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BNDES: A Diminuição do gigante – parte 2

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BNDES: A DIMINUIÇÃO DO GIGANTE

BNDESPAR

Holding criada para administrar as participações

detidas pelo banco de fomento. As aquisições de

participações ocorrem por meio da aquisição de

ações ou debêntures conversíveis.

OBJETIVOS DO BNDESPAR

• Realizar operações visando a capitalização de

empreendimentos controlados por grupos

privados, observados os planos e políticas do

BNDES;

• Apoiar empresas que apresentem perspectivas

adequadas de retorno para o investimento, em

condições e prazos compatíveis com o risco e a

natureza de sua atividade;

• Auxiliar o desenvolvimento de novos

empreendimentos, onde se incorporem novas

tecnologias;

• Contribuir para o fortalecimento do mercado de

capitais, por intermédio do acréscimo de oferta

de valores mobiliários e da democratização da

propriedade do capital de empresas;

• Administrar carteira de valores mobiliários, tanto

próprios como de terceiros.

FINAME

É uma linha de financiamento para produção e

aquisição de máquinas, equipamentos e bens de

automação que sejam novos, de fabricação nacional

e credenciados pelo BNDES.

OBJETIVOS DO FINAME

• Atender às exigências financeiras da crescente

comercialização de máquinas e equipamentos

fabricados no país;

• Fomentar a expansão da produção nacional de

máquinas e equipamentos, mediante facilidade

de crédito aos respectivos produtores e aos

usuários;

• Financiar a importação de máquinas e

equipamentos industriais não produzidos no

país;

• Auxiliar a exportação de máquinas e

equipamentos industriais de fabricação brasileira.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social),

fundado em 1952, tem atuado como o principal

instrumento do governo brasileiro para fornecer o

financiamento de longo prazo. Em situações de crise

econômica, o Banco também tem sido utilizado como

instrumento anticíclico.

Nos últimos anos, o banco atuou em máxima potência

como instrumento de política econômica, financiando

diversos programas do governo federal e empresas de

grande porte; período durante o qual foi implementado a

politica das “campeãs nacionais”.

VISÃO GERAL

Em 2020, um dos grandes temas que continuará no radar dos investidores no mercado de capitais brasileiro será a

diminuição da carteira de investimentos do BNDES, em especial, a redução de suas participações em empresas listadas na B3.

Neste relatório, fornecemos uma lista abrangente das participações do BNDES em companhias deste tipo. Destacamos as

pretensões da instituição para o próximos anos, assim como as empresas com maior potencial de venda. Nesta frente,

analisaremos as vendas de Petrobras, JBS, Marfrig, Copel e Tupy.

BNDES

BNDESPAR FINAME

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ATUAÇÃO DO BNDES AO LONGO DOS ANOS

BNDES E GOVERNOS

De 2016 a 2018, o BNDES emprestou R$ 65,9 bilhões, uma queda de -67,8% no comparativo com o total emprestado entre 2010 e 2012,quando houve maior volume de empréstimos pelo banco.

Durante os governos petistas de Lula (2003-2010) e Dilma

(2011-2016), o BNDES foi utilizado, principalmente, como uma

ferramenta para implementar políticas de cunho anticíclico. O

intuito era estimular – em um ambiente de deterioração

econômica global – algumas empresas de importantes setores

da economia brasileira para torná-las mais competitivas no

mercado global.

As “campeãs nacionais”, como ficaram conhecidas as empresas

escolhidas pelo banco, receberam um fluxo de benefícios de

duas diferentes ordens. Houve, primeiro, o aporte de capital na

medida em que o banco elevava sua participação via compra de

ações por meio do BNDESPar e, simultaneamente, eram

oferecidas crédito a taxas subsidiadas (TJLP). Isto é,

artificialmente abaixo da Selic (ver gráfico Selic e TJLP). Se por

um lado a valorização da carteira do BNDESPar gerava um fluxo

positivo de rendimentos para o governo, por outro o crédito

subsidiado significava assumir um fluxo de perdas financeiras,

pois o governo contraia dívida a uma taxa maior do que a

cobrada ao emprestar.

Para realizar isto, o governo federal, por meio do BNDES,

executava um esquema de repasse de recursos advindos do

Tesouro Nacional. Ao longo dos anos, a transferência de

recursos ocasionou uma dívida de R$ 500 bilhões até 2016. De

2011 a 2015, o BNDES emprestou R$ 317,3 bilhões, sendo

43,4% deste valor destinado às 10 maiores tomadoras de

recursos do banco.

Por mais que esta política de investimento tenha, de fato,

valorizado as empresas que usufruíram do aporte de capital e

crédito subsidiado, ela criou distorções econômicas. Primeiro,

como estes subsídios ficaram concentrados em um pequeno

grupo de grandes empresas, outras de pequeno e médio porte

não conseguiram implementar projetos de produção na mesma

intensidade, exacerbando lacunas de produção em uma época

em que a economia começava a desacelerar. Este problema se

intensificou na medida em que empurrou bancos privados, que

não conseguiam competir com a TJLP, para a beira do mercado

reduzindo a disponibilidade de crédito de longo prazo. Além

disso, contribuiu de forma significativa para piorar o resultado

primário do governo, tornando a dinâmica do endividamento

público explosiva e reduzindo a disponibilidade de recursos

discricionários que poderiam ter sido gastos em capital público

para elevar a produtividade potencial das firmas.

Uma mudança de estratégia foi implementada após o

impeachment de Dilma, quando Temer assumiu a presidência.

Além de criar uma linha de crédito para capital de giro com

foco em pequenas e médias empresas, Maria Marques,

presidente do banco baixo na época, redefiniu o modo de

cálculo da taxa de juros de longo prazo (TJLP), deixando-a mais

em linha com as dinâmicas do mercado de crédito privado e

reduzindo o montante de crédito ofertado às “grandes

campeãs”, além de focalizar empréstimos em planos

empresariais com maior retorno social.

Em outras palavras, a equipe do BNDES reduziu as distorções

criadas pelos subsídios concedidos durante governos anteriores,

enquanto a redução da Selic pelo Copom a partir de 2016,

durante a gestão de Ilan Goldfjan também foi fundamental para

realizar a diminuição das distorções econômicas.

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2004-2006 2007-2009 2010-2012 2013-2015 2016-2018

Empréstimos BNDES (R$ MM)

Empréstimos (R$ MM) Variação (%)

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2007-2009 2010-2012 2013-2015

Investimentos BNDESPar

Investimentos (R$) Variação (%)

Fonte: BNDES. Elaboração: Guide Investimentos.

Fonte: BNDES. Elaboração: Guide Investimentos.

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2008 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2018 2019

Selic e TJLP

TJLP Selic

Fonte: Bloomberg. Elaboração: Guide Investimentos.

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BNDES: A DIMINUIÇÃO DO GIGANTE

O ATUAL COMANDANTE DO BNDES: NOVATO EXPERIENTE

Como o processo de privatizações e ajustes fiscais é árduo,

demorado e burocrático, o ministro da economia, Paulo

Guedes, constantemente frisa a importância de acelerar o

pagamento da dívida que o BNDES tem com o Tesouro. A

transação funcionaria como uma espécie de alívio de curto

prazo para as finanças públicas (no sentido de reduzir a

dívida), enquanto as novas PECs fiscais tramitam no

Congresso Nacional.

O cronograma inicial do governo previa um pagamento de

até R$ 100 bilhões do BNDES para o Tesouro Nacional.

Felizmente, o BNDES cumpriu e ultrapassou sua meta ao

executar um pagamento de R$ 132,1 bilhões em 2019,

onde R$ 126,6 foram direcionados para a amortização da

dívida, enquanto os R$ 9,6 restantes foram na forma de

dividendos para a União. O pagamento abre as portas para

que o banco siga em frente com seu processo de

desinvestimento.

Reiteramos que o processo de pagamento da dívida não é

suficiente para atingir as metas fiscais preconizadas pelo

atual governo. É necessário, portanto, seguir em frente com

as medidas que visam sanar o precário estado das contas

públicas brasileiras.

CONTEXTO ATUAL

Gustavo Montezano

Gustavo Montezano, mestre em economia pelo IBMEC-RJ e engenheiro pelo IME-RJ,

tomou posse do cargo em julho de 2019, após desligamento próprio de Joaquim Levy.

Atritos entre o ex-presidente do banco e Bolsonaro ocorreram em função da nomeação

de Marcos Pinto, advogado que trabalhou como assessor da diretoria e chefe do

gabinete da fazenda durante o segundo mandato de Dilma.

Por mais que Montezano nunca tenha exercido cargo de grandeza na administração

pública, carrega consigo um respeitável currículo na esfera privada. Por boa parte de sua

carreira atuou como sócio do BTG Pactual, sendo diretor estatuário de 2011 a 2012 e

depois como membro do Comitê de Investimentos e de Riscos, ambos entre 2015 e

2019.

Logo após, tornou-se chefe AML (América Latina) e COO (Diretor de Operações) do

ECTP, braço do BTG Pactual que opera com foco no mercado de commodities. A pouca

experiência que teve na esfera pública foi como Secretário Especial Adjunto da

Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, onde trabalhou, ao

lado de Salim Mattar, em uma série de assuntos relacionados à relação econômica entre

as esferas pública e privada.

Com a aprovação da Reforma da Previdência em outubro de

2019 – que renderá cerca de R$ 800 bilhões em dez anos aos

cofres públicos –, o ano de 2020 deve contar com a

continuidade do ajuste fiscal. Agora que o principal gasto

obrigatório foi atacado, resta conter o crescimento das

despesas associadas ao funcionalismo público, a segunda maior

despesa pública (ver gráfico do orçamento). Naturalmente, a

implementação destas medidas visa gerar superávits primários

com o intuito de conter a dinâmica explosiva do endividamento

público (ver gráfico Dívida/PIB). Nesta frente, destacamos:

PEC Emergencial: cria mecanismos automáticos de contenção

de gastos – como a redução da jornada de trabalho e salários

dos servidores públicos – em casos de emergência fiscal para

respeitar o Teto de Gastos e a Regra de Ouro.

PEC dos Fundos: redireciona os recursos dos fundos

infraconstitucionais para seus respectivos entes federativos com

o intuito de amortizar a dívida pública.

PEC do Pacto Federativo: desobriga, desindexa e desvincula os

recursos da união, visando dar uma maior autonomia financeira

aos estados e municípios.

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Gastos do governo por categoria

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2014

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Relação dívida/ PIB (%)

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BNDES: A DIMINUIÇÃO DO GIGANTE

A estratégia do governo, junto ao BNDES, é elevar, por meio de, por exemplo, concessões e privatizações, a participação da esfera privada na

economia em detrimento da esfera pública. A estratégia corrobora a retórica do atual governo na medida em que enfatiza o processo de

crowding in, onde o setor privado e seus mecanismos e incentivos naturais, ao contrário do público, atuam como principal força por trás do

crescimento econômico.

Para a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, que é o órgão responsável pelo processo de ampliar a participação

da esfera privada na economia, o ano de 2019 teve algumas conquistas.

Na frente das desestatizações, o governo obteve R$ 78,6 bilhões, capitalizando grandes empresas como IRB e Belém Bioenergia . No que

tange às privatizações, estas ocasionaram um influxo de recursos para o caixa do governo, totalizando R$ 5,7 bilhões. A União concedeu

blocos aéreos da Infraero e terminais portuários da CODESP no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Por último, também executou

uma série de vendas de ativos naturais como os Campos de Enchova e Pampo e o Polo Macau, gerando um caixa adicional de R$ 11,9 bilhões.

Ao total, o Tesouro Nacional recebeu um montante igual a R$ 96,5 bilhões através destes processos de desinvestimento.

SOBRE AS PRIVATIZAÇÕES

BNDESPAR E VENDA DE ATIVOS

PETR3

A Petrobras, ao compor 40,69% da carteira do BNDESPar, é uma das

maiores participações do banco estatal. Conta com uma capitalização

de mercado que beira os R$ 52 bilhões, com mais de 7 bilhões de ações

(ordinárias) em circulação, fechando o ano de 2019 cotada a R$

32/ação. Atingiu um preço máximo de R$ 41,88 em 2007, onde passou,

depois, por um largo processo de desvalorização decorrente da crise

financeira de 2008, e, mais tarde, da recessão brasileira de 2014-2016.

Neste início de ano, sofreu uma pressão baixista devido às quedas

recorrentes no preço internacional do petróleo; fato que se consumou

em função das incertezas relacionadas à demanda chinesa e mundial

por petróleo devido à disseminação do coronavírus.

No follow-on que ocorreu em fevereiro, o banco ofertou 734,2 milhões

de ações ordinárias a um preço de R$ 30/ação, gerando uma receita de

R$ 22 bilhões para o BNDES. Por vender as ações por um preço R$ 8

acima de sua média histórica anual, a oferta representa um bom

negócio para o BNDES. Ademais, como forma de conter uma possível

pressão vendedora sobre o papel – algo que colocaria em ameaça os

fluxos de rendimentos projetados pelo banco – a compra das ações

contou com uma cláusula que somente permite a venda do ativo após

45 dias. O plano foi vender 20% deste montante para pessoas físicas e o

restante para investidores institucionais.

JBSS3

As ações da produtora de alimentos são o segundo ativo com maior

participação na carteira de ações do banco de fomento. Compõem

14,93% da carteira e tem uma capitalização de mercado de R$ 19

bilhões de reais. Ao longo de 2019, o papel da empresa apreciou uma

intensa valorização decorrente da alta no preço das carnes. O excesso

de demanda pelo produto no mercado chinês, decorrente da gripe

suína que eliminou boa parte da oferta de porcos, ocasionou uma

valorização de 28% da ação somente em 2019.

O plano inicial do banco era realizar o follow-on das ações em janeiro,

com o intuito de vender 290 milhões de ações, o que configuraria uma

oferta de R$ 7,8 bilhões. Caso tivesse se confirmado, a venda

corresponderia a cerca de metade da participação de 21,3% do banco

na companhia, equivalente a cerca de R$ 15 bilhões.

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Petrobras

Participação no Cap. da Cia (%, Dir.)

Preço ON 3 Dir.

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JBS

Participação no Cap. da Cia (%, Dir.) Preço ON (3)

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BNDESPAR E VENDA DE ATIVOS

MRFG3

Antes de ser vendida e não fazer mais parte da carteira do BNDES, a

produtora de alimentos compunha 1,81% da carteira, sendo a sétima

maior posição do banco.

Assim como a JBS, a Marfrig também apreciou uma intensa valorização

de seu papel decorrente do elevado preço das carnes nos mercados

internacionais. Ao todo, em 2019, o papel da companhia passou por

uma valorização de 82% e terminou o ano cotado a R$ 9,96. Com a

operação, o banco de fomento embolsou, no final de 2019, R$ 2

bilhões. No follow-on, a ação foi ofertada a um preço alvo de R$

10/ação, levemente acima de seu preço médio histórico anual. Ao todo,

o BNDES vendeu o total a fatia de 34% que detinha no frigorífico,

deixando de ter qualquer participação.

CPLE3

A empresa de energia elétrica é a sexta maior posição do banco de

fomento, cuja participação no capital da empresa beira os 24%. Do total

da carteira do BNDES, o ativo compõem 2,59%. O interessante notar

são: (i) a participação do banco não sofreu alterações relevantes ao

longo do período analisado e (ii) a partir de 2018, o preço do ativo

disparou ao sair do raio em torno dos R$ 20 para ser negociado

ligeiramente abaixo dos $70, tornando a venda da participação

extremamente atrativa.

Esta mudança repentina no preço do ativo repercutiu diretamente os

esforços de um novo time em 2019. Devido a maior autonomia

concedida, pôde implementar cortes relevantes de custos, realizar

alocações de capital com maior disciplina e fazer desinvestimentos em

ativos não relacionados ao core business. Assim, trimestre após trimestre

a empresa divulgou ótimos resultados; fato que refletiu uma melhora no

gap entre o EBITDA realizado e o regulatório, fomentando a demanda

pelo seu papel.

TUPY3

A participação do BNDES na empresa do setor de cadeia automobilística

não configura valor comprável às empresas mencionadas

anteriormente. É de apenas 0,51%. Sua venda, porém, torna-se

desejável na medida em que analisamos a evolução da cotação desde

2016. Desde então, o preço do ativo aumentou em mais de 150%,

terminando o ano de 2019 cotado aos R$ 25.

A valorização observada a partir de 2016 se deu, principalmente, em

função de dois fatores. O primeiro foi a valorização do dólar. Como a

empresa tem forte atuação no setor externo (86% das vendas), a

apreciação da divisa americana impulsiona as receitas, o que eleva os

resultados financeiros da companhia. O segundo fator foi a aquisição de

sua principal concorrente, a Teksid. A aquisição eleva a fatia de mercado

da companhia, criando condições favoráveis para a evolução da

demanda pelos seus produtos. Naturalmente, além de elevar as

quantidade vendidas, o movimento também pode gerar uma elevação

nos preços dos produtos ofertados.

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Copel

Participação no Cap. da Cia (%, Dir.) Preço ON (3)

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Marfrig

Participação no Cap. da Cia (%, Dir.) Preço ON 3

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Tupy

Participação no Cap. da Cia (%, Dir.) Preço ON (3)

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Para as estatais, principalmente Eletrobrás, o processo é ainda

“moroso”, diante dos diversos questionamentos com relação ao

modelo ideal de privatização. Ainda em 2017, o Ministério de

Minas e Energia (MME) divulgou uma proposta para privatizar a

estatal em um modelo similar ao da Embraer e ao da Vale. Nele,

haveria um aumento de capital, diluindo a participação do

governo. Entre os principais pontos do modelo proposto, pode-

se destacar:

(i) ativos no segmento de geração seriam renovados em uma

nova concessão por mais 30 anos, por meio do pagamento de

uma taxa de outorga;

(ii) o governo teria uma golden share para indicar um membro

ao conselho de administração, com direito de veto a alguns

aspectos estratégicos da cia;

(iii) direito de um único acionista seria limitado a 10% da

participação do capital social da Eletrobrás;

(iv) a Eletronuclear e Itaipu teriam uma reestruturação

diferenciada para manter o controle ainda sob o governo.

Acreditamos que este modelo seria bem recebido pelo

mercado (caso o novo governo mantenha tal estratégia). O

processo será longo, e há diversas barreiras a serem

enfrentadas, em especial, relacionadas a aderência de capital

político para avançar com o plano.

ESTATAIS ESTRATÉGIA DO BANCO PARA OS PRÓXIMOS ANOS

A estratégia do banco de fomento para os próximos anos foi

delineada ao traçar a evolução das cinco metas da atual

administração. Primeiro, esperamos a continuidade do processo

de desinvestimentos do BNDESPar e do pagamento de dívidas

ao Tesouro. Além disto, a atual administração dará sequência

ao aumento da transparência por meio da criação de um hotsite

e reforçará sua atuação com banco de serviços (Plano Trienal),

na medida em que fortalecerá o vínculo com as agências do

Estado brasileiro para amplificar seu impacto sobre a provisão

de serviços para a população com ênfase no saneamento, nas

rodovias e no imobiliário . Simultaneamente, auxiliará o

governo federal no processo de privatizações.

Como este relatório visou compreender o comportamento do

BNDESPar, vale dissecar as mudanças referentes a atuação no

mercado de capitais. Além de acelerar as vendas da carteira, o

novo normativo prevê uma mudança na forma de avaliar e

calcular os preços justos pelo qual os ativos devem ser

vendidos. Agora, além de utilizar o método do fluxo de caixa

descontado, emprega o uso de múltiplos de mercado; valor

patrimonial; e métodos baseados em preços de mercado para

ativos líquidos. Acreditamos que essa mudança visa atualizar o

procedimento de avaliação de empresas, principalmente as de

tecnologia.

Além disto, haverá um aprimoramento no gerenciamento de

risco com a redução do VaR (Value at Risk) – uma métrica

financeira que mensura o grau de exposição ao risco de perda

de uma dada carteira –, visto que o atual patamar é

considerado elevado quando comparado com a outras carteiras

de mercado. De acordo com cálculos efetuadas pela própria

instituição, em uma escala de volatilidade, o perfil da carteira do

BNDES poderia ser caracterizado como agressivo, o que deixa

os recursos do banco excessivamente à mercê do

temperamento do mercado. Em termos comparativos, a

volatilidade da carteira do BNDES é superior a 91,5% dos

fundos avaliados na pesquisa.

Ademais, o novo normativo prevê um maior nível de

flexibilização na forma com a qual o BNDESPar efetua os

desinvestimentos, podendo optar entre oferta pública, venda

em pregão em bolsa de valores, fusões e aquisições, exercícios

de direitos contratuais ou legais e operações de balcão. Até

agora, a grande maioria dos desinvestimentos feitos em

empresas listadas foram efetuados por meio de ofertas

públicas.

Em suma, a reformulação dos métodos e estratégias do banco

visam reverter a função que exercia desde 2008. Ao invés de

fomentar um pequeno grupo de empresas de forma

desbalanceada, visa ampliar sua interação – utilizando os

recursos advindos dos desinvestimentos – com os segmentos

mais necessitados da economia de forma sustentável,

enfatizando a importância do “Social” em seu nome. A

devolução dos recursos ao Tesouro, por sua vez, cria uma maior

sinergia entre os objetivos do governo e as necessidades atuais

da economia, ampliando a recuperação da confiança e da

atividade econômica.

BNDES: A DIMINUIÇÃO DO GIGANTE

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Tabela de Ativos

PARTICIPAÇÕES - BNDES

Fonte: Bloomberg. Elaboração: Guide Investimentos.

EMPRESAEmpresa

(Ticker)POSIÇÃO %

VOLUME MÉDIO

NEGOCIADO

(20 DIAS ÚTEIS)

VALOR DE MERCADO

DA EMPRESA (R$ mil)

PETROBRAS PETR3 11.907.927

40,6252.640.000

51.927.929

JBS

JBSS3 581,768,948

14,9

337.000.000

19.055.218

VALE

VALE3 323,409,856

12,1

489.830.000

15.443.712

ELETROBRÁS

ELET3 141,751,359

8

101.640.000

10.214.470

SUZANO

SUZB3 150,283,500

3,9

124.230.000

5.026.275

COPEL

CPLE3 38,302,708

2,5

9.990.000

3.310.460

AES TIETÊ ENERG

TIET11 113,064,927

1

19.672.004

1.378.757

CEMIG

CMIG4 54,368,985

0,97

42.341.144

1.239.556

KLABIN

KLNB4 56,164,029

0,67

373.312

859.088

TUPY

TUPY3 40,643,637

0,57

21.017.344

729.178

EMBRAER

EMBR3 39,762,973

0,56

17.753.510

714.134

OURO FINO

SAUDEOFSA3 6,614,148

0,19389.996.736

245.709

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EMPRESA Empresa (Ticker) POSIÇÃO %

VOLUME

MÉDIO

NEGOCIADO

(20 DIAS ÚTEIS)

VALOR DE

MERCADO

DA EMPRESA (R$)

Light SA LIGT3 19,149,408 9.39 R$ 48.525.216 R$ 4.353.992.181,00

Linx SA LINX3 9,677,693 5.82 R$ 59.950.404 R$ 6.369.633.168,00

Coteminas CTNM4 1,921,548 11.49 R$ 58.090 R$ 326.538.130,00

Triunfo SA TPIS3 8,958,400 5.09 R$ 533.726 R$ 292.160.000,00

Bombril SA BOBR4 5,739,883 16.85 R$ 85.919 R$ 121.104.677,12

Renova Energia SA RNEW4 1,553,830 17.78 R$ 573.755 R$ 97.442.080,00

Renova Energia SA RNEW3 778,34 2.36 R$ 367.396 R$ 373.009.726,44

Lupatech SA LUPA3 469,2 2.89 R$ 202.408 R$ 30.540.264,80

Quality Software SA QUSW3 223,931 25.99 R$ - R$ -

Altus Sistemas SA 0860271D 5,299,691 100.00 R$ - R$ -

All América Latina Logística SA ALLL3 83,207,381 12.10 R$ - R$ -

Nortec Quimica S/A NRTQ3 2,375,479 20.00 R$ - R$ -

JBS Foods International BV JBS US 581,661,101 .00 - R$ -

CTC SA CTCA3 119,949 15.03 R$ - R$ -

Rede Energia SA REDE4 67,615,763 10.58 R$ - R$ 14.322.807.424,80

IGUA SA IGSN3 20,478,163 10.56 R$ - R$ -

Copel Distribuicao SA 6167567Z 38,298,775 .00 R$ - R$ -

Fonte: Bloomberg. Elaboração: Guide Investimentos.

Tabela de Ativos

PARTICIPAÇÕES - BNDES

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Diretor executivo e tesoureiro do Citibank na Colômbia e no Brasil. Atuou como sócio sênior e CEO do

BR Partners Banco de Investimento S/A. Participou da fundação da Ulbrex Capital, gestora dedicada ao

mercado imobiliário. Foi diretor da ANBIMA. Integrou o Conselho de Administração da BM&F BOVESPA.

Exerceu os cargos de presidente, vice-presidente e membro do conselho de administração da BR

Properties S/A.

Diretoria

ANEXOS

Engenheiro de telecomunicações formado no IME. Mestre em engenharia pela UNB. Advogado e Pós-

Graduado em economia e finanças pela George Washington University. Especializações nas áreas de

Direito, Gestão de Riscos, Compliance e Produtos de Investimento. Foi oficial do Quadro de Engenheiros

Militares do Exército Brasileiro. Auditor Federal do TCU, aonde foi Diretor, Assessor de Ministro,

Secretário e Coordenador-Geral de Infraestrutura. Compliance Officer do Banco Safra.

Formado em Tecnologia da Informação pela PUC/RJ, pós graduado em Auditoria, Controladoria e

Contabilidade pela FGV/RJ, tendo concluído o Program for Management Development pela Harvard

Business School. Diretor Administrativo Financeiro da AGEO Terminais e Armazéns Gerais S.A. Gerente de

Planejamento e Governança, Diretor Financeiro e Diretor Presidente da GEO Eventos S.A. Sócio Diretor

da InnovaTech Telecom. Diretor de Recursos Humanos da CLARO. Sócio do Opportunity

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Bacharel em Ciências Navais pela

Escola Naval. Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental pela Escola Nacional de

Administração Pública – ENAP. Advogado. Auditor Federal de Controle Externo do TCU. Trabalhou em

Brasília no Ministério da Justiça e no Ministério do Planejamento. Primeiro-Tenente Fuzileiro Naval da

reserva da Marinha

Engenheiro mecânico pela UFRJ. Mestrado em administração pelo Instituto COPPEAD/UFRJ e

especialização em gestão, estratégia e inovação pelo MIT/ Sloan. Foi assessor especial do Ministro de

Estado da Economia. Sócio fundador do Infra Partners Investimentos onde liderou mais de 40 decisões

de investimento em infraestrutura e iniciativas de turnaround. Fundou 2 operadores logísticos de base

tecnológica, com atividade em todas as regiões do Brasil e países da América Latina

Engenharia de Comunicações pelo Instituto Militar de Engenharia (IME). Mestrado em Administração de

Empresas pela Stanford Graduate School of Business. Sócio da Laplace Finanças. Diretor de Fusões e

Aquisições da Ambev. Assessor da Presidência na Petrobras para Aquisições e Desinvestimentos. Diretor

responsável por Fusões, Aquisições e Captações Privadas Credit Suisse Brasil. Iniciou sua carreira na

Gradus Management Consultants.

José Flávio Ramos

Saulo Benigno Puttini

Ricardo Wiering de Barros

Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques

Fábio Almeida Abrahão

Leonardo Cabral

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Pós-Graduado em Regulação de Serviços Públicos pelo Instituto Serzedello do TCU e em Controle

Externo pela FGV. É Graduado em Engenharia Mecânica pela UNB. Secretário Especial da Secretaria

Especial do PPI. Secretário Adjunto da Secretaria de PPI. 20 anos como Auditor Federal de Controle

Externo no TCU, Secretário de Desenvolvimento Econômico do TCU, Coordenador Geral Nacional da

Área de Infraestrutura do TCU e Secretário de Fiscalização de Desestatização.

Engenharia Eletrônica pela UFRJ. M.Sc. em Administração de Empresas pela COPPEAD/UFRJ. Analista

de crédito e de investimento no Banco Pactual. Superintendente do Unibanco, responsável pela área

de pesquisa de crédito e renda fixa. Gestor de fundos de crédito e ações da Fidúcia Asset

Management. Diretor de crédito do Banco UBS Pactual. Sócio da BR Investimentos, responsável pela

análise de investimentos de fundos de ações e Private Equity. Socio da Vinci Partners, responsável por

investimentos nos fundos com foco em crédito.

Engenharia Eletrônica pela UFRJ. M.Sc. em Administração de Empresas pela COPPEAD/UFRJ. Analista

de crédito e de investimento no Banco Pactual. Superintendente do Unibanco, responsável pela área

de pesquisa de crédito e renda fixa. Gestor de fundos de crédito e ações da Fidúcia Asset

Management. Diretor de crédito do Banco UBS Pactual. Sócio da BR Investimentos, responsável pela

análise de investimentos de fundos de ações e Private Equity. Socio da Vinci Partners, responsável por

investimentos nos fundos com foco em crédito.

Formado em Tecnologia de Processamento de Dados pela PUC/RJ e em Administração de Empresas

UCAM/RJ. MBA Executivo em Gestão de Negócios no IBMEC/RJ. Obteve o grau de “alumni” pela

Harvard Business School através do curso GMP (General Management Program). Cargos em

empresas como IBM Brasil e CEG Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro. Foi CIO-Chief

Information Officer da SHV Gas Brasil – Minasgás/Supergasbras, Diretor de Informática e Diretor de

Estratégia e Execução da Sul América Seguros – Associada ao ING e Diretor Executivo de TI, Vice-

presidente de TI-LATAM e Digital Marketing e Vice-Presidente de Operações Globais de TI na Avon

Indústrias e Comércio.

Adalberto Santos de Vasconcelos

Denise Pavarina

Petrônio Duarte Cançado

Roberto Marucco

Diretoria

ANEXOS

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GOVERNOS DILMA I e II (2011-2016)

BNDES E GOVERNOS

Formado em Ciências Econômicas pela USP, é mestre em Economia pela mesma instituição. Em 1974,

concluiu seu doutorado na Universidade de Cornell. Foi professor da UNICAMP, da Universidade do Texas

e da Universidade de Paris XIII, trabalhou junto a SEBRAE, ao Banco do Nordeste e a vários governos

estaduais. Em 1995, criou a LCA Consultores junto a Luiz Gonzaga Belluzo e outros três economistas,

comandando a empresa por 12 anos. Em maio de 2007 afastou-se das atividades acadêmicas e da LCA,

quando foi convidado a presidir o BNDES, permanecendo no cargo até maio de 2016.

LUCIANO GALVÃO COUTINHO (PRESIDÊNCIA: MAI 2007 – MAI 2016)

Empréstimos BNDES (2011-2015)

Maiores tomadores Valor% do

total

Hidrelétrica Belo

MonteR$ 25.387.812.308,00 8,0%

Embraer R$ 22.310.336.620,08 7,0%

Petrobras R$ 18.375.952.658,59 5,8%

Vale R$ 15.241.338.700,82 4,8%

Estado de SP R$ 12.133.820.269,00 3,8%

Odebrecht R$ 11.360.410.640,09 3,6%

Petrobras Netherlands R$ 9.877.869.968,00 3,1%

Caixa Econômica

FederalR$ 8.718.841.893,00 2,7%

FINEP R$ 8.000.000.000,00 2,5%

Fiat Chrysler R$ 6.333.395.308,73 2,0%

Total R$ 137.739.778.366,31 43,4%

Participações BNDESPAR (2011-2015)

Investimentos BNDESPar

no períodoValor investido

% Cap.

Total

Petrobras R$ 24.753.538.074,00 10,37%

Marfrig R$ 2.612.860.025,00 19,63%

Odebrecht Energia R$ 2.044.050.217,00 -

JBS R$ 1.212.287.421,00 20,49%

Energisa R$ 1.044.414.787,00 -

Klabin R$ 961.970.592,00 5,22%

Suzano R$ 702.297.807,00 6,85%

Vale R$ 357.112.089,00 5,20%

Braskem R$ 239.891.429,00 5,03%

Total R$ 33.928.422.441,00

% DO TOTAL INVESTIDO POR EMPRESA

Carteira BNDESPAR - 2015

Carteira BNDESPar no final de 2015 % Cap. Total

Brasliana 53,85%

Fibria 29,10%

Tupy 28,19%

COPEL 23,96%

JBS 20,49%

Granbio 15,00%

AES Tietê 28,29%

Marfrig 19,63%

TPI Triunfo 14,75%

Ouro Fino 12,36%

Eletrobrás 11,86%

Petrobras 10,37%

Light 9,39%

Renova 8,76%

Iochpe 8,68%

Rumo 8,00%

Petrobras

Marfrig

Odebrecht Energia

JBS

Energisa

Klabin

Suzano

Vale

Braskem

Fonte: BNDES. Elaboração: Guide Investimentos.

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GOVERNO TEMER (2016-2018)

BNDES E GOVERNOS

Formada em Administração Pública pela FGV-RJ, é mestre e doutora em Economia pela mesma

instituição. De 1982 a 1990, foi pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV e professora

da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Entre os anos de 1990 e 1992, foi diretora do

BNDES, sendo a primeira mulher a exercer tal função, atuando nos projetos de privatização da

Embraer, CSN e Usiminas. Foi secretária da Fazenda da cidade do Rio de Janeiro entre 1993 e 1996.

Em junho de 2016, foi convidada a presidir o BNDES, permanecendo no cargo até maio de 2017.

MARIA SILVIA BASTOS MARQUES (PRESIDÊNCIA: JUN/2016 – MAI/2017)

TOMADORES DE RECURSOS (2016-2018)

PAULO RABELLO DE CASTRO (PRESIDÊNCIA: JUN/2017 – MAR/2018)

Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Direito pela Universidade

do Estado do Rio de Janeiro, é mestre em Economia pela Universidade de Chicago. Foi professor da

FGV, e fundou a SR Rating em 1993, primeira empresa especializada em rating no Brasil. Foi

presidente do IBGE entre julho de 2016 e junho de 2017, deixando o instituto para assumir a

presidência do BNDES, onde permaneceu até abril de 2018.

DYOGO HENRIQUE DE OLIVEIRA (PRESIDÊNCIA: ABR/2018 – DEZ/2018)

Mestre em Economia pela Universidade de Brasília e especialista em Comércio Exterior, Negociações

Internacionais e Câmbio, pela FGV, é servidor público federal desde 1998. Em 2006 e 2007, foi

coordenador-geral de Análise Setorial do ministério da Fazenda. De 2008 a 2011, exerceu a função de

secretário-adjunto de Política Econômica, assumindo a posição de secretário-executivo adjunto do

Ministério da Fazenda de 2011 a 2013. Em maio de 2016, assumiu o cargo de ministro do

Planejamento, onde permaneceu até abril de 2018, quando deixou o ministério para se tornar

presidente do BNDES.

Maiores tomadores Valor % do

total

Embraer R$ 8.042.751.495,59 12,2%

Xingu Rio Transmissora

de EnergiaR$ 5.213.550.000,00 7,9%

BRDE R$ 5.040.000.000,00 7,6%

Fibria R$ 3.433.238.000,00 5,2%

Hidrelétrica Belo Monte R$ 3.278.396.000,00 5,0%

Rumo R$ 2.391.552.000,00 3,6%

CCR MSVia R$ 2.319.915.000,00 3,5%

Fiat Chrysler R$ 1.777.101.100,00 2,7%

Município do Rio de

JaneiroR$ 1.645.239.999,00 2,5%

Concessionária do

Aeroporto do Rio de

Janeiro

R$ 1.619.999.999,00 2,5%

Total R$ 34.761.743.593,59 52,7%

CARTEIRA BNDESPAR - 2018

Carteira BNDESPar em setembro de 2018 % Cap. Total

Marfrig 33,77%

Fibria 29,11%

AES TietÊ 28,33%

Tupy 28,19%

Copel 23,96%

JBS 21,44%

Granbio 15,00%

Ouro Fino 12,26%

Eletrobrás 11,86%

Light 9,39%

Petrobras 8,37%

Vale 7,35%

Suzano 6,86%

Linx 5,82%

Cemig 5,52%

Embraer 5,37%

Klabin 5,20%

Totvs 4,49%

Copasa 3,46%

Oi 1,63%

MRV 1,56%

Gerdau 1,45%

Engie 0,95%

Fonte: BNDES. Elaboração: Guide Investimentos. Fonte: BNDES. Elaboração: Guide Investimentos.

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BNDES E GOVERNOS

GOVERNO BOLSONARO (2019)

Formado em engenharia naval e doutor em economia pela UFRJ e FGV, respectivamente. Carrega

consigo um respeitável currículo tanto na esfera privada quanto na esfera pública. Iniciou sua carreira

no Departamento de Engenharia e na Diretoria de Operações da Flumas S/A, para depois integrar os

quadros do FMI e exercer o cargo de economista visitante do BCE. Foi secretário-adjunto de política

econômica baixo FHC durante os anos de 1999 e 2000. Em 2003 atuou como secretário do Tesouro

Nacional até 2006. Até 2010, foi secretário do Estado da Fazendo do RJ. Antes de encabeçar o

Ministério da Economia em 2014, trabalhou na divisão de gestão de ativos do Banco Bradesco.

JOQUIM LEVY (PRESIDÊNCIA: JAN/2019 – JUL/2019)

TOMADORES DE RECURSOS (2016-2018)

Maiores tomadores Valor % do

total

Embraer R$ 8.042.751.495,59 12,2%

Xingu Rio Transmissora

de EnergiaR$ 5.213.550.000,00 7,9%

BRDE R$ 5.040.000.000,00 7,6%

Fibria R$ 3.433.238.000,00 5,2%

Hidrelétrica Belo Monte R$ 3.278.396.000,00 5,0%

Rumo R$ 2.391.552.000,00 3,6%

CCR MSVia R$ 2.319.915.000,00 3,5%

Fiat Chrysler R$ 1.777.101.100,00 2,7%

Município do Rio de

JaneiroR$ 1.645.239.999,00 2,5%

Concessionária do

Aeroporto do Rio de

Janeiro

R$ 1.619.999.999,00 2,5%

Total R$ 34.761.743.593,59 52,7%

CARTEIRA BNDESPAR - 2019

Carteira BNDESPar em setembro de 2019 % Cap. Total

MARFRIG 33,74%

AES TIETÊ ENERG 28,41%

TUPY 28,19%

COPEL 23,96%

JBS 21,32%

ELETROBRÁS 18,72%

PETROBRAS 13,90%

OURO FINO SAUDE 12,26%

SUZANO 11,04%

LIGHT 6,30%

COTEMINAS 6,27%

VALE 6,12%

CEMIG 5,52%

EMBRAER 5,37%

KLABIN 5,20%

TRIUNFO 5,09%

RENOVA 5,01%

SPRINGS GLOBAL 3,62%

COPASA 3,46%

BOMBRIL 2,14%

IOCHPE 1,99%

MRV 1,56%

GERDAU 1,45%

Fonte: BNDES. Elaboração: Guide Investimentos. Fonte: BNDES. Elaboração: Guide Investimentos.

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