavra: 'Porforafobia'. Ou seja: o medo deficar por fora dos circuitos da novidade. Oucomo dizem eles os navegadores do mundoon line: dos trending topics.

w DESTAQUEJoão Cabral de Melo Neto é a capa do Alma-naque Saraiva de novembro com a nova edi-ção de O Rio. Em co-edição com Nova Fron-teira, também a edição de bolso de Macunaí-ma, o clássico modernista.

w PRESENÇAA revista de bordo da TAM – a entrevista decapa é com a cronista Marta Medeiros – des-taca a beleza e o charme de Pipa com um elo-gio declarado ao luxo e bom gosto do seuhotel 'Sombra e Água Fresca'.

w SELOSDois poetas ilustram os dois selos que mar-cam o ano Portugal-Brasil: Fernando Pessoae Cruz e Souza. Na primeira estampa os ver-sos do poema Mar Português; no segundo,versos do poema 'Ser Pássaro'.

w ENERGIAA bela paisagem do anúncio de página duplada GE sobre sua presença nos trezentos par-ques eólicos do Brasil é de Guamaré. E a GEgarante: até 2014 o Brasil duplicará o núme-ro de seus aerogeradores.

w DICAPara o jet set natalense que declara o hábitoesnobe de jantar fora todos as noites: chegouao Brasil a pequena e desejada partida do co-nhaque Louis XIII em garrafa feita manual-mente em cristal Baccarat.

w DETALHEProduzido com uvas da região de Champag-ne selecionadas pela Remi Martin, o Louis XIIIpassa por uma maturação de até cem anos.Cada garrafa custa dez mil reais. Senhores dojet, fiquem à vontade!

Elefante empobrecido

Beleza & SaúdeDESSANA ARAÚJO - [email protected]

VOCÊ SABIA?Além de ser

bom paraa saúdedo cora-

ção, oazeite de

oliva facili-ta a digestão

e absorção denutrientes, é naturalmente livre decolesterol, sódio e carboidratos.

Quer mais? Azeite de olivatambém é afrodisíaco e tem efeitosedativo.

AMIGO PRIMERO primeiro item de toda maquiagem é a base e o pó, certo? Errado! Mui-

tas mulheres ainda não sabem e não conhecem, mas o primeiro item da ma-quiagem, fundamental para deixar a pele mais uniforme é o primer - um pro-duto incolor que prepara a pele para receber o make. Entenda por que você pre-cisa ter um:

BENEFÍCIOS:- Suaviza as imperfeições (espinhas ou marcas do rosto)- Deixa a pele mais uniforme- Reduz a oleosidade - Fecha os poros- Fixa melhor a maquiagem

COMO USAR:1) Prepare a pele para receber a maquiagem: limpe, tonifique e hidrate.2) Agora vem o primer: você pode aplicá-lo com os dedos ou com um

pincel. Espalhe com movimentos firmese repetidos, para cima e para fora, masnão esfregue a pele. Dê leves batidinhasao término da aplicação.

3) Deixe secar alguns minutos antesde passar a base.

Fácil, né? O mais legal é que na pri-meira aplicação já é possível sentir osefeitos na pele. Pode apostar!

PRESENTE DE NATALOs enfeites nos shop-

pings revelam: o Natal estáchegando e chega também atemporada oficial da comprade presentes. São lembran-cinhas para familiares, ami-gos e também os tradicionaisamigos-secretos e mil dúvi-das sobre o que comprar.

Pensando nisso, O Boticário preparou uma seleção de produtos quevai desde as tradicionais lembranças até os refinados estojos das linhasde perfumaria e cuidados pessoais.

Os produtos irão em kits com formato especial de panetone, sím-bolo do Natal. Para que os consumidores possam antecipar as com-pras e evitar a correria de fim de ano, as novidades já estão nas 3.260lojas da marca em todo o País.

Dentre as novidades especiais para o Natal estão os estojos Cuide-se Bem, com três variações da loção hidratante: Rosa e Alcaçuz, ErvaDoce e Morango com Leite, além de o Nativa SPAAçaí, que vem comóleo hidratante, sabonete, desodorante corporal e hidratante desodo-rante para pés.

Os Sabonetes Bom Presente são ideais para não esquecer ninguémneste Natal. Cada fragrância traz uma mensagem: Sorte e Fortuna repre-senta o Floriental Amadeirado; Saúde e Harmonia, o Floral Frutal; MuitoAmor, o Frutal. Estas lembranças são comercializadas em embalagenspersonalizadas com pedidos especiais para a data.

BEBÊS E OSPROBLEMAS DE VISÃO

Quando ofilho Pedrotinha apenastrês meses, ajornalista Ju-liana Lobo foialertada pelaoftalmologis-ta da famíliasobre o pri-meiro examede vista dobebê. O moti-vo era sim-ples: tanto a mãe quanto o pai são míopes enessa hora a genética fala mais alto.

Testes feitos, não deu outra. Pedro herdouo mesmo problema dos pais, mas foi precisoesperar que ele completasse um ano para come-çar a usar óculos. No início a adaptação foi di-fícil, porém seis meses depois do primeiro con-tato com as lentes e armações menino já nemse importa com o acessório.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Of-talmologia (CBO), logo após o nascimento oupelo menos até os 6 meses, os bebês deveriamfazer exame de vista. O procedimento não trazproblema à criança, ainda que ela possa chorarao dilatar a pupila. "É um desconforto mínimoperto da vantagem de detectar cedo doenças quepodem levar à perda da visão", defende a oftal-mologista Clélia Maria Erwenne, do Instituto daVisão, da Universidade Federal de São Paulo. Oexame deve ser repetido uma vez por ano atéos quatro anos. "É um cuidado preventivo nafase em que um defeito de visão oferece melhorcondição de tratamento", diz a médica.

Oos problemas de vista como a miopia, a hi-permetropia, o estrabismo, ou outros, afetammais de 20% das crianças em idade escolar ebebês. Uma vez detectado o problema visual, aindicação é que os pequenos comecem a usarlentes corretivas a partir de um ano de idade.

TESTE CASEIROPara ter uma ideia se seu filho enxerga bem

com os dois olhos uma dica é encobrir alterna-damente os olhos da criança e estimulando-a abrincar. Se tiver um olho que enxerga pouco, acriança ficará muito irrequieta.

DORMIR PARA FICAR SAUDÁVEL

Estudos epidemiológicos da Univer-sidade de Munique demonstraram que,quem dorme menos de cinco ou seis horasdiárias tem mais chances de desenvolverproblemas metabólicos e cardiovascula-res. Um hora de sono a menos por diareduz a capacidade do indivíduo em até32%. Muitas vezes, envolvidos em nos-sos afazeres, não respeitamos às oito horasde sono necessárias, o que é uma portaaberta para a insônia no futuro. Se vocêse sente assim, não arraste mais a situa-ção. Desenvolva um plano de ação paracombater o estresse e a ansiedade, reser-vando momentos para o lazer ou simples-mente para não fazer nada. Exercícios demeditação, contato com a natureza e ati-vidade física auxiliaram nesse processo.

VACINA EXPRESSTem novidade na área de Enfermagem em

Natal. Trata-se do vacine fácil, um espaçoonde é possível chegar com a indicação mé-dica e receber na hora as vacinas prescritas.

O serviço atende bebês, crianças e adul-tos, facilitando também a vida de quem vaiviajar e recebe aquela - nada básica - listade vacinas obrigatórias.

A enfermeira responsável pela VacineFácil, Luciana Penha, explica que são 20 tiposde vacina à disposição dos clientes e os pre-ços vão de R$ 28 (vacina antirrábica) a R$373 (HPV, que atua na prevenção do câncerde colo de útero e de verrugas genitais).

SERVIÇO: As vacinas são aplicadas no horário ofi-

cial de funcionamento do Shopping CidadeJardim: segunda a sábado, das 9 às 21h;e aos domingos, das 14 às 20 horas. Tam-bém podem ser aplicadas em domicílio.

Mais detalhes: 3217-3448

DIA DA AUDIÇÃO No dia 10 de novembro será comemo-

rado o Dia Nacional de Prevenção e Com-bate à Surdez um problema que desenvol-ve aos poucos e muitas vezes só é detec-tado em casos graves, com grande perdada audição.

A surdez pode se desenvolver de diver-sas maneiras. Quando genética, pode ser de-tectada nos primeiros dias de vida e tratadacom sucesso. O teste da orelhinha pode res-gatar a audição em quase 100% dos casos,se realizado nos primeiros seis meses de vida.

Na terceira idade o problema é maisperceptível após os 65 anos.Dentre as téc-nicas utilizadas para reverter os problemasde surdez existe o implante coclear, em queo Rio Grande do Norte se tornou pioneiro,em 2000, dentre os estados do Norte Nor-deste, neste tratamento. No RN, o Otocen-tro do Otorrinolaringologista Rodolpho PennaLima Jr. e pela fonoaudióloga Danielle PennaLima é referência.

MAIS: A perda auditiva é uma das deficiências

mais comuns na população brasileira. Dadosda Organização Mundial da Saúde (OMS)revelam que mais de 15 milhões de brasi-leiros têm problemas auditivos.

Page 14: FLIP  07/11/2012

MAIS 4 ANOS: democrata Barack Obama comemora vitória ao lado da família e diz que “o melhor ainda está por vir” Eleitores de Nova Iorque, que tradicionalmente apoiam candidatos democratas, comemoram a vitória de Obama com festa nas ruas

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012 Cidade

Fone: 3211-3126

[email protected]

Por Fátima Duda, voluntária do INTERCAMPI em Recife

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaG29 Garcia D’Avila Brasil M. Brasil No Porto Designar Em Operação - -Boubon Liberty 218 Luxemburgo W. Sons No Porto Guamaré (RN) Reabastecimento - - Flevo México W. Sons No Porto Guamaré(RN) - - DragaLagoa Carioca Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Lagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 10/11 Algeciras/ESP Contêineres - - Golia h Panamá Semaster 10/11 MÉXICO Reabastecimento - -Pegasus Panamá Semaster 10/11 MÉXICO Reabastecimento - -Global Iroquois Vanuato Semar 10/11 MÉXICO Reabastecimento - -CMA-CGM Aristote U. Kingdom CMA-CGM 17/11 Algeciras/ESP Contêineres - -

Almi Star Libéria Petrobras No Porto Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)07 16:28 0.9

22:49 1.808 05:19 0.7

11:39 1.8

FASES DA LUAMinguante (06/11 - 21:36h)

Nova (13/11 - 19:08h)

Crescente (20/11 - 11:31h)

Cheia (28/11 - 11:46h)

Miss Simona Itália A. Marítima 08/11 Portocel(ES) Sal - -TBN Itália A. Marítima 12/11 Santos(SP) Sal - -

Depois do RN é a vez da Bahia capacitar 50 pescadores para atuar napesca oceanica, e nós temos que ficar de olho no futuro da pesca.

A consciência ao preparar a suabagagem para ressomar (renascer)inclui seus traços personalíssimosfortes e fardos, suas vivências pas-sadas e um plano estratégico viávele norteador da sua próxima tempo-rada na Terra.

A vida intrafísica é vista comoum estágio pró-evolução em que aconsciência, além dos corpos que jáporta (mentalsoma: corpo do dis-cernimento e psicossoma: corpoemocional), precisará de um novocorpo compatível com o novo am-biente, adaptável à sua para-históriae às suas necessidades evolutivas.

O mentalsoma e o psicossomainterligados, no momento do nasci-mento, se unem ao corpo físico pormeio do corpo energético, que tam-bém lhe dá vitalidade. A grandemaioria das pessoas que vive na Terradesconhece essa realidade ou tempouquíssimo conhecimento, enxer-ga o corpo físico como sendo o pró-prio espírito, o self, a consciência.

A consciência tem ascendênciasobre todos os veículos conscien-ciais e os controla direta ou indire-tamente a partir de sua sede básica,o mentalsoma. A consciência, prin-cípio inteligente, é quem pensa, sentee emite comandos aos seus veículosde manifestação pela vontade e,nessa sequência, utiliza-se do men-talsoma, psicossoma, energossamae do corpo físico.

Infere-se dessa afirmativa quea consciência organiza, arquiva erememora os seus pensamentos esentimentos a partir das experiên-cias hauridas na intrafisicalidade,de acordo com os papéis desempe-nhados em cada vida humana. Aconsciência, identidade real, é maisdo que a personalidade desta vida,é a reunião das múltiplas persona-lidades vividas.

O autoconhecimento é uma prio-ridade existencial e começa pelasautorreflexões acerca da própria in-dividualidade e do convívio com osseus compassageiros evolutivos. Su-gere-se, como metodologia, a auto-observação durante as inter-relaçõesgrupais no dia a dia, culminandocom o bom senso de trazer as vivên-cias mais significativas para o labo-

ratório consciencial pessoal. As autoinvestigações promovi-

das pela vontade firme, objetiva,sincera, cosmoética (ética univer-sal) e neofílica sobre os fatos (ocor-rências intrafísicas) e parafatos (ocor-rências extrafísicas) vivenciados re-quererão postura científica do pes-quisador, no sentido de retratá-lospara si mesmo, sem drama, sem sen-timento de culpa, com realismo, con-cebendo-os com abertismo, com-preensão e autoaceitação.

É saudável analisar os aconte-cimentos passados, contextualizan-do-os, conforme a época e o local desua ocorrência, quanto aos níveis dematuridade e o envolvimento dosprotagonistas entre si e com os fatose parafatos experienciados, suas con-sequências e possíveis reparações.Agindo assim, a consciência pode-rá desentocar e movimentar, comsabedoria, informações preciosas ecomplexas a seu respeito e dos de-mais envolvidos.

Ressalte-se que a gama de infor-mações conseguidas sobre si mesmoa partir do momento atual, referen-te a esta e a outras existências pas-sadas, não veio por acaso, foi inten-cional, surgiu de uma decisão acer-tada, inteligente, responsável e com-prometida com o processo evoluti-vo pessoal e grupal.

Pela complexidade do procedi-mento narrado, se faz necessáriotecer algumas considerações acer-ca da condição de restringimentodos atributos conscienciais sofridopela consciência ao ressomar. Apri-meira, que o restringimento de de-terminadas estruturas mnemônicasse dá pela necessidade evolutiva eestá relacionado com a maturidadede cada ser humano. Asegunda, queo processo da ressoma, em tese, en-volve a planificação de atitudes, in-teresses e ocupações, conforme ascondições humanas que a consciên-cia pré-ressomática for defrontar napróxima existência intrafísica. Ater-ceira, que existem consciências ex-trafísicas, em altíssimo grau de ma-turidade e conhecimento especiali-zado e técnico, para orientar as cons-ciências já falecidas e prestes a res-somar, valendo-se das duas condi-

ções acima citadas. Esse esquecimento pode ser sa-

lutar, protege a consciência das suaslembranças desastrosas de vidas pas-sadas, viabilizando e otimizando oexperimento intrafísico, principal-mente, durante a fase de maior in-cidência do porão consciencial, ouseja, a fase da infância - das imatu-ridades, das atitudes instintivas eprimárias.

À medida que o ser humano vaigalgando a maioridade biológica epsicológica de forma saudável, vai,igualmente, desenvolvendo sua ma-turidade consciencial e recuperando,paulatinamente, as lembranças doperíodo intermissivo (entre vidashumanas) pelos autoesforços des-prendidos, segundo posturas evolu-tivas explicitadas nos parágrafos ini-ciais deste artigo.

O acesso às próprias lembranças,à holomemória, à identidade real,pode conferir à consciência a opor-tunidade de cotejar a identidade atualcom a identidade real. O novo per-fil credencia a consciência para tirarmaior proveito evolutivo do mo-mento presente, por estar mais lúci-da quanto a não repetir posturas des-necessárias; evitar a perda de tempoe desvio do objetivo máximo daatual vida humana; explicar com-portamentos retrógrados e traumá-ticos; ajudar nas reconciliações eevitar novas interprisões.

Com base nas ideias apresenta-das é possível se concluir que a pontede acesso, entre o autoconhecimen-to e a holomemória, resulta de umaconquista pessoal, alicerçada noamadurecimento persistente e cres-cente na diuturnidade cotidiana daexperiência terrena.

* Para mais informações sobreConscienciologia, o INTERCAMPIpromoverá a palestra gratuita como tema Reencontros Evolutivos. Oevento, a ser ministrada pelo profes-sor Xisto Genez, tem entrada fran-ca e vagas limitadas. Data: 8 de no-vembro de 2012 (Quinta-feira); Ho-rário: 20:00; Local: Sala de Aula doINTERCAMPI - Av. Antônio Basílio,3006 - Edifício Lagoa Center, sala705 - Lagoa Nova, Natal/RN

Autoconhecimento: ponte de acesso à Holomemória

O presidente dos Estados Uni-dos, Barack Obama, driblou a criseeconômica e vai governar o paíspor mais quatro anos. Ele foi ree-leito ontem (6) com 303 votos dos538 nos principais colégios eleito-rais. São necessários 270 votos noColégio Eleitoral para ser eleitopresidente.

Nos dez estados apontadoscomo decisivos, o republicano MittRomney ganhou apenas na Caro-lina do Norte. Com o lema de cam-panha "Four More Years!" (MaisQuatro Anos!), Obama venceu umadisputa apertada em uma campanha

política considerada a mais carados Estados Unidos. Após a con-firmação da sua vitória, o presi-dente democrata reeleito disse quevai buscar diálogo com o rival re-publicano e prometeu que o próxi-mo mandato será mais bem-suce-dido que o atual.

Com um discurso de 25 minu-tos, realizado no Centro de Con-venções McCormick Place, emChicago, Illinois, para uma multi-dão, Obama cumprimentou MittRomney pelo que chamou de"árdua campanha" e reafirmou quesua meta é "fazer avançar o país".

Acompanhado pela mulher Michel-le e pelas filhas Malia e Sasha, eleelogiou a família e agradeceu oapoio. Como principais desafios,Obama elencou a reforma do sis-tema de imigração, a redução dodéficit e as mudanças no CódigoTributário.

Neste segundo mandato, o pre-sidente vai ter de lidar novamen-te com um Congresso dividido,com os republicanos dominandoa Câmara dos Representantes(equivalente à Câmara dos Depu-tados) e os democratas no contro-le do Senado.

Com um cenário, no qual a eco-nomia está sofrendo um declínio ea taxa de desemprego é de 7,9%,Obama prometeu à população que"o melhor ainda virá". "Nossa eco-nomia está se recuperando, umadécada de guerra está terminando,uma longa campanha eleitoral ter-minou. E não importa se eu ganheiseu voto ou não, eu ouvi você, eaprendi com você, e você me fezum presidente melhor", disse.

O candidato derrotado Rom-ney telefonou para Obama parabe-nizando-o pela vitória e desejandofelicidades ao presidente reeleito.

DECISIVOSEleitores hispânicos, que atual-

mente é o grupo demográfico quecresce mais rápido nos Estados Uni-dos, foram decisivos na garantiade Obama na Casa Branca. De acor-do com a pesquisa Reuters/Ipsos nodia da eleição, o apoio para Obamaentre os hispânicos foi de cerca de66%, resultado similar com a por-centagem que votou a favor delequatro anos atrás.

O voto das mulheres tambémfoi determinante, já que entre elas,Obama venceu Romney com 55%dos votos, contra 43% para o repu-

blicano, ainda de acordo com a pes-quisa Reuters/Ipsos também no diada eleição. A vitória quase alcançoua vantagem de 13 pontos de Obamaentre os eleitores do sexo femini-no sobre o republicano JohnMcCain, em 2008.

Já entre os homens brancos,Obama viu seu apoio cair de 41%em 2008 para 36% nestas eleições.O presidente reeleito fez um gran-de esforço para cortejar os estima-dos 24 milhões de potenciais elei-tores hispânicos, buscando superaralgum descontentamento com suaspolíticas de imigração.

Obama dribla crise econômica e é reeleitopresidente dos EUA em disputa apertadaCANDIDATO DEMOCRATA VENCEU ONTEM NOS PRINCIPAIS COLÉGIOS ELEITORAIS DO PAÍS COM 303 VOTOS DOS 538

Fotos: Divulgação

Page 15: FLIP  07/11/2012

Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 7 de novembro de 2012Esporte

Gabriel NegreirosGABRIEL NEGREIROS - [email protected] - twitter: @gabrielnegreiro

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

A ARTE DA APATIACerta vez conversando com

um grupo de jogadores de futebolem um evento de um patrocinador,tive a oportunidade de falar sobre"indústria do rebaixamento". Eunão conhecia esse termo até ouvirde um comentarista sobre o "es-quema". É simples. Se o time nãotem condições de subir da Série Bpara a Série A, o que ele contin-uaria disputando? Nada. Se nãodisputa nada, as vitórias não sãovalorizadas e as derrotas são crit-icadas como sempre. Então, bommesmo é vencer e ser louvado. Eisso acontece quando se briga con-tra o rebaixamento. Ninguém (di-retoria e torcedores) quer ser re-baixado, então se a situação estápreta, os "bichos" dobram. Isso éindústria do rebaixamento.

Existe também o inverso. Senão me engano o termo foi ditopor Vampeta quando ainda joga-va pelo Flamengo. "Eles fingemque pagam, a gente finge quejoga". É a arte da apatia. De nãojogar nada e depois, ao fim do

jogo, derrotado, simplesmentedizer: "é, hoje nada deu certo.Vamos descansar, treinar durantea semana para recuperar no próx-imo jogo."

Difícil é você provar que issoacontece. Logicamente ninguémé doido de assumir. Geralmenteisso só acontece quando o cara jáencerrou a carreira e não tem mais"mercado" para disputar. Se vocêtiver mais intimidade com algumjogador ele também falará a re-speito, mas nunca será ele ou ogrupo que ele participa. Sempre osoutros. Aquela velha história: "euouvi dizer que uma vez aconteceuisso no time de fulano".

Vejam o ABC na noite deontem. Uma vitória deixaria o timetranquilaço nas últimas rodadas.Seriam nove pontos em disputa eque nada valeria. Aliás, seria capazde muitos atletas serem dispensa-dos antes mesmo do fim da com-petição. Já seria hora de abrir avitrine para outros jogadores. Nãoestou afirmando que o grupo doABC está na "indústria do re-

baixamento", estou apenas fazen-do um comparativo em relação aoque veremos nas próximas ro-dadas. E veremos os jogadoresainda em destaque, "salvando" oABC. Quando terminar, mesmocom a campanha pífia, os torce-dores ainda os tratarão como ído-los pela "luta" de manter o ABCna segunda divisão. Possivelmentehaverá comemoração e os erroscometidos serão esquecidos, comose nada tivesse acontecido.

A situação do ABC é até tran-quila em relação ao demais, afi-nal, uma vantagem de oito pontosem nove a disputar é extrema-mente confortável, principalmentequando se tem adversários tão in-competentes como Guaratinguetá,Bragantino e CRB. Ou seja, maisuma vez repito, não tem muitofundamento dizer que esse timeestá na "indústria". Não estão.Grande parte do grupo é ruimmesmo e a derrota de ontem nadamais é do que o que o ABC sem-pre tem feito nesta competição.Oscilado médios e péssimos mo-

mentos. Pelos corredores a gente es-

cuta que o ABC também tem doismeses de salários atrasados, alémde premiações por vitórias. Opagamento teria sido prometidopara sexta-feira. Cada folha giraem torno de 590 mil reais. Quemgosta de trabalhar de graça? Aindamais jogador de futebol que podedefinir o futuro do clube nas próx-imas temporadas. Se na sexta odinheiro cair na conta, no sábadoo futebol pode melhorar.

Para finalizar, ao final do jogo,o torcedor ainda tem que ouvir a en-trevista do volante Bileu, dizendoque a culpa é da torcida, que vaiouao invés de incentivar. Que ficoucalada durante o jogo e que nãoapoiou o suficiente. E falou issocheio de razão, como se ele e ogrupo fossem injustiçados. Ontem,neste mesmo espaço, escrevi queBileu e Isac (América) eram a provaque no futebol existe superação.Mas, caro Bileu, você e o ABContem mereceram cada vaia ouvi-da no estádio, e até fora dele.

A conta é simples: restam novepontos a serem disputados na SérieB do Campeonato Brasileiro. OABC mantém uma vantagem de oitopara os principais adversários quehoje lutam contra o rebaixamento.Mesmo perdendo duas posições natabela nesta rodada, para Paraná eBoa Esporte, o alvinegro potiguarpermanece a frente do Guarani eBragantino, além dos quatro timesque compõem o Z4 (Guaratinguetá,CRB, Ipatinga e Barueri). A contapara que o time potiguar seja re-baixado é extremamente complica-da. Teria que perder todos os jogosrestantes e seus adversários con-quistar 100% de aproveitamento.Para se manter matematicamente,resta conquistar apenas um ponto.Mas essa aflição já poderia ter chega-do ao fim. Porém, na noite de ontem,no Frasqueirão, faltou futebol. Apósum primeiro tempo apático perderpor 1 a 0 foi lucro. No segundotempo o time só engrenou após levaro segundo gol. Quando foi reagir jáera tarde demais. A derrota por 2 a

1 para o Avaí mantém a aflição dadisputa pelo menos até o próximosábado, quando fora de casa o ABCenfrenta o América Mineiro.

"Era para termos matado hoje.Os outros resultados que nos inter-essava aconteceram. Bragantino,Guaratinguetá e CRB perderam enossa diferença está mantida, masagora só restam três jogos. Mastemos que nos preocupar é com agente. Nós tropeçamos quando nãodevia e não tem o que fazer. Vamosesfriar a cabeça, só dependemos denós mesmos e agora vamos enfrentaro América Mineiro e buscar os trêspontos", disse o técnico GivanildoOliveira, que afirmou ter visto o piorprimeiro tempo do ABC desde queassumiu o clube. "A gente teve umadificuldade grande no início do jogo.Esse foi o quinto jogo comigo e oprimeiro tempo foi muito ruim.Ainda não tinha visto isso. Comcinco minutos de jogo levamos umgol e eles já tinham tido outra opor-tunidade. Foi o nosso pior primeirotempo desde que cheguei. A gente

tentou reagir no segundo tempo navontade e na força. Lamentamosperder e perdemos porque erramosmais", completou.

Entre os jogadores o sentimen-to também era de lamentação. Parao volante Bileu, o torcedor não feza parte dele. "Ao invés de incenti-var ficam vaiando? Ficam calado ojogo inteiro e só fazem vaiar. Otorcedor parece que não entende quea Série B é difícil. Mas é isso, vamosseguir trabalhando durante a semanapara buscar os resultados fora decasa." Para o zagueiro Vinicius éhora de valorizar o trabalho feito nasegunda etapa. "A gente sabia queprecisava desse resultado. Não fize-mos uma grande partida e temosque correr atrás para buscar os pon-tos necessários. O nosso primeirotempo foi muito disperso e tomamosdois gols. Recuperar esse placar con-tra uma grande equipe é difícil.Vamos valorizar o nosso segundotempo e nos preparar melhor."

As principais críticas da torcidaforam direcionadas ao lateral dire-

ito Pedro Silva, que voltou de lesão.Substituído no segundo tempo, deulugar a Ivan. Outra mudança feita porGivanildo e que surtiu efeito foi a en-trada de Raul no lugar de Guto. Ini-cialmente, com três volantes e jo-gando em casa, o ABC poucoameaçou o adversário. "O 'se' de-pois que acaba o jogo é fácil de falar.Jogamos com essa formação forade casa e vencemos. Como diz o di-tado, cada jogo é um jogo. Hoje aformação não deu certo. Nós mel-horamos pela força e vontade. Otime que começou o jogo foi exata-mente o do último treino. Penseique esse era o melhor para o mo-mento, mas nem todos os jogadorescorresponderam como esperáva-mos", finalizou o treinador.

O ABC se reapresenta para o tra-balho na tarde de hoje. O próximojogo será no sábado, contra o Améri-ca Mineiro no estádio Independên-cia. Pouco tempo para Givanildo ac-ertar novamente o time e buscar pon-tos importantes para realmente dizerque o ABC "ficou" na Série B.

FICOU PARA DEPOISDERROTADO EM PLENO FRASQUEIRÃO, O "DIA DO FICO" PROGRAMADO PELO ABC VAI TER QUE ESPERAR, MAS A

DISTÂNCIA PARA OS ADVERSÁRIOS PERMANECE INTACTA, JÁ QUE TODOS QUE DISPUTAM O REBAIXAMENTO FORAM DERROTADOS

América: O ‘fiel da balança’ no G4 do BrasileirãoQuem disse que o ano do Améri-

ca acabou? Pelo menos ainda nãopara os titulares que ontem entraramem campo e buscaram o empate di-ante do Atlético Paranaense jogan-do fora de casa. Apesar do adversárioter saído na frente após cobrança depênalti, o time de Roberto Fernan-des correu atrás e Pingo deu númerosfinais ao jogo. Mais que um sim-ples empate. O jogo de ontem e apróxima rodada farão do América

um time fundamental para definiçãonão somente do G4, mas também nadisputa do título da Série B.

Em quarto lugar, o AtléticoParanaense contava com a vitóriana tarde de ontem para manter suavantagem larga para o São Caetano,quinto colocado. Com o empate como América e a vitória do rival sobreo Criciúma, a diferença voltou a cairpara dois pontos e a briga pela últi-ma vaga seguirá em disputa até as

últimas rodadas. "Quem pensava que o América

não ia levar o restante da competiçãoa sério se enganou. Falei para os jo-gadores que para serem respeitadosera necessário seriedade. Quem quis-er buscar o acesso, tem que ser omelhor. Sempre que entrarmos emcampo a gente vai fazer o melhor ebuscar as vitórias", disse o técnicoRoberto Fernandes, que tem maisum desafio no topo da tabela na

próxima rodada. No sábado, quando voltar a jogar

no Nazarenão, o América encara oCriciúma, que não briga apenas peloG4, mas segue de olho no título.Vindo de derrota para o São Caetano,outro postulante ao acesso, o Tigrecatarinense precisará vencer o alvir-rubro potiguar para não ver o sonhodo título ficar polarizado entre Goiáse Vitória.

Um problema já é certo que

Roberto Fernandes precisará re-solver. Depois de levar o terceirocartão amarelo, o vice-artilheiro daSérie B, Isac, cumprirá suspensãoautomática. Resta saber se LúcioCurió será liberado pelo departa-mento médico para retornar à equipe.O treinador promete que ainda man-terá o time titular nesse jogo, porém,nas últimas duas rodadas, contraAmérica Mineiro e ABC, os jo-gadores já estarão de férias e será

hora de utilizar o time reserva e jo-gadores da base. "Como o resulta-do destas duas partidas não vai in-terferir mais na sequência do campe-onato, vamos poupar os titulares,dar férias antecipadas e devemosavaliar os jogadores dos juniores",finalizou.

Com 52 pontos, o Américasegue na oitava colocação, dois pon-tos a mais que o América Mineiroe a três do Avaí, sétimo colocado.

Givanildo Oliveira: "Desde que assumi o ABC foi o pior primeiro tempo da nossaequipe. Precisávamos do resultado. Pelo menos os adversários perderam"

Perdido no primeiro tempo, nãodemorou para que o Avaí encontrasseo caminho do gol. E o placar magroficou barato para a primeira etapa

Fotos: Wellington Rocha

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Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected] vantagem, São Paulo

decide vaga na Sul-AmericanaVALE TUDO PELA LIBERTADORES. ASSIM SERÁ ESSA RETA FINAL DE

TEMPORADA NO SÃO PAULO. HOJE O FOCO É NA SUL-AMERICANA

CONTRA A UNIVERSIDAD DE CHILE. NO PACAEMBU, O TRICOLOR PAULISTA

TENTA MANTER A VANTAGEM DE 2 A 0 CONSTRUÍDA NO CHILE. No Brasileirão a vaga da Liber-

tadores está próxima de ser conquis-tada. Restando quatro jogos para otérmino do torneio, o Tricolor ocupaa 4ª colocação com 59 pontos, oitoa mais que Botafogo e Internacio-nal, seus principais perseguidores.Como pode garantir sua vaga na Li-bertadores já no próximo fim de se-mana, a Copa Sul-Americana é aprioridade do momento pelos ladosdo Morumbi. Hoje, às 20h50 (horá-rio local) os são-paulinos irão acampo para manter vivo o sonho dequebrar o incômodo jejum de títu-los que teve início em 2009. A vi-tória no confronto de ida, em San-tiago, por 2 a 0, encheu todos deconfiança. No entanto, uma das prin-cipais armas da equipe em 2012 nãoestará presente: o estádio do Mo-rumbi, que foi cedido para o showda cantora Lady Gaga.

Sem contar com Paulo Mirandae Osvaldo, o técnico Ney Franco re-lacionou 19 jogadores para o jogodiante da Universidad de Chile. Adúvida levantada pelo técnico NeyFranco em torno da presença de LuisFabiano na partida está desfeita. Oatacante treinou normalmente combola na manhã desta terça-feira, noCT da Barra Funda, e está liberadopara a partida que decide vaga na se-mifinal da Copa Sul-americana. Ar-tilheiro do time na temporada, com29 gols marcados, Luis Fabiano fará

apenas sua segunda partida nestaedição da Sul-Americana. Dos cincocompromissos do São Paulo até aquina competição continental, ele sófoi a campo na estreia, no duelo deida contra o Bahia.

"Temos de segurar a empol-gação. Eles já mostraram em ou-tras ocasiões que sabem atuar emcondições adversas. É hora demostrar a nossa qualidade e bus-

car a classificação. Não é porquefomos bem na ida que a classifi-cação está garantida. Temos defazer por merecer", disse o meiaatacante Lucas.

Caso se classifique, o São Pauloterá de aguardar para conhecer seuoponente na semifinal. Originalmen-te, o rival será o vencedor do dueloentre Independiente (ARG) e Uni-versidad Catolica (CHI). Outros dois

possíveis adversários seriam Grê-mio e Millonarios (COL). Para en-carar o tricolor gaúcho, basta que aequipe de Vanderlei Luxemburgodespache o rival colombiano na pró-xima semana. Caso isso não ocorrae Tigre (ARG) e Independiente ga-rantam suas vagas, o adversárioentão será o Millonarios para provo-car o encontro entre os rivais argen-tinos.

Confirmado, Luis Fabiano fará apenas o seu segundo jogo pela Sul-Americana. Mesmo assim é o artilheiro do São Paulo

> CASO ADRIANO

“A MISSÃO FOI CUMPRIDA”O desfecho da relação de Adria-

no com o Flamengo não foi bompara ninguém. O jogador está forados planos do clube para o fim destatemporada e também para a próxi-ma. Para o gerente de futebol doclube, o ex-jogador Zinho, um diatriste e que o atleta jogou fora umagrande oportunidade de vida. Paraa presidente Patrícia Amorim, quefez festa para lançar oficialmentesua candidatura a reeleição no clube,o Flamengo cumpriu a sua parte. Amandatária rubro-negra preferiu evi-tar falar sobre os problemas comAdriano.

"Não tenho mais o que falar deAdriano. Amissão foi cumprida. Seele mesmo falou que não queriamais, uma pena. Temos que conti-nuar. Temos outras coisas a seremfeitas até o fim do ano. E estou aquipara trabalhar pelo direito de fazerisso nos próximos três anos tam-bém", disse.

Zinho, que tomou a frente detodo o processo, defendeu o atacan-te, mas afirma que o desligamentovai ser bom para todas as partes."Ele é uma boa pessoa, mas tem quefazer um tratamento. Ele está jogan-

do fora um grande momento na vidadele. O Flamengo seria a grandeoportunidade dele se recuperar e eleestá jogando isso fora. Por isso eufico triste. Não é mais responsabi-

lidade do Flamengo", lamentouZinho.

Adriano prometeu ao dirigenteque vai aparecer no clube na quar-ta-feira para se despedir dos compa-

nheiros - a divulgação de uma notapor meio de sua assessoria de im-prensa foi muito criticada por Zinho."Acho importante ele vir aqui, baterum papo com os amigos. As portasestão abertas para ele nos visitar, eacho legal ele fazer um comunica-do para vocês (jornalistas), se des-pedindo do torcedor. Ele está jogan-do fora um grande momento da vidadele, o que dá mais alegria a ele",disse Zinho.

Em agosto, o clube acertou como atacante um contrato que previaR$ 50 mil mensais - referentes a di-reito de imagem - e mais R$ 50 milpor cada jogo disputado. O vínculoiria até 22 de dezembro. Como Adria-no saiu sem entrar em campo, nadaganhou por produção. No departa-mento de finanças do clube, constao pagamento de R$ 15 mil referen-tes aos dias em que ele treinou emagosto. Além disso, um acordo aindapor conta de pendências da passagemdo atacante em 2009/2010 fez oRubro-Negro desembolsar R$ 100mil. "O contrato de imagem foi res-cindido numa ocasião anterior. Elereceberia por produtividade, comonão jogou...", finalizou Zinho.

Para Zinho, Adriano desperdiçou uma grande oportunidade na vida

> FUTSAL

BRASIL VENCE E AVANÇA EM PRIMEIROO Brasil atingiu o seu primei-

ro objetivo na Copa do Mundo daTailândia. Atual campeã, a sele-ção brasileira derrotou Portugalpor 3 a 1, nesta terça-feira, ga-rantindo o primeiro lugar do grupoC, com 100% de aproveitamento.O time comandado por MarcosSorato agora aguarda a definiçãodo adversário da segunda fase,que será um dos quatro melhoresterceiros colocados da fase ini-cial da competição. O jogo estámarcado para segunda-feira, 12de novembro, às 9h30 (de Brasí-lia).

"Ficar em primeiro é impor-tante para permanecer nesta ci-dade. Temos uma estrutura mon-tada aqui e vai ser menos desgas-tante jogar essas oitavas. Hojefomos muito bem, contra um ad-versário duríssimo. Fizemos osgols nos momentos certos e nossaequipe está de parabéns pelo re-sultado", disse o ala Simi.

Jogando sem Falcão, que naestreia sofreu lesão na panturrilha

e corre risco de não atuar maisno Mundial, o Brasil encontrouadversário duro e teve dificulda-

des para confirmar a vitória. Coma derrota, Portugal se classificoucomo segundo lugar do grupo,

com quatro pontos, mesma pon-tução do Japão, que teve três golsa menos de saldo.

Brasil agora espera pelo fechamento das chaves para definição de adversário das oitavas de final

Heroísmo e egoísmoComovia o heroísmo solitário de Roberto Dinamite contra a cons-

telação comandada por Zico. O Vasco dependia de Roberto Dinami-te, o ilhéu de sorriso triste, técnica modesta e volúpia insaciável dogol. Roberto Dinamite é o maior ídolo da história do clube e ninguémhaverá de duvidar, nem depois de 100 gerações seguintes.

Nas discussões preliminares sobre um Vasco x Flamengo em1979, 1980 e 1981, sempre foi preciso uma dose de amor prorroga-do para aguentar as gozações rubro-negras. O Flamengo era supe-rior em 10 posições e só perdia quando se avaliava os centroavantes:Dava Roberto Dinamite, com certa piedade dos rivais. Conformaçãoaté sádica.

Nos campeonatos cariocas, Roberto Dinamite jogava ao lado deaberrações calçando chuteiras: Zandonaide, Toninho Vanuza, PauloRoberto Brasinha, Ticão, Amauri, Peribaldo. Homens que tabelavamcom a canela e batiam na bola com o joanete, deslizando na grama,provocando gargalhadas que percorriam as arcadas do Maracanã ede São Januário.

Seu grande companheiro foi Ramon, ex-Santa Cruz, campeãopelo timaço de 1977 e vendido no final do ano seguinte. O jovem Pau-linho, de Piracicaba(SP), foi embora para o Palmeiras depois de sur-gir como o sucessor do camisa 10 do Vasco.

Roberto parecia gostar da solidão da idolatria. Nos Campeona-tos Nacionais, os lusitanos cartolas abriam bolsos e traziam craques:César, revelado por Telê Santana no Palmeiras, Cláudio Adão, Arthur-zinho, Elói, Jorge Mendonça, Paulo César Caju. Todos, sem exceção,deixavam o clube e Roberto permanecia, único e intocável.

>>>Quando chegou a metade dos anos 1980, Roberto Dinamite já não

dominava o Vasco. Geovani e Romário brotaram como joias de ta-lento capaz de brigar de igual para igual com o Flamengo tão habi-lidoso. Sem rusgas, ocupavam vaga nobre no estrelato esnobando artee molecagem, familiares da ginga.

Vieram depois Mazinho, William, Bismarck, Edmundo. Rober-to Dinamite insistia, mas consentia, calado, que continua sozinho nacompanhia de outros craques.

Roberto Dinamite, ex-jogador, comoveu o país na quixotescaoposição ao cartola Eurico Miranda, que chegou a expulsá-lo da Tri-buna de Honra de São Januário. Roberto Dinamite liderou, com seusemblante enigmático e sua bela história, um combativo grupo de opo-sição que, afinal, chegou ao poder.

O Vasco desceu à Série B com Roberto Dinamite presidente. Aculpa foi do sapo, Eurico. Roberto fez o sentimento jamais parar evenceu a Segunda Divisão, renascendo no vascaíno o orgulho depoder dizer, sem meramente sussurrar, por qual time torcia no Riode Janeiro.

Roberto Dinamite foi perdendo os seus amigos quando o Vascoviveu breve período vitorioso, culminando com a conquista da Copado Brasil de 2011. Ninguém mais foi responsável, segundo ele, doque ele, pelo êxito do título.

Hoje, o Vasco, de campanha ridícula no segundo turno do Bra-sileirão , perdeu seis jogadores, seu técnico, seu diretor de futebol,três vice-presidentes. Roberto Dinamite o cartola, espalha a brasa dadúvida. O aspecto indefeso do artilheiro lutador parece omitir o egoís-mo. Que também faz parte do mosaico obscuro da solidão.

RECORDEEm alguns instantes, movido

pela irritação de uma gripe come-çando vigorosa, cheguei a delirar,imaginando que o jogo do ABCcontra o Avaí no Frasqueirãofosse chegar aos 679 minutostanta foi a monotonia. O ABC dabacia. Das almas.

BICHOA danada da gripe, que me

fazia tremer, expandiu minha ca-pacidade imaginativa e torturan-te: Apenas eu estava com o corpomole na noite de terça-feira ou oshomens de branco, apetitosos poruma promessa de bicho para ga-rantir, sem susto, a permanênciana Série B do Campeonato Bra-sileiro?

UM POUCO MAISO América tivesse ousado

mais e teria vencido o Atléticodo Paraná sem problemas. O em-pate saiu barato para os donos dacasa, que tiveram um bandeirinhamarcando perigo de gol sempreque havia ameaça potiguar.

BANANAPelo placar de 92(metade por

procuração ou telefone) a 2, oABC aprovou a venda de seteapartamentos por preços de ba-nana. Ninguém sabe por quantoforam vendidos os outros três.No mercado imobiliário, R$ 90mil num imóvel na Rota do Solé uma senhora pechincha, dizemespecialistas. O preço básico éna faixa de R$ 160 mil.

DISSIDENTESSomente o ex-presidente

Leonardo Arruda e o conselhei-ro Gilmar Santos votaram contraa proposta(mais uma) de disso-lução de patrimônio. Tem sidoesta a postura de Leonardo Arru-da ao longo dos anos.

PROTESTOSO conselheiro Gláucio Uchôa

resolveu voltar atrás e votar pelavenda dos imóveis em troca darealização de uma auditoria nodepartamento de futebol. Rece-beu a promessa de que será aten-dido pelo Conselho Deliberati-vo. Aguarda-se um pronuncia-

mento do ex-diretor Flávio An-selmo, que de inimigo, passou aser o novo Judas do ABC.

FOI EMBORAO empresário Antônio Gen-

til, dos tempos claros e glorio-sos do Machadão, não suportoutanta pantomima e foi embora.Preferiu ir para casa. Escapou doespetáculo de telefonemas paraque conselheiros votassem e ape-los dramáticos para que outrosautorizassem procurações.

VERDADEPasse Livre, sem qualquer

alegria, registra a verdade queprega desde 2010: O discurso fa-lacioso da atual diretoria do ABC,de modernidade administrativa egrandeza empresarial, foi basea-do na casca da presunção. So-mente. Ao final, os mesmos ví-cios do passado que foi tantasvezes condenado.

CLUBE SEM CULPAErrado, o América pagar pela

atitude indecente do seu ex-atle-ta Ivo, que chamou de macacoum soldado da Polícia Militar em2008. O América, a exemplo dequalquer clube, contrata um jo-gador, não é responsável pelo seucaráter. Por isso, o condenadodeveria ter sido apenas Ivo, quede tão medíocre, ninguém lem-brava.

CIUMEIRAEntrevistas recentes do novo

presidente do Alecrim, o empre-sário Anthony Armstrong, emtom de sinceridade rigorosa, re-velando que o clube precisa re-começar do zero, causaram rea-ções enciumadas de alguns car-tolas antigos. O Alecrim defi-nhou por causa de brigas internas.

ROBERTO PINTORoberto Pinto foi o autor do

gol do Supersupercampeonato doVasco em 1958. Em 07 de no-vembro de 1973, pelo Campeo-nato Brasileiro, ainda resistia,bravo, no time do Olaria, que ga-nhava do América no Caste-lão(Machadão) com 8.928 pa-gantes. Antoninho e Jair fizeramos gols do Olaria.

Fotos: Divulgação

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 7 de novembro de 2012Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected] - INTERINO - CONRADO CARLOS - [email protected]

Cultura HOJE com Dani Pacheco

Fazer arte em uma ci-dade do Sertão Nor-destino com menosde quatorze mil habi-tantes é, no mínimo,digno de aplauso. Ce-

nário psicodélico e surrealista, ahostilidade climática e a falta deinvestimentos públicos mantémaquele pedaço de chão no atrasohá décadas. Mas o que seria mo-tivo de resignação virou matéria-prima para uma boa parcela deideias que culminaram em obrasdas mais relevantes na cultura na-cional.

Aqui no Rio Grande doNorte, duzentos quilômetros Es-tado à dentro, na pequena Pen-dências, a Cia de DançaArt’Facto é um exemplo da per-sistência de quem sabe da im-portância das artes na educaçãoe consolidação de um povo. Cria-da em 2008 pelo diretor artísti-co Dionlenes Pereira Dias, ogrupo foi contemplado no editalCena Aberta Nordeste, do BNB,e volta à capital potiguar com oespetáculo “O Sertão Sou Eu”.

Montada desde o ano passa-do com a assessoria da compa-nhia natalense Gira Dança, a obraé inspirada em Guimarães Rosa,

o mineiro que virou a grande vozdo Sertão, e volta ao palco da Casada Ribeira neste final de semana,com sessões nos dias 09 (sexta) e10 (sábado), sempre às 20h. A sim-plicidade, o sofrimento e a obsti-nação do sertanejo são materiali-zados nos movimentos cênicos,nesse misto de entretenimento ecrítica social.

Fruto de pesquisas, debates eensaios entre os dois grupos dedança, “O Sertão Sou Eu” explo-ra em suas coreografias a vitali-dade e as agruras como forma detraduzir a linguagem popular emuma experiência que promova re-flexão e contato com a realidadenordestina. A história de grandesbatalhas travadas por um povosimples, mas com riqueza de sig-nificados e sentimentos.

VEM LÁ DO SERTÃOFORMADA EM PENDÊNCIAS, COMPANHIA DE DANÇA ART’FACTO APRESENTA ESPETÁCULO “O SERTÃO SOU EU”,

INSPIRADO EM GUIMARÃES ROSA; SESSÕES ACONTECERÃO SEXTA (09) E SÁBADO (10) NA CASA DA RIBEIRA

SERVIÇOO Sertão Sou Eu | Cia de Dança Art'facto (RN)

Dias 9 e 10/11 às 20h | R$10

Local: Casa da Ribeira

Preço: R$10,00

Informações: (84) 3211-7710

Uma década depois do atentadoàs Torres Gêmeas, o famigeradoOnze de Setembro, finalmente, a li-teratura oferece uma obra-prima am-bientada nos escombros do tema.Tudo bem, “Terras Baixas”, de Jo-seph O’Neill é ótimo, foi elogiadopor Obama, etc. “Homem deQueda”, de Don Delillo, que não li,idem, vencedor do National BookAward que foi, em 2007.

Mas “Cidade Aberta”, de TejuCole, vai além. É daqueles livrosentorpecentes que afundam o leitorno isolamento para forçar uma fa-gulha de reflexão. Isso sem men-cionar o ato terrorista de forma di-reta, e com um único personagemocupando noventa por cento das tre-zentas e poucas páginas.

Ele estava há quase dois mesesem minha estante, sem receber aatenção merecida. Até que meuamigo Gustavo intensificou a ideiade um doutorado em Recife. O temaera o cinema e o perrengue dos imi-grantes na Nova York pós-11/09.Nossas conversas estimularam umacrescente curiosidade sobre “Cida-de Aberta” - saciada no último finalde semana.

A história é a seguinte: umjovem psiquiatra negro, filho de umnigeriano com uma alemã, caminhapelas ruas da maior cidade norte-americana para fugir da rotina dehomem solteiro, bom leitor, espe-cialista em música erudita – o autortambém é historiador de arte e fo-tógrafo.

Enquanto relembra a infância naNigéria (onde Cole viveu até os de-zessete anos), amores falidos e dra-mas de pacientes, a cidade é esmiu-çada em sua geografia e história, namedida em que surge um mundo deviolência, preconceito e solidão navoz de taxistas, balconistas e tran-seuntes, quase sempre de origem ca-ribenha, africana ou asiática.

São muitas as referências his-

tóricas, artísticas e pessoais na nar-rativa, o que demanda certo graude erudição – ou uma breve con-versa com o amigo Google. Masnem por isso “Cidade Aberta”deixa de entreter. De escrita sim-ples, porém precisa, o romance ir-radia, com leveza e sensibilidade,o grito sufocado das minorias emterra estrangeira.

A tese do livro é que as mortesdo World Trade Center e o conse-quente clima belicista que inflamouaté comunidades mórmons do MeioOeste, não é novidade para o nova-iorquino. Embaixo de todo aqueleconcreto repousa um passado deatrocidades e escravidão – do portode Nova York partiam navios ne-greiros para Cuba.

Na capa da edição nacional temuma daquelas frases que o marke-ting escolhe a dedo: “Um romancelindo, delicado e, por fim, original”.Pincelada da crítica de cinco pági-nas que James Wood (“Como Fun-ciona a Ficção”) fez para a The NewYorker, ela é certeira. Tanto lá, comoaqui, somos imigrantes que confron-tam memória e imaginação, em meioà intolerância e o desprezo. C.C.

> LIVRO

Memória e preconceito

CIDADE ABERTA

Autor: Teju Cole

Editora: Companhia das Letras

Preço médio: R$ 49,00

CURSO DE ALIMENTAÇÃO VEGANA E VEGETARIANo próximo sábado, das 08h às 14h30, na Ecovila Pau-Brasil e seu

Restaurante Magias da Terra, em Pium, um dos locais mais bonitos doEstado para saciarmos a fome, a chef Larissa Batista ensinará os segre-dos de uma boa alimentação natural. Com a proposta de inserir o parti-cipante em todo o processo, desde a colheita dos ingredientes, até umabreve introdução à filosofia da horta orgânica, ao custo de R$150,00 (in-cluso o Menu Degustação), ela coordenará a elaboração de quatorze re-ceitas para um buffet nutritivo. Mais informações e reservas no telefone3237 0093.

BOLCHEVIQUESHá 95 anos eclodia a Revolução Vermelha (no calendário gregoria-

no). Um dos fatos mais importantes da história, a implantação do comu-nismo no pobre e gigantesco país euro-asiático teve na liderança duas fi-guras até hoje reverenciadas pela turma que empunha a foice e o marte-lo: Vladimir Lênin e Liev Trotsky. A coluna indica a leitura de dois li-vros sobre o tema: “Os dez dias que abalaram o mundo”, a grande repor-tagem do jornalista americano John Reed; e “A Revolução de Outubro”,do próprio Trotsky. Ambos foram esmagados física ou ideologicamentepelo brutal Josef Stálin, nos anos subsequentes.

CHORINHO PARA IDOSOSO projeto itinerante “Chorinho na Praça” terá mais um capítulo

especial nesta quarta-feira. É que a partir das 16h30, a turma do Ins-tituto de Música Waldemar de Almeida levará alegria para os idososdo Juvino Barreto. Coordenado pelo professor Alexandre Moreira ecom apoio da Fundação José Augusto, a apresentação é aberta ao pú-blico.

FESTIVAL DO SOLCresce a expectativa dos roqueiros natalenses para sábado (10),

dia do início do principal festival do Estado. Enquanto Mossoró tremecom os decibéis, por aqui a organização cuida dos últimos prepara-tivos. Acesse www.dosol.com.br e veja detalhes sobre atrações e ho-rários dos shows. Já os ingressos, que custam módicos R$20,00, vocêencontra no Café da Praça do Natal Shopping.

SEPULTURA – 25 ANOSPara a grande maioria dos brasileiros, eles são apenas cabeludos

alucinados que estouram guitarras e cordas vocais. Faz sentido. Maso fato é que o Sepultura foi o maior fenômeno musical do país noexterior nos últimos vinte anos. Em meados dos anos 1990, eles atin-giram o status de headlines em uma cena radical, por vezes, precon-ceituosa, e restrita aos braquelos europeus e norte-americanos. O ci-neasta Otávio Juliano prepara um documentário sobre a história dabanda dos irmãos Cavalera, hoje conduzida pelo ótimo guitarrista An-dreas Kisser.

Fotos: Divulgação

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Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012 Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

w Analice Nicolau e Hermano Hen-ning, parceiros na apresentação dostelejornais do SBT, irão correr a pró-xima São Silvestre.w Tiago Abravanel, neto de SílvioSantos e ator de "Salve Jorge", naGlobo, participará do Teleton nasexta-feira. w Vai dividir o palco com a Eliananum número musical.w Também estão confirmadas as pre-senças do governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, e do ministro daSaúde, Alexandre Padilha.w O canal BandNews está no paco-te básico da Net.w A propósito do BandNews, muito

bom o trabalho no dia de ontem, acom-panhando as eleições americanas.w A direção da Record bem que po-deria se pronunciar oficialmentesobre esse noticiário em torno do"Tudo é Possível". Se vai sair do arou não.w Segundo alguns, não aguenta atéo fim do ano.w A Record, fingindo de morta, atéagora simplesmente não se manifes-tou. Como não poderia deixar de ser,isto tem intranquilizado os direta-mente envolvidos.w A Espn pretende aproveitar os 30profissionais que serviam a sua ex-tinta parceria no rádio.

w C´EST FINICom Ivete Sangalo na bancada, o "CQC" marcou 5 pontos de média.Ocupou o terceiro lugar, mas ficou 74 minutos na vice-liderança naGrande São Paulo.Hoje tem a entrega do "Profissionais do Ano", no HSBC, em São Paulo.O evento terá a apresentação de Débora Nascimento, José Loretto,Ailton Graça, Alexandre Borges, Adriana Birolli e Letícia Spiller.Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

Seriado de Aguinaldo Silvaé aprovado na Globo

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery

"Doctor Pri", título provisório do seriado escrito por Aguinaldo Silva,com a colaboração de Brunno Pires e Megg Santos, foi aprovado pelaalta cúpula da Globo, com a previsão de ir ao ar em outubro de 2013.Trata-se de uma trama que se desenvolve nos dias de hoje, tem estiloamericano, mas não é policial nem médica - diz o autor. Em janeiro a equipe vai entregar o roteiro do piloto e mais dois episó-dios. Como ainda é um pouco cedo, não se sabe quem será designadopara a direção-geral.Mas, nos bastidores, não chega a ser novidade que o Aguinaldo nãodeseja repetir figurinhas. Quer desenvolver seus próximos projetos comdiferentes profissionais.Em se tratando de elenco, até por ser um autor muito experiente, ele temlá as suas preferências, mas acha prudente aguardar mais um pouco,antes de tomar decisões definitivas a respeito.

Leão 22/07 a 22/08Lua em seu signo hoje pedecalma e tempo pra vocêcuidar, em primeiro lugar,

de seus afazeres e negócios pes-soais, incluindo cuidados com ovisual e com a saúde. Mercúrioretrógrado: amor indeciso até 27/11.

Virgem 23/08 a 22/09Continue pesquisando einvestigando meios de tornarseu mundo privado mais

agradável e arejado. Porem, não é boaépoca pra começar reforma em casa!Espere seu regente Mercúrio andar prafrente, só no fim de novembro.

Libra 23/09 a 22/10Cuide do visual, Vênus eJúpiter o protegem! Beleza e

arte a granel. Oscilações de humor edesentendimento com seu amadopodem minar o clima alegre de hoje.Não é o melhor dia da semana pranamorar. Má comunicação.

Escorpião 23/10 a 21/11Esta é a melhor época doano pra você investir pesa-do em si mesmo, cuidando

da saúde, aparência e interessespessoais. Apenas fique de olho emseus bens, para não perde-los, até27/11. Não conte com pagamentosrápidos.

Áries 21/03 a 20/04Seu encanto pessoal con-quista e atrai. Tenha plano Bpara viagem planejada; mul-

tiplicam-se as falhas na comunica-ção e a demora em receber passa-portes, vistos e respostas afirmati-vas estratégicas até o fim do mês.

Touro 21/04 a 20/05Nas próximas semanas, ser-viços de entrega e correiopoderão ser os responsá-

veis pelo atraso no recebimento devalores que lhe são devidos; umcliente demorará mais para pagar. Noamor, só alegria e inspiração hoje!

Gêmeos 21/05 a 20/06Mercúrio volta atrás em deci-sões afetivas e de parcerias evocê segue. Até o fim do mês,

pessoas do passado retornarão pedindocontato afetivo; a comunicação não seráboa, e cabe a você decidir se quer estaretomada.

Câncer 21/06 a 21/07Mercúrio retrógrado até27/11: revise duas vezestarefas de trabalho, confira

remédios antes de tomá-los, confir-me resultados de exames médicos einvestigue melhor seu plano desaúde. Empregado pode desistir doserviço.

Sagitário 21/11 a 21/12Mercúrio no seu signoretroage até 27/11 configu-rando semanas em que

você não está dizendo toda a verda-de, nem pra si mesmo. Tempo de rea-valiar, de voltar atrás em decisões, decolocar os pensamentos em ordem.

Capricórnio 22/12 a 21/01A partir de hoje tenha cuida-do com indiscrições cometi-das por irmãos, vizinhos eamigos próximos - queren-

do ou não eles criarão armadilhas pravocê. Por isto, bico calado. O peixemorre pela boca, lembre-se.

Aquário 21/01 a 19/02Enrolações com amigos e pro-jetos associados a elesnublam seus planos de futuro

e suas amizades até 27/11. Nem toda averdade está sendo dita, não se pautepor informações, portanto, até o fim domês.

Peixes 20/02 a 20/03Mercúrio retroage e indicaque um sócio de trabalhovolta atrás em decisão que

interfere em sua carreira, com des-dobramentos em sua reputação. Ocônjuge também volta atrás em pla-nos com você. Parada critica até27/11

HORÓSCOPO

HOTEL TRANSILVÂNIALivre - Cinemark 7: 13h10

ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE(12 anos)Cinemark 4: 12h40 / 15h00 / 17h30/ 19h50 / 22h10Moviecom 2: 19h25

007: OPERAÇÃO SKYFALL(16 anos)Cinemark 2 : 14h00 / 17h10 / 20h20(exceto terça-feira)Cinemark 7 : 15h20 / 18h25 / 21h40(exceto terça-feira)Moviecom 1: 15h20 / 18h15 / 21h10Moviecom 3: 14h35 / 20h10

ATIVIDADE PARANORMAL 4(14 anos)Cinemark 3: 14h50 / 16h50 / 18h50

/ 20h50 (exceto terça e quinta-feira)Moviecom 2 : 17h15 / 21h35

GONZAGA DE PAI PARA FILHO(12 anos)Cinemark 1: 13h45 / 16h30 / 19h30/ 22h15Cinemark 6: 13h00 / 15h45 / 18h40/ 21h30Moviecom 3: 17h30 Moviecom 7: 15h50 / 18h35 / 21h20

FRANKENWEENIE(10 anos)Cinemark 3: 12h45 Cinemark 5: 17h15 / 21h25Moviecom 6: 15h00 / 17h00 / 19h00/ 21h00DIÁRIO DE UM BANANA 3 - DIAS DE CÃO

Cinemark 5: 12h50 / 15h05 / 19h20

MAGIC MIKE(16 anos)Moviecom 4: 14h25 / 16h45 / 19h05/ 21h25

POSSESSÃO (14 anos)Moviecom 5: 15h35 / 17h40 / 19h45/ 21h50

A GUERRA DOS BOTÕES Cinemark 3: 20h50 (terça e quinta-feira)

QUEEN - HUNGARIAN RHAPSODYCinemark 7: 21h00 (terça-feira)

CINEMA

MAIS UMO "Vídeo Show Retrô", também na linha de especiais,

será levado ao ar no dia 26 de dezembro, comapresentação de Ana Furtado e André Marques.

Dani Monteiro, Bruno de Lucca e Jaqueline Silva(foto),repórteres do programa, também participam.

TV - TUDO>>

w ROLOU UM ESTRESSE Esse negócio de artista marcar vá-rios compromissos no mesmo diasempre dá confusão.Na segunda-feira, Raul Gil rece-beu Ivete Sangalo no SBT e asgravações, pra variar, atrasaramum pouco. Pressão da Universalem cima, porque havia compro-misso ao vivo com o "CQC" naBand. Ivete fez três números, emo-cionou o Raul e, pontualmente,às 21h, seguiu para a Bandeiran-tes. No fim, deu tudo certo.

w O ALEMÃO É NOSSOCertamente, é o que a direção daGlobo está falando, no mínimo,considerando.Por absoluta precaução, a emisso-ra teve o cuidado de registrar comomarca o "Morro do Alemão",

usado na novela da Glória Perez.Fez isso antes que algum engra-çado o fizesse.

w ARQUIVO DO LEO O "Sportv Repórter", neste pró-

ximo sábado às 22h30, fará me-recida homenagem aos 80 anosde Leo Batista, completados emjulho. O programa vai mostrarmomentos importantes de sua car-reira e também depoimentos - "OLeo é a voz do esporte na televi-são brasileira", disse Boni.Além dele, Galvão Bueno, LuizRoberto e Cid Moreira. Em 65anos de profissão, no rádio e natelevisão, Leo Batista, vai co-mentar a notícia mais triste quedeu em sua carreira no jornalis-mo esportivo, a morte de Ayr-ton Senna.

w ESPECIAL DO REI - 1Com o título de "Reflexões", o es-pecial de fim de ano do RobertoCarlos, como uma homenagem aoRio, será levado ao ar no dia 25 dedezembro, depois de "Salve Jorge".Direção do Jayme Monjardim, comdireito a externas e a um show nosestúdios do Projac.

w ESPECIAL DO REI - 2Em função disso, Monjardim seráobrigado a se afastar um pouco dosprimeiros trabalhos de "O Caribeé aqui", título provisório da nove-la do Walther Negrão.Mas nada que signifique algumprejuízo. Estava tudo previsto.

w JORNALISMODesde a última segunda-feira,Cesar Filho assumiu a apresenta-ção, ao vivo, do "Jornal do SBT",às 7 da manhã.Está no lugar do Rodolpho Gam-berini, que agora será transferidopara outras funções.

w OUTRA COISACaso nada se altere até lá, a es-treia do novo estúdio-redaçãodo SBT deverá acontecer no dia15 de dezembro. Está tudo ar-mado para isso.A sua inauguração vai aconte-cer com a apresentação do"SBT Brasil".

w NADAA DECLARAR Se Cléo Pires está mesmo grávida,com dizem, ela ainda não se deu aotrabalho de comunicar ninguém daGlobo.O pessoal de "Salve Jorge", incluindoa autora Glória Perez, desconhece com-pletamente o assunto. Portanto, comobem diz o Milton Leite, segue o jogo.

w NÃO TEM DESCULPA - 1Num universo tão grande de interes-sados, não tem porque repetir perso-nagens em programas de uma mesmaemissora, caso do SBT, em tão curtoespaço de tempo. Este é um ponto.O outro é que quando ainda estavano "SOS Casamento", o diretor Ri-cardo Perez chamou ou autorizou apresença da convidada Sueli paraparticipar do programa. Esta grava-ção, editada, foi utilizada novamen-te em julho, na Eliana, no quadro"Família pede socorro".

w NÃO TEM DESCULPA - 2Agora, na direção do "Esquadrãoda Moda", o mesmo diretor Ricar-do Perez colocou a mesma Sueli,para receber orientações de comodeveria se vestir.Ou ele esqueceu rapidamente damoça ou foi descuidado, achouque ninguém ia perceber. Fato éque pegou mal. Será que no SBTnão existe ninguém cuidando doconteúdo?

Div

ulg

ação

Page 19: FLIP  07/11/2012

Outro ponto que merece aten-ção redobrada é o trânsito deNatal. Nos dias atuais, só a frotade carros na capital é de 171.467unidades. Em média, 30 mil novosdesses ‘objetos de desejo’ são ven-didos por aqui todos os anos. Se-gundo informações da indústriaautomobilística, para cada carronovo que chega às ruas, outrastrês pessoas adquirem outros usa-dos. O resultado dessa matemáti-ca resulta nos engarrafamentos jáexperimentados pelo natalense emvárias vias urbanas. Mas a ven-das de veículos ainda se torna maisassustadora, quando se pensa nafalta de investimentos no trans-porte público.

Não há licitação vigente parao setor, que possibilite maior con-corrência e disponibilidade de maisônibus. Por outro lado, os empre-sários reclamam da falta de subsí-dios para que o preço das passa-gens sofra redução. À espera desoluções, estão quase 500 milusuários de ônibus e trens urba-nos. Em 2012, esta fatia da popu-lação sofreu com dois grandeseventos relacionados à má-quali-dade do transporte. Primeiro, veioa greve dos rodoviários, em maio.Depois, ‘a revolta do busão’, naqual os movimentos estudantis pa-raram o trânsito da zona Sul deNatal. O que ambas situações dei-xam bem claro é que a Prefeituraprecisa investir em vias e em trans-porte alternativo. Hoje, são apro-ximadamente 650 ônibus distri-buídos em 90 linhas para atendertoda a cidade. O sistema alterna-tivo conta com apenas 120 vanscadastradas.

A boa notícia é que foi divul-gado esta semana a empresa ven-cedora do edital de compras deVeículos Leves sobre Trilhos(VLT's). Trata-se da Bom Sinal In-dústria e Comércio Ltda, cuja pro-posta de entrega de 12 VLTs paraNatal e oito para João Pessoa foia vencedora no processo de licita-ção aberto pela Companhia Brasi-leira de Trens Urbanos (CBTU). Amá notícia é que, a despeito dareadequação da malha férrea nata-lense que já está em obras, os doisprimeiros desses veículos sódevem entrar em funcionamentoem junho de 2014. E o pior, so-mente a linha que circula da esta-

ção da Ribeira até Extremoz serácontemplada inicialmente. Ceará-mirim, que também faz parte destalinha, e a que segue da Ribeira atéSão José de Mipibú só podem so-nhar em receber o VLT por voltade 2016. Não há notícia da expan-são da malha férrea na cidade.

Com isso, a nova vedete cons-tatada durante a campanha eleito-ral foram promessas de instalaçãodo Bus Rapid Transit (BRT). Em

português bem claro, esse é siste-ma de ônibus biarticulados que re-cebem de uma única vez até 270passageiros do sistema convencio-nal e se locomovem em vias ou emfaixas exclusivas para eles, situa-ção ainda inexistente em Natal. Osistema foi criado em Curitiba, em1974, e já foi exportado para cida-des como Goiânia, Rio de Janeiro,São Paulo, Paris, Bogotá (na Co-lômbia) e Jacarta (na Indonésia),

onde a densidade demográfica émuito maior que a nossa. Essescentros, já apresentam resultadossignificativos no que tange ao trans-porte de passageiros. Segundodados técnicos apurados na inter-net, para cada quilômetro criadopara linhas de VLT, os custos vãode 20 e 30 milhões de dólares. En-quanto o BRT pode ser adquiridopor valores que variam entre 7 e 15milhões de dólares.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 7 de novembro de 2012

Cidade

Quando se trata de educação,a situação não é menos dramáticana capital do RN. Em 2010, havia64.017 meninos e meninas de zeroa quatro anos de idade que deve-riam estar matriculados em Cen-tros Municipais de Educação In-fantil (Cemei's). No entanto, deacordo com os dados do Censo,apenas 18.608 estavam de fato fre-quentando creches, por exemplo.Como esses são dados gerais, aconta também abrange os alunosda rede privada.

Ainda pelos demonstrativos doIBGE o Município tinha, em 2010,137.310 crianças e adolescentes nafaixa etária de 4 a 14 anos, idade es-colar adequada para o Ensino Fun-damental. No entanto, a Prefeiturado Natal mantém apenas 18 esco-

las para todo esse contingente. Nãoà toa, pelo Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Ideb)avaliado pelo Ministério da Educa-ção, nossa cidade ficou com a pon-tuação 4, ficando em melhor posi-ção, entre as capitais, do que Salva-dor, Maceió e Aracaju no que dizrespeito às séries iniciais de ensino.A meta era se chegar pelo menos a4,1, e o índice satisfatório é 5.

Florianópolis, que certamente -de acordo com a ONU - será a ci-dade de maior crescimento popula-cional até 2025, ficou no topo tam-bém do ranking do Ideb, com pon-tuação máxima. O desempenho dacapital catarinense nas séries finaisdo ensino fundamental foi maisfraco e pontuou apenas 4,6, fazen-do "Floripa" despencar para a sexta

posição. Todavia, muito pior do queela está Natal, com 3,2 pontos eainda entre os piores resultados dopaís. Mais uma vez aquém da metaestabelecida, que estava na casa dos3,5 pontos.

Para a professora Cláudia SantaRosa, "é preciso que se garanta, porexemplo, o quadro completo deprofessores, a frequência e pontua-lidade dos mesmos, materiais di-dáticos e tecnologias adequadaspara a oficina de cada área de co-nhecimento. Biblioteca escolar fun-cionando com um bom professormediador de leitura, é essencial. Asescolas que saíram-se bem no IDEBsempre atribuem ao trabalho de pro-moção da leitura literária comosendo um dos 'segredos' para osbons resultados.".

Natal terá 3º maior crescimentoentre capitais até o ano de 2025

VINÍCIUS SILVA

REPÓRTER

Pela projeção feita a partir deestudos da Organização das Na-ções Unidas (Onu), em 13 anos apopulação da região metropolita-na de Natal será de aproximada-mente 1,5 milhão de habitantes.Hoje, esse número ainda está 15%menor, ou seja, na casa de 1,3 mi-lhão de pessoas; só o contingen-te da capital responde, atualmen-te, por 803.739 moradores.

Ainda de acordo com a Onu,de 1990 até 2025, a metrópoleterá crescido 123,27%, o que acolocará atrás somente de Floria-nópolis e Brasília, em inchaço po-pulacional ascendente. Nessemesmo estudo, revelou-se que ci-dades como Rio de Janeiro e SãoPaulo registrarão aumento demo-gráfico menor que centros urba-nos mais ‘afastados’, mas aindaassim, aquelas estarão no topoentre as cidades mais populosasdo país. Isso demonstra certo es-gotamento carioca e paulistanoem atender tanta gente.

De outra sorte, não tem comofugir da pergunta: como estare-mos vivendo até lá? Perguntaoportuna, aliás, considerando queos próximos gestores municipaisdos dez municípios que compõema Grande Natal acabaram de sereleitos. Caberá a eles por em prá-tica obras estruturantes básicas,que atendam a população de hojee ainda possam operar com folgapara receber os novos habitantesque virão.

Assim, a temida questão exis-tencial de ‘será que Natal vai re-ceber bem jogos e turistas naCopa do Mundo de 2014?’ podenem ser tão nebulosa. Pelo con-trário, soa até como otimista de-mais, já que é um evento esporá-dico. Ao contrário do cotidiano dofuturo, quando teremos conse-quências reais devido a tantagente vivendo aqui. Se a média decrescimento demográfico daqui

para a frente se mantiver namesma das duas últimas décadas,ou seja, 15%, chegaremos a ter-ceira década deste milênio com onúmero de 924.382 natalenses. E

aí, só muito planejamento parafechar as contas.

O JORNAL DE HOJE faz umlevantamento de como anda o de-sempenho atual do município nos

campos da Saúde, Transporte eEducação. A leitura fica como su-gestão para aqueles que queremcobrar de seus governantes e nãosabem por onde começar.

Metrópole: crescimento populacional da capital do Rio Grande do Norte ficará atrás somente de Florianópolis e Brasília

Um dos principais calos a seremresolvidos é o estado de calamida-de em que se encontra a Saúde domunicípio. A Constituição Federal,em sua Emenda nº 29, dispõe queos municípios deveriam investir de15% a 20% do seu orçamento nosetor. Em 2010, esse investimentojá atingiu os 20%, ou R$ 140 mi-lhões de acordo com os dados dorelatório de gestão da própria Se-cretaria Municipal de Saúde (SMS).E ainda assim, não deu jeito. Já oInstituto Brasileiro de GeografiaEstatística (IBGE), contabilizou em2010, 69 unidades de saúde man-tidas pelo município. Incluam-seaí apenas dois hospitais (dos Pes-cadores e Leide Morais); 55 unida-des básicas de saúde; quatro poli-

clínicas; duas maternidades/unida-des mistas; além de uma Unidadede Pronto-atendimento (UPA). En-quanto isso, Mossoró, que não temnem metade da população daqui,já tem duas UPAs.

Na vizinha Parnamirim, a po-pulação de pouco mais de 202 milhabitantes - quatro vezes menorque a de Natal - conta com 35 equi-pamentos municipais de saúde, ouseja metade da quantidade da capi-tal. Os 87 mil são-gonçalenses dis-põem de 27 unidades. Já com rela-ção ao Serviço de Atedimento Mé-dico de Urgência (Samu), a priori-dade deve ser de expansão de basesque atendem melhor os nove mu-nicípios do entorno da capital. Nataltem sua própria unidade do Samu.

Ao visitar o sítio eletrônicoda SMS, o usuário encontra o do-cumento virtual "(Re)desenhan-do a rede de saúde na cidade doNatal", em que se pode conferiro seguinte trecho: "De acordo coma Portaria GM nº 1.101 de 11 dejulho de 2002, o número de lei-tos recomendado é de 2,5 a 3,0por 1.000 habitantes. De acordocom o Plano Diretor de Regiona-lização-PDR, o município deNatal é referência para todo o Es-tado, sobretudo em alta comple-xidade, disponibilizando 1907 lei-tos para os seus munícipes e paraos referenciados". Se considerar-mos só a população local de hoje,já há um déficit de 102 leitos hos-pitalares na ‘Cidade do Sol’.

Saúde pública é um desafio

Trânsito ganha 30 mil carros por ano

Gestores terão muito trabalho para conseguir, pelo menos, minimizar o caos que o trânsito de Natal representa

Educação também é problemática

Fotos: José Aldenir

Page 20: FLIP  07/11/2012

O homenageado hoje é GE-ROLD GEPPERT, ícone na defesado meio ambiente, repetia semprea frase: "A resposta de tudo está naNATUREZA. Basta compreende-la!". Expert internacional na clas-sificação do algodão fibra longa,foifundador de uma grande empre-sa exportadora algodoeira Nata-lense. Geólogo autodidata realizoupesquisas sobre caulim, em con-junto com a Universidade Federaldo RN. 1978 foi agraciado, porunanimidade, pela Câmara Muni-cipal com o título de CidadãoNorte-Riograndense.

“A RESPOSTA DE TUDO ESTÁ NA NATUREZA. BASTA COMPREENDE-LA!"

"GEROLD GEPPERT- nasceuem Bremen, cidade ao norte da Ale-manha, aos 15 dias de maio de1934, filho único de Karl Geppert,maquinista-chefe de trem, e Frieda-Geppert. Teve uma infância humil-de até os 5 anos, dentro da realida-de de um País que se recuperava da1ª guerra mundial. Em 1939, como início da 2ª guerra mundial, tudoficou mais difícil. Um fato marcoua família, uma bomba caiu em fren-te à sua casa, mas por sorte não ex-plodiu. Em 1943 ocorreu uma eva-cuação de todas as crianças de suacidade, que foram albergadas emfamílias no sul da Alemanha. Lápassou 2 anos, longe de casa e dosseus pais, e foi obrigado a trabalharno açougue da família hospedeira,onde adoeceu e quase faleceu. Seupai, servindo à Cruz Vermelha, ecruzando o país no comando detrens, teve a chance de visitá-lo al-gumas poucas vezes.

Em 1945, com o fim da guer-ra, ele pode voltar para casa e parao convívio dos pais. Passou a sededicar aos estudos e ao esporte.Tornou-se líder de turma e inte-grante da seleção de handebol da ci-dade de Bremen. Ávido por conhe-cimento, passou a desenvolver oseu lado artístico aos 16 anos, pin-tando quadros e entalhando gravu-ras. Seu lado naturalista aflorou nasviagens com os amigos, onde pra-ticou alpinismo, escalando a maiormontanha da Alemanha, o Zugs-pitze com 3.000 metros de altura.

Com as Universidades fecha-das ou destruídas, o seu sonho dese tornar Guarda Florestal, cursouniversitário na Alemanha, foi im-possível de realizar. Sendo assim,ingressou com 17 anos de idade,na internacionalmente conhecidaBolsa de Algodão de Bremen, fun-dada em 1872. A atividade ligadaao mercado exterior, o atraiu paraconhecer o mundo. Em 1953, com19 anos, concluiu seu curso e tor-nou-se expert em algodão fibralonga, apto a trabalhar na classifi-cação internacional da compra dealgodão.

Em 15 de junho de 1955, logoapós completar 21 anos, foi envia-do ao Brasil, pela firma FürstPa-penburg&Co.GmbH, onde traba-lhava, para comprar algodão brasi-leiro e paraguaio, em parceria coma empresa Steves Irmãos S.A.

Após 28 dias de viagem denavio, chegou a São Paulo, semfalar português. Lá morou por 2anos, período em que veio váriasvezes à Natal, pois o melhor algo-dão de fibra longa brasileiro eraproduzido no RN.

Em 1957 voltou para Alema-nha. Lá recebeu um convite paragerir as exportações de uma em-presa algodoeira Natalense. Acei-tou e mudou-se para Natal em 1958.Por seu dinamismo e trabalho, estaempresa tornou-se uma das maio-res exportadoras de algodão empouco tempo.

Desligou-se do seu 1º empregona Alemanha (FürstPapenburg),mas até hoje, por reconhecimento,pode-se encontrar uma pintura sua,na parede da sala da Diretoria daempresa em Bremen, fundada em1928, que já está na 3ª geração. Apintura Chama-se a "colhedora dealgodão com seu fardo".

Em Natal fez vários e bons ami-gos. Alguns inclusive com bemmais idade, a exemplo de ManoelAugusto Bezerra de Araújo e An-tônio Ferreira de Souza. Neste pe-ríodo conheceu Rosa Lúcia Serra-no, com quem se casou em 1960.De família de religião Luterana,para casar-se na igreja Católica teveque ser batizado, sendo o celebran-te o então Pe. Nivaldo Monte, quese tornou também seu amigo.

Seu espírito naturalista e em-preendedor, levou-o a comprar umacasa de veraneio na praia de AreiaPreta, para casar. Reformou-a, e

junto com sua esposa, formaram oprimeiro casal a morar definitiva-mente naquela praia.

Em 1962, fundou a sua própriaempresa, a GERNA ltda. (GERold-NAtal), e partiu com seu empreen-dedorismo a desenvolver ativida-des em várias áreas.

Em 1964, comprou uma gran-de área de terra, onde promoveuloteamentos, que viraram três bair-ros de Natal e um bairro de Ma-caíba. Também terras de sua pro-priedade foram negociadas para aconstrução do primeiro ConjuntoHabitacional de Natal - A Cidadeda Esperança, outro bairro.

Na década de 60, como agenteda Lufthansa em Natal, procuroucolaborar e incentivar a conexãoaérea do RN com a Alemanha, viaRio de Janeiro.

Geólogo autodidata, desenvol-veu pesquisas de caulim em con-junto com a Universidade Federaldo RN, onde montou um labora-tório da Gerna, com equipamentosimportados por ele da Alemanha.Grandes empresas internacionaisse interessaram em instalar umaunidade de beneficiamento aqui,mas não obtiveram as condiçõeslocais para tanto.

Desprendido e sempre basean-do-se em seu lema: "Devemos me-lhorar o ambiente em que nós vi-vemos!", tomou atitudes pouco co-muns para um homem de negócios,

mas perfeitamente compreensíveispara os que querem colaborar como desenvolvimento da cidade e suapopulação. Dentre elas, doou desua piçarreira, 100.000 m³ de pi-çarra para a Prefeitura do Natal, eprojetou seu loteamento pensandono futuro, com arruamento de 20metros de largura, enquanto a lei sódeterminava 10 metros.

A citada doação começou nagestão do Prefeito Tertius Rebello,quando o mesmo lhe confidenciouas dificuldades que enfrentavacomo Prefeito. O que possibilitoua Prefeitura piçarrar grande parte daperiferia da cidade, inclusive parteda Av. Bernardo Vieira. Outras ges-tões continuaram a receber gratui-tamente a piçarra, mas na adminis-tração do Prefeito Vauban Bezerra,uma outra grade ajuda à Natal e asua população, foi a doação de todaa piçarra para o primeiro prolonga-mento da Av. Prudente de Morais,no trecho entre o Hospital da Polí-cia Militar e o Estádio de FutebolCastelão, servindo como base parareceber posteriormente o asfalto.

Em 1959, com 25 anos, ini-ciou suas atividades diplomáticascomo Representante Consular daAlemanha no RN e posteriormen-te Cônsul Honorário. Durante maisde 40 anos atuou na função diplo-mática, enviando jovens Potigua-res para estudar em universidadesalemãs, trazendo doações da Ale-

manha para a UFRN, escolas, or-questra sinfônica, entidades bene-ficentes, Igreja, etc. Participou davida cultural da cidade trazendoexposições, artistas e músicos ale-mães, para se apresentarem no Es-tado. Foi o responsável local porentidades alemãs, em missões depesquisa aeroespacial desenvolvi-da em conjunto com o Campo deLançamento de Foguete da Bar-reira do Inferno.

Em 1971, nasceu seu únicofilho, Axel.

Em 1978 foi agraciado, por una-nimidade, pela Câmara Municipalcom o título de Cidadão Natalense.

Em 1979, tornou-se agropecua-rista. Visando a melhoria genéticado rebanho bovino do Estado, com-prou em Minas Gerais e trouxe parao RN um plantel fechado de gadoguzerá, com uma seleção genéticainiciada em 1910, tornando-se pio-neiro na seleção desta raça no Es-tado do RN.

Na fazenda adquirida para cria-ção do gado, havia um engenhode rapadura e uma olaria de tijo-los brancos, atividades que ele deucontinuidade. Mas o mais impor-tante, a propriedade tinha 80 ha. deMata Atlântica, e ele pôde se tor-nar "Guarda Florestal", porém desua própria mata, conservando-amuito bem.

Em tantos anos de Brasil, e afi-cionado pela arte indígena, fez ami-

zade com índios Zorós e Xavan-tes, e teve grande ligação com aFunai. Suas viagens pelo país pos-sibilitaram formar uma expressivacoleção de artefatos indígenas, queparticipou de exposições na Ale-manha. Uma delas, para qual foiconvidado, foi divulgada pelo go-verno alemão em 5 idiomas. Hojeeste acervo encontra-se em uma ga-leria em Bremen.

Também colecionou moedas,pinturas, prestigiando artistas na-talenses, e formou uma eclética bi-blioteca. As livrarias sempre fa-ziam parte de seu roteiro de via-gens. Falando alemão, português einglês fluente e sem sotaque, alémde se comunicar em espanhol, fran-cês e italiano, também estudou deforma autodidata a astrologia.

Como enxergava 10, 20 anosna frente, às vezes se impacienta-va com a forma como das coisas ca-minhavam. Mas as dificuldades queapareceram ao longo da sua vida,sempre enfrentou com muita dig-nidade. Virava a página e continua-va a luta pelo bem da vida.

Do casamento de seu filhoAxel com Michelle, nasceramseus netos Erik e Karen, que en-cheram de muita alegria e reali-zação a sua vida.

Ele era alegre e comunicativo,adorava crianças e gostava da boamúsica e da boa mesa. Adorava re-ceber bem em sua casa com sua es-

posa. Tinha um temperamento forte,mas era muito sensível, humano,cuidadoso, honesto, e correto coma família, o trabalho e os amigos.Era um bom enxadrista e gostavatanto de jogar, que certa vez passouum ano jogando uma partida porcorrespondência com seu tio daAlemanha.

Sempre ajudou os amigos, compalavras e financeiramente quan-do necessitavam. Era extremamen-te generoso, principalmente comos mais humildes e idosos. Sempreprocurou ajudar as pessoas que seaproximavam no seu caminho devida. Este é um testemunho decla-rado por diversas pessoas nos seusúltimos anos de vida e após o seufalecimento.

Sua última alegria foi ver seufilho Axel, nomeado Cônsul Ho-norário da Alemanha no RN, emseu lugar.Para ele a família estavasempre em primeiro lugar.

Aos 76 anos partiu deixandoum exemplo de garra, perseveran-ça e honestidade.

Frase dele, que sempre repetia:"A resposta de tudo está na NA-TUREZA. Basta compreende-la!"(GeroldGeppert)

Este foi o nosso querido e ines-quecível pai e esposo Gerold."

Axel e Rosa Lúcia SerranoGeppert - Filho e Mãe

UM POTIGUAR QUE NASCEU NA ALEMANHA!

Foi na então paradisíaca AreiaPreta que, saindo da adolescênciaconheci o jovem e belo casal RosaLúcia/Gerold, que montando seuprimeiro "ninho" à beira mar torna-ram-se vizinhos nos nossos vera-neios... Eles fixando residência de-finitiva no local, encantados pelacanção do mar e das palhas de co-queiros...

A grande afinidade entre Ge-rold e meu pai - Manuel AugustoBezerra de Araújo gerou uma ami-zade - legado de todos nós! Torna-ram-se grandes amigos e muitasvezes pareciam pai e filho. Não eraincomum que tivessem conversaslongas, sentados nas areiasà frentede nossa casa. Discutiam, se acon-selhavam mutuamente e, nós, os fi-lhos de Maneco - como lhe cha-mava , seguindo o modelo familiar- acolhíamos Gerold como um pa-rente muito querido, um quaseirmão.

Rosa Lúcia e Gerold foram par-tícipes da tessitura de muitos dosmeus projetos de vida! Como eudos deles, dentre os quais o desejode ter filhos.Quando Axel nasceu,ele saiu da Maternidade diretamen-te para a casa de meu pai: pude vera alegria maior da vida de Geroldem sua face, e não hesitei em lhemostrar um espelho para que eletambém guardar a imagem das maisfortes que tenho na memória.Tomou meu pai para padrinho dorebento e ali reafirmaram o bemquerer, que se perpetua nos que lhesucederam...

Conheci o primeiro ambienta-lista na pessoa desse amigo queri-do! Já à época - nos idos dos anos60 - pensava em preservação domeio ambiente.

Gerold tornou-se um potiguaramante extremado dessa nossa -hoje! - maltratada terrinha, tendotomado atitudes generosas em favorde Natal! E não foi a toa, pois co-nheceu o que tínhamos e temos demelhor, da forma acolhedora donosso povo até o bom algodão quetambém se foi.Falar sobre amigonão é fácil; sobre amigo que se foimais difícil ainda. Mas o papel éfrio, muito frio para repassar asemoções vivenciadas entre as duasfamílias amigas.Daí porque não mealongo. Digo ainda que GeroldGep-pert marcou sobremaneira a nossavida familiar e sou-lhe grata, muitograta, por seu papel na vida de meupai, bem como na nossa."

Margarida Seabra de Moura- amiga.

HOMEM GENEROSOE GRANDE AMIGO

"Diante da nossa amizadeacompanhei de perto sua vida emNatal e as ações em que se envol-veu que foram citadas por Lucinhae Axel. Posso acrescentar ainda oseu interesse por pedras preciosase semi-preciosas assunto que eledominava bem e conhecia aqui noEstado onde estavam localizadasas jazidas.Gerold, foi uma grandefigura, acima de tudo era umhomem generoso e grande amigoque eu tive”.- Pery Lamartine -amigo.

Érika [email protected]

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 7 de novembro de 2012

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