Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

18
Fitofarmácia e Plantas Aromáticas e Medicinais Escola Superior Agrária Instituto Politécnico de Bragança TECNOLOGIA FARMACÊUTICA E COSMETOLOGIA

Transcript of Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

Page 1: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

Fitofarmácia e Plantas Aromáticas e Medicinais

Escola Superior Agrária

Instituto Politécnico de Bragança

TECNOLOGIA FARMACÊUTICA E COSMETOLOGIA

Page 2: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

TRABALHO 1

1 Preparação de Xarope Comum

1 – FÓRMULA

Açúcar......................................................... 1650 g

Água destilada............................................. 1000 g

2 – MATERIAL

Balança; Tripé e placa de amianto Bico de búsen; Funil de vidro pequeno;

Copo de vidro de 250 ml; Pipeta de Pasteur; Espátula de metal; Provetas de 50ml; Frasco de vidro de 100 ml Vareta de vidro; Etiqueta para rótulo; Vidro de relógio.

3 – TÉCNICA

1° - Pesar o açúcar e colocar no copo de vidro;

2° - Adicionar a água destilada e misturar com a vareta de vidro;

3° - Aquecer a mistura em fogo directo até à ebulição;

4° - Agitar frequentemente;

5° - Acondicionar em frasco de vidro devidamente rotulado.

4 – INDICAÇÕES

Utilizado como veículo.

Nota: Este trabalho permite efectuar a preparação de um veículo líquido

para utilização em medicamentos manipulados a realizar em trabalhos

posteriores.

Prepare 1/20 da fórmula

Page 3: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

2 Xarope de Citrato de Cafeína 2%

1 – FÓRMULA

Citrato de Cafeína......................................................... 2g

Xarope de Comum......................................................60ml

Água destilada................................................ q.b.p. 100ml

Nota: consulte a preparação do xarope simples na página anterior.

2 – MATERIAL

Balança;

Proveta;

Espátula de metal;

Frasco de vidro de 50 ml;

Funil de vidro pequeno;

Gobelé;

Balão volumétrico;

Vareta de vidro;

Vidro de relógio

3 – TÉCNICA

1° - Pesar o Citrato de Cafeína;

2° - Medir o Xarope Comum;

3° - Dissolver o Citrato de Cafeína em parte da Água Destilada;

4° - Transferir para um balão volumétrico;

5° - Juntar o Xarope e perfazer o volume com Água Destilada;

6° - Agitar e filtrar por vácuo;

7° - Acondicionar em frasco escuro e rotular.

4 – INDICAÇÕES

Este Xarope trata-se de uma formulação Pediátrica que tem como objectivo

a estimulação do sistema respiratório do bebé.

Prepare 1/4 da fórmula

Page 4: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

3. Xarope de Iodeto Ferroso

1 – FÓRMULA

Iodo……………………….................................................... 4,1 g

Ferro.............................................................................2,0 g

Água destilada, recentemente fervida ……...…….…………... 100 ml

Ác. tartárico.................................................................. 1,0 g

Xarope comum ............................................................. 990 g

Introduza o iodo, o ferro e 10 g de água em matraz (erlenmayer) pequeno; aqueça ligeiramente, se for necessário, até que o líquido adquira cor verde; filtre sobre o xarope previamente acidulado com ácido tartárico; lave o matraz e o filtro com a água restante e misture.

2 – MATERIAL

Almofariz + pilão; Funil de vidro pequeno;

Balança de precisão; Pipeta de Pasteur;

Erlenmeyer de 100ml; Provetas de 100ml;

Espátula de plástico ou metal; Vareta de vidro;

Etiqueta para rótulo; Vidro de relógio.

Frasco de acondicionamento;

3 – TÉCNICA

1° - Pesar o xarope comum para matraz (erlenmayer);

2° - Triturar em almofariz o ácido tartárico, pesar em papel e adicionar ao xarope comum

3º - Aquecer a mistura anterior, ligeiramente, em banho de água para facilitar a dissolução

4° - Pesar o ferro para papel;

5° - Pesar o iodo em vidro de relógio, com espátula de osso ou de madeira(material inerte, e colocar um outro vidro de relógio por cima depois de pesado)

6° - Para matraz (erlenmayer) pequeno pesar a água destilada fervida recentemente

Prepare 1/10 da fórmula

Page 5: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

7º - Adicionar à água o ferro e o iodo e aquecer até que o líquido adquira cor verde

8º - Filtrar por filtro simples de papel, para matraz (erlenmayer) contendo a mistura inicial

4 – FORMA GALÉNICA

Xarope (sacaróleo).

5 – ACÇÃO FARMACOLÓGICA

Anti-anémico (para tratamento de anemias por deficiência de ferro); também utilizado como tónico estimulante (iodo).

Page 6: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

TRABALHO 2

1. Solução Alcoólica de Iodo

1 – FÓRMULA

Iodo........................................................ 2,5 g

Iodeto de Potássio.................................... 2,0 g

Água Destilada........................................13,5 g

Álcool Etílico a 96º............................... q.b.p. 50 ml

2 – MATERIAL

Almofariz vidro+ pilão; Funil de vidro pequeno;

Balança; Proveta de 50 ml;

Espátula de metal e de

madeira;

Vareta de vidro;

Etiqueta para rótulo; Vidros de relógio pequenos.

Frasco de 100 ml; Balão volumétrico

3 – TÉCNICA

1° - Pesar os pós separadamente;

2° - Transferir o Iodo para almofariz de vidro;

3° - Dissolver o Iodeto de Potássio na água purificada;

4° - Adicionar, com agitação, a solução de iodeto de potássio ao iodo

5° - Adicionar ¾ da quantidade total do álcool à mistura preparada em 4;

6° - Agitar até dissolução completa do iodo;

7°- Transferir para balão volumétrico;

8°- Lavar o almofariz com álcool e juntar à solução que se encontra no

balão;

9°- Completar o volume com álcool.

Page 7: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

10° - Filtrar por algodão ou lã de vidro, com a ajuda de uma vareta de vidro

11° - Conservar em frascos de vidro incolor, bem rolhados e expostos à luz

Notas:

O iodo deve ser pesado em vidro de relógio, utilizando uma espátula de

material inerte.

A mistura é efectuada em almofariz de vidro.

O iodeto de potássio facilita a dissolução do iodo no álcool; com a

utilização do iodeto de potássio, formam-se tri-iodetos de potássio

(I2+KI--KI3), que mantêm as características anti-sépticas do iodo e

evita-se a formação de produtos secundários ácidos.

4 - INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

Preparação usada externamente como anti-séptico.

5 - ROTULAGEM

Rotule de acordo com as regras em vigor:

Alguns exemplos:

Sol. Alcoólica de iodo (5%)

100 g de solução contém 5 g de iodo

Quantidade dispensada: 100 g

“Medicamento para aplicação cutânea”; “Uso externo”; “Não ingerir”;

“manter fora do alcance das crianças”

2 Álcool Canforado (Solução alcoólica de cânfora)

1 – FÓRMULA

Cânfora.................................................10 g

Álcool etílico............................................. q.b.p. 100 ml

Page 8: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

2 – MATERIAL

Balança; Balão volumétrico de 100 ml Copo de vidro de 250 ml; Pipeta de Pasteur; Espátula de metal; Vidro de relógio. Frasco de vidro âmbar de 100

ml Etiqueta para rótulo;

3 – TÉCNICA

1° - Dissolver a cânfora em álcool etílico,

2° - Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar e filtrar.

3° - Acondicionar em frasco de vidro âmbar, bem fechados, protegidos da

luz e à temperatura inferior a 25 ºC, devidamente rotulado.

4 – INDICAÇÕES

Tratamento sintomático de mialgias e artralgias. Também pode ser utilizado

para aliviar pruridos. Aplicar de três a quatro vezes ao dia, mediante fricção.

5 – ADVERTÊNCIAS

Não deve ser utilizado em crianças menores de dois anos.

Manter fora do alcance de crianças.

3. Solução Alcoólica Saturada de Ácido Bórico

1 – FÓRMULA

Ácido Bórico …………………..……………….. 5gÁlcool etílico a 70º ………….... q.b.p. 100 ml

NOTA: consultar a página seguinte relativa à preparação de álcool a 70º

Page 9: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

2 – MATERIAL

Balança; Frasco de acondicionamento; Balão volumétrico de 100ml; Funil de vidro pequeno; Copo de vidro de 250 ml; Pipeta de Pasteur; Erlenmayer de 100ml; Provetas de 50 e 100ml; Espátula; Vareta de vidro; Etiqueta para rótulo; Vidro de relógio

Almofariz de porcelana.

3 – TÉCNICA

1° - Diluir o álcool de 96º para 70º;

2° - Pesar o ácido bórico (nota: tenha atenção se necessita, ou não de pulverizar num almofariz);

3° - Medir numa proveta 100 ml de álcool a 70º;

4° - Dissolver o ácido bórico em cerca de ¾ de álcool, num erlenmeyer, agitando bem até completa dissolução;

5° - Transferir a solução para um balão volumétrico de 100ml e completar o volume com o restante álcool a 70º, agitando até homogeneizar;

6° - Acondicionar e rotular convenientemente.

4 – FORMA GALÉNICA

Solução alcoólica (alcoólito) para aplicação auricular.

5 – PRAZO DE VALIDADE, CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E ROTULAGEM

Utilizar até 2 meses após a data de preparação. Conservar à temperatura

ambiente em frascos bem fechados e devidamente rotulados (exemplo “uso

externo” etc.).

6 – ACÇÃO FARMACOLÓGICA

É usada no tratamento de otites crónicas de origem bacteriana. E como

forma de dissolver o cerume

Page 10: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

Utilização das Tabelas Alcoométricas de Gay-Lussac para obter um álcool de determinada graduação por diluição de outro mais concentrado

Para preparar um álcool de uma determinada graduação é necessário saber

o grau alcoólico do álcool de que dispomos e que será diluído. Para tal,

utiliza-se o Alcoómetro Centesimal de Gay-Lussac, o qual é um instrumento

destinado a determinar o grau alcoólico ou ‘força real’ das misturas de água

e etanol. Está graduado de modo a indicar directamente o número de

volumes de álcool etílico absoluto contidos em 100 volumes de uma mistura

exclusivamente formada por etanol e água. Trata-se, na realidade, de um

densímetro. Este procedimento é necessário pois é sabido que as misturas

álcool/água se contraem quando estas substâncias se misturam, sendo que

esta contracção varia segundo a proporção dos líquidos misturados.

A tabela VII da FP IV (pp. 723) apresenta as quantidades, em peso, de álcool

e de água para obter a mistura de grau conveniente

.

Page 11: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

TRABALHO 3

1 Solução Aquosa de Iodo (Soluto de Lugol)

1 – FÓRMULA

Iodo........................................................ 50 g

Iodeto de Potássio.................................. 100 g

Água destilada.................................... q.b.p. 1000 ml

2 – MATERIAL

Almofariz + pilão; Funil de vidro pequeno;

Balança analítica; Papel de filtro;

Espátula de metal e de

madeira;

Proveta de 50 ml;

Etiqueta para rótulo; Vareta de vidro;

Frasco de 100 ml; Vidro de relógio pequeno.

3 – TÉCNICA

1° - Pesar os pós separadamente;

2° - Pulverizar o iodo com o iodeto de potássio, no almofariz;

3° - Juntar pouco a pouco a água destilada;

4° - Agitar até dissolução completa;

5° - Filtrar para o frasco de acondicionamento e rotular adequadamente.

Instituto Politécnico de Bragança 1

Prepare 1/20 da fórmula

Page 12: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

Instituto Politécnico de Bragança 2

Page 13: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

2. Solução aquosa de ácido bórico a 3%

1 – FÓRMULA

Ácido bórico......................................................3 g

Água destilada q.b.p. 100 ml

2 – MATERIAL

Matraz de 50 ml; Balão volumétrico de 100mL;

Balança analítica; Funil de vidro e papel de filtro

Espátula de metal e de

madeira;

Proveta de 50 ml;

Etiqueta para rótulo; Vareta de vidro;

Frasco de 100 ml; Vidro de relógio pequeno.

3 – TÉCNICA

1° - Aquecer 30 ml de água destilada a aproximadamente 50ºC

2° - Pesar o ácido bórico;

3° - Juntar o ácido bórico á água destilada aquecida e dissolver;

4°- Colocar no balão volumétrico e adicionar o restante volume de água; e

homogeneizar

5° - Filtrar para o frasco de acondicionamento e rotular adequadamente.

4 – FORMA GALÉNICA

Solução aquosa para aplicação local.

5 – PRAZO DE VALIDADE, CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E ROTULAGEM

Utilizar até 2 meses após a data de preparação. Conservar à temperatura

ambiente em frascos âmbar bem fechados e devidamente rotulados

(exemplo “uso externo”, “Não deve ser utilizado em crianças” e “manter

Instituto Politécnico de Bragança 3

Prepare 1/4 da fórmula

Page 14: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

fora do alcance das crianças”). Não usar em grandes zonas do corpo quando

existe lesão ou queimaduras.

6 – ACÇÃO FARMACOLÓGICA

Anti-séptico e levemente adstringente em dermatites exsudativas. Uso

externo. Aplicar de duas a três vezes ao dia, com auxílio de compressas de

gaze ou algodão.

Notas: Deve-se usar a forma cristalizada do ác. Bórico, porque em pó

pode ter tendência a flutuar á superfície da água.

3 Solução Nasal de Cloreto de Sódio a 0,9%

1 – FÓRMULA

Cloreto de Sódio ……………………….... 0,9 g

Água destilada ……...…….…………... 100 ml

2 – MATERIAL

Almofariz + pilão; Funil de vidro pequeno;

Balança; Pipeta de Pasteur;

Erlenmeyer de 100ml; Provetas de 100ml;

Espátula; Vareta de vidro;

Etiqueta para rótulo; Vidro de relógio.

Frasco de acondicionamento;

3 – TÉCNICA

1° - Pesar o cloreto de sódio;

2° - Medir o volume de água destilada;

3° - Pulverizar os cristais de cloreto de sódio;

4° - Dissolver o pó na água agitando bem até completa dissolução;

5° - Acondicionar e rotular convenientemente.

Instituto Politécnico de Bragança 4

Page 15: Fitofarmácia+e+Plantas+Aromáticas+e+Medicinais+proto1

4 – FORMA GALÉNICA

Solução para aplicação nasal.

5 – PRAZO DE VALIDADE, CONDIÇÕES DE CONSERVAÇÃO E ROTULAGEM

Dado tratar-se de uma solução aquosa a sua validade é de três dias. Conservar em frascos bem fechados e devidamente rotulados.

6 – ACÇÃO FARMACOLÓGICA

É usada como descongestionante nasal.

Instituto Politécnico de Bragança 5