Fisiologia Humana 6 - Sistema Renal

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SISTEMA RENAL MSc LORENA ALMEIDA DE MELO

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SISTEMA RENAL

MSc LORENA ALMEIDA DE MELO

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VISÃO GERAL DAS FUNÇÕES DO RIM

�Regulação da composição iônica do sangue� Regulam os níveis sangüíneos de diversos íons;� Íons sódio, cálcio, potássio, cloreto e fosfato.

�Manutenção da osmolaridade do sangue� Regula separadamente a perda de água e de solutos

na urina – mantendo a osmalaridade;� 290 miliosmóis/litro;

�Regulação do volume sangüíneo� Conservando ou eliminando água;

�Regulação da pressão arterial� Secreção da enzima renina – ativa a via renina-

angiotensina - ↑ pressão arterial;MSc Lorena Almeida de Melo

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VISÃO GERAL DAS FUNÇÕES DO RIM

• Regulação do pH do sangue– Excretam o H+ na urina e conservam íons bicarbonato

(HCO3-);• Liberação de hormônios

– Calcitriol (forma ativa da vitamina D) – ajuda a regular a homeostasia do cálcio;

– Eritropoietina – produção de glóbulos vermelhos;• Excreção de resíduos e de substancias estranhas

– Formação de urina– Excreção de substancias que não têm a função útil no

corpo;– Amônia, uréia, bilirrubina (catabolismo da

hemoglobina), creatina (decomposição do fosfato de creatina) e ácido úrico (catabolismo de ácidos nucléicos); MSc Lorena Almeida de Melo

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VISÃO GERAL DAS FUNÇÕES

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ANATOMIA INTERNA DO RIM• Córtex renal

– Área avermelhada de textura lisa;

• Medula adrenal– Formado pelas pirâmides renais;

– Base a pirâmide renal – córtex renal e ápice da pirâmide (papila renal) – hilo do rim.

– Colunas renais: parte do córtex entre as pirâmides renais.

– Córtex e pirâmides renais juntos constituem a parte funcional do rim – parênquima.

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ANATOMIA INTERNA DO RIM

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CAMINHO DA URINA

• Néfron

• Grandes ductos papilares

• Cálices renais menor e maior

• Pelve renal

• Ureter

• Bexiga urinária.

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SUPRIMENTO SANGÜÍNEO

Condições normais – fluxo sangüíneo renal – 21% do débito cardíaco (1200 ml/min)

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NÉFRON

• São unidades funcionais dos rins;

• Cada rim contém aproximadamente 1 milhão de néfrons.

• Participa da filtragem do sangue, retorno de substâncias úteis para o sangue, remoção de substâncias que não sejam necessárias para o corpo.

• Componentes do néfron– Glomérulo.

– Túbulo renal. MSc Lorena Almeida de Melo

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GLOMÉRULO• Rede de capilares glomerulares que

emergem da arteríola aferente.

• Os capilares são recobertos por células epitelias – cápsula de Bowman.

• O sangue é ultrafiltrado pelas paredes dos capilares glomerulares para a cápsula de Bowman (1ª etapa da formação da urina);

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GLOMÉRULO

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TÚBULO RENAL

• Formado pelo túbulo próximal, alça de Henle, túbulo distal e túbulo coletor;

• Funções: reabsorção e secreção;

• Subdivisões– Túbulo proximal → alça de Henle (ramo

ascendente– parede espessa e ramo descendente – parede fina) → mácula densa → túbulo distal → túbulo conector → ducto coletor → pelve renal.

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FORMAÇÃO DA URINAFILTRAÇÃO GLOMERULAR

• Formação da urina inicia-se com filtração do sangue para a cápsula de Bowman;

• Resulta de forças que lhe são favoráveis e outras que se opõem.

• Força Favorável

– Pressão Hidrostática Glomerular do Sangue

• Estimula a filtração, força a água e os solutos, no plasma sangüíneo, através da membrana de filtração; PHGS= 60 mmHg;

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FORMAÇÃO DA URINAFILTRAÇÃO GLOMERULAR

• Forças Contra Filtração

– Pressão Hidrostática na Cápsula Bowman• Resiste à filtração

• Pressão exercida contra a membrana de filtração pelo líquido do espaço capsular e do túbulo renal.

• PHC= 18 mmHg.

– Pressão Coloidosmótica do Sangue• Resiste à filtração

• Pressão devida as proteínas (albumina, globulinas e fibrinogênio) que estão no plasma sangüíneo;

• PCOS= 32 mmHgMSc Lorena Almeida de Melo

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Pressão Efetiva de Filtração (PEF)

• Pressão total que promove a filtração

– 60 mmHg (favorável) → 32 mmHg+18mmHg= 50 mmHg (contra);

– Apenas 10 mmHg pressão média efetiva da filtração renal;

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Fluxo Sangüíneo Renal

• Tem como função o suprimento renal e remoção de escórias;

• O fluxo sanguíneo renal é de 1200 ml/min, destes 650 ml é plasma.

– Do total deste plasma, são filtrados nos glomérulos cerca de 125 ml/min ou 19% –Fração de Filtração;

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Fluxo Sangüíneo Renal

• Com um ritmo de filtração de 125 ml/min teremos em 24 h – 180 l de filtrado.

• Aproximadamente 99% são reabsorvidos e 1,5 l de urina são excretados;

• O filtrado glomerular possui quase a mesma composição do plasma, exceto células sanguíneas e apenas cerca de 0,03% de proteínas;

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FATORES QUE AFETAM O FLUXO SANGUÍNEO RENAL

• Quanto maior a pressão glomerular maior a filtração;

• Quanto maior a pressão coloidosmótica e pressão da cápsula, menor a intensidade de filtração.

• A constrição da arteríola aferente reduz o fluxo sanguíneo para os capilares glomerulares, conseqüentemente sua pressão e a filtração.

• A constrição da arteríola eferente aumenta retrogradamente o fluxo sanguíneo no glomérulo, aumentando sua pressão e a filtração

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Reabsorção Tubular

• Quando o filtrado glomerular penetra nos túbulos renais → Túbulo proximal (córtex renal) → alça de Henle → túbulo distal → túbulo conector →ducto coletor - antes de ser excretado na forma de urina;

• Algumas substâncias são reabsorvidas dos túbulos de volta ao sangue, enquanto outras são secretadas do sangue para o lúmen tubular;

• Dos 125 ml/min de filtrado apenas 1ml se constituíra em urina;

• 99% do filtrado é reabsorvido;

• Aminoácidos e glicose devem ser totalmente reabsorvido (“0” na urina);

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Tipos de Reabsorção

• ATIVA– Desloca um soluto contra um gradiente eletroquímico –

gasto de ATP;

– Este processo se dá pela natureza das células epiteliais que revestem os túbulos (bordas em escova);

– Aminoácidos, glicose, vitaminas, sódio, nitrato, potássio, cloreto, cálcio, fosfato, sulfatos, uratos, magnésio

• PASSIVA– A favor do gradiente - difusão e sem gasto de ATP;

– Água, uréia, sódio, potássio, bicarbonato, cloreto.

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Tipos de Reabsorção

• Reabsorção passiva e ativa de solutos ocorre em todas as porções do túbulo renal.

• Reabsorção ativa: as células epiteliais do túbulo proximal são ricas em borda em escova e mitocôndrias.

• Reabsorção passiva: grande nº de canais intercelulares.

• Ocorre 65% de toda reabsorção tubular.

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Secreção Tubular

• Inverso ao processo de reabsorção;

• Hidrogênio, potássio, creatinina e uratos são ativamente secretados;

• A urina estará totalmente pronta no final do duto coletor, entrando na pelve renal.

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Mecanismos de Concentração e Diluição da Urina

• Controle da osmolaridade dos líquidos corporais é uma das mais importantes funções dos rins;

• Quando os líquidos corporais estão muito diluídos, aumenta a excreção de água pela urina, em contrapartida, quando os líquidos corporais estão muito concentrados, aumenta a excreção de soluto pela urina;

• Ação do hormônio antidiurético (vasopressina)

– Quando a osmolaridade dos líquidos corporais aumenta (líquidos corporais – concentrados) →hipófise posterior → ADH → aumento da permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores àágua → reabsorve água e diminui o volume de urina;

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Mecanismos de Concentração e Diluição da Urina

• Ação do hormônio antidiurético (vasopressina)

– Quando surge excesso de água no corpo e a osmolaridade no líquido extracelular reduz →redução da secreção do ADH → reduzindo a permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores à água → excreção de urina diluída

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Papel do Rim no Equilíbrio Ácido-Básico

• Concentração de hidrogênio nos líquidos corporais –homeostasia;

• A regulação precisa dos íons hidrogênio é essencial – as atividades de quase todos os sistemas enzimáticos do organismo são influenciadas pela concentração dos íons hidrogênio;

• Íons hidrogênio no sangue normal = 0,00004 mEq/litro;• O pH (potencial de hidrogênio) é inversamente

relacionado à concentração de íons hidrogênio; pH baixo → alta concentração de íons hidrogênio e pH alto → baixa concentração de íons hidrogênio;

• O pH normal do sangue arterial é de 7,4 – pH < 7,4 →acidose e pH > 7,4 → alcalose;

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MECANISMOS PRINCIPAIS DE CONTROLE DO PH

• Sistema tampão químico

– Um tampão é qualquer substância capaz de se ligar reversivelmente a íons hidrogênio;

– Tampão + H+ ↔ H Tampão– ↑ dos íons hidrogênio → reação para direita e mais íons

ligam-se ao tampão;– ↓ dos íons hidrogênio → reação para esquerda e ocorre

liberação de íons hidrogênio;– São tampões químicos: Tampão bicarbonato (H+ +

HCO3- → H2CO3- → CO2 + H2O), tampão amônia (H+ + NH3 → NH4), tampão fosfato (H+ + HPO4- →H2PO4-)

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MECANISMOS PRINCIPAIS DE CONTROLE DO PH

• Sistema Respiratório

– Controle da concentração de CO2 do líquido extracelular pelos pulmões.

– ↑ da PCO2 do líquido extracelular - ↓ pH; ↓PCO2 do líquido extracelular - ↑ pH;

– O aumento na ventilação elimina o CO2 do líquido extracelular reduzindo a concentração de íons hidrogênio e a diminuição da ventilação aumenta o CO2 aumentando a concentração de íons hidrogênio;

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MECANISMOS PRINCIPAIS DE CONTROLE DO PH

• Sistema Renal

– Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico excretando urina alcalina ou ácida;

– A excreção de urina ácida reduz a quantidade de ácido no líquido extracelular e a excreção de urina básica remove a base dos líquidos extracelulares;

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MECANISMOS PRINCIPAIS DE CONTROLE DO PH

• Sistema Renal

– Mecanismo global

• Grandes quantidades de íons bicarbonato (HCO3 -) são filtradas para os túbulos renais – sua excreção na urina remove portanto a base do sangue – urina básica.

• Grandes quantidades de íons hidrogênio são secretados no lúmen tubular pelas células epiteliais tubulares removendo assim o ácido do sangue –urina ácida.

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