Fissao Nuclear

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA

FISSÃO NUCLEAR

FELIPE VINICIUS HOFFMANN

GUILHERME HOBUS DE FREITAS

MARCELO QUIRINO

RENAN GODOY CAVALHEIRO

PROFESSOR ISAIR RAFFAELI

Fisica

Joinville-SC2008

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SÚMARIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................3

1. FISSÃO NUCLEAR.................................................................................................4

1.1Histórico da Fissão Nuclear...................................................................................4

1.2Reação de Fissão Nuclear.....................................................................................5

1.3 Massa Crítica........................................................................................................6

CONCLUSÃO..............................................................................................................8

REFERÊNCIAS............................................................................................................9

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INTRODUÇÃO

Na fissão nuclear, um átomo de um elemento é dividido produzindo dois

átomos de menores dimensões de elementos diferentes. Os átomos de maiores

dimensões estão sujeitos à fissão espontânea com uma probabilidade muito

pequena e sujeitos à fissão induzida artificialmente com uma probabilidade bem

maior. A fissão nuclear é usada para a produção de energia, embora o lixo radioativo

seja considerado um problema, também é usada para a fabricação de bombas

nucleares, como as da II Guerra Mundial e as atuais, de países como a Coréia do

Norte

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1. FISSÃO NUCLEAR

1.1 Histórico da Fissão Nuclear

Alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial, vários grupos de

pesquisadores tentaram obter novos elementos químicos com número atômico

superior a 92, bombardeando urânio com nêutrons térmicos. De tal operação

resultaram núcleos radioativos cujo número de prótons superava (Z=92) o dos

elementos que se encontravam em estado natural. A estes elementos artificiais

chamaram-se transurânideos.

Os resultados do bombardeamento do urânio por nêutrons tiveram resultados

complicados e enigmáticos. Em 1934 Fermi e os seus colaboradores efetuaram

alguns estudos que só viriam a serem interpretados uns anos depois. Em Janeiro de

1939, os químicos alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann, baseando-se no trabalho

da física austríaca Lise Meitner anunciaram uma sensacional descoberta de importantes

conseqüências: numa amostra de urânio irradiada por nêutrons encontraram amostras de Bário, Lantânio e

Crípton, cuja origem se encontrava na fraguementação dos núcleos de urânio. Tal descoberta permitiu concluir

que os núcleos de urânio se tinham fissionado e nos meses que se seguiram, este processo passou a ser mais bem

compreendido e chamado de fissão nuclear.

Fermi Otto HahnFritz

StrassmannLise Meitner

A primeira grande utilização da fissão nuclear ocorreu a 16 de Julho de 1945

no Novo México (USA), onde foi testada a primeira bomba atômica. Posteriormente

e após a Segunda Grande Guerra foram mobilizados esforços para promover um

processo que utilizasse a fissão nuclear para fins pacíficos. Em 1955 o submarino

norte americano “Nautilus” viajou mais de 90 000 quilômetros alimentado por uma

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simples ampola de urânio do tamanho de uma bola de golfe. Depois disso e num

curto espaço de tempo, eletricidade passou a ser produzida em quantidades

comerciais por centrais nos Estados Unidos da América, Canadá e na ex União

Soviética. Rapidamente os reatores nucleares se tornaram numa fonte limpa e

barata de eletricidade capaz de responder às exigências energéticas do futuro. Mini

reatores nucleares domésticos foram também considerados como uma alternativa

ao abastecimento energético e calorífico de lares.

Atualmente cerca de 430 reatores nucleares estão ligados a rede elétrica

mundial fornecendo cerca de 16% das necessidades mundiais. A maioria desses

reatores está localizada em países industrializados. Contudo o aumento dos custos

deste meio energético bem como a segurança do mesmo tem limitado o potencial

desta forma de produção de energia.

1.2 Reação de Fissão Nuclear

Fissão Nuclear é a divisão de um átomo em

duas ou mais partes. Quanto tal ocorre uma

grande quantidade de energia é libertada. Isto

pode ocorrer de forma muito rápida, como numa

bomba atômica, ou de uma forma mais controlada

permitindo que a energia libertada seja utilizada

para fins úteis. Poucas espécies naturais são facilmente cindíveis. É o caso do

isótopos 235 e 238 do urânio e o isótopo 239 do plutônio.

Numa reação de fissão nuclear, se um nêutron penetra no núcleo de urânio, a

energia de ligação dos núcleos que se liberta (7 MeV, aproximadamente) é

suficiente para provocar no núcleo de urânio grandes oscilações. O núcleo passa a

ter a forma de um haltere, com dois pólos de carga idêntica. A força de repulsão

quebra-o e os fragmentos produzidos arrastam uma parte dos elétrons do córtice,

formando-se dois átomos de peso médio, normalmente com uma relação de 2:3.

Dado que a força de ligação dos núcleos muito pesados é menor que a dos

intermédios (aos quais pertencem o bário e o crípton), esta diferença de energia de

ligação liberta-se durante a fissão nuclear.

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O valor desta enorme energia liberta-se na forma de radiação gama (7 MeV) e

outra parte encontra-se associada aos produtos de fissão, geralmente radioativos, e

liberta-se pouco a pouco durante a desintegração destes produtos (13 MeV).

Contudo, a maior parte desta energia encontra-se sob a forma de energia

cinética dos produtos de fissão (165 MeV). Estes fragmentos incidem no material

circundante e transformam esta energia em energia térmica que pode ser

aproveitada nos reatores nucleares.

A possibilidade de produção de energia, em quantidades antes inimagináveis,

levou muitos cientistas a trabalhar com a fissão do urânio e, a partir desses

trabalhos foram realizadas duas novas descobertas: a fissão só ocorre com o

isótopo 235 do urânio e para que a reação ocorra em cadeia libertando uma grande

quantidade de energia num intervalo de tempo muito pequeno, é necessária uma

quantidade mínima de material fissionável, denominado por massa crítica.

Para começar uma reação de fissão nuclear é necessário bombardear o núcleo

do átomo a cindir com nêutrons. Isto causa a quebra do núcleo originando entre

outros produtos, dois ou três nêutrons isolados que por sua vez podem provocar a

fissão de outros núcleos realizando assim uma intensa reação em cadeia. Tudo isto

é acompanhado de uma grande libertação de energia em forma de radiação ou

calor. Os fragmentos da quebra do átomo são diferentes elementos químicos (Iodo-

131, Estrôncio-90, Cádmio-137), todos eles altamente radioativos.

Não se pense, contudo que a fissão apenas tem lugar pela absorção de

nêutrons. Pode ocorrer também devido à radiação de ondas-partículas aceleradas,

prótons, partículas alfa, quantum-gama, etc.

1.3 Massa Crítica

Se a perda de nêutrons pelos dois primeiros processos é menor que o excesso

produzido pelo terceiro, então a reação em

cadeia ocorre; caso contrário não. Isto é

muitas vezes expresso numericamente como o

fator de multiplicação do nêutron, k, onde: k = f – l

onde o f é o número médio de nêutrons que

suportam o processo de fissão e l representa o somatório de nêutrons perdidos no

mecanismo de dispersão (1,2,3..).

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Qualquer um dos processos de perca pode possuir uma alta probabilidade de

ocorrência num arranjo onde os nêutrons criados por fissão serão insuficientes para

manter a reação ativa.

Se o número de nêutrons responsáveis pela fissão diminuir no tempo, a reação

toma o nome de subcrítica se o número se manter constante no tempo a reação é

chamada crítica e se aumentar no tempo a reação é supercrítica. Estes conceitos

podem ser representados por um coeficiente Keff, onde Keff é o número de nêutrons

de uma geração a dividir pelo número de nêutrons da geração anterior.

A massa crítica de um dispositivo contendo um elemento facilmente cindível é

definida como a necessária para a produção de nêutrons por fissão em número igual

aos perdidos por captação por material não fundível. Por outras palavras, se a

massa for menor que a massa crítica, não haverá continuação da reação em cadeia.

Para o urânio-235, a massa crítica é de aproximadamente 3,25 Kg.

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CONCLUSÃO

A fissão nuclear é, sem dúvida, o futuro das energias, atualmente cada vez

mais projetos são desenvolvidos pelos países de forma a apostar nesta energia, e

os que já produzem apostam cada vez mais nesta forma de energia rentável.

É uma energia com inúmeras vantagens, tanto a nível energético, como

ambiental e econômico, mas como contrapeso as suas desvantagens são

pesadas para qualquer país, os acidentes afetam sempre em grande escala a

população, durante anos irão prejudicar e pôr em causa vidas das gerações

presentes e vindouras, é um fardo demasiado grande para qualquer país.

A radioatividade, descoberta em 1896, tem inúmeras utilidades, estas cada

vez mais utilizadas a larga escala no nosso planeta. Um dos grandes medos, a

nível mundial, é que a energia nuclear seja utilizada para fins bélicos, como em

Hiroshima, causando assim danos irreversíveis, e que explode, a nível mundial

uma guerra nuclear.

Concluí-se que a fissão nuclear poderá ser uma possibilidade a por em uso,

mas o país que o fizer, tem de estar disposto desde então, a carregar o pesado

fardo em caso de acidente, tal como a população desse país, caso aprove a sua

utilização.

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REFERÊNCIAS

Energias nuclear e fissão nucleasr. Disponível em: <http://www.efeitojoul

e.com/2008/12/energia-nuclear-fissao-energia-nuclear.html>. Acesso em: 30 nov

2009.

Fissão Nuclear, Disponível em: <www.fisica.net/nuclear/fissao_nu clear.pdf>.

Acesso em: 1 dez. 2009.

SCHECHTER, Hélio; BERTULANI, Carlos A.. Introdução a física Nuclear.

Rio de janeiro, UFRJ, 2007.

Fissão Nuclear, Disponível em: < http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa

/fissao-e-fusao-nuclear/fissao-nuclear.php>. Acesso em: 1 dez. 2009.