Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios...

20
Uma publicação do Grupo Wilson Sons Setembro 2016 | ano 13 | nº 64 Finanças Novo CFO da Wilson Sons, Fernando Salek se junta ao grupo para contribuir com sua extensa experiência no setor de petróleo e gás Energia solar Ainda pouco explorada, geração tem grande potencial de crescimento

Transcript of Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios...

Page 1: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

Uma publicação do Grupo Wilson Sons Setembro 2016 | ano 13 | nº 64

FinançasNovo CFO da Wilson Sons, Fernando Salek se junta ao grupo para contribuir com sua extensa experiência no setor de petróleo e gás

Energia solarAinda pouco explorada,

geração tem grande potencial de crescimento

Page 2: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

2 Setembro 2016 NEW,S

Giro pela WSEditorial

Negócios alinhados às demandas do desenvolvimentoO comprometimento do Grupo Wilson Sons com ques-tões essenciais à economia e ao desenvolvimento do país é o que nos move a oferecer, a cada edição da revista NEW,S, uma perspectiva nova sobre diferentes segmen-tos, sempre com uma abordagem atual de temas que es-tão na ordem do dia dos brasileiros. Repensar a matriz energética e as formas de evitar os danos que o modelo vigente pode causar é um esforço que o país tem em-preendido e que o Grupo Wilson Sons tem apoiado bem de perto.

Na edição de abril, falamos sobre os investimentos rea-lizados na geração eólica de energia elétrica, principal-mente no Nordeste do Brasil. Outra fonte que correspon-de a uma fatia ainda muito pequena da matriz elétrica, mas que vem ganhando força e atenção das grandes empresas, é a geração solar. Nossa companhia tem acompanhado de perto as mudanças também desse segmento e atuado de forma ativa na movimentação dos equipamentos necessá-rios para a instalação de parques fotovoltaicos, do recebi-mento à descarga no seu destino final. Dois negócios do Grupo – Wilson Sons Logística e Tecon Salvador – vêm atuando em parceria e com operações integradas para o atendimento à crescente demanda do setor pela constru-ção de parques em todo o país.

Também nesta NEW,S, publicamos com exclusividade a primeira entrevista do novo CFO e Relações com In-vestidores da Wilson Sons. Fernando Salek traz um im-portante lastro de experiências no segmento de petróleo e gás e conta sua trajetória e sua visão para a área de Fi-nanças da companhia.

A edição ainda celebra grandes conquistas, como os prêmios da Associação Comercial do Rio de Janeiro, pe-lo projeto de Afundamentos Sustentáveis, e o Prêmio Ex-portação RS, concedido pela Associação de Dirigentes de Vendas do Rio Grande do Sul ao Tecon Rio Grande. Outro marco importante a ser comemorado foi a publi-cação do terceiro inventário de emissões de gases de efei-to estufa (GEE), confirmando a permanente preocupação

da companhia com o meio ambiente. Em 2015, reduzi-mos em 9% o total de emissões de GEE, mesmo com o aumento de atividade e de resultados.

No quesito segurança, um tema tão valioso para nossas operações, mais duas empresas do Grupo – o Tecon Rio Grande e a Wilson Sons Estaleiros – atingiram a marca de 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afastamento. Na edição passada, noticiamos o mesmo fei-to pela Brasco. E a segurança também esteve presente na entrevista desta edição. Erick Guaglianoni, gerente da Basf, fala sobre a opção da empresa pela cabotagem, modal ado-tado por ser uma alternativa segura, de menor custo e mais sustentável para as operações logísticas.

Cézar BaiãoCEO do Grupo Wilson Sons

Page 3: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

NEW,S Setembro 2016 3

Expediente

NEW,S é uma publicação trimestral do Grupo Wilson Sons, produzida e editada pela Textual Comunicação. Jornalista responsável | Ludmilla Totinick

Edição | Daniel Cúrio e Ludmilla Totinick

Redação | Andréia Gomes Durão e Daniel Cúrio

Revisão | Liciane Corrêa

Diagramação | Traço Design

Fotos | Divulgação ACRio (página 5), Divulgação Basf (página 8), Divulgação Engie Brasil Energia (página 12), Divulgação TozziniFreire (página 13), Divulgação Intersolar South America (página 15) e Acervo Wilson Sons

E-mail | [email protected]

GRupO WilSON SONS – CEOCézar Baião CFO e Relações com investidores Fernando Salek Vice-presidente de Rebocadores, Offshore, Agenciamento e EstaleirosArnaldo Calbucci Vice-presidente de Terminais e logísticaSérgio FischerCoordenação editorialComunicação & Sustentabilidade

Os artigos assinados e as opiniões são de total responsabilidade de seus autores.Nenhum material desta publicação pode ser reproduzido sem prévia autorização.

Rua da Quitanda, 86 - 5º andar Centro | Rio de Janeiro | RJ Cep: 20091-005T 55 21 3504-4222 www.wilsonsons.com.br

empresa associada

SumárioFinanças Novo CFO do Grupo Wilson Sons, Fernando Salek concede sua primeira entrevista para a revista. Ele garante que a área financeira vai trabalhar muito próxima das áreas de negócios para fornecer as melhores informações e ajudar na tomada de decisões.

6

EspecialCom grande potencial de crescimento, a geração solar vem ganhando força, e o Grupo Wilson Sons acompanha de perto o desenvolvimento do setor.

10

SustentabilidadeWilson Sons publica inventário de emissão de gases de efeito estufa (GEE) pela terceira vez consecutiva e mostra redução significativa das emissões do Grupo em 2015.

14Segurança Mais duas empresas do Grupo, Tecon Rio Grande e Wilson Sons Estaleiros, conquistaram a marca de 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afastamento.

16

TAmBém NESTA EDiçãO

Giro pela WSCompanhia recebe prêmios nas áreas de sustentabilidade e de exportação.

EntrevistaErick Guaglianoni, gerente da Basf, conta sobre a preferência pela cabotagem no escoamento da produção de Camaçari (BA).

InstitucionalTecon Salvador e Wilson Sons Logística participam da Intersolar.

MemóriaA modernização dos rebocadores é fundamental para operações mais ágeis e seguras, e a Wilson Sons Rebocadores está atenta a essa evolução tecnológica.

48

1815

Page 4: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

4 Setembro 2016 NEW,S

Giro pela WSGiro pela WS

A Wilson Sons Rebocadores ampliou sua frota, com a che-gada do WS Gemini, em agosto, e do WS Scorpius, em maio. Ao todo, quatro rebocadores já foram entregues es-te ano pela Wilson Sons Estaleiros.

As duas embarcações são de propulsão azimutal, com 24 metros de comprimento e 11 metros de boca. O WS Gemini tem 62 toneladas de tração estática (bollard pull), enquanto o WS Scorpius tem 55 toneladas. Ambos fazem parte de uma série de 12 rebocadores que visa à renovação da fro-ta da companhia.

Em julho, foi batizado o PSV (Platform Supply Vessel) Larus, o primeiro da Wilson Sons Ultratug Offshore com 5 mil toneladas de porte bruto. A embarcação é a vigésima da frota de apoio offshore, e sua construção também ficou a cargo da Wilson Sons Estaleiros. O PSV foi encomenda-do a partir do resultado da sexta rodada do Programa de

Renovação da Frota de Apoio Marítimo (Prorefam) e, por-tanto, já tem contrato assinado com a Petrobras.

“Originalmente, a sexta rodada do Prorefam pedia PSVs 4.500. No entanto, nos adiantamos às tendências do mercado e encomendamos embarcações ainda maiores e mais potentes, mostrando nosso compromisso em melhor atender nossos clientes”, comenta o diretor executivo da Wilson Sons Ultratug Offshore, Gustavo Machado.

O PSV Larus tem 85,25 metros de comprimento, 19 metros de boca e calado de 6,30 metros. A embarcação, que conta com tecnologia e projeto de engenharia Damen e financiamento do Fundo da Marinha Mercante (FMM), possui um guindaste sobre trilhos (tipo pórtico) instalado sobre o cargo rail da embarcação.

Wilson Sons Rebocadores recebeu duas embarcações e o pSV larus foi entregue à Wilson Sons ultratug Offshore

PSV e rebocador se juntam às frotas

A equipe da Wilson Sons Rebocadores recebeu uma visita muito especial em junho. O capitão de mar e guerra Alberto José pinheiro de Carvalho, capitão dos portos de São paulo, acompa-nhado do capitão de fragata Rômulo de Souza Santos Junior e do primeiro-tenente João Vinícius Neves Schiavon, ambos da área de Segurança do Tráfego Aquaviário, conheceram o trabalho realizado pela companhia no Centro de Aperfeiçoamento Marítimo William Salomon (CAMWS), no Guarujá, e na Central de Operação de Rebo-cadores (COR), em Santos. O objetivo da visita foi apresentar os dife-renciais da companhia na segurança e na eficiência das operações.

Na foto, Gerson Silva, gerente do CAMWS; Márcio Castro, gerente regional São paulo e paraná da Wilson Sons Rebocadores; primei-ro-tenente Schiavon; capitão de fragata Rômulo; Sérgio Guedes, diretor operacional da Wilson Sons Rebocadores; capitão de mar e guerra pinheiro de Carvalho; pedro Lima, gerente de Operações; Da-niel Amarante, coordenador da COR; e Valdemar Lopes, coordenador de Operações da Wilson Sons Rebocadores Santos e São Sebastião.

Page 5: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

NEW,S Setembro 2016 5

Nos momentos de dificuldade surgem sempre oportunidades. Com o volu-me significativo no mercado de em-barcações de apoio offshore sem con-trato, a Brasco disponibilizou uma nova modalidade de serviço. Desde o início do ano, a Base Brasco Rio, no Caju, vem oferecendo berço para bar-cos que queiram permanecer atraca-dos na Baía de Guanabara, em vez de fundeados.

“Quando um armador tem uma embarcação sem contrato, ele passa a absorver muitos custos. Equipe embarcada, movimentação de ma-teriais e rancho, manutenção, taxa de fundeio, combustível e remoção de resíduos são gastos comuns nes-ses casos.

Nós estamos oferecendo espaço pa-ra esses barcos e, consequentemente, a oportunidade de o armador reduzir boa parte desses custos”, explica o ge-rente Comercial e de Marketing da Brasco, Diogo Salomão.

Ele destaca que os barcos atracados não pagam fundeio, não consomem

combustível e podem, potencialmen-te, manter uma equipe mínima a bor-do, além de haver grande redução nos gastos logísticos. “Criamos uma tari-fa ajustada, de acordo com o tempo de permanência da embarcação, a fim de que esse serviço seja atraente para nossos clientes.”

Desde março, a Brasco vem apre-sentando aos armadores as vantagens desse serviço, que pode receber barcos de até 90 metros de comprimento. Como o terminal da Brasco Rio con-ta com cinco berços, o atendimento não compromete as operações con-vencionais da companhia.

A Brasco Rio, terminal do Caju, pode receber embarcações que ficavam fundeadas

Brasco oferece novo serviço

O Grupo Wilson Sons recebeu dois prêmios em junho. Um deles foi con-cedido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro e é focado em ações ligadas ao desenvolvimento sustentá-vel. A entidade homenageou a com-panhia na categoria Grande Empresa, pelo Projeto Parque dos Naufrágios Artificiais de Pernambuco.

“Essa homenagem é mais um reco-nhecimento importante para o projeto. Sem dúvida, mostra que tomamos uma decisão acertada e nos motiva a forta-lecer ainda mais o projeto de Afunda-mentos Sustentáveis”, afirma a diretora de Desenvolvimento Organizacional (DO) do Grupo Wilson Sons, Aléa Fiszpan, que representou a empresa na cerimônia. O mesmo projeto já havia sido homenageado, em 2014, pela As-sociação dos Dirigentes de Venda (ADVB) nacional e de Pernambuco.

O Projeto Parque dos Naufrágios Artificiais de Pernambuco, que teve início em 2002, consiste no afunda-mento de rebocadores fora de opera-ção para a criação de recifes artificiais. As embarcações proporcionam refú-gio e habitat para o meio marinho, permitindo o estabelecimento de uma cadeia alimentar e de relações ecoló-gicas no entorno do recife. Até hoje, oito rebocadores já foram afundados no litoral pernambucano.

Já o Tecon Rio Grande recebeu, da Associação de Dirigentes de Ven-das (ADVB/RS) do Rio Grande do Sul, o Prêmio Exportação RS. Essa foi a terceira vez que o terminal foi

agraciado na categoria Destaque em Serviços de Suporte à Exportação.

“Neste ambiente desafiador, temos de ser ainda mais disciplinados e im-placáveis na busca por eficiência na empresa. Os investimentos contínuos em tecnologia e inovação e a capaci-dade técnica das pessoas que traba-lham conosco foram fundamentais para mais esse reconhecimento”, des-taca o diretor presidente do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti.

Grupo foi homenageado pelo projeto parque dos Naufrágios Artificiais de pernambuco e Tecon Rio Grande conquistou prêmio Exportação RS

Companhia recebe prêmios

Aléa Fiszpan, diretora de Desenvolvimento Organizacional da WS, com a gerente de Comunicação & Sustentabilidade do Grupo, Angela Giacobbe, e o presidente da ACRio, Paulo Protasio

Page 6: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

6 Setembro 2016 NEW,S

Giro pela WSFinanças

Quando o jovem Fernando Salek pra-ticava windsurfe, não podia prever que seu futuro estaria ligado ao mar de uma maneira diferente. Hoje, à frente das áreas de Finanças e Relações com Investidores do Grupo Wilson Sons, a prancha e a vela deram lugar a nú-meros e pensamento estratégico. E, assim como o antigo windsurfista fi-cava de olho no movimento das ondas e do vento para entrar na água, o no-vo CFO também avaliou o ambiente antes de mergulhar nesse novo desafio.

“Quando decidi pela vaga de CFO, a primeira questão foi a reputação da Wilson Sons no mercado. Não en-contrei uma pessoa sequer falando algo que depusesse contra a atuação da companhia. Uma empresa fazen-do negócios no Brasil há 179 anos passa consistência”, conta Salek, que está passando por um processo inten-so de imersão em todos os segmentos do Grupo.

A reputação, contudo, não foi o úni-co elemento que pesou na decisão do executivo, houve também grande em-patia com os membros do Comitê Exe-

cutivo (Comex). “Fiquei muito im-pressionado com as conversas com o CEO, Cézar Baião, e com os vice--presidentes. Ao explorar alguns temas, houve uma forte convergência de va-lores. Isso despertou meu interesse e me deixou bastante empolgado.”

Salek relata que a oportunidade sur-giu em um momento propício. Depois de anos trabalhando em multinacio-nais – como BHP Billiton, BG, Shell –, ele queria atuar em uma companhia em que suas opiniões e decisões tives-sem maior inf luência e contribuição nos negócios. “Queria sentir esse im-pacto fora de um ambiente de multi-nacional, em que isso raramente ocor-re. Senti que esse era o momento para tal movimento”, explica.

A contribuição para os negócios virá da bagagem do CFO. Salek afir-ma poder colaborar com sua visão de mercado e agregar diversidade ao Comitê Executivo em função do perfil e do histórico profissional di-ferentes de seus pares, apesar de es-tarem alinhados. Uma visão dife-rente traz também um importante

benchmark e oportunidade para olhar para novas práticas.

“Nos momentos de crise econômi-ca, com a maior recessão do Brasil, os negócios são muito afetados. Por mais que a Wilson Sons seja uma empresa financeiramente saudável, organizada e com portfólio diversificado, isso nos atinge. O papel do CFO nesse mo-mento é muito importante para con-ferir disciplina de custos e administrar da melhor forma possível o f luxo de caixa. Isso não apenas ajuda a passar pela turbulência de forma positiva, mas também dá a chance de capturar oportunidades”, destaca.

Com passagem pela Shell e pela BG, Fernando Salek tem ampla ex-periência no mercado de petróleo e gás. A vivência nesse setor, que está em crise, será fundamental para aju-dar a Wilson Sons a enxergar cami-nhos e estratégias nos próximos anos. “Posso contribuir para a empresa nes-se momento tão complicado para o setor de petróleo e gás não só com a minha capacidade técnica e financei-ra, mas também com minha visão desse mercado. Esses são os negócios mais jovens da companhia, então acho que posso colaborar bastante.”

EmpRESA SÓliDAMesmo antes de se juntar à equipe da Wilson Sons, Salek analisou profun-damente a situação da companhia e ficou muito satisfeito com o que viu. “A empresa está em uma posição mui-to interessante”, afirma. Ele atribui essa posição à maneira como o Grupo foi administrado nos últimos anos, tendo montado um portfólio de ativos diversificado, que mitiga riscos. Ou-tras empresas do setor não têm essa diversificação, frisa o CFO, e estão mais expostas a variações cambiais e f lutuações de mercado.

Além da máquina de númerosNovo CFO do Grupo Wilson Sons, Fernando Salek chega com uma ampla bagagem no mercado de petróleo e gás

Page 7: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

NEW,S Setembro 2016 7

“Temos receitas tanto em dólar quanto em real, o que nos dá um hedge natural”, comenta. “Isso não significa que essa boa posição está garantida. Trago a minha experiência para con-tribuir com o desenvolvimento. Vere-mos muitas mudanças no mercado, e precisamos estar atentos para fazer mo-vimentos com alto grau de segurança, que possam nos garantir maior com-petitividade.”

Ainda em seus primeiros dias no cargo, o CFO já comemora a quali-dade dos profissionais que estarão ao seu lado. Ele classifica a equipe como “de ponta”, com alto nível técnico e

grande potencial. “A fundação do que eu quero construir está aqui: pessoas qualificadas e alto grau de engajamen-to. É natural que ocorra algum tipo de mudança, mas isso vai acontecer sem traumas. Serão reformas para tor-nar a Wilson Sons mais eficiente e competitiva, como a companhia já vinha buscando”, diz.

Contribuição é a palavra de ordem nesse período inicial de Salek na Wilson Sons. E não é por acaso. Segundo ele, isso se dá pela transformação que as áreas financeiras vêm sofrendo. “Nós saímos de um papel mais tradicional, de ser uma grande máquina de consolida-ção de números, para uma atuação mais estratégica, de parceria de negócios.

Quero que a área financeira trabalhe muito próxima das áreas de negócios. Vamos estar ao lado dos diretores para fornecer as melhores informações, para oferecer inteligência, ajudando-os a tomar as melhores decisões.”

E se o segmento está em transição, Fernando Salek pretende trazer algu-mas mudanças também para a com-panhia. “Uma agenda que quero pa-trocinar é a de governança. Esse é um tema muito importante. Não basta mais fazer a coisa certa. Precisamos também comprovar e evidenciar que estamos fazendo a coisa certa. Temos que proteger o valor da companhia por meio de uma estrutura robusta de governança.”

OTimiSmOSe a visão “da porta para dentro” é extremamente positiva, a percepção do futuro ambiente econômico bra-sileiro não é diferente. Salek enxerga o cenário com otimismo, apesar de o país passar por um de seus piores mo-mentos na política e na economia. “Estamos finalmente expondo feridas que ficaram escondidas por muito tem-po. Estamos ganhando a oportunida-de de quebrar um modus operandi perverso de fazer negócio no Brasil, um modelo nocivo de corrupção que quase se tornou a prática normal do meio empresarial.”

Ele defende que, por meio de pu-nição exemplar e de conclusão séria dos processos contra políticos e exe-cutivos, o Brasil terá a oportunidade de dar um salto qualitativo no am-biente de negócios. “Sou otimista. Esse momento econômico vai passar, basta implementarmos as reformas ne-cessárias. Já há sinais preliminares de reversão, como o índice de desempre-go. Em dois anos poderemos estar em uma situação econômica muito dife-rente. Mas precisamos trabalhar sério”, conclui.

“Quando decidi pela vaga de CFO, a primeira questão foi a reputação da Wilson Sons no mercado. Não encontrei uma pessoa sequer falando algo que depusesse contra a atuação da companhia. uma empresa fazendo negócios no Brasil há 179 anos passa consistência.”

Fernando Salek, CFO do Grupo Wilson Sons

Page 8: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

8 Setembro 2016 NEW,S

Entrevista

Opção pela cabotagem

NEW,S | Pode fazer um breve resumo do cená-rio atual de negócios da Basf?Erick Guaglianoni | A Basf atualmente é líder global e regional na cadeia de valor dos acrílicos. E o investi-mento no Complexo Acrílico veio fortalecer nossa po-sição de liderança, ratificando nossa confiança no de-senvolvimento do mercado sul-americano.

O ácido acrílico e o SAP eram anteriormente impor-tados. Sua produção em Camaçari faz com que esses pro-dutos estejam disponíveis localmente e para exportação. Além disso, por contar com fábricas em escala global, a estrutura pode exportar para qualquer mercado, em qual-quer lugar do mundo, com qualidade e tecnologia. Além disso, o novo complexo contribui para o processamento

H á pouco mais de um ano, em junho de 2015, a Basf, líder

mundial na área química, inaugurou em Camaçari (BA)

o Complexo Acrílico, com um investimento de mais de 500

milhões de euros. Trata-se de um complexo de produção em

escala mundial de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros

superabsorventes (SAP), com capacidade para 160 mil toneladas

de ácido acrílico por ano.

Toda essa produção precisa ser transportada, e a companhia

optou pela navegação de cabotagem para movimentar a maior

fatia. O gerente de Logística do Complexo Acrílico da Basf,

Erick Guaglianoni, explica que cerca de 80% do volume produzido

é escoado pelo modal – seja em granel pelo Porto de Aratu ou em

contêineres pelo Porto de Salvador. “O processo foi adotado por

ser uma alternativa segura, de menor custo e mais sustentável

para as operações logísticas”, diz o executivo.

Gerente da Basf, Erick Guaglianoni conta que a companhia escoa 80% da produção em Camaçari pelo modal

Page 9: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

NEW,S Setembro 2016 9

nacional de mais de 70% da quantida-de de propeno, que até então era ex-portado, agregando valor à matéria-prima local.

NEW,S | Quanto da produção da Basf é escoado hoje por cabota-gem? Qual o percentual?Erick Guaglianoni | Em Camaçari, cerca de 80% do volume produzido é escoado via cabotabem: em granel pe-lo Porto de Aratu e em contêineres pelo Porto de Salvador.

NEW,S | Faz muito tempo que passaram a utilizar a cabotagem? O que motivou isso?Erick Guaglianoni | A Basf passou a utilizar a cabotagem desde o início das operações no Complexo Acrílico em Camaçari, em junho de 2015. O processo foi adotado por ser uma al-ternativa segura, de menor custo e mais sustentável para as operações lo-gísticas (quando comparado a outros modais de transporte).

NEW,S | Essa modalidade tem crescido em importância na mo-vimentação das cargas da com-panhia? Por quê?Erick Guaglianoni | Sim, em es-pecial pelos motivos abordados acima: redução de custo e sustentabilidade.

NEW,S | A expansão e o forta-lecimento do Tecon Salvador con-tribuíram para esse processo? Nas outras pontas, também há boas ofertas de terminais?Erick Guaglianoni | Sem dúvidas. As melhorias entregues pelo Tecon Sal-vador nos últimos anos proporcionaram maior confiança no processo de entre-ga e retirada de contêineres, o que nos permitiu maior assertividade no plane-jamento dos processos. Em relação às outras pontas, temos boas opções, já que nossa demanda está basicamente nas re-giões Sul e Sudeste.

NEW,S | As linhas que existem hoje são satisfatórias? Tanto em frequência quanto em portos es-calados? O que poderia ser me-lhorado?Erick Guaglianoni | Hoje existem opções que atendem às nossas de-mandas, mas há também oportuni-dades de melhoria quanto à asserti-vidade das datas de saída e ao lead time (tempo entre o pedido e a entre-ga) do transporte.

NEW,S | A empresa faz uso de longo curso também? É possível para o senhor avaliar a cabota-gem em comparação com o lon-go curso?Erick Guaglianoni | A Basf tam-bém utiliza o longo curso e, com-parativamente, acredito que a cabo-tagem é bastante atrativa quando comparada a qualquer modal.

NEW,S | A logística e a infraes-trutura são grandes desafios para os negócios da companhia?Erick Guaglianoni | A Basf sempre busca soluções seguras, sustentáveis e de baixo custo para o transporte de seus produtos e matérias-primas, e muitas delas ainda esbarram na falta de infraestrutura.

NEW,S | Como a Basf enxerga as tendências nesse segmento?Erick Guaglianoni | Como já men-cionei, a busca por alternativas sus-tentáveis é uma grande prioridade para a Basf quanto à movimentação de cargas. Revitalizar estruturas exis-tentes e acompanhar estudos de mer-cado e governo são algumas das for-mas de nos mantermos atualizados quanto às tendências do setor. Nosso objetivo é sempre buscar possibilida-des de melhorias internas e contribuir para uma gestão mais sustentável de nossos negócios.

Cabotagem cresce no Tecon Salvador

O Tecon Salvador registrou crescimento nos primeiros meses deste ano. De janeiro a agosto, houve uma alta de 6,1% na movimentação de cargas advindas dessa modalidade, em comparação com igual período de 2015. Esse desempenho confirma as vantagens da cabotagem, entre elas a integridade da carga, a preservação do meio ambiente e a redução de custos logísticos, entre outros fatores.

“É cada vez mais comum vermos grandes empresas adequando sua estrutura logística para utilizar a cabotagem na movimentação de cargas, seja na compra de matéria-prima ou na expedição de produtos acabados”, diz a diretora comercial do Tecon Salvador, Patrícia Iglesias.

Ela destaca o crescimento em alguns segmentos. Na descarga, houve alta expressiva em arroz (+13%). Já no embarque, ela cita pneus (+73%), frutas (+20%) e plásticos (+462%). Em 2016, houve a entrada de novas empresas movimentando cargas na cabotagem pela Bahia, dentre elas as de móveis chapa MDF, revestimento cerâmico, amaciante, sabão, lubrificante automotivo e industrial, salsicha, aveia em flocos, negro de fumo e energético. As cargas de projeto também tiveram influência nessa movimentação. De janeiro a agosto deste ano, foram 7.630,5m³ de carga eólica embarcada para o interior do Rio Grande do Sul.

Page 10: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

10 Setembro 2016 NEW,S

Especial

A energia que vem do solAinda responsável por uma pequena fatia na matriz energética brasileira, geração solar tem grande potencial de crescimento

Page 11: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

NEW,S Setembro 2016 11

Há anos o Brasil é referência em geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, em grande parte por conta das usi-nas hidrelétricas. O modelo, que parecia sustentável, vem se mostrando cada vez mais deficiente, inclusive com ameaças de racionamento. Com isso, vêm se intensificando os esforços por diversificar a matriz energética do país. Um dos segmentos que tem crescido é o de energia eólica, como tratamos na edição 62 da NEW,S, em abril deste ano. Há outro segmento, contudo, que ainda responde por uma fatia muito pequena, mas apresen-ta grande potencial: a geração de energia solar.

De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Ministério de Minas e Energia (MME), ao final de 2024 a geração solar será responsável por 3,3% da matriz elétri-ca brasileira, com 7 GW de capacidade instalada. Pode parecer pouco, mas se analisarmos o gráfico equivalente de 2014, esse segmento simplesmente não é retratado, correspondendo por 0,3 GW atualmente.

Em uma apresentação em julho deste ano, o presidente exe-cutivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Lopes Sauaia, apontou as vantagens des-sa matriz energética. Segundo ele, é uma fonte limpa, renovável e sustentável que contribui para as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa do país, já que não gera nenhum tipo de resíduo. Além disso, diminui perdas na transmissão e na distri-buição e cria uma nova cadeia de produção no Brasil, aquecen-do a economia local e nacional.

Page 12: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

12 Setembro 2016 NEW,S

No âmbito social, Sauaia destaca o aumento da oferta de empregos. Apenas no ano passado, mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos tra-balharam na manufatura, na instala-ção de equipamentos, no desenvol-vimento de projetos e em outras funções ligadas à energia solar, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Ele estima que, até 2020, de 20 mil a 60 mil empregos possam ser criados no Brasil a partir desse novo mercado.

O Brasil tem uma grande vantagem na geração dessa energia: a ampla oferta de ir-radiação solar. Ao longo de todo o ano e em todo o seu território, a incidência solar é muito grande, aumentando o potencial para essa fonte de energia. Há capacidade de pro-dução em todos os estados bra-sileiros, com concentração in-tensa em especial no sertão nordestino.

Com a oferta de leilões para novos projetos, inúmeras com-panhias estão voltando suas atenções para esse segmento, seja na geração, na produção e importação de equipamentos ou na instalação dos parques solares.

Uma dessas empresas é a En-gie Brasil Energia. De acordo com seu diretor de Geração, José Laydner, eles sempre bus-caram diversificar seu portfólio de fontes de geração de energia. “Foi seguindo essa estratégia que decidimos ingressar na ge-ração fotovoltaica. Primeiro fi-zemos um movimento para en-tender melhor esse segmento e lideramos a pesquisa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estuda a geração a partir do sol em vários locais do Brasil e que tem na Usina Fo-

tovoltaica Cidade Azul, de 3 MW, o principal investimento desse progra-ma”, explica.

Para mostrar o quanto esse traba-lho ainda está no princípio, Laydner abre alguns números da companhia: dos 8.729 MW de capacidade insta-lada da Engie, apenas 3 MW são pro-venientes de fonte solar. O executivo, contudo, é otimista. Ele acredita que no crescimento da geração distribuí-da, que é aquela realizada individual-mente pelos clientes finais, com a ins-

talação de painéis em residências, prédios e imóveis comerciais. “A ge-ração solar centralizada desempenha-rá um papel complementar na matriz elétrica brasileira. Acreditamos que o futuro está na geração distribuída. A própria Aneel divulgou, recentemen-te, estudo em que afirma que 1,2 mi-lhão de clientes serão atendidos pela geração distribuída em 2024.”

Outra empresa que está desenvol-vendo projetos nesse segmento é a CPFL Eficiência. Seu diretor, Pablo

Becker, comenta que o po-tencial do mercado é muito grande, mas que ainda há al-guns entraves para que a ex-pansão seja mais vigorosa. “Os projetos têm custo mui-to alto. Os painéis ainda pre-cisam ser importados, o que é oneroso para as compa-nhias. É preciso criar políti-cas para facilitar o financia-mento desses componentes”, destaca ele, frisando que a tendência é que o preço caia com a escala maior da pro-dução.

Becker cita alguns núme-ros do setor para justificar o interesse da CPFL Eficiência na geração distribuída: até 2035, estima-se que a carga chegue a 18 mil GW/h nos lares que receberão esse tipo de energia. No mesmo perío-do, a indústria (maior consu-midor de energia no Brasil) terá 1 mil GW/h e o comér-cio, 2 mil GW/h.

Especialista em energia, a advogada Heloisa Scara-mucci, sócia na TozziniFrei-re, explica que o mercado está mais aquecido desde o ano passado. Desde 2012 as empresas já começaram a olhar com mais atenção pa-ra o segmento, mas foi em

“A própria Aneel divulgou, recentemente, estudo em que afirma que 1,2 milhão de clientes serão atendidos pela geração distribuída em 2024.”José laydner, diretor de Geração da Engie Brasil Energia

Page 13: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

NEW,S Setembro 2016 13

2015, com uma nova resolução da Aneel, que surgiram condições mais propícias, o que ampliou o interesse do empresariado.

“O cenário de crise traz uma jane-la de oportunidade para as compa-nhias”, conta a advogada. “Com a re-tomada no crescimento econômico, nos próximos anos, o mercado vai precisar contratar mais energia. A so-lar tem vantagens, como o fato de ser mais sustentável, diz ela.”

SOluçÕES lOGÍSTiCASPara o desenvolvimento dos parques de geração solar, é necessário muito mais do que uma empresa responsável pelo serviço. Como já citado, o equi-pamento é imprescindível. E como parte dele precisa ser importada, a lo-gística se torna um elemento-chave para o sucesso dos projetos.

No Grupo Wilson Sons, duas em-presas vêm acompanhando de perto esse setor e dando todo o apoio às companhias que estão investindo na geração solar. O Tecon Salvador, ter-minal de contêineres da capital baiana, está recebendo todos os equipamentos de uma empresa que está montando três projetos de parques no interior do estado. Desse total, 65% da carga ainda permanece no Tecon antes de ser enviada para os locais.

“Até agora, recebemos 700 con-têineres. A expectativa é de que pas-sem pelo terminal de 2 mil a 2,5 mil contêineres por projeto. Ou seja, podemos receber até 7,5 mil contêi-neres especif icamente para esse seg-mento nos próximos meses. É um volume muito expressivo”, comenta a diretora comercial do Tecon Sal-vador, Patrícia Iglesias. Ela ressalta que cada projeto tem estimativa de 10 a 12 meses de instalação.

Já a Wilson Sons Logística, em-presa do Grupo que atua nas áreas de armazenagem alfandegada e ge-ral, gestão de estoque e de transpor-te, distribuição e soluções para o co-mércio exterior, passou a atuar em 2015 também em projetos de energia solar, tanto na área de geração de energia distribuída quanto concen-

trada. Segundo seu diretor executi-vo, Thomas Rittscher III, o merca-do de operadores logísticos hoje aponta para um caminho com em-presas mais especializadas em seg-mentos e que tenham capacidade e expertise para realizar operações in-tegradas ao longo de toda a cadeia logística. Como ainda são poucos os operadores com essa capacidade, os clientes têm dif iculdade para iden-tif icá-los.

“Nesse primeiro momento, temos no país um movimento de impor-tação de equipamentos, placas e es-truturas para a construção dos par-ques solares e eólicos. Oferecemos toda a logística de distribuição, des-de a entrada das cargas nos portos, e também das cargas produzidas no país, até a transferência para uma área alfandegada e todo o seu trâ-mite aduaneiro, mais a transferência para algum armazém geral quando necessário, e o transporte até os par-ques com a descarga de forma cor-reta. Isso para qualquer tipo de pro-duto do setor, em qualquer região do país”, informa Rittscher. Para ele, os mercados mais promissores são os que estão passando à margem de toda a crise que estamos viven-do, como os associados à energia renovável.

“O cenário de crise traz uma janela de oportunidade para as companhias. Com a retomada no crescimento econômico, nos próximos anos, o mercado vai precisar contratar mais energia. A solar tem vantagens, como o fato de ser mais sustentável.”

Heloisa Scaramucci, sócia na TozziniFreire Advogados

Page 14: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

14 Setembro 2016 NEW,S

Sustentabilidade

Wilson Sons publica terceiro inventário de emissões de gases

Alinhado ao seu comprometimento com práticas sustentáveis, o Grupo Wilson Sons publicou, em agosto, seu terceiro inventário de emissões de ga-ses de efeito estufa (GEE), relativo às operações da companhia em 2015. O documento segue a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol. A empresa está entre as primeiras do setor naval e portuário no Brasil a adotar a metodologia e a publicar seu próprio inventário. Ao todo, 136 par-ticipantes do programa publicaram inventários este ano.

Mesmo com um sólido crescimen-to nas operações de terminais portuá-rios e rebocagem do Grupo no ano passado, o resultado do inventário in-dicou uma redução de 9% no total de emissões de GEE, em comparação a 2014. O resultado foi mais significati-vo em Terminais e Logística, que, jun-tos, apresentaram uma queda de 28%.

De acordo com João David Santos, gerente corporativo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da Wilson Sons, o encerramento de ope-rações dedicadas da Logística, além da otimização no consumo de ener-gia elétrica e da desmobilização de equipamentos de tecnologias mais antigas, contribuíram para os resul-tados positivos do inventário. “Os números ref letem nossos esforços con-tínuos para a disciplina de capital, pa-ra a redução de custos e para o au-mento de ganhos com a eficiência energética, constatado principalmen-te com a redução no consumo de die-sel e de GLP nas operações portuá-rias”, informou Santos.

A companhia manteve o Selo Prata, concedido às instituições que reportam as emissões de todas as suas fontes, in-cluindo das empresas em que possuem participação societária.

O resultado do inventário indicou uma redução de 9% no total de emissões de gases de efeito estufa

Page 15: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

NEW,S Setembro 2016 15

Institucional

O Tecon Salvador e a Wilson Sons Logística estiveram atentas às opor-tunidades de prospecção e de forma-ção de novas parcerias durante a In-tersolar South America, maior feira de energia solar do Brasil e versão sul-americana da maior série mundial de feiras do setor, que aconteceu em agosto, em São Paulo. No estande montado no local, os representantes do Grupo apresentaram informações

atua lizadas sobre o crescimento da movimentação dessas cargas na Bahia, e também prestaram esclarecimentos sobre os cuidados especiais necessá-rios para garantir a segurança e eli-minar riscos de avarias durante o pro-cesso. A diretora comercial do Tecon Salvador, Patrícia Iglesias, e o diretor executivo da Wilson Sons Logística, Thomas Rittscher III, também esti-veram no evento.

Vale ressaltar que nos últimos me-ses os dois negócios do Grupo vêm realizando em parceria operações integradas para atender à crescente demanda do setor pela construção de parques fotovoltaicos em todo o país. No primeiro semestre de 2016, o Tecon Salvador registrou um au-mento expressivo na movimentação de cargas de projeto para a constru-ção desses parques. Só na cabotagem, o aumento da descarga de peças e equipamentos foi de 34% em julho e de 13% no acumulado do ano, em relação a iguais períodos de 2015. O uso desse modal é considerado o mais indicado para essas operações, pois diminui o risco de danos e o tempo de exposição da carga (de alto valor agregado) nas rodovias.

Uma vez que as cargas chegam, a Wilson Sons Logística entra em ação, operando soluções completas desde a chegada do material importado no Brasil até o envio dos produtos f i-nais aos parques e projetos, por meio de suas plataformas regionais em São Paulo e Pernambuco. As soluções atendem tanto às empresas de gera-ção centralizada quanto às de gera-ção distribuída, que importam placas ou componentes para montagem de sistemas fotovoltaicos. Entre alguns serviços prestados estão etiquetagem das placas com selos de órgão anuen-tes, recebimento de componentes de fornecedores nacionais e separação de kits fotovoltaicos conforme de-manda e distribuição em todo o ter-ritório nacional.

Intersolar: atentos às oportunidades

Os dois negócios do Grupo vêm atuando na realização de operações que atendem à crescente demanda do setor pela construção de parques fotovoltaicos em todo o país. Só no primeiro semestre de 2016, o Tecon Salvador registrou aumento na descarga de peças e equipamentos de 13% no acumulado do ano, em relação a 2015

Tecon Salvador e Wilson Sons logística marcam presença na maior feira de energia solar do Brasil

Page 16: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

Se na edição passada comemoramos a conquista da Brasco, que havia com-pletado 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afas-tamento, nesta edição temos motivos em dobro para celebrar. Nos últimos meses, duas outras empresas do Grupo Wilson Sons atingiram a mesma marca: o Tecon Rio Grande e a Wilson Sons

Estaleiros. Ambas receberam o Prêmio WS+, um reconhecimento interno da companhia aos negócios que atingem esse patamar.

Na Wilson Sons Estaleiros, a con-quista teve um gosto especial. Foi nessa unidade de negócios que o Grupo rea-lizou o piloto do programa WS+, que visa à mudança comportamental dos

colaboradores para garantir maior segu-rança às operações. O WS+ foi um di-visor de águas na trajetória da compa-nhia e o principal responsável por levar as empresas a marcas tão expressivas.

Desenvolvido a partir de metodo-logia da DuPont, o programa foi ex-pandido para todo o Grupo e regis-trou resultados muito positivos. De 2010 – ano anterior à implementação – a 2015, o Grupo reduziu em 80% a incidência de acidentes com afasta-mento. O reconhecimento não se re-sume aos números. A companhia fi-cou em 2015, pelo quarto ano consecutivo, entre os vencedores do Prêmio DuPont de Segurança e Saú-de do Trabalhador, tornando-se a maior vencedora da premiação.

“Nos estaleiros, o WS+ teve resul-tados ainda mais expressivos, reduzin-do a taxa de frequência de acidentes em 97%. Entre agosto de 2015 e julho deste ano, mais de mil pessoas, entre funcionários próprios e terceirizados f ixos, trabalharam na Wilson Sons Estaleiros sem sofrer acidentes que re-

Mais dois negócios fazem históriaTecon Rio Grande e Wilson Sons Estaleiros chegaram a 2 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afastamento

Segurança

16 Setembro 2016 NEW,S

Page 17: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

sultassem em afastamento, totalizando 2 milhões de homens-horas”, destaca o gerente corporativo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), João David Santos.

No Tecon Rio Grande, o Prêmio WS+ chegou em junho. Segundo o diretor presidente do terminal, Paulo Bertinetti, a conquista é resultado de uma sucessão de programas e inicia-tivas, desde 2012, voltadas à mudança comportamental dos colaboradores com foco no aumento da segurança. A partir da campanha Risco Zero e com a implantação do Programa WS+, o Tecon reduziu a taxa de frequência de acidentes de 8,75 em 2011 para 1 em 2015, e atualmente está em zero. Entre 13 de maio de 2015 e 1º de ju-nho deste ano, aproximadamente mil mil pessoas do Tecon Rio Grande

alcançaram a mesma marca de 2 mi-lhões de homens-horas trabalhadas, sem acidentes com afastamento, con-siderando tanto os funcionários pró-prios quanto os terceirizados fixos.

O gerente de SMS reforça a im-portância de trabalhar a cultura de segurança nas operações. Segundo a Organização Internacional do Tra-balho (OIT), cerca de 317 milhões de acidentes de trabalho ocorrem to-dos os anos no mundo, deixando um número aproximado de 2,3 milhões de vítimas. O Brasil ocupa a quarta colocação no ranking mundial desse tipo de acidente. De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social, 704.136 ocorrências foram registradas em 2014, sendo 2.592 de-las somente no setor de construção de embarcações.

NEW,S Setembro 2016 17

Page 18: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

18 Setembro 2016 NEW,S

Memória

As operações portuárias desempenham um papel determinante no comércio internacional e inf luenciam direta-mente nos resultados econômicos dos países. Quanto mais eficientes forem os processos da cadeia logística por-tuária, maior será o resultado nas ex-portações brasileiras.

As embarcações de apoio, além de contribuírem para operações cada vez mais eficientes, são matéria de impor-tância crítica no quesito segurança. Os rebocadores são fundamentais no auxílio à atracação e à desatracação de navios, mesmo daqueles que apre-

sentam sistemas de propulsão com maior capacidade de manobra. Além disso, também podem ser empregados no giro e no acompanhamento dessas embarcações.

Até a primeira metade do século XX, os rebocadores eram classifica-dos de acordo com o tipo de motor: a vapor ou a diesel. Atualmente, po-dem ser classificados pelo tipo de pro-pulsão, seja convencional ou azimutal, e vários aperfeiçoamentos surgiram ao longo do tempo. Um deles foi o emprego dos tubulões-Kort, desen-volvidos pelo alemão Ludwig Kort e

Frota em transformaçãoEvolução de rebocadores brasileiros é importante aliada em atividades portuárias

Ilustrando o processo evolutivo dessas embarcações no Grupo, o rebocador Neptuno, de 1978, e o rebocador Gemini, de 1979, na comparação com os novos WS Titan, de 2015, e WS Procyon, deste ano

Page 19: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

NEW,S Setembro 2016 19

amplamente difundidos na década de 1930. Esse sistema possibilita um ga-nho na tração para a frente (vante) de até 30%, mas reduz a capacidade de governo, criando a necessidade de le-mes mais eficientes.

As embarcações mais modernas es-tão equipadas com propulsores azi-mutais, com capacidade de realizar giro de 360 graus em torno do seu próprio eixo. As principais empresas de apoio portuário estão renovando suas frotas com rebocadores azimutais

e no Brasil não é diferente. A Wilson Sons, líder no segmento de apoio por-tuário, está na vanguarda desse pro-cesso. A companhia possui mais de 70 rebocadores, sendo que mais de 80% deles conta com propulsão azimutal. Essa é, hoje, a contribuição da com-panhia para o aumento da efi ciência nas atividades portuárias.

Outros dois exemplares que integravam a antiga frota da Wilson Sons: o rebocador Rose, entregue em 1934, e o Linosa, produzido em 1950, com suas respectivas tripulações

Page 20: Finanças - tecon.com.br NEWS 64_v1… · 2 Setembro 2016 NEW,S Giro pela WSEditorial Negócios alinhados às demandas do desenvolvimento O comprometimento do Grupo Wilson Sons com

A partir de ativos estratégicos – Terminais Portuários, EADIs (Terminais Alfandegados) e Centros de Distribuição integrados por operações de transporte – o Grupo Wilson Sons oferece total qualidade, segurança e agilidade para as operações de carga de projeto. A companhia opera nos principais portos do país, com soluções completas e customizadas para qualquer tipo de carga.

Wilson Sons. Solução em Carga de Projetos.

Wilson Sons. Em movimento desde 1837.

www.wilsonsons.com.br