Finanças quer dinheiro de volta - bombeirosdeportugal.pt · neranda cifra de mais de 600 mil...

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Novo quartel tarda À espera do milagre Um sonho concretizado Demonstração conjunta das EIP’S BOMBEIROS SEMPRE PRONTOS BOMBEIROS SEMPRE PRONTOS LIGA QUER MAIS ESCOLA BARCELINHOS FÁTIMA ALBERGARIA-A-VELHA SALTO - MONTALEGRE Conselho Nacional Páginas 16 e 17 Pág. 10 Pág. 13 Páginas 14 e 15 Pág. 5 Pág. 4 Pág. 23 A BRIL DE 2013 EDIÇÃO: 319 ANO: XXX 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA Finanças quer dinheiro de volta Fotos: Marques Valentim Pág. 32

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Novo quartel tarda À espera do milagreUm sonho concretizado

Demonstração conjunta das EIP’S

BOMBEIROS SEMPRE PRONTOSBOMBEIROS SEMPRE PRONTOS

LIGA QUERMAIS ESCOLA

BARCELINHOS FÁTIMAALBERGARIA-A-VELHA

SALTO - MONTALEGRE

Conselho Nacional

Páginas 16 e 17 Pág. 10

Pág. 13

Páginas 14 e 15

Pág. 5

Pág. 4

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A b r i l d e 2 0 1 3 edição: 319 Ano: XXX 1,25€ director: rui rAmA dA SilvA

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2 ABRIL 2013

Quase 4 milhõesPor atacado, as ambulâncias de transporte múl-

tiplo da associação a cujos órgãos sociais per-tenço marcam nos seus conta-quilómetros quase 4 milhões de quilómetros percorridos em apenas meia dúzia de anos. Algumas, já assinalam a ve-neranda cifra de mais de 600 mil quilómetros vencidos em estradas, auto-estradas, ruas, becos e caminhos das nossas terras. Algumas dessas viaturas, que se espalham também por todas as associações e corpos de bombeiros, constituem verdadeiros milagres, a passar de mão em mão ao longo do dia por força das circunstâncias, dos turnos do nosso pessoal, das solicitações progra-madas ou extras que nos vão chegando ao longo das 24 horas, e a que procuramos responder com a convicção e a determinação de que nenhum doente poderá ficar sem transporte. Algumas via-turas começam o seu dia às 6 da manhã, termi-nam na madrugada do dia seguinte e, em muitos casos, nem os motores arrefecem no curto perío-do que permanecem nos quartéis.

Estas ambulâncias, se tivessem alma humana, muitas histórias, também ouvidas pelos nossos bombeiros, teriam para contar. Histórias de quan-tos desabafos, quantos queixumes, algumas es-peranças vãs, outras histórias de coragem no combate à adversidade e à doença, que foram ouvindo ao longo dos anos, da boca de doentes que já nos deixaram ou de outros que, felizmen-te, recuperaram e voltaram à vida normal. Os pri-meiros ficam-nos sempre na memória. Os segun-

dos, vamos continuando a encontrar a cada pas-so nas suas vidas quando circulamos nas ruas das nossas terras. Um aceno de mão, um sorriso, um aperto de mão trocados com os bombeiros que circulam nas ABTM. Gestos em memória de tempos passados em que os bombeiros foram um dos seus maiores suportes de apoio quando fo-ram transportados por eles para o tratamento, o exame e outros cuidados médicos. Esses gestos testemunham bem a relação de gratidão, de sim-patia, de proximidade, de apoio, de aconchego humano, que os doentes foram sentindo dos bombeiros nos momentos de fragilidade vividos. Histórias de dezenas de milhares de doentes que durante anos temos transportado. Doentes a quem satisfazemos, garantimos aquilo que o Es-tado lhes prometeu. Aquilo que o Estado nos pe-diu, quase exigiu e depois paulatinamente foi re-tirando. E não fosse o nosso próprio esforço, o das federações e, em particular, o da Liga, nem saberíamos onde teríamos chegado.

Com as ABTM, sublinhe-se também, fomos os verdadeiros suportes da democratização do nas-cente Serviço Nacional de Saúde. Não fosse o nosso empenho e o nosso esforço, também finan-ceiro, e nenhum Governo poderia ter feito chegar aos cidadãos, na esmagadora maioria dos casos, o acesso directo aos cuidados de saúde. Não nos medalhem por isso. Respeitem-nos apenas. E há muita forma de o fazer e demonstrar.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Não é fácil encontrar matéria mensal para abordar neste espaço. Hoje não tenho infor-

mação suficiente da nossa Confederação, que me permita comentar sobre a actualidade dos Bom-beiros de Portugal, sem correr o risco de entrar na via da especulação ou de parecer um dos mui-tos comentadores que andam por aí a falar de tudo e de nada.

Escrevo neste jornal há 20 anos, há tantos quantos intervenho na Liga dos Bombeiros Portu-gueses. Tenho por isso uma relação afectiva com este importante veículo de comunicação dos (e para) Bombeiros. Tenho um grande respeito pelo trabalho que o Director deste jornal e a sua equi-pa realizam, dignificando deste modo este jornal e a instituição que o criou há mais de 30 anos.

Porém sinto que chegou o momento de inter-romper esta presença mensal, porque faltam-me dados para uma reflexão actual e útil, quanto à realidade dos bombeiros portugueses.

Penso que está adiada uma reflexão profunda sobre as nossas estruturas, sobre os caminhos que deverão trilhar na construção do futuro. Con-tinuamos excessivamente agarrados aos mesmos objectivos, às mesmas preocupações e proble-mas. Falta-nos audácia, inovação e argúcia. So-bra-nos medo do que é novo, medo do debate, medo do contraditório.

Neste momento parece-me essencial que nos

questionemos: que associações, que Liga e que Bombeiros queremos?

No meu ponto de vista este é o mais importan-te objectivo sobre o qual todos os dirigentes e elementos de comando dos Bombeiros de Portu-gal se devem concentrar, em especial o Conselho Executivo da LBP.

Vivemos um momento no país e no mundo onde muitas das verdades que tínhamos como adquiridas são questionáveis. Resta-nos as con-vicções, que não devem ser confundidas com ce-gueira corporativa, tantas vezes reveladora da falta de solidez das alegadas convicções.

O tempo em que vivemos é feito de novos de-safios e novos constrangimentos, que exigem abertura de espirito, disponibilidade e capacidade de aprendizagem.

Por todas estas razões sinto necessidade de fa-zer uma pausa neste Teatro de Operações, uma vez que jamais me resignarei a fazer deste espa-ço um repositório de banalidades, de retóricas sem consequência e sem sentido.

Escrever num jornal como o Bombeiros de Por-tugal é uma grande responsabilidade. Daí enten-der que chegou a hora duma paragem obrigató-ria.

Assim resta-me, caros leitores, dizer-vos… até um dia destes!

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Paragem obrigatória

Faleceu no dia 8 de abril Ed-mundo Duarte Semide de 33

anos e bombeiro de 2.ª nos Bombeiros de Coja.

O bombeiro ingressou no Vo-luntários de Coja em maio de 2003 como aspirante, tendo sido promovido a bombeiro de 3.ª em 2005. No seu percurso operacional registam-se a fre-quência de cursos específicos na área de combate a incêndios florestais e ainda urbanos e in-dustriais, a sua vontade de pro-gredir e estar mais bem prepa-

rado para servir o próximo le-vou-se a promoção à categoria de bombeiro de 2.ª em maio do ano passado. O exemplar servi-ço e disponibilidade para as missões que lhe eram confiadas bem como no trabalho em equi-pa levaram a receber louvores e uma medalha da LBP.

No dia da despedida, foram muitos os amigos e colegas que o recordaram como sendo um “amigo do seu amigo, sempre presente para ajudar”.

Sérgio Santos

COJA

Até sempre Edmundo

No passado dia 5 de abril, após doença prolongada, fa-

leceu o 2.º comandante da As-sociação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Colares, José Alberto Cruz Rodrigues.

Esta foi mais uma enorme perda para esta centenária as-sociação, que nos últimos tem-pos tem assistido à partida ele-mentos de grande relevo, al-guns prematuramente ceifados no auge da vida, com muito ca-minho ainda por percorrer ao serviço da associação e da cau-sa dos bombeiros portugueses.

Bombeiro Voluntário desde 1977, José Alberto dedicou mais de metade da sua existên-cia à causa da solidariedade, do socorro e da ajuda aos outros, numa carreira de voluntariado

exemplar, que deixou marcas profundas em muitos jovens bombeiros a quem mostrou ca-minhos.

Mesmo debilitado pela doen-ça o 2.º comandante fez ques-tão de desempenhar as suas tarefas até ao fim, e de contri-buir para benfeitorias no quar-tel que não chegou a ver con-cluídas, mas que permanecerão na memória dos seus pares

como testemunhos vivos da sua presença e da sua capacidade de sonhar.

No momento da despedida, marcaram presença represen-tantes de associações de bom-beiros, muitos amigos e todos os elementos do corpo ativo e da fanfarra dos Voluntários de Colares, para prestarem as honras devidas a um soldado da paz que ao desaparecer deixou a todos mais pobres.

Em comunicado, direção e o comando dos Voluntários de Colares agradecem “a todas as associações que demonstraram a sua solidariedade acompa-nhando e participando das ceri-mónias fúnebres, nesta ocasião de profundo pesar para a sua instituição”.

COLARES

Associação perde 2.º comandante

Num destes dias, o pequeno Diogo Alexandre, de ape-nas sete anos de idade, comoveu os Voluntários

Lisbonenses com um pedido simples, infantil, talvez por isso mesmo tocante.

O pequenote diz na sua missiva que o “que mais gosta é de brincar com carrinhos de bombeiros”, revela ainda que acalenta o sonho de ingressar nos voluntários da sua terra, Vila Praia de Ânco-ra, tal como seu o fez até ao dia em que um aci-dente lhe roubou a oportunidade de “ir para os fo-gos, quando a sirene tocava”.

Gosta de “brincar aos bombeiros” e de imagi-nar o dia em também ele irá salvar vidas, mas até lá tem uma missão muito importante: conti-nuar a coleção de “coisas de bombeiros” iniciada há anos pelo seu progenitor, mas que agora lhe foi confiada.

Nesse sentido, o decidido Diogo contactou os Lisbonenses para que o ajudassem a enri-quecer este seu tesouro. O pedido emocionou a associação, que de mobilizou para brevemente surpreender o colecionador de palmo e meio com algumas ofertas, conforme nos disse o coman-dante França de Sousa, muito sensibilizado com a história de Diogo.

O menino explica no e-mail endereçado para as-sociação lisboeta que qualquer contacto deve ser fei-to para a mãe pois ele “ainda é muito pequeno” para receber correspondência, um argumento materno, ou uma “teimosia, que o pequeno não entende porque con-forme alega “os bombeiros não fazem mal a ninguém”.

Termina a mensagem pedindo aos bombeiros que o ajudem “como ajudam as pessoas que estão doentes”.

Obrigada Diogo Alexandre pela ternura, mas sobretudo pelo afeto e admiração que dedicas aos soldados da paz, que certamente não vão ignorar o teu pedido.

Esperamos que, dentro em breve, a tua coleção esteja bem maior!

Sofia Ribeiro

[email protected]

O pedido do Diogo

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3ABRIL 2013

Uma etapa ganha, outra para ganhar

Esgrimimos argumentos que aca-baram por ter ganho de causa.

Falo da isenção do IRS para os ele-mentos assalariados das nossas as-sociações que participam no Disposi-tivo de Combate a Incêndios Flores-tais (DECIF) na qualidade de volun-tários. Era uma questão que se arrastava e para a qual lutámos por uma solução adequada, agora final-mente alcançada.

No processo negocial que conduziu ao desfecho positivo não fizemos o alarde que, porventura, muitos dese-jariam. Preferimos ir por outros ca-minhos, chamando a atenção a quem de direito, sensibilizando de forma incisiva e urbana, batendo sucessiva-mente às portas, vencendo etapas e ganhando também aderentes e apoiantes para a nossa causa. E, como a realidade testemunha, essa estratégia surtiu efeito.

E seria também profundamente in-

justo se não reconhecêssemos nesse processo o empenhamento institu-cional e pessoal do ministro da Admi-nistração Interna, Miguel Macedo, e do seu secretário de Estado, Filipe Lobo d´Ávila.

Das novas disposições do DECIF para este ano e respetivas compen-sações pecuniárias para as associa-ções e para os bombeiros envolvidos podemos concluir que, podendo não ser a solução ideal, constitui sem dú-vida, com o apoio dos mesmos diri-gentes atrás referidos, um clarão de luz ao fundo do túnel, um claro avan-ço num caminho que se percorre, e ganha, caminhando.

Resultados que assumem maior expressão tendo em conta a crise e austeridade a que estamos sujeitos e que tem levado outros ministérios a reduzir despesas, como as associa-ções e corpo de bombeiros bem sa-bem e têm sofrido.

Vencida esta etapa com um saldo positivo, tendo em conta as contin-gências e estrangulamentos conheci-dos, importa agora partir para outra etapa que, aliás entronca na anterior. Refiro-me de novo ao modelo de fi-nanciamento das associações.

Defendemos a urgência e a impor-tância de alcançar esse novo modelo com a mesma convicção, determina-ção e razoabilidade postas noutras negociações.

Estamos plenamente conscientes das limitações impostas ao Governo pela conjuntura que vivemos e pelo próprio processo de resgate liderado pela troika.

Daí que na nossa fundamentação para o novo modelo não deixemos de ter em conta todos esses aspetos. Porém, não nos inibindo nem condi-cionando da defesa dos princípios que devem pontificar nesse modelo de financiamento. Independente-

mente do montante de verbas a atri-buir importa também defender a ló-gica que as determina com o rigor e a transparência que defendemos.

Todos sabemos por experiência que o Programa Permanente de Coo-peração (PPC) em vigor está esgota-do. Nasceu com caráter provisório e já passou tempo a mais depois disso. O PPC teve o mérito de, pelo menos, ter agregado subsídios e apoios dis-persos cujos montantes e justifica-ção sempre nos suscitaram sérias dúvidas e disso fomos dando conhe-cimento a quem de direito. Come-çando, por exemplo, pelo nunca ex-plicado cálculo do subsídio relativo aos combustíveis.

No final de 2012 os valores do PPC sofreram um reforço, defendida pela LBP com o objetivo de reduzir o im-pacto negativo que o programa teve nas associações de bombeiros ao longo dos últimos anos. Os dados

das Associações considerados pela ANPC para o PPC nunca foram atuali-zados traduzindo-se na generalidade em profundas distorções da realida-de.

Queremos dar o repouso eterno ao PPC e prosseguir as negociações para o novo modelo de financiamen-to. É por isso que as nossas associa-ções clamam e essa é a nossa vonta-de e determinação.

E, estamos em crer, haver vontade da parte dos responsáveis do MAI para que lá cheguemos em conjunto e rapidamente. Já deram provas dis-so, como referi no início deste apon-tamento. Esperamos, com igual ex-pectativa, que não consigamos atin-gir os objetivos a que nos propomos, convencidos que estamos de que a meta não está assim tão longe, não faltando a energia, e mantendo a ‘pedalada’, não duvido que ganhare-mos mais esta etapa.

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4 ABRIL 2013

A notícia apanhou quase to-dos de surpresa. No gabi-nete do ministro da Admi-

nistração Interna a indignação é muita e as fontes por nós con-tadas encontram apenas uma explicação para todo este caso. “A anterior direção não cumpriu as ordens dadas”, porque a tu-tela “ordenou desde sempre que fossem aplicadas as nor-mas da Lei do Orçamento de Estado referentes a 2011 e 2012” a todos, incluindo aos funcionários que têm vínculo la-boral com ENB apesar de pres-tarem serviço na ANPC.

Este vínculo que vários juris-tas dizem ser “ilegal”, há muito que foi denunciado pela Liga dos Bombeiros Portugueses. Confrontado com esta notícia, Jaime Marta Soares diz que o que se está a passar só confir-ma que tinha razão quando diz que a Escola Nacional de Bom-beiros não pode servir de “bar-riga de aluguer” aos funcioná-rios da proteção civil.

“E agora como vão resolver isto? Espero que não sejam os trabalhadores a pagar por um erro que há muito devia ter sido corrigido”, sublinha o presiden-te da LBP em declarações ao nosso jornal lembrando que há muito que pediu ao ministro Mi-guel Macedo para que acabe com este “embuste”.

A situação foi despoletada no final do ano passado, altura em que a direção liderada por Ar-naldo Cruz foi obrigada a fazer cumprir a lei por parte da Dire-ção Geral do Orçamento. Fontes ligadas ao processo garantem que o dossiê esteve “arrumado na gaveta” durante vários me-ses e que só foi retomado “pou-co antes” da anterior direção ser substituída.

A batata quente está agora nas mãos no atual presidente da ANPC que “tudo tem feito” para evitar que os funcionários sejam obrigados a pagar o valor referente aos cortes aplicados à função pública e relativos aos anos de 2011 e 2012. Este ano a situação já não se coloca pois desde janeiro que os cerca de 600 funcionários da ENB que prestam serviço na Autoridade estão já a receber o salário com base na Lei do Orçamento, ou seja com os cortes que o Gover-no decretou para a função pú-blica, incluindo subsídios de fé-rias e natal.

Ao que apuramos, a ANPC iniciou muito recentemente, e com a concordância da tutela, uma derradeira tentativa de ob-ter do Ministério das Finanças uma autorização para que estes montantes (ou parte deles) pu-dessem não ser repostos, aten-ta a distância temporal entre o “abono indevido” destas impor-tâncias e a “notificação de repo-sição”. Até ao momento não se conhece uma resposta do Mi-nistério das Finanças a esta úl-tima iniciativa da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

Trabalhadores da Escola já se começaram a mexer

Operadores, pessoal admi-nistrativo, elementos da Força Especial de Bombeiros. São vá-rios os funcionários que em 2009 assinaram contrato com a Escola Nacional de Bombeiros e qua ainda assim prestam servi-ço na Autoridade Nacional de Proteção Civil. Deste universo, apenas o contrato celebrado com os elementos da FEB é cla-ro quanto ao local onde deverão prestar serviço – na ANPC.

FUNCIONÁRIOS DA ENB OBRIGADOS A PAGAR RETROATIVOS

ANPC faz derradeiro apeloàs finanças

Perplexo e incomodado o presidente da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) diz que foi confrontado com a determinação

das finanças já no limite. Na sequência de uma inspeção, o ministério de Vítor Gaspar comunicou à ANPC e à ENB que os cerca de 600 funcionários da escola

em serviço na ANPC terão de repor os valores dos cortes que atingem a função

pública e aos quais estes funcionários foram poupados até ao final do ano

passado. Os trabalhadores não aceitam qualquer plano de pagamentos e admitem

recorrer aos tribunais. A ANPC fez uma última tentativa junto das finanças com

vista ao perdão da dívida. Texto: Patrícia Cerdeira

Esta foi, recordo, a solução encontrada pela anterior dire-ção da Autoridade que não ti-nha na altura autorização para fazer integrar mais funcionários no seu quadro de pessoal. Não podendo dispensá-los e porque se trata na sua grande maioria de um universo decisivo para a resposta operacional da ANPC, a Autoridade acabou por se so-correr da ENB para garantir a operacionalidade destes ele-mentos. O modelo contou com a chancela da tutela e do pró-prio presidente da ENB que, apesar dos alertas feitos quanto a esta solução de “caráter duvi-doso” acabou por aceitar o ‘ne-gócio’.

Numa informação interna as-sinada por José Augusto Carva-lho, com data de 24 de janeiro, o presidente da escola faz saber que o “Departamento de Recur-sos Humanos da ENB está a proceder ao apuramento dos valores remuneratórios e de ajudas de custo, pagos nos anos de 2011 e 2012, para efei-tos de acertos a realizar”.

Nesta mesma informação, a

que o ‘BP’ teve acesso, a dire-ção da escola esclarece no pon-to dois “Em 2011, a ANPC en-tendeu não aplicar tais normati-vos aos trabalhadores da ENB, cuja relação jurídico laboral é de direito privado, que se en-contram aos serviço ao abrigo de um protocolo”. Contudo, lê--se no ponto três que a Inspe-ção Geral de Finanças realizou uma auditoria à ANPC e na se-quência da mesma determina: “Ao nível das remunerações dos trabalhadores da ANPC com vínculo à ENB, providencie o in-tegral cumprimento da redução remuneratória prevista no arti-go 19º da Lei do OE/2011”.

Ainda segundo a informação, o tema foi levado ao gabinete do secretário de Estado da Ad-ministração Interna e do Orça-mento, que por despacho deci-diram que: “A ANPC deve efe-tuar as reduções e acertos, con-forme o relatório da IGF, no mais breve prazo, devendo sub-meter o calendário definitivo para cumprimento dessas ações (…)”.

Confrontados com tudo isto,

os funcionários em causa di-zem-se alvo de um “ajuste de contas” e que o contrato com a ENB tem de ser entendido como um vínculo a uma entidade pri-vada, como é o caso da ENB.

“Estamos a aguardar a posi-ção final das finanças e caso nos obriguem a repor dinheiro ire-mos para tribunal. Há já vários funcionários em contacto com os seus advogados”, referiu ao ‘BP’ um dos lesados neste pro-cesso e que pede anonimato.

ENB invoca estatuto e critica anterior direção

A Escola Nacional de Bombei-ros é uma entidade privada sem fins lucrativos e pessoa coletiva de utilidade pública, tendo como associados a ANPC – Au-toridade Nacional de Proteção Civil e a LBP - Liga dos Bombei-ros Portugueses.

É com base nestes estatutos que José Augusto Carvalho questiona a leitura feita pelo Ministério das Finanças.

Em declarações ao ‘BP’, o presidente diz que não é clara a

leitura da direção geral do Or-çamento, ideia consubstanciado por um parecer jurídico pedido pela Escola por causa deste caso. Para além da leitura dife-rente que faz à análise das fi-nanças, José Augusto Carvalho tece ainda duras criticas à dire-ção liderada por Arnaldo Cruz: “Só soubemos o que estava a acontecer no final do ano pas-sado. Nunca nada nos foi dito, nem tão pouco soubemos da inspeção das finanças. Fui cha-mado a Carnaxide e confronta-do com toda esta inevitabilida-de”, conta José Augusto Carva-lho que acrescenta ter tido por parte de Arnaldo Cruz e Gamito Carrilho a garantia de que tudo tinha sido feito para evitar esta situação.

O Presidente acrescenta por isso:

“Espero que os arquivos da ANPC possam guardar os docu-mentos que provem que tudo foi feito em tempo útil”

Ao que apurámos não está excluído um processo judicial para apurar responsabilidades em todo este caso.

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5ABRIL 2013

Este foi um Conselho Nacio-nal um pouco diferente. A reunião, que contou com o

apoio da Câmara Municipal do Barreiro e colaboração da Fede-ração de Bombeiros do Distrito de Setúbal, decorreu nas insta-lações do museu industrial e centro de documentação criado pela Quimiparque, atual Baía do Tejo, SA. O conjunto museoló-gico, onde se enquadra tam-bém um núcleo dedicado ao an-tigo corpo de bombeiros privati-vo da CUF, é o registo histórico de um dos mais importantes complexos industriais europeus do século XX. O museu acolhe um conjunto alargado e diversi-ficado de equipamentos indus-triais de diferentes épocas e um acervo documental e iconográ-fico igualmente importante. O museu onde decorreu a ‘céu aberto’ a reunião de trabalho está instalado na antiga central

a diesel datada de 1935 e recu-perada a partir de 1999.

A Sessão de Abertura foi an-tecedida pela apresentação da Formatura do Corpo de Bombei-ros do Sul e Sueste à Coman-dante Operacional Distrital, Pa-trícia Gaspar, ao Presidente da Mesa dos Congressos e ao Pre-sidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, Duarte Caldeira e Co-mandante Jaime Marta Soares, respetivamente, e ao Presiden-te da Câmara Municipal do Bar-reiro, Carlos Humberto de Car-valho.

Nesta reunião do Conselho Nacional, que decorreu pela pri-meira vez na cidade do Barrei-ro, foram abordados todos os temas que marcam a vida diária das associações e corpos de bombeiros, entre os quais a re-visão do Regulamento do Trans-porte de Doentes, o Programa

Permanente de Cooperação (PPC) – do qual decorre o apoio financeiro concedido pela Auto-ridade Nacional de Proteção Ci-vil às Associações Humanitárias de Bombeiros –, a diretiva fi-nanceira a aplicar ao Dispositi-vo Especial de Combate a In-cêndios Florestais (DECIF) e a formação dos bombeiros.

Sobre as mais recentes deci-sões da tutela, relativas aos au-mentos constantes na Circular Financeira 2013, Jaime Marta Soares sublinhou como “bas-tante positivo” o esforço finan-ceiro do Governo numa altura de forte contenção orçamental. Sobre este tema, foram vários os conselheiros que sublinha-ram como bastante positivo o “esforço de negociação levado a cabo pela LBP” e na resposta Jaime Marta Soares confirmou que este reforço de verbas só poderá ser explicado por uma

CONSELHO NACIONAL DA LBP

Setor pede maior intervenção da EscolaReunido no Barreiro, no passado dia 23 de março, o Conselho

Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) aprovou por maioria o relatório e contas referentes a 2012 perante alguns

pedidos de explicações e correspondentes esclarecimentos por parte do presidente da Confederação. O tema da formação foi,

mais uma vez, o que suscitou maior debate com os conselheiros a alertaram para a necessidade de uma “nova política” formativa, isto numa altura em que a escola elege os novos órgãos sociais.

Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

“saudável relação” entre a Liga e a tutela.

Menos unânime é o atual es-tado da formação dos bombei-ros. Foram várias as vozes que se erguerem contra o trabalho realizado na ENB durante os úl-timos anos. As federações de bombeiros mostraram-se bas-tantes críticas face ao papel da Escola Nacional de Bombeiros

(ENB) com entidade formativa do setor, apelando à Liga para que mantenha a postura “criti-ca” e “construtiva” no sentido de devolver a escola aos bom-beiros.

Na resposta, o presidente do Conselho Executivo disse estar convicto que com a eleição da futura direção “se abre um novo ciclo no futuro” da instituição.

Já sobre as negociações com o INEM, José Ferreira, membro do Conselho Executivo da LBP, fez saber que estão em fase adiantada as negociações com vista à conclusão do novo Regu-lamento de Transporte de Doentes, bem como, as novas regras para a Formação de Tri-pulantes de Transporte de Doentes.

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6 ABRIL 2013

Um jornal a conhecerTrês efemérides balizam a

abordagem histórica da pre-sente edição: 7 de Abril, Dia Nacional do Jornalista; 13 de Abril, Dia Mundial da Imprensa; e 26 de Abril, Dia Mundial da Propriedade Intelectual.

Diz-se, e bem, que “ler jor-nais é saber mais. E, no contex-to da história, em matéria de investigação, não há dúvida de que eles são indispensáveis au-xiliares no aprofundamento do conhecimento.

Entre os periódicos existen-tes e disponíveis para consulta, à guarda do Núcleo de História e Património da Liga dos Bom-beiros Portugueses, destaca-mos, nesta oportunidade, o mensário “O Bombeiro de Por-tugal”, exactamente pelo facto de nos parecer desconhecido e/ou pouco divulgado.

À semelhança de “O Bombei-ro Portuguez” e do “Jornal dos Bombeiros”, tratou-se de uma publicação resultante da inicia-tiva particular, tendo como res-ponsáveis máximos figuras proeminentes ligadas às estru-turas dos bombeiros: Joaquim do Nascimento Gourinho, admi-nistrador-proprietário (coman-dante dos Bombeiros Voluntá-rios do Estoril e presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses); António de Moura e Silva, director (presidente dos Bom-beiros Voluntários de Almada); e Joaquim Mário Garcia Cunha, editor (comandante dos Bom-beiros Voluntários de Sintra).

Com redacção a administra-

ção fixadas na Praça do Municí-pio, n.º 19 – 4.º, em Lisboa, e composto e impresso na Sintra – Gráfica, de António Medina Júnior, “O Bombeiro de Portu-gal” teve vida efémera.

Publicado pela primeira vez em Maio de 1951, apresentou--se aos leitores com o propósito de “criar um elo, sólido e firme”. Aliás, outras motivações, inscri-tas numa coluna intitulada “A que vimos”, sugerem-nos que o aparecimento do referido perió-dico teve um objectivo estraté-

gico, designadamente, concor-rer para a regeneração de uma certa ordem no sector. Desta-cam-se, a este respeito, por exemplo, as expressões: “exal-tar aqueles que desinteressada-mente trabalham pelo prestígio da Causa e mostrar aos outros, que procedem de maneira dife-rente, qual o caminho a seguir” e “sanear e congraçar a família dos Bombeiros, que tem de ser una e indestrutível”.

Em razão de tais palavras, reveladoras de algum mau es-

tar, parece-nos, pois, na análise efectuada a edições distintas, que “O Bombeiro de Portugal” constituiu, de certo modo, o jornal oficioso da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP), com-plementando, nuns casos, e ali-geirando, noutros, o formato discursivo dos conteúdos publi-cados no Boletim da Confedera-ção e, talvez, abrangendo um maior número de leitores.

Linha editorial

Estruturalmente bem conce-bido, o mensário em apreço obedecia a uma linha de orien-tação doutrinária, consubstan-ciada na homenagem a Guilher-me Gomes Fernandes, de resto, considerado no grafismo adop-tado como cabeçalho, da auto-ria do prestigiado ilustrador Narciso Morais, do “Diário de Notícias”.

“Homenageando-o assim, tão singelamente, queremos somente que todos os que mili-tam no voluntariado o tomem como modelo, e em todas as circunstâncias possam elevar tão alto o nome de Portugal como o levantou Guilherme Go-mes Fernandes, verdadeiro símbolo do Bombeiro de Portu-gal”, refere uma nota introdutó-ria.

Composto por apenas quatro páginas, dava notícia de aspec-tos da vida das associações e dos corpos de bombeiros, ocu-pando-se de sobremaneira com a componente técnica, tanto de

origem nacional como estran-geira, uma vez também preocu-pado em dar o seu contributo para a elevação do nível de ac-tuação e uniformização do ser-viço de incêndios.

A opinião, não menos con-templada ao nível da reserva de espaço editorial, viu-se reflecti-da, a dado momento, por incen-tivo do próprio jornal, no con-curso de interessantes pontos de vista sobre a necessidade de se ver introduzida uma nova mentalidade na constituição e actuação dos elencos de diri-gentes associativos. Pretendia--se, assim, combater a hostili-zação dos comandos, as vaida-des pessoais e os atritos noci-vos à vida da interna das associações, considerados ma-les daquele tempo.

“Tem pois de haver o maior cuidado na selecção dos directo-res administrativos, para que, ocupando cada um o seu lugar e cumprindo a sua missão, pos-sam engrandecer a sua Corpo-ração”, alvitrava, em Junho de 1951, “O Bombeiro de Portugal”.

Tanto quanto possível inter-ventivo, “pelo Império e pela Causa”, conforme destacado no cabeçalho, não será de estra-nhar, portanto, e ainda, a aten-ção dispensada à entidade do Estado que então tutelava os corpos de bombeiros: o Conse-lho Nacional do Serviço de In-cêndios, colocando em evidên-cia a sua obra e rendendo as devidas homenagens aos seus responsáveis.

Nos mais diversos domínios, estamos na presença de um jornal surpreendente. Sem fins comerciais, era distribuído gra-tuitamente por todos os quar-téis. E, mesmo podendo ser en-viado, a título de assinatura, não havia preço fixado, pelo que qualquer contribuição de-pendia da exclusiva iniciativa do eventual assinante. Mais: caso algum saldo fosse apurado nas suas contas, reverteria sempre a favor da Caixa de Auxílio da LBP.

Quis o destino que o primeiro número tivesse noticiado a morte do Presidente da Repú-blica, marechal Óscar Carmona. O Chefe de Estado que, por ocasião do Congresso Nacional de Bombeiros Portugueses, reunido no Estoril, entre 16 e 18 de Agosto 1931, de onde re-sultou a fundação da Confede-ração de Associações e Corpo-rações de Bombeiros, impediu ser levada por diante a ideia da militarização dos bombeiros em Portugal, entendendo que tal alteração retirar-lhes-ia todas as suas características ideológi-cas. No fundo, a identidade ins-titucional com o cunho de Gui-lherme Gomes Fernandes, da qual, durante a sua curta exis-tência, “O Bombeiro de Portu-gal” foi pródigo em termos de afirmação.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista – Fotos: Arquivo LBP/NHPM

A Associação dos Operacio-nais e Dirigentes dos Bom-

beiros Portugueses – Reviver Mais vai passar a dispor de uma delegação em São João da Ma-deira, no quartel-sede dos Bombeiros Voluntários locais, facultada inteiramente ao apoio e convívio dos associados do distrito de Aveiro.

O facto foi dado a conhecer durante os trabalhos da assem-bleia geral ordinária reunida no passado dia 23 de Março, em

Fátima, que aprovou, por una-nimidade e aclamação, o Rela-tório e Contas e Parecer do Conselho Fiscal do ano transa-to.

A iniciativa resulta do entu-siasmo e da dedicação do atual e do anterior delegado distrital, respetivamente comandante do Quadro de Honra, José Manuel Ribeiro, e dirigente Normando Oliveira, e do acolhimento e disponibilidade da direção da Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de São da Madeira, presidida por Car-los Coelho, ele próprio também sócio da Reviver Mais.

Trata-se, pois, do primeiro espaço físico do género no país, suscetível de ser considerado como Delegação Distrital da-quela Instituição Particular de Solidariedade Social.

A assinatura do protocolo de cooperação entre as direções de ambas as associações está prevista para o próximo dia 4

de Maio, no âmbito das soleni-dades do 85.º aniversário da fundação dos Bombeiros Volun-tários de São João da Madeira.

Entretanto, a assembleia ge-ral da Reviver Mais aprovou ain-da, por unanimidade e aclama-ção, conferir o título de sócio honorário à Associação de Bom-beiros Ultramarinos, cujo diplo-ma foi entregue na ocasião ao seu presidente, comandante do Quadro de Honra, Manuel Cor-reia.

REVIVER MAIS

Primeira delegação em São João da Madeira

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8 ABRIL 2013

Depois de dois anos de árduo trabalho, o quartel do Voluntários de Oliveira de

Azeméis conta, agora, com oito estagiários aptos a integrar as escalas de serviço. Ter-minada esta fase, os jovens devem então receber as ambicionadas divisas de bom-beiro de 3.ª, o que está previsto para mea-dos de junho, por ocasião das comemora-ções do 107.º aniversário da associação.

“A preocupação com a qualidade do ser-viço prestado à população levou o coman-do, em 2010, a tomar a decisão de alargar para dois anos a duração das escolas de estagiários”, justificam os responsáveis

operacionais, que consideram desta forma terem dado “um passo importante para que, mais uma vez, o CB de Oliveira de Azeméis, assumisse a vanguarda do pro-cesso formativo”, até porque sublinhe-se a publicação da portaria 713/2012 de 18 de janeiro, acabou impor regras semelhantes para estas formações.

Registe-se que iniciaram este Curso de Instrução Inicial de Bombeiro 14 elementos e conseguiram chegar à etapa final oito bravos candidatos a bombeiro. O grupo que integra Nuno Costa, Hugo Silva, Joana Fer-nandes, Ruben Carvalho, Carla Silva, Sara

Azevedo, Sara Castro e Cecília Santos cum-priu de forma exemplar os vários desafios propostos e que levaram os jovens “ao limi-te”. Após exigentes provas físicas, os for-mandos participaram num exercício de combate a incêndios urbanos e ainda pres-taram provas em cartografia, ordem unida e numa prova oral de conhecimentos.

“De realçar que em todos os momentos foram sujeitos a uma elevada carga de stress, fazendo com que eles próprios su-perassem os seus limites”, revelam os mo-nitores que acompanharam os jovens no percurso formativo.

OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Quartel recebe oito estagiários

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Malveira promoveu al-

guns dos seus bombeiros, numa cerimónia que teve lugar no passado dia 8 de abril.

Associados, familiares e amigos destes bombeiros assistiram à sessão que deu ao quartel dois novos subchefes e nove bom-beiros de 2.ª, o que traduz o empenho des-

tes operacionais que tudo investem na pro-gressão de carreira, valorizando assim a vertente o seu corpo de bombeiros.

Sérgio Santos

MALVEIRA

Promoções no quartel

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Canta-nhede (AHBVC) tem um património centenário de voluntariado

de todas as suas bombeiras, bombeiros e dirigentes que sempre souberam servir com eficiência a população do concelho de Canta-nhede.

Com a sua longa experiência de voluntariado, esta Associação Humanitária, na qualidade de entidade recetora do Banco de Vo-luntariado do Município de Cantanhede, passou a contar a partir de 13 de abril com a colaboração de mais quatro novos voluntários.

Na assinatura dos protocolos com os novos “bombeiros sem far-da”, estiveram presentes diversos elementos da Direção, o presi-dente da assembleia geral dos BVC, o comandante da corporação, bombeiros ligados ao gabinete da saúde e aos cursos de socorris-mo administrados pela AHBVC e o vereador com o pelouro da Ação Social do Município de Cantanhede.

Os novos voluntários são, Gisela Patrícia Curioso Cardoso, com o serviço de assistência e ação social, Filipa Anjos de Araújo, como psicóloga clínica, António Paulo Costa Saraiva, com serviços de psi-cologia e formação e João Augusto Jorge Mendes, médico de medi-cina do trabalho, medicina geral e familiar, avaliação do dano cor-poral, peritagem em segurança social.

Segundo sublinha a direção dos Bombeiros de Cantanhede, “para além das qualidades pessoais e aptidões profissionais, estes voluntários são uma expressão de cidadania ativa e de intervenção cívica, ao colocarem-se ao serviço desta Associação Humanitária”.

A colaboração dos novos voluntários proporciona o desenvolvi-mento de novos serviços prestados pelo Gabinete da Saúde aos bombeiros, à população e às empresas, criado na Associação Hu-manitária há cerca de dois anos com a preciosa colaboração dos médicos Jorge Martins, Fernando Santos e coordenação do mem-bro da Direção Jorge Balteiro.

Após o ato das assinaturas, o presidente da Direção, Rogério Marques, referiu que “a participação social de cidadãos ou “bom-beiros

sem farda”, em torno de causas comuns, solidárias e integrado-ras, contribui para uma crescente abertura da Associação à socie-dade civil e promove o seu desenvolvimento com vista à melhoria dos serviços prestados”. Rogério Marques fez ainda votos “para que este espírito de cooperação e esta vontade de entreajuda se alar-gue a mais cidadãos e empresas do concelho”. O comandante, Jor-ge de Jesus, em nome do corpo de bombeiros deu as boas vindas e desejou um excelente trabalho aos novos colaboradores.

Ao terminar, no uso da palavra o vereador Pedro Cardoso, na qualidade de representante do Município de Cantanhede, pelos pe-louros da Ação Social, da Cultura e Educação, referiu e congratu-lou-se com as assinaturas dos presentes protocolos, louvando “a atitude de disponibilidade dos novos voluntários detentores de ele-vadas qualificações académicas e que colocam os seus conheci-mentos em prol da sociedade, em regime de voluntariado, numa entrega à nobre causa do serviço ao próximo”.

CANTANHEDE

Associação aumenta participação cívica

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Real – Cruz Verde co-

laborou com a Escola Superior de Enferma-gem da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro na comemoração do Dia Mundial da Saúde.

Todos os anos é destacado uma área prio-ritária de preocupação de saúde pública no mundo. Este ano o tema foi a “hipertensão”.

Em Vila Real, o evento decorreu no Largo

Nossa Senhora da Conceição, durante o pe-ríodo da manhã, com a realização de uma atividade de caráter lúdico (peddy paper).

De salientar que a iniciativa se desenvol-veu em simultâneo em quatro países dife-rentes (Angola, Brasil, Cabo Verde e Portu-gal), no âmbito da rede de estudos de In-vestigação Participativa PEER (Education Engagment and Evaluation Research).

Apesar de a meteorologia não ter ajuda-

do, registando-se alguma chuva a meio da manhã, a adesão da população foi bastante significativa. Estiveram presentes, além da Escola Superior de Enfermagem de Vila Real e dos Bombeiros Voluntários da Cruz Verde, a Unidade de Saúde Pública de Vila Real, a Unidade de Cuidados na Comunida-de de Vila Real 1, a Unidade de Cuidados na Comunidade de Mateus e o Ginásio Clube de Vila Real, entre outros.

CRUZ VERDE

Dia Mundial da Saúdecontou com os bombeiros

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9ABRIL 2013

A Associação Humanitária dos Bombeiros do Sul e

Sueste (Barreiro), acolheu no quartel sede, no passado dia 2 de abril, a reunião de apresen-tação oficial do novo Coman-dante Operacional Nacional (CONAC), José Manuel Moura, com os Comandantes dos Cor-pos de Bombeiros do distrito de Setúbal.

Este encontro enquadrou-se no âmbito das deslocações ofi-ciais do novo CONAC a todos os distritos, tendo sido precedido por uma reunião do Centro de

Coordenação Operacional Dis-trital (CCOD) e visitas ao Par-que Natural da Serra da Arrábi-da e à Base da Força Especial de Bombeiros (FEB), em Canha.

Na ocasião, o CONAC, acom-panhado pela Comandante Operacional Distrital (CODIS), Patrícia Gaspar, do 2.º CODIS, Rui Costa, e do Adjunto de Operações Distrital (ADOD), Marcelo Lima, teve ainda opor-tunidade de fazer uma breve visita ao quartel dos Bombeiros do Sul e Sueste, tendo sido e recebido por uma formatura

composta por 50 bombeiros, comandada pelo adjunto Bruno Loureiro.

O comandante Acácio Coe-lho, o 2º comandante Caetano Beja, bem assim como o presi-

dente da direção, Eduardo Cor-reia deram a conhecer as va-lências humanas e materiais do

Corpo de Bombeiros, perspeti-vando o futuro em termos de curto, médio e longo prazo.

BARREIRO

Sul e Sueste recebe CONAC

“Vidas Seguras” é como se intitula o proje-to que está a ser dinamizado pela em-

presa municipal Esposende Ambiente junto da comunidade escolar do concelho, no âmbito do Programa “Crescer Saudável”, promovido pelo Município de Esposende, em parceria com vá-rias entidades locais.

Trata-se de uma acção que engloba dois programas direcionados para os alunos do 4.º ano de escolaridade, nomeadamente o “Cres-cer em Segurança”, cuja temática envolve a segurança infantil, e o “Trabalho Seguro, Me-lhor Futuro” orientado para a segurança no trabalho.

No projecto “Crescer em Segurança”, inicia-do no ano lectivo anterior, são abordadas as questões da segurança em casa e na escola, assim como no percurso para a escola, concre-tamente no que se refere à segurança rodoviá-

ria e contactos com pessoas estranhas. Sendo a internet uma realidade no quotidiano das crianças é abordada também esta questão, dando-lhes a conhecer os perigos existentes online e ajudando-as a usar a tecnologia de forma positiva e responsável, transmitindo--lhes limites e dando-lhes orientação.

O programa “Trabalho Seguro, Melhor Futu-ro”, que arrancou no presente ano lectivo, visa sensibilizar a comunidade escolar para a im-portância de uma cultura de prevenção ao nível da segurança no trabalho. Pretende-se sensibi-lizar, motivar e preparar as crianças para os princípios da prevenção de acidentes de traba-lho e doenças profissionais, tentando consoli-dar a abordagem das regras básicas de segu-rança e saúde no trabalho na esfera familiar.

Estas acções envolvem a participação de mais de quatro centenas de alunos.

ESPOSENDE

Município de aposta na prevenção para garantir “Vidas Seguras”

Foto

: CME

spos

ende

O Ministério da Saúde continua a restringir ao máximo as verbas

destinadas ao serviço de transporte de doentes com drásticas reduções no número de serviços realizados pelos bombeiros. O plano traçado pela Troi-ka continua em marcha e com ele o aumenta cada vez mais o número de associações e corpos de bombeiros em grave situação financeira. Jaime Marta Soares, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LB), vol-tou a sublinhar já este mês que a di-minuição de serviços de transporte de doentes não urgentes põe em causa a “viabilidade financeira das corpora-ções”, havendo algumas que podem fechar e outras já a despedir pessoal. “Esta situação é preocupante. Duran-te muitos anos fomos solicitados pelo Ministério da Saúde para aumentar recursos humanos, investir na sua formação e para adquirir equipamen-tos. Transformámos as corporações em prestação de serviços especializa-dos e agora o ministério deixa-nos com o ‘menino nos braços’”, afirmou Jaime Marta Soares. De acordo com o dirigente máximo da LBP, várias asso-ciações de bombeiros do país atraves-sam grandes dificuldades financeiras devido à diminuição da requisição de serviços de transporte de doentes não urgentes, aquela que foi, até há cerca de dois anos, uma das principais fon-tes de receitas das corporações. “Nunca foram os bombeiros que se foram oferecer para prestar estes ser-viços. Se algumas corporações se ex-

tinguirem, haverá menos oferta para este tipo de serviços, em prejuízo dos cidadãos e dos doentes. Se houver encerramento de corpos de bombei-ros, e pode acontecer, o único respon-sável é o Ministério da Saúde”, afir-mou.

Entretanto, país fora a realidade fi-nanceira dos bombeiros continua a ganhar forma com contornos bastan-te negativas, tanto para a sobrevivên-cia de algumas associações, como para a capacidade de resposta ao so-corro e no distrito de Lisboa há já ca-sos de rutura. O presidente da Fede-ração de Bombeiros do Distrito de Lis-boa, António Carvalho, referiu recen-temente que há corporações com quebras entre os 50 e os 70 por cento na prestação destes serviços. “As re-duções são drásticas e estão a estran-gular as associações. Isto implicará redução de efetivos e temo que algu-mas das 56 corporações do distrito de Lisboa possam vir a fechar portas”.

Ainda segundo António Carvalho, algumas associações ainda não paga-ram os subsídios de Natal e outras já estão a despedir funcionários e a não renovar contratos. “Houve corpora-ções que fizeram empréstimos para comprar ambulâncias específicas para este serviço e agora vão ficar a pagar os empréstimos sem terem rentabili-zação deste serviço. Algumas vão abandonar o serviço de transporte de doentes não urgentes”, afirmou.

Também o presidente da associa-ção de bombeiros de Agualva-Cacém,

no concelho de Sintra, Luís Silva, re-feriu que a diminuição dos serviços de transporte de doentes provocou um prejuízo que rondou os 130 mil euros em 2012. Luís Silva adiantou que será obrigado a despedir 14 funcionários, o que significará uma redução de 30 por cento do número de efetivos, e a “encostar” cinco das sete ambulân-cias de transporte de doentes não ur-gentes.

Para Joaquim Leonardo, coman-dante dos bombeiros de Algueirão--Mem Martins, a diminuição em 75

por cento destes serviços obrigou esta corporação a reformular o núme-ro de efetivos, não renovando dez contratos.

Esta corporação tem nove ambu-lâncias para este transporte - custa-ram cerca de 55 mil euros cada - mas atualmente utiliza apenas três. Se-gundo o comandante, as restantes seis ficarão “paradas”, até porque difi-cilmente “alguém quererá comprar um veículo destes”.

Recorde-se que em junho de 2012, o Ministério da Saúde evitou que as

56 corporações de bombeiros do dis-trito de Lisboa suspendessem o trans-porte de doentes não urgentes ao aceitar rever os preços que a Admi-nistração Regional de Saúde de Lis-boa e Vale do Tejo (ARSLVT) preten-dia pagar pelo serviço.

No entanto, e de acordo com várias corporações de bombeiros, o ministé-rio reduziu os encargos com este ser-viço ao diminuir o número de creden-ciais de transporte passadas a doen-tes.

Patrícia Cerdeira

TRANSPORTE DE DOENTES CONTINUA A ASFIXIAR BOMBEIROS

Liga alerta para situação preocupante

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10 ABRIL 2013

Os Voluntários de Fátima receberam num destes dias o jornal Bombeiros

de Portugal quando já prepa-ram, com afinco e brio, as co-memorações do Dia do Bom-beiro Português que, este ano, terão como palco, a 26 de maio, o concelho de Ourém e um dos cenários fortes a cida-de santuário.

A situação difícil que o Pais atravessa dá o mote para apresentação desta instituição, onde a emigração também já colocou efetivos no quadro de reserva, uma situação que preocupa o comandante Gas-par Reis também sensibilizado com as questões de desempre-go que começam a boicotar vi-das de muitos dos seus opera-cionais. Ainda assim, garante que conta com um grupo coeso e empenhado, “gente muito boa e trabalhadora”, não mui-tos elementos mas, por agora, os necessários para assegurar

o socorro aos habitantes de Fátima mas, também, aos mi-lhares de visitantes que, du-rante todo o ano, visitam a ci-dade.

Nesta ótica, o presidente da direção, Alberto Caveiro, de-nuncia os perigos associados ao que designa de “selva de pedra”, com mais de 40 unida-des hoteleiras e dezenas de outros equipamentos que aco-lhem muitos, muitos forastei-ros.

As enormes concentrações de pessoas, não só nas pere-grinações de maio e outubro, constituem a maior preocupa-ção dos Bombeiros de Fátima, sempre atentos, sempre pron-tos a responder a qualquer si-tuação.

O comandante justifica um alerta permanente com o facto de regularmente a população de cerca de 10 mil pessoas au-mentar para 100 mil, isto sem ter em conta ocasiões espe-

FÁTIMA

Novo quartel é sonho concretizávelA completar uma década de existência, a

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fátima abriu as portas do quartel ao jornal Bombeiros de Portugal, mostrou o presente e deixou desvendar

projetos para o futuro.Direção e comando unem-se no sonho da

construção de uma nova unidade operacional, com condições para acolher os homens e mulheres que servem o corpo de

bombeiros, mas também para receber as viaturas que, por agora, se encontram

aparcadas num telheiro afastado do quartel, em terreno emprestado.

Apesar da conjuntura, pouco propícia a avultados investimentos, os responsáveis desta instituição acreditam que, mais que

um milagre, a determinação é essencial para a concretização deste desígnio.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim ciais em que esse número é ainda mais elevado.

“Em maio cai aqui o Carmo e a Trindade, temos bastante apoio operacional. O resto do ano, estamos por nossa conta e risco”, diz o comandante que revela fundados receios na gestão de multidões em caso de catástrofe, ou de um qual-quer acontecimento que possa ser gerador de pânico.

Gaspar Reis declara que são muitas ocorrências verificadas nas grandes enchentes, nor-malmente associadas a indis-posições momentâneas provo-cadas por falta de alimentação ou toma de medicamentos, ou ainda pelo cansaço de quem caminhou durante dias. O res-ponsável operacional, bombei-ro há quase 25 anos, garante que, a realidade de hoje, nada tem a ver com o passado quan-do os peregrinos chegavam ao santuário muito debilitados. Atualmente, refere, tudo é acautelado. A maioria dos gru-pos são acompanhados por

médicos ou enfermeiros, res-peitam as horas de descanso e alimentam-se devidamente, por isso chegam a Fátima can-sados, mas ainda com energia, devidamente preparados, para cumprir a última etapa de uma jornada de fé, participando nas cerimónias religiosas.

Numa outra vertente, o cor-po ativo composto por 57 ele-mentos dá, ainda, especial atenção à Serra de Aire e Can-

deeiros, “ciclicamente” fustiga-da pelo fogo, cada vez mais fora dos designados períodos críticos, por isso sem o apoio dos muitos meios disponibiliza-dos pelo Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

“Estamos bem apetrecha-dos, temos boas ambulâncias, mas preocupa-nos o facto de não termos uma autoescada mais moderna, mais apropria-da à exigências do território que servimos, que nos permita dar uma resposta mais eficaz”, confidencia o presidente Alber-to Caveiro, atento às necessi-dades do corpo de bombeiros, mas reconhecendo que, por agora, esse é uma investimen-to adiado, numa instituição

que “vive ao cêntimo” e que nos tempos que correm não pode contar sequer com o apoio da autarquia que, tal como as congéneres de todo os Pais, “está presa à Lei dos Compromissos”.

Não obstante a grande ativi-dade operacional, muito mar-cada pela emergência pré-hos-pitalar, a associação lamenta não poder dar melhores condi-ções aos seus bombeiros, tal-vez por isso o grande projeto da direção dos Voluntários de Fátima seja a construção de um novo quartel.

“Não temos um quartel em condições, essa é verdade”, declara o dirigente.

O terreno está escolhido e o processo “bem encaminhado”,

garante, mostrando-se espe-rançado que, ainda este ano, seja possível avançar com a obra, com o apoio da Câmara Municipal de Ourém e benefi-ciada por fundos comunitários.

Enquanto o sonho não se concretiza, há sempre quem não hesite, mesmo sem gran-des atrativos, em servir o lema “vida por vida”. O comandante fala aos jornalistas, com parti-cular satisfação, das últimas duas escolas de estagiários que garantiram um reforço de 10 bombeiros, um número ani-mador tendo em conta a reco-nhecida e propalada crise de voluntariado, que permite à associação com mais jovens no distrito de Santarém encarar o futuro com otimismo.

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11ABRIL 2013

O homem acusado de ter ateado o incêndio que em

agosto de 2010 começou no concelho do Funchal e se alas-trou a vários municípios vizi-nhos, provocando avultados prejuízos, foi absolvido no iní-cio do mês abril, pelas Varas de Competência Mista do Fun-chal. “O senhor é absolvido, pese embora em sede de in-quérito ter assumido parcial-mente os factos”, disse o pre-sidente do coletivo de juízes,

Filipe Câmara, explicando que “o tribunal não pode valorar essa confissão” porque, “legiti-mamente, optou por ficar em silêncio” no julgamento.

O tribunal deu como prova-do que a 12 de agosto de 2010, no local denominado Casa das Comissões, na fre-guesia de Santo António, “foi ateado fogo a cartão, papel, sacos, garrafas, erva e mato seco que se encontravam amontoados na fachada prin-

cipal e na parte lateral” da casa que se situa junto a uma mancha florestal. O fogo - que cinco dias depois ainda não estava totalmente extinto consumiu “cerca de seis mil hectares de floresta laurissil-va”, tendo-se propagado a terrenos agrícolas e habita-ções, obrigando à retirada de pessoas e ao corte de estra-das, acrescentou o magistra-do judicial. Para o tribunal, que deu ainda como provados

os prejuízos, na ordem de um milhão de euros, a vários par-ticulares, “apenas” a interven-ção de várias corporações de bombeiros da ilha da Madeira “impediu que o incêndio defla-grado assumisse outras di-mensões”. O tribunal formou a sua convicção no depoimento de várias testemunhas e rela-tórios da Direção Regional de Florestas, do Departamento da Proteção Civil e Bombeiros Municipais do Funchal e da Po-

lícia Florestal. Neste último, esclareceu Filipe Câmara, é apontado “queimas de lixos” como causas do incêndio “em dois locais distintos, que dis-tam um do outro cerca de cin-co metros”. Sem dúvidas de que o incêndio “foi provocado pela intervenção humana”. O tribunal entende, contudo, não ter sido feita prova de que o arguido tivesse sido o autor da queimada que o originou. Contudo, ainda que houvesse

responsabilidade criminal do arguido, o tribunal teria sem-pre de “equacionar a relevân-cia dos problemas verificados no combate ao incêndio” no seu resultado final, “no senti-do de saber se este resultado foi consequência única e ex-clusiva da ação do arguido ou foi também consequência das opções feitas pelos bombeiros no início desse combate”, acrescentou Filipe Câmara.

Patrícia Cerdeira

TRIBUNAL ABSOLVE SUSPEITO DO INCÊNDIO DO FUNCHAL

Arguido confirmou que ateou fogo

A Autoridade Nacional de Prote-ção Civil (ANPC) vai assumir as competências da Empresa

de Meios Aéreos (EMA) no que res-peita às aeronaves alugadas. Esta é a primeira fase da anunciada extin-ção da EMA, segundo um diploma aprovado no passado dia 27 de mar-ço em Conselho de Ministros. Se-gundo fonte oficial do Ministério da Administração Interna (MAI), a EMA vai continuar a assegurar a gestão dos nove meios aéreos próprios do Estado até à sua extinção.

Segundo o MAI, é intenção do Go-verno proceder futuramente à extin-ção da EMA através da transferência das suas competências para a ANPC.

O diploma agora aprovado assegura a transição gradual das competên-cias da EMA para a ANPC para evitar “constrangimentos e assegurar a contínua operação dos meios aé-reos, dado estar a decorrer o con-curso público internacional para lo-caç O MAI sublinha que com esta alteração o Governo dá um impor-tante passo para a extinção da EMA. A extinção da Empresa de Meio Aé-reos está prevista para quando esti-ver finalizado o concurso público lançado pelo ministério de Miguel Macedo e o INEM em julho de 2012.

O concurso, destinado à contrata-ção, manutenção e aluguer de meios aéreos para um período de

cinco anos, foi repartido por seis lo-tes, tendo cinco obtido no mercado propostas válidas e uma não colheu qualquer proposta. O lote que não teve qualquer proposta corresponde ao fornecimento de serviços de ma-nutenção e operação da frota de he-licópteros Kamov. Já o lote do con-curso para o fornecimento de 25 he-licópteros ligeiros de combate a in-cêndios florestais, está a ser marcado por uma luta judicial entre as duas empresas concorrentes.

Apesar desta impugnação judi-cial, o ministro da Administração In-terna já garantiu que os meios aé-reos de combate a incêndios flores-tais vão estar operacionais na época

mais crítica de incêndios e tutela equaciona já invocar o interesse pú-blico junto da justiça, caso o proces-so ponha em causa a operacionali-dade das aeronaves.

Everjets garante aeronaves

A empresa que venceu o concurso público internacional para o aluguer e manutenção dos 25 helicópteros garante que está a “preparar tudo” para garantir o contrato de forneci-mento a partir do dia 1 de junho, tendo referido que a “a grande maioria da frota” vai ser sua. A em-presa de Famalicão reuniu hoje com a comunicação social no Aeroporto

Francisco Sá Carneiro para dar con-ta do investimento de quatro mi-lhões de euros que está fazer ali na construção de instalações próprias e abordar também o concurso público para o fornecimento daqueles apa-relhos a partir deste ano e até 2017.

O concurso, lançado pela Empre-sa de Meios Aéreos (EMA) e o Insti-tuto Nacional de Emergência Médica (INEM), acabou por ser ganho pela Everjets, uma empresa de aviação criada há menos de dois anos por um empresário têxtil de Famalicão, mas todo o processo tem sido con-testado pelo agrupamento liderado pela Heliportugal.

Patrícia Cerdeira

EXTINÇÃO DA EMA JÁ COMEÇOU

ANPC passa a gerir meios aéreos

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12 ABRIL 2013

CASCAIS

Piscina de vento em popa

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Algueirão Mem-Martins concluiu mais um ciclo de reapetrechamento do

quartel, um projeto de três anos que uniu direção e comando pau-tado pela boa gestão e o cumprimento de metas traçadas.

Para assinalar mais um momento alto da vida destas instituição, o quartel de Algueirão Mem-Martins engalanou-se, reuniu bombei-ros, dirigentes, associados, amigos e muitos convidados para a apresentação de dois novos veículos de combate a incêndios, um VFCI e um VTTR e de uma nova e moderna ambulância de socorro.

Para aquisição das duas viaturas de combate a incêndios e outro equipamento de intervenção em meio urbano e florestal, no valor de 650 mil euros, a associação contou com o financiamento em 85 por cento do POVT QREN.

Já a ambulância foi inteiramente custeada pela Junta de Fregue-sia de Algueirão Mem Martins, um investimento que segundo o autarca Manuel do Cabo visa garantir “aos bombeiros com uma maior capacidade de resposta à emergência na freguesia”. Refira--se que esta junta de freguesia muito apoia a associação, garantin-do ainda uma verba anual que permite a concretização de muitos dos projetos deste dinâmico corpo de bombeiros.

Nesta cerimónia houve ainda lugar à promoção de sete elemen-tos à categoria de bombeiro de 1ª, momento que foi testemunhado

pelo vereador Marco Almeida da Câmara Municipal de Sintra, pelo comandante distrital Elísio Oliveira; pelo comandante municipal Pe-dro Ernesto; autarcas e representantes de associações congéneres do concelho.

Sérgio Santos

ALGUEIRÃO MEM-MARTINS

Quartel recebe novos equipamentosO número de candidatos a bombeiros em Bolama, Guiné-Bissau, cresceu em pouco tempo de dois para catorze elementos,

como puderam constatar recentemente as delegações da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais, composta pelo vice-presidente Vitor Neves e pelo comandante João Loureiro, e da Câmara Municipal de Cascais chefiada pelo vereador Alexan-dre Faria. As delegações deslocaram-se mais uma vez a Bolama para inaugurar uma biblioteca publica, comparticipada pela Autar-quia de Cascais, e fazer a entrega oficial de mais uma viatura ofe-recida pelos Bombeiros de Cascais. As duas delegações, assim com as instituições que representam, foram também distinguidas com a condecoração de cidadãos honorários da cidade de Bolama em cerimónia realizada para o efeito. Refira-se que, entretanto, a am-bulância antes oferecida pelos Voluntários de Cascais ao hospital de Bolama tem estado a prestar também serviço fixo para feitura de partos e realização de pequenas cirurgias.

GUINÉ- BISSAU

Bombeiros crescem

O êxito do complexo de piscinas da Associação Humanitária dos Bom-

beiros Voluntários de Cascais “deve-se muito a um grupo de professores e ou-tros colaboradores que acreditaram no nosso projeto e que estão a ajudar-nos a desenvolvê-lo com empenho e enor-me dedicação traduzido em mais de seiscentos praticantes inscritos”, de-fende o vice-presidente da instituição, Vitor Neves. O balanço é feito quando o complexo completa os primeiros seis meses de funcionamento.

Segundo o mesmo dirigente, “o se-gredo do complexo está também na

qualidade do projeto do arquiteto Gon-çalo Andrade concebido a uma escala ideal e perfeitamente integrado no meio urbano envolvente”.

O suporte do custo integral da obra pela Câmara Municipal de Cascais, pró-ximo dos dois milhões de euros, para Vitor Neves, “ permitiu-nos arrancar com o funcionamento apenas preocu-pados com a procura da qualidade do serviço prestado e para o qual tivemos que aprender tudo de base já que não possuíamos qualquer experiência num âmbito tão específico como este”.

Além dos seniores, as crianças cons-

tituem sem dúvida o domínio mais bem sucedido e, mesmo assim, ainda em crescimento. Esta experiência motivou recentemente a captação de imagens das crianças “no seu elemento”, capta-das graciosamente pelo repórter foto-gráfico Rui Dias.

Para Vitor Neves, apesar da crise, que também já esteve na origem do afasta-mento de alguns praticantes, “o sonho de muitas décadas agora concretizado vai de vento em pompa tendo também como determinante a função social que lhe cabe desempenhar, nomeadamente, com preços mais baixos”.

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13ABRIL 2013

Longe vão os tempos da es-tratégia das “capelinhas”, atualmente as exigências

ditam respostas articuladas e equipas multidisciplinares e muitas vezes o envolvimento

de operacionais de vários cor-pos de bombeiros em missões de socorro. Cientes desta reali-dade os Voluntários de Salto e Montalegre testaram meios num simulacro de um acidente

MONTALEGRE

Simulacro conjuntocertifica resposta municipal

Os dois corpos de bombeiros do concelho de Montalegre investem em ações

conjuntas que visam uma eficaz articulação de meios, a preparação dos operacionais,

em suma uma resposta de qualidade às populações.

Recentemente, os Voluntários de Salto e Montalegre estiverem envolvidos num

simulacro que permitiu afinar atuações e certificar a operacionalidade das Equipas de Intervenção Permanente (EIP) que servem

estes quartéis do distrito de Vila Real.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

de viação que envolveu mais de duas dezenas de bombeiros e várias viaturas.

O exercício teve como cená-rio a Aldeia da Ponte, precisa-mente a meio caminho entre duas localidades, onde foi en-cenado o despiste de uma via-tura de nove lugares, com três vítimas, duas encarceradas no interior da viatura e uma outra projetada para um local de di-fícil acesso, cujo resgate só foi possível com recurso a técni-cas de grande ângulo.

O frio e a chuva não compro-meteram a ação dos bombei-ros, que responderam com prontidão e profissionalismo ao desafio lançado pelos coman-dos dos dois quartéis.

A “complementaridade de meios” é, segundo David Tei-xeira, comandante dos Volun-tários de Montalegre, mais que uma necessidade, uma mais--valia em matéria de socorro. Em tempos difíceis, quando as

associações lutam com a falta de recursos, a gestão partilha-da de meios pode abrir cami-nho a uma significativa altera-ção no funcionamento dos quartéis portugueses.

O comandante faz um balan-ço muito positivo desta ação que “criou alguma dificuldade às equipas de socorro” que responderam com “prontidão” debelando todos os obstáculos que foram surgindo durante esta operação, que envolveu equipas de resgate em grande ângulo, de desencarceramento e de socorro, que, sem atrope-los, funcionaram muito bem, garantido o sucesso deste si-mulacro acompanhado de per-to por dezenas de populares.

“Foi cumprindo o objetivo de entrosar as duas EIP”, destaca David Teixeira.

Também Hernâni Carvalho, porta-voz dos Bombeiros de Salto, revelou-se satisfeito com os resultados alcançados,

reforçando que “estas ativida-des são uma aposta” que visa preparar os operacionais para o trabalho conjunto, tendo em vista uma eficaz articulação de meios nas mais diversas situa-ções. Em declarações ao jornal Bombeiros de Portugal, este responsável sublinhou que no exercício não houve “envolvi-mento de nenhum elemento de comando, as equipas tiveram que, só por si, resolver o pro-blema que lhes foi colocado”.

Referia-se que esta partilha de experiências não constituiu surpresa para nenhum dos bombeiros envolvidos, pois, segundo Hernâni de Carvalho, este apoio mútuo, mas em ce-nário real, regista-se com re-gularidade.

O operacional de Salto dá conta de grande cooperação nomeadamente “em incêndios urbanos e florestais de maior escala” ou nos grandes ne-vões.

Atualmente, servem os Vo-luntários de Salto cerca de quatro dezenas de bombeiros “muito jovens e com muita vontade de trabalhar” determi-nados a ajudar a escrever a história desta instituição trans-montana, que luta estoica-mente contra a desertificação que continua a roubar voluntá-rios à causa.

De maior dimensão, com mais meios humanos e técni-cos, também mais antiga, a as-sociação de Montalegre orgu-lha-se do número crescente de mulheres, que ainda assim não preenchem as lacunas abertas pela crescente onda de emigra-ção. Ainda assim, o comandan-te continua a contar com mais de 80 operacionais, a grande maioria voluntários, que con-juntamente com os bombeiros de Salto servem esta área raia-na com mais de 800 km², asse-gurando o socorro a cerca de 12 mil habitantes.

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14 ABRIL 2013

O maciço central da serra da Estrela está mais uma vez

sob o olhar e presença do Plano de Operações Nacional da Serra da Estrela (PONSE) coordenado pela Autoridade Nacional de Pro-teção Civil (ANPC) e que conta com a participação de seis cor-pos de bombeiros de associa-ções dos distritos de Castelo Branco e Guarda.

Este plano pretende respon-der às necessidades acrescidas sentidas na Estrela com a pre-sença de milhares de visitantes e veículos, com particular inci-dência nos fins de semana.

Aos seis corpos de bombeiros, dos Voluntários da Covilhã (dis-trito de Castelo Branco) e dos Voluntários de Loriga, São Ro-mão, Gouveia, Seia e Manteigas

(distrito da Guarda) juntam-se também no PONSE o grupo de resgate em montanha da Força Especial de Bombeiros (FEB) e o Grupo de Intervenção de Prote-ção e Socorro da GNR (GIPS), num total de mais de 100 opera-cionais e cerca de três dezenas de viaturas de socorro e apoio.

O PONSE está no terreno des-de 1 de dezembro último e de-

verá ali permanecer até 30 de abril salvo se as condições cli-matéricas permitam suspender ou aconselhem a prolongar.

As imagens chegaram-nos do comandante dos Bombeiros Vo-luntários de Seia, Virgílio Bor-ges, e retratam alguns dos mo-mentos vividos pelo dispositivo em prevenção nos últimos fins de semana.

SERRA DA ESTRELA

Bombeiros participam na prevenção e socorro

A acumulação de neve levou nas últimas sema-nas muitos corpos de bombeiros associativos

ao reforço do trabalho que já desenvolvem no dia a dia. Os Bombeiros Voluntários de Izeda foram um deles. Chamados aos serviços que habitual-mente já prestam, como seja o transporte pro-gramado de doentes, nomeadamente para hemo-diálise, a prestação do socorro pré-hospitalar, face à acumulação da neve em muitas vias rodo-viárias, os bombeiros viram-se na necessidade de redobrar o esforço para os cumprir. E, cumulati-vamente, apoiaram muitos automobilistas retidos nas estradas e garantiram a muitas instituições particulares de solidariedade social a única possi-

bilidade de poderem chegar aos seus utentes com o apoio domiciliário, incluindo alimentação. Neste caso, em locais habitualmente de difícil acesso, e que com a queda da neve ficam inaces-síveis, a colaboração dos bombeiros tornou-se mais uma vez indispensável.

Estas imagens, que os Voluntários de Izeda nos fizeram chegar, são o testemunho do esforço redobrado desenvolvido na época invernosa pelos

bombeiros e a nossa homenagem a mais esta clara demonstração da importância da sua mis-são nas mais diversas vertentes.

IZEDA

Neve mobiliza meios

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15ABRIL 2013

O Auditório do Centro Cultural de Carre-gal do Sal acolheu uma ação de sensi-

bilização subordinada à temática “Emer-gência na Linha da Beira Alta”, iniciativa resultante de uma parceria entre a CP – Comboios de Portugal, a Rede Ferroviária Nacional (REFER) e a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) - Comando Dis-trital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu, com o apoio da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Carre-gal do Sal.

A ação contou com 160 participantes, na maioria bombeiros do distrito de Viseu, mas também representantes dos gabine-tes de Proteção Civil de vários municípios e da Guarda Nacional Republicana.

Na sessão de abertura marcaram pre-sença, entre outras individualidades, Atílio Nunes, presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal; César Fonseca, Coman-dante Operacional Distrital de Viseu; Joa-quim Rebelo Marinho, presidente da Fede-ração de Bombeiros do Distrito de Viseu; Alexandre Sousa, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal e Miguel Ângelo, coman-dante do corpo de bombeiros anfitrião .

Pedro António, em representação da REFER, falou, entre outras matérias, de gestão da emergência, de respostas em

situações emergência, dos riscos associa-dos à circulação ferroviária e às instala-ções fixas para tração elétrica, de siste-mas complementares de segurança e do plano de emergência da Linha da Beira Alta.

Por sua vez, Manuel Batista da CP cen-trou a sua alocução no tipo de comboio, no regime de frequência, no material circu-lante, do sistema de captação de energia elétrica, do equipamentos de segurança ferroviária e ainda do sistemas de homem

morto, de rádio, Convel, comando auto-mático de portas, abertura de portas em situação de emergência e planos de emer-gência da empresa.

Esta ação permitiu ainda a caracteriza-ção da Linha da Beira Alta, a identificação dos pontos perigosos e das potenciais si-tuações de emergência e formas de ativa-ção dos planos de emergência.

Houve ainda espaço para o debate e o esclarecimento d de questões apresenta-das pelos bombeiros.

CARREGAL DO SAL

Emergência na Linha da Beira Alta

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Montela-var promoveu, no dia 6 de abril, o seminário “Abordagem Sis-

témica do Socorro”.A diversidade de temáticas desde o pré-hospitalar ao desencar-

ceramento passando pelos incêndios em infraestruturas captou o interesse de cerca de duas centenas de operacionais de corpos de bombeiros do distrito de Lisboa, Setúbal, Leiria e Évora.

Dos painéis apresentados destacam-se “Os fundamentos tecno-lógicos no SD”, apresentado pelo formador Paulo Rocha; “Método SAVER”, abordado pelo formador Hugo Marques; “A triagem em acidentes multivitimas”, a cargo de Nelson Batista; “As equipas psicossociais” exposto por Ana Paula Gaspar; “Incêndios urbanos” debatido por Elísio Oliveira e ainda “Riscos estruturais durante e pós sinistro”, tratado por Mário Louro.

Sérgio Santos

MONTELAVAR

Abordagem Sistémicado Socorro

As associações e corpos de bombeiros estiveram

mais uma vez na primeira li-nha do socorro e no apoio às populações no período de

cheias vividas em vários pon-tos do país. Dos vários cená-rios chegaram-nos imagens de Brasfemes, Campo Maior, Pernes/Santarém e Soure.

Algumas das intervenções dos bombeiros foram acom-panhadas pelo nosso colega Sérgio Santos. Em todas elas ficou patente o carinho e o

respeito que as populações nutrem pelos seus bombei-ros. Não só, porque estão sempre prontos a intervir em todas as situações de emer-

gência, mas porque o seu apoio garante, também, a continuidade de muitas roti-nas locais, seja o transporte de doentes para consultas ou

tratamentos, a simples ida ao supermercado para garantir a alimentação de idosos e crianças ou a deslocação do próprio padeiro.

CHEIAS

Operacionais presentes em todos os cenários

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16 ABRIL 2013

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Barcelinhos, no

distrito de Braga, nasceu da de-terminação de um punhado de homens exemplo que, durante mais de nove décadas, serviu de inspiração às centenas de pessoas que nesta enorme casa foram, ao longo dos anos, cum-prindo a nobre missão de servir o próximo.

A história desta instituição faz-se de muitos episódios, da valentia e da coragem dos bom-beiros, mas também de algu-mas adversidades esta família soube, em tempo certo, contra-riar.

A atravessar um novo ciclo, a associação de Barcelinhos é hoje o reflexo de uma institui-ção voltada para o exterior, pre-parada para dar respostas às exigências do presente e enca-rar os desafios do futuro, con-forme garantem, a uma só voz, direção e comando.

O comandante José Beleza

Ferraz e o presidente José Arlin-do Costa são o rosto de uma equipa coesa, motivada, que dá “o melhor a esta casa”, confe-rindo-lhe “sustentabilidade fi-nanceira”, tentando contornar os “diminutos apoios estatais” com muito trabalho e alguma imaginação.

Apesar da conjuntura adver-sa, os Bombeiros de Barceli-nhos podem contar com a câ-mara municipal que mesmo to-lhida pela austeridade “vai aju-dando no possível” e “mantendo subsídios aos bombeiros”, con-forme explica José Costa.

“Não tendo que dar lucro, es-tas associações devem manter o equilíbrio que lhes permita continuar a responder às solici-tações das populações”, subli-nha o dirigente.

A estratégia desta direção, a cumprir o segundo mandato, passa por ações de proximidade com as populações, como nos revela o presidente.

“Há dois anos tínhamos cinco

mil associados, depois de uma campanha dinamizada do seio da instituição, têm agora 15 mil, mas apenas percorremos 54 das 89 freguesias do conce-lho, por isso há ainda muito tra-balho a fazer”, explica.

No âmbito destas ações, ele-mentos da direção e corpo ba-tem à porta de cada uma das habitações e apresentam o tra-balho da associação. E no ba-lanço desta gigantesca tarefa os Voluntários de Barcelinhos sublinham que “as pessoas con-tinuam a ter muito carinho pe-los bombeiros”.

Em paralelo, a associação promove uma campanha de an-gariação de “sócios-empresa”, que, nos últimos meses, já “ar-rastou” para a causa dos bom-beiros uma centena de entida-des, embora os Voluntários acreditem ser possível, a breve trecho, duplicar este número”.

“Os associados, os particula-res e as empresas, podem ga-rantir-nos a base financeira que

BARCELINHOS

Trabalhar no presente para construir o futuro

Mais de uma centena de bombeiros servem o lema “vida por Vida” nos Voluntários de Barcelinhos, uma instituição que assinala, em

junho próximo 92 anos de existência e que tem como bandeira, nos dias de hoje tal, como no passado, a proximidade com as

populações do concelho de Barcelos.Direção e comando unem-se para preparar o futuro, garantindo-

lhe uma nova dinâmica que passa pela formação dos operacionais, mas também pela resolução de problemas antigos,

nomeadamente, a construção de um novo quartel que responda às exigências de um corpo de bombeiros moderno e operacional.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

nos permita estar atualizados tanto a nível humano como de meios”, sublinha o comandante José Beleza.

“Apesar da crise instalada, esta estratégia de comunicação tem obtido resultados que nos deixam muito satisfeitos”, ga-rante José Costa, considerando que “esta é uma tarefa” que exige muito de todos os ele-mentos desta instituição.

A união, aliás bem patente para quem visita o quartel, é, na ótica do dirigente e também do comandante, a maior con-quista dos últimos anos.

“Contrariando situações do passado, diretores e bombeiros conhecem-se, convivem, dão--se muito bem. Cada um com as suas responsabilidades, to-dos trabalham por um objetivo comum”, faz questão de referir José Arlindo Costa.

Assim sendo, os sonhos e

projetos são partilhados e a construção de um novo quartel é um desígnio comum, que to-dos acreditam ser possível al-cançar a curto prazo.

“As obras feitas há 30 anos deixaram de responder às reais necessidades deste corpo de bombeiros”, diz-nos o presiden-te, decidido a aproveitar os apoios dos quadros comunitá-rios de financiamento para a concretização deste projeto.

“O terreno está identificado, já há projeto e temos tudo pronto para avançar com a can-didatura”, afiança o porta-voz da associação que aguarda apenas uma decisão da Câmara Municipal de Barcelos e a ce-dência formal da parcela de ter-reno.

Até lá, resta aos bombeiros tentar gerir o melhor possível o exíguo e velhinho quartel, onde nem sequer existem camaratas

femininas para receber as 35 operacionais que servem o quartel de Barcelinhos.

Estas e outras debilidades do velho e antiquado edifício foram confirmadas pela Autoridade Nacional da Proteção Civil que, recentemente, no âmbito de uma inspeção, “detetou um conjunto de problemas nomea-damente a localização do imó-vel em leito de cheia”

.“É urgente a construção do novo quartel”, salienta o presi-dente.

Numa outra ótica, o respon-sável operacional fala também de um “parque de viaturas com bastante idade”, e da necessi-dade de dotar o quartel de um novo veículo urbano e de um outro de combate a incêndios florestais. Embora saliente o enorme esforço da direção “para colmatar lacunas em ma-téria de equipamento de prote-

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17ABRIL 2013

BARCELINHOS

Trabalhar no presente para construir o futuro

ção individual” refere que o processo continua por fechar “pois este é corpo de bombeiros com muitos elementos”.

“Não podemos pedir a um bombeiro que vá fazer um ser-viço, sem equipamento apro-priado”, considera, perentório, o nosso interlocutor.

Mas o que falta em condições de trabalho sobra em empenho, conforme defende o comandan-te José Beleza que diz poder contar com “voluntários exem-plares”.

A formação destes homens e mulheres tem sido a maior aposta da estrutura de coman-do.

“Somos todos voluntários e a formação dos bombeiros, deve-ria ser uma obrigatoriedade do Estado, mas que os quartéis têm que assumir sob pena de sermos responsabilizados, por qualquer coisa que corra menos bem”, critica José Beleza, sa-lientando não ser possível “exi-gir ao comando tenha um bom desempenho se não tiver ope-racionais qualificados”

A associação tem feito ”um enorme esforço para certificar

todos os elementos como Tripu-lante de Ambulância de Trans-porte em (TAT)”

“Posso adiantar que, em breve, poderemos também contar com mais Tripulantes de Ambulâncias de Socorro (TAS)”, revela, confirmando “o brio em prestar um bom so-corro”.

Nesta matéria, em para 2013, os Voluntários de Barce-linhos contam formar 12 TAE, levar todos bombeiros ao La-boratório Móvel de fogo na ULF de Vila Verde, e garantir ainda intensificar a preparação dos operacionais na área do desen-carceramento.

Refira-se que o comandante José Beleza assumiu funções há cerca de um ano, mas pode já orgulhar-se do muito traba-lho desenvolvido, segundo faz questão de dizer o presidente da direção.

“Em um ano está a fazer-se mais do que, no passado, se fez me muitos anos”, destaca José Arlindo Costa.

“Caráter, personalidade, es-pírito de liderança e disponibili-dade” são os pontos fortes de

José Beleza, um farmacêutico de formação que embora não tenha percorrido a carreira de bombeiro “está a fazer história nesta casa”, tal como o seu pai, que também em tempo idos assumiu o comando do quartel de Barcelinhos, segundo enfati-za José Costa, também ele, curiosamente filho de emble-mático responsável operacional deste corpo de bombeiros.

A dedicação a esta casa e à causa é a imagem de marca de presidente e comandante que partilham ainda um “apreço profundo pelos voluntários desta casa”.

“Somos uma família, talvez por isso me sinta tão recom-pensado pelo trabalho desen-volvido nesta instituição. O bom trabalho e exemplo dos nossos bombeiros obrigam--nos, a assegurar-lhes as me-lhores condições de trabalho a todos os níveis”, conclui José Arlindo Costa, um empresário de sucesso que ainda assim consegue encontrar disponibi-lidade para servir de forma apaixonada e incondicional a causa associativa.

O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito

de Braga, comandante António Marinho Gomes, fala com preo-cupação do fenómeno da emi-gração que está a afastar mui-tos voluntários dos quartéis, sobretudo no interior do País.

Em declarações ao jornal Bombeiros de Portugal, o diri-gente federativo dá como exemplo a associação de Celorico de Basto de onde, nos últimos meses, saíram 15 elemen-tos para trabalhar no estrangeiro e “mais três ou quatro” para outras zonas do território na-cional.

“Festa as contas o quartel perdeu cerca de 10 por cento dos seus operacionais”, sublinha

O comandante clarifica, ainda, que a ques-tão está a afastar quase todos os corpos de bombeiros, mas tem especial incidência em “Celorico, Vieira do Minho, Póvoa do Lanhoso e Terras de Bouro”.

Apesar das dificuldades que corroem os ali-cerces dos associativismo e do voluntariado, o presidente da federação garante que os 20 corpos de bombeiros do distrito têm consegui-do acautelar a sustentabilidade financeira,

ainda que a alterações impos-tas pela tutela ao serviço de transporte de doentes tenha “abanado” algumas estruturas.

Marinho Gomes sublinha que os serviços de saúde da zona Norte cingiram as credenciais de transporte a pessoas com dificuldades graves de locomo-ção ou acamadas, todos os ou-tros doentes para cumprir tra-

tamentos prescritos pelos clínicos são força-dos a utilizar viatura própria ou os transportes públicos.

Depois do valente rombo nos cofres de mui-tas associações, o transporte de hemodialisa-dos, que era feito pelos táxis, e que, recente-mente, foi entregue aos bombeiros permite afastar, para já, o fantasma dos despedimen-tos no distrito de Braga, garante Marinho Go-mes.

A formação dos mais de dois mil operacio-nais deste território, na sua esmagadora maioria voluntários, constitui uma das preo-cupações da federação, a par do apetrecha-mento dos quartéis, condições, aliás essen-ciais, para que seja garantida uma resposta de qualidade às populações.

Palavra de Presidente

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18 ABRIL 2013

Uma jovem com 40 semanas de gestação teve o seu segundo

filho numa ambulância dos Volun-tários de Óbidos assistida por dois elementos daquele corpo de bombeiros.

O pedido surgiu via Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU/INEM) na central dos

Bombeiros de Óbidos, na madru-gada de 30 de março último, cer-ca das 4h34, para uma jovem que já estaria em trabalho de parto.

Os bombeiros dirigiram-se de imediato para Gaeiras juntamen-te com a viatura médica de emer-gência rápida (VMER) sediada no hospital de Caldas da Rainha. Ve-

rificando-se que o parto estava eminente, bombeiros e socorris-tas optaram por realizá-lo na am-bulância. Segundo os bombeiros envolvidos, “tratou-se de um mo-mento vivido de forma muito tranquila e natural”. Após o parto a mãe e o bebé foram transporta-dos para o hospital.

ÓBIDOS

Parto em ambulância

Os Bombeiros de Maceira so-correram, na localidade de

Mangas, um homem que terá sofrido queimaduras graves em 40 por cento do corpo, quando, alegadamente, furtava fios de cobre num poste de média ten-são.

Segundo fonte do quartel de

Maceira, a vítima de 33 anos “encontrava-se no ponto mais alto do poste, a cerca de 22 metros de altura”.

Os bombeiros chegaram ao local três minutos após o alerta e solicitaram, de imediato, o apoio da EDP para o corte da energia.

O poste encontra-se numa zona que não permite o acesso da viatura escada, pelo que os operacionais recorreram a téc-nicas de salvamento em grande ângulo para resgatar a vítima que foi assistida no local pela equipa da ambulância de socor-ro dos Bombeiros de Maceira e

pelos médicos do INEM e, pos-teriormente, encaminhada para o Hospital Santo André em Lei-ria.

Esta operação conduzida pelo comandante Luís Ferreira dos Voluntários de Maceira, mobili-zou 10 bombeiros e três viatu-ras e ainda elementos da GNR.

Socorro a 22 metros de altura

MACEIRA

Foto

: BVS

oure

Um acidente de viação ocorreu, no dia 2 de abril, no sentido nor-te/sul da autoestrada n.º 1 (A1) na zona de Casconho, no con-

celho de Soure, envolvendo um pesado de mercadorias e uma via-tura ligeira comercial.

A colisão provocou um ferido, o condutor do ligeiro que depois de desencarcerado foi transportado ao hospital.

A operação de socorro mobilizou 11 operacionais e três veículos dos Bombeiros Voluntários de Soure.

Sérgio Santos

SOURE

Acidente na A1 provoca encarcerado

Os Bombeiros Municipais de Sardoal, em conjunto com

o Gabinete Municipal de Protec-ção Civil, Florestal e Bombeiros, realizaram no passado dia 23 de março, um simulacro de aci-dente rodoviário, num cenário multi-vitimas e multi-riscos, envolvendo três veículos, um deles em chamas, com cinco vi-timas encarceradas e duas viti-mas projectadas.

O simulacro, inserido no pla-no de formação de 2013, teve como objectivos o treino multi-disciplinar das diferentes equi-pas dos bombeiros, e a sensibi-lização e aproximação á comu-nidade, mostrando as valên-cias, equipamentos e procedimentos em caso de aci-dente.

Participaram também no si-mulacro os bombeiros de Abrantes, Constância, Mação e Vila de Rei, totalizando 11 veí-culos e 35 operacionais, bem como a GNR do Sardoal.

SARDOAL

Simulacro multi-vítimas

Faltavam poucos minutos para as vinte e uma horas, do passado dia 24, quando os Voluntários de Sines foram

alertados para um incêndio na Avenida Vasco da Gama. O combate às chamas, que durou cerca de uma hora, mo-

bilizou 12 bombeiros apoiados por três veículos.

SINES

Incêndio na Avenida Vasco da Gama

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19ABRIL 2013

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O embate entre um motociclo e uma viatura li-geira de passageiros provocou a queda do

automóvel ao rio Coina, foi o cenário trabalhado pelos Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública, no âmbito do plano anual de instrução.

Chegado ao teatro de operações os bombeiros foram confrontados com uma viatura submersa, situação que se complicava a cada instante com a subida da maré. A resposta dos operacionais foi de “grande competência e eficácia” referem os responsáveis do comando, que sublinham as con-dições e as exigências criadas como “a acessibili-dade limitada, um número significativo de víti-

mas, os trabalhos em meio aquático natural e a dificuldade de estabilização do automóvel parcial-mente submerso”.

Sérgio Santos

BARREIRO

Exercício no rio

Elementos dos Sapadores de Setúbal e Porto e do Grupo

de Intervenção Proteção e So-corro da GNR participaram, re-centemente, num curso de bus-ca e resgate em estruturas co-lapsadas (BREC) que culminou no passado dia 28 de março com um exercício.

Durante 120 horas de forma-ção conjunta, os operacionais trabalharam em equipas multi-disciplinares, procuraram agili-zar procedimentos de resgate neste tipo de cenários seguindo as normas do IN-SARAG e outras que se adaptam às realidades de Portugal.

A utilização de técnicas de desencarceramento em viaturas submersas em escombros e a aplica-ção de técnicas de salvamento em grande ângu-lo, aparelhos acústicos e visuais, a demolição por percussão para progressão nas buscas de víti-

mas, entre outras matérias garantem a multidis-ciplinaridade deste curso.

O curso promovido pela Companhia de Bom-beiros Sapadores de Setúbal e ministrado pelos subchefes Abraão Borges e Ulisses Aurélio reali-zou-se em fábricas desativadas na Região de Se-túbal, Bucelas e no campo de escombros do Regi-mento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Sérgio Santos

SETÚBAL

Formação conjunta facilita intervenções

BARCELINHOS

Bombeiros terminam ciclo

Os Bombeiros Voluntários de Barcelinhos ter-minaram mais um ciclo de formação nas ver-

tentes de combate a incêndios florestais e urba-nos. Nos últimos meses, 130 operacionais empe-nharam-se nesta missão que lhes permitiu reci-clar conhecimentos, mas também apreender novos conceitos e técnicas de ataque a incêndios.

“A formação é para mim essencial já que, só assim, os bombeiros podem garantir uma respos-ta profissional ao apelo das populações”, defende o comandante José Beleza, que a assinalar um ano como responsável operacional do quartel de Barcelinhos muito tem investido nesta área.

No encerramento desta ação, os participantes agradeceram ao comandante, pela oportunidade

de receberem tanta formação em tão curto espa-ço de tempo.

Também a assinalar um ano de entrega ao vo-luntariado, o presidente da direção dos Bombei-ros de Barcelinhos, José Arlindo Costa, congratu-lou-se com o dinamismo do comando e do corpo ativo, agradecendo aos bombeiros “o empenha-mento que tem tido em prol da população”, subli-nhando que “o trabalho realizado no último ano superou as expectativas”.

Realizou-se na Unidade Local de Formação de Santo André, no fim de semana de 23 e 24 de março, uma formação de Operadores de Ferramentas Manuais que envolveu duas dezenas de participan-

tes, entre os quais quatro bombeiros dos Voluntários de Sines.O curso ministrado por elementos Força Especial de Bombeiros, permitiu dotar os formandos de com-

petências na utilização de ferramentas manuais em Incêndios florestais, rurais e agrícolas.

SINES

Ferramentas manuaismobilizam duas dezenas Realizou-se na manhã de 16

de abril, um exercício na Se-cundária Poeta Al Berto de Si-nes que teve como objetivo tes-tar o Plano de Segurança da Es-cola e avaliar a capacidade de resposta das autoridades e do estabelecimento de ensino. em casos de utilização do..

O cenário criado tinha como mote um sismo seguido de uma explosão numa das salas de Fí-sica. Em poucos minutos, o pla-no permitiu retirar alunos, fun-cionários e professores da esco-la, tendo os bombeiros chegado pouco depois.

As equipas de busca e salva-mento procederam ao reconhe-cimento do local e posterior evacuação das vítimas que ain-da permaneciam no interior do edifício que foram de imediato entregues aos cuidados das equipas de socorro pré-hospita-lar.

O exercício terminou após a ventilação do edifício.

Em declarações ao nosso jor-nal, fonte dos Voluntários de Si-nes garantiu que o exercício de-correu “sem grandes percalços,

permitiu realizar todas as ope-rações, constituindo assim um ótimo treino com traços reais tanto para o corpo de bombei-ros, como para a comunidade escolar”.

Os Bombeiros de Sines mobi-lizaram para a escola 20 opera-cionais e quatro veículos, tendo ainda contado com o apoio da GNR de Sines, do delegado da Proteção Civil Municipal, assim como do corpo docente do esta-belecimento de ensino.

SINES

Evacuação urgente em escola secundária

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20 ABRIL 2013

No âmbito da partilha de conheci-mentos e experiências entre equi-

pas especializadas em socorro, no-meadamente nas vertentes de monta-nha e canyoning, cinco elementos do Departamento de Salvamentos Espe-ciais dos Bombeiros de Óbidos partici-param, na Madeira, num treino con-junto.

Promovido pelo Serviço Regional

de Proteção Civil da Madeira (SRPC), este treino operacional envolveu, para além dos operacionais de Óbi-dos, equipas de socorro e resgate em montanha de vários corpos de bom-beiros desta região autónoma e ain-da elementos da Equipa de Socorro e Resgate em Canyoning, Instituto Pú-blico da Região Autónoma da Madei-ra, uma Equipa Cinotécnica da GNR e

a Equipa de Operações Especiais da PSP.

Esta iniciativa teve como cenários o quartel dos Voluntários Madeirenses e ainda a Rocha Branca, Chão da Ribeira e o Pico do Arieiro.

Os bombeiros de Óbidos falam de “quatro dias de formação intensa” que permitiram fomentar o espírito de gru-po e o trabalho em equipa”, para além

de “novos conhecimentos e aprendi-zagens, a partilha de experiências, o companheirismo e a amizade”.

“Uma aprendizagem bem conduzi-da, que permitirá aos operacionais que participaram no treino partilhar os conhecimentos adquiridos com todos os elementos do corpo de bombeiros”, conforme salientou ao nosso jornal fonte do quartel de Óbidos.

FORMAÇÃO

Madeira acolhe treino conjunto

Responder adequadamente a uma situação de acidente com multivítimas foi o objeti-

vo do exercício de triagem START em que participaram 32 bombeiros e 12 veículos dos Voluntários de Condeixa-a-Nova e Cantanhe-de.

A iniciativa teve como cenário uma escola onde existiam 21 vítimas, obrigando os ope-

racionais que intervieram na primeira linha a pedir reforços, dando início a um processo de avaliação e triagem dos sinistrados.

A triagem START permite a avaliação de uma vítima em menos de um minuto, facili-tando posteriormente a prioridade no trans-porte e no atendimento de emergência.

Sérgio Santos

CONDEIXA-A-NOVA

Exercício de triagem START

Os elementos dos Voluntários do Estoril que procederam ao resgate de idosa caída ao mar na Praia da Azarujinha, e que

foi motivo de reportagem na edição de fevereiro último “BP”, fo-ram distinguidos pela sua Associação com a medalha, grau ouro, da ordem de mérito do soldado da paz.

A entrega destas distinções, ao comandante Carlos Coelho, ao subchefe Francisco Martins, e aos bombeiros de 2.ª, Filomena Ferreira e Chekelzen Sadiku, decorreu durante a sessão solene comemorativa do 90º aniversário dos Bombeiros do Estoril.

Esta sessão foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, acompanhado do presidente da as-sembleia-geral, Manuel Pisco, do vereador da Proteção Civil, Pe-dro Mendonça, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, Rama da Silva, do segundo comandante distrital de Lis-boa da ANPC, André Fernandes, do presidente da direção, Luís Jordão e do comandante Carlos Coelho, entre outros dirigentes e representantes de várias entidades locais.

Durante a sessão solene decorreu ainda a promoção a bombei-

ro de 3.ª, de Pedro Reis, Filipe Reis, Carla Almeida e Carla Carva-lho, a bombeiro de 2.ª de quatro elementos, a subchefe de João Pedro Félix e de chefe de Bruno Felício.

Procedeu-se também à entrega de medalhas de assiduidade da instituição a funcionários, de condecorações a atletas, de galar-dões a associados e a entidades apoiantes e medalhas de assidui-dade da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Câmara Municipal a diversos bombeiros.

ESTORIL

Homenagens no aniversário

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21ABRIL 2013

Os Bombeiros Municipais de Tavira co-memoraram recentemente o 125.º

aniversário numa cerimónia que decorreu no quartel daquele corpo de bombeiros. A sessão contou com as presenças do presi-dente da Câmara Municipal de Tavira, Jor-ge Botelho, do presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), major general Manuel Couto, do vice-presidente da federação de bombeiros do Algarve e representante da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, Martins Ferreira, do comandan-te distrital de operações de socorro, Vaz Pinto, e dos restantes vereadores munici-pais, outros autarcas e representantes de diversas entidades, nomeadamente, Brás Teixeira, 2.º comandante do Regimento de Infantaria N.º 1.

Na oportunidade, em sequência do des-pacho do ministro da Administração Inter-na, o presidente da ANPC condecorou o estandarte do corpo de bombeiros com a medalha de mérito protecção e socorro, grau ouro e distintivo azul.

Na mesma cerimónia foram também distinguidos vários bombeiros com meda-lhas de assiduidade da Liga dos Bombei-ros Portugueses. No final decorreu um al-moço de confraternização entre todos os presentes.

TAVIRA

Municipais comemoraram 125.º aniversário

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A equipa dos Municipais de Tavira asse-gurou o primeiro lugar da classifica-

ção geral final do I Concurso Regional de Salvamento e Desencarceramento.

O concurso, organizado por aquele corpo de bombeiros no âmbito das co-memorações do seu 125.º aniversário, registou a participação de oito equipas, dos Voluntários de Portimão, de S. Brás de Alportel, Aljezur, Albufeira, Lagoa, Messines, Vila Real de St. António e da casa.

A classificação geral final ficou assim ordenada: 1.º- Municipais de Tavira, 2.º Voluntários de S. Brás de Alportel e 3.º, Voluntários de Aljezur.

Na classificação por Equipas Técnicas, os Municipais de Tavira voltaram a obter o primeiro lugar, seguidos dos Bombeiros de Aljezur e dos de S. Brás de Alportel.

No domínio da classificação por Chefes de Equipas, Tavira manteve o primeiro lugar, ficando em segundo e terceiro lu-gar, respetivamente, Lagoa e Portimão.

Na classificação de Socorrista, os Vo-luntários S. Brás de Alportel obtiveram o primeiro lugar, seguindo-se os Municipais de Tavira e os Voluntários de Aljezur.

DESENCARCERAMENTO

Equipa da casa ganha concurso

À margem das comemorações do 125.º aniversário dos Municipais

de Tavira, ocasião afinal propícia a todo o tipo de balanços, o presidente da Federação dos Bombeiros do Al-garve fala ao jornal Bombeiros de Portugal da realidade de uma região que congrega 17 corpos de bombei-ros, entre os quais quatro municipais. Refira-se que apenas o concelho de Castro Marim não dispõe de um corpo de bombeiros, mas em contrapartida os municípios de Silves e Faro dis-põem de dois.

Este responsável começa por afir-mar que “os bombeiros do Algarve “vão vivendo como todos os outros do País, com a crise económica à por-ta, por isso com dificuldades de toda

a ordem, que só podem ser ultrapas-sadas com muita capacidade enge-nho e arte”.

Segundo Teodósio Carrilho o pro-blema mais grave é “a falta de volun-tários”, muito por culpa das estrutu-ras internas dos próprios bombeiros que “não acarinharam ou não criam condições para manter acesa a cha-ma do voluntariado”. Reconhece a importância das escolas de infantes e cadetes para chamar os mais novos para os quartéis, mas garante que no Algarve não têm dado fruto, pois “as crianças crescem, começam a ter so-licitações de outra natureza e acabam por deixar para trás o sonho de se-rem bombeiros”.

Na verdade, o voluntariado não é

uma marca dos corpos de bombeiros algarvios, uma situação que Teodósio Carrilho diz traduzir a exigência de um território com enorme exposição mediática que obriga os vários muni-cípios a investir na proteção e socor-ro, nomeadamente, com a criação de

Equipas de Intervenção Permanente (EIP).

O dirigente revela que a região dis-põe de cerca de meio milhar de ope-racionais “todos com vínculo laboral às associações humanitárias ou às autarquias” e que o número de volun-tários a servir os quartéis é “resi-dual”. O nosso interlocutor garante que enquanto “não forem criadas condições para atrair os mais jovens para os bombeiros”, não será possível de contrair o fenómeno sublinhando, em tom de crítica que “muito é exigi-do aos operacionais e nada lhes é dado em troca”.

Sobre a realidade corpos munici-pais do Algarve, o presidente da fe-deração não esconde preocupações,

pois as restrições financeiras impos-tas às autarquias acabam por ter re-flexo nefasto no funcionamento des-tes quartéis, que, a título de exemplo não sequer recorrer a candidatura a fundos comunitários para aquisição de veículos e outros equipamentos.

Determinado, o presidente algarvio fala com entusiasmo dos projetos da federação referindo que “ideias não faltam”, embora, admita, “ser difícil mexer nestas estruturas, tendo em conta que funcionam como capeli-nhas”, nada que desmotive a equipa liderada por Teodósio Carrilho que es-tabeleceu como prioridades a moder-nização e a adaptação dos corpos de bombeiros do Algarve a novas reali-dades.

Palavra de presidente

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22 ABRIL 2013

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Alvaiázere

comemorou o 73.º aniversário no pas-sado dia 10 de março, com uma ceri-mónia que ficou marcada pela promo-ção de alguns bombeiros e a inaugura-ção e bênção de duas novas viaturas, que ainda não permitem colmatar as lacunas existentes em matéria de veí-culos, nomeadamente de socorro e saúde.

“Hoje contamos neste quartel com mais duas viaturas, uma viatura de combate a incêndios urbanos e um veí-culo autotanque com 20 mil litros de capacidade”, revelou o comandante da corporação dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere, Vítor Joaquim, acres-centando que “no entanto, este corpo de bombeiros ainda continua com ne-cessidade de melhoria no que diz res-peito a viaturas de socorro e de saúde, nomeadamente ambulâncias, uma vez que o parque existente está a ficar sem condições dignas para prestar so-corro”.

Consciente das carências dos bom-beiros, o presidente da Câmara Munici-pal de Alvaiázere e da direção dos Vo-luntários de Alvaiázere, Paulo Tito Mor-gado, garantiu que enquanto autarca tudo fará para reapetrechar os bom-beiros, sobretudo ao nível do sistema informático e de comunicações e equi-pamentos de proteção individual, que o responsável considera serem “muito necessários”.

“É fundamental que no POVT se an-garie uma série de recursos para esta causa”, considerou o autarca, que está empenhado em “tão breve quanto pos-sível, ver aberta a candidatura para a realização de obras de melhoria deste quartel”. Além disso, a direção está igualmente a preparar-se “para dentro das possibilidades fazer, entre 2013 e 2014, um forte investimento no par-que de viaturas de saúde e socorro” e posteriormente também no parque de veículos florestais.

“Temos muita vontade de chegar às nossas bodas de diamante com um princípio de forte, forte investimento”, revelou Paulo Tito Morgado, que para isso conta “obviamente com o apoio da tutela e provavelmente do POVT”.

“Já tomei apontamento e vou conti-nuar a tomar para fazer chegar ao pre-sidente Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria as preocupações da Associação dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere”, revelou Rodrigues Mar-ques, representante da federação e da Liga dos Bombeiros Portugueses, acrescentando ser reconhecida a ne-cessidade da formação.

“Estamos no terreno a fazer parce-rias com associações e escolas no sen-tido de conseguirmos que a formação não custe dinheiro às associações”, re-velou, dando conta que a federação já firmou protocolo com a Associação dos Industriais do Concelho de Pombal e com a ETP Sicó para garantir aos ope-

racionais formação nas áreas do am-biente e de higiene e segurança no tra-balho. Além disso, esta entidade, tam-bém, estabeleceu acordos para que os bombeiros possam fazer cursos de condução defensiva, estando neste momento em negociação a formação de liderança para chefias.

“Portanto, a Federação está empe-nhada em conseguir formação a custo zero” para “todas as áreas”, sublinhou Rodrigues Marques.

“Hoje, como no passado, os bombei-ros vêem-se com algumas dificulda-des, porque muitas vezes não são apoiados como deviam pelos organis-mos responsáveis por essa competên-cia”, lamentou o comandante da cor-poração de Alvaiázere, que aproveitou a oportunidade para enaltecer o traba-lho do Comandante Nacional de Opera-ções e Socorro, José Manuel Moura, que “no final de 2011, enquanto Co-mandante Distrital de Operações e So-corro de Leiria, liderou um processo de reequipamento das corporações do distrito através do QREN, incentivando e apoiando para que esta oportunidade fosse agarrada”.

Registe-se que neste âmbito os Vo-luntários de Alvaiázere apresentaram candidatura para aquisição de um veí-culo urbano de combate a incêndios, que chegou recentemente ao quartel para melhorar o socorro no concelho.

A associação recebeu ainda, em dia de aniversário, um veículo de abasteci-

mento com 20 mil litros de capacidade oferecido por Jorge Mendes Alves.

Mas a direção não está apenas em-penhada em melhorar as condições de trabalho dos operacionais, mas tam-bém em “organizar e reorganizar a casa”. Neste sentido, impõem-se a re-visão dos estatutos datados de 10 de janeiro de 1940. Além disso, a atual direção bate-se por dar continuidade aos projetos iniciados pelos antecesso-res, nomeadamente a instalação de painéis fotovoltaicos e painéis solares térmicos e a aquisição de um Veículo Urbano de Combate a Incêndios.

Entretanto, os dirigentes negocia-ram algumas dívidas a fornecedores, legalizaram as instalações do quartel assim como de outros bens, deram ainda início ao processo de atualização das quotas e implementaram “o siste-ma de contabilidade organizada se-gundo as normas contabilísticas do SNC, de forma a garantir um sistema fiável que cumpra a lei, mas também para ter maior capacidade de gestão e maiores níveis de informação mais fi-dedigna”.

Na sua intervenção, o comandante Vítor Joaquim enalteceu o trabalho de todos os bombeiros e bombeiras deste corpo ativo, que “apesar de voluntários são profissionais de ação” que “sempre souberam desempenhar a sua missão” ao serviço da população do concelho de Alvaiázere e de outros concelhos. Para que os bombeiros consigam de-

sempenhar as suas funções com su-cesso é fundamental a formação, pelo que “durante o ano de 2012 foram mi-nistradas 250 horas de formação, para além daquela que é exigida, contri-buindo para o aperfeiçoamento técnico que sem conhecimento não é possível fazer de forma eficaz”.

“A nossa atividade é vasta e bastan-te variada”, lembrou o responsável operacional, revelando que “na presta-ção de socorro, só no ano de 2012, fo-ram percorridos 240 089 quilómetros” e “dos 112 incêndios florestais, os que marcaram o concelho de Alvaiázere fo-ram os ocorridos nas localidades de Charneca e Gamanhos, que consumi-ram 600 hectares de floresta”.

“De facto, não foi fácil o que se pas-sou aqui em Alvaiázere no ano de 2012”, defendeu o representante do Comando Distrital de Operações e So-corro de Leiria, Artur Granja, adiantan-do que “por muitas voltas que a vida dê, a população sabe com quem é que pode contar”.

O presidente da assembleia-geral dos Voluntários de Alvaiázere, José Tiago Guerreiro, também elogiou o trabalho deste corpo ativo “na salva-guarda de pessoas e bens”, adiantando que “esta é uma associação que tem futuro pela dinâmica deste corpo de bombeiros e pela excelente sementeira de infantes e cadetes que são o garan-te e continuidade desta prestimosa corporação”.

ALVAIÁZERE

Quartel recebe duas viaturas mas continua com carência de ambulâncias

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do

Concelho de Óbidos assinalou, no passado dia 7 de abril, o 86.º Aniversário, com uma ceri-mónia que teve como momen-tos maiores a apresentação do novo comandante e a atribuição de medalhas a vários elemen-tos corpo ativo.

Na ocasião, foi ainda apre-sentada à população uma nova ambulância de socorro adquiri-da com as receitas resultantes da participação no Mercado Me-dieval de Óbidos e o apoio da câmara municipal.

Do decorrer da sessão sole-ne, o último ano considerado “um dos mais marcantes na história da associação”.

A direção endereçou ao novo comandante, Carlos Silva, “vo-tos dos maiores sucessos no desempenho das novas fun-ções”, tornando pública “a con-vicção que o responsável ope-racional fará um excelente tra-balho, mantendo assim os ní-

veis de profissionalismo e operacionalidade, apanágio do Corpo de Bombeiros”, até por-que, registe-se,. Carlos Silva conhece bem esta casa onde, nos últimos seis anos, exerceu as funções de adjunto de co-mando.

O comandante, na sua inter-venção, referiu-se aos motivos que o levaram a aceitar o con-vite da direção, falando do “apoio presencial e os votos de confiança dos ex-colegas de co-mando, que desde o momento que passaram a desempenhar as suas novas funções conti-nuaram, dentro das suas possi-

bilidades, a apoiar o corpo de bombeiros”.

“O facto de os ter por perto, sem dúvida, que é um apoio muito grande nesta nova fase da minha vida e deste novo ca-pítulo da história dos Bombei-ros de Óbidos”, disse recordan-do assim o processo de nomea-ção dos seus antecessores para funções na Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A entrega de equipamento de proteção individual aos 17 no-vos estagiários, que se encon-tram em “período probatório em contexto de trabalho”, assi-nalou de forma simbólica a fina-

lização da primeira fase desta importante caminhada.

Numa cerimónia vivida e sen-tida de forma intensa, vários a elementos do corpo de bombei-ros foram agraciados com me-dalhas Assiduidade e de Dedi-cação Grau e ainda entregue o título de “Bombeira do Ano” à bombeira de 1.ª Patrícia Ale-xandra Calixto dos Reis.

O padre Paulo Gerardo, Prior das Paróquias de Óbidos, pro-cedeu à bênção de um veículo de combate a incêndios flores-tais e de uma ambulância de socorro.

A direção agradeceu ainda a

participação dos familiares e amigos dos bombeiros no Mer-cado Medieval, o que permitiu a aquisição da nova ambulância para o serviço da população, um reconhecimento extensivo aos operacionais s e funcioná-rios da associação por todo o trabalho desenvolvido no ano de 2012.

Os responsáveis do Corpo de Bombeiros de Óbidos orgu-lham-se “dos 86 anos de histó-ria motivados e determinados a salvar pessoas e bens” e do su-

cesso de missão cumprida com “empenho, criatividade e proxi-midade que deixam garantia de futuro.

A cerimónia presidida por Humberto Marques, vice-presi-dente da Câmara Municipal de Óbidos, contou com as presen-ças, entre outras entidades do Comandante Distrital de Opera-ções de Socorro de Leira, co-mandante Sérgio Gomes e do presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leira, comandante Mário Cerol.

ÓBIDOS

A servir a população há 86 anos

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23ABRIL 2013

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Albergaria-a-

-Velha concretizou finalmente o sonho nascido há duas décadas de dispor de um novo quartel adequado às suas ne-cessidades.

O sonho tornou-se realidade em 7 de abril último numa cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e que contou com a presença do presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro e diri-gente da LBP, comandante Gomes da Costa, do presidente da Câmara Munici-pal, João Agostinho Pereira, antigos responsáveis da instituição, o anterior presidente da direção Elísio Silva, o ex--comandante Bismarck, e outras perso-nalidades e representantes de entida-des.

Os Voluntários de Albergaria deixa-ram assim as antigas instalações situa-das problematicamente no centro da vila e passaram a ocupar as novas loca-lizadas na zona industrial e concebidas segundo um projeto inspirado no mode-lo francês, do qual demos conta na edi-ção do “BP” de setembro último.

A Autarquia cedeu o terreno, apoiou a elaboração do projeto da construção, projetos de especialidades e o apoio téc-nico à edificação bem como ao processo de candidatura a verbas comunitárias. Do POVT foi possível obter 85 por cento dos cerca de 1,3 milhões elegíveis. Os restantes 15 por cento foram também suportados pela Câmara Municipal.

Na oportunidade o ministro da Admi-nistração Interna referiu que “a inaugu-

ração do quartel é um bom sinal, um exemplo que devemos seguir para en-frentar as dificuldades”.

Miguel Macedo elogiou a determina-ção dos bombeiros na sua concretização e sublinhou tratar-se de um bom exem-

plo de “conjugação de esforços com o poder central e o poder local”.

O presidente da LBP fez questão de saudar o ministro cumprimentando-o “pelo bom trabalho nas reformas e reso-lução dos problemas dos bombeiros” e

sublinhou que gostaria de encontrar a mesma recetividade das propostas en-viadas ao ministro da Saúde, Paulo Ma-cedo.

No final da cerimónia ficou a saber-se que o benemérito Manuel de Oliveira

Barbosa, que havia sido agraciado com o crachá de ouro da LBP entregou ao an-tigo presidente da direção e atual presi-dente do conselho fiscal, Elísio Silva, um cheque em branco destinado a apoiar a associação.

ALBERGARIA-A-VELHA

Concretizado sonho com 20 anos

As Cerimónias Evocativas do 88.º Aniversário da Asso-

ciação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários da Aguda fo-ram vividas de forma intensa por todos os elementos, quer do corpo ativo, quer da direção, entre um misto de felicidade e de dor.

Felicidade pela concretização de um sonho – a substituição e reposição de um veículo esca-da, inaugurado e apadrinhado pelo presidente do conselho de administração da Solverde – Sociedade de Investimentos Tu-rísticos da costa Verde, S.A., Manuel Violas, e pelo objetivo conseguido com a inauguração de uma ambulância de trans-porte múltiplo, apadrinhada pelo presidente do Executivo

Municipal Gaiense, Luís Filipe Menezes.

Refira-se que esta não foi a única homenagem prestada ao presidente da edilidade, já que foi alvo de duas distinções por proposta da direção da Associa-ção, atribuídas pela Federação dos Bombeiros do distrito do Porto – Medalha de Mérito Dis-trital – e pela Liga dos Bombei-ros Portugueses – Crachá de Ouro.

As comemorações tiveram também um misto de dor, por-que em todos os atos levados a efeito perpassou a memória do chefe Reis: a romagem aos ce-mitérios das freguesias da área de atuação; a exibição de um pequeno documentário sobre ele; o descerramento da sua foto na galeria dos notáveis; e

nas intervenções na sessão so-lene, esteve “sempre esteve presente a saudade de alguém que era considerado por todos como um Homem Bom, um Bombeiro Excelente, um com-panheiro inesquecível, um ami-go verdadeiro”.

Pelo seu significado e tendo em conta o hábito da Associa-ção em entregar uma Medalha e Diploma aos Bombeiros que, ao longo do ano, maior número de serviços voluntários efe-tuem, foi de forma emocionada que todos os que encheram por completo o salão nobre aplaudi-ram o facto do Diogo Matos, vi-tima de ferimentos graves do acidente do passado dia 22 de outubro, ter recebido o prémio de quinto classificado com 234 serviços.

AGUDA

Autoescada e ambulância no aniversário

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24 ABRIL 2013

No passado dia 24 de março a Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Gon-çalo assinalou o seu 33.º ani-versário.

Com uma programação sim-ples, familiar mas plena de sig-nificado, realizada a expensas de cada um dos participantes, os Bombeiros Voluntários de Gonçalo não quiseram deixar de festejar mais um aniversário.

As comemorações tiveram início às 10 horas com a forma-tura dos Bombeiros Voluntários de Gonçalo a que se seguiu o hastear das bandeiras.

Em seguida foi feita uma ro-magem simbólica aos cemité-rios de Gonçalo, da Gaia e de Famalicão da Serra onde foram depostas coroas de flores em memória dos bombeiros volun-tários, dirigentes e associados defuntos.

Cerca das 11.30h. teve lugar no salão nobre Joaquim Esteves Marujo, no quartel, a sessão so-lene comemorativa do 33.º ani-

versário da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Gonçalo.

Na sessão, que contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda, Virgílio Bento e do ex-governa-dor civil do Distrito da Guarda, António Santinho Pacheco (ami-gos de sempre dos Bombeiros Voluntários de Gonçalo) estive-ram ainda, a presidente da As-sembleia de Freguesia, Maria

Arlete Anjos, o presidente da Assembleia Geral, Bruno Pina, representantes do Conselho Fiscal, a Direção, o Comando, os bombeiros voluntários, asso-ciados e população em geral.

Na sua intervenção, o presi-dente da direção, Pedro Pires, salientou o importante trabalho de equilíbrio financeiro da Asso-ciação que tem vindo a ser de-senvolvido por parte da Dire-ção, manifestou a sua preocu-

pação com a redução significa-tiva de serviços de transporte de doentes para a ULS da Guar-da e apontou a constituição de corpos de bombeiros mistos como o caminho a percorrer para o futuro dos bombeiros portugueses, chamando natu-ralmente os Municípios a assu-mir as suas responsabilidades na construção deste caminho.

Às 13.30h. foi celebrada, na igreja matriz de Gonçalo, a eu-caristia em ação de graças por mais um aniversário e em me-mória de todos os bombeiros, dirigentes e associados faleci-dos.

Cerca das 14.30h. teve lugar o almoço preparado e servido pelos bombeiros no quartel e a que se juntou o comandante operacional distrital, António Fonseca.

A festa de aniversário prolon-gou-se depois pela tarde fora com o partir do bolo e com mui-ta confraternização e convívio entre todos.

GONÇALO

Festa animada no 33.º aniversário

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Coimbra comemorou o 124.º aniversário, com a promessa de avanços no projeto de constru-ção de um novo quartel.

A sessão festiva realizou-se no dia 7 de abril com uma for-matura geral do corpo ativo a acolher as entidades convidadas que depois se reuniram no salão nobre da instituição onde assistiram à distinção do comandante Fernando Nobre com o crácha de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), bem como à homenagem a vários soldados da paz e, também, a associados.

Na ocasião João Barbosa de Melo, presidente da câmara munici-pal de Coimbra falou da intenção de “arrancar com a realização do projeto de arquitetura do novo quartel” e assumiu existir um com-promisso para a construção das novas instalações e a promessa de 30 mil euros para o início da empreitada, uma obra que autarca considera ser “fundamental para a “baixa da cidade”.

Por sua vez, o presidente da direção João Silva saudou os bom-beiros pela sua “generosidade” e que são “gente que é, frequente-mente, esquecida pelos cidadãos de Coimbra”, enaltecendo a im-portância do corpo de bombeiros para a cidade.

Na cerimónia estiveram presentes o 2.º comandante distrital Paulo Palrilha; o presidente da Federação dos Bombeiros do Distri-to de Coimbra, comandante António Simões, bem como represen-tantes do Exército, Policia de Segurança Pública e de associações congéneres do distrito.

Sérgio Santos

COIMBRA

Projeto com avançosAs comemorações do 127.º aniversário

dos Bombeiros Voluntários de Viseu ini-ciaram-se no dia 25 de março, com a ceri-mónia do içar da bandeira, a tradicional for-matura, seguindo-se a missa de ação de graças e sufrágio pelos bombeiros, dirigen-tes e associados falecidos, celebrada pelo Capelão da Associação, reverendo cónego Arménio Lourenço.

Devido às festividades da Páscoa, o res-tante programa teve seguimento no domin-go, dia 7 de abril, com a romagem de sau-dade ao cemitério da cidade onde, em for-matura, foi feita a chamada dos bombeiros e dirigentes mortos, um momento marcado pelo emoção, seguido da deposição de flo-res nas campas. Os bombeiros desfilaram, depois, até à sede da Associação, onde re-ceberam entidades oficiais e restantes con-vidados.

Ainda antes da sessão solene, foram en-tregues medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) a diversos elementos do corpo ativo.

A sessão solene, presidida por Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, contou na mesa de honra com Bote-lho Pinto, presidente da assembleia geral da associação; Gil Barreiros, vice-presiden-te da LBP; César Fonseca, CODIS de Viseu: Rebelo Marinho, presidente da federação distrital de bombeiros; Américo Nunes, vi-ce-presidente da autarquia; Jorge Antunes, comandante dos bombeiros municipais e Valdemar Freitas e Luís Duarte, respetiva-mente presidente e comandante dos volun-tários visienses.

Das várias intervenções destaca-se o elogio de Gil Barreiros ao Ministério da Ad-ministração Interna, informando estarem no bom caminho as negociações entre este organismo do Governo e a Liga dos Bom-beiros, para a isenção do IRS aos Bombei-ros Voluntários de Portugal. Referiu tam-bém o facto do presidente da liga, coman-dante Jaime Soares, companheiro de lides autárquicas e amigo pessoal de Fernando Ruas, ver com bons olhos a colaboração com os Voluntários de Viseu, na organiza-ção de uma festa de despedida ao autarca que cumpre o seu último mandato. No mes-mo sentido, Valdemar Freitas, presidente da associação, anunciou ser intenção da di-reção e do comando propor o presidente da câmara como bombeiro de mérito, pelo muito que tem feito pelos Voluntários de Vi-seu.

O dirigente falou ainda de algumas medi-das de gestão impostas pelas dificuldades financeiras e outras, no que classificou, ain-da assim, trabalho estimulante.

Rebelo Marinho elogiou a aposta do co-mandante, na Escola de Cadetes e Infan-

tes, referindo que “quem antecipa o futuro, ganha o presente”.

Por sua vez, o comandante Luís Duarte agradeceu a perseverança da direção que, tal como os voluntários, nunca vira a cara à luta. Informou ainda que está a chegar ao seu final uma escola de estagiários e que outra está “na forja”, dada a procura dos mais jovens. Afirmou-se orgulhoso da Es-cola de Cadetes e Infantes e elogiou a boa colaboração de elementos do Quadro de Honra na formação dos mais novos.

O CODIS César Fonseca informou que está a decorrer uma candidatura de aquisi-ção de equipamentos de proteção indivi-dual, para os Corpos de Bombeiros de todo o país, que, obviamente, comtemplará os do distrito de Viseu.

A encerrar a sessão Fernando Ruas, refe-riu estar a presidir pela última vez, enquan-to autarca, a uma sessão solene nos bom-beiros, agradecendo o que têm feito pelo concelho e pela comunidade, ofertando um contributo financeiro e uma lembrança do município à instituição aniversariante.

Carlos Nascimento

VISEU

“Quem antecipa o futuro ganha o presente”

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25ABRIL 2013

O presidente da direção da Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Gui-marães, Luis Oliveira, considera que “o novo desafio, para a pró-xima década, prende-se com investimentos a nível de viatu-ras, que esta direção e as futu-ras vão ter que equacionar como principal objetivo dos seus planos de actividades”. O dirigente falava na sessão sole-ne comemorativa do 136º ani-versário da instituição que foi presidida pelo vereador César Machado, em representação do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, na presença do comandante distrital de socorro e do presidente da federação distrital de bombeiros, também em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Na sua intervenção o presi-dente dos Voluntários de Gui-

marães chamou a atenção para os problemas relativos à forma-ção dos tripulantes de ambu-lância de socorro, saudou todos os que têm apoiado a institui-ção, nomeadamente a empresa J. Pereira Fernandes SA, e re-cordou o saudoso Casimiro da Silva Lopes e a sua dedicação

aos bombeiros de mais de 40 anos.

O comandante Bento Mar-ques, por seu turno, alertou que “na verdade o número de voluntários tem vindo a dimi-nuir ano após ano”, referindo que “ tem sido difícil recrutar jovens para um envolvimento

mais activo no que diz respeito ao voluntariado”.

Aquele responsável lamentou ainda que “temos desde o dia

29 de Janeiro a auto-escada avariada e que muita falta nos faz, trata-se de um veículo de grande importância para o so-

corro da população e que urge substituir dado ter já 31 anos e as avarias saõ muitoi frequen-tes e dispendiosas”.

GUIMARÃES

Renovação de viaturas é prioridade

O Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto comemorou recentemente o seu 285º aniver-

sário com uma cerimónia presidida por Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto. A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) esteve repre-sentada pelo comandante Álvaro Ribeiro, vogal do seu conselho executivo.

A cerimónia teve como um dos pontos altos o compromisso de honra da Escola de Recrutas

“Chefe Joaquim Campos da Silva”, constituída por 20 novos bombeiros, e a respetiva cerimónia de imposição de capacetes.

.O programa comemorativo incluiu também uma cerimónia particularmente emotiva caracte-rizada pela condecoração com a Medalha de Ser-viços Distintos Grau Ouro da LBP, a título póstu-mo, ao subchefe de 1ª classe, Vítor Manuel das Neves Melo Ferreira . A condecoração foi entre-

gue à viúva daquele bombeiro pelo presidente da Câmara do Porto, a convite do representante da LBP.

Do programa fez também parte a cerimónia de bênção da nova viatura urbana de combate a in-cêndios (VUCI) adquirida com o apoio do QREN.

A cerimónia comemorativa terminou com de-monstrações de atividades dos sapadores bom-beiros recrutas na parada e na casa escola, com

vários exercícios: pelotão auto comandado, esca-da de ganchos – escalada corrida; escada de lan-ços – montagem de horizontal; exercício de si-mulacro e continência final.

Segundo fonte do BSB, “este dá mais um passo no sentido de continuar a honrar o bom nome que criou ao longo de cerca de três séculos, re-forçando o seu papel inquestionável e imprescin-dível ao serviço do município do Porto e do País”.

PORTO

Batalhão conta com reforço operacional

A comemoração do 233.º ani-versário dos Bombeiros Mu-

nicipais de Viana do Castelo in-cluiu a apresentação dos novos 15 elementos daquele corpo de bombeiros bem como uma nova viatura de combate a incêndios.

As cerimónias foram presidi-das pelo presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, e contaram com a presença do presidente da Assembleia Municipal, ou-tros autarcas e representantes de diversas entidades.

A aquisição da nova viatura de combate a incêndios impli-cou um investimento superior a 225 mil euros, com o apoio de fundos comunitários, numa candidatura conjunta ao QREN liderada pela Federação Distri-tal de Bombeiros de Viana do Castelo.

A viatura aloja todo o equipa-mento para combate a incên-dios urbanos e industriais, tan-que para 3 mil litros, equipa-mento diverso de socorro para acidentes elétricos, fugas de gás, deteção de gases, equipa-

mento de corte de betão, ferro, aço e madeira, resgate e desen-carceramento, entre outros.

A demonstração das capaci-dades da viatura ficou a cargo dos novos 15 elementos do cor-po de bombeiros.

Antes da sessão solene, rea-lizada no centro municipal de proteção civil, ocorreu na Cape-la de S. Vicente uma missa de sufrágio pelos bombeiros faleci-dos e uma romagem ao cemité-rio local.

Os Bombeiros Municipais de Viana do Castelo foram fundados em 1780, com a designação de Companhia da Bomba, consti-tuindo o terceiro corpo de bom-beiros português mais antigo, a seguir aos Sapadores de Lisboa

e do Porto. Constituem o único corpo de bombeiros municipais do distrito com 44 operacionais,

a que se juntaram agora mais 15, após a conclusão do respeti-vo programa de formação.

VIANA DO CASTELO

Municipais com mais 15 elementos

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26 ABRIL 2013

O médico Fernando Rodri-gues Santos foi distinguido

pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC) com o tí-tulo de sócio honorário, no re-conhecimento do mérito social e dos relevantes serviços pres-tados à instituição.

De acordo com a direção, trata-se de um reconhecimen-to público por todas as suas iniciativas em prol dos bombei-ros, uma vez que Fernando Santos tem demonstrado uma dedicação sem precedentes à causa do voluntariado, não sendo de estranhar a disponi-bilidade que demonstrou para participar, de forma graciosa, na formação “Noções Básicas de Socorrismo”, dirigida a toda a população.

Igualmente relevante é o facto do médico ter oferecido à AHBVC os direitos dos livros “Diversos versos anversos” e “Parece” de é autor.

A proposta da direção foi aprovada pela unanimidade

em assembleia geral, ocasião em que também foram ratifica-dos o Relatório e Contas do exercício de 2012 e o Plano de Atividades e Orçamento para 2013. De acordo com este do-cumento, a direção defende uma instituição “mais forte para chegar mais alto e mais longe no serviço à comunida-de”, sendo que para tal “é es-sencial prosseguir com a aber-tura à sociedade, com o envol-vimento crescente dos asso-ciado, da população e das

empresas através de parcerias eficazes e proveitosas como escolas, hospitais e juntas de freguesia e município de Can-tanhede”.

Nesta reunião foram ainda discutidos e aprovados os no-vos estatutos da AHBVC, após duas semanas de discussão pública. Trata-se de um docu-mento que resulta de um tra-balho conjunto e que introduz alterações significativas que visam a melhor operacionaliza-ção da instituição.

CANTANHEDE

Associação reconhecerelevantes serviços

A Assembleia Geral Ordinária da Associação Humanitária

de Bombeiros Voluntários de Condeixa-a-Nova ficou marcada pela imposição de três crachás de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) aos soldados da paz.

A sessão que se realizou no dia 29 de março visou a apre-sentação do relatório de ativi-dades e contas do ano transato e a eleição dos órgãos sociais para o triénio de 2013/2015.

Antecedendo a reunião asso-ciativa, foram distinguidos os chefes Carlos Marques Claro, An-tónio Caridade Costa e Carlos Peça com o crachá de ouro da LBP, o público reconhecimento da dedicação e entrega ao servi-ço público na missão de salvar

vidas destes bombeiros. A impo-sição destas condecorações foi testemunhada pelo comandante António Simões, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra e neste ato em representação da LBP.

Já cumprindo a ordem de tra-balhos, a assembleia analisou o relatório e atividades do da ins-tituição, tendo o comandante Fernando Gonçalves realçado a entrega de todos os voluntários e funcionários que entendem “a nobre missão e os sacrifícios, sem os quais não era possível cumprir as missões e honrar o nome dos Bombeiros”.

O aumento de saídas levou a necessidade de investir numa melhor gestão dos meios quer humanos e veículos, o que no

ano transato permitiu a aquisi-ção de três novas ambulâncias e dar emprego a mais bombei-ros, conforme salientou o presi-dente da direção Daniel Costa, sublinhando “que pese o facto de o ano de 2012 não ter sido fácil para ninguém, também se manifestou numa oportunida-de”, pelo que assegurou o diri-gente “esta Associação Huma-nitária em contra ciclo relativa-mente à economia do país”.

No final da assembleia geral realizou-se o ato eleitoral que garantiu a continuidade da equipa liderada Daniel Costa (direção), José Paulo Domin-gues (mesa da assembleia ge-ral) e João Filipe Leal (conselho fiscal).

Sérgio Santos

CONDEIXA-A-NOVA

Assembleia com crachás de ouro

O 120.º aniversário dos Muni-cipais de Leiria ficou marca-

do com a distinção da autarquia e do corpo de bombeiros pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

O estandarte do corpo de bombeiros recebeu a “Fénix de Honra” como reconhecimento dos “serviços prestados e dignifi-cantes da causa dos bombeiros e da proteção civil e socorro”.

A câmara municipal de Leiria foi distinguido com o crachá de ouro pelo contributo para a dig-nificação da causa dos bombei-ros, conforme referiu José Ferrei-ra vice-presidente da LBP que entregou a distinção honorifica ao edil leiriense, Raul Castro.

Na cerimónia que se realizou no dia 1 de abril foram igualmen-te agraciados 28 bombeiros com medalhas da LBP.

No momento das alocuções o comandante Artur Figueiredo de-fendeu a “necessidade de desblo-quear as carreiras dos bombeiros profissionais, evitando assim a curto prazo a falta de cheias in-termédias”. Este responsável re-feriu ainda que os planos de for-mação no âmbito nacional deve-riam ser desenvolvidos para aperfeiçoar os conhecimentos técnicos dos operacionais.

Algumas lacunas nas verten-tes do reforço de meios humanos e da renovação da frota automó-vel foram denucniadas por Artur

Figueiredo, que terminou a sua intervenção agradecendo a dedi-cação dos bombeiros de Leiria.

Por sua vez, Raul Castro presi-dente do município de Leiria re-feriu que a “proteção civil deve

ser uma cultura coletiva, refor-çando a sensibilização e aborda-gem às populações para novas atitudes, novos valores e com-portamentos para terem conhe-cimento sobre os perigos e a

atuação e capacidade de integra-ção na organização coletiva da resposta à emergência.”.

Entre as entidades presentes destaca-se o 2.º comandante distrital Luís Lopes (ANPC); re-

presentantes do Exército, Força Aérea Portuguesa, Guarda Na-cional Republicana e comandan-tes de corpos de bombeiros do distrito de Leiria.

Sérgio Santos

LEIRIA

Autarquia e bombeiros distinguidos

Jorge Manuel Afonso Fernandes é o novo co-mandante da Associação Humanitária de Bom-

beiros Voluntários Lisbonenses.A cerimónia realizada no dia 6 de abril no salão

nobre da instituição coube ao comandante distri-tal Elísio Oliveira e ao comandante Q.H. França de Sousa colocar as divisas ao novo responsável operacional, perante muitos bombeiros, associa-dos e amigos da instituição.

Após do ato solene, o novo comandante rece-beu do vice-presidente dos bombeiros Portuen-ses, o comandante QH Alberto Silva o crachá des-sa associação unida aos Lisbonenses por um acordo geminação.

Na ocasião o presidente da direção dos Lisbo-nenses, Garcia Correia, sublinhou o o apoio dos órgãos sociais ao empossado, confiando-lhe a missão de continuar a dignificar a história e ativi-dade operacional do corpo de bombeiros.

Estiveram presentes nesta cerimónia, o co-mandante António Carvalho, presidente da Fede-ração dos Bombeiros do Distrito de Lisboa; o 2.º comandante dos Sapadores de Lisboa, major José Carlos Monteiro; o 2.º comandante dos Vo-luntários Portuenses Joaquim Caldas e represen-tantes de associações congéneres da cidade de Lisboa.

Sérgio Santos

LISBONENSES

Novo comandante empossado

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27ABRIL 2013

Sara Avelino, estagiária nos Voluntários de Mondim de

Basto assumiu, recentemente, as funções de subcoordenado-ra distrital de Vila Real, depois de ter sido contactada pelo coordenador distrital Rui Di-nis.

Este novo elemento da co-missão distrital realça que tem projetos para a JuveBombeiro de Vila Real dos quais se des-taca a página web já disponí-vel em http://juvebombeirovr.wix.com/juvebombeirovila-

real, e ainda uma inciativa so-cial assente na recolha de bens de primeira necessidade.

Integram a equipa de Sara Avelino André Borges, Daniela Carvalho e Nuno Sá, em re-presentação dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar e Mondim de Basto.

“Chegámos com ideias e queremos trabalhar. Para isso contamos com a ajuda de to-dos os bombeiros do distrito”, anuncia a nova subcoordena-dora da “juve”.

VILA REAL

Jovens têm nova subcoordenadora

O quartel sede dos Bombeiros Voluntários de Sines rece-

beu, nos dias 15 e 16 de março, a primeira Formação para Dele-gados e Equipas de Trabalho da Juvebombeiro.

Na ação estiveram presentes 55 elementos de diversos corpos de bombeiros do País, nomeada-mente dos distritos de Setúbal, Lisboa, Beja, Faro e Évora.

Assente no lema “Preparar o Futuro” a formação assentou em temas como liderança, ges-tão de equipas e gestão de con-flitos, coaching, elaboração de projetos e preparação de ativi-dades.

Segundo fonte da Juvebom-beiro do Distrito de Setúbal esta formação visou “contribuir para o desenvolvimento dos jo-

vens bombeiros portugueses” e a “prossecução de objetivos do plano de atividades e das von-tades e anseios dos comandos e entidades detentoras de corpos de bombeiros”.

A iniciativa dos Bombeiros de Sines e da Juvebombeiro dos distritos de Setúbal e Beja con-tou com o apoio do site Bom-beiros para Sempre.

SINES

Juve em formação

Os bombeiros enfrentam, no dia-a-dia, os mais variados teatros de operações e cenários que

ditam trabalho em equipa, muitas vezes com operacionais de outros quartéis. Neste âmbito, a juvebombeiro surge com o intuito de servir de elo de ligação entre bombeiros, fomentando encon-tros e o convívio em diferentes ambientes, para além de realçar e mostrar o que melhor se faz no seio dos bombeiros nacionais.

Com o intuito de juntar os homens e as mulhe-res que servem de forma exemplar o lema Vida por Vida, a a juvebombeiro de Aveiro, promoveu a primeira gala do distrito, evento assinado pelos núcleos da Pampilhosa e de Castelo de Paiva, que visou “agraciar e aplaudir pessoas e instituições que têm um papel essencial e de relevo na ativi-dade dos bombeiros”.

Num ambiente festivo, a organização ofereceu aos jovens bombeiros uma oportunidade de con-vívio e confraternização, num animado convívio que permitiu também distinguir os vários núcleos que “levam mais longe e mais alto o nome da Ju-vebombeiro e dos bombeiros portugueses”.

Na ocasião foram entregues vários prémios a personalidades e instituições, nomeadamente, a Hermínio Loureiro, presidente da Câmara Munici-pal de Oliveira de Azeméis agraciado com troféu “Honra e compromisso para com os Bombeiros”. Numa noite marcada pelo reconhecimento, o CO-DIS de Aveiro foi distinguido pelo “Esforço e dedi-cação aos Bombeiros”. Na sessão foi, igualmente, enaltecida a ação do Comandante Gomes da Cos-ta (“Bombeiro do Distrito”), de Ana Paula Ramos (“Comandante do Distrito”), do fotojornalista Francisco Manuel (“Bombeiros nos media”) e do núcleo da “juve” de Oliveira de Azeméis (“Núcleo mais participativo”).

“Nutro, desde há muito, pela atividade dos bombeiros, um fascínio e admiração muito gran-des. Surpreende-me a disponibilidade, a entrega e a coragem que aplicam na vossa atividade. Como presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis tenho contactado de perto algumas das situações mais delicadas com que se confron-tam no terreno”, disse na ocasião Hermínio Lou-reiro, sublinhando “enorme orgulho em receber a distinção da juvebombeiro”.

Também no rescaldo do evento, o comandante Q.H. Gomes da Costa, presidente da Federação

dos Bombeiros de Aveiro salientou o entusiasmo dos jovens que participaram na gala.

“Para mim, a atribuição do Prémio de Coman-dante do Distrito constituiu uma grande surpresa e vai para sempre ficar ligada ao orgulho de fazer parte desta causa. Tratou-se de um reconheci-mento em como o empenho que devoto a esta causa acaba por fazer a diferença para alguém, neste caso, para estes jovens bombeiros com quem tenho privilégio de trabalhar em circuns-tâncias por vezes muito difíceis. Nunca me jul-guei capaz de receber tamanha honra e vai cons-tituir um incentivo para me empenhar ainda mais nesta causa. Arregaçar as mangas e ir a luta é a melhor forma de agradecer a estes elementos se entregam à causa dos Bombeiros”, disse, na oca-sião, a comandante Ana Paula Ramos, dos Volun-tários da Pampilhosa

Em jeito de balanço o coordenador distrital da Juvebombeiro de Aveiro, João Oliveira, falou do “orgulho enorme” pelo sucesso da iniciativa, sa-lientando o trabalho-o empenho e o esforço dos bombeiros Rui Rebelo, (Castelo de Paiva) e a Da-niela Sousa e Telma Faria (Pampilhosa)

“Desde que fui nomeado como coordenador distrital tenho tentado chamar a atenção dos co-mandantes para a importância da Juvebombeiro. Aqui vê-se o futuro dos bombeiros. O futuro dos bombeiros de Portugal passa pela Juvebombeiro Nacional”, referiu o mesmo dirigente.

Para além dos muitos momentos de boa dispo-sição e companheirismo, esta grande festa teve como um dos pontos alto a exposição fotográfica de Francisco Manuel, repórter do Correio da Ma-nhã que nos seus trabalhos destaca o trabalho realizado pelos bombeiros no cumprimento do seu dever. Este fotojornalista afirma-se como “o mensageiro que faz chegar ao grande público, re-tratando os momentos em que cada gesto pode salvar uma vida”, sublinhando que tenta captar “expressões sinceras de quem tudo faz sem nada cobrar”.

“Vocês são uns malucos. Vão. Não sabem se Voltam. Enfrentam a morte, mas continuam a de-safiar o perigo. Salvam vidas, recebem insultos, mas nem por isso viram as costas. Vocês, bom-beiros são o exemplo de vida, por isso, este será o prémio que irei guardar para sempre no meu coração”, disse Francisco Manuel.

AVEIRO

Gala reúne bombeiros do distrito

A 2.ª comandante Catarina Isabel Vicente e o adjunto

José Luís Teixeira dos Bom-beiros Voluntários de Murça, tomaram posse recentemen-te.

Catarina Isabel Vicente, ofi-cial bombeira de 2.ª, de 29 anos de idade, enfermeira, é a primeira mulher no Distrito de Vila Real a assumir funções de comando nos bombeiros.

Esta equipa conta ainda com o regresso ao cargo de adjunto de José Luís Teixeira, funcionário da autarquia de Murça, bombeiro de 1.ª clas-se, de 33 anos de idade, que

tinha desempenhado o cargo entre 2006 e 2012.

O comandante dos s Volun-tários de Murça, Joaquim Tei-xeira, deu posse aos novos ele-

mentos numa cerimónia reali-zada no quartel provisório a funcionar na escola primária n.º 2 de Murça e que foi teste-munhada pelo corpo ativo.

MURÇA

Quadro ganha novos elementos

O quadro de comando da As-sociação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Bras-femes está agora completo com a entrada do subchefe Bruno Santos (2.º comandante) e o bombeiro de 1.ª Horácio Ferrei-ra (adjunto) numa cerimónia realizada no passado dia 29 de Março.

A tomada de posse destes dois elementos realizou-se no dia 29 de março numa cerimó-nia que contou com a presença, entre outras individualidades, de José Belo, ve-reador da proteção civil da Câmara Municipal de Coimbra, bem como do 2.º comandante distrital Paulo Palrilha (ANPC), do comandante Fernando Jorge da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra .

Na ocasião, o comandante Acácio Monteiro mostrou-se satisfeito pelo conjunto de homens e mulheres que servem com “valor, dedicação e al-truísmo” os bombeiros, sendo inegável. Dirigin-do-se aos empossados, o responsável operacio-nal reconheceu-lhes “capacidades de trabalho e

liderança”, com capacidades para responder “às novas exigências deste corpo de bombeiros”.

A sessão terminou com um lanche convívio que juntou a grande família dos soldados da paz de Brasfemes.

Sérgio Santos

BRASFEMES

Estrutura de comando completa

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28 ABRIL 2013

Os infantes e cadetes dos Vo-luntários de Alcochete reali-

zaram, no passado mês de março, uma visita à base área do Montijo, iniciativa que visou dar a conhecer aos mais jovens novos equipamentos e várias técnicas de socorro.

Na oportunidade, os “bom-beiritos” visitaram a secção dos Operadores de Sistemas de As-sistência e Socorros (OPSAS) e a esquadra 751 da Força Aérea Portuguesa, especializada em busca e salvamento.

O entusiasmo das crianças foi visível numa visita que os res-

ponsáveis consideram impor-tante para “o desenvolvimento pedagógico e acompanhamen-

tos dos mais jovens na sua for-mação cívica”.

Sérgio Santos

ALCOCHETE

Bombeiritos visitam base aéreaFo

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MSin

esA Associação Humanitária de

Bombeiros Voluntários de Sines criou recentemente um mês uma escola de cadetes e in-fantes, tendo já entregue as in-sígnias aos seus elementos.

É com enorme satisfação que o presidente da direção João Santa Bárbara e o comandante Vítor Espírito Santo encaram a entrada no quartel de meia cen-tena de jovens, o que consubs-tancia uma aposta da associa-ção no futuro.

Uma nova dinâmica e o en-

volvimento da comunidade, no-meadamente das famílias das crianças, permitem assegurar a continuidade do trabalho desen-volvido pela instituição tanto a nível associativo como operacio-nal.

A cerimónia realizada na nova unidade de socorro dos Voluntá-rios de Sines contou com a pre-sença de familiares e amigos dos bombeiros de palmo e meio, e também de elementos do qua-dro ativo e dirigentes.

Sérgio Santos

SINES

Insígnias para meia centena

Os Bombeiros de Peniche cumpriram, no passado

mês de março, aquela que foi a sua primeira peregrinação a Fátima a pé. Na partida, o gru-po constituído por 31 pessoas deixava transparecer entusias-mo e a vontade chegar ao san-tuário.

Os cerca de 100 quilóme-tros, que separam Peniche de Fátima, foram cumpridos em três etapas, numa jornada que contou com o apoio dos bombeiros de Óbidos e de Al-cobaça

A chegada a Fátima foi vivi-da com emoção num momento intenso partilhado com familia-res e amigos dos peregrinos.

O percurso foi cumprido em ambiente de camaradagem e devoção e no regresso ficou “a vontade e promessa de voltar”.

PENICHE

Voluntários cumprem peregrinação

Os Voluntários de Barcelinhos voltaram a cumprir a tradi-

ção e receberam as cinco cruzes que percorreram as casas da fre-guesia, no domingo de Páscoa,

Ao final do dia as cruzes foram recebidas no quartel por cerca de

uma centena de bombeiros que abdicaram da festa em família, para viverem as celebrações pas-cais nesta que é a sua segunda casa.

Cumprindo um ritual antigo dezenas de soldados da paz abri-

ram caminho às cruzes até à Igreja de Barcelinhos, onde de-correram as cerimónias pascais.

Fonte da associação revela que nesta quadra “vive-se no quartel um ambiente único de alegria e confraternização”.

BARCELINHOS

Bombeiros nas celebrações pascais

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29ABRIL 2013

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Cantanhede promoveu a 2.ª edição do Festival Gastronómi-co de Sabores de Caça – Caça--Sabores.

O jantar servido no quartel dos bombeiros contou com a colaboração dos caçadores do concelho, que generosamente ofereceram as peças de caça para o evento.

Mais de 130 apreciadores da boa gastronomia puderam apreciar a excelência dos sabo-res da canja de aves, das chan-fanas de veado e de javali, do

veado à “Joka” e à “7 Fontes”, do javali à “Finfas” e grelhado à bombeiro e ainda do coelho à “Cabana do Pastor” e das aves do monte com arroz de passas e coelho frito.

A organização partilha o su-cesso do evento com Palmira Neves, Mário Miranda de Almei-da, do Corticeiro de Cima, e Hugo Melo, de Murtede, que ofereceram os javalis e veados, e ainda a Branca Oliveira de Cordinhã e Nito e José Manuel da Pocariça que apearam os bombeiros na confeção de to-das as iguarias, bem como a to-

dos os caçadores e aos proprie-tários dos restaurantes Joka, Sete Fontes, “Cova do Finfas”, “Cabana do Pastor”. Da mesma

forma, os voluntários de Canta-nhede agradecem ao grupo mu-sical TOP2 que muito animou os convivas.

CANTANHEDE

Bombeiros promovem festival gastronómico

A equipa de futebol feminino dos Bombeiros de Barceli-

nhos venceu o torneio promovi-do pelos Voluntários de Braga, que reuniu equipas de todo o

norte de Portugal, nomeada-mente de Valadares, Vila Verde e Cabeceiras de Basto.

Na final, as operacionais de Barcelinhos venceram por três

golos sem resposta a formação de Cabeceiras de Basto.

A vitória foi festejada no quar-tel de Barcelinhos e as campeãs fizeram questão de entregar a

taça à associação cujos dirigen-tes sublinham o feito das 12 bombeiras envolvidas nesta competição que “muito orgulha todo o corpo de bombeiros”.

BARCELINHOS

Equipa feminina vence torneio em Braga

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Figueiró dos VinhosAcolheu nas suas instalações

uma exposição internacional sobre a temática da árvore e da floresta com trabalhos ela-borados por alunos portugue-ses, franceses e húngaros.

A mostra já seguiu, entretan-to, para Saint Maximin, em França.

FIGUEIRÓ DOS VINHOS

Exposição no quartelA Escola de Infantes e Cadetes dos Bombeiros da Figueira deslo-

cou-se, recentemente, à Serra da Estrela, numa comitiva de 75 pessoas, que integrou, para além dos mais novos, bombeiros e familiares.

Os Voluntários de Gouveia foram os anfitriões de um dia repleto de atividades para os jovens e que incluiu a apresentação dos in-fantes e cadetes de ambas as associações e uma visita ao quartel.

Depois do almoço, o grupo deslocou-se ao Parque Ecológico, com a oportunidade de descobrir a flora da região e conhecer o centro de reabilitação de animais da serra.

Antes do final da tarde, ainda houve tempo para assistir a uma prova de “downhill” e para um lanche de confraternização.

A ação, segundo os promotores, permitiu a troca de experiên-cias, mas também “motivar e sensibilizar os jovens das duas cor-porações”, unidas por um acordo de geminação.

Refira-se que a Escola de Infantes e Cadetes dos Bombeiros Vo-luntários da Figueira da Foz, criada em 2011, conta atualmente com mais de trinta elementos.

GEMINAÇÃO

Escola visitaSerra da Estrela

A escola de infantes e cadetes dos Volun-tários de Vila Real de Santo António

participou com grande entusiasmo e dedi-cação numa ação de reflorestação da Mata Nacional das Dunas Litorais, colaborando assim conjuntamente com os sapadores florestais, escuteiros, ICNB e muitos popu-lares na plantação de 300 pinheiros-man-sos (pinus pinea).

Este projeto teve como objetivo a sensi-bilização para importância das plantas para o meio ambiente e seres vivos, bem como

fomentar a consciência ecológica da comu-nidade.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Jovens dão exemplo na Mata Nacional

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30 ABRIL 2013

“Este parte, aquele parte, e todos, todos se vão….”

Hoje, resolvi recordar quem nos deixou recentemente,

não sabendo ao certo, se este recordar surge, porque neste período Pascal e da Ressuscita-ção de Cristo para os crentes, ou se foi o tempo chuvoso, e triste, que inculcou em mim esta lembrança e saudade.

Perpassam pelo meu pensa-mento, neste tempo de refle-xão, muitas pessoas que perdi e que amava, outras de quem gostei muito, e com quem vivi coisas e momentos inesquecí-veis, e outras que me transmi-tiram valores e exemplos de dedicação, humanismo, solida-riedade, bairrismo e cidadania que não mais esquecerei, en-quanto por cá vá peregrinan-do.

Falo-vos hoje de dois Bom-beiros, dois velhos e valentes bombeiros, que serviram a co-munidade Lixense, em tempos muito difíceis, durante 50 anos, mais de metade da vida por cada um vivida.

São eles, o subchefe Júlio Fernando “Barbeiro”, amisto-samente assim designado, e o chefe Artur Adão “Bica”, que tive o privilégio de conhecer já lá vão 40 anos, e a honra de ser seu 2.º comandante a par-tir de 1980, e seu comandante a partir de 2001.

Se não os lembrasse aqui, aproveitando este espaço, cer-tamente cometeria uma enor-me ingratidão, para quem

como eles se devotou, a bem servir as pessoas necessitadas e vitimas de infortúnio, nesta terra que um e outro amavam e queriam como poucos, e que por via dessa sua singularida-de terminaram a sua vida como bombeiros ativos, pas-sando para o Quadro de Honra dos Voluntários da Lixa, não sem que, a Liga dos Bombeiros Portugueses, lhes conferisse o Crachá de Ouro, da Confedera-ção dos Bombeiros de Portu-gal, que um e outro, garbosa-mente, ostentavam no peito em dias de festa.

Os Bombeiros da Lixa, estão mais pobres, por terem perdi-do dois dos seus “maiores” e por isso, a tristeza, a saudade, e a figura dos dois me veio hoje à memória, porque estes dois “soldados da paz lixenses” farão para sempre, parte da história desta velha e vetusta corporação de bombeiros vo-luntários.

Eu, como muitos outros, re-cordarão o subchefe Fernando como eterno porta-estandarte,

da associação nos desfiles lo-cais e nacionais, e que o fazia com um gosto e paixão indes-critíveis.

O chefe Artur “Bica”, será re-cordado por mim, e por mui-tos, como o homem sempre disponível, simpático, alegre, camarada exemplar, na doação e altruísmo, dedicado ao seu corpo de bombeiros, e à sua velhinha Lixa, marchando im-pante, seguro e garbosamente pelas ruas da cidade.

Com eles foram-se também muitas histórias, de benfazer, que tristemente nunca mais saberemos, e foi pena.

Aos dois “velhos” bombeiros fica aqui, por hoje o meu mais profundo agradecimento, pelo que fizeram como bombeiros genuínos portugueses, e o agradecimento eterno pelo exemplo que foram para mim, e pelo que me ensinaram, a ser Bombeiro Português.

Bem hajam por isso meus velhos Bombeiros de Portugal, e até um dia!

Comdt José Campos

LIXA

Recordações e saudade

Quando entrei para os Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos, em 1980, como presi-

dente da direção, era comandante o Joaquim Carvalho Pinheiro. Homem íntegro, com caráter e elevado sentido de responsabilidade, ensinou-me a dar os primeiros passos nesta grande família dos bombeiros. Com ele aprendi a respeitar a ins-tituição e com ele, igualmente senti o quão fan-tástico é servir a população desta forma volunta-ria e desinteressada.

O comandante Joaquim Carvalho Pinheiro sempre se distinguiu pela nobreza dos seus atos, sempre muito exigente no cumprimento das nor-mas e regulamentos, transmitia uma confiança forte e assegurava o funcionamento do seu corpo de bombeiros de forma exemplar, onde por todos era respeitado.

Recordo-o com saudade porque estivemos

juntos nestas funções praticamente até á sua passagem ao Quadro de Honra.

Mesmo depois de eu assumir funções no SNB, o Joaquim Carvalho Pinheiro foi sempre para mim um exemplo e conselheiro nunca se desviando dos seus princípios de rigor e disciplina e muitos foram os meus atos e decisões que se basearam nos seus ensinamentos.

Não tenho dúvidas que, ainda hoje, muitos se lembrarão do comandante Joaquim Carvalho Pi-nheiro no exercício dessas funções porque, caro amigo, estejas onde estiveres estarás sempre connosco pelo teu passado, pela tua história e pelo teu exemplo.

Descansa em paz meu amigoRui Jose Santos Silva

(Presidente da assembleia geral da AHBVde Arruda dos Vinhos)

ARRUDA DOS VINHOS

Associação mais pobre

em abril de 1993

Com o intuito de angariar os fundos que permitam re-

qualificar uma viatura de emer-gência, direção, comando, cor-po ativo e juvebombeiro dos Voluntários de Entre-os-Rios realizam, nos 2.ºs domingos de cada mês, uma “feirinha huma-nitária”.

O certame é animado pela venda, a preços simbólicos, de todo o tipo de vestuário, calça-do e peças de mobiliário, tudo oferecido pela população. No decorrer das feiras os bombei-ros fazem a recolha de tampinhas de plástico e latas de refrigerantes.

Neste âmbito, nos dias 15 e 16 de março, os Bombeiros de Entre-os-Rios promoveu um desfile de moda, que nesta segunda edição, contou com a participação especial de Jean Marck, Cátia Ma-risa e Raul Espincho e o apoio de vários estabele-cimentos comerciais e da Câmara Municipal de Penafiel.

ENTRE-OS-RIOS

Desfile anima “feirinha” humanitária

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31ABRIL 2013

ANIVERSÁRIOS1 de maioBombeiros Voluntáriosde Vila Franca de Xira. . . . . . . . . . . . . . . . 131Bombeiros Voluntários de Alcobaça . . . . . . 125Bombeiros MunQtários de Grândola . . . . . . . 64Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo . . . . . 624 de maioBombeiros Sapadores de Gaia . . . . . . . . . . 1745 de MaioBombeiros Voluntáriosde Arcos de Valdevez . . . . . . . . . . . . . . . . 124Bombeiros Voluntários de Elvas . . . . . . . . . . 846 de maioBombeiros Voluntáriosde Vila Nova de Famalicão. . . . . . . . . . . . . 123Bombeiros Voluntários de Constância . . . . . . 88Bombeiros Voluntários de Nisa. . . . . . . . . . . 228 de maioBombeiros Voluntários de Vizela . . . . . . . . 1369 de maioBombeiros Voluntáriosde Sanfins do Douro . . . . . . . . . . . . . . . . . 12210 de maioBombeiros Voluntários de Castelo Branco . . . 81Bombeiros Voluntários de Caxarias. . . . . . . . 3011 de maioBombeiros Voluntários de Lordelo . . . . . . . . 4312 de maioBombeiros Voluntários de Beja . . . . . . . . . 124Bombeiros Voluntários de Porto de Mós . . . . 6313 de maioBombeiros Voluntários de Moncorvo . . . . . . . 80Bombeiros Voluntáriosde Santa Cruz da Trapa. . . . . . . . . . . . . . . . 3314 de maioBombeiros Voluntários de Pombal . . . . . . . 101Bombeiros Voluntários de Marvão . . . . . . . . 1115 de maioBombeiros Voluntários de Viana do Castelo . 132Bombeiros Voluntários de Silves . . . . . . . . . 87

Bombeiros Voluntários de Povoação . . . . . . . 3316 de maioBombeiros Voluntários Faialenses. . . . . . . . 10118 de maioBombeiros Voluntáriosde Figueiró dos Vinhos . . . . . . . . . . . . . . . . 7819 de maioBombeiros Voluntáriosde Castanheira de Pêra. . . . . . . . . . . . . . . . 6520 de maioBombeiros Voluntários Coimbrões . . . . . . . 10721 de maioBombeiros Voluntários do Cadaval . . . . . . . . 92Bombeiros Voluntários da Feira . . . . . . . . . . 92Bombeiros Voluntários da Calheta . . . . . . . . 2123 de maioBombeiros Voluntários de Ovar . . . . . . . . . 117Bombeiros Voluntários do Fundão . . . . . . . . 86Bombeiros Voluntários de Trancoso . . . . . . . 81Bombeiros Voluntários Avisenses . . . . . . . . . 3426 de maioBombeiros Voluntáriosde Ervedosa do Douro . . . . . . . . . . . . . . . . 61Bombeiros Voluntários de Leiria . . . . . . . . . . 29Bombeiros VoluntáriosVila Nova de Milfontes . . . . . . . . . . . . . . . . 1027 de maioBombeiros Voluntáriosde Carrazedo de Montenegro. . . . . . . . . . . . 82Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo. . . . . 3128 de maioBombeiros Voluntários de Cuba . . . . . . . . . . 63Bombeiros Voluntários de Boticas. . . . . . . . . 4230 de maioBombeiros Voluntários de Bragança . . . . . . 12331 de maioBombeiros Voluntários de Vila do Conde . . . 101Bombeiros Voluntários de Fanhões . . . . . . . . 85Bombeiros Voluntários de Seia. . . . . . . . . . . 79

Fonte: Base de Dados LBP

Estou no alto do quartel dos bombeiros, na varanda do ter-

ceiro piso de um dos edifícios mais bonitos da nossa terra, onde sobressai uma fachada es-culpida em granito, a observar a paisagem do além Douro, as vi-nhas que serpenteiam o Vale Abraão e a curva do rio a espre-guiçar-se, numa manhã intensa de luz, sobre uma cidade que alongou as suas fronteiras a poente, às portas do envelhecido Salgueiral.

Quando, há mais de cem anos, os primeiros voluntários se cons-tituíram como um corpo de bom-beiros, equipado apenas de um carro bomba e material rudimen-tar para apagar os fogos, esta-vam bem longe de imaginar que a sua desejada casa de leitura, organizada com a dedicação e ajuda benemérita de muitos re-guenses que ofereceram livros usados para encher uma peque-na estante, se tornaria, desde então, um lugar para servir a cul-tura na cidade do Peso da Régua.

Não sabemos o que esteve na mente daqueles altruístas bom-beiros e dos associados contri-buintes, mas, talvez mais que uma necessidade de ocupar os tempos de lazer e os serões das noites frias de inverno, na ausên-cia das badaladas do sino do Cru-zeiro a avisarem fogo, sentiram a importância de ter um espaço no seu quartel, então situado no Largo da Chafarica, para fomen-tarem o gosto pela leitura e de-senvolverem uma ação cultural. Eram eles que se substituíam aos responsáveis políticos sem inicia-tivas culturais e, numa terra onde ainda faltava uma bibliote-ca pública. Por acção de alguns, e muito dinamismo, os bombeiros não esperaram pelos favores da câmara e juntaram livros de inte-resses diversificados, uns de ciência, outros de ensaios sobre a viticultura duriense, tratados de política, biografias de gente importante e já esquecida, os melhores romances portugueses, toda a obra de Eça, Camilo, Her-culano, Garrett, João de Deus e Abel Botelho, a poesia romântica e, para deleite dos mais curiosos, não faltavam as populares enci-clopédias ilustradas.

Quem conheceu esta casa de leitura foi João de Araújo Correia, muito novo, que, acompanhado pelo seu pai, ao tempo bombeiro voluntário, a pôde visitar quando era uma modesta estante de li-vros arrumados e que o deixou completamente deslumbrado.

Mais tarde, o homem e o escri-tor, sem sair do seu sagrado ere-mitério e com a ajuda dos seus amigos de Lisboa, conseguiu convencer a poderosa e distante Fundação Gulbenkian, nos inícios dos anos 60, a fazer da velha es-tante da sua infância, uma biblio-teca ordenada, catalogada, com mais obras literárias e edições mais recentes. Se assim o soube idealizar e planear, depressa lhe fizeram a vontade e nasceu a Bi-blioteca Dr. Maximiano de Lemos, com novos livros oferecidos pela benemérita instituição, o que, naquele tempo, foi motivo de re-

gozijo para muitos jovens leito-res, ávidos de descobrir novos autores.

Foi essa biblioteca que eu fre-quentei no meu tempo de ado-lescente. A partir dos meus treze anos tornou-se um lugar de pas-sagem obrigatória, três vezes ou quatro por mês. A bem dizer, eu estava a iniciar-me nos livros, em novas leituras e novos auto-res, desconhecidos e misterio-sos, mas que iam despertar a minha imaginação para lá das portas do pequeno mundo que, até àquele momento, estava ao meu alcance e me era visível da varanda da biblioteca.

Confesso que, não sendo um admirador de ficção científica, procurei naquela biblioteca, por recomendação de um amigo, um livro com o estranho título de Fahrenheit 451, da autoria do escritor americano Ray Brad-bury, de 1953. Mal eu sabia, que nele ia encontrar, como perso-nagem principal, um bombeiro encarregado não de apagar os incêndios, mas de queimar li-vros.

Sim, aquele bombeiro de nome Montag tinha a missão de queimar LIVROS…! Para mim, estava muito claro, que a função dos bombeiros nunca seria essa. Queimar livros, um ato que resu-me apagar, incinerar o conheci-mento, a ilusão, a magia e a me-mória do Universo. Ao princípio, pensei que o autor se tivesse en-ganado, mas percebi que, admi-rador de livros e das bibliotecas, onde até escreveu aquela sua obra, pretendia fazer uma crítica aos regimes totalitários de en-tão, que viam o livro como um perigo e um inimigo, ao mesmo tempo que satirizava o poder da televisão e a alienação que ela exerce sobre a maioria das pes-soas.

Ao contrário do que pensam os ditadores, para nós é difícil imaginar a vida sem livros, sem os quais nós não seríamos nada. Por alguma razão, a literatura traz inquietação ao mundo e, como incomoda muita gente, quando os livros não são quei-mados na fogueira da Santa In-quisição, censurados e proibidos, são os escritores condenados, exilados, presos quando surge uma ditadura.

Se hoje recordo este intempo-ral livro é porque quero voltar à Biblioteca dos Bombeiros, com tempo para revisitar livros raros que ali se guardam, sempre à espera de novos leitores.

Quero também lembrar o no-bre exemplo de cidadania destes bombeiros e o seu contributo para organizar uma biblioteca como a nossa. Eram homens ge-nerosos, sensíveis e que aprecia-vam a cultura como uma forma de valorizar e enriquecer as suas vidas e foram pioneiros numa atitude que, naquele tempo, foi aplaudida e acarinhada também pela sociedade civil.

De uma pequena estante nas-ceu uma biblioteca preservada e mantida pelas gerações vindou-ras, que estimulou os hábitos de leitura e que cresceu com a ofer-

ta de milhares de exemplares de coleções de livros raros.

Sem poderem ter lido o ro-mance Fahrenheit 451, que ha-veria de ser publicado na nossa época, como uma obra que pre-tendia prever o futuro, os pri-meiros bombeiros conheciam o valor dos livros e a importância de ter uma biblioteca.

Se não leram esse romance, aqueles homens do final do séc. XIX tiveram à sua disposição os grandes autores portugueses e estrangeiros, os clássicos e os contemporâneos e até aqueles que, sendo naturais da Régua, tinham sido publicados a nível nacional. Entre outras obras es-quecidas de Afonso Soares, Ber-nardino Zagalo, Mário Bernardes Pereira, encontrei numa estante um pequeno livro de João de Le-mos (1819-1890), poeta ultrar-romântico, que ficou celebrizado pela poesia A Lua de Londres, que começa com estes memorá-veis versos:

“É noite, o astro saudoso rompe a custo um plúmbeo

céu, tolda-lhe o rosto formoso alvacento, húmido véu, traz perdida a cor de prata, nas águas não se retrata, não beija no campo a flor, não traz cortejo de estrelas, não fala de amor às belas, não fala aos homens de amor.”O livro do poeta reguense inti-

tula-se Canções da Tarde e a sua primeira edição saiu na Typogra-fia Portuguesa, de Lisboa, em 1875. Sobre esta obra em con-creto não se sabe como a crítica fez a sua recensão, mas é inte-ressante salientar que a poesia deste autor mereceu aprecia-ções literárias positivas, como esta de J. A. Barreiros: “cantou o amor, Deus, a Pátria, senti-mentos íntimos, em versos de acento melancólico e de grande emoção lírica. (…) O ritmo musi-cal, em algumas composições, é de excelente efeito e apropriado à declamação.”

O poeta ultrarromântico teve fiéis leitores e, apesar de as suas obras não serem atualmente re--editadas, o seu nome está refe-renciado nos compêndios da his-tória da literatura portuguesa como um dos poetas mais mar-cantes da segunda geração ro-mântica.

Costuma dizer-se que “por trás de cada livro há uma pes-soa” e por trás daquele exem-plar, encadernado numa capa dura, de Canções da Tarde está alguém muito especial, a pessoa a quem pertenceu o livro, uma

A BIBLIOTECA DOS BOMBEIROS

“Sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca.” (Jorge Luís Borges)

benfeitora que, depois de o usar, entendeu oferecê-lo à biblioteca Real Associação Humanitária dos “Bombeiros Voluntários”do Pezo da Regoa.

Sabemos quem é essa mulher, ela não quis deixar a sua dádiva no anonimato e, na capa do exemplar, fez questão de a assi-nalar, escrevendo um “offerece”, a que acrescentou, numa delica-da caligrafia em tinta permanen-te, a sua identificação.

Ainda bem que anotou o seu nome. Ficamos a conhecer a sua admiração literária pelos versos escritos por um poeta reguense e, porventura, o gosto pela poe-sia das senhoras do seu tempo. Ficamos a saber também que as obras de poesia romântica re-chearam a estante da primitiva casa de leitura. E ficamos tam-bém com uma presença femini-na num mundo que, na época, era praticamente um exclusivo masculino, mostrando que, tam-

bém elas, mesmo não apagando incêndios, tinham outras formas de ajudar o próximo.

A mulher que ofereceu aque-le livro era esposa de um bom-beiro, o primeiro Comandante, Manuel Maria de Magalhães, ele que chegou também a publicar nos jornais locais versos român-ticos. Foram as atitudes bene-méritas iguais à de D. Leonor Cristina Ermida de Magalhães que fizeram sobreviver até aos nossos dias a biblioteca dos bombeiros, tendo sempre à dis-posição livros que podem não prever o futuro nos seus imen-sos detalhes, mas que são es-pelho dos tempos antigos e, so-bretudo, daqueles que vivemos. Sejam livros de ficção científica a antever novos mundos, sejam os intemporais livros de poesia mais amorosa e ardente, sejam os mais clássicos ou sejam os mais modernos que têm aí lu-gar.

Assim, ao longo dos tempos, esta biblioteca tornou-se numa verdadeira casa de leitura, como a desejaram os seus ousados fundadores e que não se ficaram pela missão voluntária de apagar os fogos nas casas da Rua da Bandeira e nos armazéns de vi-nhos da Ameixoeira e do Parrei-ral. Eles, que eram homens al-truístas, generosos e cultos, acreditaram que o incentivo à leitura e, em geral, ao desenvol-vimento cultural, se não salvam das chamas e das cinzas do fogo os bens materiais, pelo menos, salvam das cinzas da ignorância muitas vidas humanas.

E foi desta maneira que a Ré-gua, há mais de cem anos, teve a sua primeira biblioteca de na-tureza pública…um templo do conhecimento e de humanidade, graças ao espírito empreendedor dos seus bombeiros voluntários “da velha guarda”.

José Alfredo Almeida

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32 ABRIL 2013

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A Crónicado bombeiro Manel

Antigamente eram os bombeiros que faziam as prevenções em

tudo o que era organização de fes-tas, festivais e provas desportivas. Depois quando entraram as empre-sas privadas de ambulâncias ao ba-rulho tudo foi mudando. Nunca per-cebi a razão por que apareceram e passaram a fazer concorrência aos bombeiros. Dizem-me que foi impo-sição da Europa. E lá fomos nós cumprir isso mas em meu entender sem acautelar a confusão que a se-

guir veio. Apareceram muitas em-presas, depois foram diminuindo e hoje só algumas ainda existem.

Nunca tive nada contra elas. O que acho é que houve situações compli-cadas que não tiveram em conta que bombeiros são bombeiros e as em-presas são empresas. Os bombeiros não andam à procura do lucro ao contrário das empresas, são pau para toda a obra, vão a tudo e as empresas só fazem aquilo que con-tratam. Assim, as despesas de uns

são diferentes das outras e querer fazer crer que podem competir é fa-zer de conta que é tudo igual quando não é.

Na altura, e acho que a lei nunca foi alterada, as empresas não po-diam fazer emergência fazendo aí a diferença com os bombeiros. Porém, aqui pelas nossas bandas comecei a vê-las a fazer prevenções às festas e aos festivais a que antes pediam aos bombeiros para ir. E agora pagam--lhes. Na altura os bombeiros rece-

biam uma bucha e uma mini cada. E quando começaram a chamar a atenção que as associações tinham despesas em fazer as prevenções ou nos dispensaram ou começaram a contratar as privadas. Mas eu acho que o problema continua. Se antes não podiam fazer emergências agora também continuam a não poder fa-zer. Então como fazem quando al-guém se sente mal nessas festas? Não sei se é sempre assim mas con-taram-me outro dia que numa festa

acabaram por chamar os bombeiros pelo CODU. Não percebo nada. Mas é só o que eu acho.

[email protected]

Não percebo nada

LOUVOR/REPREENSÃOA todos os bombeiros que

em situações difíceis, de neve ou de cheia, não deixaram de garantir todo o apoio às popu-lações em vários pontos do país.

Aos responsáveis pela situa-ção criada aos operadores, FEB e outro pessoal da ENB de exigência de reposição de ver-bas, segundo as Finanças, in-devidamente pagas.

O Conselho de Ministros clarificou já, por diploma aprovado no final do mês passado, que não são tributados em sede de IRS as compensações e subsídios dos bombeiros voluntários que

prestam serviço em período de férias e descanso. “Trata-se de uma clarificação inteiramente justa”, afirmou, após a reunião, o secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D’ Ávila, acrescentando que esta alteração ao código de IRS traduz “o reconhecimento do volun-tariado”.

Patrícia Cerdeira

APROVAÇÃO EM CONSELHO DE MINISTROS

Isenção das ECIN

O Centro de Estudos e Intervenção em Prote-ção Civil (CEIPC), a Liga dos Bombeiros Por-

tugueses (LBP) e o Instituto de Direito Público da Universidade Nova de Lisboa celebraram recente-mente um protocolo que se destina a associar as potencialidades de cada uma das entidades em iniciativas comuns.

O CEIPC, como primeiro outorgante, esteve re-presentado pelo presidente do conselho diretivo, Duarte Nuno da Silva Quintão Caldeira, a LBP,

como segundo outorgante, pelo presidente do conselho executivo, comandante Jaime Marta Soares, e como terceiro outorgante o Instituto de Direito Público da Nova, representado pelo pro-fessor doutor Jorge Bacelar Gouveia.

A colaboração entre as instituições assumirá a realização de estudos, a organização de cursos e outras ações de formação bem como seminários, conferências e demais iniciativas de reconhecido interesse mútuo.

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO

Instituições juntam sinergias

José Ferreira, até ao momento membro do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, foi eleito presidente da Escola Nacional de Bombeiros (ENB). Em assembleia geral, realizada no passado dia 16 de abril, foram ainda eleitos para vogais da

direção Vítor Reis, adjunto de comando dos Municipais do Cartaxo e colaborador da ANPC, e Susana Silva, que cessa agora funções como diretora nacional de bombeiros.

A assembleia geral vai ser liderada por Álvaro Guerreiro, coadjuvado por Abel Ramos (ANPC) e José Campos, dos Voluntários da Lixa.

Por fim, integram o Conselho Fiscal: José Pereira (ANPC), Joaquim Povoas, dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos, e Teodósio Carrilho, atual presidente da Federação dos Bombeiros do Algarve e membro do conselho executivo da LBP.

ENB ELEGE NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS

José Ferreiraé o novo presidente